Flinpo Magazine 007

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Flinpo Magazine Ano III Nº7 Março 2013

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Flinpo Magazine - Nº 7 - Março 2013

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FmagazineFlinpo Magazine Ano III Nº7 Março 2013

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Flinpo MagazineAno III Nº 7Março 2013www.flinpo.net

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editorialJá vamos no 7º número desta revista digital quenasceu para dar destaque aos vencedores dos desafiosfotográficos que semanalmente vamos propondo (evamos na 120ª semana!) e, principalmente, comoforma de agradecimento a todos os que colaboramcolocando o seu trabalho ao dispor de todos fazendo,assim, crescer este projecto que é o Flinpo.

A capa deste número foi encontrada depois delançado um desafio para esse efeito e o seu vencedor,João Coutinho, dá­nos uma pequena entrevista.

Como já é habitual, estão aqui presentes asfotografias vencedoras e as escolhas dos editores dosdesafios 106 ao 120, bem como as descrições dosvencedores, na rúbrica "Fotografia em Palavras".

O artigo nesta FMagazine é da autoria do fotógrafoJosé Loureiro que dá excelentes dicas sobre"Fotografia de Estúdio" muito úteis, também, parafuturos temas que iremos propor, a ler com atenção.

A participante Lina Reis (uma das que mais vezes foipremiada entre os desafios 106 a 120) foi a nossaconvidada para apresentar o seu portefólio, um beloconjunto de imagens para admirar.

P.S.: se quiserem ver os vossos trabalhos (tal comoportefólios; artigos; ensaios; etc.) publicados numdos próximos números poderão consultar os termosAqui.

#003

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vencedores e

escolhas dos editores

#106 a #120

entrevista

JoãoCoutinho

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artigo

Fotografia deestúdio

portefólio

LinaReis

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JoãoCoutinhojoaocoutinho.podiumfoto.com

João Coutinho nasce em Lisboa, no ano 1976.Tem investido mais tempo na fotografia nos últimos 4 anos, tendoformação e consolidado os seus conhecimentos técnicos através doMovimento de Expressão Fotográfica, entidade pela qual terminourecentemente o curso práctico de fotografia.

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joaocoutinho.podiumfoto.com

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Quais foram as motivações e o momento que o levou a interessar­sepela fotografia?Quando tive a oportunidade de conhecer os Açores, sendo S. Miguel a primeira, sentique tinha de comprar uma máquina pois fiquei maravilhado com toda aquelabiodiversidade que estava em meu redor. Voltar sem fotografar, seria um erro. Naaltura o digital ainda estava no berço, e optei pelo analógico, o qual sempre apreciei egostei. Dos filmes gostava da Fuji e da Ilford.

Tive a oportunidade de conhecer todas as ilhas e de fazer longas caminhadas nessasviagens. Percebi que algo estaria vivo em mim. Alguns desses fotogramas que fiz,tiveram impacto em mim e começaram a surtir efeito como uma bola de neve. Aindame recordo, do entardecer na Fajã de Santo Cristo em S. Jorge, ou da Poça doBacalhau nas Flores, da fauna marinha que se pode observar no canal, o Pico queacorda sempre de uma maneira diferente, das touradas de corda na terceira e naGraciosa, do pôr­do­sol nos Mosteiros em S.Miguel.

Foram os primeiros estimulos que tiveram força para desenvolver e dar continuidade,a esta longa caminhada na minha fotografia.

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Qual é a área dentro da fotografia pelo qual se sente mais atraído?Existem duas áreas na fotografia, as quais me identifico mais, tais como a fotografiade rua e a reportagem. Dentro da reportagem, gosto do fotojornalismo e documental,mas penso ser a documental aquela que ultimamente tenho dedicado mais tempo etido algum reconhecimento.

O gosto em fazer fotografia de rua, consiste em eternizar momentos, mas acima detudo ter a liberdade e a ilusão daquilo que possa acontecer.

O gosto na fotografia documental é a possibilidade de documentar determinadarealidade e através dela dar a conhecer o sentimento de algo pelo nosso olhar eângulo. Retratar a vida e dar luz a uma história seja qual for a origem da sua natureza.Sentar à mesa com o tempo e construir longos e demorosos projectos, onde asimagens possam falar entre si e narrar um tema visual.

#009

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Existe algum fotógrafo(a) que o inspire particularmente?Existem diversos fotógrafos que me inspiram. Menciono alguns como exemplos, taiscomo o Elliot Erwitt ou mesmo o Henri Cartier­Bresson pelos seus momentos únicose visão que ultrapassa décadas e suas modas. Na mesma linha, o fotojornalistabrasileiro Flávio Damm de Porto Alegre, que me inspira pela forma e momento emque o conheci, como por toda a sua vasta obra fotográfica.

Admiro a coragem do Robert Capa por conseguir documentos tão importantes empleno teatro de guerra durante a 2ª Guerra mundial ou mesmo o sentimento queMarc Riboud imprimiu nas suas imagens. As narrativas densas e algo misteriosas dePaolo Pellegrin são únicas e captam a minha atenção desde o inicio.

Para si, o que é a fotografia perfeita?Para mim, a fotografia perfeita é e será sempre a próxima. A persistência econhecimento caminham de mãos dadas na fotografia. As ditas grandes imagens, sealguma vez existem ou existiram, são o resultado da dedicação e entrega que cadafotógrafo dá a esta arte.

Acredito que uma boa imagem possa ser sorte, mas várias não são fruto do acaso. Énecessário uma entrega completa para conseguir determinados resultados. E maisimportante que tudo, são as histórias que guardamos por detrás de cada uma delas.

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A Internet é um meio ou será que sem a Internet, provavelmente nãofaria fotografia?A internet é um meio de transmissão, tal como é o jornal ou a revista. O digital einternet desenvolveram­se a uma grande velocidade e democratizou a fotografia.Aumentaram os sites, blogs e meios de comunicação, tal como as redes sociais. Éimpossivel ficar alheio a todo este fenómeno e se queremos crescer é importanteacompanhar a evolução e adaptarmo­nos a novos costumes e valores. Mascontinuaria sempre a fotografar, mesmo que as imagens ficassem fechadas na minhagaveta.

Tem um blogue onde apresenta o seu trabalho?Não tenho nenhum blog. Tenho sim, diversos trabalhos apresentados em vários sitesespecializados na área. Acrescenta importância, no sentido que é possível ler,partilhar conhecimentos e experiências que podem ser úteis no nosso presente efuturo.

O objectivo não é agradar a todos, pois isso é impossível, mas saber e sentir quealguém não fica indiferente com aquilo que fazemos é importante. Mas maisimportante é acreditar naquilo que se faz e no prazer em que temos quando ofazemos.

Um blog ou mesmo um site, podem ser úteis para mim a longo prazo, mas o momentoainda não aconteceu.

