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    A filosofia da pesquisa naprtica da cincia:uma nota tcnica para a reflexo

    Sumrio1 INTRODUO ............................................................................................................................... 31.1 Elementos Componentes da Definio de Maonaria com destaque, nesses Elementos, para oEstudo, a Pesquisa e as Cincias .......................................................................................................121.2 Fins da Maonaria com destaque para a Pesquisa e Cincia ......................................................271.3 Lemas da Maonaria: destaque da Pesquisa e Cincia ...............................................................301.4 Ideal Manico: destaque da Pesquisa e Cincia ....................................................................... 32

    REFERNCIAS

    APENDICE::Exemplos

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    1 INTRODUO No basta ensinar ao homem uma especialidade, pois esseensinamento merolgico poder torn-lo uma pea utilizvel eno uma personalidade. preciso, para formar a personalidadecom viso sistmica, desenvolver nele sentimento e sensoprtico, virtuoso, belo e valioso de ideais para ilumin-lo em

    seu caminho. Ideais como: a) buscar a verdade, comprecedncia sobre todas as outras, tendo como instrumentos oestudo e pesquisa como ensejo prazeroso e invejvel deaprender e vivenciar a liberdade e a beleza do esprito; b)valorar o ser na oportunidade que oferece a dificuldade aoinvs de valorizar o ter no oportunismo ou no tico oumoralmente incorreto ao lidar com a dificuldade; c) fazer acoisa necessria e certa o mais simples possvel e de formacorreta, porm no a mais simplista do comodismo e dequalquer forma; d) no pensarno futuro (ele sempre pontualem chegar), sem se preparar e agir para constru-lo, nempretender voltar atrs na quimera de fazer um novo comeo,mas comear agora para fazer um novo fim; e) no situar-seentre o mais ou menos na busca da verdade, no valor do ser,nofazer o necessrio-certo e no amar, acreditar e se empenharno que d significado e objetivo existncia: o ideal de serpara servir; o agirmais ou menos determina uma personalidademais ou menos.

    Arranjos e complementaes de pensamentos de AlbertEinstein

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    A Introduo de um relatrio tcnico-cientfico (acepo, segundo a NBR 10719; i ABNT,1989: Apresentao de relatrios tcnico-cientficos, p. 1 - 2) ou, em geral, a Introduo de umdocumento ii a primeira seo de um texto que informa e situa o leitor ao fornece-lhe, de maneiraresumida, dados gerais em vrios aspectos do trabalho. Do trabalho que o iniciado desenvolvecomo oportunidade para aprender a conhecer a realidade, a verdade (compartilh-la com o leitor),para a sua prpria satisfao e proveito da comunidade.

    So dados necessrios, tais como: a justificativa da escolha do tema com o problema parapesquisa (ou estudo) e da importncia, convenincia e oportunidade de seu tratamento da formacomo se prope (no projeto) ou define, desenvolve ou utiliza no estudo ou pesquisa realizada.

    Os dados apresentados naIntroduopodem:

    a) Indicar a delimitao e abrangncia espacial e temporal ( o sentido de contextualizar oproblema e a soluo que se busca), bem como a delimitao de detalhes, apenas osnecessrios, em diversos contextos.

    So contextos e delimitaes que, por um lado, devem considerar os clientes-alvos e seusambientes objetos de estudo ou pesquisa conforme sejam as convenincias e necessidades-

    expectativas desses alvos sintetizadas em um problemapara estudo oupara pesquisa; e, pelooutro, apreciam a exequibilidade tcnica, cientfica e operacional desse problema no acerto, proposto pelo pesquisador, como um problema de estudo ou de pesquisa; trata-se daproblematizao do assunto.iii

    b) Destacar, de forma resumida e objetiva, relaes importantes do assunto considerado comoutros estudos ou pesquisas semelhantes: a definio da relevncia contextual (ver nota 3)do tema tratado no estudo ou pesquisa.

    c) Apresentar, de maneira sucinta, porm realista, e prtica ou objetiva, ideias do autor emrelao ao assunto que ele abordada em seu trabalho e essncia de seu pensamento sobreesse assunto, contrastando ou no com as ideias de outros autores em temas e condies

    similares.

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    d) Resumir conceitos e outros aspectos gerais, diretamente relacionados com o tema tratado noestudo ou na pesquisa; so apresentaes resumidas de conceitos e de aspectos gerais nopertinentes em outras partes do documento.

    e) Sintetizar uma viso geral do trabalho, para, depois da leitura do ttulo, - a primeira sntese, edo resumo, - uma sntese maior, situar o leitor ao indicar o incio, o meio e o fim da pesquisaou estudo, sem, contudo, detalhar aspectos dessas fases nem antecipar Resultados e

    Concluses que possam desinteress-lo para fazer a leitura integral do documento.Os dados apresentados naIntroduo dispensam: recursos ilustrativos na forma de grficos

    estatsticos e frmulas como as utilizadas em matemtica, fsica, qumica e ainda em trabalhosdescritivos. Dispensam esquemas, fluxogramas, lminas, plantas, fotografias, grficos, mapas, equadros, retratos etc.; tabelas e figuras (categorias especficas de ilustraes, segundo a NBR,6022; ABNT, 2003: Informao e documentao: Artigos em publicao peridica cientficaimpressa: Apresentao; p. 5); desenhos, gravuras e smbolos (ABNT, op. cit.; p. 5 - 6), entreoutros meios ilustrativos.

    So ilustraes para esclarecer ou complementar, criteriosamente elaboradas e apresentadas(normalizadas) o mais prximo da meno no texto, como partes integrantes e significativas na

    expresso e na apresentao de ideias contidas no Desenvolvimento. Tais recursos facilitam ouauxiliam a apresentao de resultados do estudo ou pesquisa.

    A Introduo est isenta, tambm, de indicaes numricas de, por exemplo, alneas eindicativo de seo. So indicaes definidas, conforme a NBR 6024 (ABNT, 2003:Informaoe documentao: numerao progressiva das sees de um documento escrito: apresentao),como um sistema de numerao progressiva das sees de documentos escritos [exceto os queno necessitam de sistematizao, como uma obra literria ou que possuem sistematizao prpriacomo um dicionrio], de modo a expor, numa sequncia lgica, o inter-relacionamento da matriae permitir sua localizao no texto. Uma norma que se aplica redao de todos os tipos dedocumentos escritos, independentemente do seu suporte, com exceo dos anteriormente

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    mencionados (obras literrias). So indicaes utilizadas para orientar a apresentao e facilitar aconsulta de dados convenientemente agrupados e inter-relacionados, de maneira sequencial, nassees em que o texto logicamente dividido.

    Anunciam-se, na Introduo, partes do trabalho como so: a) o Desenvolvimento com aexposio ordenada e pormenorizada do assunto dividido em sees e subsees (ABNT, op. cit.;- NBR 6024) ou em captulos e subcaptulos; deve ser uma apresentao de assuntos

    relacionados, no como fragmentos independentes, mas, como peas devidamente encaixadas econvenientemente estruturadas-articuladas para formar unidades de pensamentos; e b) asConcluses ou proposies que decorrem lgica e necessariamente de snteses e anlises-inferncias de dados e de resumos conclusivos de informaes sobre os resultados, gerados e/oucitados - adaptados de outros autores; na parte de recomendaes se mencionam ideias e novasabordagens para outros estudos ou pesquisas.

    Destacam-se, nesta Introduo e s p e c i a l , iv a importncia e a necessidade do tema empreparaes e em disposies do estudioso para empreender: a) as iniciaes e "viagens"preparadas e realizadas em Loja com propsitos gerais como so os instrutivos para a educao;b) os estudos e pesquisas desenvolvidas por ocasies de elevaes, exaltaes e meditaes

    durante passagens por cmaras como as de reflexes; c) estudos orientados com instrues efinalidades especficas; d) pesquisas destinadas s elevaes de graus (...) v com meditaesprofundas do expresso ou implcito no desenvolvimento espiritual.

    So preparaes que dependem ou se relacionam com exerccios das cincias (aplicaescriteriosas de: informaes cientficas, conforme seja a realidade; de suas tcnicas, mtodos eprocedimentos, tambm em funo da realidade) para adquirir a informao necessria em tecidosde novos conhecimentos; conhecimentos a serem sublimados (elevados: agregao de novosvalores) em sabedoria (saber o que fazer) a faz-lo (virtude) com aplicaes em elevaesindicadas por uma Escadavi para o engrandecimento do esprito, da fonte de virtudes.

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    Deve-se acrescentar que o novo conhecimento rumo sabedoria exige disposio, animo etempo do iniciado para organizar a informao segundo critrios. Observa-se que a circulao dedados em meios como a Internet , com frequncia, no criteriosa; da porque o iniciado aonavegar nesses meios deve dispor de referncias para obter, reordenar, classificar, relacionar,pensar e refletir que dado pode utilizar para gerar uma informao e que informao utilizar paratecer um novo conhecimento; alm das referncias, disposio para agir.

    So disposies orientadas pela necessidade de conhecer e tratar o tema problematizado e,com bases nesse saber (a soluo) e aplicar, preparar e orientar aes e estratgias para desvendaroportunidades, aprimorar condies morais e tero mrito (ao exercit-lo para ser) da elevaointelectual, moral e espiritual.

    Preparaes e disposies que se orientam na busca de solues para estabelecer ordem.Que solues? Combater a ignorncia da estagnao, do fanatismo (...). Qual a desordem? ALoja, simbologia de conceitos modernos das cincias no campo da natureza e, em especial, doesprito (a cincia do ser), alerta para a tendncia ao caos. Uma alerta que se repete em cadasesso quando o VM , auxiliado pelos Obr com suas alfaias, e ao representar o Verbo naordem de cada planeta em sua rbita, de cada tomo em sua molcula, da vida (...), estabelece (no

    Templo, o plano; na sesso, a vida) a ordem (Fiat voluntas Dei: Ordo ab Chao) para possibilitaro crescimento ao emergir da sombra, do caos.

    O crescimento, com a busca da Verdade permanente e com disposio e preparao,destacam a importncia e a necessidade do iniciado conhecer o tema (da disperso e comodismono atraso, do vicio e amoralidade no ter ilegal, do caos...).

