FLIP 01/04/2013

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Segunda-feira C M Y K R$ 1,00 jornaldehoje.com.br Ano XVI NATAL-RN, 1 DE ABRIL DE 2013 Nº 4.601 TOTAL DE PÁGINAS NESTA EDIÇÃO SIGA-NOS NO TWITTER: ACESSE O SITE: 20 @jornaldehoje www.jornaldehoje.com.br E-MAIL REDAÇÃO: [email protected] Dólar comercial R$ 2,01 Dólar turismo R$ 2,09 Dólar/Real R$ 2,01 Euro x real R$ 2,59 Poupança 0,50%/0,41% Taxa Selic 7,25% INDICADORES: Eduardo Campos pode fa- zer Wilma derrotar Fátima na disputa pelo Senado. Alex Medeiros Página 11 Candidatura de Fátima Be- zerra ao Senado passa por a- lianças e articulações. Túlio Lemos Página 3 OPINIÃO - Página 2 Élida Mercês Everildo Bento Roberto Cardoso Ana Luíza Rabelo Spencer Alcimar de Almeida Silva Ailton Salviano Anísio Marinho Neto Marcos A. de Sá Página 7 Carta relembra a sentença histórica no Superior Tribunal Militar em plena ditadura. Vicente Serejo Página 13 Doença em criatórios asiá- ticos reabre mercado europeu para camarão do Brasil. ESCREVEM ARTIGOS DA EDIÇÃO DE HOJE STF deve julgar amanhã a vaga de desembargador do TJRN pelo Quinto. Daniela Freire Página 12 > APENAS EM MARÇO Levantamento feito pela reportagem d’O JORNAL DE HOJE mostrou que, somente no mês de março, o Diário Ofi- cial do Município (DOM) publicou 177 termos de dispensa de licitação nas com- pras de bens e serviços para os diversos órgãos da Prefeitura de Natal. Em média, foram nove dispensas a cada edição que circulou nos últimos 31 dias. E não é só a quantidade que impressiona: os valo- res também foram consideravelmente altos. Somando todos os contratos assi- nados com dispensa de licitação no curto período de um mês foi possível chegar à marca dos R$ 26 milhões. POLÍTICA 5 > DISCUTIDA HÁ 5 DÉCADAS Barragem de Oiticica deve ficar pronta em dois anos ECONOMIA 7 > COBRANÇA DE MINISTRO Garibaldi Filho: Gestão de Rosalba precisa melhorar POLÍTICA 3 > ROTINA Mais um caixa eletrônico é arrombado em praia de Natal Mais um caixa eletrônico foi ar- rombado em Natal, dessa vez localiza- do dentro de centro comercial na Praia dos Artistas. O local fica praticamen- te em frente a um posto policial de in- formações. Suspeitos tinham as cha- ves do empreendimento. CIDADE 10 > MÚSICA Fãs enfrentam lama e curtem bandas do festival Lollapalooza CIDADE 19 > SAÚDE PÚBLICA Coopmed para e Deoclécio Marques fica sem ortopedia CIDADE 6 > VIOLÊNCIA Polícia registra mais um arrastão em casa na Grande Natal CIDADE 10 SEM LICITAR, PREFEITURA ASSINOU 177 CONTRATOS NO VALOR DE R$ 26 MILHÕES ALUGUÉIS CONTESTADOS NA GESTÃO MICARLA DE SOUSA TAMBÉM FORAM RENOVADOS José Aldenir Wellington Rocha José Aldenir > VERMELHOU América confirma favoritismo e leva título da Copa RN 2013 ESPORTE 15

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Cidade, economia, cultura e politica

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Segunda-feira

C M Y K

R$ 1,00 w jornaldehoje.com.brAno XVI w NATAL-RN, 1 DE ABRIL DE 2013 w Nº 4.601

TOTAL DE PÁGINAS NESTA EDIÇÃO

SIGA-NOS NO TWITTER:ACESSE O SITE: [email protected] REDAÇÃO:[email protected]

Dólar comercial R$ 2,01Dólar turismo R$ 2,09Dólar/Real R$ 2,01

Euro x real R$ 2,59Poupança 0,50%/0,41%Taxa Selic 7,25%

INDICADORES:

w Eduardo Campos pode fa-zer Wilma derrotar Fátimana disputa pelo Senado.

AlexMedeiros

Página 11

w Candidatura de Fátima Be-zerra ao Senado passa por a-lianças e articulações.

TúlioLemos

Página 3

OPINIÃO - Página 2

Élida Mercês

Everildo Bento

Roberto Cardoso

Ana Luíza Rabelo Spencer

Alcimar de Almeida Silva

Ailton Salviano

Anísio Marinho Neto

Marcos A. de Sá

Página 7

w Carta relembra a sentençahistórica no Superior TribunalMilitar em plena ditadura.

VicenteSerejo

Página 13

w Doença em criatórios asiá-ticos reabre mercado europeupara camarão do Brasil.

ESCREVEM ARTIGOS DA EDIÇÃO DE HOJE

w STF deve julgar amanhã avaga de desembargador doTJRN pelo Quinto.

DanielaFreire

Página 12

> APENAS EM MARÇO

Levantamento feito pela reportagemd’O JORNAL DE HOJE mostrou que,somente no mês de março, o Diário Ofi-cial do Município (DOM) publicou 177termos de dispensa de licitação nas com-

pras de bens e serviços para os diversosórgãos da Prefeitura de Natal. Em média,foram nove dispensas a cada edição quecirculou nos últimos 31 dias. E não é sóa quantidade que impressiona: os valo-

res também foram consideravelmentealtos. Somando todos os contratos assi-nados com dispensa de licitação no curtoperíodo de um mês foi possível chegarà marca dos R$ 26 milhões.

POLÍTICA 5

> DISCUTIDA HÁ 5 DÉCADAS

Barragem de Oiticica deveficar pronta em dois anos

ECONOMIA 7

> COBRANÇA DE MINISTRO

Garibaldi Filho: Gestão deRosalba precisa melhorar

POLÍTICA 3

> ROTINA

Mais um caixaeletrônico éarrombado empraia de Natal

Mais um caixa eletrônico foi ar-rombado em Natal, dessa vez localiza-do dentro de centro comercial na Praiados Artistas. O local fica praticamen-te em frente a um posto policial de in-formações. Suspeitos tinham as cha-ves do empreendimento.

CIDADE 10

> MÚSICA

Fãs enfrentam lamae curtem bandas dofestival Lollapalooza

CIDADE 19

> SAÚDE PÚBLICA

Coopmed para eDeoclécio Marquesfica sem ortopedia

CIDADE 6

> VIOLÊNCIA

Polícia registra maisum arrastão em casana Grande Natal

CIDADE 10

SEM LICITAR, PREFEITURA ASSINOU 177CONTRATOS NO VALOR DE R$ 26 MILHÕESALUGUÉIS CONTESTADOS NA GESTÃO MICARLA DE SOUSA TAMBÉM FORAM RENOVADOS

José

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Wellington Rocha

José Aldenir

> VERMELHOU

América confirma favoritismoe leva título da Copa RN 2013

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Segunda-feira2 O Jornal de HOJE Natal, 1 de abril de 2013 Opinião

Artigo

ReformaPenal

ANÍSIO MARINHO NETO, 1º procu-rador de Justiça, professor e mem-bro da ALEJURN, IHGRN e UBE([email protected]).

Morro do Careca será arrasadoem prol da praia de Ponta Negra

Artigo ROBERTO CARDOSO, cientista social e sócio efetivo do IHGRN([email protected])

O Morro do Careca localizado emPonta Negra (Natal/RN) será devastado,desfeito tendo seu material retirado para re-cuperar a praia de Ponta Negra que tem per-dido espaço pela ação das ondas do mar emperíodos de ressaca e maré alta. Estudosforam feitos e constatou-se que boa parteda areia que constituía a praia de PontaNegra foi arrastada pelos ventos forman-do o Morro do Careca. Sendo assim a praiapoderá ser recomposta com a sua própriaareia, retirada pelos ventos, sem prejuízosao ecossistema litorâneo.

A paisagem se rende ao progresso e àtecnologia. Tal como o morro do Castelo,um acidente geográfico, no Rio de Janei-ro, um dia foi retirado atendendo a uma re-forma urbanística, para abrir espaço ao ne-cessário crescimento da cidade. Com o ma-terial retirado no desmonte do morro, foipossível aterrar locais onde se fazia neces-sário ao crescimento da cidade.

A descomposição do Morro do Care-ca ainda se justifica pelos avanços tecno-lógicos alcançados, que hoje permitem a re-construção do morro a qualquer momen-to, por efeitos holográficos. Podendo serfeito e refeito de acordo com a demanda enecessidade turística, podendo aumentarou diminuir sua altura, a quantidade demata nativa ou a marca de areia que o ca-racteriza atualmente. Aos futuros saudo-sos, ainda terão algum tempo para tirar fo-tografias e arquivá-las em suas mídias gra-

váveis, ou em nuvens para deleite de futu-ras gerações.

O Moro do Careca não será o primei-ro monumento turístico a sair das vistasdas pessoas para ficar na memória. O es-tádio de futebol Machadão, também deu es-paço ao progresso e desenvolvimento, asnecessidades urbanas da cidade, tal comoo estádio do Maracanã no Rio de Janeiro.Com o avanço tecnológico a paisagem jánão se faz necessária, é possível destruí-la,construí-la e reconstruí-la com detalhes,agregando valores visuais e cromáticos.

Futurismo e desenvolvimento estãoem toda parte. Os sinais do desenvolvi-mento econômico na Avenida Paulista (SãoPaulo/SP) e na Avenida Rio Branco (Riode Janeiro/RJ) estão presentes na capital doRio Grande do Norte/RN. A Avenida Sal-gado Filho, local onde começa a ser dese-nhado o centro nervoso político e financei-ro da cidade. Prédios com duas torres estãosendo construídos, sendo uma torre residen-cial e outra torre comercial facilitando oacesso aos escritórios, uma tendência do tra-balho em casa ou próximo de casa.

Hoje tudo acontece muito rápido, mu-danças rápidas e radicais, sem nos darmosconta. Como exemplo este texto, que estásendo escrito nos últimos dias de março.E quando alguém ler, depois de impressoem algum jornal ou postado na internet, jáserá o mês seguinte, começado pelo diaprimeiro de abril.

2013: ano da contabilidade no BrasilArtigo EVERILDO BENTO, contador e presidente do CRC/RN

([email protected])

Com o lançamento, na semana passa-da, da campanha 2013: Ano da Contabili-dade no Brasil, a classe contábil mostraráà sociedade um lado que não é tão percep-tível e que, ao longo do tempo, nunca foievidenciado: que ela detém conhecimen-tos necessários para dar substância às ela-borações de normas e leis que alterem o sis-tema financeiro e tributário do país.

Assim, ao estabelecer 2013 como oano da contabilidade, o Conselho Federalquer divulgar as nossas qualidades enquan-to profissionais do ramo contábil, eviden-ciando para a sociedade a relevância quenós temos para o desenvolvimento econô-mico sustentável de nossa nação. Faremosisso- e agora incluo o nosso CRC/RN- atra-vés de várias ações sistematizadas paramobilizar a sociedade sobre a importânciada profissão, bem como para valorizar osprofissionais.

Assim, promoveremos palestras, cur-sos, seminários, workshops, não só com aclasse contábil, mas para contar com a par-ticipação de empresários, empreendedorese todos que queiram se aprofundar sobreos temas correlatos à realidade dos profis-sionais da contabilidade.

Atualmente, no Brasil, somos mais demeio milhão de profissionais(No RN,somos quase seis mil) atuando, cumprin-do uma agenda positiva, no sentido de me-

lhorar as condições sociais do país ao pro-piciar mais comodidade para o estabeleci-mento de uma formalização do empreen-dedorismo no país. Infelizmente, nem sem-pre esse cenário tem sido percebido ou re-conhecido.

A campanha é algo simbólico, afinaltodo ano é ano da contabilidade. Entretan-to, é um simbolismo que estabelece ummarco, pois delimita a mudança de postu-ra até dos profissionais contábeis: não ape-nas receptor de informações, mas produ-tor de dados que possam antecipar tendên-cias e desenvolver estratégias adequadas àgestão responsável dos recursos, sejam pú-blicos ou privados.

Como disse o Senador João Claudi-nho, autor da proposta, "a iniciativa desseprojeto levará à sociedade brasileira o co-nhecimento, muitas vezes deturpado, dequem é o profissional da contabilidade:um agente transformador da sociedade, umpromovedor de responsabilidade social".

Nesta perspectiva, ratifico e saliento,o desempenho correto do profissional éresponsável pela saúde financeira não ape-nas das instituições privadas, mas tambémdos Órgãos Públicos e das entidades doterceiro setor. Em síntese, buscaremos cons-cientizar a população da importância doprofissional da Contabilidade para o de-senvolvimento socioeconômico do país.

Livros - a antiga dificuldade para adquiri-losArtigo AILTON SALVIANO, geólogo e jornalista ([email protected])

Quando me preparava para fazer Ves-tibular de Geologia no Recife, uma dasmuitas dificuldades que enfrentei foi a ca-rência de livros técnicos disponíveis naslivrarias de Natal. Os livros de Física pra-ticamente não existiam. Do bairro do Ale-crim, onde eu morava, me desloquei mui-tas vezes para Petrópolis para estudar Fí-sica com o meu futuro colega Assuero.Ele tinha o privilégio de possuir (não seicomo adquiriu) a coleção completa de Fí-sica (3 volumes) de Sears.

Os livros de Sears eram consideradosna época, o suprassumo dos livros textosde Física. Eram atualizados com os con-ceitos da Matemática Moderna e estavamà frente de outros livros como Salmerone Dalton Gonçalves. Lembro-me bem: acoleção de Sears eram livros de capa durade cor preta e em inglês. Além da dificul-dade para aquisição ainda havia o obstá-culo do idioma. Tempos depois, já no Re-cife, consegui comprar com pagamentosparcelados, a coleção de Sears Zemansky,também de Física.

Lembrei-me dos fatos acima quandono final de 2012 pensei em adquirir doislivros lançados no mês de dezembro da-quele mesmo ano nos Estados Unidos.Eram livros de Ciência Política e Histó-ria. Um era do jornalista chinês Yang Jis-

heng - "Tombstone - The Great ChineseFamine, 1958-1962" (Lápide - A GrandeFome Chinesa, 1958-1962). O outro era"Iron Curtain" (Cortina de Ferro) da es-critora Anne Applebaum. Fiz o pedido e15 dias depois os livros foram entreguesna minha residência.

Com a globalização, o avanço tecno-lógico e a rede mundial de computadores,você hoje consegue adquirir os lançamen-tos em livros impressos ou "e-books" dequalquer parte do mundo. Algo inimagi-nável há poucos anos. Se você tem domí-nio de outro idioma (inglês, por exem-plo), você hoje tem as mesmas oportuni-dades de leitura de leitores dos países ditosdo primeiro mundo. E pensar que na bi-blioteca da antiga Escola de Geologia doRecife, não raras vezes, havia apenas umexemplar de um livro texto, disputados atapas pelos CDFs.

E mais, as facilidades de aquisição delivros estão muito expandidas. Atualmen-te, nas bancas de revistas você pode en-contrar a preços simbólicos, grandes obrasda literatura universal. Pena que o univer-so de pessoas que preservam o hábito daleitura não seja tão grande como as faci-lidades. Livros de Machado de Assis, Joséde Alencar, Tolstoi, Dostoievski, Voltaire,Dumas, Balzac, Hemingway, Flaubert,

Oscar Wilde, são encontrados em ediçõesbem acessíveis nas bancas de jornais e re-vistas. Além disso, existem vários sebosem todo o mundo que estão na Internet.

A propósito dos livros que adquiri nofinal de 2012. O livro do jornalista Jis-heng (AGrande Fome Chinesa) narra his-tórias comoventes, inclusive de canibalis-mo, passadas nas províncias chinesas du-rante a chamada Revolução Cultural deMao Tse Tung. São trinta e seis milhõesde mortos por inanição. O pai do autorestá entre as vítimas. A obra original é ex-tensa (1.200 páginas) em idioma chinês,tendo sido traduzida de forma reduzidapara o inglês. O livro da escritora Anne Ap-plebaum narra com detalhes a maneira deviver em vários países do leste europeu sobo controle de Moscou.

Para quem busca conhecimento pormeio de livros, as condições atuais pare-ciam ficção há poucos anos. Hoje, alémdas obras de literatura, você poderá terem casa, livros técnicos e científicos queforam lançados há pouco tempo em qual-quer parte do mundo. Não faz muito tempoque presenciei colegas estudantes de en-genharia da Universidade Federal de Per-nambuco trabalhando sobre revistas e ca-tálogos de mecânica editados nos EstadosUnidos havia, pelo menos, 25 anos!

Um brinde aos apostadores!Artigo ANA LUÍZA RABELO SPENCER, advogada

([email protected])

Alto lá! Apesar do título deste artigo,quero deixar bem claro que não saúdo(ou aprovo) o apostador jogador, aqueleque vive pela próxima partida, que deixatudo (ou quase tudo) se perder em umamesa por promessas vindouras e geral-mente vãs. A esse apostador eu não enviocumprimentos.

Eu aplaudo aqueles que apostam empessoas, em oportunidades, em sentimen-tos. Quem joga tudo para o alto para serfeliz e fazer o próximo feliz.

Pessoas que vão contra convenções poramizade, por amor ou pela mera crençade que o outro merece uma (primeira ousegunda) chance. Homens e mulheres quedão o seu melhor pela relação (amorosa oufraterna), que se sacrificam, com tanto ca-rinho e desprendimento, que não chegama demonstrar o quão árduo foi aquele ato.

Todo esse amor, toda essa possibilida-de, possuímos, todos, dentro de cada um

de nós, basta que saibamos e queiramos ex-plorá-los. O quanto somos capazes de nosdoar, de proteger, de zelar uns pelos outros.

Somos super-heróis, capazes de sal-var, de iluminar vidas, ou poderemossimplesmente resolver sermos vilões, fe-char os olhos e passar adiante uma res-ponsabilidade que a própria razão nosdiz que não é nossa.

Mas o amor é assim, nos faz querero bem do outro mais até do que o nossopróprio. Transforma mães e pais, mari-dos e esposas, conhecidos e desconheci-dos, em seres únicos, onde a dor de umé a dor do outro.

Mesmo quando sabemos que todo cui-dado e carinho podem não ser suficientes,mesmo quando sabemos que fizemos omáximo e a culpa nos pune por não terfeito mais, pois não há mais nada a fazer.

O amor é incompreensível, abstrato,ao mesmo tempo em que podemos senti-

lo, invisível até quando somos capazesde vê-lo manifestar-se claramente aos nos-sos olhos, inatingível mesmo estando aonosso alcance.

Alguns atos são impossíveis de retribui-ção na mesma intensidade e necessidade.Apoio incondicional, segurança, confian-ça e lealdade são dádivas que, ao serem re-cebidas, devem ser distribuídas, multipli-cadas e infinitamente agradecidas.

Aos amados pais e irmãos, aos inesti-máveis amigos e ao insubstituível amor, euagradeço e dou, a cada dia, o meu melhor,não por esperar em troca, mas apenas paraproporcionar-lhes a mais grata e supremaparte do que sou.

Agradeço a cada aposta feita para nós,agradeço tanto sentimento isento de ne-cessidade de interesse pessoal. Agradeçoao infinito que nos permite ter tanto acompartilhar, mais e mais, a cada dia denossas vidas.

Aspecto territorial dos royaltiesArtigo ALCIMAR DE ALMEIDA SILVA, advogado, economista, consultor administrativo, fiscal e tributário

([email protected])

Quando da acolhida no CongressoNacional a emenda Ibsen Pinheiro aoProjeto de Lei da distribuição dos royal-ties do petróleo, e sem a pretensão deconcluir o assunto, manifestamos opi-nião em artigo aqui publicado de que amesma poderia não atravessar a análisede constitucionalidade. Porque se o § 1º,do art. 20 da Constituição Federal auto-riza lei a dispor sobre a participação noresultado ou compensação financeira aosEstados, Distrito Federal e aos Municí-pios, bem como a órgão da administra-ção direta da União pela exploração depetróleo ou gás natural, de recursos hí-dricos para fins de geração de energiaelétrica e de outros recursos minerais,condiciona que tal seja feito em relaçãoà exploração ocorrida no respectivo ter-ritório, plataforma continental, mar ter-ritorial ou zona econômica exclusiva.

Agora, ao conceder medida liminarem favor do Estado do Rio de Janeiro, aMinistra Carmem Lúcia, do STF, utiliza-se deste aspecto ou argumento local outerritorial da exploração, ao lado de ou-tros. Daí porque é de se renovar o enten-dimento de que para dispor sobre a par-ticipação ou compensação financeira deEstados e Municípios em cujo territórionão ocorra a exploração daqueles recur-sos naturais - o que é desejável em nomedos objetivos fundamentais do EstadoBrasileiro de construir uma sociedade so-lidária, de erradicar as desigualdades so-

ciais e regionais e de promover o bem detodos, assim como em nome do princí-pio federativo - indispensável é que a leiseja antecedida de Emenda Constitucio-nal que venha atribuir nova redação ao §1º do art. 20 da Constituição Federal.

Por outro lado, embora não constedaquele dispositivo que a compensaçãofinanceira tem por objetivo corrigir os im-pactos físico-ambientais causados pelaexploração ou ainda impactos sócio-eco-nômicos decorrentes do crescimento daspopulações e da conseqüente exigênciade ampliação dos serviços públicos mu-nicipais, os Estados maiores produtoresvêm reiteradamente fazendo esta alega-ção. Mas isto não consta daquele dispo-sitivo constitucional, como também porfazerem jus àquela compensação finan-ceira em face da não-tributação do pe-tróleo produzido naqueles Estados. Porestas razões, a nova redação do § 1º doart. 20 da Constituição Federal poderiaser mais claro, inclusive quanto aos ver-betes "participação" e "compensação",enquanto que a denominada Lei do Pe-tróleo atualmente vigente denominacomo "participação".

É bem verdade que os Estados e Mu-nicípios em cujos territórios onde há ex-ploração não apenas do petróleo ou gásnatural, de recursos hídricos para fins deprodução de energia elétrica e de outrosrecursos minerais, poderiam fazer jus auma parcela a título de "compensação".

Esta teria sua aplicação vinculada à pre-venção ou correção dos impactos físico-ambientais e econômico-sociais, que po-deria ser decrescente a partir dos territó-rios onde se verificar a exploração, atéuma distância máxima onde tais impac-tos pudessem ocorrer. O que, entretanto,não se confundiria como a parcela comuma todos os Estados e Municípios locali-zados em qualquer ponto do territórionacional e não-produtores, a que seriaatribuída a denominação de "participa-ção", de tal forma que a todos fosse as-segurada receita da exploração.

Dessa forma, os recursos dos royal-ties seriam distribuídos a Estados e Mu-nicípios de todo o território nacional, aosprodutores a título de "participação" e de"compensação" e aos não-produtores atítulo de "participação", de tal forma quetodos seriam contemplados com aquelesrecursos. Assim estaria atendida e concre-tizada a tese de que todos os Estados eMunicípios, independentemente de seremprodutores de petróleo e gás natural,devem fazer jus à distribuição de royal-ties que não é nova. Pois em se tratandode uma riqueza natural, o resultado daexploração deve a todos beneficiar, atécomo forma de garantir o desenvolvi-mento do território nacional como umtodo e eliminar ou, pelo menos, reduziras desigualdades regionais. Mas paratanto há necessidade de nova redação ao§ 1º do art. 20 da Constituição Federal.

A arte de se relacionar"O conhecimento de si mesmo é, por-

tanto, a chave do progresso individual."Santo Agostinho

Em uma época na qual as relações reaisparecem ter perdido espaço para os conta-tos virtuais, saber se relacionar com outraspessoas - olho no olho - é um diferencialcompetitivo no mundo corporativo. Irônicofalar sobre isso tendo em vista que as orga-nizações são feitas por pessoas e como taisprecisam se relacionar. Porém, quando fala-mos sobre seres humanos, nem sempre doismais dois é igual a quatro.

O talento para desempenhar a funçãocaracterística da profissão escolhida nãoé, necessariamente, sinônimo de sucesso nacarreira. É preciso, entre outras coisas, gos-tar de gente! Saber entrar e sair dos luga-res e entender que para desenvolver qual-quer atividade é preciso estar ligado a ou-tras pessoas.

No caso dos jornalistas, saber conquis-tar a fonte para que ela revele detalhessobre determinado assunto é fundamental.Como fazer isso sem saber se relacionar?E não me refiro aqui a ter milhares de se-guidores e "amigos" nas redes sociais. Nemmesmo de viver expondo na internet aqui-lo que é do nosso interesse compartilharpara que o público entenda o quanto somospopulares e felizes. Falo do olho no olho.Das relações que revelam nossos defeitose qualidades, sem os "filtros" que tornama vida mais bonita.

Sim, todos nós temos nossos defeitose qualidades que, de acordo com as cir-cunstâncias uns se sobressaem em relaçãoaos outros. O autoconhecimento ajuda amanter a balança equilibrada. Mas, voltan-do aos jornalistas e a relevância dos rela-cionamentos, Truman Capote, interpreta-do por Philip Hoffman, no filme "Capote",é apresentado em detalhes, assim como ospersonagens da história narrada em "A san-gue frio", livro que inaugura o gênero NewJournalism, na década de 1960.

Para levantar os detalhes do assassina-to de quatro integrantes de uma família nosEstados Unidos, Capote conquistou a con-

fiança das pessoas - dos policiais aos acusa-dos pelos crimes - a partir de pequenas gen-tilezas, bom humor e identificação com o so-frimento alheio. Sempre afirmando que nãomente em suas histórias, o escritor é acusa-do pelo parceiro de usar as pessoas para con-seguir os elementos que faltam para comple-tar seu romance não ficcional.