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O que acha de espaços de partilha fotográfica, como o Flinpo?Envio desde já, os meus sinceros parabéns à equipa Flinpo (que infelizmentedesconheço) pelo projecto que ambiciona e luta todos os dias. Juntar a maioria dosfotógrafos, sejam amadores, semi­profissionais ou mesmo profissionais que falam amesma lingua é algo original e único. Podemos estar em qualquer parte do mundo,mas aquele espaço é nos oferecido para partilhar e juntar saberes e prácticas, comodivulgar culturas e partilhas daquilo que conhecemos é um bem que não pode serdispensado. Espero e faço votos que continue durante muitos e longos anos. Comopraticante da língua portuguesa, é um orgulho poder estar entre vocês.

Qual o material fotográfico que utiliza?O material que utilizo é uma Nikon D90 com a lente de origem 18­105mm, bem comoas fixas 50mm e 35mm.

Tem o hábito de visitar o espaço de outros fotógrafos?Faz parte do ADN do fotógrafo ser um Voyeur e como tal, gosto de acompanhardiversos trabalhos de vários fotógrafos, seja por internet, revistas ou jornais. Quandogosto de algo, vou mais longe e tento aumentar a minha biblioteca fotográfica.

#013

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Como é que aconteceua fotografia de capadesta revista?Estava na área de Cartaxoquando curiosamente aper­cebo­me estar perto daponte D.Amélia (que nuncatinha visto) que liga osconcelhos de Cartaxo eSalvaterra de Magos.Perguntei junto de popula­res a razão desta estarfechada e na altura qual omelhor caminho parachegar a outra parte. EraDomingo, e com a máquinafotográfica na mão e a luzforte de final de dia, vi umpotencial a ser fotografado ea possibilidade de não serinterrompido por ninguém.Fiquei entretido durantelargos minutos a explorar osângulos e grafismos. Comonos dias anteriores tinhachovido, as condições eramóptimas, pois não existiapoeira no ar. A imagem emquestão foi das primeiras aserem feitas.

Se a sua câmara falasse o que é que ela diria?Que estava apaixonada por mim, desde o 1º olhar. Ciumenta, treme quando mudo alente, seja ela qual for. Cansada de apanhar alguma chuva, poeira e muito sol, nuncadesmoralizou e esteve sempre presente nos momentos decisivos. Abriu o seudiafragma a f:1.8 quando conheceu alguns rostos e viajou muitos quilómetros. Gostado ritmo 1/1000 mas outrora deixa­se levar pela luz e fica­se pelo 1/5. Fiel do seuamigo tripé, quase adormeceu em alguns lugares. Pronta e disponível, em qualquerlugar e hora.

#015

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austeridade

Esta imagem foi feita propositadamente para odesafio proposto pelo Flinpo. Tentei fugir à imagemda pobreza e "mendigagem", que julgo não seenquadrar muito no tema, e dar algum humor eleveza ao assunto.Pensei um pouco e surgiu esta ideia de colocar umalata de sardinha, conotada, ainda, como umarefeição barata numa mesa posta.Tecnicamente a imagem é muito imperfeita, poisnota­se muito os brilhos nos talheres das lâmpadasdo tecto da minha cozinha mas devido à falta detempo, pois era já sábado e último dia paraparticipar, não tive oportunidade de fazer algo parafiltrar a luz.

#1: Almoço austero de RuimnmAbertura: f/7.1

Velocidade: 1 seg.

Distância focal: 46 mm

Com tripé

Sem flash

#106Fotografias que retratem os efeitos da austeridade económica,

nas suas mais variadas formas e perspectivas.Tema sugerido por João Coutinho.

#017

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#019

#106austeridade

Fotografias que retratem os efeitos da austeridade económica,nas suas mais variadas formas e perspectivas.

Tema sugerido por João Coutinho.

#4: O Peso da Austeridade de Helena Prata

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#5: Tempo de Luta e Coragem! de Paulo César Silva

Escolha dos Editores: Futuro incerto de Manuel Ribeiro

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#106#021

Fotografias que retratem os efeitos da austeridade económica,nas suas mais variadas formas e perspectivas.

Tema sugerido por João Coutinho.

austeridade

Escolha dos Editores: Almoço de amanhã de Jean Siqueira

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#023

#107porta

Fotografias que retratem uma porta.

Ser o primeiro a acordar, não implica necessari­amente ser o primeiro a fazer o pequeno almoço, jáque pelo caminho podemos encontrar umaexcelente oportunidade fotográfica: "Acerca dafotografia, esta foi tirada numa altura em que euestava a realizar o meu projeto fotográfico «Projeto365», e por isso todos os dias havia umapreocupação de fazer pelo menos uma fotografia(com mais ou menos qualidade). Nesta manhã emparticular, em casa, fui eu quem acordou mais cedoe ao descer as escadas, ainda com todas as janelasfechadas, reparei na luz exterior que «trespassava»a porta, e achei que poderia estar ali a fotografia dodia. Preparei máquina e tripé e fiz três disparos quesaíram todos muito idênticos. Nesse dia, a «foto dodia» do «Projeto 365» estava feita.".

#1: Olhar interior de Marco C.Abertura: f/4.5

Velocidade: 4 seg.

Distância focal: 30 mm

ISO: 100

Com tripé

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#2: a casa do gigante de José M G Pereira

#3: Forgotten de Vera Cymbron

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#025

#107porta

Fotografias que retratem uma porta.

#4: Disfarçada de Remus

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#5: a ventoinha de Paulo Sérgio Guerra Bastos

Escolha dos Editores: Estranha porta de Rui Almeida

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Escolha dos Editores: Azul de CR

Fotografias que retratem uma porta.

porta#107

#027

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#029

#108longa exposição

Fotografias que usem a técnica da longa exposição.Só iremos aceitar fotografias, onde seja evidente o uso de pelo

menos 1 segundo de tempo de exposição.

Ponderação, reserva, sorte, superstição, enigma...esta fotografia tem isto tudo: "Como quase todas asminhas fotografias tiradas dentro de portas,também esta foi realizada num dia de férias. Tenhoo vício salutar (pelo menos eu penso que sejasalutar) de reservar no mínimo um dia de fériaspara me dedicar a este tipo de fotografias.A ideia para a fotografia nasceu por acaso. Olhei desoslaio para o abajur (aquilo que parece ser umjarro, é na realidade um abajur de um candeeirobem mais velho que eu) e pensei que daria umabonita fotografia devido ao trabalhado do vidro.Antes de tirar o abajur do candeeiro benzi­me,porque se alguma coisa de mal lhe acontecesse, omais certo era eu ser deserdado da "fortuna" dafamília e ser enviado para um sítio que cá sei. ;­)Enquanto estava a preparar as coisas para tirar asfotografias, lembrei­me que também poderiaexperimentar brincar com longas exposições epintura de luz. Com uma lanterna experimenteifazer vários desenhos, desde espirais, vórtices,riscos, ondas e etc.. Esta fotografia foi um dosresultados que mais gostei e que acabei por escolherpartilhar. Obrigado a todos.".