    Nesse crescer manico utilizam-se, acepes, princpios, lemas e ideais da Ordem,apresentados com propositado vis para:

    a) Fazer um Estudo: desenvolver a arte de pensar (reflexo e anlise) por ocasio da leituracom o intuito de aprender, - o resultado da aplicao da inteligncia; arte e resultado que

    exercitam condies fsicas, motivacionais e organizacionais, algumas delas auxiliadas por

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    tcnicas e mtodos para estudar; isto , para, segundo Figueiredo (1996; p. 150), coroar ascolunas solsticiais da Ordem que o estudo simboliza com as esferas dessas colunas.

    b) Planejar e desenvolver uma Pesquisa: atividade prtica terica da cincia na indagao edescoberta da verdade com base no mtodo cientfico, ainda que se possa saber umaverdade por meio da autoridade, da f, da intuio (assuntos interessantes, pormpropositadamente omitidos do documento).

    c) Realizar uma atividade das Cincias: corpos sistematizados de conhecimentos profundos econfiveis adquiridos pela observao, de uma realidade interessante, pelo estudo epela pesquisa na apropriao que o esprito, a mente, faz do real na ordem (conceitocomum) para se elevar (conceito manico).

    O EPCtrata e se orienta, neste documento sntese, de um problema que limita ou dificultao crescimento com um propsito manico de ajudar o iniciado a desenvolver seu potencialfsico, mental, psquico, moral e espiritual com o resultado do estudo ou pesquisa baseada nomtodo, sistematizao e normalizao da cincia.

    Sobressai, na primeira parte do texto, o inter-relacionamento, forte e direto, de um EPC

    com a Maonaria inicitica, auxiliando-a para fazer a admisso ritualstica e possibilitar oconhecimento do EU no iniciado. Um conhecimento a vivenciar para capacit-lo a ser um agentetransformador de seus ambientes (em Loja, na famlia, no emprego, na sociedade etc., no apenasem mbito local ou regional, mas global: um agente de moralidade, de tica e integridade, demonitoramento e governana etc.) e, por esses atributos, esse iniciado um privilegiado.

    Um privilgio que o iniciado pode alcanar quando a Ordem (sentido manico)disponibiliza ferramentas e o instrui para que possa us-las com eficincia. Quando inculcavalores e princpios, entre outros, os ticos para que o iniciado possa decidir diante de questescomo: o que quer(mas, no deve), o que deve (mas, no pode) e o que pode (mas, no quer) emorais, - a prtica desses princpios, para delimitar a ao ou comportamento compreendido,

    simultaneamente, pelo que quer, pelo que deve e pelo que pode.

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    A Ordem contribui, em especial, pelo exemplo e orientao dos maons para que oiniciado se decida, com afinco e determinao, estudar, pesquisar e trabalhar a pedra (...)com serenidade (reflexo) e severa represso (educao) de instintos, de vcios (...), ajudando-ona escalada e transio da civilizao material imanente para a civilizao moral, espiritualtranscendente. o sentido do privilgio, implcito na capacitao (desenvolvimento dehabilidades), para alcanar um novo estado. o sentido e implicao de ser livre (lcito) e debons costumes (conveniente). o sentido, com valores manicos, que o iniciado deve possuir e

    exercer aplicar com discrio para se elevar com luminncia projeo.

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    A Maonaria , simultaneamente, uma Instituio alavanca com cdigos de conduta moral(baseados em ideias de tolerncia e fraternidade, entre outras) e ritos, instrumentos, mtodos esmbolos de ascenso, e uma fonte de fora ou de propulso para o aprimoramento moral, aevoluo intelectual e a desenvoluo de poderes latentes orientados para a elevao espiritual doiniciado.

    A elevao moral-espiritual pode ser aferida por escalas de luminncia (=Intensidade do fluxo

    conforme o acervo de virtudes/rea abrangida pelo alcance e qualidade de benefcios, sentido tcnico aplicvel, em parte, aocaso), em que a intensidade atribuda fonte de virtudes e a abrangncia, ao alcance da projeoda luz em prticas como as da caridade e tolerncia; nessa fonte registra, contrrio ao sentidotcnico, a transmutao de, por exemplo, um metal ou coisa sem valor (ou com escasso valor)em um metal ou coisa valioso; do termaterial no serespiritual; da instruo em educao; daeducao em sabedoria e da sabedoria em virtude.

    O iniciado, por essa projeo de sua fonte de virtudes, transcende e conquista acompetncia, com novos valores e virtudes, para poder tornar feliz a humanidade pelo amor [quesente], pelo aperfeioamento dos costumes [que busca], pela tolerncia vii [que pratica] pela

    igualdade [que reconhece] e pelo respeito autoridade e religio, conforme consta em rituais

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    manicos de iniciao.

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    A Maonaria uma Instituio caracterizada por significados e princpios, lemas esmbolos (ver parte final da nota 14) que tentam defini-la.

    Encontram-se, nessa tentativa de definio, brechas para um EPCplanejado, desenvolvidoe comprometido com indicaes ou desdobramentos da acepo (ainda que simplista) da Ordem;acepo que exibe componentes variados de associaes poltica, religiosa, filosfica, social,cultural, cientfica, ecolgica, histrico-tradicional, progressista-prospectiva etc., sem, contudo,plenamente identificar-se, com nenhuma delas, em particular.

    So brechas indicativas da necessidade e da importncia do estudo pertinaz e ajuizado e dapesquisa e cincia com critrio (os cientficos e os do senso prtico, virtuoso, belo e valioso deum ideal que ilumina) e ousadia (com responsabilidade) na busca da verdade e noaperfeioamento moral do iniciado, do eterno aprendiz na procura da perfeio.

    Estudo ou pesquisa que deve ser feita com alicerces, entre outros atributos, virtuosos ouno, na razo e na inteligncia e com os meios, entre outros, os cientficos, simblicos e dealegorias que transformam fenmenos em conceitos e conceitos em imagens. Essa transformao,no incio de um novo milnio e com aportes de componentes variados de associaes produz e produto, simultaneamente, de interesses (da prpria Instituio e da comunidade cientfica) easpiraes, de confluncias na verdade e de divergncias na diversidade (...).

    Uma transformao que caracteriza a Maonaria com suas tradies e valores (preservar afonte para conservar o fluxo) e com os desafios de sua natureza progressista (EPC) em sintoniacom a era da informao, comunicao e conhecimento.

    Trata-se de uma caracterizao que pode ser sintetizada, ainda que sem completude ou com

    simplismo, por definies, fins, lemas e ideais da Ordem, apresentadas no incio, - naIntroduo

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    deste documento.

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    Recomenda-se a Introduo como um texto sucinto e objetivo de um EPC, comconsideraes gerais em varias frentes para situar o leitor nesse ingresso ao desenvolvimento do

    trabalho. Um texto que dispensa recursos ilustrativos e isenta indicaes numricas, elementoscomponentes doDesenvolvimento. Todavia, a parte que segue, ao apresentarindicaes, contrariaessa recomendao.

    Pretende-se justificar essa contradio, em um documento que destaca a normalizao, ofato de relevar, j no incio, o propsito de facilitar, simplificar e auxiliar o processo didtico; e deaproveitar a oportunidade para fazer consideraes de possveis contextualizaes, de possveisintrodues, em estudos e pesquisas manicas. Tanto o destaque como o aproveitamento facilitado com essas indicaes e recursos impropriamente utilizados nestaIntroduo.

    Enfatiza-se o conceito de Introduo apresentado pela ABNT como o espao, na parteinicial de um texto, para situar o leitor com elementos informativos genricos. Esses elementos,

    neste documento, so de natureza manica: snteses de conceitos, de princpios e da filosofia viii

    da Ordem apresentados no incio por no serem adequados em outras partes do texto.

    Os elementos informativos genricos podem ser referncias de introdues de estudos epesquisas ao contextualizar definies como as do tema, justificativa e objetivos; de delimitaesde fronteiras de estudos ou pesquisas em relao ao campo e perodo abrangidos; e derelacionamentos do trabalho com outros de reas semelhantes.

    Deve-se ter o cuidado, ao situar o leitor na Introduo, de no antecipar resultados nemconcluses que possam desestimular a leitura do documento.

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    1.1 Elementos Componentes da Definio de Maonaria comdestaque, nesses Elementos, para o Estudo, a Pesquisa eas Cincias

    So diversos e complexos os sentidos da essncia manica que se complementam ou potencializam para compreender as singularidades histricas, filosficas, dinmicas e deorganizao, funcionalidade, misso, viso e resultados da Instituio. Sentidos ou dimenses quedificilmente, se no impossvel, podem se reduzir a uma definio expressa por palavras; da porque as acepes exemplificadas sejam apenas tentativas de expresses maiores outranscendentes da acepo da Ordem.

    Uma definio que se encontra mais no sentir e ser e no agir e comportar (...) do iniciado eaceito na Ordem, - do maom, do que em uma proposio: o significado de algo secreto,misterioso, incompreensvel (para os profanos) que no se escreve nem transmite oralmente,mas que pode ser sintetizado em um EPCdesenvolvido pelo iniciado com resultados a guardar namente e utilizar com discrio na vivncia.

    Resultados que, em parte, podem ser comunicados (a normalizao e sistematizao

    facilitam o processo de comunicao) aos pares abertos - receptivos para interpretar o dado dainformao; gerar uma informao que esse iniciado possa organizar; e transformar essainformao em um novo conhecimento que, por sua vez, possa vivenciar na sabedoria.

    Uma acepo composta de conceitos da espiritualidade (CAMINO, 2008; p. 152), - fins: oser, e de conceitos da materialidade, - meios: o ter, que se integram e harmonizam na arte de vivertranscendente, portanto, com acentuado vis para valores espirituais sobrepostos (nodispensados) aos valores materiais.

    Valores da espiritualidade, destacveis da essencialidade manica, como os das virtudesque avultam o ser sem, repetindo, dispensar outros valores meios de elevao como so os da

    instruo, educao e construo de ambientes (sustentveis) fraternos e solidrios, em todos os

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    nveis: na clula da sociedade, - a famlia, ou, no outro extremo, na globalizao e irmandade dohomem no mundo, tanto na perspectiva imediata como na construo do Terceiro Milnio.

    So conceitos basilares, na definio (ou, repetindo, na tentativa de definio) daMaonaria, que situam o iniciado (vis para o tema tratado neste documento) entre:

    a) A imanncia; o que pertence ou o que existe na natureza como algo inseparvel dela;encontra-se na matria ou, segundo Kant, mantm-se nos limites da experincia e est no

    todo que compreende o humano; e a transcendncia (a frente da sobrevivncia, daimanncia) que eleva ou situa alm de certo estado como o material, - o estado de viver;o conhecimento da faculdade cognitiva em relao ao objeto possvel a priori(subjetividade imaginado), de acordo com Kant; um conceito que se utiliza na definio daMaonaria.

