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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO. DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL RITA OHANA SOARES BARBALHO LEVANTAMENTO DAS PRINCIPAIS PATOLOGIAS HABITACIONAIS DA CIDADE DE MOSSORÓ-RN MOSSORÓ 2013

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-RIDO.

    DEPARTAMENTO DE CINCIAS AMBIENTAIS E TECNOLGICAS

    CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

    RITA OHANA SOARES BARBALHO

    LEVANTAMENTO DAS PRINCIPAIS PATOLOGIAS HABITACIONAIS DA CIDADE DE MOSSOR-RN

    MOSSOR

    2013

  • RITA OHANA SOARES BARBALHO

    LEVANTAMENTO DAS PRINCIPAIS PATOLOGIAS HABITACIONAIS DA

    CIDADE DE MOSSOR-RN

    Monografia apresentada Universidade Federal

    Rural do Semi-rido (UFERSA), como exigncia

    final para obteno do ttulo de especializao no

    curso de Engenharia Civil.

    Orientadora: Profa. D. Sc. Marlia Pereira de

    Oliveira - UFERSA.

    MOSSOR

    2013

  • Ficha catalogrfica preparada pelo setor de classificao e

    catalogao da Biblioteca Orlando Teixeira da UFERSA.

    B238l Barbalho, Rita Ohana Soares.

    Levantamento das principais patologias habitacionais

    da cidade de Mossor-RN / Rita Ohana Soares Barbalho. Mossor, RN : 2013.

    69f. : il.

    Orientador: Prof. D. Sc.Marlia Pereira de Oliveira.

    Monografia (Graduao) Universidade Federal Rural do Semi-rido, Graduao em Engenharia Civil,

    2013.

    1. Construo civil. 2. Patologias em revestimentos.

    3. Impermeabilizao. I. Ttulo.

    CDD: 620 Bibliotecria: Marilene Santos de Arajo

    CRB-5/1033

  • DEDICATRIA

    Aos meus avs, que sempre ficavam

    felizes com minhas conquistas e sempre

    oravam pela minha felicidade. Com este

    trabalho final, tenho certeza, que seria

    mais uma das grandes alegrias que daria a

    eles.

    In memorian

    Ao meu noivo Daniel Ahid, pelo amor,

    pacincia, fora e ajuda que est me

    oferecendo nesse momento presente.

  • AGRADECIMENTOS

    Primeiramente a Deus, o responsvel por todas as minhas conquistas, pelo dom da vida, pela

    ajuda e proteo, pela Sua fora e presena constante e por me guiar concluso de mais uma

    preciosa etapa de minha vida;

    A minha irm, Patrcia Mnia, aos meus pais Evaldo Bezerra Barbalho e Alzenira Soares

    Barbalho que me deram a vida e me ensinaram a viver, confiando sempre na minha

    capacidade e estando presente em todos os momentos da minha vida, me proporcionaram a

    realizao deste sonho; A todos os meus tios, primos e avs. A todos os parentes na qual

    posso contar sempre.

    todos os meus docentes do curso de Engenharia Civil. Um agradecimento em especial

    docente Marlia Pereira, pela grande determinao ao trabalho, e pelos dias de professora,

    orientadora e me em diversos momentos dedicados a mim.

    Aos moradores das residncias pesquisadas, cuja participao e receptividade foram

    fundamentais para a realizao desse trabalho.

    Aos meus amigos que fiz durante esse curso de Engenharia Civil UFERSA, pela fora, pacincia, dias de estudos noite, enfim, que participaram comigo momentos de risadas, de

    tristeza e aperreios, demonstrando sempre carinho e dedicao.

    Enfim, a todas as pessoas que contriburam direto ou indiretamente e me incentivaram nessa

    jornada profissional.

  • RESUMO

    Este trabalho discorre sobre o desempenho e a avaliao das construes habitacionais da

    cidade de Mossor-RN em que a partir de estudos de caso mostra quais as patologias mais

    frequentemente encontradas no revestimento das residncias. Foram investigadas 11 (onze)

    residncias em bairros distintos, escolhidas de forma distribuda, aleatria e sistemtica,

    visando-se abranger uma amostra de casas geograficamente representativa e encontrar

    problemas diversos para uma anlise com carter de pr-diagnstico patolgico. O estudo faz

    uma descrio em forma de grficos das patologias que mais predominam na cidade e

    tambm uma relao de alguns dos principais fatores que influenciam no aparecimento das

    mesmas, como o tempo de construo da obra e/ou da ltima reforma, o uso de materiais

    preventivos, bem como sua forma de aplicao; alm disso, listam-se as principais

    consequncias com o surgimento das patologias. As informaes foram obtidas a partir de um

    questionamento aos moradores das residncias e atravs de registro fotogrfico. O principal

    intuito dessa pesquisa oferecer subsdio para a produo cientfica, para novas pesquisas em

    relao a esse tema e contribuir de forma efetiva na indicao dos produtos necessrios para a

    proteo e qualidade do revestimento em uma construo. Pode-se dizer que mesmo em

    situaes ditas extremas, existem mtodos que podem evitar ou at mesmo retardar o

    surgimento de tais transtornos.

    Palavras-chave: Construo civil. Patologias em revestimentos. Impermeabilizao.

  • ABSTRACT

    This work discusses the performance and evaluation of buildings housing in the town of

    Mossor-RN from the case study which shows the pathologies most frequently found in the

    coating of the residences. Were investigated eleven (11) homes in distinctive neighborhoods

    selected in a distributed, random and systematic way, aiming to cover a geographically

    representative sample of homes and find many problems for an analysis with character of pre-

    pathological diagnosis. The study makes a description in the form of graphs of the most

    prevalent pathologies in the city and also makes a list of some of the main factors which

    influence the appearance of them, such as the time of construction of the work and / or the last

    reform, the use of materials preventive as well as their application form, also list the major

    consequences with the emergence of pathologies. The information was obtained from a

    question to the residents of the homes and through photographic register. The main of this

    research is to provide grant for scientific production, for further research regarding this topic

    and contribute effectively in the indication of products necessary to protect and coat quality in

    a building. It can be said that even in extreme situations said methods are available which can

    even prevent or delay the onset of such problems.

    Key words: Civil Construction. Pathologies in house coating. Impermeabilization.

  • LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 - Alvenaria de tijolo. ................................................................................................................18

    Figura 2 - Chapisco em alvenaria. ..........................................................................................................19

    Figura 3 - Emboo externo. ....................................................................................................................20

    Figura 4 - Aplicao do reboco ..............................................................................................................21

    Figura 5 - Ilustrao do reboco ..............................................................................................................21

    Figura 6 Fissura. ..................................................................................................................................23

    Figura 7 - Trinca .....................................................................................................................................24

    Figura 8 - Rachadura. .............................................................................................................................24

    Figura 9 - Eflorescncia de rejuntamento...............................................................................................25

    Figura 10 Descolamento da cermica da fachada. ..............................................................................26

    Figura 11 - Ao da umidade sobre edificaes. ....................................................................................28

    Figura 12 - Seleo dos bairros no mapa da cidade de Mossor. ...........................................................32

    Figura 13 - Trincas e manchas nas paredes externa e a correspondente mancha amarelada na parte

    interna. ....................................................................................................................................................34

    Figura 14 Mesma trinca visualizada na: (A) parede interna e (B) Parede externa na residncia. .......35

    Figura 15 Manchas escuras e descolamento da argamassa na parte inferior da escada. .....................35

    Figura 16 - Trincas e manchas. ..............................................................................................................37

    Figura 17 - Trinca no teto do quarto. .....................................................................................................37

    Figura 18 Salitre na residncia do bairro Abolio II. ........................................................................38

    Figura 19 - Manchas amareladas. ...........................................................................................................39

    Figura 20 - Desagregao do revestimento. ...........................................................................................39

    Figura 21 - Desagregao do revestimento e manchas escuras (bolor). .................................................40

    Figura 22 - Trincas e fissuras. ................................................................................................................40

    Figura 23 Trinca, salitre e eflorescncia. ............................................................................................41

    Figura 24 Manchas e destacamentos de pintura perto da caixa dgua. ..............................................42

    Figura 25 - Salitre na parede do corredor. ..............................................................................................43

    Figura 26 Manchas na pintura, perto da cumeeira. .............................................................................44

  • Figura 27 Trinca horizontal. ................................................................................................................44

    Figura 28 Salitre na sala. .....................................................................................................................45

    Figura 29 Manchas escuras e desregularizao da camada do reboco. ...............................................45

    Figura 30 Rachaduras na parede Externa. ...........................................................................................46

    Figura 31 manchas devido a vazamento no cano. ...............................................................................47

    Figura 32 Destacamento da pintura. ....................................................................................................47

    Figura 33 Parte inferior da escada. ......................................................................................................48

    Figura 34 - Trinca horizontal entre o andar superior e inferior. .............................................................49

    Figura 35 Manchas no teto do andar superior. ....................................................................................49

    Figura 36 trinca entre paredes. ............................................................................................................50

    Figura 37 Destacamento da pintura na parte superior da parede. ........................................................51

    Figura 38 Manchas amareladas. ..........................................................................................................51

    Figura 39 Manchas na pintura. ............................................................................................................52

    Figura 40 Tonalidades de pinturas diferentes. .....................................................................................53

    Figura 41 (A) parte externa inferior da faixada; (B) parte externa superior da faixada. .....................54

    Figura 42 - Destacamento da pintura. ....................................................................................................54

    Figura 43 - Manchas escuras, mofo (bolor), manchas esverdeadas. ......................................................55

    Figura 44 - Destacamento da pintura e manchas escuras (bolor). ..........................................................55

    Figura 45 - Manchas de infiltrao e destacamento da pintura. .............................................................56

    Figura 46 - Destacamento de pinturas e manchas devido a umidade. ....................................................57

    Figura 47 (A) Infiltrao por capilaridade. (B) Destacamento da pintura...........................................57

    Figura 48 - Manchas de infiltrao e mofo. ...........................................................................................58

    Figura 49 Patologias mais frequentemente encontradas nas residncias. ...........................................59

    Figura 50 - % patologias versus perodo da ltima reforma. .................................................................62

    Figura 51 - % Principais Consequncias ................................................................................................64

  • LISTA DE TABELA

    Tabela 1 - Classificao quanto abertura, segundo ABNT NBR 9575:2010. .....................................22

