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CORREIOS Publicação do Sindicato dos Servidores do Quadro Especial da SARH – SINDICAIXA – nº 71 – Outubro de 2017 Filiado à SINDICAIXA Há quase dois anos recebendo salários atrasados e com quatro anos de congelamento salarial, os servidores do Poder Executivo não aguentam mais. As consequências causadas por estas medidas geram angustia e desespero, com os trabalhadores acumulando dívidas com o sistema bancário, com parentes e com comerciantes. O quadro é grave e chega ao ponto de causar certa apatia nos trabalhadores, que sequer conseguem expressar sua indignação com a situação. Mesmo com esse quadro, os sindicatos, mais que resistindo, estão reagindo. O mês de setembro foi de fortes mobilizações, período em que as entidades representativas somaram forças e repetiram a força dos protestos de 2015. Um ato público com mais de 30 mil pessoas deu o recado das diferentes categorias, que se somaram ao CPERS/Sindicato e também deli- beraram por greves. Os educadores estão em greve desde o dia 5 de setembro. As demais categorias paralisaram as atividades até a integralização dos vencimentos. No final de outubro, caso o governo não pague os salários, vamos paralisar novamente. SINDICAIXA OBTÉM LIMINAR CONTRA O CORTE DO PONTO SERVIDORES REAGEM COM GREVES E PROTESTOS AOS ATAQUES DO GOVERNO SARTORI O Sindicaixa obteve uma importante conquista. O Desembargador Francesco Conti deferiu, no dia 13 de outubro, liminar favorável ao Mandado de Segurança impetrado pela assessoria jurídica do sindicato. Diz o Desembargador: “Defiro a liminar para o fim de determinar a abstenção do corte do ponto e salário dos servidores filiados ao sindicato, salvo em caso de prévia declaração judicial de ilegalidade da greve.”

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CORREIOS

Publicação do Sindicato dos Servidores do Quadro Especial da SARH – SINDICAIXA – nº 71 – Outubro de 2017

Filiado à

SINDICAIXA

Há quase dois anos recebendo salários atrasados e com quatro anos de congelamento salarial, os servidores do Poder Executivo não aguentam mais. As consequências causadas por estas medidas geram angustia e desespero, com os trabalhadores acumulando dívidas com o sistema bancário, com parentes e com comerciantes.

O quadro é grave e chega ao ponto de causar certa apatia

nos trabalhadores, que sequer conseguem expressar sua indignação com a situação. Mesmo com esse quadro, os sindicatos, mais que resistindo, estão reagindo. O mês de setembro foi de fortes mobilizações, período em que as entidades representativas somaram forças e repetiram a força dos protestos de 2015. Um ato público com mais de

30 mil pessoas deu o recado das diferentes categorias, que se somaram ao CPERS/Sindicato e também deli-beraram por greves. Os educadores estão em greve desde o dia 5 de setembro. As demais categorias paralisaram as atividades até a integralização dos vencimentos. No final de outubro, caso o governo não pague os salários, vamos paralisar novamente.

SINDICAIXA OBTÉM LIMINAR CONTRA O CORTE DO PONTO

SERVIDORES REAGEM COM GREVES E PROTESTOS AOS ATAQUES DO GOVERNO SARTORI

O Sindicaixa obteve uma importante conquista. O Desembargador Francesco Conti deferiu, no dia 13 de outubro, liminar favorável ao Mandado de Segurança impetrado pela assessoria jurídica do sindicato.

Diz o Desembargador: “Defiro a liminar para o fim de determinar a abstenção do corte do ponto e salário dos servidores filiados ao sindicato, salvo em caso de prévia declaração judicial de ilegalidade da greve.”

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O dia 29 de setembro foi um marco no enfrentamento aos ataques do governo Sartori contra os servidores e os serviços públicos. Com o auditório do Clube do Comércio lotado, servidores ligados ao Sindicaixa e ao Sindsepe/RS aprovaram, por unanimidade, entrar em greve até a integralização dos salários. No mesmo dia, no Gigantinho, o CPERS/Sindicato realizou uma das maiores assembleias dos últimos anos. Em greve desde o dia 5 de setembro, os educadores marcharam até o Centro de Porto Alegre, onde se somaram aos servidores de outras categorias num poderoso ato público, que reuniu mais de 30 mil pessoas no Largo Glênio Peres. Foi um dia de contundentes protestos contra as políticas do governo Sartori. Medidas que têm no horizonte o desmonte do Estado, a desestruturação dos serviços públicos e o sucateamento de empresas estatais lucrativas. Tudo isso para atender interesses daqueles que lucram com a exploração dos trabalhadores. Do Largo Glênio Peres, os servidores se deslocaram até o Palácio Piratini. No trajeto, o “Fora Sartori” foi a palavra de ordem mais ouvida. Os servidores deram o recado: a mobilização seguirá enquanto o governo insistir em não integralizar os salários e seguir com essa política que desrespeita os servidores e desmonta os serviços públicos.

