Texto da Atividade 4

Maria Cristina Bortolozo de Oliveira Martins

sofistas

Críticos: a filosofia pré-socrática ensinava coisas sem utilidade nas polis. Arte

da persuasão.

Domínio da retórica: ensinavam técnicas para que as pessoas pudessem

defender o seu pensamento particular e suas próprias opiniões e conquistassem

seu espaço.

Céticos: por desprezarem algumas discussões feitas pelos filósofos - Sócrates

dizia que desrespeitavam a verdade e o amor pela sabedoria, outros

acreditavam que criavam no meio filosófico o relativismo e o subjetivismo.

Platão: conviveu com os sofistas para adquirir as habilidades da

retórica, necessárias à vida política. A partir dos 20 anos fez

parte do círculo de Sócrates e dos pitagóricos (Parmênides).

ócio (aristocracia) X negócio (comerciantes, pequenos

proprietários e artesãos): não configura uma doutrina, mas antes

como uma forma de ensinar. Eram professores que iam de

cidade em cidade procurando audiência e que, por um preço

conveniente, ensinava-a a se destacar.

Protágoras: teve livros queimados em público

Confluência Sofistas e Sócrates

como e para que educar o homem - vida na polis (convívio social harmônico e democrático)

Areté: a cidadania e a educação oferecidas visam à

formação do homem virtuoso. Sofistas são os

professores de areté, professores da virtude.

Areté Aristocrática(até sec V a.c.)

Sócrates

• (areté: virtude, excelência intelectual e moral) acessível aos que possuíam sangue divino.

• A Paideia aristocrática visava formar os melhores virtude da coragem, formar o guerreiro belo e bom, perfeito de corpo e alma, plenamente preparado para a “bela morte” (guerra).

• refletiu: necessário educar visando a reinvenção da polis;

• nova areté: formação do cidadão para o governo da pólis (política, ética e moral).

• Virtude: cívica (respeito às leis e a participação nas atividades políticas). * ante a possibilidade do exílio prefere a cicuta

•Principal questão de Protágoras era de saber se a

virtude poderia ou não ser ensinada e se vangloriava de

ser um educador capaz de ensinar a prudência e de

formar, assim, bons cidadãos,

• Sócrates discorda e após uma série de debates, a

reviravolta: Sócrates revê sua posição inicial de que a

virtude seria uma espécie de dom concedido pelos

deuses e defende a idéia de que a virtude é,

essencialmente, um saber.

Sofistas Sócrates

pedagogia agnóstica; Saber: fundado na idéia de

oposição e luta dos contrários;

Paideia: idéia e teoria da educação com bases racionais;

passagem de uma visão cosmológica para uma visão antropológica.

adota algumas estratégias utilizadas pelos sofistas (apreço pela disputa e pela agnóstica);

Não cobra; não se coloca na condição

do professor que ensina um conhecimento pronto e acabado:indaga, na dialética buscar verdade;

“Conhece-te a ti mesmo” e “Sei que nada sei”: Pedagogia da Razão.

• Método: diálogo para chegar a uma conduta reta (conceitos que designam o que somos e os valores que sustentam a ação para a virtude);

• importante: mundo interior. Areté valor espiritual.

• Meta: formação da alma. Caminho para a harmonia com a natureza do universo, à eudemonia, conhecer a verdadeira essência;

• Novidade: harmonia do ser pelo domínio completo sobre nós mesmos, conforme a lei que descobrimos no exame de nossa alma. A virtude e a felicidade: o interior do homem.

• Objetivo: emancipar a razão da natureza animal; estabilizar o império legal do espírito sobre os instintos;

• Não interessa a independência com relação às leis, mas a eficácia do autodomínio; “virtude política”

Sócrates e o processo educacional/formativo:

• função de parteiro espiritual: estimular o interlocutor a parir o conhecimento que lhe era inerente;• maiêutica: auxiliar a alma (psyché) a rememorar os conteúdos de verdade dos conceitos. -Maiêutica (nuance irônica): reflexão de que o fenômeno não é a essência;-ironia busca da liberdade subjetiva – aquela que anuncia a possibilidade da construção de novos inícios;- dimensão emancipatória: não apresenta um raciocínio conclusivo ao aluno, mas o estimula a refletir a respeito da temática discutida e expresse suas próprias deduções.

