Fisiologia digestiva de cães e gatos - Unesp · insetos (grilos) = presas pequenas “caçam”...

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Aulus Carciofi Fisiologia digestiva de cães e gatos - introdução

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Fisiologia digestiva

de cães e gatos -

introdução

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Trato digestório

Cão (75cm) Gato (50cm)

intestino delgado 3,9m 2,1m

intestino grosso 0,6m 0,4m

total 4,5m 2,5m

Transito rápido, pequeno tempo

de permanência do alimento

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Trato digestório

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Digestão

Combinação de eventos químicos, mecânicos e

microbiológicos.

Degradação de compostos alimentares

Mecânicos

mastigação

peristaltismo

(involuntário)

redução do tamanho

de partículas

Fluídos ricos em

enzimas (nervos e hormônios)

estômago

pâncreas

intest. delgado

degradação química

Microorganismos

intest. grosso

Enzimas + digestão

química

1 2 3

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Boca

Mastigação = não muito importante

(molares pontiagudos, sem mesa dentária)

Salivação (sublinguais, parótidas, zigomáticas e mandibulares)

variação secreçao de acordo com tipo de alimento

taxa de secreção

conteúdo água

temperatura corporal

sem a-amilase (não inicia digestão)

pH = 7,34 e 7,8

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Esôfago

Curto e tubular

Células musculare estriadas

+ mucosa

+ células esofagiais (muco)

Transporta alimentos para o estômago em poucos

segundos

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Estômago

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Estômago

Seção proximal

distende durante a refeição armazenando o alimento

produz muco

musculatura circular => mistura e maceração do alimento

Seção distal

função enzimática + produção ácido clorídrico

regula a saída de alimento p/ intestino delgado

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Estômago

Pepsina

mais ativa em pH 2

inativada no duodeno

proteína animal (colágeno) importante p/ secreção

(> secreção proteína animal que vegetal)

Lipase

mais ativa em ácidos graxos de cadeia longa

baixa eficiência na digestão de lipides

Enzimas

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Estômago

Secreção gástrica é influenciada pela:

ingestão protéica

quantidade ingerida de alimento

hormônios (acidez)

Gatos tem pH mais ácido (pH 2,5) que cães.

pH estomacal varia de acordo com a dieta(composição e capacidade tamponante do alimento)

População bacteriana aeróbica gram+(comunidade transiente)

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Esvaziamento gástrico

Cão – 72 a 240 min

Gato – 25 a 449 min

(liberação do quimo para o intestino delgado)

volume estomacal, conteúdo energético da dieta

viscolidade do alimento, temperatura

densidade (conteúdo duodenal de ac. graxos monossacárides)

tamanho das partículas, peso corporal

conteúdo ácido do duodeno, ingestão de água

tamanho da refeição e tipo de dieta

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Intestino delgado

Ditestão enzimática => resulta em monômeros que

são absorvidos + água, vitaminas

e minerais liberados dos alimentos

Cão de 20kg => absorve 3L fluído/dia

50% jejuno

40% íleo

10% intest grosso

pH entre 5,7 e 6,4

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Duodeno

Mistura do quimo com enzimas e bicarbonato Na

1. Pancreáticas

2. mucosa duodenal

digestão final (a monômeros)

enzimas borda em escova

tampão

Secreção pancreática

lipases, proteases, amilases

liberação: secretina => suco rico em bicarbonato

colecistoquinina => rico em enzimas

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Duodeno

Suco pancreático tem atividade antimicrobiana

proteína bactericida (E. Coli, Shiguela, Salmonela,

klebsiela)

bacteriostática (Stafilococos)

inibe crescimento de Candida albicans

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Bile

Toma parte na emulsificação e digestão de lípides

Armazenada e concentrada na vesícula biliar

Pico liberação 30 min após refeição, em resposta à

preseça de lípides e seus produtos de digestão

no duodeno

Cães e gatos – 99% ácidos biliares conjugados com

taurina (taurocólico, taurodesoxicólico

taurochenodesoxicólico)

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Microbiologia do I.D. - cães

População microbiana simples (< 104/mL)

Duodeno e jejuno => streptococcus e lactobacillus

Íleo => E. coli + anaeróbicas (< 106/mL)

Mecanismos de controle microbiano

secreção gástrica ácida

bile

motilidade intestinal

imunidade local

Eubiota => utiliza resíduos alimentares

controla a concentração de O2

produz fatores antimicrobianos

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Microbiologia do I.D. - gatos

População microbiana maior – 2,2 x 105 a 1,6 x 108/mL)

7,5 x 104 a 1,1 x 108/mL de anaeróbias

(Bacteróides, Eubactéria, Fusobacteria e Pasteurela)

Pequena produção de ácidos graxos de cadeia curta

Influenciada pela dieta

Relaciona-se com as necessidades nutricionais do animal

ex: Taurina em alimento úmido (120C, 80 min)

superaquecimento => menor digestibilidade da dieta

=> supercrescimento microbiano em I.D. (+ substrato)

=> consumo de taurina que é eliminada para I.G.