Sim, Capote consegue levantar as in-formações que o permitiram traçar um per-fil das vítimas, dos assassinos e da cultu-ra norte-americana à época. O resultadodeste trabalho foi a publicação da obramais importante da carreira do Jornalista.Se ele foi honesto ou não com aqueles comos quais se relacionou, fica a critério de cadaum avaliar. Afinal, a interpretação das açõese métodos é tão subjetiva quanto a moti-vação de cada um.

Naquele período a pesquisa levava mesespara ser desenvolvida. Nada de recursos tec-nológicos que possibilitassem a produção tex-tual com maior agilidade. Paciência, habili-dade para se relacionar, perspicácia e estraté-gia foram algumas das características desen-volvidas e/ou aprimoradas por ele para con-seguir atingir sua meta. Sem a ajuda das pes-soas da cidade onde os assassinatos aconte-ceram, Capote nada teria conseguido. O tra-balho não mudou apenas a vida dele, masnos apresentou nova forma de contar histó-rias e, hoje, mais de cinco décadas depois, nosleva a refletir sobre um período onde o ser,de fato, valia mais que o ter. Ou, pelo menos,havia mais tempo para conversas reais, semo smartphone para desviar nossa atenção.

Não, não sou contra o avanço da tec-nologia. Muito pelo contrário! Adoro osbrinquedinhos criados a cada dia, mas tenhoaprendido o quanto eles são úteis para nosajudar a fortalecer as relações com as pes-soas, sem a necessidade de tomar conta doespaço delas.

Estar com as pessoas, de corpo presen-te, é uma das melhores coisas da vida em so-ciedade. E saber cultivar estes contatos podesignificar o êxito ou o fracasso de um pro-jeto. Pois, por melhor e mais bem estrutura-do que ele seja, sem pessoas é impossível darvida a qualquer ideia.

Artigo ÉLIDA MERCÊS, jornalista especialista em marketing e mestre emadministração ([email protected]) Amancio [email protected] / www.chargistaamancio.blogspot.com

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A reforma do Código de Pro-cesso Penal em tramitação noCongresso Nacional prevê quenas infrações penais de ação pú-blica, o inquérito policial seráiniciado de ofício, mediante re-quisição da autoridade judiciáriaou do Ministério Público, a re-querimento do ofendido ou dequem tenha qualidade para re-presentá-lo. Tratando-se de in-fração penal de menor potencialofensivo, será dispensado o in-quérito, salvo se, a critério da au-toridade policial ou do MP, a elu-cidação do caso exigir sua instau-ração. O requerimento do ofen-dido ou de quem tenha qualida-de para representá-lo conterásempre que possível à narraçãodo fato, com todas as circunstân-cias, a individualização do indi-ciado ou seus sinais característi-cos, e as razões de convicção oude presunção de ser ele o autorda infração, ou os motivos de im-possibilidade de fazê-lo, a no-meação das testemunhas, comindicação das demais provas quepodem ser colhidas. Do despachoque indeferir o requerimento deabertura do inquérito, caberá re-curso ao Chefe de Polícia. Qual-quer pessoa que tiver conheci-mento da existência de infraçãopenal, em caiba ação pública po-derá comunicá-la, ainda que in-formalmente, à autoridade poli-cial ou ao MP e, verificada a pro-cedência das informações, seráinstaurado o inquérito. Nos cri-mes de ação pública condiciona-da, a instauração do inquérito de-penderá da representação e, nosde ação privada, de requerimen-to de quem tenha qualidade paraintentá-la. Assim logo que tiverconhecimento da prática de infra-ção penal, a autoridade policialdeverá sendo o caso dirigir-se aolocal, providenciando para quenão se alterem o estado e a con-servação das coisas, enquanto ne-cessário, apreender os instrumen-tos e objetos que tiverem rela-ção com o fato, colher todas asprovas que servirem ao esclare-cimento do fatio e de suas cir-cunstâncias, ouvir o ofendido,ouvir o indiciado, devendo o res-pectivo termo ser assinado porduas testemunhas que tenham as-sistido ao ato, caso o indiciadonão tenha exigido a presença deadvogado, proceder ao reconhe-cimento de pessoas e coisas eacareações, determinar se for ocaso, que se proceda a exame decorpo de delito e quaisquer ou-tras perícias, fazer junta aos autosa folha de antecedentes do indi-ciado. Nas hipóteses em que,tenha se dispensado o inquérito,a autoridade policial deverá efe-tuar imediato levantamento dolocal, providenciando desenhos efotos se for o caso, e liberando-o de plano, colher no ato fichamédica ou pericial sucinta, paraconstatar a materialidade da in-fração que deixe vestígio, apreen-dendo o que for indispensávelpara sua prova, ouvir informal-mente o indigitado autor do fato,bem como vítima e testemunhas,fazer de tudo um boletim de ocor-rência circunstanciado, no qualindicará em resumo as diligênciasempreendidas, bem como a ver-são de cada interessado, encami-nhando-o em 05 dias ao órgãodo MP. A autoridade policial de-verá ordenar se possível, a iden-tificação do indiciado ou do autordo fato, pelo processo datiloscó-pico, salvo se estiver ele civil-mente identificado e não houverdúvidas sobre sua identidade.

Pela proposta em tramitaçãoo inquérito policial deverá estarconcluído em 05 dias, se o indi-ciado estiver preso em virtude deprisão temporária, em 10 dias, seo indiciado estiver preso em vir-tude de flagrante ou prisão pre-ventiva, e em 90 dias, nos de-mais casos. A autoridade policialfará breve relatório e encaminha-rá os autos ao MP. Nas hipótesesda conclusão ser em 90 dias, etratando-se de fato de difícil elu-cidação, a autoridade policial po-derá solicitar ao órgão do MP adevolução dos autos, para ulti-mar as diligências, que serão rea-lizadas no prazo que for assina-do. Caberá à autoridade policialfornecer às autoridades judiciá-rias e ao MP as informações ne-cessárias à instrução e ao julga-mento dos processos. O MP po-derá devolver o inquérito à auto-ridade policial para novas dili-gências imprescindíveis ao ofe-recimento da denúncia. Porémse indiciado estiver preso, a de-volução dos autos importará suaimediata soltura.

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Segunda-feira O Jornal de HOJE 3Natal, 1 de abril de 2013

Política

Túlio [email protected]

Réu em diversas ações por im-probidade administrativa e "fichasuja", segundo a Justiça Eleitoral,o presidente do Diretório Estadualdo PPS, o ex-deputado estadualWober Júnior, teve seu nome pre-terido para compor o secretariadomunicipal pelo prefeito de Natal,Carlos Eduardo Alves (PDT).Porém, a mesma cautela não teveo atual presidente da Câmara dosDeputados, deputado federal Hen-rique Eduardo Alves (PMDB). Noúltimo dia 7 de março, Henriquenomeou Wober para o cargo emcomissão de Assistente Técnico deGabinete, CNE-09, do Quadro dePessoal da Câmara dos Deputados.A partir de agora, o presidente doPPS potiguar receberá, por mês, aquantia de R$ 10.400,00, sendo R$3.820,00 de vencimento e R$6.580,00 por representação men-sal, valores válidos para 2013, con-forme Lei nº 12.777, de 2012.

A nomeação de Wober Júniorfoi publicada na edição do DiárioOficial da União do dia 8 de março,um dia após a assinatura da suaportaria. Procurado hoje pela re-portagem de O Jornal de Hoje para

informar qual deverá ser seu tra-balho, dizer a quantas andam osprocessos a que responde na Justi-ça e se não teme prejudicar Henri-que, caso a imprensa nacional des-cubra que um dos seus assessorestem problemas com a Justiça,Wober Júnior não foi localizado.

Somente na primeira instânciada Justiça potiguar, o ex-deputado

responde a três ações por improbi-dade administrativa por dano aoerário. Na campanha eleitoral pas-sada, Wober tentou se candidatar avereador em Natal, mas teve a can-didatura barrada na Justiça Eleito-ral, que o considerou ficha suja.

A decisão que o excluiu do pro-cesso eleitoral, do juiz da 69ª ZonaEleitoral de Natal, José Conrado

Filho, foi resultado de uma Ação deImpugnação de Registro de Can-didatura movida pelo MinistérioPúblico. A ação teve por base umprocesso do Tribunal de Contas doEstado (TCE) que apontou despe-sas ilegais realizadas por Wober em2004, quando ele era secretário es-tadual de Educação.

Por conta desse histórico,

Wober Júnior foi rejeitado comosecretário municipal pelo prefeitoCarlos Eduardo. Como presidentede uma legenda estadual e um dosapoiadores de primeira hora do pe-detista, Wober era tido como certono primeiro escalão municipal. Noentanto, seu nome não foi posto emnenhuma das listas de secretáriosanunciadas por Carlos Eduardo.

Diferentemente, porém, agiu onovo presidente da Câmara dos De-putados. Amigo de Wober, de longasdatas, Henrique o convocou para tra-balhar com ele. Só não se sabe, ainda,qual será a função de Wober. O maisprovável é que ele permaneça emNatal, articulando apoios para oPMDB na eleição de 2014.Com anomeação de Wober para a Câmarados Deputados, Henrique assegura oapoio do PPS para qualquer projetoque o PMDB no Rio Grande doNorte venha empreender.

Politicamente, com a nomea-ção de Wober, o chefe do poder le-gislativo nacional demonstra que,no plano local, não segue a orien-tação nacional do partido. Isso por-que, embora seja aliado do PT nogoverno federal, no RN o PMDBcontinua fortalecendo adversáriosda presidente Dilma Rousseff.

Foi assim com o DEM do se-nador José Agripino. Está sendoassim com o PPS do ex-deputadoWober Júnior. Liderado nacional-mente pelo deputado federal Ro-berto Freire, o PPS de Wober Júniorfaz oposição ao governo da presi-dente, junto com PSDB e DEM.

ALEX VIANA

REPÓRTER DE POLÍTICA

O ministro da Previdência, Ga-ribaldi Filho (PMDB), disse namanhã desta segunda-feira que ogoverno Rosalba Ciarlini (DEM)precisa melhorar o desempenho. Deolho nos prazos políticos, quando oPMDB deverá se posicionar para aseleições de 2014, o ministro consi-derou boas as mudanças feitas nosecretariado, muito embora ressal-tando que os secretários anteriorestambém estivessem comprometidoscom a administração.

Numa palavra, Garibaldi ressal-ta sua "expectativa" em relação àmelhoria do governo. "Em funçãodessa conjuntura toda, eu preferiamanter atitude de expectativa queas coisas melhorassem. Não queroser pessimista, mas, também nãoposso ser otimista, porque o gover-no precisa, realmente, melhorar odesempenho. E isso tem sido dito portodos nós", afirmou o ministro, emcontato com o Jornal de Hoje.

Sobre as nomeações dos novossecretários de Agricultura, Recur-sos Hídricos e Saúde, o ex-governa-dor do Rio Grande do Norte afir-mou que "foram boas mudanças, adespeito também de não considerar

que aqueles que eram titulares nãoestavam comprometidos com o go-verno; pelo contrário: também esta-vam exercitando um trabalho razoá-vel, um trabalho bom. Agora, vamosesperar que esses novos secretários,que foram escolhidos dentro de umaconjuntura nova, e que se depositamneles toda uma confiança de mu-dança, possam corresponder a essaexpectativa; acredito que sim".

Diferentemente do presidenteda Câmara dos Deputados, HenriqueAlves, que disse que março era adata limite para Rosalba modificarseu estilo em relação à conduçãoadministrativa do governo e juntoaos aliados, o ministro GaribaldiFilho preferiu não falar sobre prazos."Acho que Henrique está procuran-do, dentro das prerrogativas que eletem, ajudar o RN. Ele tem toda umalegitimidade de esperar, dentro domais curto prazo possível, que asmelhorias ocorram".

Garibaldi, porém, já não temmais essa preocupação com relaçãoa prazos. "Eu estou ajudando, comotoda a bancada federal está ajudan-do, a Assembleia também, a banca-da ajuda, mas eu já não tenho essapreocupação com prazo. A não serlá mais adiante, os prazos políticos",afirmou, numa referência à chega-

da do momento em que o PMDB de-verá tomar posição sobre o pleitode 2014. "Porque o governo é quemrealmente estabelece prazos. O pró-prio governo. O meu é mais umapreocupação lá na frente, que issotudo possa reverter, em beneficio daavaliação da governadora", afirmou.

E quanto aos prazos adminis-trativos, para que o governo apresen-te resultados, Garibaldi disse quenão estipula, porque não está dire-tamente envolvido com a adminis-tração do Estado. "Prazo administra-tivo não dou porque não estou dire-tamente envolvido. Estou ajudan-

do, cada vez que me pedem paraapoiar, apoio. Mas há os prazos ine-vitáveis (os políticos), que são regis-trados pelo calendário eleitoral.Todos nós somos políticos, e deve-mos estar atentos a eles, como a go-vernadora deve estar", afirmou.

Ainda sobre 2014, o ministro da

Previdência disse que sua preocupa-ção é que o PMDB venha a ter "umaatitude clara com relação à sucessão,coisa que, infelizmente, se vê difi-culdade em declarar, porque faltaclareza ao quadro que está aí, faltaclareza até mesmo ao quadro nacio-nal", observou.

Entre as candidaturas suscitadasdo PMDB, estão a do ministro, a deHenrique e a do deputado estadualWalter Alves (PMDB). Contudo, se-gundo Garibaldi, "das candidaturassuscitadas, os candidatos não que-rem assumir". Sobre ele disputar ogoverno, afirma que falta motiva-ção. "No meu ponto de vista, no quedepender de mim (não serei candi-dato), e a gente não pode ir parauma campanha sem motivaçãomaior, isso não é bom".

Sobre Walter Alves, que é seufilho, disputar o governo, o minis-tro declarou que "é um dos nomessuscitados, mas acho cedo. Aqui eacolá, ouço falar". Garibaldi reve-la, ainda, que tem falado poucocom Rosalba e com o chefe do Ga-binete Civil, Carlos Augusto Rosa-do. "Não, não tenho falado mais.Não tenho tido mais oportunida-de. A última vez foi quando este-ve aqui o ministro da Saúde", disseo ministro.

SENADOO PT vislumbra eleger a depu-

tada federal Fátima Bezerra para oSenado. O que antes poderia pare-cer apenas sonho, é absolutamentepossível diante do cenário políticodo RN. Afinal, quem poderá concor-rer com Fátima? Dos nomes atuais,com potencial para disputar, esta-riam Henrique Alves e Wilma deFaria.

DISPUTAWilma de Faria sabe dos riscos

e custos de ser protagonista de umachapa majoritária; ser eleita deputa-da federal é bem mais tranquilo.Henrique poderá tentar o Senado,mas suas chances serão maiores sefor pelo grupo de oposição a Rosal-ba, o que lhe proporcionaria a reti-rada da candidatura de Fátima, numaarticulação do PMDB com o PT na-cional.

POSSIBILIDADEPortanto, há clara possibilidade

de Fátima integrar uma chapa fortena condição de candidata ao Sena-do, com cheiro de vitória. Atual-mente, seu nome é o mais leve e

que valoriza qualquer chapa, alémde envolver a presidente Dilma emfavor da chapa que integrar.

ALIANÇASO PT do RN tem que ter cons-

ciencia que a possibilidade de ele-ger Fátima para o Senado, passa poruma ampla aliança política. Sozi-nho e isolado, enfraquece o nome etorna a possibilidade real, apenasum sonho distante. Além disso, tam-bém não pode correr o risco de dei-xar Fátima sem mandato, pelo queela representa para o partido e parao RN.

URBANAO vereador Fernando Lucena

não aceita os argumentos dos que de-fendem a extinção da Urbana, sobalegação de que a empresa está'quebrada'. A metralhadora humanaquer provar que Urbana tem muitodinheiro a receber de outros órgãos,o que lhe daria superavit financei-ro. O valor do crédito da empresapode chegar a R$ 100 milhões.

PEIXEO Governo Rosalba Ciarlini é

tão desorganizado que até quandofaz alguma ação positiva, não con-segue capitalizar o mérito. Na Sema-na Santa, a Emater distribuiu peixeem algumas cidades, mas o produ-to ficou nas mãos dos prefeitos, quesequer mencionavam que era açãodo Governo do Estado.

LAMBANÇALeitor liga para a coluna e diz

que a Prefeitura de Natal, atravésda SEMOB, está construindo umcanteiro ao lado do Praia Shopping:"É uma coisa horrível e só vai pio-rar o trânsito", afirma o leitor.

AUMENTOServidor que pede preservação

da identidade, manda e-mail: "Tulio,gostaria que você entrasse em con-tato com Sherloquinho para pedir aele que faça um investigação paradescobrir se é verdade que o Go-verno do Estado vai dar um aumen-to de 80% para os cargos comissio-nados agora em abril/2013. Não soucontra o aumento, sou contra a faltade respeito que esse governo estáfazendo com os funcionários esta-duais em não pagar os planos de

cargos, carreiras e salários".

AUMENTO IIServidor conclui: "Pobre do meu

irmão em ter dado seu voto a Rosa.Infelizmente, ele não esperava en-contrar espinho no meio da rosa.Túlio, quer dizer que essa tal de leide responsabilidade fiscal / limiteprudencial só serve para não dar au-mento aos servidores mais humildes,mais para dar aumento a "classemossoroense (cargos comissiona-dos), não tem limite prudencial nema LRF que dê jeito! isso, sem falarnos aumentos concedidos ao "cast"(TJ, TCE, MPE, etc). Resumindo:"coloque as mãos nos olhos paranão ver, na boca para não falar enos ouvidos para ouvir". Pago umcafezinho com leite lá no café SãoLuiz, para Shelorquinho decifraressa "frase"".

MENTIRASegundo Sherloquinho, o dia de

hoje, conhecido como Dia da Men-tira, deveria ser uma homenagemaos políticos. Afinal, a grande maio-ria tem na mentira sua matéria primapara a enganação dos eleitores.

JOGADADeputada Fátima Bezerra conversa com seu colega Henrique

Alves, sob o olhar de reprovação da governadora Rosalba Ciarli-ni. Segundo Sherloquinho, a irmã de Tetê disse ao filho de Aluí-zio: "Henrique, já está na hora de você sair de perto desse povodo DEM, que é contra a presidenta Dilma. Basta fazer como fezcom Micarla, você suga o que puder da Rosa e depois vem pra opo-sição". O noivo de Laurita respondeu: "Pode deixar comigo, Fá-tima; é justamente isso que eu vou fazer". Rosalba mirou na pe-tista com raiva, mas não disse nada.

Garibaldi: “Não quero ser pessimista, masRosalba precisa melhorar o desempenho”

Garibaldi: "Não quero ser pessimista, mas o governo precisa, realmente, melhorar. E isso tem sido dito por todos nós"

MINISTRO EVITA FALAR EM PRAZO PARA O PMDB DECIDIR SE DEIXA OU NÃO A BASE ALIADA DO GOVERNO DO ESTADO

Henrique Alves nomeia ficha suja para cargona presidência da Câmara dos Deputados

Henrique Eduardo Alves assumiu a presidência da Câmara Federal em fevereiro Wobber teve candidatura impugnada por condenações quando era secretário

Heracles Dantas

Heracles DantasJosé Aldenir

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Segunda-feira4 O Jornal de HOJE Natal, 1 de abril de 2013 Política

JOAQUIM PINHEIRO

REPÓRTER DE POLÍTICA

Vereadores com representaçãona Câmara Municipal de Natal opi-naram sobre os três primeiros mesesda administração municipal com-pletados no final de março. Consi-deram que houve alguns avançosem setores essenciais como limpe-za pública e na malha viária, mas en-tendem que casos mais complexosterão que ser solucionados, o queainda não aconteceu, segundo o ve-reador Felipe Alves, do PMDB. "Oprefeito tem que mostrar serviço emsetores mais complexos. Resolverproblemas fáceis é fácil", lembra opeemedebista, acrescentando que acrise na educação continua.

Felipe Alves ressalta ainda, queno caso da educação infantil existeuma demanda reprimida que preci-sa ser solucionada. Outro setor queo vereador considera complicado éo de turismo", que segundo ele, re-quer ações imediatas em razão daCopa do Mundo. "O prefeito temque evitar paliativos e adotar medi-das eficazes e duradoras", observa.Adão Eridan, vereador do PR, disseque faz uma avaliação positiva dostrês primeiros meses da administra-ção Carlos Eduardo. "O prefeito fezem três meses o que Micarla nãorealizou em quatro anos", avalia,lembrando que é preciso melhorara saúde, estabelecendo o pronto aten-dimento nos postos de saúde.

O vereador Ary Gomes, do PP,entende que houve avanços em al-guns setores como limpeza públi-ca, mas falta é preciso incrementaros demais para que a população sejabem atendida.Ele reclama, entretan-to, da falta de atenção por parte dealguns auxiliares do prefeito. "Tra-balho em parceria, realizo mutirões,mas não estou tendo apoio nem res-paldo por parte de alguns secretários.Recentemente, realizamos um traba-

lho de melhoria numa rua em Poti-lândia, mas a prefeitura não cumpriua sua obrigação de fazer um meio-fio solicitado há mais de um mês",reclama o vereador do PP.

Ary Gomes, mostra-se tambémpreocupado com os trabalhos no ple-nário da Câmara Municipal ondesegundo ele, a maioria dos vereado-res não presta atenção nos pronun-ciamentos dos colegas. "Tem quehaver menos conversa e mais ação",

reclama Ary Gomes, mesmo enten-dendo haver mais assiduidade e maistrabalho no plenário e nas ComissõesTécnicas. Questionada sobre os trêsmeses da administração CarlosEduardo a professora Eleika Bezer-ra , do PSDC, preferiu não opinar.Ainda é cedo para uma avaliaçãocriteriosa. Vamos aguardar pelos 180dias para emitir uma avaliação sobreo atual governo municipal", disse aprofessora.

Vereadores avaliam 90 dias da gestão Carlos Eduardo

Vereador Felipe Alves: "Prefeito tem que mostrar serviço em setores mais complexos. Resolver problemas fáceis é fácil"

> SÃO JOSÉ DO CAMPESTRE

Vereadores denunciam: Prefeituraentregou peixe vencido há 30 dias

As doações de peixe e ovos depáscoa durante a Semana Santa sãonormais. Foram vários os municípiosque tiveram doações como essa e agrande maioria serviu como alentoaos mais humildes moradores, quejá sofrem com o momento de seca.Na cidade de São José do Campes-tre, porém, a situação foi diferente.Pelo menos é o que denunciam osvereadores de oposição à gestão mu-nicipal. Segundo eles, a prefeitaSione Ferreira, distribuiu para a po-pulação peixe vencido.

A denúncia foi feita por umgrupo de vereadores (Fernando Cruz,Xixico Cardoso, Marcia Melo eNenem Borges) aO Jornal de Hoje.Para comprovar o teor da denúncia,eles enviaram fotos do peixe distri-buído, com a data de validade jápassada (venceu em fevereiro desteano). "É uma situação grave queserá levada ao Ministério Públicopara apurar a responsabilidade disso,que representa um risco a saúde pú-blica", afirmou Fernando Cruz.

Além do peixe fora do prazode validade, os vereadores denun-ciaram, também, a falta de higienecom a qual o alimento foi distri-buído. Segundo eles, o pescado fi-cava acumulado no mesmo chãoonde as pessoas que o distribuiampisavam, sem qualquer cuidadocom a higiene. "As pessoas não ti-nham nenhum cuidado com a higie-ne do alimento que era distribuí-do. Realmente, uma situação com-

plicada", avaliou o vereador. Fernando Cruz faz questão de

lembrar que houve duas distribui-ções de peixe na cidade de São Josédo Campestre. Uma foi feita pelaEmater (de tilápias) e a outra pelaPrefeitura (cavalinhas) e só a da ges-tão municipal deu problema. "Eraum peixe que foi pescado há maisde um ano e estava há quase ummês fora da data de validade", res-saltou o parlamentar.

BONS EXEMPLOS Enquanto, segundo os verea-

dores, em São José do Campestre

foi dado um mal exemplo de açãode assistência social, em outros mu-nicípios, a ação foi mais positiva.Em Jandaíra, por exemplo, umgrupo de vereadores do PMDB dis-tribuiu peixe para a população, aten-dendo a quase 80% da populaçãolocal. "É uma tradição antiga doex-prefeito da cidade e resolvemosmantê-la porque é importante paraa população nesse momento de di-ficuldade", afirmou Reginaldo Dan-tas, um dos vereadores.

Em Jardim do Seridó, a Prefei-tura, por meio da Secretaria Mu-nicipal do Trabalho, Habitação e

Assistência Social, e em parceriacom a Emater, realizou a distri-buição do pescado da SemanaSanta para às famílias carentes ca-dastradas no Programa Bolsa Fa-mília. Foram distribuídos mais deuma tonelada de peixe aos mora-dores do município.

Em Jardim de Piranhas, o de-putado federal João Maia, do PR,distribuiu mais de mil ovos de pás-coa. A entrega foi feita nos bairrosParque das Luzes, São José, SantaCecília, Emboca, Santo Amaro(Rua do Rio), Sítios Timbaubinhae Assembléia, dentre outros.