    Tabela 2 Resumo geral dos dados .......................................................................................................60

    Tabela 3 Registro das patologias enconhadas. ....................................................................................61

  • LISTA DE SIGLAS

    ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas

    CIB Conseil International du Bliment

    CUB Custo Unitrio Bsico

    IBGE Instituto Brasileiro de Geografia Estatstica

    IPI Imposto sobre Produto Industrializado

    NBR Norma Brasileira Regulamentadora

    PAC Programa de Acelerao do Crescimento

    PVA Poliacetato de Vinila

    UFERSA Universidade Federal Rural do Semi-rido

  • SUMRIO

    1 INTRODUO ............................................................................................................... 12

    2 OBJETIVOS .................................................................................................................... 13

    2.1 OBJETIVO GERAL .......................................................................................................... 13

    2.2 OBJETIVOS ESPECFICOS ............................................................................................ 13

    3 REVISO DE LITERATURA ...................................................................................... 14

    3.1 PATOLOGIAS NA CONSTRUO CIVIL ................................................................... 14

    3.2 PRINCIPAIS CAUSAS DAS FALHAS COMUMENTES ENCONTRADAS ............... 15

    3.3 MTODOS PARA DIAGNOSTICAR AS MANIFESTAES PATOLGICAS ........ 16

    3.4 REVESTIMENTO DE PAREDES ................................................................................... 17

    3.3.1 Substrato ................................................................................................................. 17

    3.3.2 Chapisco .................................................................................................................. 18

    3.3.3 Emboo .................................................................................................................... 19

    3.3.4 Reboco ..................................................................................................................... 20

    3.4 FALHAS EM REVESTIMENTOS ................................................................................... 21

    3.4.1 Fissuras, trincas e Rachaduras. ............................................................................. 22

    3.4.2 Eflorescncia ........................................................................................................... 25

    3.4.3 Descolamento de revestimento cermico .............................................................. 26

    3.4.4 Vesculas .................................................................................................................. 27

    3.4.5 Manchas ................................................................................................................... 27

    3.4.6 Falhas relacionadas umidade ............................................................................. 28

    3.5.6.1 Medidas Protetoras da umidade ................................................................................. 29

    4 METODOLOGIA ........................................................................................................... 31

    4.1 PLANEJAMENTO DA PESQUISA ................................................................................. 31

    4.2 PLANO DE COLETA DOS DADOS ............................................................................... 31

    4.3 PLANO DE ANLISE E INTERPRETAO DOS DADOS ........................................ 31

    5 ESTUDO DE CASO ........................................................................................................ 33

    5.1 PRINCIPAIS PATOLOGIAS DIAGNOSTICADAS NOS IMVEIS ............................ 33

    5.1.1 Residncia do bairro Santa Delmira. ................................................................... 33

    5.1.2 Residncia do bairro Abolio 2 ........................................................................... 36

    5.1.3 Residncia do bairro Santo Antnio .................................................................... 38

    5.1.4 Residncia do bairro Nova Betnia. ..................................................................... 41

    5.1.5 Residncia do bairro Paredes.............................................................................. 43

    5.1.6 Residncia do bairro Boa Vista............................................................................. 46

    5.1.7 Residncia do bairro Pinto .................................................................................... 48

    5.1.8 Residncia do bairro Lagoa do Mato ................................................................... 50

    5.1.9 Residncia do bairro Ilha de Santa Luzia ............................................................ 52

    5.1.10 Residncia do bairro Alto de So Manoel ............................................................ 53

    5.1.11 Residncia do bairro Costa e Silva ....................................................................... 56

    6 RESULTADOS E DISCUSSES .................................................................................. 59

    7 CONCLUSES ............................................................................................................... 65

    REFERNCIAS ..................................................................................................................... 67

    ANEXO .................................................................................................................................... 69

  • 12

    1 INTRODUO

    Pesquisas apontam que Mossor, segunda maior cidade do Estado do Rio Grande do

    Norte (RN), est entre as cidades mdias do Brasil que mais crescem no setor econmico

    nacional e tambm na construo civil. Realidade possvel devido participao da

    populao, de parceiros e, de empresas comprometidas com o desenvolvimento. Nesse

    contexto, grande deve ser a preocupao tcnica quanto aplicao correta das normas de

    engenharia no que concerne a projeto, execuo e manuteno das obras civis.

    Como o revestimento uma das etapas finais de uma construo que tem por finalidade

    proteger a alvenaria contra chuva e umidade, alm de apresentar tambm funo esttica em

    fachadas e ambientes que compe uma construo, surge consequentemente o interesse de

    analisar quais as vrias anomalias. Bem como importante o estudo de quais as principais

    causas que provocam os danos apresentadados nos revestimento de algumas, levando assim

    necessidade de um estudo de caso para a cidade.

    A justificativa central desse estudo baseia-se na necessidade de se caracterizar, pelo

    menos preliminarmente, as principais manifestaes patolgicas nas construes habitacionais

    da cidade de Mossor-RN, bem como suas provveis causas e principais consequncias.

    Buscou-se com esse propsito, realizar estudos de caso, investigando os problemas de

    residncias dispersas geograficamente, a fim de coletar problemas diversos, buscando ainda

    atravs de questionrios verificar informaes pertinentes ao histrico da construo e mesmo

    se as mesmas manifestaes so comuns s contrues vizinhas.

    O trabalho se divide ento em duas etapas. A primeira est relacionada visita ao local,

    onde o auxlio da cmera fotogrfica e o questionamento aos moradores para conhecer a obra

    de forma mais minuciosa. A segunda etapa est relacionada no estudo e identificao das

    patologias encontradas e as principais causas, isto , foi utilizado o auxlio do estudo em

    diferentes bibliografias e a necessidade da ajuda de diversos profissionais experientes nesse

    assunto.

    Dessa forma, com o agrupamento dos dados das patologias encontradas, sero

    demonstradas, atravs de grficos, quais as patologias mais frequentes nos revestimentos dos

    moradores de Mossor, levando em considerao a localizao da obra, tempo que foi

    construda, empresas responsveis, material utilizado para edificao, mo-de-obra

    qualificada, causa/consequncia que acarretaram seu surgimento e principalmente, quais as

    principais queixas dos residentes.

  • 13

    2 OBJETIVOS

    2.1 OBJETIVO GERAL

    O objetivo geral deste trabalho est baseado em identificar os principais problemas

    patolgicos encontrados nos revestimentos de uma amostra representativa das residncias na

    cidade de Mossor/RN.

    2.2 OBJETIVOS ESPECFICOS

    Visitar residncias em diferentes bairros da cidade, tentando abranger uma amostra de

    casas que represente a mesma, para uma anlise aprofundada das manifestaes patolgicas

    encontradas.

    Descrever os problemas patolgicos encontrados nas construes da cidade e atravs de

    grficos demonstrarem as patologias mais encontradas frequentemente, tendo referncia

    localizao e tempo de existncia da construo;

    Apresentar a relao entre as aes preventivas na construo civil e a qualidade da

    edificao e qual o papel da impermeabilidade e como pode ser utilizado na construo civil.

    Fornecer subsdios para novas pesquisas na rea de patologia das construes.

  • 14

    3 REVISO DE LITERATURA

    3.1 PATOLOGIAS NA CONSTRUO CIVIL

    Cirne (2006) afirma que, uma estrutura ou parte dela quando apresenta problemas

    patolgicos durante sua utilizao ou at mesmo antes, no apresenta o desempenho

    satisfatrio para o qual o edifcio foi projetado, comprometendo assim sua vida til.

    O conjunto NBR 15575 de Normas de Desempenho da ABNT, cujas ultimas revises

    datam de 2013, aborda conceitos como durabilidade dos sistemas e manutenibilidade das

    edificaes. Esses documentos so a base tcnica que balizam a qualidade de desempenho das

    edificaes, sendo que a vida til e a durabilidade, bem como o desempenho de uma

    construo, so os conceitos correlatos que caracterizam o estado destas, o qual intimamente

    se relaciona com a ocorrncia das manifestaes patolgicas nas mesmas.

    As patologias podem aparecer em dois momentos, uma na fase de projeto onde o

    projetista no escolhe o material adequado para o seu uso e nem a melhor forma de aplicao

    do revestimento e a segunda, na fase de execuo, quando no se utiliza uma mo-de-obra

    qualificada, ou quando os construtores fazem o servio de produo sem o controle adequado.

    Segundo Pedro (2002), a origem das patologias pode ser dividida da seguinte forma:

    Congnitas so aquelas originrias da fase do projeto, em funo da no

    observncia das normas tcnicas, ou de erros e omisses dos profissionais, que

    resultam em falhas no detalhamento e concepo inadequada dos revestimentos.

    Construtivas sua origem est relacionada fase de execuo da obra,

    resultante do emprego de mo-de-obra despreparada, produtos no certificados e

    ausncia de metodologia para assentamento das peas.

    Adquiridas ocorrem durante a vida til dos revestimentos, sendo resultado da

    exposio ao meio em que se inserem, podendo ser naturais, decorrentes da

    agressividade do meio, ou decorrentes da ao humana.

    Acidentais caracterizadas pela ocorrncia de algum fenmeno atpico,

    resultado de uma solicitao incomum.

    Os elementos que facilitam o surgimento desses problemas o aparecimento de

    novos materiais, como aglomerantes, adesivos, aditivos, argamassas, plsticos, painis,

    revestimentos, com eficincia e durabilidade ainda no comprovados pelo uso, pelo tempo e

    pela adequada utilizao.

  • 15

    Como na rea da sade, o processo de diagnstico, tratamento e preveno utilizado

    pela engenharia diante de um problema estrutural, dividido basicamente em trs etapas:

    Patologia (detecta sintomas e analisa as origens do problema); Terapia (elimina a patologia);

    Profilaxia (evita a recorrncia da patologia, por meio de medidas preventivas).

    A terapia destas obras executada, hoje em dia, com o emprego de tcnicas e

    equipamentos especiais, como tambm o indispensvel emprego de tecnologias, altamente

    qualificados, denominados, segundo Bauer (2008) de notria especializao para exames,

    onde eventualmente so feitas exposies de amostras em ambientes fortemente agressivos,

    onde surgiro doenas que comprometero suas estruturas, sendo indispensvel cada vez, a

    melhoria da investigao sobre este material.