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Intestino Grosso

Absorção de eletrólitos e água

Ambiente de suporte para fermentação de compostos

que escapam à digestão enzimática

Órgão curto => cão – 0,6m

=> gato – 0,4m

Ceco + cólon + reto

(ascendente, transverso, descendente)

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Intestino Grosso

Tempo residência médio de 12h

8% da digestão

1-4% dietas alta digestibilidade

12-24% dietas de baixa digestibilidade

Superfície lisa, sem viloscriptas de lieberkulin (lubrificação, muco alcalino

proteção mucosa e inativar

ácidos da fermentaçao)

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Microbiologiado I.G.

População microbiana complexa

“Afetada pela dieta”

Streptococcus, lactobacillus, bacteroides

e clostridium

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Fermentação no I.G.

Bactérias fermentam restos alimentares e secreções

endógenas que escapam do I.D.

Amido

Polissacárides não amilaceos

Açúcares e oligossacárides

Proteína

Enzimas endógenas

Muco

Colon proximal

Colon distal

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Fermentação no I.G.

Produtos da fermentação

Acetato

Propionato

Butirato

Lactato

CO2

H2

Sulfito hidrogênio

Metano

Amônia

Acidos graxos de cadeia ramificada

Aminas

Fenoles

Indoles

Ácidos grados

de cadeia curtaProdução determina

o pH (5,5 a 7,5)

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Fermentação no I.G.

Proporção relativa dos produtos da fermentação

gerados depende:

Composição da microbiota

Interações metabólicas entre bactérias

Nutrientes disponíveis

Tempo de trânsito intestinal

Hospedeiro idade

status imune

genética

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Fermentação no I.G.

Ácidos graxos de cadeia curta (butirato):

enregia para colonócitos (4,5 x mais que glicose)

absorção de Na e H2O pela mucosa (ATP)

estimula desenvolvimento da mucosa

Bacterias residentes influenciam a estrutura e

função da mucosa intestinal

Butirato > acetato > propionato(efeito da dieta depende do tipo de AGCC e [ ] produzida)

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Bactérias aderentes ao I.G.

Bactérias aderentes à mucosa influenciam a

capacidade endocítica e hidrolítica intracelular,

melhorando a degradação de antígenos presentes

no lúmen intestinal:

regulação do sistema imune (> IgA)

melhor funcionamento da mucosa

potencial antiinflamatório

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Ingestão de alimentos

Com a domesticação não se sabe mais com certeza

a dieta e hábitos alimentares de cães e gatos

Dependente do homem para

seu suprimento de alimentos

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Comportamento alimentar natural do cão

Descendem de lobos

caçam em grupos - prezas grandes

competição na alimentação - facilitação social ?

alimentação intermitente

dominância

enterram sobras

ingestão rápida do alimento

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Comportamento alimentar natural do gato

Descendem de um gato pequeno do

norte da África (Felis lybica)

solitários (exceção dos leões)

ingestão lenta do alimento

não possui facilitação social

alimentação à livre escolha 13 a 16 refeições

de 23 kcal

camundongo silvestre 30 kcal

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Dieta natural

Cães => generalista e omnívoro

principalmente proteína e lipídeos

frutos, bagas, tecidos vegetais, digesta

Gatos => carnívoros estritos (todos os felidae)

ratos, camundongos, lagartos e

insetos (grilos) = presas pequenas

“caçam” mais quando suas dietas têm

menos carnes

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Biorítimo e padrão de ingestão e bebida

Cães => poucas grandes refeições, de tamanho

variável. Ingestão diurna do alimento (com

exceção de algumas raças)

Gatos => 10 a 20 refeições/dia, com conteúdo

energético próximo (15 a 30 kcal/refeição).

Ingestão diurna e noturna.

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Água

Cães => ingerem espontaneamente mais água (por

kg de PC) que gatos. Em 1 hora repõem 6%

peso corporal quando desidratados.

