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1. INTRODUÇÃO
Com a revolução do Transporte Público de Curitiba, que se deu a partir de 1970 como
conseqüências do aumento populacional em todo país. A necessidade do aumento da frota fez com que os
responsáveis pelo transporte coletivo se preocupassem com melhorias no serviço, bem como melhorias à
saúde dos usuários e das pessoas que têm o ônibus como ambiente de trabalho diário.
Nos dias de hoje, a Rede Integrada de Transporte de Curitiba cobre certa de 87% do transporte
público de passageiros, abrangendo além da capital, áreas da Região Metropolitana de Curitiba.
Com o crescimento do número de ônibus, surgem alguns problemas. Nesta pesquisa vamos nos ater
apenas àqueles ligados a poluição sonora e suas conseqüências à saúde dos motoristas que trabalham para
as empresas de ônibus.
Esta monografia tem a finalidade de levantar dados referente ao nível de ruído em algumas linhas do
Sistema de Transporte de Curitiba e dados referentes à percepção dos motoristas em relação a esses ruídos
gerados tanto pelos ônibus quanto pelo ambiente que o circula, comparando então estes dados a normas
regidas à insalubridade da atividade e verificando se o motorista de ônibus está hoje trabalhando em
condições se segurança conforme as normas.
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2. HISTÓRIA DO TRANSPORTE COLETIVO DE CURITIBA
2.1. História – 110 anos de Transporte Coletivo em Curitiba
Em 1887, o primeiro bonde puxado por animais circulava em
Curitiba, ligando o Boulevard 2 de Julho (atual início da Avenida João
Gualberto) ao bairro do Batel. As passagens custavam 200 réis na
primeira classe e 100 réis nos bondes de segunda classe.
Figura 1 – Bonde Fonte: Urbs
Hoje, 110 anos depois, 1,9 milhões de passageiros utilizam diariamente o Sistema Integrado de
Transporte Coletivo, composto por 1.902 ônibus, que atendem 275 linhas. O sistema é responsável pelo
emprego direto de 12.700 pessoas entre motoristas, cobradores, fiscais, mecânicos etc.
Em 1895, oito anos após a criação da pioneira "Empreza Ferro Carryl Curitybana", os bondes
passaram ao controle do italiano Santiago Colle. Em 1912 começaram a circular os primeiros veículos
elétricos, que eram abertos. Dois anos antes, Colle havia transferido a Ferro Carryl à South Brazilian
Railways Ltd, empresa também concessionária do serviço de iluminação pública de Curitiba.
A chegada dos bondes elétricos fechados, com tecnologia francesa, cobrando tarifa de 300 réis,
inaugurou um novo ciclo na história local dos transportes, com a criação de novas linhas. Eram três,
ligando o Asilo da Avenida Marechal Floriano ao Cemitério Municipal; o Batel ao Centro; e o Prado
Velho à estação ferroviária da Avenida Sete de Setembro. A South Brazilian, em 1928, deu lugar à
Companhia Força e Luz do Paraná, que colocou em circulação os primeiros ônibus. Eles concorriam com
os bondes, mesmo cobrando tarifas mais elevadas. Em maio de 1950, Aurélio Fressato, que já operava
linhas regulares de ônibus desde 1936, ganhou a concorrência pública para exploração do serviço de
transporte coletivo. Sua empresa, a Companhia Curitibana de Transportes Coletivos, faliu em 1952, depois
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de reajustar as tarifas em 100% no ano anterior. Em 1951 também saíram de circulação os últimos bondes,
dando lugar às autolotações.
A grande revolução no setor ocorreu em 1955, quando o município estabeleceu contratos de
concessão com 13 empresas. Naquela época, a cidade era atendida por 50 ônibus e 80 lotações. O Plano
Diretor de Transportes de Curitiba foi então considerado um dos mais perfeitos do mundo.
2.2. Desenvolvimento e Integração
Os cerca de 360 mil habitantes de Curitiba em 1960 eram servidos por 14 empresas, que
transportavam 143.100 usuários/dia em 56 linhas, ao longo de 22.922 quilômetros.
Dos 2.250 veículos disponíveis, só 126 rodavam regularmente. Em virtude das condições precárias,
milhares de pessoas deixavam de ser atendidas.
A "revolução" deuse a partir do início dos anos 70, quando todos os bairros passaram a ser
atendidos. Em 1974 foi implantado o Sistema de Ônibus Expresso, com os coletivos circulando em vias
exclusivas do sistema trinário. À integração física somouse a integração tarifária a partir de 1980, com a
criação da chamada Rede Integrada de Transporte (RIT). Ela veio
permitir deslocamentos diversificados a quaisquer pontos da
cidade com o pagamento de uma só passagem.
Figura 2 – Implantação das canaletas Fonte: Urbs
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3. O TRANSPORTE COLETIVO DE CURITIBA NOS DIAS DE HOJE
O transporte público no Município de Curitiba e Região Metropolitana compõese atualmente da
Rede Integrada de Transporte que cobre cerca de 87% do transporte público de passageiros, que é
composto do Sistema Urbano e do Sistema Metropolitano.
Ao primeiro pertencem as linhas que percorrem o município de Curitiba. O segundo, abrange as
linhas que servem aos diversos municípios da Região Metropolitana e entram no município de Curitiba,
em regime de integração física e tarifária com as linhas do sistema urbano.
Este sistema opera com o regime de tarifa única, porém, algumas das linhas deste sistema operam no
regime das linhas metropolitanas não integradas que servem a alguns municípios da Região Metropolitana
e que não pertencem ao Sistema Metropolitano Integrado.
.
As linhas que compõem a Rede Integrada de Transporte RIT, de acordo com suas características
operacionais, seu traçado e sua função específica no sistema, classificamse em:
1. linhas expressas operadas por veículos bi articulados, articulados ou do tipo padron;
2. linhas interbairros atendidas por veículos do tipo padron, ligam os diversos bairros sem passar
pelo centro da cidade;
3. linhas alimentadoras ligam os terminais de integração aos bairros da região, com veículos
comuns;
4. linhas diretas (ligeirinhos) operam com veículo do tipo padron com paradas, em média, a cada 3
km, nas estações tubo e terminais de integração. Fazem as ligações entre os municípios da Região
Metropolitana e Curitiba, bairrocentro, e também entre os bairros, por meio de linhas circulares;
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5. linhas convencionais radiais integradas (troncais) operam com veículos tipo padron. Fazem as
ligações entre os municípios da RM e o município de Curitiba e os Terminais de IntegraçãoCentro
da cidade, compartilhando com o tráfego normal.
A integração física e tarifária no município de Curitiba e Região Metropolitana, operada em regime
de tarifa única, abrange 11 dos 25 municípios e é composta de 75 linhas metropolitanas que fazem parte
da Rede Integrada de Transportes, comumente chamada unicamente pela sigla RIT.
São operadas por 8 empresas permissionárias e nelas circulam, nos dias úteis, cerca de 405 ônibus
que transportam a média de 151.000 passageiros pagantes.
O sistema de transporte de Curitiba e Região Metropolitana conta 26 terminais de integração
localizados ao longo de canaletas e em pontos de alta demanda. Do total de terminais que existem
atualmente em Curitiba e Região Metropolitana, 15 foram inaugurados na década de 80 e outras 5 em
1992.