#1: Aeriforme de RemusAbertura: f/5

Velocidade: 6 seg.

Distância focal: 40 mm

Sem flash

Com tripé

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#4: Strength de Vera Cymbron

#031

#108longa exposição

Fotografias que usem a técnica da longa exposição.Só iremos aceitar fotografias, onde seja evidente o uso de pelo

menos 1 segundo de tempo de exposição.

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#5: Light Painting de Rafael Mendes

Escolha dos Editores: Vrummmmmmm de Nuno

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Escolha dos Editores: Ballet de João Menéres

#033

#108longa exposição

Fotografias que usem a técnica da longa exposição.Só iremos aceitar fotografias, onde seja evidente o uso de pelo

menos 1 segundo de tempo de exposição.

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#035

#109alfabeto: F

Faca, figo, foicinha... Fotografias de algo concreto e palpável,cujo seu nome começa pela letra «F».

O segredo desta fotografia é persistência e muitoscliques: «Para mim o mais importante nestafotografia era a forma da fumaça, nos últimosinstantes de sua chama. Por vezes o brilho da brasase foi e a fumaça ficou, outras, a pequena chamaainda se manifestava, mas a composição não era aque eu desejava. Assim foi até a captura almejada.Como fonte de luz, utilizei a pequena lanterna demeu celular.».

#1: Fumaça de Weslei BranicioAbertura: f/5.6

Velocidade: 1/30 seg.

Distância focal: 82 mm

ISO: 200

Sem flash

Com tripé

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#2: Fungos de Fabricio Krusche Ramos

#3: Faca ­ Primeiro objecto de Remus

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#037

#109alfabeto: F

Faca, figo, foicinha... Fotografias de algo concreto e palpável,cujo seu nome começa pela letra «F».

#4: floresta de José M G Pereira

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#039

#109alfabeto: F

Faca, figo, foicinha... Fotografias de algo concreto e palpável,cujo seu nome começa pela letra «F».

Escolha dos Editores: folha submersa de Alfredo Nogueira

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#041

#110paisagem outonal

Fotografias que retratem uma paisagem outonal.Tema sugerido por Fábio Martins.

A fotografia vencedora deste desafio, é a prova que até no meio douma ventania e de chuva, as oportunidades fotográficas não devem serdesperdiçadas: «Em Viseu, cidade de onde sou natural e habito desdesempre, existe uma mata apelidada de Fontelo. Um lugar aprazível ede grande beleza. Costumo todos os anos, por esta época do outono, irfotografar os pequenos cogumelos que aparecem nos troncos dasárvores e nos restos de troncos de árvores que foram abatidas. Essescogumelos têm um tempo de vida muito curto e uns dias antes do dia 1de novembro (dia em que fiz esta fotografia) tinha ido ao Fonteloobservar como estava o nascimento dos cogumelos. Verifiquei que agrande maioria teria apenas mais uma semana de vida e entãoaproveitei o feriado do dia 1 de novembro para ir fazer a sessãofotográfica aos tais cogumelos. Assim aconteceu e de manhã cedo láme dirigi ao local. Estava, para tristeza minha, a chover com algumaintensidade. Não tinha outra forma, ou fotografava com guarda­chuvaou não teria outra oportunidade. Durante cerca de 3 horas, debaixo deuma guarda­chuva lá fiz a sessão fotográfica aos cogumelos. Quandoterminei estava a dirigir­me para o carro, senão quando a chuvacomeçou a cair com menor intensidade, o céu abriu­se um pouco e unsraios de sol iluminaram estas árvores. Ao mesmo tempo que istoestava a acontecer surgiu também uma ventania que fez com que asfolhas começassem a cair em catadupa. Já trazia a câmara arrumadana mochila e foi apenas o tempo de a retirar e fazer uma dúzia declicks para registar este belíssimo momento. Depois o céu voltou afechar­se e a chuva voltou a cair com intensidade.»..

#1: A queda das folhas. de Miguel SilvaAbertura: f/9

Velocidade: 1/40 seg.

Distância focal: 55 mm

ISO: 400

Sem tripé

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#2: Just Standing de Elsa Mendes

#3: paisagem de outono de José M G Pereira

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#043

#110paisagem outonal

Fotografias que retratem uma paisagem outonal.Tema sugerido por Fábio Martins.

#4: Expandir Horizontes de João Coutinho

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#5: outono colorido de Cristina Sousa

Escolha dos Editores: Mata Nacional dos Sete Mantes de Manuela Ferreira Rodrigues

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#045

#110paisagem outonal

Fotografias que retratem uma paisagem outonal.Tema sugerido por Fábio Martins.

Escolha dos Editores: O ESPLENDOR DO OUTONO de João Menéres

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#047

#111livro

Um livro de pura luz. Foi desta forma que aLacorrilha arrematou o primeiro lugar nestedesafio: «Antes de mais, agradeço aos que votaramna minha fotografia e felicito todos os outrosvencedores e participantes. Ficar em primeiro lugarnum desafio cujo tema é uma das minhas grandespaixões, teve um sabor ainda mais especial.Geralmente percorro o meu blogue à procura dafotografia mais apropriada para concorrer aodesafio, mas desta vez já sabia que não iriaencontrar nada que combinasse com o tema eportanto dirigi­me à minha estante de livros e deentre imensos, escolhi o que me é mais especial.Deitei­o aberto sobre uma mesa, de frente a umajanela para aproveitar a luz do dia. Tirei fotografiasde várias perspectivas, ora com mais luz, ora commenos, até que consegui esta, que me encheu asmedidas.».

#1: Folhear de LacorrilhaAbertura: f/1.8

Velocidade: 1/20 seg.

Distância focal: 50 mm

ISO: 100

Sem flash

Sem tripé

Fotografias em que esteja em destaque um ou mais livrosno seu todo ou em parte.

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#049

#111livro

#4: JOÃO MENÉRES de João Menéres

Fotografias em que esteja em destaque um ou mais livrosno seu todo ou em parte.

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#5: Hora da Leitura de Helena Prata

Escolha dos Editores: Sebo de Rogerio Silva Araujo

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#051

#111livro

Escolha dos Editores: Livro de Paulo Vale

Fotografias em que esteja em destaque um ou mais livrosno seu todo ou em parte.

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#053

#112translúcido

Fotografia de algo translúcido: corpos que deixampassar a luz e a difunde.

