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P PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS MG PR PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA Nº 001 CENTRO 37275-000 Setor Municipal do Patrimônio Cultural Av Joaquim de Paula Reis/08 Fone (35) 3835 2213 cultura [email protected] FICHA DE INVENTÁRIO BEM IMATERIAL PERSONALIDADE - PADRE CELSO PINHEIRO 1. MUNICÍPIO CRISTAIS 2. DISTRITO Sede 3. PERSONALIDADE Monsenhor Celso José Pinheiro 4. COMO É CONHECIDO Padre Celso Pinheiro 5-MOTIVAÇÃO DO INVENTÁRIO A personalidade Monsenhor Celso José Pinheiro deixou marcas indeléveis na sua trajetória de vida no município de Cristais. Como cidadão foi um exemplar personagem na vida comunitária da sociedade cristalense, atuando na esfera política, trabalhando muito em prol da emancipação administrativa do município. Como sacerdote dedicou toda sua vida de pastor e guia espiritual orientando e arrebanhando fiéis para a Igreja Católica. Assim, com o potencial da história de sua vida, a personalidade de Pe. Celso Pinheiro passou a fazer parte da memória social, memória que valoriza o papel de cada pessoa na construção da história do município. 6. NASCIMENTO 21/11/1879 7.SEXO Masculino 8.ENDEREÇO Sepultado na Igreja Nossa Senhora da Ajuda - Cristais-MG

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FICHA DE INVENTÁRIO BEM IMATERIAL

PERSONALIDADE - PADRE CELSO PINHEIRO

1. MUNICÍPIO

CRISTAIS

2. DISTRITO

Sede

3. PERSONALIDADE

Monsenhor Celso José Pinheiro

4. COMO É CONHECIDO

Padre Celso Pinheiro

5-MOTIVAÇÃO DO INVENTÁRIO

A personalidade Monsenhor Celso José Pinheiro deixou marcas indeléveis na sua trajetória de

vida no município de Cristais. Como cidadão foi um exemplar personagem na vida comunitária

da sociedade cristalense, atuando na esfera política, trabalhando muito em prol da emancipação

administrativa do município. Como sacerdote dedicou toda sua vida de pastor e guia espiritual

orientando e arrebanhando fiéis para a Igreja Católica. Assim, com o potencial da história de sua

vida, a personalidade de Pe. Celso Pinheiro passou a fazer parte da memória social, memória que

valoriza o papel de cada pessoa na construção da história do município.

6. NASCIMENTO

21/11/1879

7.SEXO

Masculino

8.ENDEREÇO

Sepultado na Igreja Nossa Senhora da Ajuda - Cristais-MG

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9.OCUPAÇÃO

Falecido

10.NATURALIDADE

Boa Esperança /MG

11.NACIONALIDADE

Brasileira

12.DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

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Foto cedida pelo Arquivo Público Municipal – sem data e sem autoria

1ª Câmara Municipal de Cristais – 1949 – Pe. Celso P. ao centro

Fotos cedidas pelo Arquivo Público Municipal – sem data e sem autoria

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Túmulo na Igreja N.S. da Ajuda onde se encontram os restos mortais

Foto: Alexa Bastos Gambogi Meireles – Cristais - 2012

13.BIOGRAFIA

Nasceu em Boa Esperança aos 21 de novembro de 1879. Filho de Francisco José

Pinheiro e Maria das Dores Leite. Veio para Cristais na mais tenra idade. Por esse motivo, é

considerado cristalense.

Ingressou no Colégio Caraça em fevereiro de 1894, onde estudou Humanidades e

Filosofia até novembro de 1898. Em 1º de fevereiro de 1899 transferiu-se para o Seminário de

Mariana, onde estudou Teologia. Recebeu a 1ª Tonsura, em novembro do mesmo ano. Em junho

de 1900, recebeu o ministério do Hostiário e Leitura. Acólito e Exorcista em outubro de 1901.

Subdiaconato em 30 de novembro de 1902. Diaconato em 15 de março de 1903, na Catedral de

Mariana. Presbítero em 23 de agosto de 1903, sendo ordenado pelo Revmo. Bispo Dom Silvério

Gomes Pimenta, Bispo de Mariana, na Paróquia “Barão de Cocais”. Recebeu o Sacramento da

Ordem também na Catedral de Mariana.

Foi vigário coadjutor em Cláudio, no ano de 1904 e 1905; em Candeias no ano de 1906 e

1907. Foi pároco em Arcos desde o final de 1907 até 1911; em Piumhy de 1912 à 1913; em Cana

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Verde de 1913 à 1914; em Santa Rita do Ibitipoca no final de 1914 à 1918. Assumiu a Paróquia

de Cristais aos 19 de fevereiro de 1919.

Ações pastorais: assíduo catequista, praticando sempre a Palavra de Deus, com grande

proveito e fidelidade. Organizador da associação de Obras para Vocações Sacerdotais. Exerceu

sempre diversas obrigações paroquiais.

Virtudes: vida sacerdotal íntegra e exemplar, um ótimo e animado diretor espiritual,

pronto para atender aos paroquianos. Doou para a paróquia sua casa residencial e uma gleba de

terras com 10.000 m2. para construir a Vila Vicentina.

Trabalho: construiu a Igreja N. S. do Rosário; administrou a construção das capelas rurais

nas comunidades: Martins, Fernandes e Coqueiros. Fez diversas restaurações na Igreja Matriz.

Fundou diversas associações paroquiais: Apostolado da Oração, Congregação Mariana, Pia

União das Filhas de Maria, Pia União de Santo Antônio, Sociedade São Vicente de Paulo e

Associação São José ( Vocações sacerdotais).

Quando jovem foi professor. Foi também um confessor prudente e íntegro. Recebeu o

título honorífico de Cônego, na Catedral de Guaxupé, no dia 12 de agosto de 1956.