Prefeitura teria distribuído peixe vencido e sem cuidados com higiene; no detalhe, a data de validade do pescado congelado

DE BRASÍLIA - [email protected]

Walter Gomes

LEITURA DINÂMICA

O processo legislativo, essencial na democracia represen-tativa tem se comportado bem nesse início de ano na Câ-mara Municipal de Natal. Vereadores são unânimes em afir-mar que na atual legislatura está havendo uma boa produ-ção e os vereadores mais assíduos e presentes nos deba-tes em plenário e nas Comissões Técnicas. É como se es-teja havendo um esforço concentrado.Proposições, requerimentos e audiências públicas têm sido fre-quentes nesses três primeiros meses de trabalho. Vereadoresde todos os partidos com representatividade na Casa mostram-se motivados e dispostos a mudar um conceito nada republi-cano diante da opinião pública. Registre-se como positivo a pluralidade de ideias nessa legis-latura, conferindo uma melhor representação à Casa. Obser-ve-se também como positivo a chegada de vereadores de pri-meiro mandato à Câmara Municipal de Natal, entre eles, os con-siderados de esquerda filiados a partidos como PSOL e PSTU,dando uma dinâmica diferente aos debates no plenário e nascomissões.Presidido pelo vereador Albert Dickson, do PP, o legislativo mu-nicipal parece caminhar para sua recuperação inserido numprocesso que pode ser de resgate da ética, da moralidade eda credibilidade.Comportamento necessário para o fortalecimento da democra-cia e das instituições.

Novo presidenteO vereador Rafael Motta,

do PP, assumirá a presidên-

cia do partido, possivelmen-

te quarta ou quinta-feira. O

jovem vereador substitui o

ex-vereador de Parnamirim,

Sérgio Andrade, que inclusi-

ve já renunciou ao cargo. O

principal projeto do novo pre-

sidente, que deverá se ele-

ger deputado federal em 2014, é fazer uma forte nominata

para a chapa proporcional, além do fortalecimento do PP atra-

vés da criação de novos diretórios e novas filiações à legen-

da com vistas as eleições do próximo ano.

Dilma com governadoresA presidenta Dilma Rousseff tem reunião marcada para

esse início de semana com governadores do Nordeste em

Fortaleza. Na agenda, o anúncio de novas medidas de com-

bate à seca e consequentemente de atendimento ao homem

do campo. Dilma deve anunciar a construção de mais poços

tubulares, renegociação de débitos, aumento de número de

carros-pipa, entre outras emergenciais. A situação dos agri-

cultores e criadores continua crítica, já que não choveu nos

últimos dias e não existe água nem comida para animais. O

gado continua morrendo em todos os municípios do Rio Gran-

de do Norte.

ITEP empacadoOs serviços essenciais do ITEP prestados à população não

estão funcionando na sua plenitude, principalmente após a

transferência do setor de identificação da Ribeira para o Ale-

crim. Parte do arquivo civil ainda se encontra dentro de cai-

xas provocando demora para expedição de carteira de iden-

tidade. A população reclama, principalmente em razão do

centralismo adotado pelo diretor-geral, Nazareno de Deus, con-

siderado "persona non grata" pelo funcionários do ITEP.

t O deputado HenriqueEduardo que foi submeti-do a uma cirurgia de hér-nia abdominal, fica em re-pouso esta semana. Porisso, a reunião de líderesmarcada para amanhã vi-sando discut i r o casoPastor Marcos Feliciano(direi tos humanos) fo itransferida para a próxi-ma semana.t O secretário LeonardoRêgo, dos Recursos Hí-dricos, assinou termo decompromisso com o DE-NOCS para construção daBarragem de Oiticica. Ocusto da obra é de 311 mi-lhões com contrapartidado Governo do Estado de19 milhões de reais. t O empreendimento be-neficiará diretamente 350mil habitantes em 17 mu-nicípios do Rio Grande doNorte no Seridó, Vale doAssu e Região Central. Asolenidade aconteceu noCentro Administrativo emLagoa Nova.t O escritor e poeta Mar-cos Medeiros autografa

o livro "Trinta Contas deum Rosário" na próximaquarta-feira na livrariaNobel da Salgado Filho.Fica em frente ao Hospi-tal Walfredo Gurgel. Mar-cos Medeiros é tambémcordelista e defensor dacultura popular.t Morreu hoje em Natal opatriarca José Barbosa,pai do ex-prefeito de SantoAntonio, Luiz Carlos e doempresário Leonardo Bar-bosa, além dos filhos, Elia-ne Vidal Barbosa, LuizHugo Vidal Barbosa e Lin-dolfo José Vidal Barbosa.Deixa viúva dona MariaJosé Vidal Barbosa e umexemplo a ser seguidopelas gerações futuras. Oenterro será no final datarde na cidade de SantoAntonio.t Para refletir: "O mundoé um lugar perigoso de seviver, não por causa da-queles que fazem o mal,mas sim por causa daque-les que observam e dei-xam o mal acontecer" (Al-bert Einstein)

Poder renovadoJOAQUIM PINHEIRO - [email protected] - (INTERINO)

)( CURIOSIDADE APENASO que existe de objetivo e prático, resultado das inúmeras

reuniões que as autoridades têm realizado no âmbito dos

governos, estadual e federal, de combate aos efeitos da seca no

Estado do Rio Grande do Norte?

PERGUNTAR NÃO PAGA IMPOSTO

PARA PARLAMENTARES, HOUVE ALGUNS AVANÇOS NESSES PRIMEIROS MESESJosé Aldenir

Fotos: Divulgação

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Segunda-feira O Jornal de HOJE 5Natal, 1 de abril de 2013Política

CIRO MARQUES

REPÓRTER DE POLÍTICA

Poucos dias depois de assumira Prefeitura de Natal, Carlos Eduar-do Alves, do PDT, tomou algumasmedidas de centralização da admi-nistração pública, como a necessi-dade de todo processo de dispensade licitação para contratos de maisde R$ 1 milhão passar, obrigatoria-mente, pela Procuradoria-Geral doMunicípio. Porém, isso não pareceter inibido o número de compras econtratos firmados por dispensa delicitação. Afinal, um levantamentofeito pel'O Jornal de Hoje mostrouque, somente no mês de março, oDiário Oficial do Município (DOM)registrou 177 termos de dispensade licitação. Em média, foram novedispensas a cada edição (20 ao total)publicada neste último mês.

E não é só a quantidade queimpressiona. Os valores tambémforam consideravelmente altos.Somando todos os contratos assi-nados com dispensa de licitaçãosó em março, é possível chegar àmarca dos R$ 26 milhões. Seriao mesmo que dizer que por ediçãodo DOM, houve R$ 1,3 milhãoem contratos que não tiveram pro-cesso licitatório para ser assinadoou que cada contrato teve um valorde R$ 145 mil.

Claro que esse é um valormédio, até porque teve muitos

contratos que não chegaram aosR$ 300, enquanto outro custoumais de R$ 12 milhões. Regis-trou-se também que alguns forampublicados mais de uma vez, porconter erros de informação. Além

disso, alguns dos contratos publi-cados foram assinados, na verda-de, ainda em fevereiro, mas tive-ram suas publicações feitas só noterceiro mês do ano. Contudo,nesse aspecto, há compensação:

muitos dos que foram assinadosnesta última semana, serão vistosno DOM só em abril.

De qualquer forma, dentre tan-tos contratos publicados sem lici-tação, há de se ressaltar os de alu-

guéis e a renovação de parceriascontroversas da gestão anterior, daprefeita Micarla de Sousa, do PV.Contratos como, por exemplo, arenovação milionária com as em-presas terceirizadas da Urbana. Só

com elas, é possível se ver um con-trato superior aos R$ 20 milhões.

E lembrar que, em fevereiro, oJH já havia publicado a renovaçãode outros três contratos da Prefei-tura com as terceirizadas de mãode obra da Secretaria Municipal deEducação (SME). A medida foi, in-clusive, criticada pelo vereador deoposição Sandro Pimentel, doPSOL, pelo fato de representarema continuidade de um modelo degestão que o próprio prefeito Car-los Eduardo Alves reclamava naépoca da administração Micarla deSousa.

O valor dessas renovações paraa Prefeitura custou mais de R$ 5milhões, contudo, foi consideradacomo "fundamental" para a SMEdar início ao ano letivo de 2013.Além disso, segundo a titular destapasta, a secretária Justina Iva, nomeio do ano, a Prefeitura pretendefazer uma licitação e unificar os"vários" contratos com empresasterceirizadas na Educação.

Mesmo assim, a desconfiançapersistiu e ganhou força no início demarço, com a renovação dos con-tratos de aluguéis e acabaram porjustificar um requerimento do pró-prio Sandro Pimentel para que Car-los Eduardo Alves vá à Câmara Mu-nicipal de Natal (CNM) prestar es-clarecimento sobre a renovação dasparcerias que o próprio prefeito,antes, criticou.

Carlos Eduardo assinou R$ 26 milhõesem quase 200 contratos sem licitação

Renovação de aluguéis e de contratos com terceirizadas da Urbana elevaram despesas

Carlos Eduardo tomou algumas medidas no início da gestão para evitar gastos excessivos com processos sem licitação, mas o número ainda pode ser considerado alto

SÓ EM MARÇO, DIÁRIO OFICIAL PUBLICOU DEZENAS CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO SEM CONCORRÊNCIA PÚBLICA

Se fevereiro foi um mês de re-novação de contratos de terceiri-zadas com a Secretaria de Educa-ção, março também não ficoumuito atrás quando se trata de mêscom valores de altos contratos comessas fornecedoras de mão de obra.Afinal, só com as prestadoras deserviço da Urbana, foram quaseR$ 20 milhões em contratos assi-nados. Desse total, R$ 12,5 mi-lhões foram somente para a Mar-quise, justificados pela "continui-dade da situação emergencial queoriginou a contratação e a efetivaprestação do serviço".

Para a Trópicos Engenharia eComércio, a Prefeitura de Natal secomprometeu a pagar mais R$ 5,3milhões. E para a Vital Engenha-ria, outros R$ 5,1 milhões. EstaVital, inclusive, foi aquela queCarlos Eduardo contratou no iní-cio do ano, em substituição a outraempresa que faliu devido ao atra-so nos pagamentos da gestão mu-nicipal.

Sobre a renovação dos con-tratos da Urbana que no final de2012, antes mesmo de voltar aPrefeitura de Natal, Carlos Eduar-do Alves se reuniu com o Minis-tério Público do RN e ouviu dospromotores do patrimônio públi-co a necessidade de realizar umaauditoria nos contratos da empre-sa de limpeza pública de Natal. Otrabalho se fazia necessário de-vido à situação deficitária da Ur-bana e as denúncias de "quarteri-

zação" do trabalho por parte dascontratadas. A auditoria começou,não terminou, mas os contratosjá foram renovados.

Os contratos da Urbana contri-buíram diretamente para os au-mentos de março, mas não são osúnicos que merecem destaque.Chamou atenção, também, a con-tratação, sem licitação, de uma em-presa especializada em manuten-ção preventiva e corretiva das es-truturas físicas de imóveis (pró-prios e alugados) da rede munici-

pal de saúde. Pelo prazo de 90dias, serão pagos R$ 408 mil àcontratada, a MMC Construção eEmpreendimentos. Algo que ficaem torno dos R$ 4,5 mil por dia.

Também se destacou a reno-vação de contratos de aluguelcomo os do prédio sede da Secre-taria Municipal de Assistência So-cial e Trabalho (Semtas), que ficouem torno dos R$ 28 mil por mês,um aumento de 50% aos valorespagos anteriormente. Ao final deum ano, a Prefeitura de Natal terá

desembolsado R$ 336 mil. Isso sem contar com a reno-

vação da parceria com o NovotelLadeira do Sol. Em fevereiro, oDOM já havia publicado a exten-são do contrato para que o local,controverso durante a gestão Mi-carla de Sousa, fosse a sede da Se-cretaria Municipal de Educação.Em março, o Diário Oficial do Mu-nicípio confirmou que lá continua-rá a funcionar, também, a pasta daSaúde. Para tal permanência, serãopagos R$ 329,7 mil.

Novotel Ladeira do Sol foi um dos imóveis que teve o contrato de aluguel renovado pela gestão ao custo de quase R$ 330 mil

MAIORES CONTRATOS DE MARÇO FEI-TOS SEM LICITAÇÃO

Construtora Marquise Objetivo: limpeza urbana de NatalValor: R$ 12.502.616,40

Trópicos Engenharia e ComércioObjetivo: limpeza urbana de NatalValor: R$ 5.357.052,00

Vital Engenharia AmbientalObjetivo: limpeza urbana de NatalValor: R$ 5.111.220,00

MMC Construções e EmpreendimentosObjetivo: Contratação de empresa especializada visando a manutenção pre-

ventiva e corretiva das estruturas físicas dos imóveis (próprios e alugados) darede municipal de saúde, pelo período de 90 (noventa) dias.

Valor total: R$ 408.597,82

A. Azevedo Hotéis e Turismo (aluguel do Novotel Ladeira do Sol)Objetivo: Locação de imóvel para funcionamento da sede da Secretaria

Municipal de Saúde.Valor Total: R$ 362.464,20

G&C Sociedade de Investimentos e ParticipaçõesObjetivo: Locação do imóvel situado a Avenida Bernardo Vieira, Diz Sept

Rosado, Natal/ RN, para que funcione a sede da SEMTAS.Valor total: R$ 336.000,00

Sociedade Potiguar de Educação e Cultura - APEC - Universidade PotiguarObjetivo: Contratação de Serviços Ambulatoriais especializados na área de

Análises Clínicas e Fisioterapia, integrante da rede de serviços de saúde, locali-zado em Natal, aos usuários do Sistema Único de Saúde, dentro dos limitesquantitativos de até 5.506 procedimentos/mês, pagos com preço da tabela SUS.

Valor: até o total de R$ 329.766,84 ano

Gestão pagou mais de R$ 13 mil paracomprar protetor solar sem licitação

Enquanto uns chamam atençãopelo alto valor (que ultrapassa acasa das centenas de milhares oudos milhões), quando se observa alista daquilo que a Prefeitura deNatal adquiriu sem fazer licitação,se destacam objetos ou serviçosque podem ser considerados, nomínimo, curiosos. AAgência Regu-ladora de Saneamento Básico deNatal (Arsban), por exemplo, com-prou sem licitação um cortador degrama elétrico por R$ 190 a G&TComércio de Máquinas Agrícolas.

A Urbana também fechou con-tratações curiosas, como a comprade canecas plásticas a empresa deMárcio de Araújo Melo, por R$380. Isso, além dos vários potes deprotetor solar, que custaram R$ 13,1

mil aos cofres públicos. Enquantoisso, a gestão municipal decidiupagar outros R$ 15,8 mil para aaquisição de cal e mais R$ 11,5 milpara a confecção de "bolsas de lona"para os profissionais lotados noCentro de Controle de Zoonosesdo Departamento de Vigilância.

Preocupada com o transportede seus servidores, a administraçãoCarlos Eduardo também pagouquase R$ 7,7 mil para a empresaComercio e Serviços Melo para a lo-cação de veículos por 40 dias. Isso,por sinal, foi quase o mesmo que sepagou à 3A pela locação de doisveículos pelo prazo de três meses.Neste segundo caso, o gasto repre-senta R$ 7,8 mil, algo em torno dosR$ 43 por dia por veículo. E pen-

sar que há concessionárias em Natalque está anunciado um carro finan-ciado onde o comprador paga R$ 15por dia para tê-lo.

Claro que se fizesse essa opção,de comprar no lugar de alugar, agestão Carlos Eduardo teria quegastar com a manutenção como,por exemplo, a compra de pneusnovos. Consequentemente, acaba-ria por gastar mais R$ 9,7 mil, comofez a própria administração emoutra contratação de produto sem arealização de licitação (no contra-to não foi especificado quantospneus foram comprados).

Não foi só. Preocupada, tam-bém, com a qualidade de seus ser-vidores, a gestão municipal divul-gou entre os vários contratos fir-

mados sem licitação a inscriçãode dois servidores, Thiago Quei-roz Carneiro e Vinícius Loureiroda Mota, de março do ano passa-do a junho deste ano, ou seja, du-rante quinze dias, a fazerem umcurso de especialização em Direi-to Administrativo. Ou seja: a Pre-feitura de Natal pagou a pós-gra-duação dos dois, por um valor deR$ 7,5 mil.

Um valor um pouco mais alto(R$ 7,9 mil) foi pago à EspacialTurismo e Eventos pela prestaçãode serviço de transferência para pa-lestrantes, recepção e credencia-mento para o evento "4º Fórum deTurismo do RN", a ser realizadopela Argus Assessoria a Eventos deTurismo. Contratos com empresas terceirizadas da Urbana custam quase R$ 20 milhões

Wellington Rocha

Divulgação

José Aldenir

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Cidade Segunda-feira6 O Jornal de HOJE Natal, 1 de abril de 2013

ROBERTO CAMPELLO

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Os ortopedistas contratadospela Cooperativa de Médicos doRio Grande do Norte (Coopmed-RN) suspenderam o atendimento,no início da manhã desta segunda-feira (1), no segundo maior hospi-tal do Estado especializado noatendimento de urgência e emer-gência de ortopedia, o HospitalRegional Deoclécio Marques deLucena, localizado no municípiode Parnamirim. Com a paralisa-ção dos profissionais que recla-mam, além de precárias condiçõesde trabalho, cinco meses de salá-rios atrasados, a urgência e emer-gência de ortopedia da unidadeestá fechada e a demanda de pa-cientes de todo o Estado recai,mais uma vez, sobre o HospitalMonsenhor Walfredo Gurgel. Namanhã de hoje, os corredores doPronto Socorro Clóvis Sarinho es-tavam lotados com 47 pacientesaguardando procedimento médi-co em macas.

A diretora geral do HospitalDeoclécio Marques, Nilzelene Car-rasco, conta que os médicos traba-lharam até o plantão que se encer-rou na manhã desta segunda-feira."A partir de agora, 100% dos mé-dicos da Coopmed paralisaram oatendimento". O Hospital Deoclé-cio Marques realiza uma média de250 procedimentos cirúrgicos emais de dois mil atendimentos.São 25 ortopedistas que trabalhamno Hospital pela Cooperativa eapenas três do quadro do Estado,sendo que um está de licença. Estesdois ortopedistas do Estado estãoresponsáveis por fazer o acompa-nhamento dos pacientes interna-dos, medicando e realizando algu-mas poucas cirurgias.

Na manhã de hoje, eram 49pacientes internados no Deoclécioesperando por uma cirurgia, que oué realizada no próprio hospital oué referenciada para o Hospital Me-morial ou o Hospital Médico Ci-rúrgico. Destes, 43 estavam nasenfermarias e seis nos corredores,em macas. Durante o dia, normal-mente, ficam quatro ortopedistasde plantão, sendo dois no ProntoSocorro e dois no Centro Cirúrgi-co. À noite, apenas três, que ficamna urgência e emergência. Hoje, aporta de entrada do pronto socor-ro da ortopedia, que normalmen-te está lotada, estava vazia.

O médico ortopedista RogérioSantos explica que a paralisaçãonão é por falta de contrato, hajavista que o contrato foi renovadocom o Governo do Estado no dia21 de fevereiro e só encerra-se emagosto, mas sim por cinco mesesde salários atrasados. "Nós nãoqueríamos paralisar as atividades,mas nenhum profissional aguentatrabalhar e não receber. O Gover-no está devendo o mês de agostodo ano passado, em que trabalha-mos sem contrato e mais quatromeses, dezembro, janeiro, feverei-ro e março. Isso é uma falta derespeito e compromisso com a

saúde pública no Estado, pois nãoé apenas com a ortopedia não, écom todas as especialidades. Nin-guém quer dar plantão sem rece-ber e com essa descontinuidade depagamento, os ortopedistas estãose desligando das escalas, já quenão têm a certeza do pagamento",destacou o ortopedista da Coop-med, Rogério Santos.

O especialista revela ainda queas condições de trabalho estãolonge das ideais no Hospital Deo-clécio Marques de Lucena. "Norepouso fomos nós, os própriosmédicos, que fizemos uma refor-ma, mobiliamos e até o aparelhode ar condicionado tivemos quecomprar. Temos apenas um apa-relho de raio-X para atender a de-manda e quando quebra ficamossem atendimento. Além disso, ogoverno deixou de pagar os forne-cedores e o Centro Cirúrgico estásem material, pois as caixas instru-mentais, que são necessárias pararealizar as cirurgias, foram recolhi-das", afirmou.

O presidente da Cooperativados Médicos do RN, FernandoPinto, acredita que a falta de aten-dimento ortopédico no DeoclécioMarques pode impactar com ummaior número de pacientes noWalfredo Gurgel, já que o Deoclé-cio consegue dar um escoamentoaos pacientes vítimas de aciden-tes, principalmente pacientes or-topédicos. Ele conta que em rela-ção à paralisação, ainda não houvenenhuma sinalização por parte doGoverno do Estado com relaçãoà quitação dos débitos com a ca-tegoria. "Existem contratos assi-nados que teoricamente deveriamgarantir o atendimento, mas in-felizmente isso não acontece. Es-

peramos um posicionamento omais breve possível da Secretariapara que essa crise seja solucio-nada e não haja tanto prejuízopara a população".

O secretário de Saúde do RN,Luiz Roberto Fonseca, disse que oDeoclécio Marques baseia a assis-

tência de ortopedia no serviço daCooperativa Médica. "Uma vezque a Coopmed suspende as suasatividades, o serviço deixa de fun-cionar. Reconhecemos a dívida, agovernadora tem ciência do débi-to e o trabalho dessa semana vaiser centrado não apenas na Coop-

med, mas nos demais contratos.Esperamos que até a próximasexta-feira possamos regularizar asituação da ortopedia do Deoclé-cio Marques. O começo do anosempre é difícil por conta do or-çamento, mas não vamos aceitarmais, a nós mesmos, o subterfúgioe a desculpa dessas dificuldadesburocráticas. Nós vamos buscaralternativas e soluções para dri-blar essas dificuldades ", afirmou.

Enquanto isso, os pacientes in-ternados reclamam da demora emrealizar as cirurgias, mas afirmamque estão sendo bem atendidos. Éo caso de Francimar Bezerra queestá internado desde a última quar-ta-feira a espera de uma cirurgia.Ele quebrou a perna jogando fute-bol, realizou uma cirurgia, masprecisa passar por um novo proce-dimento, pois sofreu uma queda ea placa que foi colocada na pernasaiu do lugar. "Não vejo a hora desair daqui, mas estamos sendo bematendidos. Os médicos passam aquie estão dando toda a assistência. Oproblema é para quem vai chegar,já que eles não estão atendendoninguém", destacou.

O operador de guindaste JoãoBatista está internado desde a úl-tima terça-feira. Ele quebrou obraço e apenas foi imobilizado.Está esperando que a cirurgia sejamarcada. "Os médicos até tem boavontade de trabalhar, mas nãopodem trabalhar sem receber salá-rio. Espero que essa situação seresolva o quanto antes para que ascirurgias possam ser retomadas",disse João Batista.

SAMU METROPOLITANOO presidente da Coopmed, Fer-

nando Pinto, explica que o con-

trato relativo ao Serviço de Aten-dimento Móvel de Urgência Me-tropolitano (Samu) venceu hoje eainda não foi renovado. "Estamosesperando o posicionamento doGoverno do Estado para que essecontrato seja renovado e que nãohaja prejuízo na prestação do ser-viço à população". Fernando Pintoconta que, nos primeiros dias, nãohaverá impacto, pois ele entrouem contato com a Coordenadoriapara que os médicos que são doquadro do estado fossem escaladospara cobrir a escala no início domês. "Mas à medida que o tempopassa pode haver prejuízo no aten-dimento à população. Existe umtramite administrativo e burocrá-tico meio travado e espero que onovo secretário possa mudar essepanorama que existe dentro da Se-cretaria, porque infelizmente issofica travando todos os processos edificultando o fluxo desses atendi-mentos", destacou.

O secretário Luiz Roberto Fon-seca reconhece que a Sesap tinhaconhecimento do término do contra-to com o SAMU Metropolitano. "Ocontrato do SAMU não vai trazerprejuízo à população. A coordena-ção foi muito hábil em remanejar aescala para que os estatutários fi-zessem os primeiros plantões domês, dando a Secretaria tempo su-ficiente para renovar o contrato.Acredito que até a próxima sexta-feira nós renovaremos o contratosem sofrer descontinuidade do ser-viço", informou o titular da Saúde.

SUPERLOTAÇÃO DA HMWG

O secretário de Saúde do Es-tado, o médico Luiz Roberto Fon-seca conta que a solução para re-solver o problema da superlotaçãodo Hospital Monsenhor WalfredoGurgel começa por criar uma redede retaguarda nos municípios, atra-vés das Unidades de Pronto Aten-dimentos (UPAs), dos Prontos So-corros Municipais, que não fun-cionam, e passam pelos demaishospitais do Estado.

"Não temos mais prazos, poisa população não agüenta mais aideia ser efetivada. Então temostrabalhado de uma forma diferen-te. Cada ente tripartite, federal, es-tadual e municipal, é ciente dassuas responsabilidades. O muni-cípio de Natal é ciente que preci-sa colocar para funcionar os ser-viços de baixa e média complexi-dade. Em relação ao Governo doEstado, temos um número signifi-cativamente grande de hospitais,mas eles têm uma baixa resoluti-vidade, excetuando aqueles queestão na Região Metropolitana deNatal e em Mossoró. O Estado nãotem condições de manter 23 hos-pitais funcionando, então vamospriorizar oito ou nove hospitais lo-calizados em regiões pólos e darefetividade a estes hospitais, sal-vaguardando os hospitais terciá-rios, os hospitais de maior respos-ta, que estão localizados nos doismaiores partes tecnológicos do Es-tado", destacou.

Depois de um feriadão da Sema-na Santa tenso para o atendimentoinfantil, em que apenas o ProntoSocorro Infantil Sandra Celeste es-tava funcionando, os hospitais es-taduais retornaram na manhã destasegunda-feira (1º) o atendimentopediátrico, reabrindo os prontos so-corros fechado desde a semana pas-sada. No entanto, o retorno do aten-dimento não garante a assistênciaplena do serviço durante todo o mês,pois, mais uma vez, a escala médi-ca não será preenchida até o final domês de abril.