Uma pausa para o almoço, uma oportunidadefotográfica: «Esta foto foi tirada num dos meuspasseios fotográficos diários, aproveito parte daminha hora de almoço para andar e fotografar. Estaparagem de Autocarros fica junto do ShoppingAmoreiras tirada + ou ­ pelas 14 horas num diaOutono. A esta hora neste largo, mesmo junto a umadas entradas principais, tem sempre um movimentofrenético, uma correria de pessoas por todo o ladoque é um stress total. Foi aí que olhando a paragempela parte de trás vi estas 3 pessoas completamenteparadas. Achei muito interessante o efeito do vidro eisso chamou­me a atenção e fez­me fazer esta foto.».

#1: A ESPERA DIFUSA de ZEKARLOSAbertura: f/13

Velocidade: 1/100 seg.

Distância focal: 50 mm

ISO: 100

Sem flash

Sem tripé

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#055

#112translúcido

Fotografia de algo translúcido: corpos que deixampassar a luz e a difunde.

#4: Prisão de Manuel Ribeiro

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#5: O mundo ao contrário de Luís Felício

Escolha dos Editores: O Cozinheiro de Paulo César Silva

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#057

#112translúcido

Fotografia de algo translúcido: corpos que deixampassar a luz e a difunde.

Escolha dos Editores: Para além da calçada... de Mário Santos

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artigoFotografia de estúdio:

Alguns conceitos,considerações... e

dicas!José Loureiro

Texto e Fotos

joseloureirophotography.blogspot.pt

A propósito da imagem deste"Narciso", fotografado emEstúdio, lembrei­me de "diva­gar" e abordar algumas dicasacerca do tema...Uma das maiores dificuldadesda "Fotografia de estúdio"reside no correcto uso dailuminação. Aparentemente,pode parecer fácil conseguir deimediato bons resultados dadaa panóplia de opções e combi­nações de projectores, difuso­res, etc., bem como dasdiferentes "potências" de ilumi­nação contínua que podemosdispor.Na verdade, não é assim. Nemsempre "quantidade" é sinóni­mo de "qualidade" e tambémneste caso esse princípio éintegralmente válido!

No seguinte Histograma são comparadosos resultados de duas fotografias captadasem estúdio. A primeira (correspondendo àimagem do Narciso que é ilustrada noinicial deste artigo) foi captada comrecurso a uma "caixa de luz" verticalmentecolocada sobre a flor; dois pequenosprojectores laterais (revestidos a papelcavalinho de cor branca) direccionados

indirectamente e duas "placas" de cartão­maquete "K­line" branco de modo areflectirem suavemente a luz em direcção àflor. Só com uma iluminação suave euniformemente distribuída é que épossível captar a textura e os detalhes das"nervuras" das pétalas do Narciso.

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Fotografia de estúdio:Alguns conceitos,considerações... e

dicas!José Loureiro

Texto e Fotos

joseloureirophotography.blogspot.pt

Para conseguir imagens com alguma"força" há que conseguir, caso a caso,dominar a adequada iluminação econtrastes. O caso deste pequeno Narciso éum bom exemplo disso. Fotografado noseu ambiente natural jamais se conseguiria(sem posterior edição) uma imagem tãoisolada e destacada do fundo. Em estúdio,foi possível fotografar com detalhe econcentrar toda a atenção somente nestapequena flor. Não existe mais nenhumelemento disperso na imagem!

Todos os objectos, em função da suacomposição e da sua cor, reflectem a luz de

maneira diferente. Este aspecto afectaainda mais os resultados quando o mesmoobjecto engloba distintos materiais ediversas cores. Os graus de reflexão podemser tão diferentes que para exporcorrectamente uma parte do objecto, umaoutra ficará completamente "estourada"ou, pelo contrário, sub­exposta.Portanto, a simples incidência de muitaluz não resolve o problema...A "Fotografia de estúdio" implica umareflectida preparação antes da captura,designadamente em relação à iluminação,pois pressupõe resultados cuidados no quetoca ao detalhe e pormenor.

No seguinte Histograma são comparadosos resultados de duas fotografias captadasem estúdio. A primeira (correspondendo àimagem do Narciso que é ilustrada noinicial deste artigo) foi captada comrecurso a uma "caixa de luz" verticalmentecolocada sobre a flor; dois pequenosprojectores laterais (revestidos a papelcavalinho de cor branca) direccionados

indirectamente e duas "placas" de cartão­maquete "K­line" branco de modo areflectirem suavemente a luz em direcção àflor. Só com uma iluminação suave euniformemente distribuída é que épossível captar a textura e os detalhes das"nervuras" das pétalas do Narciso.

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No segundo exemplo, podemos ver o queacontece quando pura e simplesmenterecorremos à utilização, sem mais, dumFlash (neste caso um SB­900) em mododirecto i­TTL montado na câmara...Enfim, os resultados são poucoapelativos... Com se verifica no histo­grama, as pétalas ficam sobreexpostas uma

vez que a câmara (mesmo usando, comofoi o caso, a medição pontual nas pétalas)tende a compensar o negro do plano defundo. Por seu turno, também este,contrariamente ao que deveria, não ficacorrectamente exposto e, em vez de sernegro, é dum tom acinzentado escuro.

No entanto, fotografar em estúdiopressupõe uma adequação a cada uma dassituações, motivos ou objectos quefotografámos. Por vezes recorre­se autensílios pouco ortodoxos e que nada têma ver com fotografia... pincéis (paralimpeza do que pretendemos fotografar);papeis/cartões de diversas cores e texturas(para criar reflexão indirecta ou "colorir" aluz, etc., etc.... mas são precisamente essas"invenções" que nos permitem alcançar osresultados que pretendemos!

Algumas dicas:

Ao fotografar objectos/produtos "emestúdio", os dois factores mais importantessão o controle da iluminação e a escolha doplano de fundo certo.A principal função da iluminação deestúdio consiste numa correcta projecção edifusão da mesma.Uma iluminação "bruta" ou pontual, alémde criar fortes contrastes, tornar­se­áinsuficiente para a correcta exposição decertos pontos do objecto que fotografámos.Não quer isto dizer que este tipo deiluminação não seja "correcta" mas simque apenas servirá para certos eespecíficos casos em que pretendemoscriar sobras duras ou fortes contrastes.Na iluminação de estúdio não existe uma"norma" estandardizada. Cada caso é umcaso. Cada objecto, cada situação, tem deser estudada adaptando­se a iluminaçãoem consonância.

Um dos melhores métodos que conheçopara "acertar" com os resultados quepretendemos continua a ser o método detentativa e erro. Além de, como acima járeferi, cada objecto possuir as suaspróprias características reflectoras temosainda de ter em conta que nem sempre oefeito final pretendido é o mesmo paratodos os casos...

Logo à partida, o modo de iluminação queempregámos faz variar os resultados.

Tipos de iluminação de estúdio:

Iluminação Directa e Iluminação Difusa

Enquanto que uma iluminação directacriará grandes contrastes e sombrasprofundas, por outro lado, umailuminação difusa permitirá umailuminação mais homogénea e controlada.Este segundo tipo de iluminação é obtido apartir de difusores e reflectores estrategi­camente colocados.

