FICHAMENTO: Cap. 10- Inflação- Economia e mercados: Introdução à economia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CAMPUS CARIRI Cicero Philipe Menezes Gomes de Andrade FICHAMENTO: Cap. 10- Inflação- Economia e mercados: Introdução à economia Trabalho tido como nota parcial para obtenção da nota da disciplina de Introdução à Economia. PROFESSOR: DRENO VIANNA INTRODUÇÃO À ECONOMIA

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Trabalho tido como nota parcial para obtenção da nota da disciplina de Introdução à Economia.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CAMPUS CARIRI

Cicero Philipe Menezes Gomes de Andrade

FICHAMENTO:

Cap. 10- Inflação- Economia e mercados: Introdução à economia

Trabalho tido como nota parcial para obtenção da

nota da disciplina de Introdução à Economia.

PROFESSOR: DRENO VIANNA

INTRODUÇÃO À ECONOMIA

JUAZEIRO DO NORTE-CENOVEMBRO-2011

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SILVA, César Roberto Leite da; LUIZ, Sinclayr. Economia e mercados:

Introdução à economia.  19ºEdição. São Paulo: Saraiva, 2010

1. DEFINIÇÃO DE INFLAÇÃO

A inflação é definida como uma situação em que há um aumento contínuo e

generalizado de preços. (p. 99)

Outra característica da inflação é o fato de o aumento de preços se estender a

todos os bens e serviços produzidos pela economia. (p. 99)

2. MEDIDA DE INFLAÇÃO

A inflação é medida pelos números índices, ou seja, formulas matemáticas que

informam a porcentagem de aumento nos preços dos bens e serviços em um

determinado período. (p. 99)

No Brasil, são estimados basicamente dois tipos de índices e preços, os Índices

Gerais de Preços, IGPs, e os Índices de Preços ao Consumidor, IPCs. (p. 99)

Há no país duas instituições que calculam índices de preços com abrangência

nacional: a Fundação Getulio Vargas (FGV) e a Fundação Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (FIBGE). Além delas, há institutos de pesquisa que estimam

índices de preços regionais, como a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas

(FIPE), que elabora o IPC referente ao município de São Paulo. (p. 100)

3. AS CONSEQUENCIAS DA INFLAÇÃO

O primeiro – e talvez o mais grave, do ponto de vista social – é o efeito sobre a

distribuição de renda. (p. 110). Em resumo: em um processo inflacionário, os

assalariados saem perdendo, tendo sua participação na renda diminuída, enquanto os

proprietários, os empresários e os profissionais liberais (médicos, dentista, arquitetos

etc.) dispõem de mecanismos que permitem a defesa de sua participação no produto da

economia. (p. 111)

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Outro efeito importante da inflação é sentido sobra a balança comercial, que,

como veremos mais adiante, é o registro das transações comerciais de um país com

outros. Em síntese, a balança comercial representa, de um lado, as receitas

(proporcionais pela venda de mercadorias)e, de outro, as despesas (representadas pela

compra de mercadorias).(p. 111)

Outro efeito importante da inflação é sentido sobre as expectativas dos

empresários. Com a inflação e as medidas de política econômica adotadas para

combatê-la, como a redução de crédito e o controle de preços, os lucros dos empresários

tendem a se tornar instáveis, fato que não lhes permite uma perspectiva segura a longo

prazo.Em razão disso, tornam-se mais cautelosos e reduzem seus investimento.

Consequentemente, há um comportamento de capacidade produtiva do sistema

econômico, o que leva a uma queda no nível do emprego da mão de obra. (p. 111)

4. INFLAÇÃO DE DEMANDA

Como vimos, a inflação é prejudicial à economia de um país. Por essa razão, os

governos procuraram, sempre que possível, combatê-la utilizando um conjunto de

medidas conhecidas como políticas de estabilização. (p. 112)

Duas causas então, uma explicação para o problema que já se tornou clássica.

Duas causas básicas foram encontradas e, como conseqüência, o processo inflacionário

foi classificado em inflação de demanda e inflação de custos. Mais recentemente

surgiram outras formas de explicar o surgimento de um processo inflacionário, das

quais discutiremos duas: inércia inflacionária e conflitos distributivos. (p. 112)

A inflação de demanda é causada por um crescimento dos meios de pagamento

que não é acompanhado pelo crescimento da produção.Como a demanda é exercida pela

moeda, pois é com dinheiro que as pessoas realizam suas compras, a inflação de

demanda pode ser entendida como excesso de dinheiro na economia. (p. 113)

Em virtude da própria natureza desse tipo de inflação, que está associada á

demanda, as políticas adotadas pelo governo para combatê-la visam reduzir a procura de

bens e serviço. Dois tipos de política podem ser adotadas para atingir esse objetivo.