Outras importantes categorias aderiram à paralisação. UGEIRM e SINTERGS também entraram em greve. Para o próximo dia 31, novos protestos estão programados. E, caso o governo não pague em dia os salários, retomaremos a greve. Contra o desrespeito deste governo, temos que reagir com a força da mobilização!

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Esta é uma publicação do Sindicato dos Servidores do Quadro Especial do SMARH-SINDICAIXASede administrativa: Rua da República, 92 – Cidade Baixa – CEP: 90050-320 – (51) 3224.8049 – Porto Alegre – RS | Sede social: Rua Manoel Leão, 90 – Pedra Redonda – CEP: 91760-560 – Fone: (51) 3246.3820 – Porto Alegre – RS

Jornalista Responsável: João dos Santos e Silva – Reg. prof. 7924 – Fotos: Miguel Chagas, João dos Santos e Silva e arquivo/CSP Conlutas – Impressão: RM&L Gráfica – 4.000 exemplares

[email protected] – www.sindicaixa.com.br – facebook.com/sindicaixa.sindicato

O corte das liberações sindicais deixa uma prova irrefutável: a importância dos sindicatos! Há praticamente dois anos recebendo salários atrasados e com quatro de congelamento, os servidores não aguentam mais. As consequências causadas por estas medidas são angustia e desespero. A situação é tão grave que causam uma espécie de “anestesiamento” nos trabalhadores, que sequer conseguem expressar sua indignação com este dramático quadro. Mas os sindicatos resistem! Em setembro conseguimos aglutinar forças e repetir o que tínhamos conseguido em agosto de 2015: um grandioso ato público, com milhares tomando as ruas para protestar. Além disto, várias categorias se juntaram ao CPERS e deliberaram por greve, enquanto não recebessem seus salários. Esta foi uma grande reação e obrigou o governo a antecipar seu calendário. Lutamos muito ao longo de 2017. Foram dezenas de vigílias, de atos, protestos. Não foi a toa que Sartori não conseguiu emplacar sequer um de seus projetos de retirada de direitos. Vários projetos, inclusive PECs para extinguir a Licença-Prêmio e também vantagens temporais, como adicionais e triênios, seguem parados na Assembleia. O que faríamos sem os nossos sindicatos? Pouco. Ou melhor, nada! Por isso, o governo levou adiante o maior ataque à democracia e a organização dos trabalhadores do serviço público. Com um projeto de lei, atacou a Constituição Estadual e limitou drasticamente as liberações sindicais. Ora, assim, terá sua vida facilitada para seguir com os ataques e retirada de direitos.

No próximo dia 06 de novembro, o SINDICAIXA elegerá a sua direção para o triênio 2018-2020. Os associados já receberam as orientações com os procedimentos necessários para votar. Mais uma vez, apenas uma chapa se apresentou para disputar o pleito. Porém, de acordo com o Estatuto Social, é necessário atingir o quórum mínimo para consagrar o processo. Assim, é fundamental que todos os associados remetam os seus votos até a data limite. Caso ocorram dúvidas sobre a votação, orientamos que entrem em contato com Cinthia, secretária da Comissão Eleitoral, pelo telefone (51) 32248049.

Depois de praticamente dez meses impedindo a votação de projetos que retiram direitos dos servidores e atacam os serviços públicos, o governo conseguiu aprovar uma drástica redução nas liberações para exercer mandatos sindicais. De acordo com o Projeto de Lei 148/2017, agora lei, o Sindicaixa passará a ter somente quatro servidores cedidos, o que, certamente, trará prejuízos inestimáveis para a representação da categoria. O projeto aprovado nada tem a ver com economia aos cofres públicos. A intenção é clara: acabar com as entidades sindicais do funcionalismo e a consequente organização dos servidores públicos.

MAIS UM BRUTAL ATAQUE AOS SERVIDORES: GOVERNO SARTORI CORTA LIBERAÇÕES SINDICAIS

CONTRA OS ATAQUES DO GOVERNO SARTORI: GREVES E ATIVIDADES DE MASSA

SARTORI AGRIDE OS SERVIDORES

PRECISAMOS REFORÇAR NOSSAS FERRAMENTAS DE LUTA

É hora de darmos uma resposta à altura deste ataque. Reforçar o sindicato, participar das atividades. Este é o caminho. Mais uma vez, os aposentados deverão assumir a maior responsabilidade, pois, com a redução dos liberados, caberá a eles tocar grande parte das tarefas. Sigamos em frente. O SINDICAIXA seguirá cumprindo sua função. Vamos enfrentar Sartori, denunciar os deputados que não nos respeitam e lutar! Lutar para derrotar estes governos que aplicam o ajuste fiscal e jogam a conta da crise sobre as nossas costas. Somos maiores e iremos vencer.