    O iniciado estuda a natureza para entend-la e, com base nesse entendimento, define aconservao desse meio, ao se inserir nela (no como um predador, economicista, poluidor,concentrador de riquezas e socializador de externalidades negativas etc.), para crescer e seelevar conforme as possibilidades efetivas desse meio, portanto, sem destruir a fonte: umsentido de responsabilidade e comprometimento, de fraternidade e solidariedade no apenas

    com entes do presente, mas, com as futuras geraes.

    b) A orao como o discurso de, por exemplo, o Or e as preces do VM ; e a meditaoou concentrao do esprito ao pensar profundo e reflexivo para prosseguir na ao, nodesejo e disposio empenho de elevao intelectual e moral com a ao construtiva naluminncia.

    c) Afidelidade como demonstrao de zelo, lealdade, respeito (...) por algum, pela coisa ouente valioso; e afcomo afirmao sem demonstrao, mas por vontade, confiana; crenaque suficiente apenas subjetivamente, segundo Kant, citado por Comte-Sponville (2003,p. 241); um conceito que apropriado na definio da Maonaria.

    A Maonaria instila no iniciado virtudes como as de tolerncia, honestidade, caridade e

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    lealdade (o destaque em itlico por conta da pertinncia na seo).

    A liberdade ix (para, entre outros propsitos, buscar a verdade por meios lcitos - ticos econsistentes - valiosos, para se integrar fsica e intelectualmente, - o ser; x para seindependentizar de preconceitos sejam eles impostos, herdados ou adquiridos) deconscincia e o livre arbtrio ao serem estimulados pela Ordem, determinam o direito delivre exame no crdito ou na confiana absoluta, na virtude teologal daf.

    d) A nstase; um mergulho na imanncia ao entrar em si (ao traduzir a experincia dapercepo pura de si, diferenciada de outros estados mentais) para se fundir com o tudo(COMTE-SPONVILLE, op. cit., p. 193; complementado); e a xtase ou o transportar parafora de si e de tudo, do mundo sensvel, ao se fundir em outra coisa (coisa com sentidofilosfico); um salto na transcendncia.

    e) A contemplao; conforme Camino (2007, p. 104), a caminhada em direo de umtemplo..., a postura esttica que precede o ingresso, pela meditao, ao mundo espiritual; ea interpenetrao ou penetrao recproca de dois princpios, de dois sujeitos etc.; a posturadinmica para se ajeitar e interpenetrar na coisa.

    f) O amor; o dever primrio como um sentimento superior em que se harmonizam, sustentam efundem valores espirituais; e a caridade, como um dos deveres principais e mais antigos daMaonaria (FIGUEIREDO, 1996, p. 95) revelada por aes humildes e discretas que, deacordo com Camino (2007, p. 85), devem ser praticadas com altrusmo e solidariedade,portanto, orientadas para os demais. Uma orientao que no dispensa resultados de umEPCpara bem atender aos necessitados.

    Ricard (2007) traz um exemplo dessa contribuio metafsica contextualizada emsociedades ocidentais, com emoes negativas que geram dio, raiva, inveja (...) e comprocedimentos como os de meditao, reflexo e postura mental para sentiramore, por essesentir, neutralizar tais emoes destrutivas.

    Observe-se que a fidelidade e, em particular, o amor com a prtica da caridade, tem

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    fundamentos em um EPC, no apenas no campo espiritual, mas, tambm, no material.

    A fidelidade compreende, conforme conceituao kantiana ampliada e adequada ao texto, aprtica do bem como um dever e, dessa forma aceito, a satisfao do dever cumprido: umaao livre (ver nota de esclarecimento complementao do conceito liberdade).

    A satisfao do dever cumprido no apenas emocional, mas, tambm fsica. Isto porque,de acordo com constatao cientfica, as boas aes praticadas com amor e generosidade,

    alm de serem contagiosas (Proceedings of the National Academy of Sciences / UC/USA),provocam efeitos positivos na sade do praticante. Efeitos associados reduo de radicaislivres e liberao de serotonina e endorfina no corpo: qualidade emocional e fsica devida. Tem dvidas dessa aparente transmutao? Pratique as boas aes, comracionalidade, amor e fidelidade (no de maneira mais ou menos...) para fazer essaverificao no lastro da hiptese de um estudo de caso; no esquea bem comunicar seusresultados, sejam eles de rejeio ou de confirmao da proposio: a satisfao de fazer obem no apenas emocional, mas, tambm fsica registrada naquele que pratica esse bemcomo dever cumprido.

    Por semelhantes razes, as aprendizagens e descobertas intudas por conceitos,

    procedimentos e mtodos da teoria do conhecimento manico quando o iniciado percebe eprocessa dado e informao e ao manipular smbolos com alicerces em regras ritualsticas podemser, alm de no expressveis pela escrita nem oralmente comunicveis, processosinterdisciplinares complexos e diferenciados entre iniciados; a comunicao,xi nesses processos, fundamental para registrar resultados da teoria do conhecimento manico.

    Tais diferenas na aprendizagem e na captao-aplicao da teoria do conhecimentomanico podem estar associadas, em parte, s cargas de heranas e influencias genticas,culturais e do meio ambiente em seu sentido amplo de transformao; e aos procedimentos de perceber-processar, instruir-conhecer e internalizar-sentir prprios de cada indivduo: oconhecimento subjetivo, expresso dessas cargas e o animar-agir, declarao de sabedoria.

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    Diferenas, associadas, tambm, "prpria verdade" de cada um. Contudo, uma verdade queno deveria dar destaque ou sentido ao amvel em, por exemplo, a imanncia de valoresmateriais, mas de amar o que faz sentido em, por exemplo, valores morais transcendentes comoos das virtudes (ver nota esclarecedora do conceito Liberdade).

    Os conceitos acima mencionados, na definio aproximada da Ordem, permitem, ainda comas limitaes, proclamar com propriedade, a prevalncia do Esprito sobre a Matria: o lado

    transcendente do ser; e pugnar com fundamentos, pelo aperfeioamento moral, - alicerce daInstituio, xii intelectual e social da Humanidade. As bases (razo, inteligncia, reflexo, novosconhecimentos etc.) do proclamar e pugnar se encontram, em parte, no estudo e pesquisa daverdade que fortalece, anima e liberta.

    A preparao e a luta do iniciado pelo seu aperfeioamento moral manifestam-se na prticada beneficncia com racionalidade (quanto possvel, aqum da f), com fundamentos na verdadee com a consagrao ao bem, no apenas ao bem de si mesmo (para ter) ou ao bem em que oautor espera recompensa imediatista do alvo, mas, sobretudo, prtica do bem (uma prticaespontnea, livre) pelo amor ao prprio bem que se projeta na caridade e filantropia aopossibilitar o tercomo meio na construo doser.

    A definio da Maonaria com tais sentidos ou dimenses, atributos ou aspectos (...)destaca os seguintes elementos (relao e sntese tendenciosas para o tema, - o de um EPC):

    a) Uma Instituio essencialmente Inicitica que conserva, pelas tradies em usos, edesenvolve em Lojas regulares, com a proteo de suas fontes (tradies e acervos culturaismanicos) valores superiores como os das virtudes, com fins supremos (ou princpiosessenciais) como os de liberdade, igualdade e fraternidade.

    Uma Instituio que, aliada s tradies, tem viso de futuro e, por essa viso, processos prospectivos para ensinar a cincia dos smbolos e se projetar com melhorias para ocrescimento de seus membros, fontes de luzes.

    Processos e mtodos de instruo do iniciado xiiipara que possa fazer leituras e reflexes,

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    interiorizando-as ou vivenciando (auxiliando-o) as instrues de contedos de lendas comfundamentos histricos e de verdades, smbolos, xiv alegorias e tradies manicas (comprofundos contedos) como:

    a.1) acreditar em um Ser Supremo, o GADU , no apenas como um simples ato de f,mas de racionalidade (quanto possvel) e de estudos pesquisas profundas da natureza quepossam dar sentido inteligente do que se acredita (no se trata de ignorncia por no

    compreender, mas de reconhecimento de limitaes da razo e lgica para compreender);a.2) respeitar a moral, conhecendo-a para, ao pratic-la com convico, tornar (contribuir)

    possvel a convivncia humana; no apenas respeitar e tornar possvel essa convivncia,mas fortalecer o conjunto de valores, individuais e coletivos, universais norteadores derelaes sociais e de conduta;

    a.3) exercitar a filantropia com desapego; mais do que desapego, com o sentido consciente dedever, conceito atribudo a Kant, de que a prtica do bem bom e simples (a liberdade emalicerces de valores transcendentes), dispensando compensaes imediatistas e imanentes; oagir bem, como amor pelo dever, alm de evitar problemas, melhora-se o bem-estar fsicopelo exerccio do altrusmo: um compromisso (dever) que tem fundamentos cognitivos;

    a.4) cumprir as leis do Pas, conhecendo-as para aplic-las: um dever com fundamentos noestudo e conhecimento de preceitos de conduta, de convivncia, de construo coletiva;

    a.5) incentivar o debate intelectual, - preciso intelectualidade e ambiente propcio para que odebate seja profcuo;

    a.6) buscar a verdade com base no livre arbtrio (conscincia) para fazer escolhas dos meios deestudo, de evoluo e de aprimoramento pelo autoconhecimento, entre outros fundamentose verdades, sintetizveis nosere sentir da espiritualidade manica.

    Ensinamentos e leituras necessrias para o renascer quando o iniciado, repetindo, livre e

    de bons costumes, - condio necessria para o ingresso Ordem, e aps a superao de se

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    mesmo, - condio de suficincia que se alcana com a vitria do combate ignorncia,desnuda-se de suas paixes, vaidades, intransigncias, egosmos, vcios (...) e atinge oestado dosernessa espiritualidade: o iniciado como umser privilegiado.

    a arte assistida pela cincia com a prtica da pesquisa em, por exemplo, oesquadrejamento de arestas da pedra bruta para construir o Templo Interior: Templo devirtudes, erguido compedras buriladas e devidamente encaixadas (sentido de irmandade na

    expresso simblica do pavimento do mosaico da Loja) a se projetar em fluxos (os deLuzes) de amor e caridade, de tolerncia e perdo, de igualdade e fraternidade, de respeito eliberdade (...).

    O profano que ao se iniciar, como a fnix xv renasce das cinzas, ressurge com uma novamaneira de pensar e sentir, de avaliar e agir, de se relacionar e construir: um sernovo paraviajar interiormente ao encontro de si mesmo, enquanto desenvolve o esprito manico ecom ele (por causa dele) se eleva.

    Esse iniciado, sujeito de instruo e na porta do Templo, ouve, entre muitas outrassentenas: tu sers aqui o nico diretor de tua conscincia e ningum te interpelar neminjuriar pelas tuas crenas, sendo que a nobreza e sinceridade de tuas aes te daro o

    direito desernico.