No Hospital Regional DeoclécioMarques de Lucena, em Parnamirim,os dois pediatras retornaram o tra-balho na manhã de hoje, mas a de-manda ainda era pequena, pois, se-gundo eles, a população ainda nãosabe que o atendimento foi restabe-lecido. Asala do Pronto Socorro In-fantil estava vazia. No entanto, a es-cala médica dos pediatras no mêsde abril mais uma vez não será con-

cluída e, caso não sejam contratadosnovos profissionais ou redireciona-dos de outras unidades, o atendi-mento será suspenso a partir do dia27 deste mês, quando será encerra-da a carga horária dos médicos.

No Hospital Monsenhor Wal-fredo Gurgel, o atendimento estavasuspenso desde a última quarta-feira(27). Hoje pela manhã, duas médi-cas pediatras estavam de plantão,mas já alertaram que este mês a si-tuação deverá ser mais complicada,pois a escala médica só está garan-tida até o dia 21 de abril. Na manhãde hoje, duas crianças estavam in-ternadas na observação pediátrica.

Durante a suspensão do aten-dimento, a direção do Hospitaltransferiu a observação pediátricapara próximo ao setor de politrau-ma, na chamada linha vermelha,atendendo a uma recomendaçãopara implantação da Classificaçãode Risco na unidade. A médicaSônia Godeiro conta que os pedia-

tras reprovaram a mudança, poishouve uma redução do número deleitos. "Tiraram os dois berços paraas crianças menores e diminuíramde seis leitos para três, além doBox para reanimação, que está sema maca especializada. Não concor-damos com essa mudança, pois foifeita à nossa revalia, sem comuni-car aos médicos e a equipe de en-fermagem", destacou.

A pediatra Katiene Freire tam-bém não concordou com a mudan-ça. "A estrutura física é menor enão temos um banheiro específicopara crianças, que precisa de umaatenção especial. Antes tínhamosuma sala que funcionava como ummini repouso e um local em queguardávamos os nossos pertences.Hoje não temos mais esse local. Atéa televisão das crianças, que foicomprada pela equipe de enferma-gem, retiraram e não colocaram",destacou a pediatra de plantão.

O secretário de Saúde, Luiz

Roberto Fonseca, disse que o pro-blema da pediatria é nacional e queno Rio Grande do Norte se refletepela inexistência desses profissio-nais que estão envelhecendo, pedin-do para sair da porta de entrada, ese aposentando. "O problema é quenós não temos uma grande oferta.Temos hoje quatro pediatras quetentam ofertar o serviço com qua-lidade. Mas quando chega a partirdo dia 25, o serviço cessa porqueos médicos já cumpriram a cargahorária. Temos algumas alternati-vas para equacionar esse proble-ma, seja contratando profissionaispela Cooperativa, seja concentran-do o serviço em determinado local,para garantir a prestação do servi-ço, além do fortalecimento da as-sistência básica nos municípios,pois a pediatria é de responsabili-dade dos municípios, mas infeliz-mente não se vê efetividade, o queacaba sobrecarregando os hospi-tais terciários", explicou.

Ortopedistas suspendem atendimento no HospitalDeoclécio Marques e superlota corredores do HWGPROFISSIONAIS CONTRATADOS PELA COOPMED PARALISAM ATIVIDADES POR ATRASO DE CINCO MESES NOS SALÁRIOS

Na manhã de hoje, 49 pacientes internados no Deoclécio aguardavam por cirurgia. Para Rogério Soares (detalhe), situação é de falta de respeito e de compromisso com a saúde

> NA REDE ESTADUAL

Atendimento pediátrico é retomado, masescala médica continua sem fechar

Desde 3ª feira, João Batista está internado esperando por uma cirurgia no braço

Sônia Godeiro critica transferência do local da observação pediátrica do HWG

Fotos: Herácles Dantas

Herácles Dantas

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Segunda-feira O Jornal de HOJE 7Natal, 1 de abril de 2013Economia

Barragem de Oiticica terá720 dias para ficar prontaSONHO DE DÉCADAS AGORA TEM MESES PARA VIRAR REALIDADE

MARCELO HOLLANDA

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Sonhada desde os anos de 1950,inspiração de inúmeros discursos ecom a licitação paralisada pelo Tri-bunal de Contas da União desde agestão Wilma de Faria por suspei-ta de irregularidade nos valores uni-tários da obra, a Barragem de Oiti-cica, entre Caicó e Jucurutu, seráretomada a partir do próximo dia10 de abril mediante depósito ini-cial de R$ 27 milhões do GovernoFederal e uma contrapartida de R$1,7 milhão do Governo do Estado.

Nesta segunda-feira, o secretá-rio de Recursos Hídricos, Leonar-do Rêgo, e o presidente do Depar-tamento de Obras Contra a Seca(Dnocs), Emerson Fernandes, assi-naram o convênio transferindo final-mente ao estado a responsabilidadepela contratação e execução da Bar-ragem de 560 milhões de metroscúbicos. Ela atenderá 17 municí-pios do Seridó ao custo de R$ 330milhões em valores corrigidos.

"Sabíamos que era necessáriodesatar diversos nós e contamos,para isso, com a união de toda abancada federal em Brasília pararesolver os entraves burocráticos egarantir a Oiticica para o estado",afirmou a governadora RosalbaCiarlini Durante assinatura do con-vênio. Ela lembrou que a obra es-teve muito próxima de ser retiradado PAC em virtude dos preços uni-tários obtidos em licitação anterior,agravada pela ausência da assinatu-ra de convênio.

Ao afirmar que todo o esforçopara que as obras hídricas possíveissejam feitas integralmente, Rosal-ba voltou a pedir o esforço e uniãoda bancada para que os reservató-rios de Bujari (Nova Cruz), Barra-gem das Oliveiras (Lajes) e Dina-marca, em Serra Negra, possam"sair do papel".

ABarragem de Oiticica, que pe-renizará o rio Piranhas-Açu e fazparte do projeto de integração dorio São Francisco, foi definida comoum "momento histórico" pelo se-cretário Leonardo Rêgo, que desta-cou o esforço técnico e político des-pendido para "regularizar uma lici-tação perdida". Ele se referia ao cer-tame conduzido durante a gestãoanterior, quando a barragem foi or-çada em R$ 242 milhões. "Depoisde atualizarmos as planilhas, traba-lho conduzido por meu antecessor(Gilberto Jales), hoje podemos co-

memorar o resultado", disse Leo-nardo Rêgo.

O presidente do Dnocs, Emer-son Fernandes, confirmou que asplanilhas submetidas pela Secreta-ria de Recursos Hídricos já passa-ram pelo crivo do TCU e liberadaspara o início das obras. Ele lem-brou que a Barragem de Oiticicafaz parte do eixo quatro da transpo-sição do Rio São Francisco, desen-volvido em Major Sales.

Depois de cumpridas as forma-lidades iniciais, que incluem o de-pósito da contrapartida do Estado,a Barragem de Oiticica terá 720dias para estar concluída pelo cro-nograma. A expectativa da gover-nadora Rosalba Ciarlini é assinar aordem de serviço junto com a pre-sidente Dilma Roussef durante ainauguração da Barragem do AltoOeste, em Luiz Gomes, na segun-da quinzena deste mês. As obrasde Oiticica - antecipou LeonardoRêgo - serão tocadas em regime deforça-tarefa, 24 horas por dia.

Junto com a barragem de Poçode Varas, em Coronel João Pes-soas, que vai perenizar o rio Apodi-Mossoró, e a Barragem de Umari-zeira, em Umarizal, com capaci-dade de 80 milhões de metros cú-bicos, o governo estadual preten-de fechar o tripé de obras estrutu-rantes com os quais quer deixaruma marca administrativa.

"Essas obras vão alterar a lo-gística de recursos hídricos no Rio

Grande do Norte", profetizou Leo-nardo Rêgo durante a assinaturado convênio com o Dnocs, quetambém recebeu as assinaturas,como testemunhas, dos deputadosestaduais Nélter Queiroz, JoséAécio e George Soares.

O secretário fez questão dedizer que a participação da banca-da federal do estado desempenhouum papel contundente no resulta-do. "Nunca tivemos a presença detantos potiguares em cargos chavesda República e isso já está renden-do os frutos", afirmou.

De acordo com o presidente daFederação dos Municípios do RN,Benes Leocádio, a perfuração e ins-talação de novos poços artesianosno Alto Oeste já começaram e cadamunicípio receberá 10 dessas es-truturas, cabendo aos prefeitos opagamento pela mão de obra utili-zada, bem como o financiamentodos kits com material de perfuraçãoorçado em R$ 5 mil cada. O Go-verno do Estado cederá máquinaspesadas para o serviço.

Benes Leocádio explicou,ainda, que os poços que encontra-rem água com níveis altos de salpoderão ter dessalinizadores ad-quiridos por meio de recursos doprograma "Água Boa" do Gover-no Federal. "A ideia é de melhoraro abastecimento feito pelos cami-nhões pipa com água que possa re-forçar o consumo humano e ani-mal", afirmou.

Wellington Rocha

Demis Roussus/Divulgação

Leonardo Rêgo: uma semana no cargo e uma obra histórica nas mãos

> PORTO

CMA/CGM terá agora duasescalas por mês em Natal

A falta de carga mudará,pelo menos temporariamente (éo que se espera) a rotina da fran-cesa CMA/CGM no Porto deNatal. De um navio por sema-na, quatro por mês, saltará paraapenas dois no regime semanasim, semana não.

A má noticia atingirá direta-mente os trabalhadores portuá-rios, a praticagem, agentes por-tuários e a própria Codern, queganham por embarcação queacessa seus berços.

Enquanto a diretoria da Com-

panhia Docas participa da Inter-modal em São Paulo, em buscade novos armadores interessadosem programar Natal no itineráriode seus navios, persiste a incômo-da dúvida - se não é o começo dofim para o Porto que completou80 anos em 2012.

No próximo dia 10 deveacontecer a votação da MedidaProvisória dos Portos, quando oGoverno Federal inicia o proces-so de privatização de áreas por-tuárias para aumentar as possibi-lidades competitivas do País.

Essa iniciativa esbarra nointeresse de sindicatos que que-rem ver a situação exatamentecomo está - boa para quem tra-balha no sistema e péssima parao país, que produz e não conse-gue exportar com preço e den-tro dos prazos exigidos peloscompradores.

Mas essa ainda não é umaboa discussão para o porto deNatal, cujas cargas minguam, masque ainda fala na cabotagem (queé o trânsito entre os portos de ummesmo país) como saída. (MH)

"Belas do Turismo"terão palestra sobreo novo aeroporton O próximo encontro mensaldas "Belas do Turismo" - comose denomina o grupo de em-presárias natalenses com forteatuação na atividade turísticano Rio Grande do Norte - seránesta quarta-feira, no SerhsNatal Grand hotel.n O convidado especial será oengenheiro Ibernon Gomes, su-perintendente do consórcio Infra-merica, grupo empresarial res-ponsável pela construção e ad-ministração do futuro Aeropor-to Internacional de São Gonça-lo do Amarante, em regime deconcessão pelo prazo de 20 anos.n Ele fará uma palestra sobreo ritmo das obras e mostrarádetalhes de como funcionará onovo terminal aéreo da regiãometropolitana.n Em junho os encontros das"Belas do Turismo" estará co-memorando três anos, semprecoordenados pela jornalistaCristina Lira.

Pesquisador da Emparn naDiretoria da Associação deCriadores de Pardo-Suíçon O coordenador de Pesquisae Produção Animal da Emparn(Empresa de Pesquisa Agro-pecuária do Rio Grande doNorte), Guilherme Ferreira daCosta Lima, participou sema-na passada, em São Paulo, deassembleia geral da Associa-ção Brasileira de Criadores deGado Pardo-Suíço (-ABCGPS), ocasião em que foireconduzido a uma das direto-rias da entidade.n Para o presidente da Emparn,José Geraldo de Medeiros, amanutenção de Guilherme naDiretoria da ABCGPS é umaclara demonstração de reconhe-cimento ao trabalho que a Em-presa de Pesquisa Agropecuá-ria do RN desenvolve com araça em suas estações experi-mentais.nO Rio Grande do Norte é con-siderado hoje um dos principaiscentros de seleção da genéticoe produtividade, qualidades que

são repassadas aos criadores pormeio dos diversos leilões de ani-mais realizados nas feiras agro-pecuárias do Estado.n A Emparn iniciou os traba-lhos de melhoramento da raçaPardo-Suíço em 1983. Atual-mente o seu rebanho é de 150animais, dos quais 70 matrizescom lactações variando entre2,5 mil a 7 mil quilos de leitea pasto, com suplementação.nAinda integram a nova Dire-toria da ABCGPS mais dois se-lecionadores potiguares: Ulis-ses Ribeiro Filho e AntônioTeófilo.

Hazbun investe emlocação patrimonialnA construtora Hazbun, comforte atuação no mercado imo-biliário natalense, descobriu eestá investindo pesado numnovo nicho de mercado: aconstrução de edifícios comer-ciais para aluguel contratadopreviamente.nEntre as obras realizadas den-tro dessa estratégia estão as ins-talações ocupadas pela Facul-dade Estácio de Sá na AvenidaAlexandrino de Alencar e naZona Norte da capital, esta comum total de 36 salas de aula. n Outro edifício erguido pelaHazbun com a finalidade deatender às especificações esta-belecidas pelo locador foi o daagência da Caixa EconômicaFederal na Avenida Maria La-cerda Montenegro, bairro deNova Parnamirim.

MARCOS AURÉLIO DE SÁ [email protected]

HOJE na EconomiaDoença nos criatórios asiáticos reabre omercado europeu para camarão do Brasiln O presidente da ABCC (Associação Brasilei-ra dos Criadores de Camarões), engenheiro depesca Itamar Rocha, encaminhou semana passa-da correspondência ao ministro da Pesca e Aqui-cultura, Marcelo Crivella, dando conta de que apropagação da doença EMS - que provoca mortesúbita dos crustáceos criados em cativeiro em paí-ses asiáticos - deverá reduzir em cerca de 400mil toneladas a oferta de camarão no mercadomundial nos próximos meses.n Segundo ele, isto é mais do que toda a pro-dução anual dos países do continente america-no, fenômeno que já começa a mexer fortemen-te com o mercado internacional e a favorecer oencarecimento do quilo de camarão na Europa,admitindo-se que produto classificado entre 80e 100 gramas ultrapassará a barreira dos 6,2 dó-lares já em maio próximo, valor só atingido noinício da década passada (época em que outradoença, a WSSV - mancha branca - quase des-truiu a carcinicultura do Equador, então um dosmaiores produtores mundiais).n Dentro desta realidade, Itamar informa o mi-nistro de que já é possível aos carcinicultores bra-sileiros pensar num iminente retorno do nossocamarão ao mercado externo, tendo-se em vistaque será restabelecida a lucratividade das ex-portações (agora isentas do PIS/Cofins) e que nosegundo semestre sempre cresce o consumo decrustáceos nos países europeus, o que deverágerar novas altas de preço.n E a carta termina com a observação de que"estamos diante de uma excepcional e inespe-rada oportunidade, o que exige de todos umamaior responsabilidade e redobrada atençãocom relação ao sagrado assunto da defesa sa-nitária, pois riscos da translocação dessa novadoença - especialmente se as importações decamarão da Argentina pelo Brasil se viabiliza-rem - são bastante evidentes, haja visto que aTailândia, principal país afetado pela EMS, par-ticipa com 32 por cento das importações depescado da Argentina".

Reportagem da Rede Globo vendeimagem distorcida da carcinicultura nAinda falando sobre os problemas enfrentados pelacarcinicultura brasileira, o presidente da ABCC, ItamarRocha, remeteu circular a todos os criadores de cama-rão vinculados à entidade fazendo considerações sobreos efeitos negativos para o setor, de recente reporta-gem da Rede Globo de Televisão divulgada através do"Jornal Nacional" tratando da importância dos man-guezais para o ecossistema marinho e mostrando as fa-zendas de camarão como destruidoras de mangues.n Na carta aos carcinicultores, Itamar explica quechegou a ser procurado pelo repórter Rafael Bena-que, da Globo, que desejava entrevistá-lo. Mas, porestar impossibilitado de viajar, e preocupado com "avisão vesga com que costumeiramente a carcinicul-tura é tratada" por setores da imprensa que "usamcomo pano de fundo os falsos dogmas da esquerdaambientalista internacional patrocinada pelos pes-cadores dos Estados Unidos e do Mar do Norte,pelos produtores de camarão da Ásia e pelos aliena-dos de plantão no Brasil", recorreu a vários carcini-cultores potiguares para que dessem total apoio lo-gístico à equipe da principal emissora de TV do país,durante sua vinda ao RN.n Segundo ele, o grupo recebeu a reportagem daGlobo na Tecnarão, "fazenda de criação de camarãoque há 20 anos opera no município de Arez, em per-feita harmonia com o manguezal adjacente", masquase nada do que os carcinicultores declararam foiaproveitado na matéria levada ao ar nacionalmente.n E conclui o presidente da ABCC:n "Para desespero de muitos, não vamos dar um tirono ouvido. Pelo contrário: vamos é redobrar nossaluta em prol do desenvolvimento da nossa ativida-de, que no momento representa uma alternativa degrande viabilidade para o fortalecimento da aquicul-tura brasileira. A verdade sempre prevalece e, se al-guém questionava ou tinha dúvidas sobre o estudodo Labomar/UFCE realizado em parceria com aISME/BR (Instituto Internacional de EcossistemaManguezal-Seção Brasil), favor ler a tese anexa, rea-lizada por um Professor da Universidade de Duke-USA, sobre a carcinicultura e os manguezais doNordeste Brasileiro".

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8 O Jornal de HOJE Natal, 1 de abril de 2013 Segunda-feiraCidade

A Cral Construções e Em-preendimentos, empresa respon-sável pela obra do prédio queameaça desabar em Natal, aindanão detalhou as medidas a seremadotadas para demolição da estru-tura. De acordo com o gerente deFiscalização do Conselho Regio-nal de Engenharia e Agronomia(Crea/RN), Luiz Carlos Madruga,o método de demolição deve serdefinido entre a construtora e oproprietário do imóvel, identifi-cado como Carlos Régis, e infor-mado ao órgão, juntamente aoCorpo de Bombeiros.

Interditado na última segun-da-feira (25), o prédio, localizadona rua Estrela do Mar, no conjun-to Alagamar, corre risco de ruir aqualquer momento sobre quatrocasas vizinhas e no terreno de umflat em construção nas proximi-dades. A obra apresenta uma incli-nação bem acentuada para frentee fissuras em toda a estrutura. Se-gundo moradores, ela começou aceder por volta das 16h, quando seouviu um estalo muito forte e partedas paredes começaram a cair. Ascasas já foram desocupadas e umtrecho da rua também foi isoladopor motivos de segurança.

O gerente de Fiscalização doCrea/RN informou que a constru-tora Cral não tinha registro profis-sional, situação identificada pelosfiscais do órgão antes do impre-visto. "A construtora foi notifica-da pelo Conselho no mês demarço, antes de identificarmos oproblema. Essa é uma obra queestava parada há muito tempo.Quando nossos ficais passarampelo local e viram a retomada daconstrução, levantaram dados everificamos que ela não tinha re-gistro legal", afirmou Luiz Ma-druga.

No entanto, ainda não se temcerteza se a empresa recebeu a no-tificação, uma vez que a entregaé feita pelos Correios. "Ainda es-tamos esperando o reconhecimen-to daquilo que levou ao inciden-te, se foi o engenheiro responsá-vel ou as condições naturais dosolo. A única informação quetemos é que a Cral é uma constru-tora em início de mercado, natu-ral de Natal, e que esse prédio,provavelmente, seria o seu pri-meiro empreendimento", explicou

Madruga.Um laudo técnico sobre as

causas do acidente deve ser en-tregue pela construtora, apontan-do sobre o destino da construção,como a implosão ou se pode havero escoramento para retirar o ma-terial gradativamente. Do lado defora, grandes rachaduras nas la-terais e na fachada do imóvel com-provam que a estrutura sofreu umforte abalo a ponto de ficar incli-nada. Um buraco se abriu no chãodo edifício e as rachaduras vistasnas paredes de todos os pavimen-tos também se estenderam pelochão do prédio.

Cerca de dez operários esta-vam em serviço no momento doacidente e, segundo os vizinhos,saíram correndo, levando os pou-cos objetos pessoais que conse-guiram juntar. No interior daobra, que servia abrigo tempo-rário para parte do grupo, deixa-ram materiais de uso pessoal,como rede para descanso e fer-ramentas. De acordo com oCorpo de Bombeiros, ninguémficou ferido. O canteiro aindaguarda uma grande quantidadede sacos de cimento, areia paraconstrução, pedras e tijolos.

CAROLINA SOUZA

[email protected]

A Prefeitura de Natal estáaguardando posição do Institutode Desenvolvimento Sustentávele Meio Ambiente do Rio Grandedo Norte (Idema) para dar o'ponta pé' inicial do primeiro ser-viço voltado para a Copa doMundo. O poder municipal soli-citou ao órgão uma licença am-biental necessária para dar ordemde serviço referente à construçãodo túnel de drenagem da Arenadas Dunas, serviço que deveráinterligar o sistema de águas plu-viais entre as zonas Sul e Oesteda capital.

De acordo com o titular daSecretaria Municipal de ObrasPúblicas e Infraestrutura (Semo-pi), Rogério Mariz, a liberaçãoda licença está sendo aguardadapara esta segunda-feira (1)."Assim que recebermos a licen-ça ambiental, entramos em con-tato com a Caixa Econômica paraliberar os recursos e assinar aordem de serviço", afirmou.

Entretanto, segundo o coor-denador de Meio Ambiente doIdema, Sérgio Macedo, o órgãoainda está realizando os estudosdo impacto ambiental da obra."A equipe técnica ainda está ana-lisando o projeto para se posicio-nar favorável ou não. Acredito

que ainda nesta semana teremosuma resposta mais concreta".

A meta da Prefeitura é elimi-

nar as enchentes nos bairros deLagoa Nova, Nova Descoberta,Dix-Sept Rosado, Candelária,

Bom Pastor, Cidade da Esperan-ça e Nazaré, além de urbanizar aslagoas do Centro Administrativo,

São Conrado, da Cidade da Espe-rança, dos Potiguares, do Preá e oreservatório de primeiras chuvas.

Com o serviço, serão eliminados23 pontos críticos de alagamen-tos em diversas ruas das zonas Sule Oeste. Em primeiro momento,segundo Rogério Mariz, serão des-tinados cerca de R$ 126 milhõesoriginados do Orçamento Geralda União (OGU).

A construção do túnel de dre-nagem no entorno da Arena dasDunas levou a Secretaria Munici-pal de Obras Públicas e Infraes-trutura a contratar a empresa StartPesquisa e Consultoria para ela-borar os estudos ambientais, aten-dendo a uma solicitação do Minis-tério Público, visando à melhorianas águas que atualmente são lan-çadas no rio Potengi. Hoje o sis-

tema funciona com bombas, e nonovo projeto a água passará a es-coar por gravidade, evitando osalagamentos constantes em perío-dos chuvosos.

O Estudo de Impacto Am-biental do Túnel Arena das Dunasfoi apresentado no último dia 5 demarço, em audiência pública rea-lizada no auditório do Centro deTecnologias do Gás e EnergiasRenováveis (CTGÁS), em LagoaNova, mostrando uma série depontos que justificam a sua via-bilidade. Entre eles, a área de in-fluência, que foi expandida paracontemplar também a parte doestuário, local onde vai cair aágua da drenagem.

Semopi aguarda licença ambiental para construçãode túnel de drenagem da Arena das DunasPREVISÃO DA PREFEITURA ERA DE QUE LICENÇA FOSSE LIBERADA HOJE, MAS PROJETO AINDA ESTÁ SENDO ANALISADO PELO IDEMA

Após o túnel de drenagem da Arena das Dunas, serão eliminados 23 pontos críticos de alagamento nas zonas sul e oeste. Assim, a Prefeitura pretende pôr fim as enchentes em locais como Nova Descoberta, avenida Mor Gouveia e Lagoa do Preá (foto)

Com fissuras na estrutura e inclinação acentuada, prédio está interditado há uma semana e casas ao redor foram desocupadas

> PONTA NEGRA

Obra interditada ainda não tem data para ser demolida

Informação inicial é de que terreno cedeu, mas laudo oficial ainda não foi apresentado

Inicialmente, segundo o secretário de Obras e Infraestrutura, Rogério Mariz, serão destinados

cerca de R$ 126 milhões originados do Orçamento Geral da União (OGU)

Fotos: Herácles Dantas

Fotos: José Aldenir

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O Jornal de HOJE 9Natal, 1 de abril de 2013Segunda-feira Cidade

UNIDADE SOFRE COM SUPERLOTAÇÃO, DESABASTECIMENTO E FALTA DE PROFISSIONAIS. O PROGRAMA SOSEMERGÊNCIA, DO GOVERNO FEDERAL, VAI INJETAR R$ 17,6 MILHÕES POR ANO PARA MUDAR ESSA REALIDADE

ROBERTO CAMPELLO

[email protected]

O maior hospital de urgência eemergência do Rio Grande do Nortecompletou, neste domingo, dia 31 demarço, 40 anos de funcionamento.Inaugurado em 1973, o então Hos-pital Geral e Pronto Socorro de Nataldeu lugar ao Hospital MonsenhorWalfredo Gurgel, que surgia parasuprir uma lacuna existente na saúdepública do Estado. À época, o hos-pital contava com aproximadamen-te 300 funcionários e era responsá-vel por atender uma população de1,7 milhão de habitantes no Estado.Quarenta anos depois, embora o nú-mero de funcionários seja sete vezesmaior que no passado, contando commais de dois mil servidores, o hos-pital continua sendo responsável poratender a demanda de pacientesoriundos de todo o Estado, com umapopulação estimada em 3,1 milhõesnorte-riograndenses. A ineficiênciadas redes municipais de Saúde, oque tem tornado a prática da ambu-lancioterapia cada vez mais comum,tem sido um grande obstáculo a serenfrentado. Somado a essa prática,o sucateamento dos hospitais regio-nais, direcionam todo o atendimen-to do Estado para um único lugar:o Hospital Walfredo Gurgel.

