Fichamento rogers blog

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Referência:

FERREIRA, Berta Weil. A aprendizagem na perspectiva humanista de Carl. R.

Rogers. In: La Rosa, Jorge de (Org.). Psicologia e educação: o significado do

aprender. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002. p. 149-167.

Resumo:

A autora inicia o texto trazendo questões acerca da “terceira força” da psicologia atual:

a humanista, teoria a qual dá ênfase nas experiências da pessoa, à sua “vida interior”.

São analisados conceitos acerca da “teoria centrada no cliente”, dando ênfase aos

princípios que são concernentes à educação. De acordo com o pensamento de Rogers, a

autora acredita que os alunos têm potencialidade e curiosidade natural para aprender, e

o que se faz necessário para que esses serem desenvolvidos é um ambiente facilitador.

Neste ambiente, estão inseridos fatores como a liberdade dos alunos, o professor-

facilitador da aprendizagem, interesse nos sentimentos e opiniões dos alunos e ainda, a

pesquisa. Por conseguinte, Ferreira cita algumas orientações para a utilização das ideias

de Rogers, dando destaque aos grupos, sejam eles de alunos ou facilitadores. Por fim,

conclui trazendo os enfoques principais do pensamento rogeriano.

Sumário: Citação:

Definição da

teoria de Rogers

“Dentro da linha humanista, a teoria de Rogers é basicamente

fenomenológica, pois dá grande importância às experiências da

pessoa, a seus sentimentos e valores e a tudo o que pode ser

resumido como “vida interior”“. (p. 149).

Organismo e self

“Para ele, a estrutura da personalidade é baseada no organismo e

no self. No "organismo", se localiza a experiência humana e

significa todo o campo fenomenológico onde se situa o homem.

Deste campo fenomenológico aos poucos se destaca uma parte, o

self, ou autoconceito, representando a noção que a pessoa tem de si

(tanto a real - o que realmente é, como a ideal - o que desejaria

ser).” (p, 151).

Ensino centrado

no aluno

“A maneira de compreender a educação mudou com Rogers - o

ensino, que era centrado no professor, passa a ser centrado no

aluno. É ele que aprende.” (p. 152).

Clima facilitador

“É oferecido um clima facilitador de aprendizagem. Tanto no

contato com o professor, como em reuniões com os colegas,

desenvolve-se um clima em que o aprender com os outros é tão

importante como aprender com os livros, filmes ou experiências do

ambiente.” (p. 153).

Aprendizagem

significativa e a

prática

“A maior parte da aprendizagem significativa é adquirida na

prática. [...] Quando o aluno participa do processo, a aprendizagem

é facilitada. Aprenderá melhor quando buscar o conhecimento de

acordo com seus interesses e do seu ritmo pessoal. E esta

aprendizagem voluntária será mais duradoura e persistente.” (p.

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154).

Professor

Facilitador

“Para que o professor se torne um facilitador da aprendizagem, é

preciso que tenha certas qualidades que emanam do

"relacionamento pessoal entre o facilitador e o aprendiz" (Rogers,

1977, p. 111).” (p. 156).

Autenticidade do

facilitador da

aprendizagem

“O professor deve ser uma pessoa real, pode ter entusiasmo ou

fleuma, irritação ou simpatia. Não precisa disfarçar o que sente.

Pode mostrar se gosta ou não do trabalho dos estudantes, sem

deixar de ser bom professor. E passará a ser uma pessoa de carne e

osso, e não "a corporificação, sem feições reconhecíveis, de uma

exigência curricular, ou o canal estéril através do qual o

conhecimento passa de uma geração a outra" (Rogers, 1977, p.

112).” (p. 156).