    Um direito a ser merecido pelo estudo com empenho e pela constncia do pensar crticoreflexivo, sem reduzir ou levar esse pensar ao vcio de preocupaes obsessivas, dedesconfianas, e de atitudes inconsistentes como as de julgar e censurar sem critrios. Umdireito de filosofar com direo e objetividade quando a ao no seja simples meio, masum fim para alcanar o domnio da verdade: o exerccio sem direcionar a reflexo.

    Um direito que decorre da sabedoria na arte de viver e impem ao ser novo "escutar aconscincia e s aceitar a verdade qualquer que ela seja", condies necessrias para quepossa emergir da treva, da ignorncia, e se aproximar Palavra Perdida: xvi seu ideal

    encontr-la, pela "cincia, a coragem e o amor; pela f, esperana e caridade".

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    So iniciaes e viagens por cmaras xvii e provaes necessrias (a suficincia poderestar na vontade-nimo e no empenho-constncia de se auto educar e libertar de...; o direitodo iniciado ser um privilegiado) para se ter novos conhecimentos da natureza, porensinamentos doutrinrios, princpios, lendas e smbolos (...), sendo o homem o principal eo ncleo desses smbolos.

    Dai porque entend-lo para cimentar (pela razo, vontade e expresso livre) a convivncia

    entre eles (deles com a natureza) e vivenciar a fraternidade seja um dito manico, tantolitrgico (para ensinar) como filosfico (para exemplificar e aplicar na arte de viver).

    A Ordem desenvolve (conserva) e oferece a cincia interpretativa o simbolismo, deexpresses e representaes de objetos, de instrumentos (...), carregados de profundosensinamentos e com poder sobre a natureza interior do iniciado. Quais so os efeitos, noiniciado, desse poder? Depende da disposio e de quanto seu corao aberto, - receptivo, para que em silncio e discrio, possa desvendar verdades ocultas, pensamentosmisteriosos, sinais sem sentido e assuntos sem valor (...) para os que no so iniciados: esse o sentido desse privilgio e da discrio no agir e se relacionar.

    So interpretaes, decodificaes e vivncias necessrias para a formao intelectual e

    para e aprimoramento moral e elevao espiritual do iniciado. Expresses e representaesque para o maom, contrrio ao profano, revela algo significativo para atingir um resultadoessencialmente filosfico, esotrico, mstico, espiritual (...) do ser. tanto imprescindvelcomo evidente, nesse resultado, a contribuio de um EPC, do pensar reflexivo relevantecomo garantia do serxviiina essencialidade espiritual manica.

    Relevncia, xix para alguns, aPalavra Perdida, sem representar a verdade. "Seria a anttesedo ensinamento manico", pois a verdade ainda no foi encontrada. "Depois de termoserrado (...) consultando monumentos, tradies, livros, crenas (...), continuamos a ignorar aVerdade Eterna. Contudo, "encontramos o caminho que dela mais nos aproxima, tantoquanto a inteligncia humana pode compreend-la (assim consta no Ritual, (REAA

    do Grau 18 - Cavaleiro Rosa-Cruz..., 2004, p. 92-93).

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    b) Filosfica. outro componente tido como essencial na definio da Ordem, ao destacar ofilosofar na arte de viver, segundo o Salmo 133 de Davi invocado na abertura ritualstica doprimeiro graus no REAA .

    Instituio do filosofar com essncia em diversas escolas do pensamento humano. Seus atose cerimnias tratam de , propriedades e efeitos das causas naturais e/ou induzidas(globalizao que..., mudanas climticas com..., perdas da biodiversidade em..., desastres

    naturais provocados por...), sem dogmatismo.Conhecer essas causas, efeitos, propriedades e essncias como frutos de estudos, pesquisase cincias condio necessria, nesse tratamento, detido no discorrer e raciocinarmetdico para analisar e criticar com o esprito de liberdade intelectual (MORTON, 2004),no pensar por si mesmo.

    Um tratamento sem preceitos incontestveis, mas, baseado na colocao imparcial doarcabouo filosfico manico diante de teorias filosficas e acima de controvrsias parafazer da liberdade de pensamento um dos fundamentos da Instituio.

    c) Uma Instituio especial de pesquisa, porque investiga as leis da natureza e relaciona bases

    da moral e da tica com as de agir e pensar, sentir e se relacionar: as deserna essncia doesprito manico.

    Pesquisar essas leis e relacionar tais bases com fundamentos em mtodos e procedimentos, -os manicos, condio necessria para desenvolver um EPC com consistncia, - emfatos e evidncias (sem, por um lado, pretender alcanar o entendimento absoluto naverdade definitiva e sem discusso... nem, pelo outro, o positivismo: cincias experimentaiscomo modelos do conhecimento humano) e com objetividade a caracterizar a validade doconhecimento (epistemologia) no propsito certo.

    d)Filantrpica; outra essencialidade indicada na definio, associada procura da felicidadedo homem por meio da elevao espiritual e da paz de conscincia do iniciado

    comprometido com essa procura.

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    O desprendimento e generosidade do "obreiro" para com o semelhante (portanto, nonecessariamente outro obreiro) e, como axioma, a elevao dele, tm traos deracionalidade na busca da verdade, propiciada pela pesquisa e cincia ao tornar racional,quanto possvel, a fonte de virtudes: o Templo interior. Um Templo construdo com apedracbica, polida e energizada (sentido simblico) para iluminar, ao educar, e para orientar ocaminhar e agir com sabedoria, liberdade e justia, ao se relacionar, associar, irmanar (...).

    e) Educativa, porque no apenas busca instruir o iniciado para que tenha um novoconhecimento, mas para que esse conhecimento, - como acervo e fonte moral, projetem-se,- uma luz, em educao, essncia de reflexo e sabedoria.

    o sentido da "iniciao" xx ao buscar a Luz quando a Ordem mostra caminhos, procedimentos metodolgicos, e motiva o livre pensamento; projeta Luz e incentiva oiniciado para que o mesmo, e pelo seu livre arbtrio, - liberdade de fazer ou no, deescolher, seguir (...), sedimente seus atos, escolhas, caminhos (...) em novos (consistentes)conceitos, princpios e prticas de virtudes: so os alicerces da sustentabilidade do serespiritual.

    O incentivo e o sentido da Instituio, contudo, no so suficientes para garantir a educao

    manica do iniciado. preciso que a instruo seja internalizada - vivenciada e que oiniciado consciente e aberto - receptivo se esforce, deseje e se deixe orientarpara mudar epensar agir conforme princpios da Ordem e de leis naturais. preciso que continue naprocura da palavra, do smbolo (...) perdido.

    seu livre arbtrio (no a libertinagem, dado que a mente, apesar de no se sujeitar, possui(deve possuir) limites ordenadores impostos pela tica, - por exemplo, na investigao aocomprometer e responsabilizar o pesquisador; pela moral, - por exemplo, nocomportamento e bons costumes; e pelo amor, - por exemplo, nas relaes humanassolidrias, fraternas etc.) no ato de educar-se, de autoeducao.

    Oportuno mencionar e com destaque que, ainda nesse ato subjetivo, consciente e livre-

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    responsvel, a Maonaria auxilia (*) com a expresso da arte mstica (ROHDEN, 2007) emsentido esotrico e propsito educativo.

    O conceito de se auto educar pela autoinstruo e autoconhecimento, segundo o enfoquesocrtico "conhece-te a ti mesmo" axiomtico e associado caminhada para o crescimentofundamentado na teoria do conhecimento manico.

    o resultado de um trabalho aparentemente solitrio (de fato, um trabalho no desassistido,

    mas, repetindo, incentivado e auxiliado pela Ordem *) e certamente consciente, autodidata eresponsvel.

    Um resultado decorrente de profundas introspeces e meditaes, muito alm deexteriorizaes ou manifestaes comunicveis como so as sintomticas; de uma verdadeprofundamente sentida e, por isso, vivenciada, inclusive no campo material.

    A educao e o esprito manico na forma de sabedoria, de luz, em nada se relacionamcom o ato de decorar cerimoniais (instruo), - exterioriz-las para chamar a ateno(vaidade), conhecer simbologias e praticar ritualsticas (ROHDEN, op. cit .;complementado).

    preciso que a instruo consistida se transforme em educao construtiva para levantartemplos a virtude e cavar masmorras aos vcios; para construir uma fonte ou templo(replica do Templo do Incriado) que possa dar sentido conservao de fluxos, os dasvirtudes.

    Que a educao se transforme em sabedoria na arte de viver (...) o que pressupeespiritualidade para avanar em alicerces de princpios, - os da Ordem: proclamar aexistncia de um Princpio Criador; no impor limite procura da verdade; honrar otrabalho em suas formas dignas e honestas; proscrever discusses sectrias; condenar odespotismo; impor o culto Ptria que passa pelo respeito famlia; admitir a todos semdistines de classes, crenas, religies; ensinar a amar e respeitar tudo o que a virtude e a

    sabedoria consagram; exigir o estudo meditado que auxiliado por smbolos e alegorias;

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    etc.

    O avano sustentvel em diversas dimenses (social, moral etc.) coloca em destaque outroaspecto importante da definio da Ordem: o progresso.

    f)Progressista, porque a partir da causa original, - o da imortalidade e crena de um princpiocriador infinito, o GADU , no se aferra a dogmas, isto , a pontos fundamentais eindiscutveis, e no pe obstculos ao empenho e entusiasmo do iniciado para buscar a

    verdade com base na razo, na inteligncia e no conhecimento versado.Um conhecimento devidamente orientado para caracterizar (o problema da origem comsofismas:para, e a origem do problema com a verdade: de; ver item 2.1 O problemaparapesquisa e o problema de pesquisa) e pugnar (saber de onde partir, que e por queescolher os meios adequados e quais as solues relevantes a oferecer) contra:

    f.1) A ignorncia pelas suas razes ou pelas causas desse estado como, por exemplo:

    f.1.1) No ler o importante: no saber diferenciar o necessrio e importante do dispensvel eftil, o oportuno e conveniente do inoportuno e inconveniente etc., e de maneira constante, - um processo, para se instruir com objetividade.

    f.1.2) No saber observar o que significativo no objeto alvo e com objetividade para cogitar,duvidar (...) e, por causa dessa falta, alm de contribuir para manter a ignorncia, dispensaro exame crtico da razo.

    f.1.3) No questionar com fundamentos e lgica para se bem orientar na busca do dado paratecer a informao, do conhecimento, da sabedoria.

    f.1.4) Conformar-se facilmente (acrtico) com todo, com a mediocridade (o mais ou menos noempenho, no amar etc.) e de maneira passiva ao ser orientado por aparncias (leviandade) esem interesse por causas ou explicaes racionais.

    a ignorncia pelo estado de treva que o desobriga a examinar ideias e crenas; que abdica

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    de agir em prol de seu aperfeioamento moral com a prtica do bem. Esse estado, tantomais atrasado quanto mais inbil seja o ignorante , em geral, caracterizado por uma mentefechada crtica, tolerncia, ao debate (...) e com posturas autoritrias, arrogante e teimosaao no admitir que no sabe e, como efeito dessa aceitao imaginar saber, ignorar anecessidade (pelos seus benefcios) de um novo conhecimento; trata-se de um crculo com aimpresso de configurar certa lgica da ignorncia (A LGICA DA NOVAIGNORNCIA, 2010) a ser combatida pela Ordem.

