Fichamento Homero - A Odisseia

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FICHAMENTO: ODISSEIA – HOMERO CANTO XX A iliada narra a guerra de Troia e realça os heróis na guerra. A odisseia(A aventura em que enfrentou os deuses que jogaram sua ira para ele não voltasse, encara gigantes, feiticeiras, poisedons) narra a volta de um destes heróis que é Ulisses(Odisseu), o regresso dele para casa, para o reio na ilha de Ítaca. Na ilha estão a esposa Penélope e o filho Telênaco. A esoisa de Ulisses, à espera de Ulisses, cheia de pretendentes tecia um tapete durante o dia e o desfazia à noite esperando seu marido voltar. Vence o prazo, Penélope desafia os pretendentes a envergar o arco de Ulisses. Pallas Atena (deusa da sabedoria) protetora de Ulisses aconselhou Ulisses a entrar em Itaca disfarçado de mendigo para não ser morto. Nenhum pretendente consegue. Somente Ulisses, que se revelam. Ulisses – persistência, astúcia. V.275, P. 224 Aqui, Minerva[Atena] os procos enlouquece, Um riso inextinguível excitando, Riso que erra nas bocas louquejantes: Comem cruentas carnes; de água os olhos Se lhes arrasa; n’alma o luto versa. Teoclímeno a vozes profetiza: “Misérrimos, que noite vos rodeia De alto a baixo! que lúgubre ululado! Estou já vendo lagrimosas faces, Em sangue estas paredes e estes postes, Cheio o vestíbulo e a brilhante sala De espectros, que ao profundo Érebo descem! Morre o Sol, e se esparge e adensa a treva!” Eles às gargalhadas o chasqueiam, E o de Pólibo grita: “O forasteiro, - A pedido de Atena todos riem como animais e não se dão conta do riso. Comem carnes cruas. Choeram e riem ao mesmo tempo. - O riso em Homero aparece sempre como o presságio de algo ruim. - Teuclímeno vai ao encontro de Telênaco que Ulisses já chegou e está disfarçado de mendigo. No momento da risada, verbaliza uma profecia: a tragédia – o fim da odisseia. V.235 – P. 223

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Fichamentos de pontos importantes da aventura de Ulisses.

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FICHAMENTO: ODISSEIA – HOMERO

CANTO XX

A iliada narra a guerra de Troia e realça os heróis na guerra.

A odisseia(A aventura em que enfrentou os deuses que jogaram sua ira para ele não voltasse, encara gigantes, feiticeiras, poisedons) narra a volta de um destes heróis que é Ulisses(Odisseu), o regresso dele para casa, para o reio na ilha de Ítaca. Na ilha estão a esposa Penélope e o filho Telênaco.

A esoisa de Ulisses, à espera de Ulisses, cheia de pretendentes tecia um tapete durante o dia e o desfazia à noite esperando seu marido voltar. Vence o prazo, Penélope desafia os pretendentes a envergar o arco de Ulisses. Pallas Atena (deusa da sabedoria) protetora de Ulisses aconselhou Ulisses a entrar em Itaca disfarçado de mendigo para não ser morto. Nenhum pretendente consegue. Somente Ulisses, que se revelam.

Ulisses – persistência, astúcia.

V.275, P. 224

Aqui, Minerva[Atena] os procos enlouquece, Um riso inextinguível excitando, Riso que erra nas bocas louquejantes: Comem cruentas carnes; de água os olhos Se lhes arrasa; n’alma o luto versa.

Teoclímeno a vozes profetiza: “Misérrimos, que noite vos rodeia De alto a baixo! que lúgubre ululado! Estou já vendo lagrimosas faces, Em sangue estas paredes e estes postes, Cheio o vestíbulo e a brilhante sala De espectros, que ao profundo Érebo descem! Morre o Sol, e se esparge e adensa a treva!”

Eles às gargalhadas o chasqueiam, E o de Pólibo grita: “O forasteiro,

- A pedido de Atena todos riem como animais e não se dão conta do riso. Comem carnes cruas. Choeram e riem ao mesmo tempo.

- O riso em Homero aparece sempre como o presságio de algo ruim.

- Teuclímeno vai ao encontro de Telênaco que Ulisses já chegou e está disfarçado de mendigo.

No momento da risada, verbaliza uma profecia: a tragédia – o fim da odisseia.

V.235 – P. 223

v. 235: A quem, nos paços do imortal ausente, O banha ou trata.” Aqui, toma de um cesto E arroja um pé de boi; mas a cabeça Ulisses, com sardônico sorriso, Desvia, e o osso na parede bate.

Irós – mendigo – personagem da odisseia se desavem com Ulisses. Ulisses quase o mata, mas pensa que tem que humilhá-lo, impor um limite, maltrata este mendigo na frente dos pretendentes. Ulisses anuncia o que acontecerá com os outros. A reação é esta: rir de quase perder o folego. Rindo da própria morte:

v.70;75;80,85,90: A Ítaca baixo a confortar o filho: Os comantes Argeus convoque ousado; Suste aos vorazes procos a carnagem De flexípedes bois e ovelhas pingues. Dali, na Esparta e na arenosa Pilos, Do amado genitor se informe e indague, E entre humanos obtenha ilustre

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fama”. Já liga alparcas de ouro incorruptíveis, Que a propelem como aura pelas ondas Ou pelo amplo terreno; a lança empunha De érea afiada ponta e desmedida, Com que turmas de heróis desfaz metuenda, Progênie de tal pai. Do Olimpo frecha; Em Ítaca, ao vestíbulo de Ulisses Tem-se, e de hasta na destra, parecia O hóspede Mentes campeão dos Táfios. Ao pórtico acha intrusos pretendentes Sobre coiros de bois que morto haviam, Os dados a jogar. Servos e arautos Misturam nas crateras água e vinho, Ou com povosa esponja as mesas pulem, E partem nelas abundantes carnes.

CANTO XX: Ulisses desvia de uma flecha atirada por Clesico e ri um siso sardônico – riso agressivo:

v. 235: A quem, nos paços do imortal ausente, O banha ou trata.” Aqui, toma de um cesto E arroja um pé de boi; mas a cabeça Ulisses, com sardônico sorriso, Desvia, e o osso na parede bate.

Riso sardônico – atribuído à morte. Oriundo da região da Sardenha no Mediterrâneo onde as pessoas que morriam por envenenamento apareciam com a feição de como se estivessem rindo. Por isso essa relação do riso sardônico – riso da morte.

Nasce em Homero no riso o caráter de humilhar, diminuir o outro, excluir elementos externos do grupo. O riso tem um lado perigoso: o riso humilha.