Liberdade e

confiança nas

capacidades do

aluno

“Numa classe tradicional, em que a ênfase está nos exames, nas

notas, na matéria, não há lugar para a pessoa em mudança. E o

professor muda tanto quanto o aluno, quando há liberdade para

mover-se, liberdade de ser e de manter a dignidade. Isto não é ser

sonhador demais, idealista demais? Confiar nas capacidades do

outro é mais do que ser apenas professor. É ser um facilitador, que

proporciona aos alunos "liberdade, vida, oportunidade de

aprender" (op. cit., p. 129). Só assim estará preparando cidadãos

para o mundo em mudança.” (p. 158).

Benefícios da

Autonomia

“Segundo Woolfolk (2000, p. 361), “ambientes de sala de aula que

apoiam a autonomia do aluno estão associados com maior

interesse, senso de autocompetência, autoestima, criatividade,

aprendizagem conceitual e preferência por desafio”“. (p. 159).

Cooperação

“Estudos de Johnson e Johnson (1985) e Slavin (1995, citado por

Woolfolk, 2000, p. 364) demonstram que, quando a tarefa envolve

aprendizagem complexa e habilidade de solução de problemas, a

cooperação leva à maior realização do que a competição. Além

disso, "a aprendizagem cooperativa bem planejada para resultar em

capacidade melhorada de ver o mundo do ponto de vista de uma

outra pessoa, melhores relações entre diferentes grupos étnicos em

escolas e salas de aula, auto-estima(sic) aumentada, maior

disposição para ajudar e encorajar colegas e maior aceitação de

alunos incapacitados e de baixo desempenho".” (p. 161).

Simulação como

tipo de

aprendizagem

“E quais as aprendizagens que resultam da simulação?

Ela integra o estudante na vida. Ele vai ter que tomar decisões

urgentes, baseadas em informações parciais e incompletas, vai

saber das dificuldades de comunicação, das consequências mal-

entendidas, de relações interpessoais e de negociações.

Ao fazer a simulação, o estudante tem que assumir a

responsabilidade do que faz. E desenvolve uma disciplina pessoal,

na coleta de informações, na decisão e na ação. Apesar de ser o

professor que introduz a simulação, são os alunos que assumem a

responsabilidade de executá-la, e, por isso, têm grandes resultados

na aprendizagem.

A simulação representa uma aprendizagem positiva de vida.” (p.

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162-163).

Instrução

programada

“As instruções programadas mais curtas são as mais úteis, no dizer

de Rogers, pois o aluno se envolve nas "máquinas de ensinar".

Quando há lacunas no conhecimento, quando se precisa de um

manual para manejar uma máquina ou um vocabulário de turista

numa língua estrangeira, a instrução programada propicia

experiências imediatas para resolver os problemas, no ritmo que

lhe convém. Ela tem que ser usada com flexibilidade.” (p. 163-

164).

Auto-avaliação

“A auto-avaliação é a melhor maneira de transformar a

aprendizagem iniciada pelo aluno em aprendizagem responsável.

[...] Esta avaliação é chamada formativa e não se refere a um único

marco teórico. Dizem as autoras que todos poderão usá-la, pois ao

se articular o processo de aprendizagem, não só apresenta dados

sobre o progresso do aluno, como também sobre a adequação dos

métodos empregados no ensino e aprendizagem.” (p. 164-165).

Pensamento

estratégico para

aprender

“Os alunos bem sucedidos usam pensamento estratégico na

aprendizagem (raciocínio, solução de problemas, aprendizagem de

conceitos).” (p. 166).

Principal ideia de

Rogers

“Em educação, Rogers, de acordo com sua postura humanista,

considera o aluno como um todo, o que significa mais que a soma

das partes, cuja natureza se expressa em relação aos outros. É um

ser consciente, com capacidade de opção, isto é, tem liberdade para

decidir. É, também, um ser com intencionalidade, o que significa

que suas ações se dirigem a um fim.

Sua pedagogia "centrada no aluno" valoriza mais o significado que

os procedimentos metodológicos. Sabe que todo o conhecimento é

sujeito à mudança e, por isso, o que importa é a experiência do

aluno, responsável por toda a aprendizagem.” (p. 167).