    Estas terapias dessas patologias correspondem ao estudo de soluo dos problemas

    encontrados, cujo xito depende de um bom diagnstico (HELENE, 1992 apud MEIRA,

    2010). Os sintomas correspondem como a manifestao patolgica se apresenta, por exemplo:

    fissuras, eflorescncias, deformaes exageradas etc.

    De acordo com Meira (2010), a complexidade das construes faz com que a anlise

    dos problemas patolgicos encontrados deva ser pautada em metodologias eficientes de

    investigao, onde, inevitavelmente, o emprego adequado de terminologias essencial.

    3.2 PRINCIPAIS CAUSAS DAS FALHAS COMUMENTES ENCONTRADAS

    As falhas mais costumeiramente observadas em obras so devido a:

    Impermeabilizao inadequada ou insuficiente, geralmente decorre devido

    falta do conhecimento, por parte da populao, sobre a importncia do uso de

    impermeabilizantes em parte da construo, bem como da sua difcil aplicao.

    Com a mo-de-obra desqualificada, este mtodo poder se tornar inadequado ou

    insuficiente, e consequentemente, ter problemas futuros na construo;

    Falta de controle de qualidade, o controle tecnolgico dos materiais e servios

    o que garante o cumprimento das exigncias estabelecidas em projeto.

    Ausncia ou execuo inadequada de juntas de dilatao, a falta de espaos

    planejados que absorvam a movimentao natural da estrutura um dos

    responsveis pelo surgimento de trincas e fissuras. A sua formao, alivia

    esforos e evita colapso total, mas denuncia insuficincia ou m execuo de

    juntas de dilatao;

  • 16

    Falta de cobrimento mnimo da armadura, a norma ABNT NBR 6118:2007

    "Projeto de Estruturas de Concreto - Procedimento" classifica as estruturas de

    acordo com o nvel de agressividade a que so expostas, definindo novos

    parmetros de resistncia e cobrimento mnimo, visando busca por maior

    durabilidade da estrutura.

    Falhas de concretagem (frma, lanamento, adensamento e cura), a fim de

    evitar recalques, deformaes e falhas devido ao manuseamento do escoramento

    e frmas e at pela falta de estanqueidade da frma, se faz necessrio o

    atendimento a norma ABNT NBR 14931:2004 Execuo de Estruturas de

    Concreto Procedimento, onde contm muitas recomendaes para sistemas

    de escoramento e frmas. Alm de limitar o lanamento em "queda livre" do

    concreto a uma altura mxima de 2 metros em peas esbeltas, d instrues

    sobre o adensamento para evitar a formao de nichos ou segregao do

    material.

    Falta de manuteno preventiva A manuteno preventiva umas das fases

    fundamentais para evitar futuros problemas que venham a ameaar a segurana

    do usurio. E que, os custos que se tm com manuteno preventiva, so bem

    inferiores que as manutenes corretivas. Para uma adequada manuteno, pode-

    se tomar como parmetro o que diz a norma ABNT NBR 5674:2012

    "Manuteno de edificaes Requisitos para o sistema de gesto de

    manuteno", na qual define manuteno como o conjunto de atividades a serem

    realizadas para conserva ou recuperar a capacidade funcional da edificao e de

    suas partes constituintes. A manuteno preventiva ou planejada envolve a

    metodologia, ferramentas e equipamentos necessrios, condies de acesso,

    cronograma de realizao das atividades previstas no projeto.

    3.3 MTODOS PARA DIAGNOSTICAR AS MANIFESTAES PATOLGICAS

    Meira (2010) define o diagnstico da construo em etapas, onde a etapa inicial de

    anlise envolve a identificao de anomalias encontradas atravs de observaes mais

    superficiais, que indicam a presena desta ou daquela anomalia. Nesta etapa, a inspeo

    visual, o registro fotogrfico e a anlise dimensional so ferramentas comuns que auxiliam

  • 17

    nesta fase de diagnstico. uma primeira aproximao em relao ao diagnstico das falhas

    encontradas.

    Nos casos mais complexos, no entanto, quando as causas do problema no so claras,

    necessrio recorrer anlise mais profunda, incluindo coleta de amostras e realizao de

    ensaios no local.

    O pr-diagnstico se caracteriza pelo levantamento de um nmero maior de causas

    possveis para as manifestaes patolgicas encontradas, onde se faz a consulta nas

    referenciais bibliogrficas especficos, o estudo mais aprofundado sobre os materiais

    empregados e o levantamento do histrico construtivo da obra envolvida so ferramentas

    importantes na formulao das hipteses iniciais em relao s causas dos problemas

    encontrados.

    A etapa de diagnstico busca confirmar ou no as hipteses definidas no pr-

    diagnstico. No caso de uma no confirmao, novas hipteses so elaboradas e o processo de

    diagnstico retomado da etapa anterior. Para uma confirmao de um diagnstico definitivo,

    uma investigao acurada necessria. Nesse caso, se utiliza de anlise mais detalhadas de

    campo e de laboratrio.

    Ao fim do diagnstico, a anlise deve envolver alm da identificao das causas

    relacionadas s manifestaes patolgicas encontradas as informaes necessrias, de forma

    clara e didtica, indicando, inclusive, como evitar os problemas encontrados em situaes

    semelhantes.

    3.4 REVESTIMENTO DE PAREDES

    3.3.1 Substrato

    O substrato (figura 1) a superfcie que receber as camadas que constituem o

    revestimento propriamente dito. Segundo YAZIGI (2011), o preparo do substrato (base)

    dever ser iniciado removendo desmoldantes aderidos, leos, eflorescncias e outras sujeiras,

    como tambm outros materiais estranhos como arames, pregos, pedaos de madeira.

  • 18

    Figura 1 - Alvenaria de tijolo.

    Fonte: Acervo da autora.

    No mesmo pensamento da remoo de sujeiras do substrato, a norma ABNT NBR

    7200:1998 Execuo de revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgnicas

    Procedimento tambm recomenda a iseno de partculas soltas, at mesmo de resduos de

    argamassas provenientes de outras atividades, que quando presentes sugere que, podero ser

    removidos, empregando-se lixas ou escovas. Alm disso, a norma recomenda a remoo de

    manchas e leos, graxas e outras substncias gordurosas atravs de lavagens com soluo de

    soda custica de baixa concentrao, sendo que a superfcie dever ser posteriormente, lavada

    com gua limpa. As manchas de bolor podem ser removidas com uma soluo de hipoclorito

    de sdio (gua sanitria ou de lavadeira).

    A superfcie precisa apresentar uma textura spera para a aderncia da argamassa de

    revestimento, assim a mesma deve ser chapiscada com argamassa de cimento e areia, com

    aditivo adesivo. No caso de superfcies lisas, pouco absorventes ou com absoro heterognea

    de gua, o chapisco aplicado uniformemente.

    3.3.2 Chapisco

    YAZIGI (2011) afirma que, o substrato precisa ser abundantemente molhado antes de

    receber o chapisco, para que no ocorra absoro, principalmente pelos blocos, da gua

    necessria cura da argamassa do chapisco. O chapisco tem a capacidade de reduzir ou

    igualar a tendncia do substrato para absorver gua da camada de regularizao, alm da

    funo de melhorar a aderncia da camada de revestimentos e garantir maior ancoragem do

    emboo a base.

  • 19

    Seu uso considerado uma preparao da base. Sua aplicao feita com colher do

    pedreiro, ficando a alvenaria com um aspecto salpicado. A figura 2 mostra o uso do

    chapisco em alvenaria.

    Figura 2 - Chapisco em alvenaria.

    Fonte: Acervo da autora.

    A norma ANBT NBR 13.755:1996b recomenda trao de 1:3 em volume de cimento e

    areia grossa lavada, com consistncia fluida.

    3.3.3 Emboo

    Aps a pega completa do chapisco e depois de embutidas todas as canalizaes, o

    emboo (figura 3), tambm chamado de massa grossa, poder ser aplicado. A norma ABNT

    NBR 13.755:1996b recomenda trao de 1:0,5:5 e 1:2:8 em volumes de cimento, cal hidratada

    e areia mdia mida, respectivamente.

    Ainda segundo YAZIGI (2011),, a areia dever ser de rio, lavada, no se recomenda

    areia de cava e muito menos areia salitrada. A aplicao ter de ser feita superfcie

    previamente umedecida. A espessura no poder exceder a 2 cm dever resultar em superfcie

    spera, a fim de possibilitar e facilitar a aderncia do reboco.

    J para aplicao do revestimento cermico, CARVALHO JR (1999) cita que, o

    emboo deve est concludo h pelo menos 14 dias, sendo que algumas publicaes

    recomendam um tempo de 30 dias, entre o seu trmino e o incio do assentamento do

    revestimento. A figura 3 mostra o emprego de emboo externo na contruo de uma

    habitao.

  • 20

    Figura 3 - Emboo externo.

    Fonte:http://perlbal.hi-pi.com/blog-images/395451/gd/

    1191668809/emboco-externo.jpg

    Este tempo necessrio para diminuir os riscos de descolamentos devido

    movimentao da base do assentamento, em funo da retrao hidrulica. Estas

    movimentaes geram tenses superficiais muitas vezes maiores do que o conjunto de

    cermica/argamassa colante poderia suportar.

    3.3.4 Reboco

    Depois da pega completa do emboo, o reboco poder ser aplicado depois de 24 horas,

    aps a colocao de peitoris, tubulaes eltricas e marcos. Milito (2009), afirma que, com

    ajuda do desempenamento de madeira, o reboco sobre a base dever ter uma espessura de 2

    mm a 5 mm. Em locais externos, exposto a ao intensa do vento e do sol, o reboco dever ser

    protegido de forma que a sua secagem no se processe de forma rpida.

    O reboco dever apresentar aspecto uniforme, superfcie plana e sem empeno algum e

    sua aplicao deve ser efetuada de baixo para cima. A figura 4 mostra a aplicao do reboco.

  • 21

    Figura 4 - Aplicao do reboco

    Fonte: Tcnicas de construo civil e construo de edifcios.

    De forma geral os revestimentos j so empregados na forma de acabamento da parede.

    Para ambientes sem exigncias especficas, podem ser empregados papel de parede, tinta ltex

    PVA ou acrlica (figura 5), cortia, dentre outros.