Quatro décadas depois, o Hos-pital Walfredo Gurgel não conseguemais, sozinho, resolver os inúme-ros problemas da saúde pública doEstado. Anecessidade de outro hos-pital é urgente, a fim de que se di-vida com Walfredo Gurgel a deman-da existente. Com a capacidade deatendimento aquém da real necessi-

dade, o que se vê é um cenário quese repete há anos: corredores super-lotados e uma unidade com desa-bastecimento constante.

Amensagem escrita na placa deinauguração hospital, nas palavras doex-governador Monsenhor Walfre-do Gurgel, que dá nome ao Hospi-tal traduz bem o perfil do hospitalque, apesar da alta demanda existen-te, atende toda a população potiguar."Aos que sofrem, este hospital abresuas portas, no acolhimento frater-nal, a fim de recuperando a saúde docorpo, restituir a alegria da vida".

Para agravar ainda mais a situa-ção, basta uma unidade suspender oatendimento para os pacientes re-correrem ao HMWG. Neste fim desemana, com a suspensão do aten-dimento pediátrico no Hospital Re-gional Deoclécio Marques de Lu-cena, em Parnamirim, todos os pa-cientes foram redirecionados para oWalfredo Gurgel, que estava, atéontem, com o Pronto Socorro In-fantil fechado, por falta de profissio-nais.

Diante deste cenário, nos últi-mos anos tem sido comum encon-trar corredores lotados. Estima-seque dos pacientes que dão entradano Hospital, apenas 30% deles seencaixam no perfil de urgência eemergência, sendo os demais debaixa complexidade, para atendi-mento ambulatorial, que deveria seratendido na rede básica de saúde domunicípio. Ano passado, o Hospitalpassou por um dos momentos maisdifíceis da sua história, onde, quaseque diariamente, era comum encon-trar mais de cem pacientes espalha-dos nos corredores, acomodados em

macas e cadeiras, a espera de umprocedimento médico. Hoje, essarealidade tem mudado, muito embo-ra as macas ainda façam parte, emmenor quantidade, dos corredoresdo walfredo Gurgel.

"Amudança é visível, só não vêquem não quer. É um trabalho de for-miguinha, que plantamos lá atrás eaos poucos estamos colhendo os re-sultados. Isso é fruto do esforço detoda diretoria que está empenhadaem solucionar os problemas do Hos-pital, bem como dos funcionáriosque abraçaram a causa e tambémquerem ver o Hospital livre dessas

macas espalhadas pelos corredores.É preciso que todos entendam queo Walfredo não é problema, mas simsolução para a rede", destacou Fá-tima Pinheiro, diretora geral do Hos-pital Walfredo Gurgel. A aberturade leitos de retaguarda clínica em ou-tras unidades hospitalares, como noHospital Universitário Onofre Lopes(Huol) e Hospital da Policia Militar,também contribuíram para diminuira quantidade de pacientes nos cor-redores.

Adiretora Fátima Pinheiro acre-dita que a participação de todos osfuncionários que fazem o Walfredo

Gurgel nesse processo de mudançaé fundamental. "Defendo que a ges-tão tenha que ser como uma pirâmi-de invertida, de modo que gestormaior esteja em baixo e os demaisprofissionais em cima. Caso elesnão colaborem, não ajudem e nemparticipem do processo, somos es-magados", afirmou. Para a diretora,a ambulancioterapia é o grande pro-blema a ser enfrentado. "Se o mu-nicípio começar a fazer a sua partee os hospitais regionais deixarem demandar seus pacientes para Natal éo primeiro passo para conseguirmosmudar essa realidade. Pois sem isso,é impossível cumprir metas", desta-cou Fátima Pinheiro.

O secretário de Saúde do Esta-do, Luiz Roberto Fonseca, conside-ra que apesar das deficiências, que,segundo eles estão sendo resolvi-das, o Hospital Walfredo Gurgelainda tem conseguido dar resoluti-vidade aos problemas e não conse-gue enxergar o Rio Grande do Nortesem a unidade. "O Walfredo Gurgelé vítima de todo o processo e nãovilão como muitas vezes é aponta-do. O hospital não é um problemae sim uma solução, que há muitoanos vem prestando serviço à po-pulação, à custa do sacrifício do Go-verno do Estado e dos profissionaisque trabalham na unidade diaria-mente", afirmou o secretário estadualde Saúde.

Luiz Roberto Fonseca lembraque o Hospital Walfredo Gurgel ca-minha para um novo momento dahistória e que a visita do ministroda Saúde, Alexandre Padilha, noúltimo dia 22, foi o marco paramudar a triste realidade do Hospi-

tal. O ministro veio acompanhar oandamento da implantação do Pro-grama SOS Emergência e fazer aassinatura da placa que marca a in-tegração oficial da unidade à açãodo Governo Federal, que qualificao atendimento dos hospitais de ur-gência e emergência.

Durante a visita, o ministroandou pelas áreas de cirurgia, rea-nimação e emergência do Hospitale, segundo ele, a ampliação dos re-cursos do Ministério da Saúde vaimelhorar o atendimento hospitalarcomo um todo. "Temos aqui umhospital bastante lotado e que con-centra o atendimento de urgência eemergência de todo o estado do RioGrande do Norte. Por isso, vamosagir garantindo recursos para a aber-tura de 118 novos leitos de retaguar-da, neste mês de março, e temosainda a previsão de que no mês deabril já se abram outros 50 leitos.Estes serão leitos exclusivos paradar continuidade ao tratamento depacientes que lotam a unidade", disseo ministro.

A estratégia do SOS Emergên-cia parte da elaboração de um diag-nóstico e planejamento baseados emquatro eixos: porta de entrada, pro-cesso de trabalho na emergência,rede interna hospitalar (gestão deleitos) e rede externa (deshospitali-zação do paciente/transferência docuidado). Serão investidos pelo Mi-nistério da Saúde R$ 11 milhões porano para a aquisição dos leitos de re-taguarda; R$ 3 milhões na apare-lhagem e reforma do Walfredo Gur-gel e mais R$ 3,6 milhões por anopara a montagem do núcleo de aces-so e qualidade.

O Complexo Hospitalar Mon-senhor Walfredo Gurgel, correspon-dente a estrutura do Hospital Mon-senhor Walfredo Gurgel e o Pron-to Socorro Dr. Clóvis Sarinho, é re-ferência no atendimento de urgên-cia e emergência pelo SistemaÚnico de Saúde no Rio Grande doNorte, sendo o maior hospital doEstado com 280 leitos e cinco Uni-dades de Terapia Intensiva (UTIs).É o único hospital público do Esta-do que conta com serviço de quei-mados, ortopedia, neurologia e neu-rocirurgia. No Plantão do ClóvisSarinho, uma gama de profissionaisde diversas especialidades ajuda,diariamente, a salvar vidas: clínicamédica, cirurgia geral, neurocirur-gia, cirurgia vascular, traumaortope-dia, oftalmologia, otorrinolaringo-logia, cirurgia plástica e bucoma-xilofacial.

O Hospital ocupa importantepapel na assistência à saúde do Es-tado em função da capacidade téc-nica e multiplicidade de profissio-nais, da dimensão e função primor-dial no atendimento de urgênciase emergências clínicas e cirúrgi-cas. Além disso, o Walfredo Gur-gel é qualificado como Hospital

Auxiliar de Ensino com o serviçode residência médica em cirurgiageral, bem como campo de estágiopara instituições voltadas à forma-ção profissional de várias catego-rias, nos níveis técnico, graduaçãoe pós-graduação.

O Hospital Walfredo Gurgelatende, mensalmente, uma médiade 21 mil pacientes vindos da ca-pital e do interior do estado, dosquais 1.100 são internados. A cadamês, são feitas cerca de 600 pro-cedimentos cirúrgicos, entre cirur-gias e reduções ortopédicas. NoServiço de Apoio ao Diagnósticoe Tratamento são realizadas pormês, em média, 1200 tomografiascomputadorizadas, entre 6 e 7 milexames de raio-X, de 650 a 700ultrassonografias, e de 250 a 300endoscopias digestivas.

O Walfredo Gurgel dispõe deuma equipe formada por mais dedois mil funcionários, dos quaiscerca de 200 são de empresas ter-ceirizadas. A equipe de plantão per-manente é composta por 30 médi-cos em cada turno, e o hospital contaainda com uma equipe de profis-sionais que pode, a qualquer mo-mento, ter seus serviços solicitados.

Hoje o Complexo HospitalarMonsenhor Walfredo Gurgel é co-mandado pela diretora geral Mariade Fátima Pereira Pinheiro e temJosenildo Barbosa de Lira, comodiretor administrativo e financeiro,Hélida Maria Bezerra, como dire-tora técnica, Mara Andrea Arrudade Almeida, como diretora de en-

fermagem e Marleide Alves, comodiretora médica.

PRONTO SOCORRO CLÓVIS SARINHO

O Pronto Socorro Dr. ClóvisSarinho foi inaugurado no dia 8 defevereiro de 2001, integrando ocomplexo hospitalar do Hospital

Monsenhor Walfredo Gurgel. É re-ferência no atendimento de emer-gência no Estado, recebendo, emmédia, 13 mil pacientes por mês.Os principais procedimentos reali-zados são em clínica médica, orto-pedia, cirurgia geral e neurocirurgia.Ao todo, abriga 62 leitos, sendo 19de UTI geral, 7 de UTI pediátrica,

9 do Centro de Recuperação deOperados, 20 da Unidade Semi-in-tensiva, 6 do setor de Politrauma e6 na pediatria.

A estrutura do Pronto SocorroDr. Clóvis Sarinho abrange o Cen-tro Cirúrgico do Hospital WalfredoGurgel, com 6 salas cirúrgicas e oCentro de Esterilização de Mate-riais. Além disso, conta com os ser-viços auxiliares de diagnóstico, quecompreendem: Laboratório de Aná-lises Clínicas; Endoscopia Digesti-va Alta, Ultrassonografia e Radio-logia, com três equipamentos deRaio-X e aparelho para realizaçãode tomografia computadorizada.

A equipe do Pronto Socorro écomposta por cerca de 25 médicosem regime de plantão permanente.São clínicos, pediatras, cirurgiões,intensivistas, anestesistas, neuroci-rurgiões, além de cirurgião vascu-lar e plástico. O Clóvis Sarinho fun-ciona também com assistentes so-ciais permanentes, em escala deplantão, recepção informatizada paraadmissão de pacientes, posto da Po-lícia Militar, Posso Ajudar e Servi-ço de Triagem.

Para diretora, mudança só é possível com a melhoria da assistência em Natal e interior

Estrutura da unidade não suporta alta demanda de pacientes

Com capacidade de atendimento bem menor do que o ideal, cenário constante é de corredores superlotados e desabastecimento

CONTINUA NA PÁGINA 13

Hospital Walfredo Gurgel completa 40 anos

Herácles Dantas

José Aldenir

José Aldenir

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Segunda-feira10 O Jornal de HOJE Natal, 1 de abril de 2013 Cidade

ALESSANDRA BERNARDO

REPÓRTER

Quatro homens armados inva-diram o shopping de artesanatoMãos de Arte, na Praia dos Artis-tas, na zona Leste de Natal, e arrom-baram o terminal eletrônico daCaixa Econômica Federal (CEF),que fica instalado no andar térreodo edifício. Antes, eles entraramno local usando cópias das chavesdos cadeados que fechavam a ad-ministração e renderam os doisagentes de portaria que estavam deplantão. Um deles foi agredido eteve que ser socorrido para o Hos-pital Walfredo Gurgel, com um dosbraços machucado.

Segundo o subtenente da Com-panhia Independente de Policia-mento Turístico (Ciptur), ItamarFélix, pelas características da açãocriminosa, os ladrões conheciam ofuncionamento do shopping e pos-sivelmente foram auxiliados por al-guém que trabalha ou já trabalhouno local, já que eles estavam comas chaves do prédio e chegaramprocurando por uma pessoa, em es-pecífico.

"Eles abriram o portão do esta-

cionamento, renderam os dois plan-tonistas que estavam lá e abriramainda os dois cadeados da admi-nistração, por onde entraram noshopping, reviraram os dois escri-

tórios e desceram para arrombar ocaixa eletrônico. Pela forma comoagiram, cogitamos que toda a açãofoi planejada em cima dos conhe-cimentos que eles tinham do fun-

cionamento pleno do estabeleci-mento. Além disso, eles chegaramprocurando por um vigilante alto egalego, características de um vigi-lante que estava de folga", disse o

subtenente Itamar.Ele explicou ainda que um dos

agentes de portaria que foi rendi-do conseguiu se soltar e correr parao estacionamento, onde pegou ocarro e pediu socorro à família, nobairro de Mãe Luíza, também nazona Leste de Natal. Já o outroainda foi agredido pelos crimino-sos, que o ameaçaram de morte vá-rias vezes até a hora em que a qua-drilha fugiu do shopping, com odinheiro roubado de dentro do ter-minal eletrônico.

Além disso, eles também rou-baram dois computadores da ad-ministração, onde estavam arma-zenadas as imagens captadas pelascâmeras do circuito interno de mo-nitoramento de toda a ação crimi-nosa, e aparelhagem de som. "E es-vaziaram pelo menos dez extinto-res de incêndio, pelas duas salas daadministração, possivelmente pormaldade. Reviraram os ambientesem busca de dinheiro e, como nãoconseguiram, fizeram isso", expli-cou o subtenente Itamar.

Segundo o administrador doshopping Mãos de Arte, Eder Be-gossi, o estabelecimento é bastan-te movimentado por turistas e vi-

sitantes, mas que, pelas caracterís-ticas da ação dos criminosos, é pos-sível que o assalto tenha sido co-metido por pessoas que conheciamo local. Ele disse que o funcioná-rio agredido foi socorrido para oWalfredo Gurgel, onde passou poratendimento médico durante estamanhã.

Ele disse que recebeu a infor-mação do crime ainda durante amadrugada e que essa foi a primei-ra vez que o estabelecimento co-mercial foi alvo de criminosos."Fica difícil dizer que há um sus-peito, porque todos os dias circu-lam centenas de pessoas por aqui.Mas, como os bandidos chegaramprocurando uma pessoa com as ca-racterísticas parecidas com a de umfuncionário nosso, pode ser que eletenha sido seguido e possa ajudara polícia nas investigações", expli-cou.

O shopping fica situado a cercade 50 metros de distância de umposto de informações turísticas daPolícia Militar, no início da Praiados Artistas, mas a unidade só fun-ciona no período das 6h às 23h,conforme um oficial que estava nolocal na manhã de hoje.

Quadrilha invade shopping de artesanato naPraia dos Artistas e arromba caixa eletrônico QUATRO HOMENS ARMADOS RENDERAM DOIS AGENTES DE PORTARIA, APÓS UTILIZAR CÓPIAS DE CHAVES PARA ENTRAR NO LOCAL

Uma família passou momentosde terror e pânico durante um arras-tão cometido por dois bandidos noloteamento Águas Claras, no mu-nicípio de Parnamirim, na RegiãoMetropolitana de Natal. Duas víti-mas foram agredidas com váriascoronhadas na cabeça e golpes defacão nas costas e socorridas parao Hospital Walfredo Gurgel, ondereceberam atendimento médico enão correm risco de morte. O crime,ocorrido na noite do último sába-do (30), causou apreensão nos mo-radores da cidade.

Segundo o comandante do 3ºBatalhão da Polícia Militar, tenen-te-coronel Jair Júnior, por causa doassalto à residência da família, opoliciamento ostensivo na regiãofoi reforçado e as diligências embusca dos acusados continuam. Asinvestigações estão sendo feitas em

conjunto com a Polícia Civil, quedeve começar a ouvir as vítimasainda hoje. Esse é o segundo ar-rastão registrado na cidade em ape-nas dois dias, já que na sexta-feira,uma casa em Cotovelo também foiinvadida por bandidos armados

"A nossa preocupação é queesses fatos se tornem corriqueiros,já que é o segundo que aconteceem um curto intervalo de tempo.Por isso, decidimos reforçar o po-liciamento ostensivo em todo o mu-nicípio, que, por causa do cresci-mento contínuo registrado nos úl-timos tempos, com uma média deseis mil habitantes novos a cadaano, está sendo alvo de crimino-sos", explicou.

Durante o arrastão, as vítimasestavam conversando em frente àresidência quando foram surpreen-didos pelos dois acusados, que es-

tavam armados e os obrigaram a en-trar no imóvel, agindo de forma vio-lenta, possivelmente sob a ação dealgum entorpecente. Dentro da casa,as vítimas foram trancadas em doisquartos e ameaçados várias vezespelos ladrões, durante todo o tempoem que estes permaneceram no local.

Depois de roubarem objetos devalor, telefones celulares e dinhei-ro das vítimas, os bandidos ainda le-varam o automóvel que estava pa-rado em frente à uma residência vi-zinha. As pessoas contaram à Polí-cia Militar que, durante toda a ação,foram ameaçados e agredidos fisi-camente pelos criminosos, que fu-giram tomando rumo ignorado.

Segundo o comandante Jair Jú-nior, as pessoas devem ficar aten-tas caso percebam a presença ouaproximação de alguém suspeito eacionar imediatamente a Polícia

Militar, através do número gratui-to 190, para evitar assaltos ou ou-tros tipos de violência. "Estamos àdisposição da sociedade, mas pre-cisamos que ela também contribuaconosco, através de denúncias, paraque possamos oferecer o máximode segurança e combater a crimina-lidade, que infelizmente, continuafazendo vítimas em nossas cida-des", ressaltou.

A Polícia Militar também con-tinua as buscas pelos criminososque invadiram e fizeram um arras-tão em uma casa na Praia de Coto-velo, na última sexta-feira. Na oca-sião, dois homens e uma mulherchegaram armados com facas pei-xeiras no imóvel e, após anunciaro assalto, fugiram levando dinhei-ro, telefones celulares e objetos devalor, além dos computadores pes-soais que estavam no local.

> ARRASTÃO EM PARNAMIRIM

Um foragido da justiça e um sar-gento da Polícia Militar, que já res-pondeu processos judiciais e inqué-ritos policiais por desvio de condu-ta, foram presos acusados de estu-pros nos municípios de Parnamirime Macaíba. O primeiro, conhecidopelo apelido de "Tiquinho", foi presona manhã desta segunda-feira (1)escondido em uma residência na ci-dade de Goianinha e é acusado de,pelo menos, três estupros. Já o sar-gento foi detido no sábado, apósuma mulher tê-lo denunciado. Se-gundo o comandante geral da Polí-cia Militar, coronel Francisco Ca-nindé de Araújo Silva, o sargentoFrancisco Genildo de Freitas Maianegou o crime e afirmou que man-teve relações sexuais com a vítimaporque ela quis e que teria pago aquantia de R$ 50 pelo ato. Ele, que

é lotado na Assembleia Legislativado Estado, foi preso em casa, na ci-dade de Parnamirim."Como ele foireconhecido pela vítima, foi detidoe levado para a carceragem do Ba-talhão de Operações Policiais Es-peciais (Bope) e deverá responder aoConselho de Disciplina Militar pordesvio de conduta e também à jus-tiça comum, em ação penal pelocrime de estupro", explicou o co-mandante.

O coronel Araújo disse ainda queeste será o terceiro processo adminis-trativo que o sargento responderá,em 20 anos de carreira militar, alémdo terceiro processo na justiçacomum, já que ele ainda tem outrosdois casos na Vara Única de NísiaFloresta e na de São José do Mipi-bu, datados de 2003 e 2009. "Os ou-tros casos, julgados pela justiça mi-

litar, foi de ameaça, ocorrido em 2000e por deserção, em 2007", afirmou.Conforme a denúncia da mulher, elaestava caminhando pelas ruas do bair-ro Monte Castelo, em Parnamirim, nanoite da última sexta-feira passada,quando foi abordada pelo acusado,que estava armado e seguia em umveículo Gol prata. Ele teria obrigadoa jovem a entrar no veículo e ido emdireção ao município de Macaíba,pela BR-304. Em certo momento,parou o carro no acostamento, ondeteria violentado a mulher. Depois, oacusado teria levado ela de volta parParnamirim, onde a abandonou pró-ximo a um posto de combustível emuma rua lateral à BR-101. Conformeinformações da Polícia Civil, a víti-ma teria decorado a placa do veícu-lo e denunciado o caso às autorida-des, que conseguiram localizar o carro

e prendido o sargento em flagrante.Ele foi levado para a Delegacia dePlantão da zona Sul, onde afirmou terpago R$ 50 por um programa sexual.

HOMEM ACUSADO DEVÁRIOS ESTUPROS É PRESO

E os policiais civis da Delega-cia Especializada de Atendimento àMulher (Deam) de Parnamirim con-seguiram prender hoje um homemapontado como o autor de uma sériede assaltos seguidos de estupro, ocor-ridos no município. Cláudio Mail-ton Gomes do Nascimento, conhe-cido pelo apelido de "Tiquinho", foipreso na cidade de Goianinha, arma-do com um disparador de arpão,usado por ele para abordar e amea-çar as vítimas. Segundo o chefe deinvestigação da Deam de Parnami-rim, Adonis Azevedo, o acusado foi

reconhecido por uma estudante, queafirmou que ele a assaltou e a estu-prou duas vezes seguidas, duranteum assalto em fevereiro passado,no bairro Monte Castelo. Além disso,ele também teria atacado sexual-mente uma mulher e sua filha ado-lescente, hádois anos, no entanto,as duas tiveram que fugir da cida-de, após terem sido ameaçadas pelafamília do acusado. O chefe de in-vestigação da Deam disse que Cláu-dio Mailton foi preso sob força deum mandado de prisão, expedidopela justiça de Parnamirim e quenão reagiu à prisão. Na delegacia, eledisse que se desfez do revólver usadopara abordar as vítimas, mas no mo-mento da prisão, estava portando odisparador de arpão, que visualmen-te parece uma arma de fogo, e o ce-lular da estudante atacada recente-

mente. No dia do crime, ele abordoua vítima quando ela chegava emcasa, no Monte Castelo, e obrigadaa ir com ele para um matagal, ondefoi violentada. De lá, ele a levou paracasa para que ele roubasse dinheiroe objetos de valor da residência damoça, que foi novamente levada parao matagal e estuprada pela segundavez. Depois, ele abandonou a vítimae fugiu. "Ele já foi preso em outraocasião, acusado de ter violentado se-xualmente uma mulher e sua filha.Passou um ano e oito meses preso,mas foi liberado porque as vítimasnão apareceram para depor contraele na justiça. Depois, soubemos queos familiares do 'Tiquinho' ficaramameaçando as duas vítimas de morte,caso elas o denunciassem e as duastiveram que fugir da cidade", expli-cou Adonis.

> SUSPEITOS

Sargento da PM e foragido são acusados de estupros

José Aldenir

Terminal eletrônico da Caixa Econômica Federal foi arrombado na madrugada de hoje. Polícia ainda não tem suspeitos

Wellington Rocha

Crime ocorreu na noite do último sábado (30), no loteamento Águas Claras

Família passa horas de terror nas mãos de dois ladrões

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Segunda-feira O Jornal de HOJE 11Natal, 1 de abril de 2013CidadeCidade

Por Aécio NevesFOLHA DE S. PAULO

O PT anunciou a realizaçãode seminários para "construiruma narrativa própria" sobre osseus dez anos à frente do gover-no federal. É uma excelente opor-tunidade para um acerto de con-tas com a verdade.

Estou entre aqueles que acre-ditam que a política deve serexercida com generosidade, reco-nhecendo, inclusive, as conquis-tas dos "adversaries".

É uma pena que o pragma-tismo muitas vezes acabe por pre-valecer e a história passe a sercontada com os recursos da mis-tificação, quando não da fraudefactual.

Ao longo de sua trajetória, ospetistas buscaram se apropriar dabandeira da ética. Com o adven-to do mensalão, que explicitou oenorme abismo existente entre odiscurso e a prática do PT, sob aregência do marketing, voltam agora a rei-vindicar o monopólio sobre as ações nocampo social, até como tentativa de es-maecer suas graves e irremediáveis con-tradições.

É nesse contexto que devem ser com-preendidos os excessos representados pelamilionária campanha publicitária, para in-formar ao país que a miséria acabou, epela declaração da presidente Dilma deque o PT não herdou nada, iniciativas quegeraram constrangimentos até entre mem-bros do governo e do partido.

Há, no entanto, cada vez menos espa-ço para esse tipo de manipulação. É o quemostra, por exemplo, estudo de grande re-putação internacional feito pelo Programadas Nações Unidas para o Desenvolvi-mento. Trata-se do relatório 2013 sobre aevolução do IDH.

Na página 74, ele informa: "Quando co-meçou a transformação do Brasil num Es-tado orientado para o desenvolvimento(cerca de 1994), já o governo havia imple-mentado reformas macroeconômicas paracontrolar a hiperinflação através do PlanoReal". Sobre educação, na página 82, é

ressaltada a importância da criação do Fun-deb, em 1996.

O começo do Bolsa Família aparecede maneira inequívoca na página 87: "OBrasil reduziu a desigualdade introdu-zindo um programa para a redução dapobreza.

O seu programa de transferência con-dicionada de rendimentos, Bolsa Escola,lançado em 2001, (...) em 2003 foi alar-gado ao programa Bolsa Família por viada fusão de vários outros programas numúnico sistema".

O relatório nos permite concluir queforam grandes virtudes dos governos pe-tistas a manutenção e a expansão de ini-ciativas legadas pelo PSDB.