Além disso, a própria distância a que secolocam as fontes de luz acabam porinfluenciar as sombras.Associando uma iluminação difusa a umplano de fundo em forma de "S" facilmenteeliminámos a "linha do horizonte". Esta éuma maneira simples e eficaz parafotografar objectos que queiramosdestacar do mesmo.

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No segundo exemplo, podemos ver o queacontece quando pura e simplesmenterecorremos à utilização, sem mais, dumFlash (neste caso um SB­900) em mododirecto i­TTL montado na câmara...Enfim, os resultados são poucoapelativos... Com se verifica no histo­grama, as pétalas ficam sobreexpostas uma

vez que a câmara (mesmo usando, comofoi o caso, a medição pontual nas pétalas)tende a compensar o negro do plano defundo. Por seu turno, também este,contrariamente ao que deveria, não ficacorrectamente exposto e, em vez de sernegro, é dum tom acinzentado escuro.

No entanto, fotografar em estúdiopressupõe uma adequação a cada uma dassituações, motivos ou objectos quefotografámos. Por vezes recorre­se autensílios pouco ortodoxos e que nada têma ver com fotografia... pincéis (paralimpeza do que pretendemos fotografar);papeis/cartões de diversas cores e texturas(para criar reflexão indirecta ou "colorir" aluz, etc., etc.... mas são precisamente essas"invenções" que nos permitem alcançar osresultados que pretendemos!

Algumas dicas:

Ao fotografar objectos/produtos "emestúdio", os dois factores mais importantessão o controle da iluminação e a escolha doplano de fundo certo.A principal função da iluminação deestúdio consiste numa correcta projecção edifusão da mesma.Uma iluminação "bruta" ou pontual, alémde criar fortes contrastes, tornar­se­áinsuficiente para a correcta exposição decertos pontos do objecto que fotografámos.Não quer isto dizer que este tipo deiluminação não seja "correcta" mas simque apenas servirá para certos eespecíficos casos em que pretendemoscriar sobras duras ou fortes contrastes.Na iluminação de estúdio não existe uma"norma" estandardizada. Cada caso é umcaso. Cada objecto, cada situação, tem deser estudada adaptando­se a iluminaçãoem consonância.

Um dos melhores métodos que conheçopara "acertar" com os resultados quepretendemos continua a ser o método detentativa e erro. Além de, como acima járeferi, cada objecto possuir as suaspróprias características reflectoras temosainda de ter em conta que nem sempre oefeito final pretendido é o mesmo paratodos os casos...

Logo à partida, o modo de iluminação queempregámos faz variar os resultados.

Tipos de iluminação de estúdio:

Iluminação Directa e Iluminação Difusa

Enquanto que uma iluminação directacriará grandes contrastes e sombrasprofundas, por outro lado, umailuminação difusa permitirá umailuminação mais homogénea e controlada.Este segundo tipo de iluminação é obtido apartir de difusores e reflectores estrategi­camente colocados.

Além disso, a própria distância a que secolocam as fontes de luz acabam porinfluenciar as sombras.Associando uma iluminação difusa a umplano de fundo em forma de "S" facilmenteeliminámos a "linha do horizonte". Esta éuma maneira simples e eficaz parafotografar objectos que queiramosdestacar do mesmo.

#061

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Quanto ao material, quer em tecido,designadamente em veludo, quer emcartolina lisa são os Planos de fundo maisuniformes que se encontram. De igualmodo, fundos em material acrílico (decores diversas) porporcionam fundos lisos.

Vidro ­ Este é um fundo óptimo para criarreflexos espelhando o próprio objectofotografado.

Texturados ­ Por exemplo, de papel quepodemos facilmente adquirir em qualquersuperfície comercial sob várias cores.Destaco o papel "Craft" e o "Crepe".Também tecidos coloridos e texturados

podem dar bons resultados desde que,pelas suas cores ou texturas, permitamdestacar o objecto do fundo.

Temáticos ­ Constituídos por qualquerelemento que permita servir de fundo e, aomesmo tempo, criar um ligação temáticacom o que fotografámos. Madeiras,tecidos, etc...

Exemplo dum destes fundos temáticos queusei para fotografar um conjunto deequipamentos necessários aos pilotos paraplaneamento de viagens aéreas ­ umMapa. A fotografia destinou­se a ilustrarum artigo publicado numa revista daespecialidade.Ainda acerca desta fotografia, umacuriosidade:Após várias tentativas, a melhor “solução”de iluminação para fotografar esteconjunto de objectos foi conseguidaatravés da simples colocação domapa/plano de fundo sobre uma mesa devidro. Por baixo, uma lâmpadaincandescente serviu de retro­iluminaçãode modo a realçar os tons quentes.

Texto e FotosJosé Loureiro

joseloureirophotography.blogspot.pt

Quanto a equipamento, as "Softbox"(também conhecidas por "Caixas de luz"ou "Janelas de luz", conforme lhe queiramchamar) são excelentes difusoras de luz!

Projectores revestidos (com tecido oumesmo papel ­ atenção às temperaturaspara não provocar incêndios..), tambémpoderão ser bons modos de difusão de luz.Outra alternativa é a de projectar a luzemanada dos mesmos numa paredebranca ou um reflector (ou, ainda, numasimples cartolina de cor branca). Qualqueruma destas formas transformará ailuminação "dura" dos projectores numailuminação "mais suavizada".Além disso, existem as tradicionais"Sombrinhas" reflectoras. Um equipa­mento acessível que proporciona uma boadifusão de luz. Existem em váriostamanhos e tipos, desde as opacas(revestidas a cor dourada ­ para criartonalidades quentes ­ ou prateadas) quereflectem a luz num só sentido (retorno) eas translúcidas que, além de reflectirem deforma muito suave a luz permitem apassagem de parte da luz recebida. Podem,por isso, também ser usadas como filtrodifusor no caso de serem viradasdirectamente para o objecto.

Resumindo o que até aqui disse, afotografia de estúdio vive muito daimprovisação!Soluções simples, mas engenhosas,permitirão resultados melhores do que orecurso a melhor equipamento!Acreditem que, muitas vezes, uma simples

folha de papel branco usada para reflectir,difundir ou moldar a luz é mais útil que omelhor dos projectores!

Objectos brilhantes

De todos os objectos que podemosfotografar em Estúdio os maisproblemáticos são os compostos pormaterial de vidro ou metal dadas ascaracterísticas reflectoras dessesmateriais!Se, além disso, as suas formas foremcurvas, ainda pior... A solução parafotografar objectos deste tipo consiste emdifundir ao máximo a luz. Tendas de Luz,Sombrinhas ou mesmo luz através deacrílicos translúcidos são geralmente umaboa solução.