    O combate ignorncia pressupe, por parte do iniciado, reconhec-la e ter conhecimentoda necessidade de super-la; a disposio e empenho para vencer a resistncia (isto, porquea ignorncia tem sua estrutura no comodismo constitudo por preconceitos, pelo sentidoldico-hednico que contempla e pela arrogncia, valores, interesses, erros (...) doignorante) novidade na medida em que o novo traz insegurana, receio, medo e atdesafios para se ajustar aos novos valores, espaos de ajustes, reflexo, ousadia, estruturas,dinmicas (...), muito alm da informao.

    So caractersticas decorrentes da pouca ou da falta de reflexo e do pleno comodismo, sema dvida (metdica) que possa incomodar (ao estudar sem entender ou ao estudar

    memorizando-se sem refletir, ou ao refletir sem aplicar-vivenciar etc.) nem a indagaosobre as origens e validades de ideias, crenas, atitudes, fazeres etc.: despreza-se o conhecerporque no se tem conscincia da perda de valor e necessidade de quem no o possui.

    O ignorante imerso na treva no poder desvendar oportunidades nem superar barreiras aocrescimento espiritual, ainda que tenha passado, sem imerso, por iniciaes e "viagens"no vivenciadas. Portanto, processos e aes que em nada ou pouco contriburam para aelevao intelectual e moral. Dessa forma, persistem, alm de incompetncias, falcias dalgica da ignorncia, crenas sem razes sustentveis nem conhecimentos consistidos emum contexto amplo (sistmico), entre outras, os da superstio.

    A lgica da nova ignorncia se observa, tambm, na instruo que se d no mundo

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    virtualmente infinito s possibilidades de conhecimento, mas limitado especializaoatomista (mnada, - sentido filosfico leibnizianismo de realidade fsica ou anmicaimaterial, indivisvel e eterna, de intensidades, porm sem relaes entre elas) ao destacarinformaes fechadas num circuito limitado (expert num pea utilizvel e no umapersonalidade pela ausncia do sentido do todo: ver incio do captulo)..

    f.2) A superstio, pelas causas da no sustentabilidade na razo e no conhecimento. a

    superstio fundada na ignorncia, que leva a criar falsas obrigaes, temer de algo incuo,confiar em coisas absurdas, acreditar apesar da evidncia em contra, negligenciar relaescomo as de causa e efeitos. Dessa forma, contribui-se para criar ou fortalecer obstculos evoluo e para acentuar a excluso de oportunidades no crescimento espiritual.

    Parte da excluso de oportunidades para esse crescimento se manifesta pelo zelo excessivoe irracional, pela ausncia de autocrtica e por moral baixo: o fanatismo.

    f.3) Ofanatismo, pelas origens de motivaes obsessivas como as que provocam a intolernciacapaz de impedir a harmonia e a fraternidade.

    Tais motivaes so, em parte, resultados da ignorncia, da insegurana pela inconsistncia

    de argumentos e pela falta de pensar com reflexo e decidir sem exaltar a personalidade: oegosmo que alimenta o orgulho.

    f.4) O orgulho exagerado, infundado e canalizado para a admirao pessoal (...), com base emfatores causais que alimentam esse sentimento de egosmo, prepotncia ou desprezo (...)constitudo em fora destrutiva e desarmnica.

    A vaidade que se firma sobre aparncias ou manifestaes ilusrias e, portanto, com causana ignorncia, o vcio dos vcios; a pretenso de colocar o intelecto frente do esprito,atropelando a capacidade cognitiva quando perde a fora da f e mergulha na fonte do vcio.

    f.5) Os vcios, pelas motivaes, tratveis, em parte, pela pesquisa e cincia, dessas graves

    imperfeies, tendncias e/ou disposies "naturais" para a prtica do mal e o exerccio de

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    aes contra a moral (...) que limitam ou impedem o crescimento espiritual. Parte dessaprtica e exerccio canalizada, por alguns setores, para conquistar e manter privilgios.

    f.6) Os privilgios indevidos e as atitudes como as de "obter vantagens em tudo" sobre osoutros, sem considerar, em tais privilgios e atitudes, aspectos como os de merecimentos,pelas aes, e os ticos e morais, pela a conduta do privilegiado entre outros.

    A essencialidade de conceitos harmonicamente dispostos e integrados - complementados

    para definir o que aInstituio, tais como, repetindo (alguns):a)Inicitica, a partir de Enoch, o primeiro iniciado na era lemuriana (MAFFIA, 2008), com a

    Ordem evoluindo e se aperfeioando ao longo do tempo. Uma escola que impe obedincias leis; viver conforme ditames da honra; entender e praticar a justia; amar ao prximo; eestudar-trabalhar, sempre e de maneira contnua, em prol da humanidade.

    b) Filosfica, para filosofar e ensinar a arte do pensar reflexivo e construtivo em basesvirtuosas (...).

    d) Filantrpica, como um dever sem lastro material de lucro pessoal imediatista, igual aoamor ao prximo e, portanto, com benesses espirituais como as da caridade.

    f)Progressista, no necessariamente ou apenas positivista do Iluminismo, xxide crises sociaise morais que associaram as cincias e o conhecimento a uma tica humana; a ideia, naacepo da Ordem, mais uma meta do que um princpio e se relaciona com um novoconceito, o evolucionista: construo interior do iniciado para a sua elevao moral eespiritual.

    Uma construo que, por sua vez, envolve outro importante conceito, a tica, comoexigncia de reflexo e adoo - cumprimento de regras e cdigos morais para orientar aconduta humana nesse progresso de progresso e evoluo.

    Contudo, a essencialidade de tais conceitos, princpios, fins (...) no suficiente para

    compreender, em uma definio, ainda que profunda e diversificada, o contedo e a singularidade

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    da Ordem. Para compreender, entre outras finalidades, o instruir-educar os iniciados e prepar-lospara o combate de paixes, erros, vcios, preconceitos (...); e para que educados possam vivenciara maonaria com virtude, honra e sabedoria.

    Por outro lado, tais essencialidades ou, ao menos uma ou mais delas, podem ser atributosou fundamentos de acepes de outras instituies.

    Neste documento importa, acima de verses e discusses de acepes manicas, ter uma

    referncia, ainda que simplista, porm ampla, diversificada e consistente para compreender oupara determinar rumos de um EPC, afinados com osfins da Ordem.

    1.2 Fins da Maonaria com destaque para a Pesquisa eCincia

    Compostos por trs conceitos universais que se fundem, - sinergia de um todo para alm dedar consistncia, operacionalizar princpios bsicos como os do amor fraterno, a prtica dacaridade e a busca constante e consistida da verdade, do conhecimento e da sabedoria. So fins(para alguns, lemas) como os de:

    Liberdade (lat. libertas,tis: condio de pessoa livre). Conceito ideolgico e filosfico queidentifica a condio do indivduo ter o direito de se comportar de acordo com a sua prpriaresponsabilidade e livre arbtrio, compreendendo as liberdades de ao, de vontade e deesprito.

    Ainda no contexto filosfico e dentro do direito natural, define-se como sendo a ausncia desubmisso, de servido e de determinao e, por essas ausncias, causar ou fundamentar aindependncia, a autonomia e a espontaneidade do sujeito racional; como corolrio,determinar o comportamento voluntrio.

    Um sentir que nasce com o indivduo, atinge o consciente coletivo e gera fatos orientados,na perspectiva inicitica, para buscar a verdade e trilhar o caminho da virtude. Uma busca, -

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    a ser feita de maneira objetiva e racional, e um andar por esse caminho, - com exerccios daliberdade de pensamento e de reflexes, que se relacionam diretamente com o assunto dodocumento.

    So conceitos e causaes adotados pela Maonaria, conforme determinados critrios, comoos de no privilegiar interesses particulares, primar pelos interesses pblicos e nocontrariar princpios ticos, entre outros.

    Nessa conceituao, causao e critrios h elementos e pontos de conexes (inter-relaes)ou aproximaes com o EPCsintetizvel em: a educao a fonte e essncia da liberdadexxii em seu sentido de raciocinar e valorizar de maneira inteligente (criativa) e responsvel.

    A proposio de ser culto xxiii para ser livre pressupe instruo com a busca e aprendizagemconstantes da verdade para conhecer com finalidade e objetividade certas.

    Um pressuposto que leva implcita a sublimao do conhecimento em sabedoria para oexerccio de funes (na famlia, no emprego, na sociedade, na vida etc.) e contratossustentveis como os de ordem social; em arranjos econmicos, como os do crescimento;em atitudes e decises individuais e coletivas como as de dominao dos vcios, hbitos

    negativos e paixes destrutivas; em viver e sonhar para ser livre de esprito e na vida; e emintervenes, como os da proteo de fontes e conservao de fluxos naturais, no apenasos ambientais, mas, em especial, os fluxos espirituais. Como corolrio: sem liberdade ohomem abandona o caminho que o leva paraser, ainda que tenha algo por algum tempo, eperde a razo de existir, apesar de residir ou estar.

    Igualdade (lat. aeqults,tis, qualidade do que igual, uniformidade; inexistncia dedesvios ou incongruncias), tanto de direitos como de deveres, - obrigaes, - perante a lei;igualdade de condies e oportunidade; de gnero e racial, portanto, sem distines de credo,raa ou nacionalidade; a igualdade um dos ideais manico com contedo de organizaosocial, (sociedade igualitria) nascido no Iluminismo que permeou a Maonaria com valores

    e ideais liberais e libertrios.

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    ainda, um efeito prtico, na perspectiva inicitica, da liberdade individual e da igualdadeespiritual.

    Nessa mesma perspectiva, todos somos filhos de um mesmo Criador e preciso entender,- um processo cognitivo e interiorizar, - um processo de aprendizagem, para vivenciar essaverdade e glorificar a Origem, o Princpio, o GADU .

