PREVALÊNCIA DE DOENÇAS DERMATOLÓGICAS, ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DA MICROBIOTA FÚNGICA E BACTERIANA DE EQUINOS DE CURITIBA E REGIÃO METROPOLITANAAluna de Iniciação Científica voluntária: Isabella Nonino de SouzaOrientador/Colaboradores: Ivan Deconto; Renato Sousa da Silva; Mariane Angélica P. Finger

Introdução/Objetivos: As dermatopatias estão entre as queixas clínicas mais frequentes relacionadas aos equinos. Apesar da elevada frequência, são poucos os livros nacionais que tratam a respeito de problemas dermatológicos em equinos, assim como os estudos sobre sua prevalência. Este trabalho objetiva avaliar as doenças dermatológicas e sua prevalência em equídeos de Curitiba e Região Metropolitana.

Método: O estudo foi feito com 21 equídeos das raças puro sangue inglês (10%), crioula (15%), appaloosa (15%), manga larga paulista (5%), BH (10%), animais mestiços (45%) e um asinino. Após obtenção do histórico, os equídeos foram submetidos a exame dermatológico que incluiu observação macro e microscópica. Os exames complementares para tentativa de identificação do agente causador foram o histopatológico e as culturas fúngica e bacteriana.

Resultados/Discussão: Relatos de prurido ocorreram em 80,95% dos animais. Entre os achados do exame físico, predominou a alopecia (57,14%), seguida de descamações (47,62%), tumorações (28,57%) escoriações (19,05%) e crostas (14,28%). A maioria dos achados foram multifocais ou de forma generalizada. Amostras de raspado de pele foram coletadas de 14 animais (66,67%). O microorganismo mais prevalente foi o Trichophyton sp. (28,57%), seguido de Staphylococcus sp. (14,29%) e Dermathophilus congolensis (14,29%). Nos animais restantes (42,86%), não foram encontrados fungos ou bactérias. Amostras de biópsia cutânea foram coletadas de 10 (47,63%) equídeos. Neste exame, o achado mais prevalente foi o sarcóide (40%), seguido de Carcinoma de células escamosas (20%) e reação de hipersensibilidade (20%). Em 20% dos animais submetidos à biópsia não foi possível chegar a um diagnóstico definitivo. Três dos animais estudados (14,29%) foram submetidos à coleta pelos dois métodos.

Conclusões: Devido à semelhança dos sinais clínicos entre as diversas dermatopatias, o diagnóstico é complicado. A boa execução dos exames complementares são fundamentais para o diagnóstico definitivo. Devido à alta prevalência de dermatopatias em equídeos, torna-se necessário a realização de mais estudos e publicação de livros nacionais que tratam a respeito de problemas dermatológicos nesta espécie.

Referências: EVANS, A.G. Moléstias da pele/dermatopatias In: SMITH, B. P. (Ed.) Tratado de medicina interna de grandes animais. São Paulo: Manole, 1993. p. 1249- 1286.KNOTTENBELT, D.C.; PASCOE, R.R. Afecções e distúrbios do cavalo. Sistema tegumentar. São Paulo: Manole, 1998. Cap. 8, p. 257-306.

Figuras: Realização de biópsia por punch e raspado de pele.

Fonte: Arquivo pessoal Fonte: Arquivo pessoal