Os programas sociais brasileiros pre-cisam continuar. Mas, em respeito aos be-neficiados, precisam avançar para além dagestão diária da pobreza.

Isso significa agregar à importante di-mensão da proteção social a da verdadei-ra emancipação dos cidadãos atendidos.

O Brasil tem ainda um longo e duro ca-minho a percorrer. Falsear a realidade comslogans e frases de efeito não o tornarámais fácil. (AN, na Folha de S. Paulo)

RealidadeRealidade1º DE ABRIL

Aproveitando a data, faço daqui um desafio a todo equalquer repórter, blogueiro e o escambau. Localizem, iden-tifiquem e entrevistem Mayara Petruso, o fake que a mídiaengoliu e depois teve que manter a barriga divulgando seusuposto julgamento.

FUNDAMENTALISMOSAs bravatas de Marco Feliciano contra ativistas gays

não são mais agressivas que o discurso de Silas Malafaia oudo que os preceitos do papa Francisco. Leiam um comen-tário sobre isso em meu blog www.alexmedeiros.com.br noPortal no Ar.

GAYSOs ativistas LGBT que combatem Feliciano diuturnamen-

te em Brasília começam a murmurar nos corredores uma in-satisfação com um ministro de Dilma, que é gay, e outro por-tador de HIV, que ainda não se manifestaram em favor daluta na Câmara.

VIOLÊNCIAA mídia natalense preferiu não comentar o triste índice

da violência contra jovens em Natal, revelado em editorialda Folha de S. Paulo. São 952% de aumento em apenasuma década, o que sugere a culpa de pelo menos três go-vernos, no estado e capital.

PT X PMDBA briga com ares de arranca-rabo na favela entre o go-

vernador carioca Sergio Cabral (PMDB) e o senador Lind-berg Faria (PT) está deixando contente o deputado e ex-go-vernador Anthony Garotinho (PR), que tenta voltar ao pa-lácio das Laranjeiras.

SENADONão levem a sério quando algum wilmista afirma uma

candidatura a deputada federal da vice-prefeita Wilma de Faria

em 2014. No grupo da guerreira há muita gente avaliandoque o fator Eduardo Campos pode fazer Wilma derrotar Fá-tima Bezerra ao Senado.

BURACOSOs prefeitos de Natal e Parnamirim, Carlos Eduardo

Alves e Maurício Marques, ambos do PDT, precisam fazeruma dobradinha em mutirão para tapar os buracos existen-tes no trajeto Capim Macio, Ponta Negra, Rota do Sol, Pium,Cotovelo e Pirangi.

ODONTOLOGIAO Brasil enviou a segunda maior comitiva de profissio-

nais para o International Association for Dental Research,evento que ocorreu entre os dias 20 e 23 de março, em Seat-tle, EUA. A única delegação com mais profissionais que oBrasil foi a do Japão.

DESTAQUEOrgulho para Natal e principalmente para os pais Ha-

roldo e Ana Lúcia Azevedo a reportagem da revista IstoÉDinheiro que está nas bancas com o executivo Alínio Aze-vedo, o diretor do grupo canadense Four Seasons para aAmérica Latina e Portugal.

JESUSO escritor pernambucano Raimundo Carrero, que se re-

cupera de um AVC e vem digitando com apenas um dedo,prepara seu livro mais ousado, segundo ele mesmo: a bio-grafia de Jesus Cristo, cujo título provisório é "Jesus - O DeusPerseguido".

PEARL JAMA referência da banda americana é essa: "uma das mais

influentes do rock nos anos 90". Ao ler tal coisa, o Ugo Ver-nomentti tascou um post, direto do festival Lollapalooza: "Co-lunista, quem vê parece até que a década de 90 foi essa merdatoda". Pois é, né?

Alex [email protected]

TRIPLAESTREIA

NA TVA cultuada série "Game of

Thrones" estreou suaterceira temporada na noite

de ontem no Brasil, EUA eCanadá, na tela do canal

HBO, que aquidisponibilizou duas

sintonias (também em HD)para os muitos fãs das

aventuras míticas no reino de Westeros entre os séculos 5 e 15 da era cristã. Uma superprodução ao nível deoutros sucessos como Roma e Walking Dead.

Danilo Sá[email protected] / [email protected]

TERRA DO PETRÓLEOUm atento observador do co-

tidiano natalense manda um ques-tionamento pertinente para este co-lunista. Afinal de contas, "qual arazão para o litro da gasolina emJoão Pessoa custar R$ 2,59, emRecife ser R$ 2,69 e em Natal che-gar a R$ 2,93???" O próprio com-pleta em seguida: "estados vizi-nhos e da mesma região! Isso nãofaz sentido". É o jeito natalense dese viver.

LIMPEZAJustiça seja feita. A Secretaria

Municipal de Serviços Urbanos estápassando um pente fino em toda aAvenida Ayrton Senna, que foi alvode reclamação desta coluna há pou-cos dias. Os canteiros, que antesestavam com cara de total abando-no, já estão, ao menos, limpos. Ape-nas à espera de algum tipo de jar-dinagem. Problema mesmo, por en-quanto, só os buracos, que perma-necem em vários pontos da via.

FALTA DE ATENÇÃOE por falar em Ayrton Senna,

até quando a Prefeitura de Parna-mirim vai esperar para construiruma rotatória no ponto de encon-tro da Avenida com a Maria Lacer-da Montenegro? O local, que já re-gistrou dezenas de acidentes, aindaespera por atenção do poder pú-blico, antes que alguma mente bri-lhante decida instalar um semáfo-ro na área e atravancar de vez otrânsito no local. Basta uma sim-ples rotatória.

PERIGOAliás, a Maria Lacerda Monte-

negro possui vários pontos em queparece ter sido abandonada pelaadministração municipal. São bu-racos, sujeira e uma desordem totalem alguns locais. Com a constru-ção de grandes supermercados naárea, por exemplo, os veículosfazem retorno em praticamentequalquer local da via, basta querer.Um perigo.

PONTO FACULTATIVOEste colunista agradece as pa-

lavras do leitor Fernando CysneirosJúnior, que mandou e-mail sobre oartigo, recentemente publicado nestacoluna, sobre as dezenas de feria-dões que ocorrem no Brasil. Sobreo ponto facultativo, disse que setrata de "um câncer da economia"."Infelizmente esta é a maneira queos políticos e os governantes têm deagradar algumas categorias de tra-balhadores, prejudicando a todos,inventando uma maneira de perpe-tuar 'feriados'", completou.

ÁGUAA construção da barragem de

Oitica, obra que se discute há dé-cadas, ganhou hoje mais um capí-tulo de esperança. Com a assinatu-ra da ordem de serviço para o pro-jeto, o homem do campo continuana expectativa de um dia poder con-tar com o sistema. A barragem éapontada como uma das soluções

para amenizar os efeitos da seca emgrande parte do território potiguar.

ABANDONOOs mais de mil natalenses que

foram prestigiar o espetáculo daPaixão de Cristo em Ponta Negra fi-caram surpresos com a situação daPraça Tancredo Neves, localizadaatrás da igreja do bairro. "A sujei-ra e o mato estão tomando contado local, que está com cara de aban-dono. Por lá, a Prefeitura ainda nãochegou", disse um leitor em conta-to com este colunista.

AVISOA Defesa Civil, vinculada a se-

cretaria municipal de Defesa Social,esteve hoje no Guarapes informan-do a população da comunidade sobreo Simulado de Ação de Emergêncianuma Área de Risco que vai ocor-rer no próximo dia 6. Será a primei-ra vez que Natal vai organizar umaação dessa magnitude.

As marcas da idade são aparentes. As reformas, ao longo das suas qua-tro décadas de vida, foram poucas. Desde sua fundação, milhares depacientes já passaram pelos seus corredores. Foi ontem, domingo (31),que o Hospital Walfredo Gurgel completou 40 anos de existência.Famoso por sua superlotação quase constante, o maior hospital do es-tado tem muitas histórias para contar. Aliás, são tantas, que é até difí-cil escolher uma só. Mas, algumas cenas são inesquecíveis para qual-quer jovem repórter.Se a memória já não me falha, estávamos em alguma tarde de sábadodo ano de 2007. O dia estava tranquilo, sem grandes notícias ou man-chetes de destaque nas principais editorias. Como de praxe, a reporta-gem do histórico JH Primeira Edição foi até o principal centro hospi-talar do RN para buscar novas notícias, que abasteceriam os leitoresno dia seguinte.Este colunista chegou primeiro, sozinho, para só depois de constatarum caos impressionante, ligar às pressas para a redação convocando apresença do fotógrafo Ney Douglas. Talvez tenha sido a primeira ma-téria sobre o hospital que nem tenha sido necessário passar da sua re-cepção. Estava totalmente lotada, semelhante aos seus corredores, naépoca, vetada a presença da imprensa.Entre dezenas de pacientes, uma mulher, que aparentava ter poucomais de 30 anos, se debatia e gritava de dor. O sofrimento era tantoque os próprios médicos lhe trouxeram uma maca para esperar pelo aten-dimento. Segundo os especialistas, a moça não fora levada para den-tro da unidade porque seu caso não era de urgência, podia esperar.O limite da espera foi, justamente, a indignação dos demais presentesna recepção. Aos poucos, as pessoas começaram a se incomodar coma demora em atender a mulher e passaram a reclamar dos médicos. Mas,a primeira atitude só foi tomada após a chegada do fotógrafo do JH.A partir dos primeiros flashes do cenário de guerra em que se encon-trava a recepção do Walfredo, os médicos do local se apressaram emcolocar a paciente, que minutos antes não precisava de urgência, paradentro dos corredores da unidade. Depois, o alvo passou a ser a pró-pria equipe de reportagem.Repentinamente, o diretor da unidade à época aparece no local. Ao per-ceber a presença do médico, o jornal tentou ouvi-lo sobre o que ocor-rera há poucos instantes. Visivelmente chateado, o diretor limitou-se adizer que não era permitido fazer fotos dentro do hospital.O JH insistiu. Perguntou por que a paciente esperou tanto para seratendida. O médico foi ainda mais direto. "Se vocês continuarem, vouchamar os seguranças para tirar vocês daqui". Pelo tempo, as aspas podematé ter sido um pouco diferentes, mas foram bem parecidas com essas.A equipe do jornal decidiu permanecer fazendo seu trabalho, até cons-tatar que tudo não passara de uma ameaça. No dia seguinte, o assuntovirou manchete do veículo e ganhou a repercussão devida nos princi-pais meios de comunicação do estado. Não há notícia do que aconte-ceu com a paciente.

“Segurança pública é um Deus nos acuda. Estão matando um no dia, e deixando o outro

amarrado para o dia seguinte.”

VEREADOR FERNANDO LUCENA, DO PT

FIMEstá encerrado ca-

samento entre o publi-citário WashingtonOlivetto e a marca deesponjas de aço Bom-bril. O fim do contra-to entre a empresa e aagência W/McCannfoi divulgado neste do-mingo (31). Para quemnão sabe, Olivetto foicriador de um dos ga-rotos-propaganda mais populares da televisão brasileira, o chamadoGaroto Bombril, interpretado pelo ator Carlos Moreno desde 1978. Apartir deste mês, a empresa passará a ser atendida pela agência DPZ,que venceu concorrência para ocupar a função. O Garoto Bombril par-ticipou das campanhas das esponjas de aço por mais de 30 anos. A lon-gevidade do personagem levou-o às páginas do "Guinness" em 1994,como o garoto-propaganda com o maior tempo no ar.

Divulgação

José Aldenir

MINHA HISTÓRIA NO WALFREDO

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Segunda-feira12 O Jornal de HOJE Natal, 1 de abril de 2013

Cidade

Daniela FreirePOLÍTICA E SOCIAL - [email protected]

...do senador Cristovam Buar-que: "Discute-se Financiamen-to Público, sem discutir o prin-cipal: redução nos custos dascampanhas";

...da vereadora natalense Elei-

ka Bezerra: "Preocupante a si-

tuação da educação infantil em

Natal! Não serei omissa en-

quanto vereadora e presidente

da Comissão de Educação da

Câmara. Há um razoável défi-

cit no atendimento na faixa de

0 aos 5 anos e inexistem ações

a curto prazo para atender tais

crianças";

...do deputado estadual Fernan-

do Mineiro: "No 1º trimestre de

2013 o #GovRosaDem tem 30

milhões de excesso de arrecada-

ção!";

...da revista Exame: "Uma em-

presa brasileira criou uma tec-

nologia capaz de aumentar a

data de validade dos alimentos".

GIRO PELO TWITTER

w CHEGANDO AUM VEREDITOA semana começa com muita ex-pectativa no meio jurídico potiguar.

Está previsto para amanhã o julga-mento, no Supremo Tribunal Fede-ral, do caso envolvendo a eleiçãopara Desembargador do TJRN peloQuinto Constitucional, cujo proces-so, que terminou com a escolha deGlauber Rêgo, foi suspenso peloCNJ.

Nos bastidores do tribunal potiguar,a expectativa é positiva em relaçãoà vitória de Glauber, que deverámesmo ser definido desembargadorna vaga deixada por Caio Alencar.

w CLIMANos corredores do TJ, Glauber temdemonstrado estar muito confiante.

A quem pergunta sobre o caso, eleafirma que "acredita que o direito ébom", utilizando um jargão muitocomum entre advogados para ates-tar que está otimista

"Ele crer que será validada a esco-lha dele ao tribunal", confirmoufonte com trânsito livre no TJ.

w MAIS UMEnquanto isso...

...muitos já pensam em outra eleiçãono TJRN: para outra vaga de de-sembargador, deixada por RafaelGodeiro.

O processo, entre juízes, já tem datamarcada - 17 de abril - e promete serrápido, com a definição da lista trí-plice e escolha do nome no mesmodia.

Dessa vez, o futuro desembargadorserá eleito por merecimento.

w CONDIÇÃO 'SINE QUANON'Em conversa reservada, na semanapassada, o secretário de Desenvol-vimento do RN Rogério Marinhodisse com todas as letras aos cir-cunstantes: só há uma hipótese de avice-prefeita de Natal Wilma Farianão partir para uma nova candida-tura ao Governo do Estado em 2014.

Se Garibaldi Filho, o ministro daPrevidência, for também candidatoao mesmo cargo.

w POSSIBILIDADE QUE AUMENTA...O detalhe é que Garibaldi já disse,durante evento em homenagem aos47 anos do PMDB, na Câmara Mu-nicipal de Natal, que não quer maisser candidato a nada, passando abola para o primo-deputado Henri-que Alves e para o filho-deputadoWalter Alves.

Será que contra Henrique donaWilma topa o desafio???

w MUITO MAIS QUE UM SECRETÁRIO...Na solenidade de assinatura doTermo de Compromisso para a cons-trução da Barragem de Oticica, hojepela manhã, na Assembleia Legis-lativa, chamou a atenção o compor-tamento do novo secretário estadualde Recursos Hídricos, LeonardoRêgo.

Que desempenhou muito bem opapel de defensor do Governo Ro-sado em seu discurso na ocasião.Aliás, bem melhor do que vêm fa-zendo os deputados estaduais dabase...

Cheio de lisonjas à chefe nas respos-tas aos jornalistas, o novo secretá-rio disse que Rosalba está rompen-do a tradição e que ela ainda será re-conhecida por isso, exaltando o fatode ela ter sido a primeira senadorado RN.

w NA PRÁTICA..."Não acredito que as recentesmudanças na equipe de gover-no de Rosalba Rosado (DEM)tenham efeitos apreciáveis naqualidade de vida do povo desseEstado pobre, particularmentedos que têm menos. O DEM,comprometido com a sua ideo-logia conservadora e neolibe-ral, apostando no mercado paratudo resolver, faz grossa nego-ciata com o PMDB, ambos ape-nas visando ocupar cargos e teracesso a orçamentos de secreta-rias bem aquinhoadas, defen-dem seus privilégios e o dosaliados; certamente, os outrospoderes serão beneficiados emprimeiro lugar (Assembleia Le-gislativa, Tribunal de Justiça,Ministério Público), depois, sesobrar algo, vai de esmola paraa 'patuleia'".

Do cientista político e profes-sor da UFRN José Antonio Spi-nelli.

w MOVIMENTO... Evento jurídico da semana, aposse do novo presidente do Tri-bunal Regional Federal da 5ªRegião, o desembargador fede-ral Francisco Wildo LacerdaDantas, na próxima quarta-feira,será muito bem prestigiada pelosjuristas da Terrinha.

O presidente do TJRN, Ader-son Silvino, garantiu presençano evento, que acontecerá emsessão solene no auditório doPleno do TRF-5, às 17h.

Aliás, Silvino não poderia fal-tar à ocasião, tendo em vista queno último dia 14 de março Fran-cisco Wildo veio pessoalmenteao TJRN para convidá-lo à

posse.

Francisco Wildo será o 17º pre-sidente do TRF-5.

w NA BALADACurtindo o feriadão da Páscoana Pipa, o deputado estadualGustavo Fernandes foi visto napista de dança do show da bandaAviões do Forró.

w FALANDO NA PIPA......os frequentadores mais assí-duos não gostaram nada de terum show de forró durante o fe-riado. "Nada a ver com a Pipa",disse um local.

Realmente, um público estra-nho para uma praia considera-da reduto 'alternativo' do Esta-do.

Em tempo: foram vendidoscerca de 15 mil ingressos parao show do Aviões e a praia ficouum caos, com as ruas lotadas eos veículos teimando em tran-sitar pela via principal mesmocom a presença de "guardas detrânsito".

w MAIS RESERVADOTanto é que os antigos frequen-tadores da Pipa, que curtem maiso estilo alternativo, estão trans-formando em "point" outra praiado nosso litoral: São Miguel doGostoso!

O local, ainda rústico, já contacom pólos culturais e gastro-nômicos maravilhosos e vemganhando espaço na mídia na-cional!

Quem já tem casa por lá é o bai-xista da banda Paralamas do Su-cesso, Bi Ribeiro.

Lúcia e Sueli Chalita marcandopresença na noite de vivas para

a blonde Liege Barbalho

DeSaboya.com

Bobflash

DeSaboya.com

Zélia Pinheiro, Cleuze Fiúza eVioleta Araújo no niver de

Hilneth Correia

Roberto Bezerra, GustavoCarvalho, Fernandinho Freire eRicardo Bezerra prestigiando oPocket Show do Babado Novono Seis em Ponto

João Neto

Por aí: Mézia e Henrique Araújo

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O médico especialista em Cirur-gia Geral, Salomão Gurgel Diniz,é sobrinho-neto do Monsenhor Wal-fredo Gurgel, que dá nome ao maiorhospital de urgência e emergênciado Estado. Desde 1º de dezembrode 1976, ele trabalha no Hospital."Tenho muito orgulho de trabalharem um hospital que leva o nome domeu tio-avô. Se os governadoresque o sucederam pensassem nasaúde como ele pensou, a situaçãoda saúde no Rio Grande do Nortenão estaria nessa situação. O que foifeito nesses 40 anos? Construíramo Hospital Santa Catarina e o MariaAlice Fernandes. Foram anos per-didos na saúde. A população cres-ceu muito hoje e os hospitais nãoacompanharam esse crescimento.Como resultado disso, encontra-mos o Walfredo Gurgel superlota-do porque a demanda é maior doque a oferta. Nós temos a pior saúdepara o povo", destacou.

Salomão Gurgel Diniz confiaque o novo secretário de Saúde,Luiz Roberto Fonseca, possa me-lhorar as condições de trabalho noWalfredo Gurgel. "Tenho lutadopara ver se as coisas aqui no Wal-fredo Gurgel fluem como um rio,

que flui por gravidade, mas as coi-sas aqui são complicadas. É muitotrabalho. É uma profissão de muitosofrimento e necessário muito amor

ao trabalho para conseguir seguirem frente. Mas, Deus protege odoente que chega aqui. Apesar dospesares, nós conseguimos salvar

muitas vidas, um percentual emtorno de 90%. E agora com os re-cursos que vão chegar acredito quevá melhorar mais", destacou.

Nos quase 37 anos de trabalhodesenvolvido na cirurgia geral doWalfredo Gurgel, o médico relem-bra como tudo começou. "Quandoeu cheguei aqui, a cidade era peque-na, e proporcionalmente, o hospi-tal funcionava melhor do que fun-ciona hoje. Agora, a unidade, mui-tas vezes, é uma torre de babel.Chega-se a um ponto aqui nessasala (Politrauma) que ninguém seentende. Esse setor funciona semUTI, sem médico (intensivista), oque não é legal. Além disso, a en-fermagem fica dividida para a UTI,o Pronto Socorro e o corredor.Tenho lutado para que se tenha umaequipe multidisciplinar aqui, porquehoje só fica o cirurgião geral. OComplexo Hospitalar WalfredoGurgel precisa mudar, assim comotoda a estrutura da saúde pública doRN", destacou.

O sobrinho-neto de MonsenhorWalfredo Gurgel acredita que se oex-governador fosse vivo hoje fica-ria triste com a atual situação dohospital que leva seu nome e com

o caos instalado na saúde públicado Estado. "Ele estaria triste de-mais, e choraria todo dia pelo caosque deixaram chegar a saúde públi-ca do RN. Isso porque ele era umhomem sério demais, altamenteaustero, inteligente, se destacou napolítica, na educação, e na religião.Tenho certeza de que ele está estre-buchando no túmulo por ver umasituação dessa. Porque tudo o queele fez, os que o sucederam, aban-donaram e deixaram a saúde numasituação de calamidade pública.Acredito que precisa ter mais von-tade política para que as coisasaconteçam, porque recursos têm.Além disso, é preciso que as pes-soas tenham a consciência de que

este é um hospital de todos nós,meu e seu, e precisamos unir for-ças para mudar a situação", consi-dera o médico.

No dia 14 de dezembro próxi-mo, o médico Salomão GurgelDiniz completa 40 anos de profis-são, mas não pensa, pelo menospor enquanto, em se aposentar."Acho que minha missão ainda nãoacabou aqui no Walfredo Gurgel.Por isso, que pretendo passar maisdois ou três anos. E a missão maisimportante que eu tenho aqui é re-passar o conhecimento para os jo-vens médicos, que está no juramen-to que fazemos. Minha maior mis-são é passar minha experiência paraos mais jovens", destacou.

Segunda-feira O Jornal de HOJE 13Natal, 1 de abril de 2013Cidade

Cena UrbanaVICENTE SEREJO - [email protected]

Natal, 30 de março de 2013.

Nesse dia 31 de março*Está quase cinquentonaUm vero roto calhamaço:A tal (mal) dita intentona...

Meu caro Serejo,

Para que os mais novos, com pouco mais ou menos de 45 anos,tenham conhecimento da negra página da nossa história, peçoque faça divulgar em sua próxima edição, querendo, o seguinteexcerto do voto - de precisão, consistência e beleza hiperbólicas- proferido pelo general Peri Constant Bevilaqua, como minis-tro do SuperiorTribunal Militar, em pedido de Hábeas Corpus paraAdão Fagundes Aquino, em junho de 1967. Em sendo atendido,ficar-lhe-ei imensa e penhoradamente agradecido. Ei-la, em sín-tese, a brilhante peça:

"O que a denúncia denomina de movimento de agitação, den-tro da técnica subversiva, no verdadeiro comício que improvi-sou, falando perante um aglomerado de pessoas contra o AtoInstitucional n.º 2, etc. etc., não passa de um protesto de um ci-dadão tomado de surpresa e traumatizado pelo Golpe de Estadodesferido pelo Movimento de 31 de março, o qual, segundo a pa-lavra do ilustre Chefe Militar que a desencadeou, se destinava 'asalvar a democracia que parecia ameaçada e colocar acima de todosos riscos o respeito à Constituição vigente no País'. No dia 31 demarço de 1964 e nos que se seguiram, é doutrina pacífica firma-da neste Egrégio Tribunal que não cometeram crime os cidadãoscivis ou militares que não aderiram ao Movimento que resultouna deposição do presidente João Goulart. Assim é fácil com-

preender que, naquele meio, um jovem não ficasse apático e in-diferente a fatos da maior importância na vida política da Naçãoe no protesto que externou contra o AI 2 tivesse dito algo impró-prio, o que positivamente não configura crime algum. O maiorpoeta brasileiro, o divino Castro Alves, clamando contra a escra-vidão, que então era legal - e a própria Coroa possuía escravos- ferreteou em versos imortais, verdadeiros petardos atômicos nosalicerces da infame instituição e nunca ninguém pensou em pro-cessá-lo como subversivo. Em suas insuperáveis poesias, comopor exemplo O Navio Negreiro, encontrariam hoje certos 'zelosos'promotores, motivo para denunciar o Poeta da Pátria como in-curso na Lei de Segurança:

Auriverde pendão da minha terra,Que a brisa do Brasil beija e balança,Estandarte que a luz do sol encerra,E as promessas divinas da esperança...Tu, que da liberdade após a guerra,Foste hasteado dos heróis na lança,Antes te houvessem roto na batalha,Que servires a um povo de mortalha!"