Participou do movimento para a emancipação político-administrativa do município,

liderando o PSD por muitos anos e indicando o 1º prefeito da cidade: Francisco de Assis

Carvalho.

Recebeu da Santa Sé, por todos os serviços sacerdotais prestados, o título de Monsenhor

Camareiro Secreto de Sua Santidade.

Dedicou 48 anos de sacerdócio à Cristais. Seu pastoreio foi fecundo. Semeou a fé cristã

entre seu rebanho e cuidou espiritualmente dos fiéis, até seus últimos dias de vida.

Faleceu aos 19 de janeiro de 1967.

15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARQUIVO DIOCESANO DE OLIVEIRA – MG

ARQUIVO DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA AJUDA – CRISTAIS/MG

ARQUIVO PÚBLICO MUNICIPAL DE CRISTAIS/MG

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LIMA. Maria Salomé Reis Alves de. História de Cristais: da Primeira Povoação do Ambrósio

à Saga Lindeira do Município. Belo Horizonte: Editora FAPI, 2012

PESQUISAS DE CAMPO

16. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

Seus restos mortais foram depositados no interior da Igreja Nossa Senhora do Rosário,

construída por ele, em 1947. Permaneceram ali de 1967, data de seu falecimento, até 2005, data

da transladação de seus restos mortais para o interior da Matriz Igreja Nossa Senhora da Ajuda,

que havia sido restaurada. O motivo do translado, sob a autorização do bispo diocesano D.

Francisco Barroso Filho, foi agregar a memória de Pe. Celso Pinheiro à memória de outros

padres: Manoel Moreira Maia e Custódio Ferreira dos Reis, que foram sepultados no mesmo

local.

17. DATA DO INVENTÁRIO: 2005

18. DATA DA REVISÃO: 2013

19. FICHA TÉCNICA

Levantamento: Data: julho de 2013

Mantovane de Souza

Maria Salomé Reis Alves de Lima

Marcos Antônio Marques

Elaboração: Data: julho de 2013

Mantovane de Souza

Maria Salomé Reis Alves de Lima

Marcos Antônio Marques

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Revisão Data: julho/agosto de 2013

Mantovane de Souza

Maria Salomé Reis Alves de Lima

Marcos Antônio Marques

Alexa Bastos Gambogi Meireles

Marcio Vinicius Reis

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INVENTÁRIO DO BEM CULTURAL IMATERIAL

FESTA DO ROSÁRIO/REINADO

1. MUNICÍPIO

Cristais / MG

2. DISTRITO

Sede

3. LUGAR ONDE OCORRE A ATIVIDADE

Bairro: São Vicente de Paulo

4. RESPONSÁVEL / RELAÇÃO COM O BEM

Irmandade dos Congadeiros Nossa Senhora do Rosário

Presidente: Donizete Antônio Pereira

Irmandade Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos

Presidente: Marcos Antônio de Paulo

5. DESIGNAÇÃO

Festa do Rosário / Reinado ( Manifestação Cultural)

6. PERIODICIDADE

A festa acontece nos meses de maio e de agosto a outubro

7. AUTORIA

Congadeiros do município de Cristais, componentes das: Irmandade dos Congadeiros

Nossa Senhora do Rosário e Irmandade Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos

8. ORIGEM

Quilombo do Ambrósio - cultura africana. Os escravos a trouxeram para o Brasil como

manifestação cultural e, aqui, conservaram suas tradições como símbolo de resistência ao

sistema escravista.

9. PROCEDÊNCIA

Irmandade de Nossa Senhora do Rosário

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10. BENS INTEGRADOS

Ternos ou guardas, instrumentos musicais, indumentárias, espadas, bastões, coroas,

rosários, bandeiras, etc.

11. DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Registros do local onde ocorria a Festa do Reinado antiga e onde ocorre hoje em Cristais.

Fonte documental: Arquivo Público Municipal de Cristais

Festa do Rosário/Reinado – Reis Festeiros, Rainha Conga, Rainha Perpétua e Capitães

Foto – Hermelindo Pinheiro - 2007

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Levantando o Mastro Terno do Congo

Terno Moçambique Terno Catupé

Fotos: Hermelindo Pinheiro – Cristais - 2007

Reis e rainhas na Capela do Reinado Corte real

Fotos: Hermelindo Pinheiro – Cristais /2011

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Orações finais pela Rainha Conga – Capela do Reinado

Foto: Hermelindo Pinheiro – Cristais- 2011

12. DESCRIÇÃO

Folclore, segundo Aurélio, significa o conjunto das tradições, conhecimentos ou crenças

populares expressas em provérbios, cantos ou canções.

Folclore é tudo que simboliza os hábitos de um povo que foram conservados através do

tempo, como conhecimento passado de geração em geração, por meio de lendas, canções, danças,

mitos, hábitos, incluindo festas, culinária, utensílios, brincadeiras, enfeites, etc.

No Brasil, o folclore recebe influências determinantes dos povos que aqui já habitavam

como os índios, e os que vieram depois, os brancos e os negros.

O mês de agosto é dedicado à Cultura. 17 de agosto é dia do Patrimônio Cultural. Desde

1965, temos um dia oficial para comemorarmos as nossas tradições folclóricas: o dia 22 de

agosto.

O folclore cristalense segue as manifestações tradicionais do povo mineiro.

O estudo folclórico é parte integrante da cultura de um povo. Desentranha seus recursos

artísticos e afirma sua identidade.

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Para conhecermos a história de um povo, de um país ou de uma região é importante que

conheçamos sua cultura, suas tradições, ou seja, o seu folclore.

Sob o olhar do folclorista, Reinado é folclore; sob o olhar do antropólogo, Reinado é

cultura. Atualmente, a tendência de ambos é considerá-lo patrimônio.