As estações tubo, a maioria dotada de elevadores para portadores de deficiência física, distribuemse
entre as linhas expressas, perfazendo o total de 213, agilizando o embarque e desembarque em nível,
mediante a cobrança antecipada de tarifa, dispensam a presença de cobradores no interior do veículo.
O sistema tarifário e de remuneração das empresas operadoras é fixado pelo poder público através da
URBS Urbanização de Curitiba S.A., com base na planilha de custos do sistema. Cabe a URBS fixar a
forma de recolhimento das quantias arrecadadas pelas permissionárias, bem como o sistema de
conferência, controle e fiscalização da arrecadação. Todas as quantias arrecadadas são depositadas no
Fundo de Urbanização de Curitiba. A URBS efetua o pagamento das permissionárias no prazo de 10 dias
úteis, contados da data da realização da quilometragem.
a) Terminais Os terminais de ônibus são pontos de integração localizados nos extremos dos eixos
estruturais. Os usuários que moram nas regiões vizinhas chegam até um dos 21 terminais existentes por
meio de "linhas alimentadoras". De lá podem escolher qualquer percurso pagando apenas uma tarifa. Os
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ônibus da Linha Expresso complementam o trajeto até o centro da cidade. Qualquer outro ponto de
Curitiba pode ser alcançado com os ônibus da Linha Interbairros e Ligeirinho.
b) EstaçõesTubo São 351 plataformas de embarque e desembarque, no mesmo nível da porta de
acesso dos ônibus da Linha Direta, apelidados de "Ligeirinhos". A tarifa é paga antecipadamente, na
própria estação, dispensandose a presença do cobrador no interior do coletivo. Os veículos percorrem os
trajetos em menor tempo, dispondo de estaçõestubo a cada 800
metros, em média. A cobrança antecipada da tarifa provoca economia
de tempo para o usuário de até uma hora por dia. E, em relação ao
sistema convencional, economiza até 18% do custo operacional. Ao
todo, 195 estaçõestubo são dotadas de elevadores para deficientes
físicos.
Figura 3 – Estação Tubo Fonte: Autor
c) Deficientes na frente
A Rede Integrada de Transporte está voltada também para os deficientes físicos. Eles têm elevadores
ou rampas de acesso aos terminais de ônibus e estaçõestubo. Há, ainda, quatro linhas especiais, equipadas
para facilitar a vida dos portadores de deficiências físicas. Em caráter complementar, o transporte de
alunos do Ensino Especial é feito por linhas exclusivas, que buscam o
estudante em sua residência.
4 – Estações Tubo (deficientes) Fonte: Autor
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d) Outras obras executadas
Foi possível, com a abertura da Avenida Dario Lopes dos Santos/Maurício Fruet e reforma da
Avenida Afonso Camargo, a ampliação da capacidade de transporte do eixo LesteOeste, criando uma
nova ligação entre o Rebouças e o Cajuru.
Na segunda etapa da obra, as outras vias a serem usadas pelo biarticulado LesteOeste foram
pavimentadas e sinalizadas. Alguns trechos, como a Avenida Affonso Camargo e as ruas Fernando
Moreira e Lourenço Pinto, receberam pavimentação em concreto – no lugar da camada de asfalto.
A Prefeitura também reformou quatro terminais de integração – Capão da Imbuia, Centenário,
Campina do Siqueira e Campo Comprido que foram adaptados aos novos ônibus, tiveram recuperada a
estrutura metálica e a cobertura. A reforma do Terminal Centenário garantiu ainda a criação do ligeirinho
Centenário – Marechal Deodoro.
Nos terminais, as instalações elétricas e hidráulicas foram renovadas e todos os equipamentos
pintados. Os banheiros e calçadas foram adaptados para atender aos portadores de alguma deficiência. As
lanchonetes e bancas de revista de estrutura de fibra foram reconstruídas em alvenaria. A segurança dos
passageiros foi reforçada com nova iluminação e placas de sinalização de tráfego.
Além da reforma dos terminais, a Prefeitura construiu o novo terminal Vila Oficinas. Com 10.492
metros quadrados, ele substitui o antigo de 4.844 metros quadrados. O Vila Oficinas recebeu
pavimentação em concreto e uma área de lazer no nível inferior à pista dos ônibus.
Pinhais também recebeu um novo terminal para substituir o antigo terminal Autódromo, que foi
transformado em uma das duas estaçõestubo de Pinhais.
e) Criação de novas linhas e eixos de circulação
Linhas O LesteOeste tem duas linhas: Centenário–Campo Comprido e Pinhais–Praça Rui Barbosa.
O expresso Centenário–Campo Comprido permite que o usuário vá de um ponto ao outro sem baldeações.
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Por causa da demanda maior na região leste, esta linha terá um reforço entre o Centenário e a Praça Rui
Barbosa no pico da manhã e entre a Praça Eufrásio Correia e o Centenário no pico da tarde. A linha
Pinhais–Praça Rui Barbosa substitui o antigo expresso Pinhais.
3.1. Integração com a Região Metropolitana de Curitiba
A integração com o Município de Pinhais, por meio da LesteOeste marca mais uma etapa do
projeto para a integração do transporte coletivo entre Curitiba e a Região Metropolitana. Nos últimos 3
anos, 5 municípios ganharam a comodidade da integração com a capital — Campo Magro, Campo Largo,
Rio Branco do Sul, Itaperuçu e Pinhais —, com a chegada de 13 linhas alimentadoras a terminais de
Curitiba ou ainda por meio de ônibus ligeirinho. São cerca de 115 mil novos usuários.
A integração já beneficia 500 mil pessoas todos os dias. No total, 12 municípios — metade dos que
compõem a Região Metropolitana de Curitiba — já estão integrados com Curitiba: São José dos Pinhais,
Piraquara, Contenda, Itaperuçu, Rio Branco do Sul, Almirante Tamandaré, Campo Magro, Campo Largo,
Araucária, Fazenda Rio Grande, Pinhais e Colombo.
Ao mesmo tempo em que volta as atenções para a Região Metropolitana, a Prefeitura também
trabalha em projetos para modernizar e levar comodidade aos 1,9 milhão usuários da Rede Integrada de
Transporte (RIT).
Um dos principais investimentos foi a implantação em 1999 da linha Circular Sul, passando por 7
terminais — Boqueirão, Carmo, Hauer, Portão, Capão Raso, Pinheirinho e Sítio Cercado. Com 26
quilômetros, 76 estaçõestubo e 20 ônibus biarticulados, a Circular Sul tem capacidade para transportar
cerca de 100 mil pessoas/dia.
A Prefeitura também criou a linha Interhospitais, que transporta mil passageiros/dia e passa pelos
principais hospitais de Curitiba: Cajuru, das Nações, Clínicas, Evangélico, Cruz Vermelha, Militar,
Nossas das Graças e Pequeno Príncipe. Ainda na área de transporte especial, a Prefeitura implantou mais 4
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linhas para o Sistema de Transporte para o Ensino Especial (Sites). Hoje, 37 ônibus são responsáveis pelo
transporte de 2,3 mil crianças para escolas de ensino especial.
Em 2000, dois ônibus com mecanismo de "agachamento" e rampas para cadeiras de rodas passaram
a circular em teste nas linhas Jardim Social/Batel e Detran/Vicente Machado.
3.2. Modernização do Transporte Coletivo e Construção de Novos Terminais
O programa de modernização do transporte coletivo inclui a reforma,
ampliação e construção de terminais. A Prefeitura reformou sete dos maiores
terminais de integração do transporte coletivo de Curitiba — Pinheirinho,
Boqueirão, Campina do Siqueira, Capão da Imbuia, Centenário, Santa Cândida
e Campo Comprido.