Inicialmente, pode-se optar por uma política monetária que diminua a quantidade de

dinheiro na economia, o que é obtido pelo rígido controle sobre as emissões de papel-

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moeda, limitações ao crédito (empréstimos e financiamentos) e aumento do encaixe dos

bancos comerciais. (p. 113)

A segunda política recebe o nome de política fiscal e consiste em duas medidas:

aumenta os impostos sobre a renda e sobre os bens e serviços, reduzindo a renda

disponível do setor privado e, como conseqüência, a demanda; e cortar gastos do

governo em despesas correntes, como material de escritório, pagamento de funcionários

etc. (p. 113)

5. INFLAÇÃO DE CUSTOS

A inflação de custos tem suas causas nas condições de oferta de bens e serviços

da economia. Assim, embora a demanda permaneça inalterada, aumenta os custos de

produção, que são repassados para os preços das mercadorias. (p. 114)

Outro fator que está associado a inflação de custos é o controle que uma ou mais

empresas exercem sobre o mercado de determinado produto. Quando apenas uma

empresa domina o mercado de um determinado setor de produção ou produto,

caracteriza-se o que os economistas chamam de monopólio. Quando poucas empresas

dominam o mercado de um determinado setor de produção ou produto, temos o

oligopólio. (p. 115)

6. A INERCIA INFLACIONÁRIA

A solução encontrada foi a da não houvesse nem ganhadores nem perdedores. A

solução encontrada foi a da indexação, que consiste em corrigir o valor das parcelas

que são pagas ao longo do tempo pela inflação do período. (p. 117)

A essa resistência da inflação ás política de estabilização que atacam as causas

primárias da elevação de preços damos o nome de inércia inflacionária. (p. 117)

7. CONFLITO DISTRIBUTIVO

Muitas vezes, o conflito distributivo é apontado como a origem da inflação de

um país. No que consiste o conflito distributivo? Essa causa da inflação, digamos assim,

é conseqüência da inércia inflacionária, ou seja, da indexação generalizada. (p 118)

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Esse fenômeno ocorre entre todos os agentes econômicos. Quando acontece

especificamente entre trabalhadores, querem aumento de salário, e patrões, que querem

aumentar seus lucros, esse fenômeno recebe o nome de conflito distributivo. (p. 118)

Assim, temos agentes econômicas, trabalhadores e empresários tentando alterar

a distribuição funcional da renda. Assim, temos agentes econômicas, trabalhadores e

empresários tentando alterar a distribuição funcional da renda. Se os aumentos de

salários forem concedidos, resultarão em aumento dos preços dos produtos, ou seja, a

inflação não cederá mesmo com o desparecimento de suas causas primárias. Esse

fenômeno também é conhecido como espiral preços - salários. (p. 118)

8. A EVOLUÇÃO DA INFLAÇÃO NO BRASIL

A inflação tem caracterizado a economia brasileira desde os seus primórdios,

tendo sua origem em diversas causas, dependendo da época. Entretanto, um elemento

parece ser comum como causador da inflação brasileira, pelo menos nas ultimas

décadas: o déficit orçamentário do setor público. (p. 119)

A compreensão dos efeitos do endividamento do governo sobre a inflação foge

ao objetivo deste livro, mas já termos elementos para entender a emissão de moeda

como fonte de inflação. (p. 119)

Mas causa da inflação brasileira não esta apenas no excesso de moeda no

sistema econômico. Na verdade, a inflação no Brasil, segundo estudiosos, é causada

tanto pela emissão de moeda como pela elevação dos custos, caso em que se tem a

inflação de custos. (p. 119)

9. PLANOS DE ESTABILIZAÇÃO

O primeiro plano de estabilização de porte de década de 1980 foi o Plano

Cruzado, implementado em fevereiro de 1986. (p. 120)

Em junho de 1987 foi implementado o Plano Bresser, que também congelava

preços e salários, mas agora por um período fixo, aproximadamente três meses. (p. 121)

Em janeiro de 1989 foi implementado o Plano Verão, que consistiu no

congelamento de preços e salários e em uma nova reforma monetária. (p. 121)

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A inflação continuou subindo cada vez mais até o novo plano de estabilização –

o Plano Collor, implementou em março 1990.Esse plano inovou em relação aos

anteriores. (p. 121)

Em fevereiro do ano seguinte foi adotado um novo plano de estabilização, que

ficou conhecido como Plano Collor II. (p. 121)

Um novo plano de estabilização, o Plano Real, começou a ser executado em

março 1994. O governo criou a URV, Unidade Real de Valor, um indexador que passou

a ser utilizado para reajustar salários. (p. 121)

10. A PEQUENA HISTÓRIA DE MOEDA BRASILEIRA

A história da moeda brasileira começa com a chegada da família imperial ao

Brasil em 1808, e a criação do Banco Público, antecessor do Banco do Brasil, com o

poder de emissão. Essa relação se explica porque, anteriormente, a ausência de uma

moeda nacional era suprida por moedas portuguesas, espanholas, inglesas, entre outras,

além dos metais preciosos, que eram utilizados como forma de pagamento. Essa

diversidade de moedas não provocava muitos problemas, porque no período colonial a

atividade econômica era reduzida e grande parte da força de trabalho era formada por

escravos, que não recebiam salários. (p. 122)