O folclore é também uma forma de manifestação cultural de um povo. É, nesse sentido

que abordamos a festa do Rosário / Reinado em Cristais, uma manifestação cultural e religiosa

dos afrodescendentes.

Reinado, Reisado, Congada, Congado são nomes genéricos dados ao conjunto de

elementos que circundam a Festa do Reinado, na qual se encena a coroação de Reis do Congo,

em louvor a um santo negro: Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, São Benedito e

Santa Ifigênia. Em geral, trata-se de uma festa e/ou dança dramática, organizada por irmandades

de santo, em que participam: brincantes ou dançadores, tocadores, capitães, reis, rainhas,

príncipes, princesas, juízes e mestres que desfilam em um cortejo processional, organizado em

ternos. É também festa de devoção, fé, um ritual sagrado, embora o profano esteja presente.

O Reinado em Cristais remonta ao século XVIII, época da ascensão do Quilombo do

Ambrósio na região. Nesta época, os negros liderados pelo Rei Ambrósio, reviviam e

conservavam suas tradições culturais. Dançavam a Capoeira, a dança do Pau de Fitas e

celebravam a festa do Reinado. É desta época a imagem de Nossa Senhora do Rosário dos

Homens Pretos, que se encontra sob a guarda da Irmandade com o mesmo nome, e é tombada

como um Bem móvel cultural do município. Um requerimento datado de 17 de setembro de

1819, dirigido a D. João VI, solicitando colocar a imagem de Nossa Senhora do Rosário na

capela de Nossa Senhora da Ajuda, comprova a existência da Irmandade de Nossa Senhora do

Rosário dos Homens Pretos, já nesta época, no município. Portanto, em Cristais, a festa do

Reinado tem sua própria identidade cultural desde o século XVIII.

O grupo, antes formado só por pessoas negras, hoje é uma miscigenação de cores. Os

componentes da direção da Irmandade e das diretorias do Reinado são, geralmente, pessoas que

receberam a tradição como herança de seus antepassados ou possuem algum referencial da

cultura afrobrasileira.

Composição da Irmandade:

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1)-Diretoria da Igreja

2)- Diretoria da rua ( externa)

Componentes reais permanentes:

Rainha Perpétua- Denice Cassiana Pimenta

Rei Perpétuo – Denílson Cardoso Pimenta

Rainha Conga – Helena Caetano

Rei Congo – Valdelino Rosa

Príncipe Congo – Luciano

Princesa Conga – Cândida Maria da Silva

Bordão da Bandeira

N.S. do Rosário – Antônio Gonçalves e Jorgina Gonçalves

São Benedito – Antônio do Lei e Luzia

Sta. Ifigênia – José Salvador Nicolau e Ilza Maria Nicolau

Ternos:

Catupé – Marcos Antônio de Paulo

Catupé – Eustáquio Ribeiro

Moçambique – Sidney Antônio da Costa

“ - Pedro Pimenta

“ - Vicente

“ - Marcos Linhares

Congo - Helena Caetano

“ - Luzia

Vilão - Donizete Antônio Pereira

No total, a Festa do Rosário / Reinado envolve, em média, 150 artistas (entre músicos,

cantores e dançadores) e uma parte considerável da população do município. Desta forma, a festa

conseguiu, ao longo dos anos, manter não só o valor artístico, como também se tornou

responsável por preservar crenças, valores e conhecimentos tradicionais.

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Na festa, persiste certa disputa entre os ternos de Moçambique e do Congo, e ainda entre

os ternos agrupados posteriormente Vilão e Catopé. Com a libertação dos escravos, a princesa

Isabel também passou a ser homenageada, ao lado dos reis africanos. É provável que a introdução

do Rei e Rainha da Coroa Grande, presentes no Reinado de Cristais, seja também uma

homenagem ao casal imperial, o que acentua o caráter híbrido da festa, que surge do encontro de

manifestações tipicamente africanas numa festa de devoção a santos católicos.

As irmandades: Irmandade dos Congadeiros Nossa Senhora do Rosário e a Irmandade de

Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, são as mantenedoras das festas, realizadas em

maio e nos meses que variam de agosto a outubro. Os santos homenageados são Nossa Senhora

do Rosário, São Benedito e Santa Ifigênia. Os principais festeiros são o Rei e a Rainha da Coroa

Grande, que são reis eleitos. Fazem parte da festa ainda o Rei e Rainha Perpétuos e Rei e Rainha

Conga. Os ternos vão buscar e levam a corte até a Capela do Reinado, à rua Antônio Campos,

onde ocorrem as diferentes funções. Cada terno tem aproximadamente 35 integrantes entre

dançadores, cantadores, músicos, bandeireiros e capitães.

Nas várias funções e no decorrer de todo o percurso do Reinado do Rosário vão sendo

apresentada uma grande variedade de ritmos, melodias e letras – a maior parte desconhecidos do

grande público. Alguns ainda aparecem na forma em que nasceram nas senzalas do Brasil

colonial.

Durante a festa do Rosário / Reinado são usados, basicamente, instrumentos de percussão

– caixas, pandeiros, reco-recos, pantangomes e gungas. A sanfona também é bastante utilizada.

Instrumentos de corda – violão, viola, cavaquinho – são mais raros e, em Cristais, só comparecem

nos ternos de Vilão, provavelmente como assimilações das Folias de Reis presentes no

município. Os ternos evoluem visitando os festeiros, buscando ou acompanhando a corte do

padroeiro que lhes toca. O capitão canta os versos e os demais componentes respondem em coro,

dançando em passos ritmados e graciosos. Apesar da obrigatoriedade de algumas funções, não há

um enredo estabelecido. Os capitães, verdadeiros repentistas, vão tirando os versos: para chegar

ou sair, cumprimentar ou despedir, agradecer ou puxar festeiro que "amarra" o cortejo. A festa

em si dura três dias, porém a preparação começando pela visita dos ternos aos festeiros, passando

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pelo levantamento de mastros, novenas e rezas do terço prolongam os festejos por vários dias

seguidos de desfile, coroação, descida das bandeiras, procissão, missa Conga, etc.