    Parte desse entendimento resulta e/ou se manifesta pela tolerncia, - como o ato ou efeito da

    condescendncia e da admisso de opostos ou adversos, e com o respeito, - como o ato deacatamento de opinies, por vezes contrrias. Tais atos tm a sua representao simblicano pavimento do mosaico para lembrar, de maneira constante, a prtica e conduta quedefinem a fraternidade.

    A prxima seo sintetiza trs grandes conjuntos de proposies necessrias e inter-relacionadas para fundamentar ideais da Ordem, com destaque, por vezes vis, para o temacentral; esses conjuntos so os lemas.

    Os lemas (para alguns, os fins) manicos podem ser interpretados sob outras perspectivascomo, por exemplo, a astrolgica, com recorrentes decodificaes e chaves de interpretao que

    demandam estudos e pesquisas.Nesse contexto, o iniciado deve estudar para conhecer e compreender o suficiente para

    explicar relaes simblicas como as dos signos do zodaco: Libra: igualdade, equilbrio, justia,harmonia etc.; Gmeos: fraternidade; eAqurio: liberdade. So interpretaes e decodificaes adestacar a funo de um EPCna Maonaria.

    1.3 Lemas da Maonaria: destaque da Pesquisa e CinciaOs lemas (do gr. lmma: algo recebido), ideais, valores (...), que podem definir, apesar do

    simplismo, aspectos importantes da Maonaria ao compreenderem notveis pontos convergentescom estudos e pesquisas.

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    Esses lemas, carregados de significados explcitos para desvendar outros significados, so:

    Cincia, para esclarecer, pela evidncia cientfica no "encontro" da verdade, da palavra, dosmbolo (...), o esprito e elev-lo.

    Libert-lo de vcios e reconstru-lo na base de virtudes tem elementos de convicocientfica; mais do que convico, de fundamentao, aceitando-se a existncia de umacincia manica resultado de muitas exegeses; aceitando-se, tambm, segundo Castellani

    (1980), uma cincia dos smbolos.Justia, para equilibrar e exaltar as relaes humanas de solidariedade, de fraternidade etc.

    Questes metdicas relativas a este lema, tais como em quanto? quando? como? por que?etc., so afetadas as relaes humanas e como contrabalance-las so respondidas, em parte, por um EPC ao servio da justia; portanto, para restaurar e manter "balanceamentosdinmicos" (conceito emprestado da economia do bem-estar) na plenitude do conceito, - umideal, de "dar a cada um o que seu, sem erros nem equvocos de qualquer espcie".

    A proximidade das respostas a esse ideal depende do aperfeioamento dos meios, - os dapesquisa e cincia, para observar, registrar, sintetizar-analisar e aplicar seus resultados na

    restaurao de equilbrios e na exaltao de relaes. Uma aproximao a um ideal degarantir o "ter cada um o que seu", com imparcialidades na concesso, produo,distribuio e manuteno do que devido por mritos, pelo trabalho.

    O quanto devido pelo trabalho uma questo que a pesquisa responde, inclusive comindicadores em relaes como, por exemplo, empregador empregado, e em compensaescomo, por exemplo, o salrio justo.

    Trabalho, para dignificar e tornar economicamente independente o homem pela aotransformadora, material e intelectual, e dignificante pelo prazer e satisfao do que faz.

    A pesquisa e cincia, nesses processos, - de independncia, dignificao e satisfao,

    agregam valores ao trabalho e os procedimentos e mtodos cientficos, potencializam a

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    criatividade e inventividade que, no apenas acrescentam valores aos resultados do trabalho,mas definem diferenciais da diversidade em mercados como o laboral.

    A Loja manica um compendio de smbolos utilizados para realizar tarefas, tais como: oestudo que se idealiza e desenvolve sobre um alicerce fsico, - o pavimento do mosaicofonte de inspirao para a elevao; a pesquisa, com instrumentos como os de medida: o fiode prumo, o nvel, a rgua, o esquadro e o compasso; e o trabalho na desenvoluo

    intelectual, moral e espiritual do iniciado laborioso, virtuoso, responsvel (...).Na definio manica, acima destacada pela essencialidade de lemas, fins e ser uma

    Instituio Inicitica, deve-se relacionar o desejo intenso de seus obreiros para buscar oaperfeioamento e poder melhor servir ao GADU e ajudar a humanidade. Um desejoque destaca outro elemento fundamental dessa definio para delimitar e compreender homenslivres e de bons costumes: o ideal manico sintetizado na prxima seo.

    1.4 Ideal Manico: destaque da Pesquisa e CinciaUma escola de iniciaes (em diferentes nveis e com diversos propsitos quase todos

    relacionados com um EPC), na forma de um objetivo programado e como fora que conduz

    esperana e envolve a f, traduz, no iniciado, o anseio interior de aperfeioar-se, - obreiro fiel ecompetente na construo do templo material (meio), moral e espiritual (fim), para poder melhorservir ao GADU e ajudar a humanidade, quando entende, quanto possvel e pratica, semse poupar, os fins supremos da Ordem canalizados para esse ideal.

    mediante o ideal manico encarnado vivenciado e do esprito de auto superaro, desolidariedade (...) que o iniciado, sem buscar nem esperar recompensas a no ser a satisfaointerior pela pratica do bem que faz, confere sentido s expresses: ser livre, com coragem paracriar e evoluir, para ser independente, para atender seus compromissos e para ter plenaconscincia de seus deveres e execut-los com responsabilidade; e de bons costumes, um modo devida, de ser e se relacionar, decorrente dos bons hbitos que prtica com rigorosa moralidade, da

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    honradez que pauta seu proceder e do empenho de superao.

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    As snteses de princpios, lemas, fins e ideais que tentam definir a Ordem colocam emdestaque estudos, pesquisa e cincias na Maonaria. A citao desse tema e os destaques so

    recorrentes em quase todos os rituais manicos, em iniciaes e viagens de todos os graus.Em rituais das Lojas Simblica do REAA , com origem na organizao

    administrativa imposta pelo Rei Salomo e a Lenda de Hiram Abif na construo do Templo, -trs classes de trabalhadores: aprendizes, companheiros e mestres, aparecem espaos, sob asdenominaes de Tempos de estudos para a exposio e debate, de um assunto de doutrina oufilosofia, legislao, histria, instruo de graus e simbologia manica; [um assunto] tcnico,cientfico ou artstico de interesse da Ordem ou da cultura humana, sendo vedadas exposies edebates de qualquer matria poltico-partidria ou religiosa - sectria pela facilidade ouentusiasmo de tais debates plantarem discrdias ou, alguns casos, pela inutilidade de seus frutos.

    Os "graus superiores", - os de Perfeio, Captulo, Kadosh e Consistrio, so exigentes,

    progressivamente, por meditaes, reflexes, estudos e pesquisas cada vez mais profundas para astransformaes requeridas em cada degrau de uma escada evolutiva.

    Tanto os estudos e pesquisas de Lojas Simblicas como os estudos e pesquisas dos graussuperiores devem ser planejados, desenvolvidos e seus resultados comunicados com criatividadee efetividade. A criatividade pode ser auxiliada por tcnicas e mtodos modernos e eficientes dascincias. A efetividade da instruo e didtica manica pode ser aferida por indicadoresmodernos das cincias. Em ambos os caos destaca-se a importncia do estudo e pesquisa tcnico-cientfica adequada realidade manica (ver nota 1).

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    oportuno destacar, dentre as limitaes e restries do documento, a natureza simplista e,por vezes, omissa, de elementos essenciais da investigao.

    So omisso de elementos, tais como: a) formulaes de proposies racionais, admitidascomo verdadeiras de maneira provisria, para orientar elucidaes de fatos e comportamentos, deassociaes de variveis (...) e para prever a ocorrncia ou no de outros: as hipteses cientficas;b) aspectos metodolgicos em tcnicas e mtodos de observao e de sntese e anlise integrada

    de variveis; c) formas sistematizadas utilizadas para a apresentao de resultados de estudos e pesquisas cientficas manicas dentro de contextos modernos como os da tecnologia dainformao e comunicao.

    Finalmente, pedir e esperar do leitor a compreenso por erros ou falhas, algumasintencionais, como as de repetio de determinados conceitos oferecidos em formas descritivas,crticas-analticas, ilustrativas e exemplificadas.

    Este documento uma sntese de orientao didtica em que preciso repetir conceitosbsicos ou apresent-los em outras perspectivas e alternativas para despertar, incitar a reflexo einiciar a aprendizagem.

    A parte que segue oferece, de maneira conceitual, exemplificada e ilustrada aspectos doDesenvolvimento de um EPC. So aspectos que compem o corpo do trabalho com exposiesordenadas e detalhadas das diversas partes, tais como: o tema e dentro dele, um assunto problematizado anunciado na Introduo; um assunto distinguido de assuntos afinscompreendidos no tema, com a caracterizao, - pelas causas do problema, delimitaes como asdo nvel de detalhes e perspectiva de tratamento: o conceito central de origem do trabalho parabuscar uma soluo e de destino ao aplicar essa soluo.

    Outras partes detalhadas noDesenvolvimento so: as hipteses a serem testadas (omitidas);os objetivos a serem alcanados; a reviso de literatura pertinente e atualizada; e aspectos comoos referenciais tericos e de procedimentos metodolgicos adotados para alcanar os resultados

    que atendam aos objetivos propostos.

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    NOTAS DE FIM DA INTRODUO

    As notas so utilizadas para complementar ou comentar, explicar ou esclarecer, comprovarou justificar, definir ou destacar certa acepo, fazer uma advertncia recomendao lingustica,sem a pretenso de intervir no estilo do autor ou destacar uma tendncia (...) quando apresentadasno texto podem interromper a sequncia lgica. Neste documento sntese tm diversasfinalidades, tais como: a) anexo: uma parte extensiva ao texto, destacada deste para evitardescontinuidade da sequncia lgica; essa extenso curta neste documento, com a incluso dematerial no elaborado pelo autor; b) apndice: um escrito breve elaborado pelo autor paracomplementar a informao do texto; c) glossrio: vocabulrio em que se d o significado deuma palavra ou expresso de uma especialidade tcnica ou cientfica; d) uma norma ou umcritrio lingustico para destacar determinado aspecto do texto, apresentado de maneira resumidae ilustrada com exemplos; e) desdobramentos ou exemplos de recomendao da AssociaoBrasileira de Normas Tcnicas (ABNT; menes no texto como as apresentadas acima seguidaspor primeira vez do ttulo, uma maneira de familiarizar o autor com este instrumento). A ABNTrecomenda, em relao ao uso de notas, evit-las, sempre que possvel [reduzir ao mnimo e usar

    de forma criteriosa para indicar uma fonte, fornecer a traduo de uma citao importante oufazer uma observao pertinente]; no entanto, quando apontadas no corpo do texto [consideradasnecessrias] devem ser indicadas com nmeros arbicos sequenciais. As funes atribudas snotas podem ser longas e ultrapassar o espao do p de uma pgina; da, porque sejamapresentadas no fim de cada seo ou captulo. O tipo de letra o mesmo do texto, Times NewRoman[pode ser qualquer outro tipo de letras com serifas, - isto , com pequenos traos eprolongamentos no fim das hastes das letras; so letras que por esta caracterstica tipogrfica soaconselhadas em blocos de textos porque tendem a guiar o olhar (juntar letras serifadas) depalavras ao longo da linha; por outro lado, as palavras sem-serifas como, por exemplo, Arial,so aconselhadas para ttulos porque valorizam ou chamam a ateno de cada palavra] destacada

    pelo tamanho de 10,5 pontos (no texto 12 e em citaes 11 pontos).