    Figura 5 - Ilustrao do reboco

    Fonte: Acervo da autora.

    3.4 FALHAS EM REVESTIMENTOS

    Os revestimentos so partes das edificaes bastante suscetveis ao aparecimento de

    manifestaes patolgicas e discorrer sobre as principais, juntamente relatando as causas e a

  • 22

    devida preveno, algo fundamental para o processo de investigao das patologias nos

    revestimentos.

    As falhas que ocorrem nos revestimentos podem ser causadas por deficincia de projeto;

    por desconhecimento das caractersticas dos materiais empregados ou mesmo utilizao de

    materiais inadequados; por erros de execuo, seja por deficincia de mo-de-obra,

    desconhecimento ou no observncia de normas tcnicas e por problemas de manuteno.

    (BAUER, 2008).

    Dentre as principais patologias encontradas em um revestimento podem ser citados o

    aparecimento de fissuras, a formao de eflorescncia, descolamento dos revestimentos,

    vesculas, manchas e contaminao ambiental por substncia agressiva como sendo as mais

    comuns.

    3.4.1 Fissuras, trincas e Rachaduras.

    Em muitos edifcios verticais e horizontais, surgem os problemas como trincas, tambm

    conhecido como fissuras ou rachaduras, como se fossem a mesma coisa. Porm, h autores

    que diferenciam esses termos pelo tamanho da abertura.

    A norma ABNT NBR 9575:2010 Impermeabilizao - Seleo e Projeto classifica as

    trincas, fissuras e microfissuras de acordo com abertura, de acordo com a tabela 1:

    Tabela 1 - Classificao quanto abertura, segundo ABNT NBR 9575:2010.

    Trincas Fissura Microfissura

    Abertura (mm) > 0,5 mm e

    < 1,0 mm 0,5 mm 0,05 mm

    Fonte: ABNT, 2010.

    De acordo com a norma ABNT NBR 15575-2:2013 Edificaes habitacionais

    Desempenho - Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais a fissura de componente

    estrutural o seccionamento na superfcie ou em toda seo transversal de um componente,

    com abertura capilar, provocado por tenses normais ou tangenciais. As fissuras apresentam

    abertura inferior e podem ser classificadas como ativas (variao da abertura em funo de

    movimentaes higrotrmicas) ou passivas (abertura constante). J as trinca so expresso

  • 23

    coloquial qualitativa aplicvel a fissuras com abertura maior ou igual a 0,6 mm e as

    rachaduras apresentam aberturas mais pronunciadas, da ordem de 5 mm.

    A fissura (figura 6) pode ser definida como o estado de um determinado objeto em

    apresentar aberturas finas, superficiais, pelo qual atingem somente a pintura ou azulejo. Por

    afetar apenas a estrutura superficialmente, as fissuras no implicam a diminuio da

    segurana das pessoas. As principais fissuras ocorridas em uma obra so: as fissuras em

    revestimentos de argamassa, as fissuras relacionadas ao cobrimento deficiente do concreto,

    deficincia de encunhamento da alvenaria, deformao lenta do concreto, argamassa de

    assentamento, ausncia de vergas e contravergas, como tambm outras relacionadas a outros

    fatores.

    Figura 6 Fissura.

    Fonte: Acervo da autora.

    Segundo BAUER (2008), os principais fatores que levam a fissurao em revestimento

    de argamassas so o excesso de finos que acarreta maior consumo de gua de amassamento,

    gerando maior retrao por secagem; a falta e/ou deficincia de molhagem da base antes da

    aplicao de cada camada de revestimento; em regio muito quente, com umidade relativa do

    ar baixa ensolarada e com ventos, por fim, a falta de cura de revestimento tambm uma das

    causas geradoras de fissurao.

    A trinca (figura 7) o estado em que um determinado objeto ou parte dele se apresenta

    partido, separado em partes. Em muitas situaes a trinca to fina que necessrio o

    emprego de aparelho ou instrumento para visualiz-la. Pelo fato das trincas poderem gerar a

  • 24

    ruptura dos elementos, podem diminuir a segurana de componentes estruturais de um

    edifcio, assim se faz necessrio o estudo das causas minuciosamente pesquisadas.

    Figura 7 - Trinca

    Fonte: Acervo da autora.

    A rachadura (figura 8) pode ser definida como o estado em que um determinado objeto

    ou parte dele apresenta uma abertura de tal tamanho que ocasiona interferncias indesejveis.

    Pode-se dizer que, a rachadura da parede fica susceptvel ao contato direto do vento e da gua

    da chuva. Por mais que este estado seja muito comum, no significa que so normais. Logo,

    no devem ser aceitas passivamente. Muitas vezes so bem pequenas, quase invisveis, mas

    podem ser sintomas de algo muito grave que est acontecendo com a estrutura do prdio.

    Figura 8 - Rachadura.

    Fonte: Acervo da autora.

  • 25

    3.4.2 Eflorescncia

    Segundo Meira (2010), a partir a existncia de sais solveis nos materiais; umidade,

    como agente de dissoluo desse sal; transporte do sal at a superfcie do revestimento; a

    cristalizao dos sais transportados na superfcie do material com a evaporao, fatores estes

    que acarretam a formao de salinas na superfcie dos materiais, que chamado eflorescncia,

    onde se caracteriza pelo mau aspecto resultante. Dependendo das circunstncias em que o sal

    formado pode causar o descolamento dos revestimentos ou pinturas.

    Bauer (2008), afirma que a eflorescncia causada por trs fatores de igual importncia,

    como o teor de sais solveis existentes nos materiais ou componentes, a presena de gua e a

    presso hidrosttica necessria para que a soluo migre para a superfcie. Estes trs fatores

    tem que ocorrer concomitantemente, pois, caso uma delas sejam delineadas, no ocorrer o

    fenmeno.

    A figura 9 ilustra a eflorescncia de rejuntamento, mas propriamente eflorescncia

    ocorrida nas fissuras de interfase.

    Figura 9 - Eflorescncia de rejuntamento.

    Fonte: http://www.revistatechne.com.br/engenharia-

    civil/116/imagens/patologias15_44.jpg

    Uma das formas mais comuns de formao de eflorescncia atravs da dissoluo do

    hidrxido de clcio presente nos materiais base de cimento e a sua cristalizao na forma de

    carbonato de clcio, aps sua reao com o CO2 (Dixido de Carbono) presente no ar. Onde

    este tipo de eflorescncia pouco solvel em gua e muito aderente ao substrato, formando

    manchas de cor branca escorrida que do um aspecto desagradvel a superfcie dos

    revestimentos. (MEIRA, 2010).

  • 26

    3.4.3 Descolamento de revestimento cermico

    Dentre as patologias nos revestimentos, um dos mais comum e que pode ser destacado

    o descolamento. Essa manifestao se subdivide em dois principais tipos: os de revestimento

    de argamassa e nos revestimentos cermicos.

    Segundo Bauer (2008), os principais fatores causadores do descolamento na argamassa

    de cal a utilizao de produtos no devidamente hidratados ou a incompleta hidratao da

    cal extinta, d m qualidade e o preparo inadequado da pasta de cal. Estes descolamentos

    ocorrem de modo a separar uma ou mais camadas de revestimentos argamassados e

    apresentam extenso que varia desde reas restritas at dimenses na totalidade da alvenaria.

    Outro tipo de descolamento o de revestimentos cermicos, onde essa patologia sofre a

    influncia das caractersticas do substrato a ser revestido, o tipo de adesivo utilizado, as

    caractersticas do revestimento cermico e as condies de exposio. Os principais fatores

    que acarreta este tipo de descolamento a ao da gua, onde os materiais ao absorverem ou

    perderam umidade, mudam de volume, produzindo tenses capazes de vencer a capacidade de

    aderncia ao substrato, depois de repetidos ciclos de expanso e contrao; os movimentos da

    estrutura da edificao ou de outra natureza, dependendo da intensidade, podem resultar no

    surgimento de tenses suficientes para provocar o descolamento de revestimentos cermicos

    (MEIRA, 2010). A figura 10 representa o descolamento cermico em uma fachada.

    Figura 10 Descolamento da cermica da fachada.

    Fonte:http://4.bp.blogspot.com/_CETERcYBhLY/SXe-8MCO

    ETI/AAAAAAAAAII/pBmsPbgeSbs/s320/Queda+cer%C3%A2

    mica+fachada2.JPG

    Bauer (2008) afirma que os descolamentos por empolamento esto envolvidos

    diretamente a cal, consequentemente este tipo de patologia predomina onde h uma maior

  • 27

    proporo de cal. Um exemplo o reboco que se destaca do emboo, formando bolhas cujo

    dimetro tende aumentar. Outros fatores que contribui para este tipo de problema a cal no

    hidratada existente no revestimento de argamassa por ocasio da sua execuo, onde depois

    de aplicada aumentar de volume e consequentemente causando expanso.

    A especificao e aplicao incorreta de argamassa colante causam prejuzos, como o

    descolamento e possveis acidentes.

    3.4.4 Vesculas

    Bauer (2008) afirma que as vesculas surgem geralmente no reboco e so causadas pela

    existncia de pedra de cal no completamente extinta onde estas surgem em pequenos pontos

    localizados do revestimento, vo inchando progressivamente e acabam destacando a pintura e

    deixando o reboco aparente, causadas tambm por matrias orgnicas contidas nos agregados,

    torres de argila dispersos na argamassa ou outras impurezas, como mica, pirita e torres

    ferruginosos.

    Devido ao xido de clcio livre presente na cal se hidratar e a existncia de gros

    maiores na cal, no h possibilidade de a argamassa absorver a expanso, com isso surge a

    formao de vesculas, onde em seu interior um ponto branco surge, fenmeno este que pode

    ocorre de modo acentuado aps a aplicao do revestimento, num perodo de trs meses.

    Outro problema a unio entre a pasta de cimento e o agregado ficar debilitada,

    ocorrendo inibio da pega, pela incluso na areia de matria orgnica como hmus,

    partculas de madeiras, carvo e outros produtos vegetais e animais de distintas procedncias,

    onde a ocorrncia pode ocorrer durante o transporte do agregado.(BAUER, 2008).

    3.4.5 Manchas

    A manchas ocorrem pela exposio a que o revestimento fica frequentemente submetido

    ao da umidade e de microorganismos, os quais provocam o surgimento de algas e mofo, e

    o consequente aparecimento de manchas preta ou verdes, mas dependendo de outros fatores

    podero apresentar cores de diferenciadas, como marrom, verde, preta e outras cores.