Tipos de plano de fundo

A fotografia de objectos ou produtos em"Estúdio" não se resume somente ailuminação... Outro aspecto que em muitocontribui para um bom resultado passapela escolha dum adequado "Plano defundo". A seguir menciono os maiscomuns (pelo menos são estes os que maisutilizo):

Lisos ­ Os dois mais usuais são os de corpreta e os brancos. O preto é o ideal paracriar contrastes e isolar o objecto. Por suavez, o branco torna­se útil para recortar edestacar o objecto.

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Quanto ao material, quer em tecido,designadamente em veludo, quer emcartolina lisa são os Planos de fundo maisuniformes que se encontram. De igualmodo, fundos em material acrílico (decores diversas) porporcionam fundos lisos.

Vidro ­ Este é um fundo óptimo para criarreflexos espelhando o próprio objectofotografado.

Texturados ­ Por exemplo, de papel quepodemos facilmente adquirir em qualquersuperfície comercial sob várias cores.Destaco o papel "Craft" e o "Crepe".Também tecidos coloridos e texturados

podem dar bons resultados desde que,pelas suas cores ou texturas, permitamdestacar o objecto do fundo.

Temáticos ­ Constituídos por qualquerelemento que permita servir de fundo e, aomesmo tempo, criar um ligação temáticacom o que fotografámos. Madeiras,tecidos, etc...

Exemplo dum destes fundos temáticos queusei para fotografar um conjunto deequipamentos necessários aos pilotos paraplaneamento de viagens aéreas ­ umMapa. A fotografia destinou­se a ilustrarum artigo publicado numa revista daespecialidade.Ainda acerca desta fotografia, umacuriosidade:Após várias tentativas, a melhor “solução”de iluminação para fotografar esteconjunto de objectos foi conseguidaatravés da simples colocação domapa/plano de fundo sobre uma mesa devidro. Por baixo, uma lâmpadaincandescente serviu de retro­iluminaçãode modo a realçar os tons quentes.

Texto e FotosJosé Loureiro

joseloureirophotography.blogspot.pt

Quanto a equipamento, as "Softbox"(também conhecidas por "Caixas de luz"ou "Janelas de luz", conforme lhe queiramchamar) são excelentes difusoras de luz!

Projectores revestidos (com tecido oumesmo papel ­ atenção às temperaturaspara não provocar incêndios..), tambémpoderão ser bons modos de difusão de luz.Outra alternativa é a de projectar a luzemanada dos mesmos numa paredebranca ou um reflector (ou, ainda, numasimples cartolina de cor branca). Qualqueruma destas formas transformará ailuminação "dura" dos projectores numailuminação "mais suavizada".Além disso, existem as tradicionais"Sombrinhas" reflectoras. Um equipa­mento acessível que proporciona uma boadifusão de luz. Existem em váriostamanhos e tipos, desde as opacas(revestidas a cor dourada ­ para criartonalidades quentes ­ ou prateadas) quereflectem a luz num só sentido (retorno) eas translúcidas que, além de reflectirem deforma muito suave a luz permitem apassagem de parte da luz recebida. Podem,por isso, também ser usadas como filtrodifusor no caso de serem viradasdirectamente para o objecto.

Resumindo o que até aqui disse, afotografia de estúdio vive muito daimprovisação!Soluções simples, mas engenhosas,permitirão resultados melhores do que orecurso a melhor equipamento!Acreditem que, muitas vezes, uma simples

folha de papel branco usada para reflectir,difundir ou moldar a luz é mais útil que omelhor dos projectores!

Objectos brilhantes

De todos os objectos que podemosfotografar em Estúdio os maisproblemáticos são os compostos pormaterial de vidro ou metal dadas ascaracterísticas reflectoras dessesmateriais!Se, além disso, as suas formas foremcurvas, ainda pior... A solução parafotografar objectos deste tipo consiste emdifundir ao máximo a luz. Tendas de Luz,Sombrinhas ou mesmo luz através deacrílicos translúcidos são geralmente umaboa solução.

Tipos de plano de fundo

A fotografia de objectos ou produtos em"Estúdio" não se resume somente ailuminação... Outro aspecto que em muitocontribui para um bom resultado passapela escolha dum adequado "Plano defundo". A seguir menciono os maiscomuns (pelo menos são estes os que maisutilizo):

Lisos ­ Os dois mais usuais são os de corpreta e os brancos. O preto é o ideal paracriar contrastes e isolar o objecto. Por suavez, o branco torna­se útil para recortar edestacar o objecto.

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#065

#113díptico

Construa um díptico com duas fotografias que se completeme comuniquem explicitamente entre si.

Já aqui dissemos várias vezes, que não preciso sairde casa para se conseguir belas fotografias. Avencedora deste desafio é mais uma prova dissomesmo: «Como acontece­me muitas vezes, a ideiapara este conjunto fotográfico aconteceu por meroacaso. Andava eu no quintal feito explorador,quando reparei neste par singelo de Tulipas(túlipas) por entre uma Zantedeschia aethiopica(jarro ou Lírio­do­nilo). Numa primeira fase, tireifotografias somente às tulipas. Mas depois veio­meao pensamento que poderia fazer esta brincadeira:Tirar duas fotografias, uma com a focagem nastúlipas, a outra com a focagem no jarro e mais tardejunta­las numa única composição. Após váriasexperiências, acabei por optar enquadrar somenteum pouco da folha do jarro, já que se lhe desse maisprotagonismo, o pormenor das tulipas iria sairdiluído.».

#1: 2 x 2 = 1 de RemusAbertura: f/3.6

Velocidade: 1/500 seg.

Distância focal: 316 mm

Sem flash

Sem tripé

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#2: A tua sombra. de Miguel Silva

#3: Ajuda­me...nããooo...segura­m de Gonçalo Porfirio

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#067

#113díptico

Construa um díptico com duas fotografias que se completeme comuniquem explicitamente entre si.

#4: O Rio de L.Reis

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#5: a mulher duplicada de Marco C.

Escolha dos Editores: Brincadeiras na areia de Ligia Bento

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#069

#113díptico

Construa um díptico com duas fotografias que se completeme comuniquem explicitamente entre si.

Escolha dos Editores: Uau! de Elsa Mendes

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#071

#114alfabeto: GGuindaste, garfo, giesta... Fotografias de algo concreto

e palpável, cujo seu nome começa pela letra «G».

Poderíamos caracterizar a fotografia vencedoradeste desafio, com o perpetuar de um momentocheio de cor e de fantasia: «Esta fotografia foi tiradaem Águeda, esta decoração (guarda­chuvas) estevepresente durante vários dias nalgumas das ruas dacidade. Sendo eu uma amante de tudo o que écriativo e diferente peguei na minha câmara e partiem busca da foto "perfeita" cheia de cor tal como eugosto..Esta fotografia surgiu por acaso, tirei váriasfotos ás ruas e inclui os guarda chuvas e asrespectivas sombras, mas faltava qualquer coisa, derepente olhei para cima e encontrei um fundoperfeito, aquele céu azul que tanto me fascina, acheia conjugação perfeita, mais cor seria impossível. Efoi assim que esta foto surgiu, através do meu olhar,mas também da criatividade de pessoas queproporcionaram um espectáculo incrível, sem o qualesta foto não seria possível...».