Figura 5 – Terminal de Integração Fonte: Autor
Além da reforma dos terminais, a Prefeitura construiu novas e maiores instalações para o terminal
Vila Oficinas, para receber o LesteOeste.
Inaugurado 1 o de julho de 2000, o Eixo LesteOeste, o único dos 5 grandes corredores de transporte
coletivo da cidade que ainda não operava como um metrô de superfície, passou a utilizar ônibus
biarticulados em canaletas exclusivas e préembarque por estaçãotubo. São 53 ônibus biarticulados com
embarque dos usuários por 72 estaçõestubo ao longo da canaleta de 23 quilômetros que liga o Campo
Comprido ao município de Pinhais.
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O novo sistema amplia em mil lugares por hora a capacidade de transporte do corredor LesteOeste.
Além disso, o novo corredor retirou do centro da cidade 40 ônibus metropolitanos que faziam cerca de
400 viagens ao dia. O eixo alcança uma área onde vivem 450 mil moradores de 12 bairros, além da
população de Pinhais, Piraquara e Campo Largo. Só em Curitiba usam a rota do LesteOeste 120 mil
passageiros dia e na Região Metropolitana mais 70 mil.
• Investimento – R$ 55 milhões 691 mil (fontes: BNDES, FDU, BID, Prefeitura de Curitiba e
iniciativa privada).
• População beneficiada: 450 mil moradores de 12 bairros de Curitiba (Cajuru, Capão da
Imbuia, Cristo Rei, Jardim Botânico, Bigorrilho, Campina do Siqueira, Mossunguê, Campo
Comprido, CIC, Centro, Mercês, Rebouças), além de Piraquara, Pinhais e Campo Largo
• Extensão do eixo – 23 quilômetros entre Pinhais e o bairro Campo Comprido, em Curitiba
(20,5 km em Curitiba entre o Centenário e o Campo Comprido, nos extremos Leste e Oeste
da cidade)
• Número de passageiros – 190 mil/dia e 20 mil/hora no pico
• Estaçõestubo – 72
• Ônibus biarticulados – 53 carros (36 na linha Centenário–Campo Comprido e 17 na linha
Pinhais–Praça Rui Barbosa)
• Terminais do eixo LesteOeste – 6
• Quatro terminais reformados Capão da Imbuia, Campina do Siqueira, Campo Comprido e
Centenário
Dois terminais novos – o Vila Oficinas, construído pela Prefeitura de Curitiba, ficou bem maior que o
existente, passando dos 4.844 metros quadrados para 10.492 metros quadrados; o de Pinhais, construído
pela Prefeitura de Pinhais, de 980 metros quadrados (do velho terminal Autódromo) para 13.800 metros
quadrados. O Terminal Autódromo será transformado em uma das duas estaçõestubo que também foram
garantidas pela Prefeitura de Pinhais.
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Tabela 1 Números Atuais do Transporte Coletivo de Curitiba
1. Passageiros
1.100.000 passageiros/pagantes em dias úteis
1.900.000 passageiros transportados na RIT (Rede Integrada
de Transporte)
Grande Curitiba – 1.250.000 passageiros/pagantes em dias
úteis e 2.050.000 transportados
2. Frota Total do Sistema Integrado 2.160 ônibus
3. Frota Total da Grande Curitiba 2.530 ônibus
4. Municípios de acesso à integração
São José dos Pinhais, Pinhais, Colombo, Piraquara, Rio
Branco do Sul, Almirante Tamandaré, Fazenda Rio Grande,
Campo Largo, Campo Magro, Araucária, Contenda e
Itaperuçu
5. Estações Tubo 351
6. Canaletas Exclusivas 72 Km
7. Corredores Um Total de 5:
Boqueirão, Norte, Sul, Leste, Oeste
8. Pontos de Parada 5 mil
9. Terminais de Integração 21 urbanos e 7 metropolitanos
10. Transporte Especial
Feito pelos SITES – Sistema de Transporte de Ensino
Especial, no Bairro do Cristo Rei, atendendo 2.600
alunos/dia em 38 linhas que atendem ao todo 36 escolas de
Ensino Especial.
11. Linhas 469 linhas Grande Curitiba sendo 388 integradas.
12. Viagens por Dia
No Sistema Integrado são 21mil viagens por dia/útil. Na
Grande Curitiba são 23 mil viagens por dia/útil.
13. Linha de Maior Itinerário Interbairros III (31 km com 26 mil passageiros do Santa
Cândida ao Capão Raso).
14. Linha de Menor Itinerário
Alimentador Conjunto Mercúrio (Terminal Centenário –
bairro = 1000 passageiros por dia; 2 km).
15. O Maior Deslocamento Rio Branco do Sul a Contenda (70 km; 4 baldeações).
Fonte: URBS, 2002
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4. A POLUIÇÃO SONORA E AS CONSEQUÊNCIAS À SAÚDE
4.1. O que é poluição sonora?
É o conjunto de todos os ruídos provenientes de uma ou mais fontes sonoras,
manifestadas ao mesmo tempo num ambiente qualquer. Como os ouvidos não estão
preparados para resistir a ruídos de alta intensidade por muito tempo, todos sofrem com a
poluição sonora.
A poluição sonora dáse por meio do ruído que é o som indesejado, sendo
considerada uma das formas mais graves de agressão ao homem e ao meio ambiente. Se a
poluição sonora é restrita a uma determinada região ou área, o problema pode ser
considerado localizado e às vezes de pequena proporção, mas quando ela atinge grande parte
da cidade, como no caso de trânsito intenso e em corredores de tráfego, a questão passa a ser
mais ampla e generalizada, pois, além de ofender aos moradores próximos às vias públicas
barulhentas, atinge também os que passam por elas, tornandose assim um problema de saúde
pública.
Os sons são calculados em decibéis, uma unidade de medida que aumenta em
múltiplos de dez. Entre os ruídos, os agudos ou de alta freqüência são mais lesivos que os de
timbre grave, assim como são mais perigosos os que têm vibrações, os contínuos e os
"impulsivos" (imprevistos, mas intermitentes). Por outro lado, a exposição sonora num
ambiente fechado tem uma maior concentração acústica que no exterior.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o limite tolerável ao
ouvido humano é de 65 dB (A). Acima disso o organismo sofre de estresse, o
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qual aumenta o risco de doenças. Com ruídos acima de 85 dB aumenta o
risco de comprometimento auditivo.
Sabese também que, quanto mais tempo exposto, maior o risco da pessoa sofrer danos.
Quanto a estes, dois fatores são determinantes para a sua amplitude: o tempo de exposição e
o nível do barulho a que se expõe a pessoa ou pessoas, sendo de se observar que cada caso
tem suas características e seu grau de conseqüência, o que exige estudos específicos para
cada um.
Muitos sons em nosso ambiente excedem estes padrões e a exposição contínua a esses
sons pode causar até a perda da audição. A diferença em níveis de decibéis é maior do que se
poderia esperar: 100 vezes mais energia sonora entra nos ouvidos em um ambiente de 95 dB
do que num ambiente de 75 db.