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    i Relatrio tcnico-cientfico, segundo a norma brasileira, - NBR 10719 (ABNT 1989; Associao Brasileira deNormas Tcnicas; rgo responsvel pela normalizao do Pas, reconhecido como nico Foro Nacional deNormalizao pela Resoluo no. 07 do CONMETRO, de 24 / set. de 1992 e membro fundador do InternationalOrganization for Standardization - ISO), um Documento que relata formalmente os resultados ou progressosobtidos em investigao de pesquisa e desenvolvimento ou que descreve a situao de uma questo tcnica oucientfica apresentada, sistematicamente e com suficincia [de dados], para um leitor qualificado, traa concluses efaz recomendaes. A estrutura desse documento compreende as seguintes partes: a) preliminar ou pr-texto: capas

    (frente e verso), resumo, lista de ilustraes e sumrio, entre outros elementos; b) o texto: introduo,desenvolvimento e concluses - recomendaes; c) ps-liminares ou ps-texto: referncias, anexos, apndices eglossrios. A elaborao de cada uma dessas partes auxiliada por normas especficas indicadas pela mesma fonte.Esta acepo e seu desdobramento aplicam-se Ordem progressista em harmonia com avanos cientficos de seutempo e valorizao de suas tradies. Aplicao que ocorre, preferencialmente, em estudos e pesquisas manicas dasimbologia, filosofia, histria e princpios. Trata-se de uma aplicao necessria no apenas para acompanhar aevoluo, mas para participar ao se integrar contribuir para orient-la pela retido do tico, pela vantagem do social, pela racionalidade da conservao (...) com imposies para a Ordem que se traduzem em: a) exigncia desistematizar, tratar e apresentar informaes relevantes elaboradas com base em dados especiais, com frequncia,misturados e dispersos em contextos maiores; b) prova irrefutvel no fato, no teste-comprobao para dar sustentao verdade e se ter a clareza e a consistncia do que se descreve e da forma como se apresenta a evidncia ao leitor;c) concatenao lgica de ideias para que de toda proposio primria, cotejada com as comprovaes necessrias,surja uma concluso ou uma recomendao adequada, valiosa e til. A prpria reflexo filosfica, - o filosofar que a

    Ordem recomenda, auxiliado pelo estudo oupesquisa tcnico-cientfica com resultados que o iniciado gera / adaptaquando combina aspectos estruturais (da metafsica, histria, sociologia - antropologia, direito, poltica, artes etc.,com seus mtodos, tcnicas e procedimentos cientficos de abordar a realidade na procura da verdade) e formais daapresentao sistematizada e normalizada da inferncia ou descrio. Diversos encontros culturais manicosmostram, com consistncia, o interesse e a necessidade pelo estudo sistematizado, pela pesquisa acadmicamanica e por idiossincrasias dos que procuram narrar e comunicar os fatos. Esse interesse acena tanto para aspectosestruturais como formais implcitos velados em fontes de dados, em lendas, em smbolos etc. Tais fontes tm sidoclassificadas, segundo as relaes de conhecimentos, em escolas: a) autntica ou histrica; utilizam dados como os deatas (registrados) de Lojas, algumas primitivas e raras, de 1598, - History of the Lodge of Edinburgh; entretanto hfatos relevantes que no se registram e apenas se transmitem oralmente; b) antropolgica, com a aplicao dedescobertas de pesquisas antropolgicas, - de costumes religiosos, para determinar origens dos smbolos e elos nacadeia de descendncia, - analogias de antigos mistrios com sinais manicos; a Ordem, como herdeira de tradiesantiqussimas de incontveis idades, estaria associada aos mais sagrados mistrios de cultos religiosos, com umahistria mais antiga do que a sugerida pela Escola autntica (FIGUEIREDO, 1996; p 241-242); c) mstica: definemistrios da Ordem sob outra perspectiva da desenvoluo e despertar espiritual; por esta Escola, declara-se que osgraus simblicos so estados (estudos de interpretao mais do que pesquisas histricas) de conscincia a despertar noiniciado para lig-lo com Deus(FIGUEIREDO, op. cit.); d) oculta; estudos para explicar a unio consciente doiniciado com Deus, porm com mtodos diferentes: sendas de iniciaes para sucessivas expanses de conscincias egraus de poder sacramental; exata observncia de formas, por meio da magia cerimonial, que permitem criar vnculose atraes da luz divina para iluminar o mundo (SAVI, 2002; HOSHIBA, 2000; CASTELANI, 1996). O estudo,pesquisa e cincia, nessas escolas e com nveis variveis de exigncias, precisa de mtodos e procedimentos para seter consistncia no dado; sintetizar analisar o registro do fato; inferir com base na observao e sntese-anlise; edifundir comunicar a verdade. Apresentam-se, no texto, alguns procedimentos para desenvolver o sentido deobservao do que interessa, bem como de sntese, analise e relao do dado para inferir, desvendar, definir (...) algovalioso e til a informar comunicar: um resultado de um estudo ou pesquisa baseada no mtodo cientfico. A

    importncia e necessidade do estudo ou pesquisa manica, em bases tcnico-cientficas adequadas realidade, podeser considerada, tambm, uma estratgia para superar a monotonia de reunies em Loja que, pela repetio de procedimentos ritualsticos sem criatividade conotativa nem liberdade interpretativa ou desprovido decontextualizao, exaurem fontes de conhecimentos e bloqueiam condies do iniciado para interligir e argumentar oque nele se pretende introjetar: preciso entender e intervir no ambiente e condies da realidade de desmotivao edesistncia para, ao superar a aridez de sesses, procurar o entusiasmo pelo estudo para saber, do saber, refletir econtextualizar, para vivenciar.

    ii Documento (do lat. documentum, derivado de docere, ensinar, demonstrar...), com o sentido biblioteconmico deunidade declaratria constituda por informaes ou por elementos referenciais, - os dados neste caso, e seu suporte

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    material como papel ou meio digital. Unidade produzida em decorrncia do cumprimento de uma atividade ou de umpropsito. Uma declarao que pode servir como prova de autenticidade e comprovao da existncia e exatido deum fato, verdade, evidncia ou afirmao ou como objeto de consulta e estudo (destacado neste trabalho). Essaunidade pode ser: simples como, por exemplo, uma ficha, um relatrio ou um ofcio, ou composta o caso de umlivro, monografia, obras de referncias etc.; pblica, - sem restrio consulta ou privada, - com acesso limitado.Uma declarao escrita, varivel pela sua natureza como textual, - impresso ou manuscrito; cartogrfica ou outra

    forma simblica; iconogrfica; filmogrfica; sonora; etc. A produo dessa unidade segue recomendaes como, emespecial, da Associao Brasileira de Normas Tcnicas, - ABNT e, na era de informao, normas, alm das relativas sistematizao, as da comunicao e informtica para se ter uma boa apresentao e compreenso do documento pelomeio adotado, tradicional ou eletrnico e pela forma padronizada de apresentao. Oportuno complementar, quandose trata de normas da ABNT, que estas no so to especficas ou to abrangentes a ponto de regulamentar tudo, permitindo que instituies as complementem. Destacam-se, nessa complementao, normas da InternationalOrganization for Standardization, - ISO (isos = igualdade) como, por exemplo, do sistema internacional deidentificao de livros, - ISO 108; sistemas de gesto da qualidade em ambientes de produo, - ISO 9000; etecnologia da informao, - ISO/IEC 17024 e 17799 / segurana da informao.

    iii A problematizao do assunto. Compreende a delimitao e abrangncia do tema no tempo e espao em quedeterminado acontecimento (o do tema) ocorre relacionando-o com outros temas em contextos diferentes. Oestudioso, dentro do tema escolhido para conhecer com profundidade, formula e responde questes para verificar se o

    assunto a tratar exequvel, relevante, limitado e definido pelas suas principais causas com possibilidades deconhecimento: disponibilidade de dados e fontes de dados. Essas questes de orientao e as respostas ajudam aoestudioso a abordar um tema e situ-lo no tempo e no espao em que est envolvido. A contextualizao um aspectoimportante no estudo e pesquisa que o iniciado realiza quando estuda aspectos histricos, lendrios (...) e deles pretende obter ensinamentos, aproveitar ou seguir exemplos. importante, para se ter tais ensinamentos,desenvolver as possibilidades de associao de contedos em contextos locais, regionais (...) especficos e ter umsignificado imediato e atualizado. A contextualizao se relaciona com a motivao do estudioso para que ele possadar sentido quilo que aprende, descobre, atualiza, adapta (...), constituindo-se, por vezes, uma ponte entre a teoria, ahistria, as tradies (...) e a prtica, a realidade e os costumes atuais; esse estudioso de maneira criteriosa no umexpectador ou um acervo de informao, mas um agente transformador de si mesmo e do mundo: o que espera aOrdem de seu iniciado. As possibilidades de associao destacam aspectos da metodologia (considerados no texto) depesquisa ao interpretar, analisar e projetar acontecimentos tendo em conta o contexto em que est inserido ouintegrado o fato que se estuda ou pesquisam. nesse contexto multidimensional (social, econmico, cultural, poltico-institucional, histrico, geogrfico etc.) que se explica um acontecimento e dessa explicao e desdobramentos(efeitos), com as devidas atualizaes ou ajustes em diversas dimenses, aprende-se para transformar ao fazerconexes (pensamento sistmico) e no repetir a histria.

    iv Por que uma Introduo e s p e c i a l ? No apenas pela extenso e o desdobramento de algumas partes supostasem contextualizaes de estudos e pesquisas (exemplos) e julgadas como convenientes apresent-las na Introduo,mas, principalmente, pelo interesse de auxiliar o cliente - alvo a que se destina este documento, - o iniciado, aofornece-lhe dados de possveis introdues de um texto com breves contextualizaes e razes de elaboraes deestudos ou pesquisas. Este interesse, aliado ao propsito da introduo de nivelar conceitos e mostrar o simbolismomanico que carrega o texto e esse iniciado pode ler, entender e vivenciar ( o sentido da introduo sintetizarconceitos) e pela tendenciosidade propositada, com ilustraes e exemplificaes nesta parte inicial do documento (aintroduo sintetiza aspectos diferenciais, salientes ou notveis do tema) determinam a extenso e detalhes desta