#1: Guarda­Chuvas de Diana TavaresAbertura: f/10

Velocidade: 1/250 seg.

Distância focal: 42 mm

ISO: 180

Sem flash

Sem tripé

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#073

#114alfabeto: GGuindaste, garfo, giesta... Fotografias de algo concreto

e palpável, cujo seu nome começa pela letra «G».

#4: Garfos ­ Garfologia de Remus

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#075

#114alfabeto: GGuindaste, garfo, giesta... Fotografias de algo concreto

e palpável, cujo seu nome começa pela letra «G».

Escolha dos Editores: Grades de Jean Siqueira

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#077

#115doce

Fotografias de alguma coisa que seja comestível e doce.

«Esta foi mais uma fotografia que fiz a pensar nodesafio proposto, pois quando dei nota do tema, ecorrendo o meu arquivo, reparei que não tinhanenhuma fotografia "doce". Assim, pensei em algoque não fosse apenas bolos e afins e surgiu a ideiadas gomas.Na loja, no meio de inúmeras formas, cores (esabores), estavam estes ursinhos translúcidos epensei que seria interesante explorar a luz com eles.Montei o cenário com uma cartolina preta comofundo, outra na base, por baixo de uma placaacrílica e os ursinhos perfilados. Tentei váriasformas de iluminação e a que melhor resultou foiesta: dois candeeiros de secretária, um de cada lado,virados para a parede de fundo (branca) por detrásda cartolina preta, criando uma luz indirecta e maisdifusa, evitando reflexos no acrílico e mesmo assimsuficiente para iluminar as gomas».

#1: ursinhos­gummy de ruimnmAbertura: f/5.6

Velocidade: 2,5 seg.

Distância focal: 57 mm

ISO: 100

Sem flash

Com tripé

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#079

#115doce

Fotografias de alguma coisa que seja comestível e doce.

#4: Doce de morango de João Menéres

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#5: 50 grs de açúcar de L.Reis

Escolha dos Editores: Beleza Confeitada de Elza Cohen

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#081

#115doce

Fotografias de alguma coisa que seja comestível e doce.

Escolha dos Editores: doces de natal de Vit0ria da Silva

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#083

#116espírito natalício

Fotografias que retratem o espírito natalício.Feliz Natal para todos.

De objectos considerados banais, nasceu umacriativa e original fotografia natalícia: «Esta imagemsurgiu na sequência de umas brincadeirasfotográficas que estava a fazer com agulhas. Como oambiente em que estava já era muito natalício e umadas ideias que estava a experimentar não estava aresultar, lembrei­me de ir buscar uma linha verdepara tentar fazer algo semelhante a uma árvore.Coloquei umas folhas brancas sobre o meu sofá,enfiei as linhas numas quantas agulhas (esta partenão é nada fácil) e depois foi só espetá­las à alturadesejada e esticar a linha ou dar­lhe folga para obtero efeito pretendido.Tirei umas 4 ou 5 fotografiascom formas e pontos de focagem diferentes, masesta acabou por ser a minha preferida. (Gostava deter conseguido uma luz mais "quente", mas com omaterial que tinha à mão não foi possível).».

#1: Bordado de Natal de L.ReisAbertura: f/4

Velocidade: 1/250 seg.

Distância focal: 100 mm

ISO: 100

Sem flash

Com tripé

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#2: o presépio de Fatima Condeço

#3: Um Natal Doce! de Paulo César Silva

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#085

#116espírito natalício

Fotografias que retratem o espírito natalício.Feliz Natal para todos.

#4: Boas Festas para todos! de ruimnm

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#087

#116espírito natalício

Fotografias que retratem o espírito natalício.Feliz Natal para todos.

Escolha dos Editores: Segue a estrela de Pedro Martins

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#089

#117último

Fotografias que retratem a ideia de último.

«Esta fotografia "nasceu" graças ao Flinpo. O Flinpofaz­nos ser criativos faz­nos ir em busca dafotografia certa e do momento certo. Sem estedesafio "Último" talvez esta fotografia não existisse,porque foi a pensar unicamente no desafio que elafoi feita. Como adoro fotografias de gotas achei queseria uma boa opção para este desafio, decidiutilizar uma garrafa com água, e a partir daí fuifotografando à procura da melhor fotografia e quemelhor representasse o tema pois é esse o principalobjectivo sempre que participo nestes desafios.».

#1: A Última Gota de Diana TavaresAbertura: f/5.6

Velocidade: 1/40 seg.

Distância focal: 55 mm

ISO: 100

Sem flash

Com tripé

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#2: Ultimo Minuto de Carlos Nicolau

#3: O último passageiro. de Paulo César Silva

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#091

#117último

Fotografias que retratem a ideia de último.

#4: Último mês de Kaipiroska

Page 92: Flinpo Magazine 007

#5: o último passageiro de Adelina Silva

Escolha dos Editores: O Rebanho de Paulo Vale

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#093

#117último

Fotografias que retratem a ideia de último.

Escolha dos Editores: O último a chegar de L.Reis

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#095

#118O ano de 2012 já passou e agora queremos ver

a sua melhor fotografia tirada em 2012.

«Desta vez nem sei o que escrever, porque afotografia não tem uma grande história. Uma vezmais, é uma daquelas fotografias que nasceu pormero acaso. Numa sessão de fotografias de objectos,os agrafos tiveram a sorte de serem os actoresprincipais. Fui adicionando "placas" de agrafos emcima da secretária (usei uma cartolina branca comobase e fundo) e fui tirando fotografias de váriosângulos e perspectivas. Quando já tinha um montede agrafos espalhados em cima da secretária, elesfizeram­me lembrar aquelas vistas citadinas, tantasvezes retratadas, de Nova Iorque, Tóquio ou deXangai. A partir daí, a associação dos agrafos aprédios de uma cidade, foi um pequeno passo. Perdialgum tempo a encontrar a melhor disposiçãopossível, para realçar cada "prédio" e um dosresultados foi este. Digo um, porque ainda tenhomais para publicar. :­)».

#1: A cidade de RemusAbertura: f/5

Velocidade: 1/100 seg.

Distância focal: 70 mm

Sem flash

Sem tripé

melhor de 2012

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#2: Voo até à lua de Rui Almeida

#3: Walk against storm de Gonçalo Porfirio

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#097

#118melhor de 2012

O ano de 2012 já passou e agora queremos vera sua melhor fotografia tirada em 2012.