A festa do Rosário/Reinado conta com muitos atores sociais. São reis, rainhas, princesas e

mordomos interpretados pela comunidade local. São conhecidos como os festeiros que

patrocinam a festa. Os ternos se dividem e visitam as casas dos festeiros que ajudam na

realização da festa pagando as promessas feitas e atendidas pelos santos.

10. HISTÓRICO

As origens das Igrejas do Rosário partiram, ao longo do processo histórico brasileiro, de

iniciativas da população negra, escrava ou livre, estabelecida nos antigos arraiais. Porém não

foram encontradas quaisquer informações relativas sobre a data de construção e autoria da obra

do primitivo templo de Cristais.

Entretanto, nas Visitas Pastorais empreendidas pelo Bispo de Mariana, entre os anos de

1821 e 1825, o arraial é citado e, as informações, apesar de sucintas, sobre esse templo, apontam

para uma construção simples e rudimentar, não esclarecendo se a empreitada poderia ser

atribuída a população negra, uma vez que esses templo fora cedido à Irmandade do Rosário.

“... tem neste arraial a primeira capela ou ermida no alto de um

monte com telha vã e sem pavimento, a qual foi cedida para

o Rosário e não tem ornato algum, nem ornamentos”

(SANTÍSSIMA TRINDADE, 1998 P. 267)

Sabe-se que o primitivo templo foi edificado na região próxima onde, atualmente, está

instalado o Paço Municipal, sendo demolido posteriormente pelo vigário Pe. Celso Pinheiro para

a edificação de uma nova construção, quase no mesmo local. O padre iniciou em 1943, com o

apoio da comunidade, a nova construção, não utilizada para as manifestações religiosas da

Irmandade do Rosário.

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Em 1948 , o sr. José Ferreira Filho, homem de posses e político influente no município e

região, doou o terreno para a construção de um novo templo para a irmandade do Rosário, que

ficou conhecido como Capela do Reinado. Nessa nova edificação foram acolhidas as

manifestações tradicionais da Irmandade, como a Festa do Reinado.

Em Cristais o Reinado é sempre comemorado com muita participação da comunidade.

Durante três dias rendem homenagens aos santos e preservam uma das mais importantes

manifestações folclóricas e de religiosidade popular.

O branco e o azul das vestimentas contrastam com a cor negra e parda brilhante dos rostos

suados e expressivos. Fitas coloridas esvoaçam, em torno dos ombros como se fossem dezenas de

arco - íris em miniaturas dançando na tarde. Serena, discreta, a Rainha pisa o solo da praça com

a majestade que lhe confere a condição de festeira.

Os cortejos de devotos que se vestem de reis, rainhas, príncipes e princesas,

acompanhados por guarda - coroas desfilam na cadência dos tambores. A melodia nostálgica

entoada pelos cantores soa como um lamento mesclado de saudade, esperança e liberdade...

Comemora-se o Reinado, com todo esse aparato, no mês de maio, especificamente no dia

13, data consagrada à libertação da escravatura; e, nos meses que variam de agosto a outubro, de

acordo com os reis festeiros. A festa tem início no sábado, continua no domingo e encerra na

segunda - feira, com o seguinte procedimento: os mastros e bandeiras são elevados 22 dias antes

dos festejos. É festejado um dia para cada santo, perfazendo assim, três dias de festividades,

comemoradas da seguinte forma: Sábado há a distribuição das coroas. As primeiras a serem

distribuídas são as coroas grandes do Rei e da Rainha. Depois são distribuídas as coroas menores

para os pagadores de promessas: príncipes e princesas.

Na semana que antecede á festa, reza-se o terço e celebra-se tríduos.

Domingo inicia-se com uma grande alvorada com a participação de todos os ternos. Nesta

alvorada, os membros dos ternos formam uma única fila, fazendo evoluções pelas ruas da cidade.

Após a alvorada, os ternos dirigem à casa dos Reis, onde é servido o café com a tradicional broa

de amendoim, biscoito, pão de queijo, acompanhados de café e leite. Ao meio-dia é servido o

banquete, almoço festivo. À tarde, realiza-se desfile pelas ruas da cidade. Os ternos vão à frente

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do Séqüito Real ate à igreja do Rosário, levando às pessoas pagadoras de promessas. Todos usam

indumentárias características e luxuosas.

Segunda-feira os ternos reúnem, dançando e cantando, para ao meio dia estarem

novamente na casa do Rei onde é servido o banquete. À tarde, realiza-se outro cortejo, porém

sem as Coroas menores pois, as mesmas já cumpriram suas promessas no Domingo. Ao

chegarem no interior da igreja, faz-se uma pausa. O juizado descansa e os ternos param de tocar.

Em seguida, há a cerimônia de Descoroação dos Reis pelo Presidente e seu Auxiliar. O Rei e a

Rainha Perpétuos coroam o novo Rei para a festa do ano seguinte. O Rei e a Rainha Conga

coroam o novo Rei e a nova Rainha. Eles são apresentados ao público e aos ternos. São saudados

com palmas e repiques. Em seguida, faz-se o descendimento das bandeiras.

Ternos

Moçambique - é uma guarda especial que vai protegendo os Reis. É o mais importante,

segundo a lenda, era o preferido de Chico - Rei e foi o terno que Nossa Senhora do Rosário

acompanhou até à igreja.

