Fichamento Introdução a Prática Terapêutica ZARO 1980

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  • 8/17/2019 Fichamento Introdução a Prática Terapêutica ZARO 1980

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    FICHAMENTO 11 – Introdução a pratica psicoterapêutica (ZARO

    NE!E"MAN !REI#"ANT$ 1%&'

    Capítulo 1 – Expectativas iniciais

    As expectativas de um estudante de psicologia com relação à profissão são

    muito definidas e, geralmente, estão relacionadas às suas motivações, como a

     preocupação pelo bemestar das pessoas e um dese!o de a!udar a mel"orar a #ualidade

    de vida$ ou relacionadas à um interesse de a!udar a si mesmo na resolução de seus

     pr%prios problemas$ ou ainda, relacionadas ao poder e privil&gio associados à profissão'

    Entretanto, por ve(es o estudante se depara com aspectos difíceis e inesperados na

     pr)tica de psicoterapia'

     *esse sentido, as expectativas podem gerar algumas confusões, por exemplo, o

    dese!o de a!udar, de +ser til- pode levar o terapeuta a trabal"ar muito de tal forma #ue

    isso o satisfaça, mas talve( comprometa o processo da terapia, impedindo o paciente de

    desenvolver "abilidades para lidar com seus problemas' Al&m disso, o terapeuta pode

     pressupor #ue o paciente est) vivendo uma experi.ncia do mesmo modo #ue ele e não

    se colocar a entender os sentidos e significados para o paciente, interpretando atitudes a

     partir de um referencial pr%prio, por exemplo, a atitude de não ol"ar nos ol"os pode ser 

    interpretada precipitadamente como timide(, ou o riso em uma "ist%ria triste como um

    riso nervoso' /utra prov)vel confusão & a compreensão da relação terap.utica como

    uma relação de ami(ade em #ue & possível trocar segredos, aconsel"ar, dar apoio e

    confiança' Como terapeuta o modo de abordar a situação deve ser diferente do modo

    #ue acontece em uma ami(ade, essa postura terap.utica deve ser trabal"ada na

    supervisão'

    Ademais, o estudante de psicologia inicialmente tem alguns medos em relação à

     profissão, como o medo do fracasso, de ser percebido pelo cliente como incompetente,

    de ter #ue responder imediatamente a tudo #ue o cliente apresente, de perder o cliente,

    entre outros medos #ue tamb&m devem ser trabal"ados na supervisão'

    Capítulo 0 – esponsabilidades profissionais

    2urante a graduação, a experi.ncia pr)tica do estudante de psicologia e as

    responsabilidades profissionais e legais perante os seus clientes & do supervisor de

    est)gio' 3ontuase #ue o problema da responsabilidade tr)s implicações na relação com

    os supervisores' Alguns estudantes sentemse inseguros para tomar iniciativas no

    atendimento, tornandose dependentes dos supervisores, por outro lado, existem os #ue

    #uerem atuar de forma aut4noma' 2e #ual#uer modo, fa(se necess)rio sempre informar 

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    o supervisor do caso, at& mesmo com vistas à proteção, mas principalmente para ter 

    uma perspectiva de progresso com o cliente ao longo da terapia' 5amb&m se fa(

    necess)rio o registro por escrito de cada sessão'

    Ademais sobre as responsabilidades, destacase a #uestão da confidencialidade'

     *en"uma informação com relação aos clientes deve ser revelada sem a permissão por 

    escrito do cliente' Al&m disso, ") tamb&m a legislação sobre a confidencialidade #ue

    deve ser consultada'

    /utro ponto explanado, acerca das responsabilidades, & #ue o cliente busca

    terapia com muitas expectativas sobre a clínica e o terapeuta, assim sendo o estudante

    de psicologia deve levar em conta essas expectativas ao se relacionar com o cliente e

    tamb&m deve se preocupar com as primeiras impressões, no #ue se refere à recepção, à

    apar.ncia, aos modos do terapeuta e ao ambiente' Evidenciase #ue no contato inicial oterapeuta ter) con"ecimento das expectativas do cliente, dos seus preconceitos e

    sensibilidades' 3or fim, os autores sugerem #ue, ao cumprimentar o cliente, o estudante

    de psicologia deve se apresentar por meio de um título #ue defina seu papel, como

    estagi)rio de psicologia'