  • 28

    As manchas podero tambm surgir nas fachadas pela Contaminao Atmosfrica, onde

    o principal responsvel por esse fenmeno a poluio atmosfrica, que podem ser causadas

    por poluentes naturais ou biolgicos, e resduos provenientes da atmosfera. (BAUER, 2008).

    Os principais fatores que influenciam o manchamento so os agentes climticos, onde

    se destaca o vento, a chuva direta, a chuva escorrida, temperatura e vapor d`gua e os tipos

    materiais de revestimentos, que se classifica de maneira geral em ptreos naturais, incluindo

    os mais frequentes, calcrio, arenito, granito e mrmore e em ptreo conglomerados,

    incluindo os concretos e argamassa de revestimentos (BAUER, 2008)

    3.4.6 Falhas relacionadas umidade

    Para Bauer (2008), dentre as principais manifestaes decorrentes dos problemas de

    umidade em edificaes entra-se as manchas, corroso, bolor, fungos, algas, lquens,

    eflorescncias, descolamentos de revestimentos, friabilidade da argamassa por dissoluo de

    compostos com propriedades cimentceas, fissuras e mudana de colorao dos revestimentos.

    A figura 11 mostra os diferentes mbitos que provoca a ao da umidade sobre

    edificaes.

    Figura 11 - Ao da umidade sobre edificaes.

    Fonte: Pozzobon, 2007.

    Os mecanismos mais importantes geradores de umidade nos materiais de construo,

    so (BAUER, 2008):

    - Absoro capilar de gua;

    - Absoro de guas de infiltrao ou de fluxo superficial de gua;

  • 29

    - Absoro higroscpica de gua;

    - Absoro de gua por condensao capilar;

    - Absoro de gua por condensao.

    Destes fenmenos de absoro capilar e por infiltrao ou fluxo superficial de gua, a

    umidade chega aos materiais de construo na forma lquida, nos demais casos a umidade

    absorvida na fase gasosa.

    3.5.6.1 Medidas Protetoras da umidade

    Algumas medidas utilizadas ao combate da umidade, na qual, variam de acordo com o

    tipo de mecanismo gerador.

    De acordo com VEROZA (1987), a ausncia de impermeabilizantes nas reas

    molhadas pode causar os seguintes problemas: goteiras, manchas, mofo, apodrecimento,

    ferrugem, eflorescncias, criptoflorescncias, gelividade e deteriorao.

    Goteiras e Manchas ocorrem quando a gua atravessa uma barreira, onde ela pode, no

    outro lado, ficar aderente e ocasionar uma mancha; ou, se a quantidade maior, gotejar, ou

    at fluir. Em qualquer dos casos, em uma construo, estes so defeitos que s raramente

    podem ser admitidos. A umidade permanente deteriora qualquer material de construo, e

    sempre desvaloriza uma obra. Goteiras e manchas so defeitos mais comuns das infiltraes e

    que se procura sustar com a impermeabilizao.

    A gua tambm pode estar presente nas edificaes atravs da umidade dos materiais,

    utilizados na sua construo. A umidade degrada uma srie de componentes de uma

    construo, inclusive nas pinturas, revestimento de papel de parede, laminados decorativos,

    madeira, entre outros, tanto pela ao direta da gua, como pela dissoluo dos sais presentes

    nos materiais de construo. Onde as manifestaes mais observadas nas pinturas como: a

    eflorescncia, o desagregamento, saponificao, bolhas e destacamento.

    A umidade ascendente na parede pode ser evitada com a impermeabilizao horizontal,

    combinando com a impermeabilizao vertical das paredes exteriores, se for o caso;

    procedimento de injees de produtos qumicos por perfuraes de parede, com funo de

    reduzir o dimetro dos capilares e, com efeito, hidro-repelente outra soluo. Para a

    eliminao de gua do terreno por saturao do solo em contato com vigas baldrames e

    paredes da edificao e de fluxo superficial de gua utiliza a impermeabilizao vertical-

    drenagem. E a umidade por condensao pode ser evitada com uma melhor ventilao do

  • 30

    local, Isolamento trmico eficiente, impedindo a formao de pontes trmica. (BAUER,

    2008).

    Segundo SCHNARDIE (2009), os tratamentos mais indicados para rea onde h

    atuao da infiltrao ou umidade, so:

    -Aditivo Hidrfugo: Vigas de fundao, paredes, contra-pisos, argamassa de

    assentamento (evita umidade ascendente), reservatrios.

    -Aditivo Hidrorepelente: Fachadas, paredes externas.

    -Argamassa Polimrica (Impermeabilizante): Reservatrios, piscinas, subsolos, paredes

    internas e externas, pisos, pedras naturais antes do assentamento (evita eflorescncias).

    -Cristalizante: Rodaps (evita umidade ascendente), paredes em subsolos (evita

    infiltrao por lenol fretico- presso negativa).

    -Manta Asfltica de alta performance Lajes, coberturas, piscinas.

    -Manta Asfltica base de asfalto modificado Lajes, piscinas.

    -Manta Asfltica anti-raiz floreiras, contra-piso e paredes em contato com o solo.

    -Manta Asfltica aluminizada: res expostas e sem trnsito: lajes inclinadas, coberturas,

    marquises.

    -Manta Asfltica base de asfalto modificado com polmeros: lajes, contra-piso,

    terraos, varandas, baldrames, lavabos, banheiro, cozinha, lavandeira.

    -Tinta betuminosa: Proteo de superfcies de concreto, alvenaria, madeira e metlicas,

    baldrames, fundaes, paredes em contato com o solo.

    -Membrana Polimrica: lajes de cobertura, marquises, sheds, lajes, terraos, calhas,

    baldrames, paredes em contato com a umidade, rodaps, floreiras, piscinas.

    -Manta Asfltica elastomrica: lajes, floreiras, marquises, pisos, terraos calhas,

    baldrames, piscinas.

    -Membrana acrlica: lajes e marquises.

    -Membrana de poliuretano: lajes, floreiras, marquises, pisos, terraos, calhas, baldrame.

    -Resina termoplstica: piscinas, reservatrios.

    -Emulso Asfltica: Lajes, pisos, baldrames.

    -Emulso Acrlica: Lajes, pisos, paredes, calhas.

    Conhecer sobre as medidas e os ingredientes corretos contra a umidade se faz

    necessrio para evitar as variveis patologias que ocorrem em grandes quantidades nas

    edificaes.

  • 31

    4 METODOLOGIA

    4.1 PLANEJAMENTO DA PESQUISA

    A pesquisa foi dividida nas seguintes etapas:

    Um estudo de caso das principais patologias ocorridas em 11 residncias de

    bairros distintos da mesma cidade atravs do registro fotogrfico e um

    questionamento feito ao morador (VER ANEXO). A figura 12, apresentada na

    pgina seguinte, mostra a seleo dos bairros que tiveram residncias

    investigadas

    Foi realizada uma pesquisa bibliogrfica sobre as patologias mais comuns;

    Classificao e ordenamento dos dados obtidos no levantamento.

    Finalmente, de acordo com a residncia de cada bairro, fez-se um levantamento

    das principais patologias encontradas com o respectivo tempo de construo ou

    ltima reforma.

    4.2 PLANO DE COLETA DOS DADOS

    Os dados textuais foram coletados atravs de pesquisas de fontes bibliogrficas e

    documentos, como: meio eletrnico (internet), obras literrias, normas e, por contato direto,

    pessoal, ou por e-mail, com profissionais que atuam nessa rea das patologias.

    Para uma melhor avaliao das patologias encontradas no estudo de caso, foi necessria

    uma entrevista a cada morador, no qual foi aplicado um questionrio para uma melhor anlise.

    As imagens das residncias foram obtidas com o registro fotogrfico na cidade de

    Mossor-RN, utilizando uma cmera digital Fujifilm Finepix AV150 14 Mega Pixels.

    4.3 PLANO DE ANLISE E INTERPRETAO DOS DADOS

  • 32

    As especificaes das residncias visitadas esto dispostas juntamente com as

    fotografias que apresentam visualmente as patologias mais comuns e suas respectivas

    anlises, como: o local, as principais patologias observadas e as possveis causas.

    Figura 12 - Seleo dos bairros no mapa da cidade de Mossor.

    Fonte: Planta cadastral da cidade de Mossor Rio Grande do Norte 2010.

  • 33

    5 ESTUDO DE CASO

    5.1 PRINCIPAIS PATOLOGIAS DIAGNOSTICADAS NOS IMVEIS

    A figura 12, j apresentada anteriormente, ilustra o mapa de Mossor-RN, de forma

    que, podem-se visualizar os bairros que foram selecionados para a realizao desse trabalho.

    Os bairros selecionados e que esto demarcados no mapa so os seguintes: Santa Delmira,

    Abolio, Santo Antnio, Nova Betnia, Paredes, Boa Vista, Pintos, Lagoa do Mato, Ilha de

    Santa Luzia, Alto de So Manoel, Costa e Silva.

    5.1.1 Residncia do bairro Santa Delmira.

    Situada na Rua Ariscitides de Freitas, Bairro Santa Delmira, a residncia foi construda

    h 8 anos, e atual moradora reside h 3 meses. A mesma informou que a ltima reforma foi

    realizada h 3 meses, durante a qual foi realizada uma pintura geral nas paredes.

    Ao ser construda, no houve a utilizao dos servios de uma empresa de construo,

    sendo executada por um profissional liberal. No houve a contratao de arquiteto e nem de

    servios de projetos eltricos, estrutural ou hidrulico. Foi informado que houve o trabalho de

    terraplenagem na obra.

    Foi relatado que o maior incmodo refere-se a parte esttica, onde as rachaduras e o

    salitre predominante. As principais patologias encontradas sero analisadas posteriormente

    com a caracterizao do local da residncia, acompanhada de sua imagem, com as possveis

    causas.

    As patologias apresentadas na residncia tambm se fazem presentes em muitas

    residncias prximas, embora em alguns casos o problema fora mitigado ou atenuado por

    reformas recentes.

    A figura 13 apresenta imagens relacionadas: A) localizao da caixa dgua e as

    canalizaes que parte dela; B) a parede superior e interna da cozinha; C) Ampliao da

    parede externa e inferior a caixa dgua. A principal patologia vizualizada: trinca e formao

    de manchas na parte externa e na parede interna.