A perda auditiva típica observada com as pessoas que possuem uma longa história de
exposição a ruído é caracterizada por perda de audição na faixa entre 3000 e 6000 Hz. Na
fase precoce à exposição, uma perda de audição temporária é observada ao fim de um
período, desaparecendo após algumas horas. A exposição contínua ao ruído resultará em
perda auditiva permanente que será de natureza progressiva e se tornará notável
subjetivamente ao trabalhador no decorrer do tempo. Estas mudanças nos limiares auditivos
podem ser monitoradas e isto alertará os médicos que as medidas preventivas deverão ser
iniciadas.
Nos estágios avançados, uma perda de audição nas freqüências altas afetará seriamente
a habilidade para entender a fala normal. Em geral, pessoas com perdas auditivas nas
freqüências altas não experimentarão dificuldades para detectar a fala, mas terão problemas
para entender conversações.
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Tabela 2 Níveis toleráveis de poluição sonora
Área Período Decibéis (dB)
Zona de hospitais Diurno
Noturno
45
40
Zona residencial urbana Diurno
Noturno
55
50
Centro da cidade (negócios,
comércio, administração).
Diurno
Noturno
65
60
Fonte: Organização Mundial de Saúde (OMS), 2002
4.2. Principais efeitos negativos da poluição sonora
1. distúrbios do sono
2. estresse
3. perda da capacidade auditiva
4. surdez
5. dores de cabeça
6. alergias
7. distúrbios digestivos
8. falta de concentração
9. aumento do batimento cardíaco
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Tabela 3: Exposição a diferentes níveis de ruídos e seus efeitos
VOLUME REAÇÃO EFEITOS NEGATIVOS EXEMPLOS DE LOCAIS
Até 50 dB Confortável (limite da OMS) Nenhum Rua sem tráfego.
Acima de 50 dB O ORGANISMO HUMANO COMEÇA A SOFRER IMPACTOS DO RUÍDO.
De 55 a 65 dB A pessoa fica em estado de alerta, não relaxa Diminui o poder de concentração e prejudica
a produtividade no trabalho intelectual. Agência bancária
De 65 a 70 dB
(início das epidemias de
ruído)
O organismo reage para tentar se adequar ao
ambiente, minando as defesas
Aumenta o nível de cortisona no sangue,
diminuindo a resistência imunológica. Induz
a liberação de endorfina, tornando o
organismo dependente. É por isso que muitas
pessoas só conseguem dormir em locais
silenciosos com o rádio ou TV ligados.
Aumenta a concentração de colesterol no
sangue.
Bar ou restaurante lotado
Acima de 70 O organismo fica sujeito a estresse
degenerativo além de abalar a saúde mental
Aumentam os riscos de enfarte, infecções,
entre outras doenças sérias
Praça de alimentação em
shopping centers
Ruas de tráfego intenso.
Obs.: O quadro mostra ruídos inseridos no cotidiano das pessoas. Ruídos eventuais alcançam volumes mais altos. Um trio elétrico, por exemplo,
chega facilmente a 130 dB(A), o que pode provocar perda auditiva induzida, temporária ou permanente.
Fonte: Organização Mundial da Saúde (OMS), 2001
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Tabela 4 Níveis De Ruído Máximo Permitidos Relacionado À Zonas Residenciais/Industriais
RUÍDO MÁXIMO ADMISSÍVEL
ZONA USO PERMITIDO CÓDI
GO
PERÍO
DO
DIURN
O
PERÍODO NOTURNO
Zona Residencial1 Exclusivamente residencial –
unifamiliar ZR1 55 50
Zona Residencial2 Multifamiliar e ensino até 1º grau ZR2 55 50
Zona Residencial3 Multifamiliar, comércio e serviços
em edificação de uso exclusivo ZR3 60 55
Zona Residencial4 Multifamiliar, comércio e serviços ZR4 60 55
Zona Residencial5 Multifamiliar, comércio , serviços e
pequena indústria ZR5 60 55
Zona Residencial6 Residencial e agrícola ZR6 55 50
Área Central1 Serviços, comércio diversificado e
multifamiliar AC1 70 60
Área Central2 Serviços e comércio diversificado AC2 70 60
Zona Turística1 Multifamiliar e comércio ligado a
atividades turísticas ZT1 65 60
Zona Turística2 Multifamiliar e comércio ligado a
atividades turísticas ZT2 65 60
Zona Portuária Comércio atacadista ZP 70 60
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Zona Industrial1 Atividades industriais compatíveis
com atividade residencial ZI1 70 60
Zona Industrial2
Atividades industriais com
características nocivas, perigosas e
incômodas
ZI2 70 60
Zona de Ind. e Com. Indústria, comércio e multifamiliar ZIC 70 60
Zonas Especiais Características especiais de
zoneamento para cada ZE ZEs 55 50
Centro de Bairro Comercial CB de
ZR1 60 55
Centro de Bairro Comercial CB de
ZR2 65 55
Centro de Bairro Comercial
CB de
ZR
3/4/5
65 60
Centro de Bairro Comercial CB de
ZR6 60 55
Centro de Bairro Comercial CB de
ZT 65 60
Centro de Bairro Comercial CB de
ZI2 70 60
Fonte: Organização Mundial da Saúde (OMS)
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Como sabemos existem muitas formas de poluição, cada qual com seus efeitos
danosos ao meio ambiente. Entre elas está a poluição sonora, que também pode trazer
gravíssimos danos principalmente ao ambiente humano. Na legislação ambiental,
poluição é definida no art. 3º, III, da Lei nº 6.938/81, como a degradação da qualidade
ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente prejudiquem a saúde,
segurança e bemestar da população; criem condições adversas às atividades sociais e
econômicas; afetem desfavoravelmente a biota; afetem as condições estéticas ou
sanitárias do meio ambiente; lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões
ambientais estabelecidos.
Na área trabalhista uma das principais causas da incapacidade funcional tem sido
a perda da audição pela ocorrência do excesso de barulho no ambiente de trabalho, ou
seja, pela poluição sonora a que se expõe o trabalhador. No âmbito doméstico a
poluição sonora ocorre pela emissão de ruídos acima das especificações produzidas por
eletrodomésticos.
A Lei nº 9.605/98 que trata de crimes ambientais, em seu art. 54, configura crime
‘‘causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar
danos à saúde humana...’’, o que inclui nessa figura delituosa a poluição sonora, pelas
conseqüências que produz, como dito. Por sua vez a Lei nº 8.078/90, Código do
Consumidor proíbe o fornecimento de produtos e serviços potencialmente nocivos ou
prejudiciais à saúde (art. 10º), podendose considerar como tais os que produzem
poluição sonora. Já a Resolução 008/93 — CONAMA estabelece limites máximos de
ruídos para vários tipos de veículos automotores.
Assim, por se tratar de problema social e difuso, a poluição sonora deve ser
combatida pelo poder público e pela sociedade. Individualmente com ações judiciais de
cada prejudicado ou coletivamente mediante ação civil pública (Lei nº 7.347/85), para
garantia do direito ao sossego público, o qual está resguardado pelo art. 225 da
Constituição Federal, que diz ser direito de todo o meio ambiente equilibrado, o que não
se pode considerar como tal em havendo poluição sonora, quer doméstica, urbana,
industrial ou no trabalho.
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A fiscalização pode agir de duas maneiras para constatar uma poluição sonora: por
vistorias de rotina e/ou por reclamações de cidadão incomodado identificável (para a
fiscalização e não para o infrator).
a) Na vistoria de rotina constatado um provável excesso de ruído para além
do alinhamento do imóvel, pode a fiscalização medir o ruído colocando o
aparelho bem no limite do alinhamento desse imóvel (onde fica o portão,
por exemplo) e utilizará para comparação a tabela de nível de ruído
admissível x tempo de exposição da NR15 para verificar se atende ou não
a lei municipal.