Platão:

• pensamento se confunde com o socrático: apresenta Sócrates como mestre ou como personagem que divulga a filosofia platônica (lhe conferindo legitimidade).• Filosofia: tenta solucionar o problema do conhecimento – origem e a forma como as Idéias se relacionam com os objetos.• Em Diálogos (Banquete e República): encontrar saída para os problemas éticos e políticos de seu tempo.• Angústia: decadência da política, dos costumes e da educação (Paideia).• Sócrates e Platão: a degradação resulta da ausência da ciência, da virtude (areté) e da justiça.•Sócrates: vítima da carência de verdade, de virtude e de justiça.

Solução para Platão: filósofos no poder (sua luta) ou governantes filosofassem.

dificuldades em realizar a verdadeira Paideia: justiça; o Bom, o Bem, o Belo e o Justo requer reeducar o olhar:

reformar Atenas = reforma moral e política; redefinição da Justiça (deve ser inerente à alma, sem

contestação sob pena de duvidar da sua essência); homem virtuoso e do ideal de cidade justa: o que é justiça?

pergunta o que seria a cidade justa, constata que estes nunca teriam existido – necessidade de concebê-los a partir de um ideal;

cidade ideal: três estratos: artesãos, guardiões e o dos governantes, vivendo em harmonia.

O homem virtuoso não se submete aos instintos.

Filosofia e Pedagogia: buscar o ideal de ética - libertação do homem dos

vícios, da intemperança e da irracionalidade - mediação da faculdade da

razão.

virtudes importantes para a constituição do Estado justo e uma qualidade a

ser desenvolvida por cada setor constitutivo da cidade ideal:

•Artesãos: qualidade da temperança (sophrósine);

•Guardiões: Sophrósine (cuidados com o corpo e controle dos movimentos),

coragem (Thymós) e da prudência (Phrónesis) – necessárias à ordem civil;

•Governantes: Thymós, Phrónesis e virtude intelectual por natureza, o

apreço, a sabedoria e o conhecimento necessário para agir no sentido do

Bem público.

REPÚBLICA: como Platão concebe a filosofia e idealiza

Distancia-se de Sócrates

Sócrates: somente a ciência da virtude (areté sentido ético e político), a filosofia, pode garantir a instituição e conversão de um governo justo.

Sem intuito de agir politicamente Platão: Da opinião (doxa) para o mundo inteligível (lócus onde se alcança o conhecimento da ciência - epistéme).Dialética: produto do pensamento que, pela intuição intelectual, contempla as idéias verdadeiras (sumo bem), por meio da qual o sábio filósofo e o Estado deveriam orientar a sua conduta (ética e política). Nega a opinião: conhecimento superior encontrado no mundo inteligível, no conhecimento matemático e na contemplação das idéias.

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Paideia justa é Aleteia: desvela a verdade. A filosofia educa para a verdade. Cultura: orienta a alma para o conhecimento e para a sua fonte de luz, representada pela idéia de Bem - fundamento último do caminho que a reflexão humana deveria seguir até chegar ao supra-sensível e que compreenderia a verdadeira educação.Programa Educativo:

• Conteúdos: que contribuíssem para a formação da moderação, da coragem, prudência e sabedoria;• faculdades inferiores e o próprio corpo submetidos às faculdades superiores pelo cultivo da alma e exercitadas pela música e pela ginástica.

Educar o corpo porque seria a morada da alma e exigiria cuidados especiais na infância e na juventude.

-Sócrates: a divisão dos dois mundos ou aspectos tinha um

sentido metodológico (ensina como você deve investigar as

coisas), ou gnoseológico;

- Platão: alcance ontológico (estabelece como as coisas

realmente são).

Escola de Platão (Academia):

• devotada a estudos superiores;

• entrava-se, saí-se, ficava-se o tempo que se quisesse. Não havia

carreiras, exames, cursos com limites;

• objetivo: elite altamente qualificada = agir com eficácia em tarefas

de responsabilidade;

• como: aprendizagem escalonada e prevista em detalhes, programa

de estudo até os 50 anos;

• primeira vez que se agrupa as disciplinas em ramos diferentes (a

preocupação da realidade sensível e das idéias).

•338 a.C. foi a primeira vez que elegeram o seu Reitor.