  • 34

    Figura 13 - Trincas e manchas nas paredes externa e a correspondente mancha amarelada na

    parte interna.

    A B

    C

    Fonte: Acervo da autora.

    A possvel causa das trincas o peso da caixa dgua e o fato de no ter feito uma

    amarrao adequada entre as paredes que sustenta a caixa dgua e a parede da residncia. As

    manchas externas devido aos respingos que a prpria caixa apresenta e a mancha interna a

    presena de gua devido a algum cano estourado ou o beiral pequeno.

    A figura 14 apresenta uma trinca na mesma parede, onde, (A) parte interna a residncia

    e B) parte externa a residncia. A principal patologia vizualizada: trinca. A possvel causa:

    recalque, devido a no compactao adequada. Como pode-se vizualizar nessa imagem a

    trinca atinge tanto o lado inerno quanto o lado externo.

  • 35

    Figura 14 Mesma trinca visualizada na: (A) parede interna e (B) Parede externa na residncia.

    A BFonte: Acervo da autora.

    O descolamento da pintura, bem como as manchas escuras, tem como a possvel causa o

    contato direto da gua das chuvas. Isso se deve devido ao local no coberto onde a escada foi

    construda.

    Figura 15 Manchas escuras e descolamento da argamassa na parte inferior da escada.

    Fonte: Acervo da autora.

    A figura 15 mostra manchas escuras na residncia analisada no bairro Santa Delmira.

  • 36

    5.1.2 Residncia do bairro Abolio 2

    Situada na Rua Professora Dolores Freire de Andrade, bairro Abolio 2, a residncia

    foi construda h 40 anos e a ltima moradora reside h 30 anos. Como a habitao pertenceu

    aos seus pais, a residente soube informar o histrico da construo e de seu bairro que foi de

    extrema importncia para a anlise de algumas patologias presentes atualmente.

    O bairro Abolio um conjunto dividido em abolio 1, 2 e 3, onde as residncias so

    conhecidas como casas da antiga Coabe.

    As obras foram construdas por uma construtora, assim, de acordo com essa informao

    razovel a considerao que houve os projetos estruturais, eltricos, hidrulicos e o

    arquitetnico. Contudo, o trabalho de terraplenagem no foi devidamente realizado, inclusive

    um processo com a seguradora do conjunto, onde esta ter que fazer uma reforma nas

    residncias, devido a trincas que poder afetar a segurana do morador.

    As diversas reformas foram realizadas de acordo com o manifestao mais aparente, de

    modo localizado. Ao se apresentarem, por exemplo, mancha na cozinha, os moradores

    contratatavam o servio de repintura daquele local. A grande ltima reforma foi realizada h 2

    anos. Onde o reboco na parede foi refeito devido ao aparecimento do salitre.

    Relatou-se que, o maior incmodo est na parte esttica: as rachaduras, infiltraes e

    etc. As casas vizinhas alm dos problemas ocorridos na residncia pesquisada tem tambm

    problema com o bolor devido a umidade, provocando em alguns residentes problemas

    respiratrios e outros relacionados sade. Esse problema est ausente na habitao

    investigada devido as reformas efetuadas periodicamente.

    As principais patologias encontradas sero analisadas posteriormente com a

    caracterizao do local da residncia, acompanhada de sua imagem, com as possveis causas.

    A figura 16 ilustra a parte interna da sala, mais precisamente, abaixo da contraverga e a

    parte externa dessa mesma parede. A principal patologia so as manchas amareladas e trincas,

    cuja possvel causa fato de que o Beiral pequeno no evita o contado direto da chuva,

    provocando as trincas no revestimento, manchas tanto escuras (parede externa) quanto

    amareladas (parede interna).

  • 37

    Figura 16 - Trincas e manchas.

    B

    A

    Fonte: Acervo da autora.

    A figura 17, ilustra como a proncipal patologia: trincas no teto do quarto de casal, sendo

    as possves causas o recalque da laje, falta de resitncia da laje ou excesso de peso sobre a

    laje. A potologia pode trazer consequncias graves. Sendo o parecer do engenheiro de

    estrutura fundamental.

    Figura 17 - Trinca no teto do quarto.

    Fonte: Acervo da autora.

  • 38

    Figura 18 Salitre na residncia do bairro Abolio II.

    Fonte: Acervo da autora.

    O salitre encontrado na parede, a uma altura aproximada de 1 metro (figura 18), tem

    como a possveis caussa a juno da umidade com os sais presentes nos materiais da

    construo, mais precisamente na areia, e a no observncia correta impermeabilizao, que

    fora mal executada ou mesmo no realizada.

    5.1.3 Residncia do bairro Santo Antnio

    Situada na Rua Epitfio Pessoa, Bairro Santo Antnio, a residncia foi construda h 22

    anos atrs, mas h 2 anos houve reforma em um dos quartos.

    Ao ser construda a obra, no houve a utilizao dos servios de uma empresa de

    construo, sendo executada por um profissional liberal. No houve a contratao de

    arquiteto.

    No houve projetos eltricos, estrutural e nem hidrulicos. O trabalho de terraplanagem

    foi realizado.

    A reforma tambm no foi analisada por uma empresa de construo, mas sim com base

    no conhecimento de mestres de obras.

    Foi relatada que o maior incmodo foi a acentuada infiltrao num dos quartos, em que

    posteriormente formaram-se as manchas. Por conta dos prprios residentes foram feitos

    alteraes na pintura a fim de atenuar esta patologia, fazendo uma nova concretagem e

    cimentao da caixa de gua, mas segue-se a queixa de que tais patologias nunca se resolvem!

  • 39

    As principais patologias encontradas sero analisadas posteriormente com a caracterizao

    do local da residncia, acompanhada de sua imagem, com as possveis causas.

    As patologias encontradas foram tambm encontradas nas residncias prximas, mas em

    algumas, patologias atenuadas por reformas atuais.

    A figura 19 apresenta a imagem superior obtida da alvenaria interna com a laje do quarto.

    A principal patologia vizualizada: manchas amareladas. A possvel causa: presena de

    umidade.

    Figura 19 - Manchas amareladas.

    Fonte: Acervo da Autora.

    A figura 20 apresenta imagens relacionadas: A) parede interna inferior da sala; B)

    Ampliao da parede externa, correspondente ao corredor. A principal patologia vizualizada:

    desagregao do revestimento. As possveis causas: expanso devido a presena de salitre.

    Figura 20 - Desagregao do revestimento.

    Fonte: Acervo da Autora.

  • 40

    A figura 21 apresenta a imagem obtida da parte inferior da parede externa. As

    principais patologias vizualizadas so: desagregao do revestimento e manchas escuras

    (bolor). Onde a possvel causa: revestimento aplicado sem chapisco, ao de agentes

    climticos.

    Figura 21 - Desagregao do revestimento e manchas escuras (bolor).

    Fonte: Acervo da Autora.

    A figura 22 apresenta a imagem obtida da parte inferior interna do pilar. As principais

    patologias vizualizadas so: trincas e fissuras. Onde a possvel causa: solicitaes de esforos.

    Figura 22 - Trincas e fissuras.

    Fonte: Acervo da Autora.

  • 41

    5.1.4 Residncia do bairro Nova Betnia.

    Situada na Rua Duodcimo Rosado, Bairro Nova Betnia, a residncia foi construda h

    cerca de 25 anos, e a moradora reside h cerca de 20 anos. A ltima reforma, foi realizada h

    2 anos, em que se restaurou a parede a uma altura de 1 m, o reboco foi refeitou e depois

    repintou.

    Ao ser construda a obra, no houve a utilizao dos servios de uma empresa de

    construo, sendo executada por um profissional liberal. Houve a contratao de um arquiteto

    e teve projetos eltricos, estrutural e o hidrulico. Sendo que, o trabalho de terraplenagem no

    foi realizado corretamente.

    Foi relatada que o maior incmodo a parte esttica, principalmente devido ao salitre,

    como ser ilustrada adiante. As principais patologias encontradas sero analisadas

    posteriormente com a caracterizao do local da residncia, acompanhada de sua imagem,

    com as possveis causas. A patologia predominante na residncia, o salitre, se encontram

    tambm nas residncias prximas.

    A figura 23 ilustra a rea externa da residncia, tendo como patologias: trincas, salitre e

    formao de eflorescncia.

    Figura 23 Trinca, salitre e eflorescncia.

    Fonte: Acervo da Autora.

  • 42

    A possvel causa do salitre a no impermeabilizao adequada, bem como o contato

    direto com a gua da chuva e a possvel causa de trincas verticais na parede devido a falta de

    amarrao da parede com algum elemento estrutural como o pilar ou outra parede que nasce

    naquele ponto.

    A residente da casa afirma que, em perodos chuvosos, nas juntas de argamassa do piso

    cermico, este fica esbranquiado, mostrando a evidncia da eflorescncia.

    A figura 24 ilustra a localizao, da parte externa, referente caixa dgua da residncia

    e o seu beiral. A principal patologia visualizada so as manchas e o destacamento da pintura,

    no qual se deve ao contato direto da gua da chuva, bem como, a gua que extravasa da caixa

    dgua, pelo fato da bia estar com defeitos.

    Figura 24 Manchas e destacamentos de pintura perto da caixa dgua.

    Fonte: Acervo da Autora.

    A presena de salitre nessa residncia a patologia predominante. Todas as paredes dos

    corredores, quartos, cozinhas entre outros cmodos, apresenta esta patologia que pode ser

    visualizada a 1 m e meio do cho. A no impermeabilizao e os sais presentes no solo desse

    bairro so as principais causas desse problema.

  • 43

    Figura 25 - Salitre na parede do corredor.

    Fonte: Acervo da Autora.

    A figura 25 mostra a forte presena do salitre na residncia investigada.

    5.1.5 Residncia do bairro Paredes

    Situada na Rua Marechal Deodoro, Bairro Paredes. A residncia foi construda h 50

    cerca de anos, e a atual moradora reside h cerca de 30 anos.

    Ao ser construda a obra, no houve a utilizao dos servios de uma empresa de

    construo, sendo executada por um profissional liberal. No houve a contratao de arquiteto

    e nem de servios de projetos eltricos, estrutural ou hidrulico. Foi informado que houve o

    trabalho de terraplenagem na obra.