É o terno que abre as festividades. Sem a presença dos moçambiqueiros os outros ternos

não podem, por exemplo, aproximar da mesa do banquete. Dançam com latas nos pés,

significando os grilhões que prendiam os escravos. Os membros do Moçambique fazem a

“demanda” que é uma espécie de desafio cantado. Os cânticos são louvores à Virgem

homenageada. É composto de pouca gente e com idade mais avançada. Pouco vistoso e com

ritmo dolente. O capitão usa um bastão, considerado mágico, feito de três madeiras: braúna,

acácia, e cedro.

Congo - Sua função é guarda das Coroas. Usam espadas. Seus instrumentos são zabumbas,

violas, reco-recos, sanfonas e seu ritmo é bem marcante. Suas vestes são mais simples: calça,

camisa de manga comprida, saia de fitas, quepe também com fitas até a cintura.

Catupé - Sua função é divertir o público com cantos e danças. Seus instrumentos são: zabumba,

reco–reco e sanfona. Suas vestes são mais coloridas. Usam chapéus cheios de fitas até o

calcanhar.

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Vilão - Sua função também é divertir e enfeitar a festa. Seus instrumentos são: caixas, sanfonas,

violas e triângulos. Cada componente leva uma varinha de dois metros com fitas em sua

extremidade. Apresentam evoluções e suas roupas são coloridas.

Composição da Irmandade

Diretoria da igreja: presidente, secretário, tesoureiro, secretário exclusivo das coroas,

zeladora.

Diretoria externa da rua: Rei perpétuo e Rei congo, presidente, general, meirinho, capitão

do povo.

Componentes reais permanentes: Rei e Rainha perpétuos são vitalícios, Joaquim Silvério

Pimenta e Onofra Cassiana Pimenta que já estão com a coroa há mais de 100 anos, herdando a

mesma de sua mãe: Tia Bárbara. Atualmente, quem responde por ela é sua filha Denise Cassiana

Pimenta. Estes Reis são do Mastro. Eles iniciam a festa. A coroa é passada de pai para filho.

Rei e Rainha Conga: são auxiliares dos Reis perpétuos. Eles dão as ordens para o juizado

quando todo juizado estiver com os paramentos reais. São herdeiros do Chico Rei: Príncipe e

Princesa do Rei Congo são substitutos e herdeiros do rei Congo.

Reis da Bandeira

São os que guardam as bandeiras dos santos em suas casas, de um ano para o outro, até o

dia de levar o Mastro.

Temos ainda a figura da Princesa Isabel simbolizando a Redentora e Abolicionista da

Escravidão.

Quem comanda a festa é o presidente que acata as ordens dos reis da coroa Grande.

General

Sua função é acompanhar o Rei Congo. Sua indumentária é uma farda. No banquete, fica

na cabeceira da mesa até o último terno almoçar.

Meirinho

Encarregado de certas diligências com os ternos.

Capitão do Povo

É quem administra todos os ternos.

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As coroas não podem ficar expostas depois do pôr do sol. Elas devem ser protegidas por

sombrinhas. A sombrinha é também símbolo da nobreza real.

Hoje as figuras principais desta festa são o Rei e a Rainha da Coroa Grande, os reis

festeiros, pois sem eles não há festa.

O Reinado é movido por uma energia mística, impregnada de superstições, conservadas

tradicionalmente por seus membros de uma maneira preciosa e confidencial.

13. RECURSOS FINANCEIROS

Os recursos financeiros são obtidos através de doações dos congadeiros, da população

participante da festa e subsídios da prefeitura municipal.

14. TRANSMISSÃO DE SABERES PARA GERAÇÕES FUTURAS

Há uma preocupação em manter a tradição cultural. Os pais transmitem aos filhos a

tradição cultural e instituições públicas da comunidade também se empenham em manter

viva a Festa do Reinado, preservando a identidade coletiva, legado dos ancestrais

quilombolas na região.

15. PROTEÇÃO LEGAL

Lei Municipal Nº 1 617 de 07 de dezembro de 2011

16. PROTEÇÃO PROPOSTA

Registro do bem cultural imaterial

17. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARQUIVO PAROQUIAL DE CRISTAIS

ARQUIVO PÚBLICO MUNICIPAL DE CRISTAIS/MG

BRASILEIRO, Jeremias. Congadas de Minas Gerais. Brasília: Fundação Cultural Palmares,

2001.

ENTREVISTAS com congadeiros – 2011

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ESTATUTO DA IRMANDADE DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DOS HOMENS

PRETOS.

ESTATUTO DA IRMANDADE DOS CONGADEIROS DE NOSSA SENHORA DO

ROSÁRIO.

INSTITUTO ESTADUAL DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO DE MINAS

GERAIS. Pasta do município de Cristais.

INVENTÁRIO DE PROTEÇÃO DO ACERVO CULTURAL DO MUNICÍPIO DE

CRISTAIS..

LIMA, Maria Salomé Reis Alves de Lima. PARREIRA, Maria Tereza Reis. História de

Cristais. Belo Horizonte, Lithera Maciel. 2000.

LIMA, Maria Salomé Reis Alves de Lima. História de Cristais: DA PRIMEIRA POVOAÇÃO

DO AMBRÓSIO À SAGA Lindeira do Município. Belo Horizonte, Editora FAPI. 2012.

MACHADO, Aires da Mata et al. Introdução ao estudo do congado. Belo Horizonte,

Universidade Católica de Minas Gerais, 1974.

MARTINS, Tarcisio José. Quilombo do Campo Grande : a História de Minas Gerais roubada

do povo. São Paulo: A Gazeta Maçônica, 1995.

____________________. Quilombo do Campo Grande : a História de Minas Gerais que se

devolve ao povo. São Paulo: A Gazeta Maçônica, 2008.