    Introduo. As introdues, nos exemplos apresentados no texto, segue a recomendao da ABNT.v Ao longo do texto so utilizados diversos recursos, tais como: entre aspas "..." para: a) comunicar o incio e o fimde uma citao ou transcrio, conforme prescrio da ABNT (2002: NBR 10520); nessa norma especificam-se ascaractersticas exigveis para a apresentao de citaes em documentos; b) apresentar uma definio resumida oudiferenciada como, por exemplo, o sentido simblico de viagens, entendidas, nos casos citadas no texto, como:expresses ou manifestaes peculiares em diversas formas, entre outras, as de circunvolues ritualsticas em Loja;uma excurso para o interior do iniciado a fim de recordar antigos mistrios e se reencontrar; c) destacar osignificado no comum ou realar a acepo no usual de uma palavra ou de uma expresso, como, por exemplo,sistema e pensamento sistmico; d) sobressair o ttulo de uma obra, como, por exemplo, Morals and dogma of

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    the Ancientand Accepted Scottish Rite of Freemasonry, de Alber Pike. Outros recursos utilizados no texto so:parntesis e reticncias para indica e comunicar, no primeiro caso: a) expresses interpostas no texto que agregaminformaes explicativas e/ou complementares; b) apresentar breves reflexes e comentrios; c) isolar aesintercaladas. No segundo, com os trs pontos, para expressar: a) um pensamento que transmite reticncia de algo porterminar ou que podia ser escrito; dessa forma, convida-se o leitor para completar a frase (pode ser criticar, sugerir,avaliar etc.) e participar da linha de raciocnios; b) marcar a suspenso da melodia na frase.

    aspas No use aspas para sublinhar ou para dar sentido irnico a uma expresso, nem para destacar ttulos de obrasde arte. Use-as nos seguintes casos:

    1) Assinalar uma citao textual de personagem ou obra: Penso, logo existo, disse Descartes; O mais clebre textode Karl Marx afirma que Um espectro ronda a Europa; Em economia no existe mgica, insistiu o presidenteLula; Abaixo o imperialismo, gritavam os manifestantes. Nestes casos, o Vermelho usa sempre aspas, e notravesso. Use aspas simples (aspetas) quando for necessrio incluir aspas dentro de aspas; exemplo: Calhorda ame!, bradou o governador.

    2) Citar suplementos jornalsticos e quadros em programas na TV: O Caderno 2, de O Estado de S. Paulo.

    3) Indicar palavra ou expresso estrangeira recurso que s deve ser usado excepcionalmente, pois seu abuso indicapedantismo e dificulta a leitura. Neste caso, grafar o trecho aspeado em itlico, seguido de sua traduo, ouexplicao, entre parnteses; exemplo: Alea jacta est (A sorte est lanada, em latim).

    4) Indicar palavra ou expresso empregada em sentido distinto do literal, ou que no deve ser levada ao p da letra.Exemplos: O Ir um dos paises listados no Eixo do Mal; ou Formou-se uma santa aliana contra Hugo Chvez.Tambm aqui, o uso deve ser moderado, pois com freqncia dispensvel e redundante.

    vi O conceito de Escada, no sentido simblico manico (apresentada no Painel da Loja de Aprendiz Maom: onefito coloca o p no primeiro degraus da escada ... e s chegar morada de Deus se galgar degraus por degrau.Trata-se, portanto, de um smbolo do caminho da perfeio) que se relaciona com antigas tradies e simboliza aligao entre a Terra (sentido de plano material) e os Cus (sentido de um plano superior almejado). A referncia :Gen. 28-10. Bblia (E Jac seguiu o caminho desde Bersba e dirigiu-se a Har. Com o tempo atingiu certo lugar ese preparou para ali pernoitar, visto que o Sol j se tinha posto. Tomou, pois, uma das pedras do lugar e a ps como

    apoio para a sua cabea e deitou-se naquele lugar.E comeou a sonhar, e eis que havia uma escada posta da terra eseu topo tocava nos cus; e eis que anjos de Deus subiam e desciam por ela . Jac acordou do sono e disse:Verdadeiramente, Jeov est neste lugar e eu mesmo no o sabia. E ficou temeroso e acrescentou. Quo

    aterrorizante este lugar. No seno a casa de Deus e este seu porto de entrada") . Essa importante alegoria deantigas tradies , sintetizada por Camino (2008, p. 139-140).vii Tolerncia, no sentido de respeito de diferenas quando tal acatamento tenha bases no fato de as pessoas seremdiferentes e agirem, sentirem e pensarem diferentes, sendo racional compreend-las para, pela tolerncia, efetivar aconvivncia fraterna.

    viii A palavra filosofia (do grego , com o sentido literal de amor sabedoria; ou formada por duas razes:philo, amor, tendncia esopha, saber). o estudo de problemas fundamentais relacionados existncia e essncia doser, - a ontologia; ao conhecimento, - teoria do conhecimento ou epistemologia; verdade; aos valores morais ticos(fim ltimo de toda filosofia, segundo Plato) e estticos (valor do belo); mente; e linguagem. No contextomanico to amplo quanto profundo, seja ele na forma simples ou associado como, por exemplo, Filosfico (4.

    Grau da 1. Ordem da Sociedade Rosacruz, praticada na Europa e Norte Amrica); Graus Filosficos (Sublimes eHermticos); Graus Filosficos do REAA ; Filosofia de Hermes; Sublime Filsofo (4. Graus do Rito deMizrain); Pedra Filosofal; e Rito Escocs Filosfico, entre outros. A prtica da filosofia no um pensar simples nemse limitar s discusses que possam advir em momentos de estudo; ela tem um carter profundo que requer oaperfeioamento do prprio Eu para permitir o relacionamento com o outro na busca da verdade (Maonaria comoverdade em ao). Neste documento, ainda que restrito ao campo do EPCpode estender-se como, a filosofia alm doamor pela sabedoria que algum experimenta quando consciente de sua prpria ignorncia ou do sentido de umareflexo crtica para se orientar como um conceito mais profundo e didaticamente relacionado. Encontram-se, emdefinies da filosofia, diversos elementos, destacando-se trs fundamentais que a situam tanto no campo da cinciacomo da Maonaria. Esses elementos so: a universalidade ou viso do todo, real ou da razo; causas fundamentais

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    das coisas, dos entes; e razo humana como instrumento para buscar e entender a causa pela da razo no todo. Oprimeiro elemento como objeto material, o quod, as coisas ou entes dos quais cada cincia se ocupa paraespecificaro qu; o segundo, o objeto formal, o quo, pelo qual; o aspecto que cada cincia considera; o terceiroelemento, o objeto formal, o sub quo, sob o qual; o meio que a cincia utiliza para atingir os objetivos anteriores.Dessa forma, uma definio de filosofia na maonaria, com a incorporao desses elementos, poderia ser filosofia estscientis rerumomnium [o quod], per causas ultimas [o quo], natural irations lumine comparata [o sub quo](URRBURU, 1844-19040, citado por LOBO, 1989; p. 43; adequado ao texto). Para fins ilustrativos e ao margem do

    texto (em nota, por tanto), consideram-se alguns aspectos filosficos da maonaria simblica. A doutrina educativa daOrdem com fundamentos filosficos transmitida apenas aos aceitos (homens livres e de bons costumes) para que sedesenvolvam em bases virtuosas e morais. Para tal, devem se preparar conforme princpios manicos e fortalecerdiante desafios como os impostos pela globalizao; pela revoluo tecnolgica; e por mudanas ambientais aoingressar nessa pretensa integrao econmica, social, cultural, poltica etc. da aldeia global; ao utilizar os recursosdessa revoluo sem externalidades negativas nem excluso social; e ao proteger fontes, ciclos etc. para, com base noconhecimentos e valorao dessas fontes, fazer a utilizao racional e sustentvel dessas fontes para as presentes efuturas geraes. Os iniciados comprometidos com a filosofia manica, desde a origem (controvertida) da Ordem ecom a constncia da liberdade de pensamento e do racionalismo, orientam-se com viso prospectiva e buscamharmonizar tradies com modernizaes, avanos cientficos (...). No uma religio, mas o iniciado tem queacreditar em um Ente Superior e Princpio Divino Inteligentes; acreditar na supremacia do esprito sobre a matriapara dar sentido filosfico ao coletivo formado por diversos (raas, nacionalidades, cores, crenas etc.) congregadosem pequenas assembleias, as Lojas, coligadas em Potencias Manicas, para, com base em mtodos racionais eauxiliados por smbolos e alegorias, desenvolverEPCpara a construo da sociedades fundada no amor fraternal, emlemas e princpios relacionados no texto. Os trs graus do simbolismo manico, com as caractersticas que osidentificam (a intuio, no Aprendiz; a anlise, no Companheiro; e a sntese, no Mestre), tm seus fundamentosfilosficos na verdade, na moral e inteireza, no conhecimento e reflexo, na sabedoria e sentido da vida, em princpioscomo os de liberdade, igualdade e fraternidade (...). So fundamentos das mais diversas escolas do pensamento que seintegraram para definir a filosofia manica, com elementos como os dos filsofos gregos, medievais e modernos dorenascimento, do racionalismo e do iluminismo para irradiar luz dos princpios da Ordem. No texto so apresentadosfundamentos filosficos, com vis para o estudo, a pesquisa e as cincias, que evidenciam a importncia do filosofarpara, em seguida, definir a filosofia. Por extenso, no se pode falar de amar sem antes ter amado; conservar, semantes conhecer; proteger, sem antes valorar; objetivar, sem antes problematizar; problematizar, sem antes ter coragem,deciso e disposio para buscar uma soluo fechando-se um crculo.ix Liberdade, conceito fundamental, destacado pela direta e estreita relao com valores, - os do livre arbtrio; comescolhas, - as de bases ticas e morais; e com o comprometimento, - com os ideais manicos (...). O fato de existir eser exaltada pela Ordem supe o cumprimento e fidelidade de cada um com a sua conscincia: o livre arbtrio. Este,por sua vez, pressupe critrios (e no padres comunicveis) que determinam as referncias do que certo ou no, oque deve ser feito ou no (...): so os valores individuais de alicerce liberdade; so os modos de concretizar averdade e o bem objeto em concreto, porque valem