Condições desta medição em Ambiente Externo
• As medições no ambiente externo devem ser efetuadas a 1,20 metros acima do
solo e no mínimo a 1,50 metros de paredes, edifícios e outras superfícies refletoras.
• A distância do microfone, a qualquer superfície refletiva deve ser no mínimo
3,50 metros.
• Quando as circunstancias exigirem, as medições podem ser efetuadas em
diferentes alturas e próximo a paredes como preconiza a NBR 10.151
• O microfone deverá estar provido de protetor de vento, não deverão ser
efetuadas avaliações na ocorrência de precipitação (chuva) e deve ser evitada a
interferência de outras fontes nos níveis de ruído da fonte de avaliação.
b) Na vistoria de reclamação, a fiscalização entra no imóvel do reclamante e
efetua a medição do ponto onde é maior a poluição sonora.
4.3. Efeitos à saúde induzidos por excesso de ruídos
Embora a causa exata de zumbido seja desconhecida, muitas pessoas que têm
história de exposição a ruído apresentam zumbido. O barulho pode ser a causa mais
20
provável do zumbido e este pode ou não ocorrer simultaneamente com perda auditiva.
A maior parte dos pacientes que apresenta zumbido também tem problemas auditivos,
mas uma pequena porcentagem (menos de 10%) tem audição dentro dos limites da
normalidade.
O zumbido como resultado de exposição a ruído pode ocorrer súbito ou muito
gradativamente. Quando ocorre subitamente, é freqüentemente percebido a uma
intensidade razoavelmente alta e pode persistir nesse nível permanentemente.
Entretanto, para outros, o zumbido é temporário e não retorna mais.
Mais comumente, o aparecimento do zumbido induzido por ruído é gradual e
intermitente em seus estágios precoces. Os pacientes referem escutar um padrão médio
de zumbido por um curto período de tempo após uma exposição prolongada a sons
intensos. Uma vez que o paciente deixa de escutar a fonte do ruído, o zumbido
desaparece rapidamente e se torna inaudível até a próxima exposição. Este padrão
intermitente freqüentemente continua por meses ou anos com períodos de zumbido se
tornando cada vez mais longos. Se a exposição ao barulho continua, o zumbido
freqüentemente aumenta de volume e tornase constante.
A maioria dos pacientes que tem uma longa história de exposição a ruído refere
um zumbido que é tonal em qualidade e de alta freqüência, que se assemelha aos tons
externos acima de 3000 Hz.
É comum para as pessoas com zumbido notarem um aumento nos seus zumbidos
enquanto estão expostos ao barulho. Em função disto referem que não podem freqüentar
locais populares, tais como concertos musicais, danças, festas e eventos esportivos. Elas
não podem usar cortador de grama, serras, aspiradores de pó, processadores de comida,
ferramentas elétricas e armas de fogo. Algumas pessoas tiveram que abandonar seus
empregos ou mudar de função por causa do barulho relacionado ao trabalho. Num curto
período de tempo após terem se afastado de suas funções, elas percebem que seus
zumbidos retornaram aos seus níveis originais.
21
Assim, foi criado o Programa Nacional de Educação e Controle da Poluição
Sonora Silêncio, instituido pelo Conama através das Resoluções 01/90 e 02/90 e sob a
coordenação do Ibama.
Objetivos do Programa
• Capacitação técnica e logística de pessoal nos órgãos de meio ambiente estaduais e
municipais em todo o país;
• Divulgação, junto à população, de matéria educativa e conscientizadora dos efeitos
prejudiciais;
• Introdução do tema "Poluição Sonora" nos currículos escolares de 2º grau;
• Incentivo à fabricação e uso de máquinas e equipamentos com níveis mais baixos de
ruído operacional;
• Incentivo à capacitação dentro da Polícia Civil Militar para combater a poluição
sonora urbana;
4.4. Atribuições do CONAMA
É de responsabilidade do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA)
ditar normas e regulamentações referentes ao Meio Ambiente. Algumas dessas normas
estão ligadas à poluição sonora e seus efeitos. Seguem abaixo as resoluções referentes
ao tema.
1. Resolução CONAMA nº 1/90
Estabelece critérios, padrões, diretrizes e normas reguladoras da poluição sonora.
2. Resolução CONAMA nº 2/90
Estabelece normas, métodos e ações para controlar o ruído excessivo que possa
interferir na saúde e bemestar da população.
3. Resolução CONAMA nº 1/93
22
Estabelece para os veículos automotores nacionais e importados, exceto motocicletas,
motonetas ciclomotores, bicicletas com motor auxiliar e veículos assemelhados, limites
máximos de ruído com veículos em aceleração e na condição parado.
4. Resolução CONAMA nº 2/93
Estabelece para motocicletas, motonetas, triciclos, ciclomotores, bicicletas com motor
auxiliar e veículos assemelhados, nacionais ou importados, limites máximos de ruído
com o veículo em aceleração e na condição parado.
5. Resolução CONAMA nº 8/93
Estabelece a compatibilização dos cronogramas de implantação dos limites de emissão
dos gases de escapamento com os de ruído dos veículos pesados no ciclo Diesel,
estabelecidos na Resolução CONAMA nº 1/93.
6. Resolução CONAMA nº 20/94
Institui o Selo Ruído como forma de indicação do nível de potência sonora medido em
decibel, dB(A), de uso obrigatório a partir deste Resolução para aparelhos
eletrodomésticos, que venham a ser produzidos, importados e que gerem ruído no seu
funcionamento.
7. Resolução CONAMA nº 17/95
Ratifica os limites máximos de ruído e o cronograma para seu atendimento
determinados no artigo 2º da Resolução CONAMA nº 08/93, excetuada a exigência
estabelecida para a data de 1º de janeiro de 1996.
23
Tabela 5 Exemplos de níveis de ruídos mais comuns
Situação Ruído (dB)
Floresta 18 dB
Quarto de dormir 25 dB
Biblioteca 35 dB
Sala de estar 40 dB
Batepapo 58 dB
Barulho de escritório 65 dB
Rua com tráfego médio 85 dB
Caminhão pesado 90 dB
Britadeira em ação 100 dB
Grupo de rock 110 dB
Decolagem de jato (a 100 metros de distância) 125 dB
Fonte: Escola Paulista de Medicina – Publicação Interna
Figura 6 – Perda auditiva em dBs com relação à faixa etária.
Fonte: Escola Paulista de Medicina
24
Reportagem relacionada ao tema:
A PERCEPÇÃO DOS EFEITOS DO RUÍDO E VIBRAÇÕES SOBRE O ESTRESSE EM
MOTORISTAS DE TRANSPORTE COLETIVO URBANO
Maria Helena HOFFMANN; Elizabeth N. SANCHES; Jorge Eriberto LOPES; Rogério
BENÍTEZ
Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI (Brasil)
A chamada poluição sonora é a mais difundida forma de poluição no mundo
moderno. É a principal causa de hipoacusia e surdez em indivíduos adultos. Portanto, tratar
do tema ruído, suas repercussões na saúde, não apenas auditiva, e a maneira de estabelecer
controles, tem sido objeto de crescentes estudos e preocupações em vários campos.