NOSSA

SOUZA. Marina de Mello. Reis Negros no Brasil Escravista. Belo Horizonte. UFMG, 2002

18. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

Informações obtidas juntas á comunidade

19. DATA DO INVENTÁRIO: 2007

20. DATA DA REVISÃO: 2013

21. MEDIDAS ESPECÍFICAS DE PROTEÇÃO E SALVAGUARDA:

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. Ações de Educação Patrimonial para conscientização da sociedade sobre os valores: religioso,

histórico e cultural do Bem Imaterial e sua necessidade de preservação;

. Ações do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural como agente de fiscalização da

preservação do bem imaterial, dando continuidade à tradição e promovendo sua recriação.

22. FICHA TÉCNICA

Levantamento: Data: julho de 2013

Mantovane de Souza

Maria Salomé Reis Alves de Lima

Marcos Antônio Marques

Elaboração: Data: julho/agosto de 2013

Mantovane de Souza

Maria Salomé Reis Alves de Lima

Marcos Antônio Marques

Revisão Data: agosto de 2013

Mantovane de Souza

Maria Salomé Reis Alves de Lima

Marcos Antônio Marques

Alexa Bastos Gambogi Meireles

Marcio Vinicius Reis

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INVENTÁRIO DO BEM CULTURAL IMATERIAL

ROMARIAS

1. MUNICÍPIO:

Cristais / MG

2. DISTRITO:

Sede

3. LUGAR ONDE OCORRE A ATIVIDADE:

Cristais/MG a Aparecida/SP – Rodovias: 369 e 381 – Fernão Dias

4. RESPONSÁVEL / RELAÇÃO COM O BEM:

Sebastião Martins Ferreira – presidente - coordenador geral

Rocklin Luiz de Oliveira – tesoureiro

Andréa Guerra Pinheiro Silva – secretária e coordenadora

Francisco Ferreira de Ázara – secretário

Lázara, Madalena, Lourdes, Maria Lacerda e Keila Silva – cozinheiras

Nardelo Costa – coordenador dos veículos

José Alair e Sebastião Neves Costa – coordenador das barracas de pouso

Joaquim Torquato, Francisco Ferreira de Ázara e Brás - bandeireiros

5. DESIGNAÇÃO:

Romaria a pé a Aparecida do Norte

6. PERIODICIDADE:

Anualmente, no mês de agosto – 12 a 22

7. AUTORIA:

Sebastião Martins Ferreira

8. ORIGEM:

Igreja Católica

9. PROCEDÊNCIA:

Legado da cultura portuguesa

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10. BENS INTEGRADOS:

Bandeiras e Imagem de Nossa Senhora Aparecida – Padroeira do Brasil

11. DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA:

Romeiros na Aparecida do Norte – 1ª Romaria -1991- Foto cedida pelo Arquivo P. Municipal

Panfleto da Romaria da zona rural dos Souzas (Cristais) à cidade de Itaci

Cedido pelo Arquivo Público Municipal – s/d

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9ª Romaria a pé – 2000 – 10ª Romaria a pé – 2001 –

Foto cedida por Andréa G. P. Silva Foto cedida por Andréa G. P. Silva

12ª Romaria a pé – 2003 – 12ª Romaria a pé – 2003 – Serra da Mantiqueira

Foto cedida por Andréa G. P. Silva Foto cedida por Andréa G. P. Silva

20ª Romaria de Cristais e Ilicínea- 2011

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Foto cedida por Andréa G. P. Silva

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22ª Romaria á pé – após a Missa em Cristais 22ª Romaria á pé –saída após a Missa em Cristais

Foto:Maria Salomé R.A. Lima – 12/08/2013 Foto:Maria Salomé R.A. Lima – 12/08/2013

22ª Romaria á pé – caminhões de transporte de alimentos e roupas

Fotos: Maria Salomé R.A. Lima – 12/08/2013

22ª Romaria á pé – romeiros a caminho – pausa para alimentação e descanso – 2013

Fotos cedidas por Andréa Guerra Pinheiro Silva – coordenadora da romaria

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22ª Romaria a pé – chegada na Basílica Velha de N. S. Aparecida

Apresentação dos romeiros Missa na Nova Basílica

22ª Romaria á pé – 2013

Fotos cedidas por Andréa Guerra Pinheiro Silva – coordenadora da romaria

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12. DESCRIÇÃO

Romaria é uma manifestação popular da fé religiosa católica, incluída na categoria de

celebrações, classificada como Bem Imaterial. Geralmente são grupos ligados à Igreja Católica,

agente de pastorais, de movimentos religiosos que se organizam para cumprir ou pagar

promessas: “os pagadores de promessas”.

A romaria é celebrada como uma festa de cunho religioso. A organização é realizada pelo

coordenador do grupo, seguindo as normas estabelecidas em um regulamento. A festa tem início

com a concentração dos romeiros no adro da Igreja Matriz Nossa Senhora da Ajuda, onde é

celebrada a missa e a benção especial para os romeiros. Após a missa, os romeiros saem em

procissão, levando à frente a imagem de Nossa Senhora Aparecida, acompanhada de bandeiras

com estampas da santa. Os sinos da Matriz repicam e os fogos de artifício colorem o céu. Os

familiares, amigos e o padre acompanham os peregrinos no trecho até o acesso da BR 369.

Os romeiros levam mochilas com pequenas e leves bagagens. Os objetos de uso pessoal

são transportados nos caminhões de apoio, junto com mantimentos, remédios, etc. No trajeto que

é realizado por atalhos que saem das rodovias, há os pontos de pousada para descanso e

alimentação. No caminho rezam e cantam músicas religiosas. Ao chegar ao destino, são

esperados pelos familiares que fizeram a viagem de carro, por trajeto rodoviário, não utilizando

os atalhos conhecidos pelos peregrinos e acolhidos por alguma autoridade local, civil ou

religiosa. Este ritual é obedecido por todas as romarias, sejam elas a pé, de ônibus, de moto ou a

cavalo.