    A reforma tambm no foi analisada por uma empresa de construo, mas sim com base

    no conhecimento do pedreiro, onde esta foi feita h trs meses, na parede interna da cozinha,

    mas especificamente, na parte superior desta, perto da cumeeira. Com os constantes

    vazamentos, em perodo chuvoso, a residente sentia grande incmodo devido as manchas na

    pintura (figura 26), mas este problema foi cessado com a utilizao de impermeabilizao , no

    caso, manta acrlica.

  • 44

    Figura 26 Manchas na pintura, perto da cumeeira.

    Fonte: Acervo da Autora.

    Os principais problemas dos quais a residente se queixa so o mofo, em perodo

    chuvoso, e a poeira, em perodo seco. Essa queixa ainda mais preocupante pois a residente

    tem alergia, assim, este problema agravado com estas situaes. No pode deixar tambm de

    comentar que, a parte esttica da casa tambm incomoda aos moradores.

    As principais patologias encontradas sero analisadas posteriormente com a

    caracterizao do local da residncia, acompanhada de sua imagem, com as possveis causas.

    Algumas das patologias encontradas se encontram nas residncias prximas.

    A figura 27 ilustra uma trinca horizontal ao lado da parte superior do porto. Esta

    patologia pode ocorrer devido a expanso da argamassa de assentamento. Essas fissuras

    ocorrero preferencialmentenas proximidades do topo da parede. Onde so menores os

    esforos de compresso oriundos do seu peso prprio.

    Figura 27 Trinca horizontal.

  • 45

    Fonte: Acervo da Autora.

    A figura 28 ilustra a parede que divide a sala dos quartos. A principal patologia

    visualizada o salitre, que causa o deslocamento da pintura e a tonalidade de cor devido a

    presena de umidade ascendente a esta altura.

    Figura 28 Salitre na sala.

    Fonte: Acervo da Autora.

    A figura 29 ilustra o corredo externo na residncia. A principal patologia visualizada a

    formao de manchas escuras, sendo a principal causa o contato da gua. H tambm a

    pintura relizada sob a camada de reboco mal regularizada, causando incmodo visual pela m

    vizualizao esttica.

    Figura 29 Manchas escuras e desregularizao da camada do reboco.

    Fonte: Acervo da Autora.

  • 46

    A figura 30 ilustra uma rachadura, em alguns pontos, com mais de 6 mm de espessura.

    Sendo a principal causa o contato de chuvas intensas, grande desgaste ao longo do tempo e a

    falta de manutenso. Como esta parede divide as duas residncias e est prestes a desabar para

    o lado da vizinha, necessita rapidamente ser derrubada e feita outra, j que coloca vidas em

    riscos.

    Figura 30 Rachaduras na parede Externa.

    Fonte: Acervo da autora

    5.1.6 Residncia do bairro Boa Vista

    Situada na Rua Professor Manoel Joo, Bairro Boa Vista. A residncia foi construda h

    42 anos e a atual moradora reside desde a sua construo.

    Ao ser construda, no houve a utilizao dos servios de uma empresa de construo,

    sendo executada por um profissional liberal. No houve a contratao de arquiteto nem de

    servios de projetos eltricos, estrutural ou hidrulico, embora a proprietria do imvel seja

    arquiteta e participou da construo. Houve o trabalho de terraplenagem na obra.

    Foi relatada que o maior incmodo sofrido a parte esttica. Ainda foi relatado que a

    residncia passa constantemente por reformas a fim de mitigar eventuais problemas e atenuar

    os incmodos referidos.

    A ltima reforma mais geral foi realizada h 3 anos. Com o problema do salitre, o

    pedreiro retirou todo o reboco e passou uma cristalizao em todas as paredes, depois rebocou

    novamente e pintou. A residente disse que toda sua parede abaixo do reboco revestida por

  • 47

    cermica. Ela mandou tirar o reboco e depois passou uma massa corrida acrlica em cima da

    cermica e rejuntou.

    As principais patologias encontradas sero analisadas posteriormente com a

    caracterizao do local da residncia, acompanhada de sua imagem, com as possveis causas e

    solues. As patologias encontradas foram tambm encontradas nas residncias prximas, tem

    uma casa vizinha da frente, de primeiro andar, que foi construda apenas h dois anos e que j

    apareceu patologia do tipo salitre e descolamento no revestimento.

    Alguns problemas, como manchas na parte superior da parede da sala, so devido a

    vazamento de canos (figura 31).

    Figura 31 manchas devido a vazamento no cano.

    Fonte: Acervo da autora.

    O destacamento da pintura uma patologia situada no teto da rea externa da residncia

    (figura 32), possui como a principal causa a realizao da pintura sobre a pintura antiga,

    causando este problema devido ao peso.

    Figura 32 Destacamento da pintura.

    Fonte: Acervo da autora.

  • 48

    5.1.7 Residncia do bairro Pinto

    Situada na Rua Santa Ceclia, Bairro Pinto. A residncia foi construda h 15 anos e a

    atual moradora reside desde que a mesma foi construda.

    Ao ser construda, no houve a utilizao dos servios de uma empresa de construo,

    sendo executada por um profissional liberal. No houve a contratao de arquiteto nem de

    servios de projetos eltricos, estrutural ou hidrulico. Houve o trabalho de terraplenagem na

    obra, onde a compactao foi feita de forma manual.

    No houve reforma posterior a sua construo. Relatou-se que, o maior incmodo est

    na parte esttica, onde o salitre dominou as paredes internas da residncia (figura 33).

    Figura 33 Parte inferior da escada.

    Fonte: Acervo da autora.

    As outras patologias encontradas sero analisadas posteriormente com a caracterizao

    do local da residncia, acompanhada de sua imagem, com as possveis causas e solues.

    As patologias manifestadas nessa residncia foram tambm encontradas nas residncias

    prximas, principalmente o salitre que tambm incomoda as vizinhanas.

    A trinca horizontal visualizada entre o andar superior e inferior (figura 34) tem como a

    principal causa a falta de amarrao adequada da parede com a viga superior.

  • 49

    Figura 34 - Trinca horizontal entre o andar superior e inferior.

    Fonte: Acervo da autora.

    Manchas no teto do andar superior (figura 35) tm como a principal causa os

    vazamentos, devido algum problema no telhado, seja goteira, tricas, entre outros.

    Figura 35 Manchas no teto do andar superior.

    Fonte: Acervo da autora.

  • 50

    5.1.8 Residncia do bairro Lagoa do Mato

    Situada na Rua Antnio Delmiro, no Bairro Lagoa do Mato. A residncia foi construda

    h 31 anos e a proprietria reside nela desde que foi construda.

    Ao ser construda, no houve a utilizao dos servios de uma empresa de construo,

    sendo executada por um profissional liberal. No houve a contratao de arquiteto nem de

    servios de projetos eltrico, estrutural ou hidrulico. Houve o trabalho de terraplenagem na

    obra, onde a compactao foi feita de forma manual.

    A ltima reforma foi realizada h 4 anos, onde parte do reboco foi refeito. A mesma

    tambm no foi analisada utilizando-se os servios de uma empresa de construo, mas sim

    com base no conhecimento de mestres de obras.

    Foi relatado que, o maior incmodo refere-se parte esttica, os deslocamentos da

    pintura, como tambm as manchas. De acordo com informaes da residente, parte das trincas

    foi ocasionada depois que houve a escavao para o saneamento da rua. As outras patologias

    encontradas sero analisadas posteriormente com a caracterizao do local da residncia,

    acompanhada de sua imagem, com as possveis causas e solues. As patologias encontradas

    foram tambm encontradas nas residncias prximas, mas em algumas, as patologias foram

    atenuadas por reformas atuais.

    A figura 36 retrata a sala da residncia. A principal patologia ilustrada a trinca entre as

    paredes, sendo a principal causa a falta da amarrao as duas.

    Figura 36 trinca entre paredes.

    Fonte: Acervo da autora.

  • 51

    O destacamento apresentado na parte superior da cozinha, mostrado na figura 37, a

    principal patologia visualizada nessa imagem. A principal causa a presena de gua da

    chuva, pela falta de proteo na cumeeira.

    Figura 37 Destacamento da pintura na parte superior da parede.

    Fonte: Acervo da autora.

    A formao de manchas amareladas, situado na parte superior da parede da cozinha

    (figura 38), ocorre devido a goteiras que facilita o contato com gua da chuva.

    Figura 38 Manchas amareladas.

    Fonte: Acervo da autora.

  • 52

    5.1.9 Residncia do bairro Ilha de Santa Luzia

    Situada na Rua Bencio Filho, no bairro de Santa Luzia. A residncia foi construda h 40

    anos, mas a residente mora h 29 anos.

    Ao ser construda a obra, no houve o emprego de uma empresa de construo, sendo

    executada por um profissional liberal, o qual operou pelo conhecimento de experincia. No

    houve a contratao de arquiteto. No houve projetos eltricos, estrutural e nem hidrulicos.

    O trabalho de terraplanagem foi realizado, onde a compactao foi realizado manualmente.

    A reforma foi realizada h 4 anos, com uma pintura na parede. Mas, tambm no foi

    analisada por uma empresa de construo, mas sim com base no conhecimento do pintor.

    Foi relatada que o maior incmodo a parte esttica. As principais patologias encontradas

    sero analisadas posteriormente com a caracterizao do local da residncia, acompanhada de

    sua imagem, com as possveis causas e solues. As patologias encontradas foram tambm

    encontradas nas residncias prximas, mas em algumas, patologias atenuadas por reformas

    atuais.

    A figura 39 ilustra como patologia manchas na pintura, na parte inferior e superior da

    parede da cozinha. Sendo a principal causa, o contato com a gua, j que, em perodos

    chuvosos as residncias desse bairro ficam alagados, dependendo do nvel da chuva, perto do

    telhado.

    Figura 39 Manchas na pintura.

    B

    A

    Fonte: Acervo da autora.

  • 53

    A figura 40 ilustra tonalidades de pinturas de cores diferentes, na parte inferior do

    quarto. A principal causa pintura nova sobre pinturas velhas.

    Figura 40 Tonalidades de pinturas diferentes.

    Fonte: Acervo da autora.