O presente trabalho buscou apreender qual a percepção dos motoristas de transporte
coletivo urbano quanto às influências do ruído e vibrações, provocados pelo motor, como
agentes estressores. Procurouse quantificar e qualificar o processo penoso, não apenas no
plano fisiológico, mas dentro da realidade vivenciada por esses profissionais.
Para tanto, foi selecionada uma amostra aleatória simples de 40 motoristas, da cidade
de Florianópolis/SC/Brasil, que responderam a um roteiro estruturado de entrevista. Os
dados quantitativos foram codificados e submetidos a dois tratamentos estatísticos não
paramétricos (coeficiente de correlação por postos de Spearman e de Kendall), buscando
correlacionar os níveis de ruído e vibrações ao nível de irritação. As verbalizações foram
utilizadas objetivando explicar ou confrontar os resultados estatísticos.
Os resultados apontaram para uma influencia significativa dos níveis de ruído e
vibrações, além de outras variáveis, nos índices de irritabilidade dos motoristas. No entanto
os entrevistados demonstraram um processo de negação dessa realidade, desconhecendo o ruído como agente estressor e causador de perda auditiva, supondose uma forma de poder
continuar convivendo com este agente.
25
5. PESQUISA DE CAMPO
As medições realizadas durante o período de pesquisa de campo, tiveram a
finalidade de comparar dados reais referentes ao nível de ruído no interior do transporte
coletivo, com a percepção dos motoristas em relação a esses ruídos.
Desta forma como os dados foram obtidos, ou seja, linha por linha, pôde ser
comparada a realidade em relação ao nível de decibéis no interior dos veículos com a
percepção dos motoristas.
Com todos os resultados a mão, comparouse então os níveis de ruídos reais à
percepção pelo motorista.
O primeiro passo para a coleta dos dados necessários para a realização desta
monografia, foi a escolha dos ônibus que seriam utilizados para a realização da pesquisa
de campo.
Para tal, utilizamos do critério de estudar o nível de ruído em ônibus de diferentes
categorias, para que o resultado abrangesse o maio número possível de veículos da frota
de Curitiba e Região Metropolitana.
Assim, as linhas de ônibus escolhidas foram os seguintes:
Tabela 6 – Classificação das linhas
NOME DA LINHA CLASSIFICAÇÃO DA LINHA
1. Ligeirinho Aeroporto Ligeirinho
2. Interbairros V Interbairros
3. Cabral Portão Alimentador
4. Circular Centro Circular
5. Bom Retiro – PUC Convencional
6. Pinheirinho – Rui Barbosa Biarticulado
Fonte: Autor
26
5.1. Classificação dos tipos de linha
INTERBAIRROS
Ligam dois bairros ou mais sem passar pelo centro da cidade. Sua rede é do tipo malhas
com ponto de transferência, que possui terminais em locais de geração de viagens e há
necessidade de programação de horários de diferentes linhas.
Quanto à classificação hierárquica, é do tipo secundária, pois seu funcionamento é
menos de 16 horas por dia e pode não operar todos os dias.
LIGEIRINHO
São classificados como linhas expressas, pois possuem número reduzido de paradas e
são usados em locais mais afastados, como distritos industriais ou regiões
metropolitana. Sua malha não é bem definida, podendo existir ligeirinhos do tipo
diametral, circular e radial.
ALIMENTADORES
Esse tipo de ônibus serve para integração com outros modais. São linhas locais que
alimentam outras mais importantes, geralmente ligando os bairros ao terminal mais
próximo, indo e vindo pelos mesmos itinerários.
BIARTICULADOS
Os biarticulados são classificados de acordo com o tipo de rede como radiais e
diametrais, pois possuem conexões no centro e ligam os bairros ao centro da cidade,
indo e vindo também pelos mesmos itinerários. São do tipo opcional por fornecerem
melhores condições de tráfego e maior conforto que as linhas comuns.
27
CONVENCIONAIS
Os convencionais são aqueles que operam em freqüência e horários préestabelecidos, e
são classificados como linhas diametrais.
CIRCULARCENTRO
São classificados como linhas circulares, cujos pontos iniciais e finais coincidem.
28
6. METODOLOGIA E EQUIPAMENTOS UTILIZADOS
Para a realização da pesquisa de campo desta monografia, ou seja, a medição do
nível de ruído no interior do Transporte Coletivo de Curitiba, foi necessária a utilização
de um equipamento denominado Decibelímetro, equipamento este desenvolvido
unicamente com a finalidade de permitir a pessoa que o utiliza, medir a intensidade de
ruído no local onde é operado.
O equipamento utilizado nesta ocasião é de propriedade da Universidade Católica
do Paraná, setor da Engenharia Civil, cedido gentilmente pelo professor Ricardo Bertin,
e assim seus responsáveis autorizaram seu uso, sendo de minha total responsabilidade
nos momentos de posse.
Sua utilização é bem simples. O operador seleciona a faixa de ruído a ser medido e
sua curva. Para tal estudo, utilizamos a faixa intermediária, compreendida entre 60 e
100 dB. Desta forma, o aparelho mede com precisão os níveis de ruídos compreendidos
na faixa escolhida e extrapola com erro de 1 a 5% valores fora da faixa escolhida.
Com o aparelho ligado, percebese que ele é muito sensível, ou seja, qualquer
ruído novo é acusado com um aumento no número de decibéis, valor esse que pode ser
lido facilmente na tela do aparelho, de forma digital.
Figura 7 Decibilímetro Fonte Instituto de Pesos e
Medidas do Paraná (IPEM/PR)
As medições no interior do ônibus respeitaram alguns critérios préestabelecidos
antes do início da monografia.
No interior do veículo foram realizadas medições na parte da frente, meio e na
parte de trás.
29
Foram realizadas medições na parte da frente do ônibus, próximo ao motorista e
na altura de seu ouvido.
Em cada uma das linhas foram realizadas 9 medições separadas em grupos de 3,
espaçadas entre si por um tempo de 1 minuto.
Estes dados foram passados para uma tabela, dividida em Ida e Volta, a qual
pode ser vista na seqüência.
Os dados referentes aos níveis de pressão sonora no interior dos ônibus são de
2002, sendo que todos foram feitos por mim mesmo e minha equipe de monografia do
curso de Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, estando o
decibelimetro calibrado conforme as normas vigentes ao equipamento.
Devido ao fato das linhas serem muito longas e do pouco tempo para que fossem
realizadas medições mais longas, foram feitas medições em trechos somente, já que para
esse trabalho seria mais interessante podermos verificar vários trechos em que os ônibus
percorrem, podendo ter um comparativo entre uma linha e outra, do que menos linhas
sendo averiguadas em seu todo.
Os resultados foram posteriormente utilizados para a construção de gráficos,
comparando os resultados obtidos com o valor de ruído que a OMS e a NR15
(Atividades e operações insalubres) indica como insalubre ou prejudicial à saúde.
30
7. MODELOS UTILIZADOS PARA AS PESQUISAS
7.1 Modelo de tabela de coleta de dados de níveis de decibéis.
Para a coleta dos dados no interior do ônibus foi usada a tabela a seguir, a qual
identifica o tipo da linha, a data em que foi realizada a medição, condição do tempo, que
segundo a NBR não deve ser chuvoso. Marca também o horário de início e fim das
medições, tanto no percurso de ida, quanto o de volta.
Como se pode perceber, a tabela 7 é composta por 27 colunas de dados de
decibéis a serem preenchidas, de forma que essas 27 medições foram divididas em 9
intervalos, onde o operador, de aproximadamente, 1 em 1 minuto fazia 3 leituras no
decibelimetro seguidas uma da outra, esperava aproximadamente um minuto, e fazia
outras 3 medições.