Gatos => bebem menos água. Têm menos

sensibilidade à sede, demoram 24h para

repor desidratação de 6%. Elevada

capacidade para concentrar urina

(predispõem à urolitíase)

Podem fazer balanço

hídrico em dieta com 67-73%

água sem beber nada

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Ingestão total de água (ITA), ingestão de água via alimento

(IAA), ingestão de água no bebedouro (IAB) e água

metabólica produzida (AM) - em ml por gato/dia

0

20

40

60

80

100

120

140

160

mL

de

ág

ua

po

r d

ia

ITA IAA IAB AM

T 1

T 2

T 3

T 4

RS

RS + HRS SP

Lata

RS – ração seca; RS + H – ração seca mais 50% água; RS SP – ração

seca super premium; Lata – ração em lata

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Excreção total de água (ETA), excreção de água pelas fezes

(EAF), excreção de água pela urina (EU) e perdas insensíveis

de água (PI), em ml por gato dia.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

mL

de

ág

ua

po

r d

ia

ETA EU EAF PI

T 1

T 2

T 3

T 4

RSRS + H

RS SP

Lata

RS – ração seca; RS + H – ração seca mais 50% água; RS SP – ração

seca super premium; Lata – ração em lata

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Efeito do tipo de alimento e conteúdo de

sal na ingestão de água em gatos

Água bebida

Água no alimento

Lata

1,6%

100

200

250

seca

1,3%

seca

3,6%

seca

4,6%

semi-umida

3,7%Sal =

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Efeito do tipo de alimento na ingestão de

água em gatos

Água bebida

Água no alimento

Lata

100

200

250

Seca

mL/g

ato

/dia

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Efeito do tipo de alimento na

ingestão de água em cães

Água bebida

Água no alimento

lata lata+

biscoito

semi-

úmida

seca

1L

2 L

2,5 L

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Água

Gatos => bebem durante o dia e a noite.

Consomem 2 gramas de água para cada

1g de alimento (ingere pouca água).

lata tem 4g água para cada 1g MS

promove diurese no animal

Cães => bebem durante o dia. Sem correlação entre

o comportamento de ingestão alimentar e a

ingestão de água.

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Seletividade dos alimentos

Palatabilidade

Novidade

Fome

Stress

Fatores

de

influência

Primeiras experiências alimentares são importantes

Neofilia x neofobia

dietas variadas

dietas monótonas

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Seletividade dos alimentos

Seleção de macronutrientes em cães

30% de PB, 63% gordura e 7% CHO

Papillon (PAP),

Schnauzer (MS),

Cocker spaniel (COS),

Labrador retriever (LR),

São Bernardo (SB)

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Seletividade dos alimentos

Seleção de macronutrientes em gatos

52% PB, 36% gordura, 12% CHO

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Palatabilidade

Cães => selecionam dietas com mais proteína (25-

30% das calorias). Evitam dietas sem

arginina. Sem estudos quanto à vitaminas e

minerais.

omnívoros

Gatos => respondem mais à palatabilizantes

(aminoácidos e peptídeos) e a textura do

alimento. Não respondem à composição

nutricional da dieta.

Filhotes de gatos não regulam ingestão proteíca

carnívoros

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Palatabilidade

ratos escolhem alimentos nutricionalmente

equilibrados em detrimento de dietas deficiêntes.

Parecem aprender o que não comer, ao invés do

que comer (aversão alimentar)

Reconhecem dietas deficiêntes em:

proteína

aminoácidos essenciais

vitaminas do complexo B

macroelementos

zinco

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Palatabilidade

As diferenças entre ratos e gatos parecem resultar

da ausência de pressão metabólica de seleção

(gatos só comem tecidos animais)

Cães parecem ser intermediários entre gatos e

ratos na detecção de desbalanços nutricionais do

alimento via palatabilidade.

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Palatabilidade

Gatos tornam-se “fixados” em um alimento quando

o recebem por muito tempo desde jovens

Gatos normalmente são neofilicos (desde que

recebam dieta variada)

Textura e umidade são importantes para cães e

gatos.

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Palatabilidade

Principais palatabilizantes para cães e gatos

Gordura animal

Peptídeos

Aminoácidos (alanina, prolina, lisina, histidina e leucina)

Açúcares para cães, não para gatos

Gatos = rejeitam fortemente o amargo e

ácidos graxos de cadeia média

Cães = receptores para umami (glutamato monossódico)

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Controle da ingestão alimentar

Cães e gatos ajustam sua ingestão alimentar em

função da densidade energética da dieta.

Dietas com muita fibra (>10%) podem limitar a

ingestão energética? (Controvérsias)

Supressão da atividade física (lugares pequenos)

associado à dietas palatáveis e energeticamente

densas levam à obesidade (não ajuste para baixo da

ingestão de alimentos).