    5.1.10 Residncia do bairro Alto de So Manoel

    Situada na Rua 2 (dois) de Maio, Bairro Alto de So Manuel, a residncia foi construda

    h 10 anos atrs, no houve reformas posteriores aps a entrega da obra.

    Ao ser construda a obra, no houve o emprego de uma empresa de construo, sendo

    executada por um profissional liberal, o qual operou pelo conhecimento de experincia. No

    houve a contratao de arquiteto.

    Houve apenas o projeto estrutural, sendo as instalaes eltricas e as hidrulicas efetuadas

    apenas com o conhecimento do mestre de obra. O trabalho de terraplanagem foi realizado.

    Os maiores problemas sofridos pelos familiares residentes nessa construo a incmodo

    em relao a problemas respiratrios, alergias a mofo e muita poeira.

    As principais patologias encontradas sero analisadas posteriormente com a caracterizao

    do local da residncia, acompanhada de sua imagem, com as possveis causas e solues.

    As patologias encontradas foram tambm encontradas nas residncias prximas, mas em

    algumas, patologias atenuadas por reformas atuais.

    A figura 41 apresenta imagens relacionadas: A) parede externa inferior da faixada; B)

    parede externa superior da mesma faixada. A principal patologia vizualizada: destacamento

    da pintura, manchas escuras e fissuras. A possvel causa: ao de agentes climticos.

  • 54

    Figura 41 (A) parte externa inferior da faixada; (B) parte externa superior da faixada.

    Fonte: Acervo da autora.

    A figura 42 representa a parede do corredor. Na qual apresenta a patologia: destacamento

    da pintura. Onde a possvel causa: Falta de aderncia da pintura com o revestimento.

    Figura 42 - Destacamento da pintura.

    Fonte: Acervo da autora.

    A figura 43 apresenta a imagem obtida da parede encostada com a laje de cobertura. As

    principais patologias vizualizada so: Manchas escura, mofo (bolor), algas. Onde a possvel

    causa foi devido a infiltrao devido a trincas na laje e vazamentos.

  • 55

    Figura 43 - Manchas escuras, mofo (bolor), manchas esverdeadas.

    Fonte: Acervo da autora.

    A figura 44 apresenta a imagem obtida da varanda. As principais patologias vizualizada

    so: destacamento da pintura e manchas escuras. A possvel causa: infiltrao.

    Figura 44 - Destacamento da pintura e manchas escuras (bolor).

    Fonte: Acervo da autora.

    .

  • 56

    5.1.11 Residncia do bairro Costa e Silva

    Situada na Rua dos Cajueiros, Bairro Costa e Silva, a residncia foi construda h 20

    anos, havendo reformas posteriores aps a entrega da obra, no na sua totalidade, mas em

    partes necessrias, de acordo com a necessidade do melhoramento em alguns repartimentos ao

    longo do tempo.

    Ao ser construda a obra, no houve o emprego de uma empresa de construo, sendo

    executada por um profissional liberal, o qual operou pelo conhecimento de experincia. No

    houve a contratao de arquiteto.

    Houve apenas projetos eltricos, o estrutural e os hidrulicos no foram efetuados. O

    trabalho de terraplanagem foi realizado. Os maiores problemas sofridos pelos familiares

    residentes nessa construo a incmodo em relao s infiltraes e salitres.

    As principais patologias encontradas sero analisadas posteriormente com a

    caracterizao do local da residncia, acompanhada de sua imagem, com as possveis causas e

    solues.

    As mesmas patologias foram tambm encontradas nas residncias prximas, mas em

    algumas, de forma atenuada devido a reformas atuais.

    A figura 45 apresenta a imagem obtida da parede interna que divide a sala de estar do

    banheiro. As principais patologias visualizada na imagem abaixo so as manchas de

    infiltrao e destacamento de pintura. Onde a possvel causa foi devido a perda de aderncia

    devido as infiltraes, bem como a sobreposio de pinturas novas sobre as antigas sem a

    remoo das mesmas.

    Figura 45 - Manchas de infiltrao e destacamento da pintura.

    Fonte: Acervo da autora.

  • 57

    A figura 46 apresenta a parede interna correspondente ao corredor. As principais

    patologias vizualizada na imagem abaixo so os destacamento de pinturas e manchas devido a

    umidade. Onde a possvel causa foi devido a infiltrao do solo. Os possveis tratamentos

    pode ser: a aplicao de impermeabilizantes e melhores revestimentos, com por exemplo

    atravs de uma tinta de outra base mais apropriada.

    Figura 46 - Destacamento de pinturas e manchas devido a umidade.

    Fonte: Acervo da autora

    A figura 47 apresenta imagens relacionada a mesma parede interna do quarto. A

    principal patologia vizualizada: A) Superfcie molhada, com umidade em excesso, chegando a

    percolar; B) Destacamento da pintura. Onde as possveis causas nas duas imagens devido ao

    contato direto da parede com o solo mido, provocado pela capilaridade.

    Figura 47 (A) Infiltrao por capilaridade. (B) Destacamento da pintura.

    Fonte: Acervo da Autora.

  • 58

    A figura 48, representa imagens relacionada a mesma patologia: infiltrao na parte

    superior, juno da alvenaria com o teto de gesso.

    Figura 48 - Manchas de infiltrao e mofo.

    Fonte: Acervo da autora.

    Nestas imagens apresentam a mesma patologia: Manchas de infiltrao e mofo. Onde as

    possveis causas nas quatro imagens so defeito relacionado ao madeiramento do telhado,

    bem como a sua inclinao.

    .

  • 59

    6 RESULTADOS E DISCUSSES

    De acordo com a tabela 2 pode-se visualizar o resumo geral dos dados do questionrio

    feito ao morador de cada residncia, como: o nome do bairro; o tempo da construo; tempo

    de residncia no local; o tempo da ltima reforma; o responsvel que construiu a residncia; a

    utilizao ou no dos projetos hidrulicos, eltrico e o arquitetnico e se a terraplenagem foi

    realizada.

    A tabela 3 registra as patologias como: Fissura; Trinca; Rachadura; Eflorescncia;

    Descolamento/Destacamento; Vescula; Mancha; Embolhamento; Mofo/Bolor; Vegetao

    Esverdeada; Infiltrao e o Salitre, presentes na residncia pesquisada. A partir desses dados,

    pode-se calcular a frequncia, em porcentagem, das patologias mais frequentemente

    encontradas como se pode verificar no grfico % residncia versus patologias (figura 49). Os

    resultados so os seguintes: Fissura (63,3%); Trinca (63,3%); Rachadura (18,2%);

    Eflorescncia (18,2%); Descolamento/Destacamento (90,9%); Vescula (0%); Mancha

    (100%); Embolhamento (9,1%); Mofo/Bolor (36,4%); Vegetao Esverdeada (27,3%);

    Infiltrao (90,9%) e o Salitre (90,9%).

    Figura 49 Patologias mais frequentemente encontradas nas residncias.

    Fonte: Acervo da autora.

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    100

    % Residncias

    Fissura

    Trinca

    Rachadura

    Eflorescncia

    Vescula

    Manchas

    Embolhamento

    Morfo/Bolor

    Desloc./ Destac.

    Vegetao Esverdeada

    Infiltrao

    Salitre

  • 60

    Tabela 2 Resumo geral dos dados

    RESIDNCIAS PESQUISADAS EM 2013

    Localizao da

    residncia (Bairros) Abolio 2

    Santo

    Antnio

    Nova

    Betnia Paredes Boa Vista Pintos

    Lagoa do

    Mato

    Ilha de

    Santa

    Luzia

    Alto de

    So

    Manoel

    Costa e

    Silva

    Santa

    Delmira

    Tempo da Construo 40 anos 22 anos 25 anos 50 anos 42 anos 15 anos 31 anos 40 anos 10 anos 20 anos 8 anos

    H quanto tempo mora

    na residncia 30 anos

    Desde

    sempre 20 anos 30 anos

    Desde

    sempre

    Desde

    sempre

    Desde

    sempre 29 anos

    Desde

    sempre 8 anos 3 meses

    Tempo depois da

    ltima reforma

    Sim. H 2

    anos (em

    algumas

    partes)

    Sim. H 2

    anos

    (pintura)

    Sim. H 2

    anos

    (reboco e

    pintura)

    Sim. H

    3 meses

    (devido a

    vazament

    o)

    Sim. H 3

    anos

    (salitre)

    No

    houve

    reformas

    Sim. H

    4 anos

    (refez o

    reboco)

    Sim. H 4

    anos

    (pintura)

    No Houve

    reformas

    Sim. H

    2 anos

    (em um

    quarto)

    Sim.

    H 2

    anos

    (pintura

    )

    Empresa contratada/

    profissional liberal.

    Empresa

    contratada

    Profission

    al Liberal

    (mestre de

    obra)

    Profission

    al Liberal

    (mestre de

    obra)

    Profission

    al Liberal

    (mestre

    de obra)

    Profissiona

    l Liberal

    (mestre de

    obra)

    Profissio

    nal

    Liberal

    (pedreiro)

    Profissio

    nal

    Liberal

    (pedreiro)

    Profissiona

    l Liberal

    (pedreiro)

    Profissiona

    l Liberal

    (mestre de

    obra)

    Profissio

    nal

    Liberal

    (Mestre

    de obra)

    Profissi

    onal

    Liberal

    (pedreir

    o)

    Projeto

    s

    Hidrulico Sim No Sim No No No No No No No No

    Eltrico Sim No Sim No No No No No No No No

    Arquitetnico Sim No Sim No Sim No No No Sim No No

    Terraplenagem No Sim

    (manual) No

    Sim

    (manual)

    Sim

    (manual)

    Sim

    (manual)

    Sim

    (manual)

    Sim

    (manual)

    Sim

    (manual)

    Sim

    (manual)

    Sim

    (manual

    )

    Principais

    Consequncias

    esttico e

    sade

    Infiltrao

    num dos

    quartos

    esttico esttico e

    sade esttico esttico esttico esttico

    esttico e

    sade esttico esttico

    Fonte: Acervo da autora.

  • 61

    Tabela 3 Registro das patologias enconhadas.

    RESIDNCIAS PESQUISADAS EM 2013

    Localizao da residncia

    (Bairros) Abolio 2

    Santo

    Antnio

    Nova

    Betnia Paredes Boa Vista Pintos

    Lagoa do

    Mato

    Ilha de

    Sa