31
Tabela 7 – Modelo de tabela de coleta de dados
LINHA: DATA:
CONDIÇÕES DO TEMPO:
IDA VOLTA
Inicio: Fim: Inicio: Fim:
1
1 2
3
1
2 2
3
1
3 2
3
1
4 2
3
1
5 2
3
1
6 2
3
1
7 2
3
1
8 2
3
1
9 2
3
32
7.2 Modelo do questionário aplicado aos motoristas.
Para que fosse avaliada a percepção do motorista em relação às medições
realizadas no interior do ônibus, foi aplicado um questionário de 8 perguntas.
O questionário será aplicado em 40 motoristas das linhas de ônibus de Curitiba,
sendo escolhidos aleatoriamente.
QUESTIONÁRIO:
1. IDADE:
( ) 20 à 25 anos ( ) 26 à 30 anos ( ) 31 à 35 anos ( ) 36 à 40 anos
( ) 40 à 45 anos ( ) 46 à 50 anos ( ) mais de 50 anos
2. QUAL TIPO DE LINHA EM QUE TRABALHA
PREDOMINANTEMENTE?
( ) Ligeirinho ( ) Interbairros ( ) Alimentador ( ) Circular ( ) Convencional
( ) BiArticulado
3. QUANTAS HORAS DE TRABALHO POR DIA?
( ) menos de 4 horas ( ) 4 horas ( ) 5 horas ( ) 6 horas ( ) 7 horas ( ) 8
horas
( ) mais de 8 horas
4. PERCEBE RUÍDOS NO INTERIOR DO ÔNIBUS?
( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes
5. SE PERCEBE, COM QUAL INTENSIDADE?
( ) Alta ( ) Média ( ) Baixa
6. INCOMODA?
( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes
33
7. QUAL É O FATOR QUE, NA SUA OPINIÃO, É O CAUSADOR DA
MAIOR PARTE DOS RUÍDOS?
( ) O próprio ônibus ( ) Os demais veículos que circulam ao redor
( ) As pessoas no interior do ônibus ( ) Outros: _______________________
34
8. RESULTADOS
8.1. RESULTADOS DAS MEDIÇÕES DE DECIBEIS
LINHA: Interbairros V DATA: 22/5/2002
CONDIÇÕES DO TEMPO: Sol com ventos
IDA VOLTA
Inicio: 11:20 Fim: 11:35 Inicio: 11:40 Fim: 11:55 1 62,8 77,6
1 2 68,0 74,3 3 64,8 72,9 1 73,4 67,1
2 2 74,0 66,8 3 72,1 66,6 1 74,8 82,1
3 2 72,6 72,5 3 75,4 75,5 1 70,6 77,6
4 2 77,4 68,4 3 70,6 67,1 1 73,0 67,6
5 2 66,7 68,0 3 62,7 68,8 1 72,3 80,1
6 2 72,4 72,5 3 71,7 72,9 1 70,6 75,3
7 2 77,7 75,9 3 73,7 75,4 1 70,6 75,1
8 2 64,8 75,9 3 73,5 75,9 1 73,5 77,6
9 2 74,2 76,4 3 75,6 68,2
35
LINHA: Cabral Portão DATA: 29/5/2002 CONDIÇÕES DO TEMPO: Nublado
IDA VOLTA
Inicio: 10:15 Fim: 10:30 Inicio: 10:45 Fim: 11:00 1 76,9 83,8
1 2 77,1 77,8 3 77,9 73,9 1 71,4 80,4
2 2 84,0 76,7 3 77,0 78,1 1 73,7 67,4
3 2 71,2 66,4 3 78,2 76,8 1 81,0 80,0
4 2 74,8 79,1 3 82,4 81,0 1 66,8 76,2
5 2 77,0 73,5 3 77,2 81,6 1 75,7 82,4
6 2 73,6 72,4 3 73,0 76,3 1 75,1 77,2
7 2 76,8 73,3 3 74,6 73,7 1 69,7 82,0
8 2 74,7 75,5 3 67,5 78,1 1 81,0 79,1
9 2 80,5 76,0 3 76,7 79,9
36
LINHA: Circular Centro DATA: 15/7/2002
CONDIÇÕES DO TEMPO: Nublado
IDA VOLTA Inicio: 09:00 Fim: 09:15 Inicio: 10:00 Fim: 10:15
1 72,3 69,7 1 2 85,6 69,4
3 84,2 78,2 1 87,2 76,5
2 2 93,0 74,5 3 89,6 72,3 1 84,2 71,2
3 2 85,3 72,3 3 85,2 75,6 1 84,1 80,2
4 2 87,2 86,2 3 88,5 85,4 1 69,5 77,8
5 2 65,3 78,6 3 67,0 79,3 1 77,3 71,2
6 2 78,3 71,6 3 79,4 75,6 1 71,2 74,9
7 2 72,3 72,5 3 76,3 71,6 1 65,3 79,5
8 2 68,6 76,3 3 69,3 72,9 1 78,3 75,9
9 2 79,5 75,4 3 76,7 81,3
37
LINHA: Bom Retiro PUC DATA: 16/7/2002
CONDIÇÕES DO TEMPO: Sol com nuvens
IDA VOLTA Inicio: 14:20 Fim: 14:35 Inicio: 15:55 Fim: 16:10
1 72,3 69,7 1 2 85,6 69,4
3 84,2 78,2 1 87,2 76,5
2 2 93,0 74,5 3 89,6 72,3 1 84,2 71,2
3 2 85,3 72,3 3 85,2 75,6 1 84,1 80,2
4 2 87,2 86,2 3 88,5 85,4 1 69,5 77,8
5 2 65,3 78,6 3 67,0 79,3 1 77,3 71,2
6 2 78,3 71,6 3 79,4 75,6 1 71,2 74,9
7 2 72,3 72,5 3 76,3 71,6 1 65,3 79,5
8 2 68,6 76,3 3 69,3 72,9 1 78,3 75,9
9 2 79,5 75,4 3 76,7 81,3
38
LINHA: Pinheirinho Rui Barbosa DATA: 20/8/2002 CONDIÇÕES DO TEMPO: Sol
IDA VOLTA
Inicio: 16:15 Fim: 16:30 Inicio: 16:45 Fim: 17:00 1 73,9 73,0
1 2 72,9 72,9 3 73,0 76,5 1 75,7 78,0
2 2 75,0 80,7 3 74,5 81,0 1 74,2 76,0
3 2 76,0 72,5 3 79,6 78,6 1 79,2 79,8
4 2 74,7 72,4 3 74,0 81,3 1 73,0 82,6
5 2 73,8 73,6 3 72,1 80,9 1 72,3 79,6
6 2 72,6 74,7 3 72,0 74,0 1 72,5 72,8
7 2 72,6 77,0 3 72,4 73,8 1 72,1 70,0
8 2 71,9 72,3 3 74,8 72,6 1 74,6 75,8
9 2 73,1 79,2 3 72,8 80,3
Após as devidas correções estatísticas, como adaptações de desvio padrão, obtivemos
como média em relação ao nível de ruídos medidos em decibéis de 75,34 dB.