#4: Papel­Estudo em vermelho de L.Reis

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Escolha dos Editores: Floresta encantada de Ana Lúcia

#5: Nascer do Sol de Helena Prata

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#099

#118melhor de 2012

O ano de 2012 já passou e agora queremos vera sua melhor fotografia tirada em 2012.

Escolha dos Editores: Proclamados Reflexos de Pedro Costa

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#101

#119alfabeto: H

Harmala, hipopótamo, homem... Fotografias de algo concretoe palpável, cujo seu nome começa pela letra «H».

Esta foto foi feita no final do mês de maio de 2010para o concurso da Maratona Fnac Viseu. Eramquatro da manhã e falta­me fazer ainda uma fotopara o tema final. Quando me deslocava para casapara tentar dormir um pouco deparei no recinto dafeira de S. Mateus com milhares de borboletas quevoavam em volta de holofotes que iluminavam ocampo da feira. Parei o carro e foi observar estedeslumbrante espetáculo. Reparei que asborboletas, atraídas pela luz, faziam voos rasantesaos holofotes e que por vezes caiam em cima deles eprovocavam enormes explosões. Um cenário algoDantesco mas de uma enorme beleza visual. Fuiapanhar a máquina e o tripé e fiz cerca de umacentena de fotos. Esta é uma das que mais gostei.Nesta foto uma borboleta faz um voo rasante eprovoca este efeito maravilhoso. Esta foto e maisoutras seis deram­me o 2.º lugar no referidoconcurso. Desde então nunca mais consegui ver esteespetáculo.

#1: Holofote. de Miguel SilvaAbertura: f/5.6

Velocidade: 1 seg.

Distância focal: 250 mm

ISO: 400

Com tripé

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#103

#119alfabeto: H

Harmala, hipopótamo, homem... Fotografias de algo concretoe palpável, cujo seu nome começa pela letra «H».

#4: Homem do leme de Jorge Monteiro

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#5: Habitações de Lacorrilha

Escolha dos Editores: Hortelã de Angela Morato

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#105

#119alfabeto: H

Harmala, hipopótamo, homem... Fotografias de algo concretoe palpável, cujo seu nome começa pela letra «H».

Escolha dos Editores: (H)ospital e seus segredos de Helena Lagartinho

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#107

#120minimalismo

«O menos é mais». Fotografia com um enquadramento que use apenasum ou muito poucos elementos (a mínima diversidade de formas e

cores), com um fundo homogéneo ou com um mesmo padrão.

As fotografias com que tenho participado nos diferentesdesafios da FLINPO, têm sido obtidas do meu "baú", ouseja, são fotografias que não são preparadas face a cadanovo desafio que surja. No seio da fotografia possoconsiderar­me como um autor muito generalista,apurando técnicas e procurando registar diferentesambientes, ou mais naturais ou mais antrópicos,explorando o concreto ou deambulando entre formas,cores e texturas. Neste domínio gosto particularmentede ambientes urbanos procurando registar essências egeometrias. Nestes acasos, sob o tema minimalismo,procurei entre as imagens efetuadas anteriormente,qual se enquadraria melhor entre as que já realizei.Escolhi esta por ser marcada por uma tonalidade forteconferindo uma certa homogeneidade cromática,apresentar 4 janelas que não se destacam mas quemarcam uma presença evidente, e um elemento vivo,no caso o pequeno arbusto. A fotografia foi realizadaem 25 de abril de 2011 às 10:33h num sanitário públicodo Jardim Oudinot, Gafanha da Nazaré, Ílhavo. Comopós­produção recorri ao software Canon Digital PhotoProfessional, Versão 3.11.31.0, endireitando a imagem,seguido de ligeiro crop e pequenos ajustes nocontraste/saturação.

#1: A forma, a cor e o arbusto de José M G PereiraAbertura: f/7.1

Velocidade: 1/400 seg.

Distância focal: 300 mm

ISO: 100

Sem flash

Sem tripé

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#2: BIG BROTHER IS WATCHING YOU de ZEKARLOS

#3: Mar Urbano de João Coutinho

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#109

#120minimalismo

«O menos é mais». Fotografia com um enquadramento que use apenasum ou muito poucos elementos (a mínima diversidade de formas e

cores), com um fundo homogéneo ou com um mesmo padrão.

#4: Sozinho de Luís Felício

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#111

#120minimalismo

«O menos é mais». Fotografia com um enquadramento que use apenasum ou muito poucos elementos (a mínima diversidade de formas e

cores), com um fundo homogéneo ou com um mesmo padrão.

Escolha dos Editores: escada de Hernani Ferreira Pinto

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Lina Reisdigital­pixels.blogspot.pt

portefólio

Contar uma história é sempre um “Era uma vez…”,mesmo que a história seja sobre a vida de alguém,mesmo que esse alguém seja eu. Contar uma históriaé pensar em gentes e lugares e tempo… O lugarchama­se Lisboa, onde nasci e vivo e onde passoalgum do meu tempo a ensinar. Se eu pudesse contara minha história neste lugar e pensá­la fantasia,gostaria de ser uma daquelas personagens queenganam o tempo, ziguezagueando caminhos, sópara encontrar aquela qualquer coisa que pode estarescondida na esquina de cada dia. O interesse pelafotografia surgiu neste contexto: o ir atrás de algumacoisa que me entusiasmasse.Lembro­me de me oferecerem livros de fotografia eda pilha de revistas num canto do quarto, lembro­mede ficar fascinada, não tanto com esta ou aquelatécnica mais elaborada, não tanto com a excelência

desta ou daquela máquina, mas com a capacidade que a fotografia tem de nossurpreender com a vertente estética de tanta coisa que, de outra maneira, ficariasubmersa pela pressa com que olhamos as coisas.Às tantas peguei numa máquina e comecei a fotografar à toa, depois quis aprender maise dei por mim a usar “palavrões” técnicos e a carregar uma máquina e duas objetivas,filtros e mais tripé. E, de repente, tinha um blog e, de repente, um convite para umaexposição e, de repente, a fotografia tornou­se aquela qualquer coisa especial que otempo não conseguiu esmorecer. De repente, eu era dona de um imaginário de formas,cores, e luz. De repente, tinha descoberto uma maneira de ser mais atenta e maispermeável ao que está por detrás do óbvio.Ao fotografar ganho uma nova percepção e sou inventora de realidades, mas sobretudo,entretenho­me a jogar ao faz­de­conta… gosto de “pensar” a fotografia e de a “criar”antes de carregar no obturador. Gosto de pensar nas história que ela irá contar e, porquemuitas histórias se contam no papel, talvez seja por isso que ele é um dos meus temasfavoritos.

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Lina Reisdigital­pixels.blogspot.pt

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FlinpoFotografia em Língua Portuguesa

Flinpo Magazine Ano III Nº7 Março 2013