13. HISTÓRICO

A romaria é uma atividade religiosa de peregrinação, uma manifestação popular ligada,

em geral, à relação entre os devotos e o santo de sua devoção. Caracteriza-se por viagens

individuais ou em grupos, a lugares sagrados, especialmente quando em visita a uma relíquia.

Tem a finalidade de cumprir um voto, uma promessa, agradecer ou pedir uma graça.

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Segundo o folclorista Câmara Cascudo, foram os portugueses que trouxeram a tradição

das romarias para o Brasil, pois não consta que os índios tivessem pontos de convergência

religiosos. Além disso, só os africanos convertidos ao islamismo conheceram a romaria e não

foram estes os que aqui chegaram como escravos.

As primeiras romarias de que se tem registro no Brasil aconteceram entre 1743 e 1750.

Somente a partir de 1900 começaram as grandes romarias programadas, com o incentivo da

Igreja católica, graças aos novos meios e vias de transportes, bem como do apoio dos meios de

comunicação de massa, em especial as estações de rádio religiosas.

São muitos os centros de peregrinação que atraem grandes números de romeiros no Brasil: Nossa

Senhora de Nazaré, em Belém do Pará; São Francisco de Canindé, na cidade do mesmo nome, no

Ceará, Senhor do Bonfim, em Salvador, Bahia, Santuário da Santíssima Trindade ( Pai Eterno)

em Trindade, Goiás, Nossa Senhora de Aparecida e Bom Jesus de Pirapora, ambos em São

Paulo. Não se deve esquecer a devoção a um beato nacional, o padre Cícero, em Juazeiro do

Norte, no Ceará.

Os romeiros chegam a esses lugares a pé, de bicicleta, a cavalo, em paus de arara, de

charrete, em carros de bois, moto, ônibus, caminhão. Alguns arrastam cruzes ou andam de

joelhos, com grande sacrifício. Os que andam a pé, sozinhos ou em pequenos grupos, são

chamados "caminheiros". Entre as romarias existem aquelas que são organizadas para fazer o

percurso a cavalo e que chegam a reunir mais de 1.500 cavaleiros.

Nos templos que atraem os romeiros costumam existir a sala ou casa "dos milagres", com

centenas de ex-votos: quadros, fotos, peças de vestuário, imagens feitas em madeira, cera ou

gesso representando as graças obtidas pelos devotos que ali os levaram. Muitos desses ex-votos

têm centenas de anos de idade e fazem parte do patrimônio artístico e cultural brasileiro.

Sendo a nação de maior população católica no mundo, o Brasil conta com numerosos

centros de romarias, localizados seja em pequenos povoados dos mais recônditos e distantes, seja

em lugares dos mais conhecidos e visitados. Dentre estes, a título de exemplo, citemos:

- a Basílica de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, a Padroeira nacional, em Aparecida do

Norte (SP);

- a Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém (PA);

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- a Igreja do Senhor do Bonfim, em Salvador(BA);

- a Igreja de São Francisco das Chagas, em Canindé (CE);

- o Santuário de Bom Jesus da Lapa (BA);

- o Santuário da Santíssima Trindade, em Trindade (GO).

Motoromaria de jovens a Aparecida do Norte

Realiza-se anualmente uma romaria de jovens motociclistas ao Santuário Nacional de

Aparecida do Norte. No percurso os motociclistas vão se reunindo formando um imenso comboio

de motos, com escolta de honra, conduzindo uma réplica da imagem da Padroeira do Brasil.

Motociclistas das mais variadas localidades do país congregam-se em Aparecida, sendo recebidos

pelo prefeito e autoridades locais.

Cristais participa dessas peregrinações.

Romaria à Aparecida do Norte – a pé – organizada há 22 anos pelo Sr. Sebastião Martins

Ferreira, no mês de agosto de cada ano. Cidades vizinhas aderem ao movimento de peregrinação,

reunindo-se em Cristais e, após participarem da celebração da missa, saem com destino à

Aparecida, perfazendo um trajeto de 800 km a pé. Um comboio de acompanhantes para dar

suporte aos peregrinos é organizado com cozinha, primeiros socorros, dormitório e equipe de

recursos humanos. Os peregrinos têm o trajeto definido em pontos e cidades onde descansam,

alimentam e fazem orações. A organização da romaria conta com a diretoria, regida por um

regulamento que dita as normas disciplinares. Além dessa Romaria, a cidade conta com a

Romaria a pé nos Souzas ( zona rural de Cristais) a Itací ( cidade vizinha).

De agosto a outubro acontecem várias romarias de ônibus para Aparecida e, ao longo do

ano, para Trindade, em Goiás.

Em Aparecida, os romeiros além de cumprir um voto, uma promessa, agradecer ou pedir

uma graça, fazem turismo, visitando e conhecendo o patrimônio religioso, histórico e cultural,

fomentando o comércio local.

Esse grande número de visitantes fez com que a cidade crescesse e se estruturasse com

variadas opções de hospedagem, restaurantes e comércio.

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Aparecida ou popularmente conhecida como Aparecida do Norte é conhecida

nacionalmente por abrigar a maior igreja católica das Américas, o Santuário Nacional de Nossa

Senhora de Aparecida. É ali que se encontra a imagem da santa, a qual foi encontrada por

pescadores no Rio Paraíba do Sul, em 1717.

O município possui inúmeros atrativos voltados à devoção:

Basílica Velha: Matriz (localizada no centro da cidade, ela foi fundada em 1745).

Porto do Itaguaçu - Itaguaçu quer dizer - Pedra Grande em tupi-guarani. Nesse local,

antigamente conhecido como Bairro das Pedras, na curva do Rio Paraíba do Sul, foi encontrada a

Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, e por isso recebe grande número de

visitantes.

