Fichamento Texto 1 - Língua e Senso Comum, Marcos Bagno.

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Língua e Senso Comum

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Fichamento do texto: BAGNO, Marcos. Lngua e Senso Comum. E-Proinfo Ambiente Colaborativo de Aprendizagem. 2013.

De maneira geral, o autor do artigo Lngua e Senso Comum, Marcos Bagno, tenta esclarecer o que o senso comum na lingustica e, tambm, desmistific-lo. Pois, para o autor, o estudioso de lingustica necessita, antes de tudo, perder os preconceitos adquiridos em sociedade sobre a lngua para, ento, estar inserido nas pesquisas.O senso comum uma ideia formada, uma opinio adquira, pela tradio, em uma determinada sociedade sem qualquer crtica a respeito; ela somente existe e tida como a nica verdade. Esse lugar-comum tambm est presente na lngua e, curiosamente, menos discutido do que em outros campos como: racismo, machismo, minorias em geral. Na viso do autor, tudo comea com a criao da primeira gramtica, pelos gregos, no sculo III a.C., que possua o objetivo de normalizar a lngua escrita atravs dos escritos clssicos. Assim, at a contemporaneidade, permanece a ideia do que certo e do que errado nas lnguas.

Num determinado momento do texto, o autor d exemplos e vises estereotipadas das lnguas. So alguns:

Algumas lnguas so naturalmente mais primitivas, toscas e pobres do que outras.

Quem no sabe ler nem escrever no pensa direito.

Palavras que as pessoas usam e que no esto no dicionrio simplesmente no existem.

Estas afirmaes, por mais simples que paream, so ideias preconceituosas arraigadas na sociedade. Segundo o autor, estas no so quebradas nem pelos profissionais adequados os professores da lngua materna nem nos lugares adequados as escolas. Aqueles no esclarecem aos alunos que uma lngua muito mais que sua Gramtica, pois, tambm, so frutos de uma educao baseada no certo/errado. Isto dificulta a desmistificao de esteretipos permanecidos ao longo de geraes.

Aqui, gostaria de fazer uma interveno e comentar estes trs tpicos que citei, respectivamente:

1. Nenhuma lngua pode ser considerada mais primitiva ou mais avanada que outra, pois toda lngua possui sua beleza, sua estrutura e natureza cultural. Cada lngua, independentemente do local, seja no ocidente ou no extremo oriente, possui suas caractersticas prprias, variaes e relevncia para estudos, sem qualquer preconceito.2. Quem no sabe ler nem escrever nem sempre, necessariamente, no pensa. Para um surdo, por exemplo, que no sabe a lngua portuguesa, mas sim a libras, no existir deficit intelectual. Muito menos existir na pessoa no-surda que no sabe ler nem escrever na lngua portuguesa.3. Toda lngua presente em determinado territrio que, por sua vez, divido em regies, possui variaes lingusticas. Como no Brasil, por exemplo, existem diferentes vocbulos de pessoas que moram em Pernambuco para as que moram no Esprito Santo. Mas, em nenhum momento, por no estarem no dicionrio, significa que no existem ou que no fazem parte da lngua.