39
8.2. RESULTADOS DOS QUESTIONÁRIOS APLICADOS AOS MOTORISTAS
8.2.1 IDADE
IDADE
0%
10%
25%
30%
20%
15%
0%
20 à 25
26 à 30 31 à 35 36 à 40
41 à 45 46 à 50 Mais de 50
8.2.2 QUAL TIPO DE LINHA EM QUE TRABALHA PREDOMINANTEMENTE?
QUAL TIPO DE LINHA EM QUE TRABALHA PREDOMINANTEMENTE?
15%
15%
20% 15%
15%
20%
Ligeirinho
Interbairros Alimentador Circular Convencional Bi Articulado
40
8.2.3 QUANTAS HORAS DE TRABALHO POR DIA?
QUANTAS HORAS DE TRABALHO POR DIA?
0% 0% 15%
85%
0% 0% 0% Menos de 4 horas 4 horas
5 horas 6 horas 7 horas 8 horas mais de 8 horas
8.2.4 PERCEBE RUÍDOS NO INTERIOR DO ÔNIBUS?
PERCEBE RUÍDOS NO INTERIOR DO ÔNIBUS?
65% 10%
25%
Sim
Não Às vezes
41
8.2.5 SE PERCEBE, COM QUAL INTENSIDADE?
SE PERCEBE, COM QUAL INTENSIDADE?
15%
62%
23%
Alta Média
Baixa
8.2.6 INCOMODA?
INCOMODA?
23%
54%
23%
Sim Não Às vezes
42
8.2.7 QUAL É O FATOR, QUE NA SUA OPINIÃO, É O CAUSADOR DA MAIOR PARTE DOS RUÍDOS?
QUAL É O FATOR, QUE NA SUA OPINIÃO, É O CAUSAADOR DA MAIOR PARTE DOS RUÍDOS?
60%
40%
0%
0% O próprio ônibus
Os demais veículos que circulam ao redor As pesoas no interior do ônibus
Outros
43
9. AVALIAÇÃO DOS DADOS PESQUISADOS
Analisando a NR15 (Atividades e operações insalubres) verificase que, para o
nosso caso, a maior jornada de trabalho de um motorista no transporte coletivo de
Curitiba, se limita a 6 horas diárias, ou seja, neste caso, é permitido que o motorista seja
exposto a uma média de decibéis de 87 dB por dia, no nosso estudo de caso, constatou
se que o motorista de Curitiba, em média, é exposto a uma média de 75,34 dB.
Já se considerada a proposta da Organização Mundial da Saúde (OMS), o limite
tolerável ao ouvido humano é de 65 dB, acima deste índice, o organismo humano sofre
estresse o que aumenta o risco de doenças.
Analisandose a pesquisa com os motoristas, concluise que, 65% dos motoristas
percebem o ruído no interior do ônibus, 10% não percebem e 25% percebem às vezes.
15% acham alta a intensidade desses ruídos, 62% acham médias e 23% consideram
baixo. 25% dos motoristas se sentem incomodados, 34% não se incomodam e 25% se
incomodam às vezes com esses ruídos. Quanto ao fator que possa gerar mais ruídos no
interior dos ônibus, na opinião dos motoristas, 60% acham que o próprio ônibus é o
maior causador do barulho e 40% acha que o maior causador é o transito em volta do
ônibus.
Lembrandose também que as medições e médias feitas não estão de padrão com
o que a norma NR15 pede, de acordo com a norma, para que seja feita a pesquisa de
insalubridade, devese usar o individuo trabalhando no dia a dia em suas diferentes
atuações de trabalho, não somente no interior do veículo. O aparelho mais adequado não
seria o decibelímetro e sim um dosímetro, pois o mesmo já faz uma média de acordo
com o anexo 1 da norma NR15
44
10 . CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
Felizmente, o transporte coletivo de Curitiba, considerando a NR15, está dentro
dos padrões que permitem que os motoristas que trabalham nas linhas tenham uma vida
saudável no trabalho que exercem, porém fica uma questão:
Hoje, a organização mundial de saúde, considera que acima de 65 dB, o ser
humano está muito propicio ao stress, ou seja, neste caso, os motoristas estariam em um
ambiente causador de stress, o que hoje, comprovadamente, abaixa a imunidade do
corpo do ser humano, fazendo com que o mesmo possa ter doenças com mais
freqüência, então, não seria o stress um novo índice de insalubridade o qual a NR15
não se atêm?
É importante que nos dias de hoje, as empresas se conscientizem de que a saúde
de seus empregados deve ser um fator de grande importância na empresa e que as
empresas busquem sempre melhorias que visem o bem estar do mesmo.
Importante salientar que 60% dos motoristas acham que o próprio ônibus causa a
maior parte dos ruídos, ou seja, existe uma maneira de reduzir consideravelmente o
nível de ruídos, e depende somente das próprias empresas esse tipo de atitude que só
trará benefícios, tanto aos motoristas quanto aos usuários das linhas.
Sendo assim, mesmo a NR15 não considerando a atividade de motorista de
ônibus insalubre, seria importante que as empresas buscassem melhorias para que o
nível de ruídos no interior do veículo fosse reduzido, para que assim, seus motoristas
não fossem expostos a esse mau que ataca a sociedade nos dias de hoje, o stress.
Fica como proposta para continuidade deste trabalho itens como a real origem
dos ruídos provenientes no interior dos ônibus (pneu, carroceria, vias, motor, vibração
da carroceria, entre outros) e também fica como sugestão que se faça uma pesquisa
sobre o “nível”de stresse que o motorista esta submetido.
45
11. REFERÊNCIAS
1. PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA disponível em: <http://www.urbs.com.br> acesso: junho, 2005
2. O BARULHO E SEUS EFEITOS SOBRE A AUDIÇÃO – PESQUISA MÉDICA Disponível em: <http://www.omnicom.com.br/ocanal/ruido.htm> Acesso em 25 mai 2002
3. POLUIÇÃO SONORA E SOSSEGO PÚBLICO – PESQUISA MÉDICA Disponível em: < http://www.omnicom.com.br/ocanal/juris.htm
4. PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA – FOTOS TURÍSTICAS, GUIAS DE TURISMO Disponível em: <http://www.curitiba.pr.gov.br/pmc/destino.asp?destino=/pmc/cgibin/urbs/index .asp> Acesso em 20 jul 2002
5. GUIA MAIS ONLINE – TPI (Telefônica Publicidade e Informação) Disponível em: <www.guiamais.com.br> Acesso em junho 2005
6. MARQUARDT, CHSA Poluição Sonora Causada Pelo Transporte Coletivo no Centro de Curitiba
7. YAMADA, Rodrigo Qualidade do Transporte Coletivo de Curitiba com Relação aos Aspectos Ligados ao Meio Interno dos Veículos – percepção do usuário versus a realidade física Curitiba, Agosto, 2002 Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica – PIBIC 00/01, Pontifícia Universidade Católica do Paraná, PróReitoria de Pesquisa e PósGraduação
8. http://www.sampaonline.com.br/sim/sim_poluicao_sonora.htm acesso em: mai, 2002
9. http://www.curitiba.pr.gov.br/pmc/destino.asp?destino=/pmc/cgibin/urbs /index.asp acesso em: mai, 2002
10. www.mma.gov.br/port/conama/index.cfm Acesso em: junho, 2005
11. http://www.anbio.org.br/artigos/art04.htm acesso em: outubro, 2005
12. http://www.icb.ufmg.br/lpf/pimentel,sobrac2000.html acesso em: outubro, 2005
13. SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO, Normas regulamentadoras, 54ª Edição, editora Atlas S.A. 2004