Que maravilha! Belíssimos, ambos, o voto do generalíssimo e osnão menos formosos versos de Castro Alves, saudando e exaltando,os dois, por vias diversas, o nosso símbolo maior e os cidadãos da nossamãe gentil, pátria amada, idolatrada salve, salve! Bravíssimo!

a) Gelson Gurgel

*O 31 de março de 1964, de tristes e tenebrosas memórias,transcorreu na verdade - que magnífica, relevante, significativa esoberba ironia - na madrugada de 1º de abril - consagradamente odia da mentira.

w FORAO RN está fora dos estados que, duran-te a Copa do Mundo, alimentarão as suasarenas com energia solar. Serão quatro:Rio, Minas, Pernambuco e Brasília. Aquitem muito vento e pouca realização.

w LUCRO Deu no jornal Valor: Fifa vai ter um lucrolíquido, em dólares, equivalente a R$ 10bilhões de reais. Enquanto isto, nós osnordestinos, gastamos nossos tostões fi-nanciando arenas com a própria fome.

w SAÍDA - IO governador baiano, Jaques Wagner,mostrou lucidez propondo candidatu-ras separadas de Dilma e Campos e osdois juntos no segundo noturno. Saídapolítica que o lado histérico do PT nãoenxerga.

w MAIS - IINa opinião de Wagner, o candidato deoposição deverá ser muito forte e ele nãotem certeza se hoje Eduardo Camposaceitaria ser o opositor. E mesmo assimprefere vê-lo ao lado de Dilma em 2014.

w DOR - IArevista Brasileiros, na edição de março,revela que a ditadura no Brasil não res-peitou nem mesmo as crianças. Estão emplena infância e com retratos 3x4 carim-bados: 'subversivos'. É monstruoso.

w ALIÁS - IIUma das matérias em destaque é sobreo recente suicídio do filho de DermiAzevedo torturado aos oito anos comtraumas irreversíveis e fatais. Aindaquem defenda a ditadura como se ti-vesse perdão.

w COMO?Quer dizer que o Tribunal de Justiça, oMinistério Público e o Tribunal de Con-tas não sabem onde foram parar R$ 8,2milhões de reais dos precatórios? Então,Themis, a deusa, é cega a esse ponto?

w HOBBITNão bastasse o sucesso da história con-tada no livro e depois no filme, acaba desair 'O Hobbit e a Filosofia', reunindoensaios que comparam J.R.R. Tolkien aPlatão, Agostinho, Nietzsche e Buda.

w ESTILO - IO deputado Henrique Alves - é uma pena- não consegue romper com o arraigadoestilo PMDB de eterno hóspede das con-tas públicas e em dois meses já aumen-tou várias vezes os gastos da Câmara.

w COMO - IIO 14 e 15 salários caíram, mas foramveladamente restituídos com aumentos naverba de gabinete, criou cargos e, agora,foi manchete da Folha de S. Paulo libe-rando o limite com os gastos médicos.

w INCENTIVO - IO grande sucesso do livro '50 Tons decinza', de E. L. James, não realizou só omilagre de vender no Brasil novecentosmil exemplares em oitenta dias. Fortale-ceu o mercado de brinquedos sexuais.

w VENDAS - IIAlém de aumento na venda brinquedoseróticos, a pesquisa da Associação Bra-sileira das Empresas do Mercado Eróti-co aponta aumento de 35% na venda deobjetos para prática do sadomasoquismo.

w GRAVÍSSIMOMais grave do que os quinze homicídiosdurante a Semana Santa sem investiga-ção é a gravíssima postura de inaniçãodo governo. A sociedade está entregue àsua própria sorte. Somos terra sem lei.

w ALIÁSDos homicídios aos assaltos à mão arma-da, passando pela ação dos grupos de ex-termínio, os roubos e furtos, este Jornal deHoje registrou na edição de sábado que sãocerca de 300 crimes só este ano.

Uma sentença histórica

> CONTINUAÇÃO DA PÁGINA 9

"Se Walfredo Gurgel tivesse vivo choraria todo dia"

Salomão, sobrinho-neto de Walfredo Gurgel, critica: “Temos a pior saúde para o povo”

De Gelson Gurgel a coluna recebe carta com a transcrição do trecho do voto histórico do general Peti Constant Bevilaqua,então ministro do Superior Tribunal Militar no Habeas Corpus de Adão Fagundes Aquino em junho de 1967. Leiam.

A história do Monsenhor Wal-fredo Gurgel pode ser descrita atra-vés de sua biografia, produzida porBianor Medeiros. Walfredo Gurgelnasceu no dia 2 de dezembro de1908, na cidade de Caicó. Ele que-ria ser padre, porém, havia uma di-ficuldade: sua mãe, viúva e pobre,não podia financiar sua estadia noseminário. No entanto, Dom JoséPereira Alves, bispo diocesano, con-tornou a situação, e, em 3 de feve-reiro de 1922, ingressava no Semi-nário de São Pedro o menino cai-coense que, após quatro anos, con-cluía o curso de Seminário Menor.

Aluno laureado foi contempla-do com uma bolsa de estudos para,em Roma, cursar Filosofia e Teo-logia. Concluindo esses dois cursos,doutorou-se, a seguir, em DireitoCanônico, pela universidade Gre-

goriana, ordenando-se padre no dia15 de outubro de 1931, na Capelado Pontifício Colégio Pio-America-no. Voltou ao Brasil no dia 14 deagosto de 1932. Foi recebido comgrandes festas, inclusive um ban-quete, ao qual compareceram figu-ras expressivas da região. O novosacerdote, inteligente e culto, assu-miu o cargo de reitor do Seminá-rio de São Pedro, além de lecionaralgumas disciplinas, como Teologia.

A exemplo de grande númerode intelectuais católicos de suaépoca, ingressou na Ação Integra-lista Brasileira. Homem dinâmico,participou, ao lado de outros seri-doenses, de luta pela criação daDiocese de Caicó. Professor e sa-cerdote, Walfredo Gurgel se preo-cupou muito com a educação dosjovens do Seridó. Batalhou então,

pela construção de uma escola, emnível de primeiro grau, para os me-ninos. Em 1942, o seu sonho serealizava, com a inauguração doGinásio Diocesano.

Incansável, fazia praticamentetudo, como narra o seu biógrafo,Bianor Medeiros: "contador, admi-nistrador da obra em andamento e,ainda, sobrava-lhe tempo para trei-nar os times de futebol, de vôlei eassistir aos ensaios da banda de mú-sica". Sendo um líder, era natural queum dia, mais cedo ou mais tarde, eleingressasse na vida política. Convi-dado por Georgino Avelino, ingres-sou no Partido Social Democrático(PSD). Fez parte do Diretório Re-gional do seu partido. Nessa legen-da, conseguiu se eleger deputadofederal na Constituinte.

Continuando sua carreira polí-

tica, Walfredo Gurgel conseguiuse eleger vice-governador do Esta-do, com Aluízio Alves, governa-dor. Presidiu, nessa função, a As-sembleia Legislativa Estadual. Nãochegou a concluir o seu mandato,porque após outra vitória nas urnas,chegou ao Senado da República,com grande votação.

Aconteceu, entretanto, que opovo do Rio Grande do Norte con-vocou Walfredo Gurgel para maisuma missão: governar o Estado. Oseu vice foi Clóvis Mota. Nessanova missão, continuou agindocom a mesma serenidade e honra-dez. No dia 3 de outubro de 1971,foi constatado que Walfredo Gur-gel sofria de câncer no pulmão.Logo a seguir, agravou o seu esta-do de saúde, falecendo no dia 3 denovembro de 1971, em Natal.

Quem era Walfredo Gurgel

Herácles Dantas

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Nesta segunda-feira, 1º deAbril é comemorado o Dia daMentira, e nessa data é comum aspessoas se sentirem bem à von-tade para pregar peças e enganaramigos e conhecidos a fim de darboas risadas. Crianças, jovens eadultos entram nas brincadeiras,que vão desde trotes telefônicos,à piadas, pegadinhas, sustos, euma série de mentiras considera-das inocentes.

No entanto, apesar de ser bemtradicional em diversas partes domundo, entre os brasileiros o Diada Mentira parece estar perden-do sua evidência a cada ano quepassa. Há alguns anos, mal come-çava o dia e as pessoas já come-çavam a planejar as mentiras dodia e suas vítimas, mas ultima-mente, esse dia está sendo es-quecido pela população.

Em Natal, apesar de muitosnão se lembrarem que hoje é oDia da Mentira, algumas pessoasgostariam de ouvir mentiras quepoderiam ser verdade. Em umaenquete realizada pel´O Jornalde Hoje, dos 10 entrevistados, 6afirmaram que a melhor menti-ra a ser contada hoje seria que ti-raram a sorte grande na Loteria.

A estudante, Joane Silvestre,sempre fez suas brincadeiras nadata e mesmo não tendo caídoem nenhuma pegadinha, ela gos-taria de uma mentira sobre ga-nhar dinheiro. "Quando era maisnova eu costumava pegar as pes-soas com algumas mentirinhas,mas hoje em dia as pessoas nãofazem mais isso com tanta fre-qüência. Mas eu queria que al-guém me dissesse hoje que euganhei na Mega Sena, pois geral-mente as mentiras contadas têma ver com algum prêmio", disseJoane.

Para o promotor de vendas,Manoel Neto, o Dia da Mentiraé importante e algumas mentirascontadas, como ganhar na Lotei-ra, deixam as pessoas mais feli-zes. "Eu acho importante ter pelomenos um dia para as pessoasmentirem sem ficar com a cons-ciência pesada. Mas o que euadoraria que me contassem hojeé que eu ganhei na Mega Sena eque minha conta bancária estárepleta de verdinhas", disse.

Já o aposentado Antônio Fer-reira se diverte com as brinca-deiras feitas nessa data, e paraele a melhor mentira seria umamudança nos números da suaconta bancária. "Eu me divirtomuito no Dia da Mentira, pois éengraçado ver as pessoas caindonas pegadinhas dos outros. Aindanão me pegaram, mas eu gosta-ria de ouvir alguém mentir pramim dizendo que eu ganhei naMega Sena".

Muitas mentiras contadas noDia da Mentira refletem desejos

e expectativas das pessoas, queficam esperançosas ao ouviremaquilo que desejam. Os maioresdesejos estão ligados à realidadesocial de muitos que esperamuma mudança de vida, e torcempara que outros fatores que inter-ferem nessa condição sejam re-solvidos.

O microempresário CláudioRocha não espera ouvir que tiroua sorte grande, e para ele, a me-lhor mentira seria o aumentojusto do salário mínimo. "Tododia as pessoas mentem, princi-palmente os políticos e a melhormentira que eles poderiam con-tar hoje é que o salário mínimoaumentou para R$ 2 mil", afir-mou Cláudio.

Para a estudante Elaine Alves,a melhor notícia a ser ouvidahoje, mesmo sendo mentira, seriao fim da desigualdade social."Gostaria que me contassem quea partir de hoje, os países ricosajudariam os países pobres a sereestruturarem economicamentee acabando assim com a desi-gualdade social entre os povos",disse.

Já para o estudante João VitorFernandes, a utopia acerca da pazmundial lhe daria minutos de ale-gria nessa data. "A mentira que

eu gostaria de escutar seria quefoi publicado um decreto proi-bindo as guerras e promovendoa paz mundial. E mesmo saben-do que não é verdade, eu ficariasonhando", disse João Vitor.

SOBRE O DIA DA MENTIRAExistem diversas explicações

para a instituição do dia 1º deabril como o Dia da Mentira, masa mais tradicional diz que tudocomeçou na França no séculoXVI, quando o Ano Novo eracomemorado dia 25 de março,com festas que duravam uma se-mana, acabando no dia 1º deabril.

No ano de 1564, o Rei Car-los IX adotou oficialmente o ca-lendário gregoriano, e mudou oAno Novo para o dia 1º de ja-neiro, porém muitos francesesresistiram a mudança e continua-ram seguindo o calendário anti-go. Com isso, as pessoas come-çaram a fazer brincadeiras en-viando presentes estranhos e ri-dicularizando essas pessoas, queeram conhecidas como bobos porseguirem algo que não era verda-de. Desde então, a data ficou co-nhecida como Dia da Mentira,ou Dia dos Bobos, e a tradição seespalhou pelo mundo.

Segunda-feiraNatal, 1 de abril de 201314 O Jornal de HOJE Cidade

Dia da Mentira é pouco lembrado em Natal NESTE 1O DE ABRIL, NATALENSES DIZEM QUAIS MENTIRAS GOSTARIAM QUE SE TORNASSEM VERDADEIRAS

“Adoraria que me contassem hojeé que eu ganhei na Mega Sena eque minha conta bancária estárepleta de verdinhas”.

MANOEL NETO

PROMOTOR DE VENDAS

“Gostaria que a partir de hoje, os paí-ses ricos ajudariam os países pobres,acabando com a desigualdadesocial”.

ELAINE ALVES

ESTUDANTE

> ENQUETE

“A melhor mentira que poderia sercontada hoje é que o salário míni-mo aumentou para R$ 2 mil”.

CLÁUDIO ROCHA

MICROEMPRESÁRIO

“Gostaria de escutar que foi publi-cado um decreto proibindo as guer-ras e promovendo a paz mundial”.

JOÃO VITOR

ESTUDANTE

“Queria que alguém me dissessehoje que ganhei na Mega Sena”.

JOANE SILVESTRE

ESTUDANTE

“Gostaria de ouvir alguém mentirpra mim dizendo que eu ganhei naMega Sena".

ANTÔNIO FERREIRA

APOSENTADO

O Padre Carlos Sávio Ribeiro,do clero da Arquidiocese de Natal,atualmente residindo em Brasília,onde é assessor da Comissão paraa Juventude, da Conferência Na-cional dos Bispos do Brasil –CNBB, teve um encontro com oPapa Francisco, no último dia 26de março, no Vaticano. Na ocasião,Padre Sávio entregou ao Papa umkit da Jornada Mundial da Juventu-de, contendo uma camisa e uma re-vista, produzida pelo grupo ‘JovensConectados’, ligado à CNBB, mos-trando o trabalho que a Igreja Ca-tólica, no Brasil, realiza junto à ju-ventude.

O Padre disse ao Papa que seráuma alegria recebê-lo, no mês dejulho, no Brasil, para a JornadaMundial da Juventude. Ele contaque o Santo Padre manifestou ale-gria e disse: “Que bonito! Queroparticipar de tudo, com muita in-tensidade”. O Papa também adian-tou que a revista o ajudará a enten-der o trabalho da Igreja junto à ju-ventude, no Brasil. No final da con-versa, o Papa abençoou o padre edisse: “Continue firme e nos vere-mos no Brasil”.

Para o Padre Sávio, o encontrocom o Papa significou renovaçãodo compromisso sacerdotal e refor-çou a opção de se dedicar ao traba-lho com os jovens, no Brasil. “Par-

ticipar da primeira Semana Santado pontificado do Papa Francisco foiuma grande graça. As atitudes delee o modo simples e atencioso paracom as pessoas me comoveram bas-tante”, destaca. Ele retorna nestasegunda-feira, ao Brasil.

Padre Sávio é sacerdote há oito

anos, e há cerca de três reside emBrasília, onde é assessor para a ju-ventude, na CNBB. Ele também fazparte da coordenação da JornadaMundial da Juventude, que será rea-lizada no Rio de Janeiro, em julhodeste ano, e que contará com a pre-sença do Papa Francisco.

> RELIGIÃO

Padre natalense tem encontrocom o Papa no Vaticano

Padre Sávio entrega kit da Jornada Mundial da Juventude, que será em julho, no RJ

Fotos: José Aldenir

Divulgação

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Segunda-feira O Jornal de HOJE 15Natal, 1 de abril de 2013Esporte

PisandonaBolaAMÂNCIO [email protected] / www.chargistaamancio.blogspot.com

Bruno AraújoBRUNO ARAÚJO - TWITTER: @brunoaraujo7 EMAIL: [email protected]

TÁ NA MÃO!AMÉRICA CONFIRMA VANTAGEM E CONQUISTA 1º TURNO DO CAMPEONATO ESTADUAL. TÍTULO GARANTIU AO TIME ALVIRRUBRO VAGAS

NA COPA DO BRASIL E COPA DO NORDESTE DO PRÓXIMO ANO, ALÉM DE COLOCAR A EQUIPE NA FINAL DO POTIGUAR DESTE ANOSem dar qualquer chance à

sorte, o América venceu o Corin-tians de Caicó por 1 a 0 e conquis-tou o título do 1º turno do Campeo-nato Potiguar. O centroavante TiagoAdan, que ainda não havia marca-do com a camisa rubra, fez o gol davitória, para delírio da torcida rubraque compareceu em bom número noEstádio Nazarenão, em Goianinha.Na primeira partida, os Alvirrubroshavia derrotado o Galo do Seridópor 2 a 0 e chegou para o duelo emcasa com a vantagem de perder atépor dois gols para serem campeões.

Nas duas partidas decisivas doturno contra o Galo do Seridó, oAmérica não titubeou e fez os re-sultados fora e dentro de casa.Mesmo com a vantagem, o time fezduas partidas seguras e poderia terdefinido o título ainda em Caicó.Em casa, mesmo com o placar maismagro que o da primeira partida, otime teve o gol pouco a assediadoe o goleiro Dida foi acionado emraras oportunidades, com risco àmeta defendida por ele. Sem sustos,o título veio e a torcida americanaexplodiu no Nazarenão.

A taça, levantada pelo zaguei-ro e capitão Edson Rocha, repre-senta a conquista das vagas na Copado Brasil e do Nordeste para o anoque vem, além de presença garan-tida numa eventual decisão do Cam-peonato Estadual, caso os rubros

não venham a conquistar o segun-do turno da competição. A campa-nha americana, inclusive, é dignade aplauso pelo poder de reação queo América demonstrou já no inícioda atual temporada.

Após iniciar a competição aindasob o fantasma da desclassificaçãoda Copa do Nordeste e enfrentaruma crise financeira em que o clubeprecisou realizar um verdadeiro des-manche, além de perder na primei-ra partida da disputa para o próprioCorintians de Caicó, o América con-tou com o retorno do técnico Rober-to Fernandes que devolveu ao timeo equilíbrio que garantiu, no anopassado, a saída da fila de títulos es-taduais que chegava a nove anos.Não apenas isso, o time emendouuma sequência de nove jogos semperder, oito deles com vitória, inclu-sive no clássico contra o ABC, oque tornou incontestável a conquis-ta de ontem, na cidade de Goiani-nha.

Destaque do título americano,o volante Fabinho e o meia Casca-ta foram dois dos atletas que maisdemonstraram equilíbrio durantetoda a primeira parte da competi-ção e foram fundamentais na con-quista, que contou ainda com coad-juvantes de peso, como os jogado-res Bruno e Daniel, bem como ojovem atacante Índio. Mas foi atra-vés dos pés do meia americano Cas-

cata que o time cresceu na compe-tição. O meio-campista, inclusive,voltou a entrar na briga pela artilha-ria da competição com cinco golsmarcados, empatado com os corin-tianos Ebinho e Didi Potiguar, alémdo centroavante Rodrigo Silva, doABC.

A festa rubra, contudo, deverádurar pouco. Na quarta-feira, o timejá volta a campo, novamente con-tra o Corintians, para fazer a tercei-ra partida contra o adversário seri-doense em oito dias. Desta vez, oconfronto terá um fator menos de-cisivo. A partida será válida pelaprimeira rodada do Segundo Turno

do Campeonato Potiguar, a partirda qual os rubros iniciam a cami-nhada para vencer a competição eeliminar a necessidade de disputa dotítulo estadual com uma decisão. Oduelo será no Estádio Marizão, às20h30, em Caicó.

SEM MOLEZATitular desde o início do Cam-

peonato Potiguar, o centroavanteTiago Adan marcou seu primeirogol com a camisa do América nafinal diante do Corintians. Perso-nagem de praticamente todos osjogos da primeira fase, o jogadorainda não havia balançado as redes

com a camisa rubra e começava aser alvo de protestos da torcida pelapouca produtividade, apesar da de-fesa do técnico Roberto Fernandesque destacava o papel tático do jo-gador em campo. E se não foi heróicom um futebol envolvente, o ata-cante foi ao menos o protagonistada decisão ao marcar o gol do jogo.

"Já estava buscando fazer essegol desde o começo do campeona-to, mas nada melhor do que marcarnuma final e ajudar o América a sercampeão", afirmou o jogador logoapós a conquista do primeiro titulopelo Dragão americano. Agora, ojogador que tem formado dupla defrente com o jovem Índio Oliveira,espera que os gols continuem a sairpara que o time possa chegar a maisuma decisão e garantir o título es-tadual já no segundo turno. "É oprimeiro de muitos (gols)! Agora, éfocar no segundo turno pra genteser campeão de novo", concluiu ocentroavante.

Volante campeão no ano passa-do pelo América, Ricardo Baianodestacou a superação da equipe apóso tropeço no Nordestão e a criseque abraçou no clube no início datemporada. O jogador exaltou a con-quista do título, mas garante queainda é pouco para o que o Améri-ca busca na temporada para ofere-cer à sua torcida. "Vivemos um mo-mento de superação, sabíamos que

tínhamos condição de conquistar,pois nosso time é humilde, timeguerreiro que deu apenas um passo.Foi importante vencer o turno, masnão acabou. Agora tem o segundoturno para buscar. O momento é defelicidade, mas já temos que pensarno Corintians novamente", apontao volante americano.

O goleiro Dida e o volante Fa-binho também reforçaram a impor-tância do título da Copa RN, mastambém apontaram para a necessi-dade de atenção para o segundoturno que promete ser equilibrado,já que as demais equipes correramem busca das últimas vagas restan-tes para preencher o calendário doprimeiro semestre do ano que vemcom Copa do Brasil e do Nordes-te, além claro, da disputa da deci-são do Estadual em caso de con-quista da Copa Cidade do Natal.

"Garantimos sim o primeiro se-mestre do ano que vem. Agora épreciso muito pé no chão para nãoentrar no segundo turno de qual-quer forma", alertou o goleiro Didaque teve reforço no coro do com-panheiro de equipe. "O nosso timetrabalhou bastante em cima de in-certezas e dúvidas, mas mostrou su-peração e agora chega forte para osegundo turno. Mas não podemosrelaxar, pois todos viram dispostosa vencer o América", concluiu Fa-binho.

Centroavante Tiago Adan marcou o primeiro dele com a camisa do América e garantiu título sem sustos.

Jogadores do América e comissão técnica comemoramterceiro título de turno consecutivo no futebol potiguar

REDENÇÃO RUBRANada como uma boa fase para

afastar qualquer tempestade tene-brosa que tenha ameaçado, mesmoque em um passado recente, se ins-talar no América. A conquista dotítulo do primeiro turno do Cam-peonato Estadual é a prova incon-teste de que o tato administrativoe técnico que pode levar uma equi-pe a uma glória que, até semanasatrás parecia algo improvável, paraalguns, até mesmo impossível.

Três personagens são desta-ques na grande reviravolta ameri-cana diante de uma grave crise. Oprimeiro deles é o presidente doclube, Alex Padang, que sob pro-testos, promoveu um desmanchena equipe para sanear as finançasdo clube no momento em que qual-quer outra atitude poderia afundarainda mais o América do ponto devista econômico. Despertou a des-confiança do torcedor, mas conse-guiu uma correção de rota adequa-da ao trazer de volta à equipe otécnico Roberto Fernandes.

O próprio treinador, inclusive,é peça motriz na arrancada ameri-cana na direção do título. Com umdomínio total do elenco que tem àdisposição, Roberto Fernandesconseguiu administrar desfalques

importantes como o do volanteMárcio Passos, atacante Cléo, meiaNetinho e até o ala-direito Norber-to para o jogo final, tornar a equi-pe competitiva e vencer, sem qual-quer ressalva, oito jogos em novedisputados desde a sua chegada.Isso, sem levar em consideraçãoos jovens atletas lançados emcampo como o atacante Índio Oli-veira, lateral Bruno e o volante Da-niel.

Maior protagonista do títuloamericano, contudo, foi o grupo.Ainda que a taça seja apenas do pri-meiro turno da competição queainda promete em emoções, comAlecrim, ABC, o próprio Corin-tians sedentos pela conquista dasegunda etapa e dos benefícios queela oferece. O equilíbrio da equi-pe americana durante toda a com-petição surpreende.

Mesmo com o ataque sem con-seguir traduzir em gols tudo que otime produz, tem se mostrado efi-ciente em vencer os jogos e de-marcar seu território quando pre-ciso. A equipe não tem o melhorataque ou a melhor defesa, muitomenos o saldo de gols mais posi-tivo da fase classificatória, mas opoder definição da equipe tem sidoa arma em jogos difíceis. É fato

que o time ainda não alcançou o es-tágio ideal e carece de aparar ares-tas para o restante do ano, mas acada partida e a cada vitória, oAmérica prova estar no caminhocerto para fazer uma bela tempo-rada em 2013.

NA BRONCAO goleiro David Escorpião que

fez contra o América, no últimodomingo, a sua partida final coma camisa do Corintians soltou overbo contra o técnico Neto Ma-radona e não poupou críticas. Oarqueiro, por pouco, não foi acampo e só defendeu o time napartida decisiva, no Nazarenão,após ser convencido pela direto-ria: "O jeito dele é muito arrogan-te. A forma do trabalho dele não dácerto comigo. Bagunça e arrogân-cia não combinam comigo", disseo jogador sobre o, agora, ex-co-mandante.

FAXINAO América deve começar a

partir desta segunda-feira um pro-cesso de "limpeza" do elenco. Aocontrário da pressão da crise, opresidente Alex Padang deve apro-veitar os bons ventos que sopramsobre o time rubro para promover

a saída de alguns jogadores quenão agradaram nos primeirosmeses da temporada com a cami-sa rubra. Com o prazo para contra-tações encerrando no final da tardedesta terça-feira, é possível que otime vá com elenco reduzido embusca do bicampeonato.

PREPARAÇÃOO ABC retomou na manhã de

hoje os preparativos para a estreiano segundo turno do CampeonatoPotiguar. O técnico Paulo Portotrabalha a equipe para entrar forteno segundo turno, a começar peloprimeiro compromisso da compe-tição, diante do Potiguar de Mos-soró, na próxima quarta-feira, às20h30, no estádio Frasqueirão, peloCampeonato Potiguar.

SEM APOIOO Rio Grande do Norte, cota-

do para receber o Congresso daAssociação Brasileira dos Cronis-tas Esportivos (ABRACE), perdeua chance devido a falta de apoio doGoverno do Estado e Prefeitura doNatal ao evento. O estado teve queabdicar da candidatura e a Paraí-ba, estado vizinho, acabou ven-cendo a votação e deverá sediar ocongresso no ano que vem.

