Filosofia política/Política: para quê?
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FILOSOFIA POLÍTICA
Capítulo 21
Filosofia
POLÍTICA: PARA QUÊ?
Capítulo 21
Filosofia
Sem título. Claudio Tozzi, 1977
1. Filosofia Política
Na conversa diária, usamos a palavra política em vários sentidos.
Há também um sentido pejorativo de política.
A política é a arte de governar, de gerir o destino da cidade.
Etimologia
• Política: do grego pólis, “cidade”
São múltiplos os caminhos, se quisermos estabelecer a relação entre política e poder, e é preciso delimitar as áreas de discussão.
Deste modo podemos a política como luta de pelo do poder ou refletir sobre as instituições políticas.
E também indagar sobre a origem, a natureza e a significação do poder.
Gérard Lebrun diz:
• “ Se, numa democracia, um partido tem peso político é porque tem força para mobilizar um certo numero de eleitores. Se um sindicato tem peso político, é porque tem força para deflagrar uma greve...”
A política trata das relações de poder.
Poder é a capacidade ou a possibilidade de agir de produzir efeito desejados sobre indivíduos ou grupos humanos.
Para que alguém exerce o poder, é preciso que tenho força, entendida como instrumento para o exercício de poder.
2. Poder e força
3. Estado e legitimidade do poder
Princípios de legitimidade do
poder
• Nos Estados teocráticos, poder legitimo vem da vontade de Deus;
• Nas monarquias hereditárias, o poder é transmitido de geração e mantido pela força da tradição;
• Nos governos aristocráticos,apenas os “melhores” exercem funções de mando.
• Na democracia, o poder legitimo nasce da vontade do povo.
Desde os tempos modernos, século XVII, configura-se como a instância por excelência do exercício do poder político em várias áreas da vida pública.
4. A institucionalização de poder
Max Weber (1864-1920)
• “O Estado moderno é reconhecido por dois elementos constitutivos: a presença do aparato administrativo para prestação de serviços públicos e o monopólio legitimo de força.”
Com fortalecimento das monarquias nacionais, o Estado passou deter a posse de um território e tornou-se apto para fazer e aplicar as leis, reconhecer impostos, ter um exército.
Com a centralização da consciência, o Estado distanciou-se de maneira de pensar medieval, predominantemente religiosa.
Com a institucionalização do Estado, o governante não mais se identifica com poder, mas é apenas depositário de soberania popular.
Sob o impacto do século das Luzes, século XVIII, expandiu-se a defesa do constitucionalismo.
5. Uma reflexão sobre a democracia
democracia •A palavra democracia
é formada etimologicamente por dois termos gregos, demos e kratia, “governo do povo”.
Marilena Chaui
“As determinações constitutivas do conceito de democracia são as ideias
de
Conflito Abertura Rotatividade
>A fragilidade da democracia
Embora a democracia seja a antítese de todo poder autocrático, o exercício do poder muitas vezes perverte-se nas mãos de quem o detém.
Norberto Boobio
• “ O poder tem uma irresistível tendência a esconder-se. Elias Canetti escreveu de maneira lapidar: “O segredo está no núcleo mais interno do poder”. É compreensível também porque: quem exerce o poder sente-se mais seguro de obter os efeitos desejados quanto mais se torna invisível aqueles aos quais pretende dominar .”
Aceitara diversidade de opiniões, o desafio do conflito, a grandeza da tolerância, a visibilidade plena das decisões é exercício de maturidade política. Por isso mesmo, a democracia é frágil e não há como evitar o que faz parte da sua própria natureza.
6. O avesso da democracia:totalitarismo e autoritarismo Na historia do mundo sempre
existiram tiranias. Identificado com determinada pessoa
ou grupo, ou poder personalizado não legitimado pelo consentimento da maioria e depende do prestigio e da força dos que o possuem. Trata-se da usurpação do poder, que perde o seu lugar publico quando é incorporado na figura do governante.
> Regimes totalitários
O totalitarismo, fenômeno político do século XX.
O totalitarismo de direita, conservador, ocorreu, por exemplo, na Alemanha nazista
O de esquerda ocorreu na Itália fascista de orientação comunista, desenvolveu-se na União Soviética, na China e no leste Europeu.
Nazismo e fascismo
O estado interferia em todos os setores. Não havia pluralismo partidário,
instituição básica da democracia liberal. O partido criou vários organismos em
massa. A disciplina era exaltada. Os poderes Legislativos e Judiciário
estavam subordinados ao Executivo. O governo concentravam todos os
meios de propagandas.
A formação da policia política, controlado um enorme aparelho regressivo.
Campos de concentração e de extermínio. Controle de informações por meio da
censura. Na educação de crianças e jovens,
valorização das disciplinas da moral e cívica, visando à formação do caráter, da força de vontade, da disciplina, do amor a pátria.
O nazismos alemão teve conotação fortemente racista e baseava-se em teorias supostamente cientifica para valorizar a raça ariana.
Stalinismo Segundo Marx, na frase
transitória entre o capitalismo e a nova ordem deveria instalar-se a ditadura do proletariado, que desapareceria como tempo.
O totalitarismo stalinista deve diversas características semelhantes ao nazismo e o fascista.
O escritor Alexandre Soljenitsin da União Soviética, costumava referir a Stalin como o Egocrata.
Etimologia •Egocrata: Do
grego, “poder do eu”
Regimes autoritários Os regimes autoritário
costumam ser identificados indevidamente com os governos totalitários.
Ambos cerceiam as liberdades individuais em nome da segurança nacional, recorrem à maciça propaganda política, exercem a censura e dispõem de aparelho regressivo.
Não há uma ideologia de base que sirva “para a construção da nova sociedade”.
Não há mobilização popular que dê suporte.
Prevalece a disponibilização, que leva à apatia política.
O clima de repressão violenta gera medo, desestimulando a atuação política independente .
Os governos autoritários procuram manter a aparência de democracia.
Utiliza os militares na burocracia estatal
Utiliza a elite econômica conta com oficiais das forças armadas nos postos-chaves.
Os militares saem do quartel para integrar a instituição política mais importante da nação.
7. O equilíbrio instável de forças
Democracia se constrói pelo dialogo, enfrentamento dos conflitos de opiniões divergentes, tendo em vista de um bem comum.
A liberdade democracia não se refere, porem, á conquista exclusiva de direitos mas também a onde os cidadão assumem os seus deveres.
O equilíbrio das forças políticas é sempre instável.