Santuário Nacional de Nossa Senhora de Aparecida (Basílica Nova)

O mais visitado atrativo de Aparecida do Norte foi criado para receber os milhões de romeiros e

devotos que visitam a cidade diariamente e é onde se encontra a imagem de Nossa Senhora de

Aparecida.

O local também possui um grande centro comercial, auditório, parque de diversões e amplo

estacionamento.

Igreja de São Benedito, Relógio das Flores, Passarela e Cruzeiro

Importância Religiosa e Histórica - O reconhecimento da importância religiosa e histórica do

templo aconteceu, primeiramente, em 1908, quando a igreja recebeu do Vaticano o título de

Basílica de Aparecida. Em 18 de abril de 1982, foi tombada pelo Condephaat (Conselho de

Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo),

como monumento de interesse histórico, religioso e arquitetônico.

Memorial Pe. Vitor Coelho

O ambiente é de muita tranqüilidade e paz. Induz o visitante à oração e à contemplação,

favorecidas pela música ambiente gregoriana

Mirante da Torre Brasília

O Mirante da Torre, que fica no 18º andar da Torre Brasília é um locais preferidos pelos

visitantes para fotografias.

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Morro do Cruzeiro

Separado da cidade pela Rodovia Presidente Dutra, é o ponto turístico onde acontece, toda sexta-

feira da Quaresma, a tradicional Via-Sacra.

Todo o itinerário da Via-Sacra recebeu artísticos painéis que lembram os passos da Paixão do

Senhor. Conta com as 14 estações da Via Sacra, em estilo neoclássico, elaboradas em bronze pelo

artista Adélio Sarro. Com caminho asfaltado, o Morro do Cruzeiro é uma rota de peregrinação,

proporcionando uma bela vista da cidade.

Morro do Presépio

Segundo ele, a idéia era criar um presépio que tivesse uma ligação de idéias entre o momento

histórico do nascimento de Jesus em Belém e Aparecida, onde toda a história nasceu das águas do

Rio Paraíba. Por isso foi usado como temática a água, que faz o nexo entre os dois ambientes.

O centro de todo o ambiente é a gruta de Belém de onde brotam as cascatas, com suas águas

rolando até o poço dos três pescadores, que têm nas mãos a imagem da Senhora Aparecida

Passarela da Fé – Aparecida

Nesse espaço é possível verificar várias demonstrações de fé e agradecimento pela

intercessão de Nossa Senhora Aparecida: é um dos locais preferidos pelos devotos que, muitas

vezes, fazem a travessia de joelhos.

Todos estes locais de visitação turística religiosa, histórica e cultural são visitados pelos romeiros

de Cristais, com visitas guiadas agendadas previamente. Os romeiros rezam, cumprem suas

promessas e/ou votos, fazem turismo e ainda fomentam o comércio com a compra de produtos e

mercadorias para serem revendidas no município de Cristais.

14. RECURSOS FINANCEIROS:

Os recursos financeiros são obtidos através de doações dos romeiros, da população

participante da festa e subsídios da prefeitura municipal.

15. TRANSMISSÃO DE SABERES PARA GERAÇÕES FUTURAS:

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Av Joaquim de Paula Reis/08 – Fone (35) 3835 2213

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Há uma preocupação em manter a tradição religiosa. Os pais transmitem aos filhos,

principalmente os jovens, a tradição religiosa cultural e a Igreja Católica também se empenham

em manter viva a devoção aos santos, preservando a identidade coletiva, legado da cultura

portuguesa na região.

16. PROTEÇÃO LEGAL:

Inventário

17. PROTEÇÃO PROPOSTA:

Registro do bem cultural imaterial

18. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ARQUIVO DA PAROQUIA NOSSA SENHORA DA AJUDA – CRISTAIS/MG

ARQUIVO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS

ENCICLOPÉDIA BRITÂNICA DO BRASIL Publicações Ltda. Rio de Janeiro

1997

LIMA, Maria Salomé Reis Alves de. & PARREIRA, Maria Tereza Reis. História

de Cristais. Belo Horizonte, Lithera Maciel, 2000.

LIMA, Maria Salomé Reis Alves de. História de Cristais: da primeira Povoação do

Ambrósio à Saga Lindeira do Município. Belo Horizonte: Editora FAPI, 2012

PESQUISA DE CAMPO Entrevistas...

REVISTA DO INSTITUTO DE FILOSOFIA E TEOLOGIA DE GOIÁS, Fragmentos de

Cultura Goiânia, nº 26, setembro de 1997

19. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

Informações obtidas juntas á comunidade

20. DATA DO INVENTÁRIO: 2005

21. DATA DA REVISÃO: 2013

22. MEDIDAS ESPECÍFICAS DE PROTEÇÃO E SALVAGUARDA:

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CENTRO – 37275-000

Setor Municipal do Patrimônio Cultural

Av Joaquim de Paula Reis/08 – Fone (35) 3835 2213

cultura [email protected]

. Ações de Educação Patrimonial para conscientização da sociedade sobre os valores: religioso,

histórico e cultural do Bem Imaterial e sua necessidade de preservação;

. Ações do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural como agente de fiscalização da

preservação do bem imaterial, dando continuidade à tradição e promovendo sua recriação.

23. FICHA TÉCNICA

Levantamento: Data: julho de 2013

Mantovane de Souza

Maria Salomé Reis Alves de Lima

Marcos Antônio Marques

Elaboração: Data: julho de 2013

Mantovane de Souza

Maria Salomé Reis Alves de Lima

Marcos Antônio Marques

Revisão Data: julho/agosto de 2013

Mantovane de Souza

Maria Salomé Reis Alves de Lima

Marcos Antônio Marques

Alexa Bastos Gambogi Meireles

Marcio Vinicius Reis