SÓ A LUTA MUDA A VIDA! PROCURE O SINDICATO. UNA-SE A NÓS. JUNTOS, SOMOS MAIS FORTES!

NÃO DEIXE DE VOTAR! SUA PARTICIPAÇÃO É FUNDAMENTAL!

SINDICATO ELEGERÁ DIREÇÃO PARA O TRIÊNIO 2018-2020

Érico Corrêa durante discussão na Assembleia Legislativa

A IMPORTÂNCIA DO SINDICAIXA Não só um instrumento de luta, mas também o principal elo entre o passado de uma categoria combativa e lutadora, orgulhosa de suas conquistas, e o presente de muitos desafios. Neste mundo onde o capitalismo embrutece e destrói as relações entre as pessoas, mantemos nossa capacidade de aglutinar, de levar otimismo aos nossos colegas, mesmo nos momentos mais difíceis. Em todos os espaços onde o SINDICAIXA está, seja nas lutas cotidianas bem como em atividades nacionais, nossa atuação carrega consigo esta história. Assim, cumprimos dupla função: não só a luta interminável por salário e condições de trabalho, para ativos e aposentados, mas também a empreitada para manter viva uma categoria de trabalhadores. Contar a nossa história, reivindicar este passado glorioso, deve servir também para as lutas atuais. Acabamos de encerar uma greve. Com coragem, ousamos paralisar e enfrentar o governo algoz: “Sem salário, sem trabalho”. Este é o nosso lema atual. Estar no sindicato é uma tarefa honrosa. Receber dos colegas a indicação para representá-los é, evidentemente, uma responsabilidade para todos nós. Ainda mais na situação atual. Reafirmamos que nada poderá mudar se não estivermos unidos, fortes em nossos propósitos e lutando, “ombro a ombro” contra estes governos que pretendem nos destruir. É por tudo isso que estamos pedindo o seu voto em mais esta eleição, mas, ao mesmo tempo, queremos renovar o nosso compromisso, com cada um e cada uma, pois vocês são a razão da nossa luta. Érico Corrêa

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JORNAL DO SINDICAIXA – OUTUBRO DE 2017 – PÁG. 4

NÚMEROS EXPRESSAM A GRANDEZA DO CONGRESSO

A grandeza e a diversidade do 3º Congresso da CSP Conlutas também podem ser expressadas em números. O encontro reuniu 1953 delegados e delegadas. O caráter internacional foi garantido com a participação de 113 representações. A infraestrutura foi garantida por 205 apoiadores. Já a Creche Conlutinhas garantiu atendimento a 105 crianças. Outro número muito expressivo foi o de entidades, com 331 organizações sindicais, oposições, minorias de diretorias, movimentos populares e contra as opressões.

3º CONGRESSO DA CSP CONLUTAS DISCUTE A NECESSIDADE DE UNIFICAR AS LUTAS

Congresso aprova proposta de mobilização contra ataques dos governos e dos patrões

A avaliação feita durante o 3º Congresso da CSP Conlutas, realizado de 12 a 15 de outubro, em Sumaré/SP, é de que a crise do capitalismo iniciada em 2008 é profunda e tem levado a uma ofensiva imperialista contra os povos e os direitos dos trabalhadores. Uma crise que foi e está sendo geral em todo o mundo. No plano nacional, a avaliação é de que a burguesia, para manter os seus lucros em meio à crise mundial, tem buscado jogar a conta sobre os trabalhadores com brutais ataques aos direitos e às condições de vida do povo trabalhador. O Congresso definiu como acertada a construção da Central e o conjunto de lutas travadas ao longo dos seus 11 anos de existência. Uma Central que nasceu com vocação de luta e independência em relação a governos e patrões, contra qualquer tipo de conciliação de classes e com uma clara estratégia socialista. Também foram aprovadas pelos delegados e pelas delegadas a garantia de paridade de participação de mulheres na Secretaria Executiva Nacional e nas demais instâncias da Central, além do posicionamento contra o Imposto Sindical e em defesa da autossustentação dos trabalhadores.

Resolução apresentada pelas compa-nheiras do Rio grande do Sul, garantindo a representação de 50% de mulheres na Secretaria Executiva Nacional da CSP Conlutas representa um marco na luta feminista. “Tornar cotidiana a pauta do feminismo significa expressá-la na política e na forma organizativa e, para isto, é necessário revo-lucionar as instâncias, pois para superar o machismo no movimento sindical e também nas organizações políticas precisamos não tolerar o mesmo dentro das nossas próprias fileiras”, afirmou Neida Oliveira, da Secretaria Executiva Nacional, ao defender a resolução aprovada por unanimidade.

AVANÇO DA LUTA FEMINISTA: MULHERES AGORA OCUPAM 50% DA DIREÇÃO DA CENTRAL