    Capítulo 6 – 3reparativos

    / plane!amento pr&vio !untamente com o supervisor & essencial para se reali(ar 

    uma entrevista inicial efetiva e para aprender a ser um terapeuta' Existem dois passos

    necess)rios nesse plane!amento pr&vio7 coletar informações dos clientes a partir dos

    #uestion)rios iniciais reali(ados na instituição$ e especular sobre o significado das

    informações para o cliente, a partir disso, levantar estrat&gias #ue auxiliarão na

    entrevista'

    / papel inicial do terapeuta & levantar "ip%teses sobre o comportamento,

    sentimentos e possíveis )reas problem)ticas a partir do #uestion)rio inicial' *o

    #uestion)rio inicial pode "aver informações insuficientes, ou ainda excesso de

    informações #ue podem revelar, respectivamente, pessoas confusas sobre seus

     problemas de tal modo #ue não conseguem express)los ou pessoas com um roteiro

    ensaiado sobre o seu problema' As "ip%teses serão levantadas levando em consideração

    as respostas sobre estado civil, família, situação vital, discrep8ncias de informações ou

    omissão dessas, motivos do encamin"amento$ bem como #uestões relativas ao

    comportamento do cliente 9como a dificuldade em marcar ou manter as consultas:, e às

    experi.ncias do cliente no contato pr&vio com a instituição 9por exemplo, #uanto tempo

    esperou na lista de espera:, entre outros aspectos' 5odavia, & essencial #ue essas

    "ip%teses se!am flexíveis, podendo ser comprovadas ou não'

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    Capítulo ; – A entrevista inicial

     *a entrevista inicial fa(se necess)rio estabelecer um ambiente agrad)vel e de

    aceitação, a fim de #ue o cliente ten"a liberdade para falar de seus problemas' Cada

    nova entrevista trar) novos desafios' *essa etapa, tanto cliente como terapeuta estão preocupados em relação a#uilo

    #ue o outro pensa' Al&m de responder as atitudes do cliente o terapeuta tamb&m tem

    suas pr%prias ansiedades em relação à entrevista inicial, como a de ser visto como

    incompetente, não saber o #ue di(er, ou se deparar com um cliente muito calado ou

    "ostil' 5oda essa ansiedade pode pre!udicar a troca de informações'

    3or essa ra(ão, para #ue o estudante de psicologia fi#ue mais a vontade nesse

     primeiro contato, ele deve ter familiaridade com o plano físico da sala, assegurar sua

    compet.ncia pessoal 9por exemplo, ao se apresentar sem pedir desculpas:, ter 

    consci.ncia de #ue não & necess)rio responder a cada pergunta formulada pelo cliente e

    #ue o silencio não & necessariamente um mal'

    3ara dar início a entrevista o terapeuta pode propor uma das seguintes perguntas7

    +o #ue o tra( a#ui

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     pode encora!)lo a sentirse ansioso, por exemplo, di(erl"e #ue est) confuso sobre o

    motivo pelo #ual ele procurou a!uda'

    /utra atitude importante de um bom entrevistador & a de esclarecer e resumir o

    #ue o cliente disso na tentativa de assegurar ao cliente #ue ele est) sendo compreendido'

    Ao final da sessão essa atitude & essencial, e posteriormente, reali(ar um feedbac>,

    momento no #ual o cliente tem a oportunidade de corrigir #ual#uer distorção do

    terapeuta ou reali(ar perguntas'

    3or fim, os autores explanam erros #ue os estudantes de psicologia podem

    cometer na entrevista inicial' =m erro est) relacionado ao dar muita .nfase à t&cnica

    9para extrair informações sobre o problema: ou à pessoa, & necess)rio um e#uilíbrio

    entre esses extremos' =m segundo erro & dar pouca estrutura e diretividade a entrevista

    de tal forma #ue o cliente a condu(a' =m terceiro erro & abordar as )reas problem)ticas

    de maneira superficial por medo de despertar ansiedade no cliente, ou ainda, pressupor 

    #ue compreendeu o #ue o cliente disse' / terapeuta s% compreende o significado do #ue

    o cliente tra( #uando o #uestiona sobre o mesmo' ?inalmente, evidenciase #ue o

    terapeuta deve tomar certos cuidados para não cometer esses erros para #ue a entrevista

    inicial se!a bemsucedida e forneça uma base para o relacionamento terap.utico'

    REFER)NCIA

    @A/ ' B'$ AACD '$ *E2EFA* 2' '$ 2EGA*55 G' B' Introdução apr*tica psicoterapêutica' Bão 3aulo' E3=, 1HIJ, p' 6;J'