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Segunda-feiraNatal, 1 de abril de 201316 O Jornal de HOJE Esporte

Passe LivreRUBENS LEMOS FILHO - [email protected]

Desde a aposentadoria de Sean Connery, os filmes de 007 passa-ram de ação e aventura à comédia. Ninguém conseguia substituir a in-corporação perfeita entre o ator completo e o personagem instigante deIan Fleming.

Sean Connery foi brilhante em todas as histórias que participou. Dedetetive sombrio e suspeito em Até Onde os Deuses Erram a monge in-vestigador na Inquisição em o Nome da Rosa, baseado no livro de Hum-berto Eco.

Impecável policial casca-grossa no clássico Os Intocáveis. Malonefoi melhor que Al Capone(Robert de Niro) e ensinou malícia ao bonzi-nho Eliot Ness(Kevin Costner). Sua morte covarde me fez chorar na pri-meira vez que assisti no velho Cinema Nordeste.

Hoje não vejo mais, pulo a imagem, de tão canalha é a embosca-da. Repito 30 vezes a vingança, quando Ness empurra Nitty, o execu-tor, de cima da cobertura do tribunal. O assassino cai gritando e dandobraçadas inúteis.

Em todas as cenas, seja como Rei Arthur em Robin Hood, pareceestar escrito na testa de Sean Connery quando há um corte para a cenaseguinte. Bond. James Bond.

Tive até uma Walter PPK 7.65, pistola dele, registrada conforme alei(que só prejudica cidadão), que transferi de presente para um diletoamigo. Não servia para os meus treinos de tiro esportivo. Só resolve emfilme. De Bond. James Bond.

>>>Passei a assistir com Pierce Brosnan, galãzinho de boate vagabun-

da e com cara de vilão, apenas para gargalhar daquelas perseguições ex-plosivas, fugas aéreas, helicópteros sendo explodidos e ele escapandosem um hematoma no ombro. Ficção é a mentira que anestesia a ver-dade da vida, mas exagerada abusa.

Entrou para James Bond o inglês Daniel Craig, que conheci em Mu-nique, fazendo parte da turma escolhida pela ex-primeira ministra deIsrael, Golda Meir para vingar o massacre contra 11 atletas da delega-ção olímpica do país cometido pelo movimento terrorista SetembroNegro.

Um por um, os mentores e executores do atentado foram mortos.No filme, Craig era o segundo do grupo e o melhor atirador. Passei agostar do jeito dele, meio bruto e a cara do jornalista, poeta e marque-teiro potiguar Adriano de Sousa.

Incrível, prestem atenção, mesmo sendo considerado bonito pelasmulheres, em algumas cenas e ângulos, Craig é Adriano de Sousa, es-caneado. Craig é europeu e Adriano é oestano de Alexandria, não sãoirmãos. Adriano de Sousa vai soltar um palavrão, mas, lá no íntimo, ficartodo satisfeito.

Na folga do feriadão, fui me esconder numa praia onde costumo irpara me recolher a uma pousada onde sou tratado como freguês anti-go. Sem frescura. Tenho garçons amigos, os irmãos e proprietários sãomeus praças, posso levar DVDs para assistir, cerveja de casa, o escam-bau. Nem implorem que não digo onde fica.

Probleminha secundário. As TVs não têm configuração automáti-ca de cor. Portanto, a imagem é em preto e branco. Não deixa de serum romantismo forçado. Fico lembrando das séries da TV Tupi deminha infância, Durango Kid, Rin Tin Tin, Jim das Selvas, O Vigilan-te Rodoviário.

>>>Para rir, dentro do habitual espírito de comédia e de histórias im-

possíveis, levei para assistir Operação Skyfall, a mais recente peripéciade 007, com Daniel Craig ou Adriano de Sousa sem Dom Peron na di-reção.

Estranhei o tom um tanto noir da trama, que custou 200 milhões dedólares e rendeu a miséria de US$ 1,108 bilhões nas bilheterias domundo inteiro.

Claro, 007 persegue um malvado de motocicleta em cima de umtelhado e depois de um trem, escapa de um tiro de fuzil(só ele mesmo),mata outro em luta dentro do gelo, desvia de um metrô amestrado pelogrande vilão da trama.

Pela primeira vez, fiquei arrasado com o fim de 007. M morre. M,a sisuda e inexpugnável chefe do MI6, o serviço secreto londrino, ter-mina abatida pelo psicopata ex-agente que rouba e sai eliminando in-filtrados em bandos criminosos. O safado nutre sentimento de afeto porM, se sente traído e vai atrás de revanche.

Bond, James Bond, crava-lhe uma adaga nas costas e chora pela pri-meira vez em algum filme da saga. M, baleada, morre na antiga fazen-da de Bond, onde foram assassinados os seus pais. É uma volta ao pas-sado. É a ideia.

M tornará a ser um homem, Mallory, como nas aventuras de anti-gamente, com uma colossal Miss Moneypenny afro, de secretária. Jáem Skyfall, Bond e Moneypenny parecem romper a linha platônica.

A dama na pele da atriz Judi Dench fará falta. Sem um pingo desimpatia, durona, inflexível, com uma quedinha de mãe por 007 ouAdriano de Sousa com uma PPK na mão. Até tu, M? Final infeliz tinhade ser proibido até em 007.

É O CARARoberto Fernandes é o cara.

Pouco importa sua alegada presun-ção. Chato ou não, Fernandes é ga-nhador. Chato é ter um chato per-dedor e ainda ganhando dinheirodo clube. Desde que chegou noAmérica, Roberto Fernandes jus-tifica cada centavo que recebe. Éo Cara. É competente.

MELHORMelhor do que ganhar o turno

para o América foi garantir vagae a certeza de grana na Copa doNordeste do próximo ano. E naCopa do Brasil. Bom para AlexPadang e os seus(poucos) direto-res.

ABCPerder primeiro turno moti-

va. Em vários campeonatos, quemganhou o segundo turno, levou ocaneco. O ABC deveria usar 2012como exemplo.

EXEMPLODesde que seja humilde e de-

terminado como foi, por exemplo,em 1993, quando saiu do infernoao título. Dos mais gloriosos. Bastaperguntar como foi ao novo amigo

Leonardo Arruda.

PAZA paz estabelecida pelos car-

deais alvinegros na Semana Santadeve ser aplaudida. E preservadaquando o tempo for de glória.

CORINTIANSValente. É Caicó.

PORTÕES ABERTOSCalcula-se que 30 mil pes-

soas tenham assistido a ABC2x1 Santa Cruz no dia 1o deabril de 1973, partida de portõesabertos no Castelão (Machadão).Vitória de virada do alvinegro.Ramón, que depois se consagra-ria no Vasco, fez 1x0 Santa. Jaíl-son empatou. Danilo Menezesvirou para o ABC.

TIMESABC: Erivan; Sabará, Edson,

Quelé e Anchieta; William, Ma-ranhão e Danilo Menezes; Jail-son, Baltasar(que jogava de cen-troavante na época) e Moraes.Santa Cruz: Gilberto; Gena, Rival-do, Ricardo e Botinha; Givanildo,Erb e Luciano; Moisés, Ramón eFernando Santana (Santos).

Campeão, técnico do América quer destaque na Copa do BrasilAMÉRICA ESTREIA NA COPA DO BRASIL NO PRÓXIMO DIA 10 DE ABRIL,CONTRA O JI-PARANÁ-RO, NO ESTÁDIO BIANCÃO, EM RONDÔNIA

Movido a vitórias e desafiosno futebol, o técnico Roberto Fer-nandes, do América, começa apensar a equipe para a sequênciada temporada e sequer teve tempopara comemorar a conquista doturno após a vitória por 1 a 0 sobreo Corintians de Caicó, no EstádioNazarenão, em Goianinha. O trei-nador, inclusive, já traçou umanova meta para os rubros e suacarreira com o Dragão: alcançardestaque na Copa do Brasil.

No próximo dia 10 de abril, oAmérica estreia no torneio nacio-nal contra o Ji-Paraná-RO, no Es-tádio Biancão, no interior de Ron-dônia. O adversário é o atual lan-terna do Estadual rondoniense.Para a primeira partida da compe-tição, Fernandes espera ter forçamáxima, especialmente com umcaminho mais tranquilo a partir dotítulo da Copa RN. "A equipe evo-luiu defensivamente do ano passa-do para cá e sem dúvida o título dá

tranquilidade para pensar na Copado Brasil. O América precisa co-meçar a pensar em caminhar maislonge nessa competição do calen-dário nacional. Dá visibilidade e érentável para o clube", avaliou otécnico americano.

Fernandes cogita poupar jo-gadores para chegar forte para adisputa da primeira partida, quese vencida por dois gols de dife-rença, classifica o time visitantedireto para a segunda fase da com-petição, sem a necessidade da par-tida de volta. O zagueiro EdsonRocha, volante Fabinho e meiaCascata receberam o terceiro car-tão amarelo na partida de onteme não atuam na próxima quarta-feira e não reencontram o Corin-tians, na quarta-feira, pelo 2º turno.Assim, o treinador já deve come-çar a poupar os jogadores. O ala-direito Norberto, que retorna apóscumprir suspensão, deve ir para apartida, mas ser poupado na roda-

da do final de semana."Tenho tenho que ver questão

de cartão para pensar nisso [empoupar jogadores]. Não sei se jána quarta-feira ou jogo do finalde semana. Preciso fazer a análi-se direito, mas pela quantidade dejogadores com cartão amarelo queiniciamos a partida, vamos confir-mar quem ficou de fora e vamosver as coisas fluírem normalmen-te", afirmou o treinador logo apósa partida.

Jogadores e comissão técnicaem geral comemoraram bastantea conquista do primeiro turno doCampeonato Estadual. O técnicoamericano não fugiu à regra, co-memorou com o grupo, torcedo-res, mas foi comedido ao comen-tar a conquista da taça levantadaontem pelos seus comandados

Segundo o treinador, vencer oprimeiro turno foi importante paraa equipe americana que garantiuo calendário farto para o primei-

ro semestre de 2014, que já contacom Copa do Brasil, Copa do Nor-deste e Campeonato Estadual, maso feito ainda não é suficiente paragarantir a satisfação total no tor-cedor no primeiro semestre desteano de 2013. Fernandes acreditaque apenas o título estadual serásuficiente para satisfazer o torce-dor americano e, por isso, ele focao segundo turno como uma parteimportante da caminhada rubra natemporada.

"Treinador tem uma vida tãodifícil, que conquistar títulos éimportante, os feitos individuaissão importantes, mas posso ga-rantir que a maior satisfação éajudar o América a conquistar tí-tulos, mas não podemos relaxar,porque conquistamos apenas oprimeiro turno. Em termos de Es-tadual, pergunta se o torcedor estásatisfeito com título de turno? Elequer é título geral do Estadual!",concluiu.

Abatidos com a derrota sofri-da já nos acréscimos por 2 a 1para o Audax-RJ nesse domingo,os atletas do Flamengo evitaramentrar em detalhes sobre os mo-tivos do tropeço. O que mais con-versou com a imprensa após apartida foi o meia-atacante Ga-briel, autor do gol rubro-negro.

O jogador criticou severamen-te o resultado e a postura da pró-pria equipe, a qual consideroudesatenta. "Foi um resultado ver-gonhoso. Temos que levantar acabeça e trabalhar pelo resto doano. Eu trocaria o gol pela vitó-ria, mas infelizmente não ganha-mos o jogo. Entramos muito des-ligados, levamos um gol muitocedo, e isso não pode acontecer",disse, se referindo ao fato de oAudax ter saído na frente aos doisminutos do primeiro tempo.

Igualmente irritado estava ozagueiro Alex Silva. Perseguidopela torcida durante boa parte dapartida, o defensor ironizou asreclamações que vieram da ar-quibancada. "Parece que eu souúnico que joga aqui no Flamen-go. Quem perdeu fui eu", afir-mou.

O Flamengo voltou a mostrardeficiências e acabou derrotadopelo Audax por 2 a 1, em parti-da disputada na tarde de ontem,

em Moça Bonita. O resultadocomplicou as chances de classi-ficação da equipe rubro-negra,para as semifinais da Taça Rio. Otime da Gávea segue na quartacolocação do Grupo B com qua-tro pontos ganhos, oito pontosatrás do Resende, que ocupa a li-derança. O Audax deixou a lan-terna e subiu para a quinta posi-ção, também com cinco pontos.

Foi a primeira derrota do téc-nico Jorginho que ainda não con-seguiu armar a equipe rubro-negra. O time errou muito na de-fesa e no ataque e saiu vaiado decampo. André Castro abriu o mar-cador para o Audax, Gabriel em-patou no segundo tempo e Hyuri,nos acréscimos, definiu a vitóriado Audax.

Assim, o Rubro-Negro volta

às atenções para a Copa do Bra-sil, competição em que estreiacontra o Remo, nesta quarta-feira,em Belém. Antes disso, a equipetreina no Ninho do Urubu natarde desta terça-feira. Na próxi-ma rodada do Carioca, no final desemana, o Flamengo enfrentaráo Duque de Caxias, em Macaé. OAudax receberá o Madureira emMoça Bonita.

Treinador Roberto Fernandes deve pou-par jogadores para chegar forte para pri-

meira partida da Copa do Brasil

> CARIOCA

Jogadores do Fla desabafam após derrota

Zagueiro Alex Silva condenou críticas da torcida após derrota rubronegra

> LIDERANÇA

Tite se une a Pato e aprova 'cala a boca'Tite não repreendeu o atacan-

te Alexandre Pato por fazer gestode silêncio (e receber cartão ama-relo) para a torcida do São Pauloapós marcar o gol da vitória por2 a 1 no clássico deste domingo,no Morumbi. Muito ao contrário.O técnico garantiu que teria feitoo mesmo contra os torcedores queentoaram "assassinos" para o timedo Corinthians antes de o jogo co-

meçar."Então é democrático chamar

alguém de assassino? Assim comotambém é fazer o gol e mandarcalar a boca", desabafou Tite. "OPato fez o sinal que eu gostaria deter feito. Ninguém tem o direitode nos chamar de assassinos. Foipor causa disso que ele comemo-rou daquele jeito. A atitude delerepresentou a do seu técnico", de-

fendeu o comandante corintiano.As ofensas de parte da torci-

da do São Paulo foram motivadaspela morte do garoto bolivianoKevin Douglas Beltrán Espada,vítima do disparo de um sinaliza-dor no jogo entre San José e Co-rinthians, em Oruro, pela primei-ra rodada da fase de grupos daCopa Libertadores da América.

Não é a primeira vez em que

os profissionais do Corinthianssão chamados de "assassinos" portorcedores adversários em funçãoda tragédia. Sempre que o insul-to se repete, Tite fica bastante in-comodado. "Vão continuar noschamando assim, e eu vou conti-nuar falando. Futebol não é des-respeito ao profissional. Eu mesenti desrespeitado."

Wellington Rocha

Divulgação

Até tu, M?

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Segunda-feira O Jornal de HOJE 17Natal, 1 de abril de 2013

DANIELA PACHECO - [email protected]

Cultura HOJEcom Dani Pacheco

Cultura

DANIELA PACHECO

EDITORA DE CULTURA

''Faço meus trabalhos voltadospara a parte urbana, acredito quedevemos impor as nossas ideias eexpressões para as pessoas, nãopodemos ficar mudos com as in-justiças sociais e o que vivemos nasociedade. A arte de rua fala umpouco dessas coisas, ajuda a traz-er a realidade para uma parte dapopulação que não vive isso, comotambém, colore um pouco aqueleespaço em branco ou abandona-do, o que de certa forma terminatransformando a estética dacidade”, declarou em entrevistapara O JORNAL DE HOJE o de-signer gráfico e graffiteiro KefrinPok.

Ele é um dos mais atuantes naarte de rua da cidade, trabalhamesclando fotografia, photoshop earte urbana. E, na semana passa-da ao lado de mais 19 artistas queparticipou do 1º Graffiti ExpoNatal, que apresentou mais de 50trabalhos. Quem quiser conferir aexposição permanece até o dia 12de abril, na Galeria Newton Navar-ro que fica na Fundação Capitania

das Artes.O estilo do grafite brasileiro é

reconhecido entre os melhores detodo o mundo. Esta arte urbanaestá ligada diretamente a váriosmovimentos, em especial ao HipHop. Para esse movimento, ografite é a forma de expressar todaa opressão que a humanidade vive,principalmente os menos favoreci-dos, ou seja, o grafite reflete a re-alidade das ruas.

Outro avanço em prol da de-scriminalização desta manifestaçãoartística contemporânea foi a dis-tinção da conduta delituosa pre-vista no artigo 65 da lei de crimesambientais número 9.605/98 quefora alterada no dia 25 de maio de2011. O novo texto legal diferenciaas duas atividades e deixa claroque o grafite artístico não é maisconsiderado crime.

Confira a entrevista com Pokque falou sobre a arte do Grafite,como ela ainda é vista por umaparcela da sociedade, pichação,sua vida e projetos.

O JORNAL DE HOJE – Ografite é uma arte livre?

Pok - Ela se torna uma arte livre

por ser feita na rua, pelo sim-ples fato de ser acessível a qual-quer pessoa.

O JORNAL DE HOJE – Na suaopinião, como é que a populaçãovê o grafite?

Pok - Alguma parte da popu-lação ainda tem um certo receioquando se deparam com a gentepintando um muro, porque paraser feito o grafite, ele tem ocomeço, meio e fim. Passa porvários processos para sair umaobra bonita. Mas, é importantedestacar que outras pessoas el-ogiam, param pra observar, eprincipalmente, conversamsobre o que o desenho fala.

O JORNAL DE HOJE – Aindaé muito associado à pichação?

Pok - Ainda existe essa associ-ação pelo fato de se ter umalata de spray na mão. Por in-crível que pareça ainda temmuita gente que não sabe difer-enciar.

O JORNAL DE HOJE – Então,explique melhor as diferençasentre o grafite e pichação?

Pok – Bem, a pichação é feitacomo demarcação de território,fazer sua assinatura em várioslugares, colocar o nome da sua‘crew’ nas ruas, feito muitasvezes à noite, a maioria da so-ciedade não sabe nem o que setem escrito, mas essa é a ideiade outra pessoa, seu protesto. Jáo grafite é uma pintura realiza-da em muros antecipadamenteautorizados pelos seus propri-etários. É importante lembrarque o grafiteiro não ganha nadapara pintar na rua, pintamospara dar um pouco de cor acidade. E, aproveitamos parapassar um recado, afinal, se nãoexistisse nenhum tipo de ex-pressão, não teríamos opinião.

O JORNAL DE HOJE – Pode-seafirmar que o grafite tem umpapel social?

Pok - O grafite é responsávelpela inclusão do jovem da per-iferia a ter o acesso à arte.

O JORNAL DE HOJE – Bem,historicamente, o grafite é asso-ciado à crítica social. Hoje, osgrafiteiros ainda usam suas obras

como crítica? Pok - A crítica social tem emcada arte que é feita. Depen-dendo da interpretação de cadapessoa. O grafite é a crítica eideia de uma pessoa retratadanos muros da cidade.

O JORNAL DE HOJE – O seugrafite também é uma crítica so-cial? A que ou quem?

Pok - Meu grafite é uma criti-ca sobre o caos que a cidadeenfrenta. Com a populaçãocrescendo a cada dia e as ruassempre no mesmo tamanho esem nada a ser feito. E, o piorficando cada vez mais aperta-do para pedestres e veículos,fala também do olhar da so-ciedade, olhos que observamas ruas, entre outros.

O JORNAL DE HOJE – Grafiteé arte?

Pok – ARTE LIVRE EACESSÍVEL.

O JORNAL DE HOJE – Qual aimportância de eventos como o1º Graffiti Expo Natal para o seg-mento?

Pok - Aproximar os artistas,mostrar os trabalhos para out-ras pessoas que ainda não con-hecem. Enfim, divulgar de outraforma a sua arte. Porque aminha divulgação está na minhaarte que está na rua.

O JORNAL DE HOJE – Contepra gente um pouco da sua tra-jetória?

Pok - A minha trajetória de vidafoi sempre voltada para arte,sempre desenhei e gostei de ob-servar a rua com outros olhos.Comecei a fazer ‘petróleo egás’, mas, não gostava muitodo curso. Foi quando decidimudar para ‘design gráfico’onde conheci pessoas envolvi-das com o grafite, fiz uma ofic-ina na universidade e depoisnunca mais parei.

O JORNAL DE HOJE – Quaissão seus próximos projetos?

Pok - Realizar uma exposiçãocom peças para decoração deambiente, peças com a cara darua e fazer uma revista comessas obras nos dois contextos,urbano e externo.

ARTEde rua invade a cidade

DIA DO ÍNDIOPor que comemorar o Dia do Índio? Quase ninguém

por aqui se preocupa com eles. Então, porque pintar as cri-anças e ensinar alguma coisa sobre os primeiros habi-tantes do Brasil que tiveram suas terras invadidas pelosbrancos? Tiveram? Ou pode-se dizer que está pratica con-tinua? Então, onde está o Museu do índio da cidade? Sim,porque se Natal é conhecida por ser a capital potiguar, nomínimo, deve ter vários espaços ou pelo menos um para apreservação da história desse povo comedor de camarão.

Bater no peito e dizer que é potiguar pode ser muitofácil, pelo menos, para quem não é índio. Porque os índiosdescendentes de Poty há muito tempo foram expulsosdaqui. E, para os brancos dominantes parece que o melhoré que não fique nem por perto, isto é, que não fique na suaterra.

Mas, graças às muitas mudanças deste século, ainformação está mais democrática e pelo fato deles con-tinuarem com o instinto de luta, eis que surge, o movi-mento indígena na luta por direitos. Direitos? Que continu-am como na época da colonização, esmagados pelo poderdo tal ‘branco civilizado’, o poderio das armas, do dinheiro

e da corrupção.É fácil lembrar dos professores de história que não se

cansam de dizer a máxima de que “a história se repete”... Ouserá que ela nunca mudou? É mais fácil ver nos noticiários aguerra dos índios brasileiros por suas terras. E, os ‘brancoscivilizados’ assistem tudo isso como se fosse uma briga deum outro povo, um povo bem distante deles. Inerte ainjustiça e a vergonha de no mínimo continuar testemunhadessa história.

Mas, como falar de cidadania? Se os tais ‘civilizados’se matam todos os dias? É guerra no trânsito, no ambientede trabalho, nas famílias, entre outros, onde o que se acred-ita é na máxima de se ‘dar bem’ custe o que custar. Mesmoque se tenha que passar por cima de qualquer um, sejabranco, preto, amarelo, e por aí vai... Diante disso, tambémé fácil chegar a conclusão, de que é necessário comemorarsim, o DIA DO ÍNDIO! E, por vários motivos, entre eles, pelofato dos índios saberem viver em tribo (a arte de viver emcomunidade), o respeito para com os mais velhos e a suasabedoria, pela sua história, por ser a nossa história, porlutar para manter suas tradições e costumes, e por simples-mente, serem brasileiros.

Os tais ‘brancos potiguares’ vivem numa terra ‘civi-lizada’ e cheia de injustiças. Mas, são as próprias vítimasdas ilusões, onde o que vale é a farra das facilidades, ondena prática do escambo vale até a alma. Como antigamente,quando um branco estrangeiro chegava é dizia: “troco suafilha índia por um espelhinho importado...”

Não é nessa taba que os ‘potiguares’ preferem estarao lado daqueles que dão festas onde se lavam os péscom whisky importado, dos milhares de carros importa-dos que são tomados constantemente pelos bancos finan-ciadores, dos resorts construído por estrangeiros paraestrangeiros...

E, por aqui... Comemorar pode. O que não pode éreclamar, porque além de incomodar faz parte da cultura. Ésó voltar um pouco na memória (ou pergunte ao seu filhoou filha que deve ter sido o tema da aula de hoje no colé-gio), quando na época da colonização quando chegou a‘civilização’ sem nenhum pudor os brancos se instalarampara dominar o território potiguar. E, até os dias de hoje nãose fez justiça! E, diante das ‘ilusões do se dar bem’ esque-cem que o ‘espelhinhos’ são pagos com os seus impostos.

E, no mais... VIVA A CULTURA POTIGUAR!

Fotos: Divulgação

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Segunda-feira18 O Jornal de HOJE Natal, 1 de abril de 2013 Cultura

Canal 1 BATE-REBATE

POR FLÁVIO RICCO - Colaboração: José Carlos [email protected]

Leão 22/07 a 22/08O amor ganha pontos nestecomecinho de abril e não é

mentira! Você está com a corda toda paraganhar atenções. Pode se destacar numaapresentação de trabalho. Esfuziante,autoconfiante, apaixonado - exalandovibração por tudo que faz.

Virgem 23/08 a 22/09Um espaço mais largo praviver melhor - um sonho que

merece trabalho duro pra virar realidade.Abril já é um mês que promete o resgatede alguns sonhos. Um familiar dá o inicioa uma atividade que tem muito a ver comisso. Amores privados.

Libra 23/09 a 22/10Este será um mês coloridopara você - nestes primeiros

dias o clima será mais brando e propicioa entendimentos, ajustes, revisões. E acoisa já começa forte no âmbito dosamigos - talvez um afastamento ou umconfronto honesto ajudem.

Escorpião 23/10 a 21/11Neste começo de mês, Lua eMarte, seu regente, anima seu

espirito para novas aventuras. Mas pri-meiro você tem de cuidar do menor - aorganização do cotidiano, por exemplo,um assunto mal resolvido com umempregado. A animação está grande.

Áries 21/03 a 20/04Você entra com o pé direito emabril! Alem de uma forte intui-

ção que fornece todo o direcionamentode que precisa, há estimulo e energia desobra - para um negocio difícil, para umacompetição e os esportes. A tarde dimi-nua o ritmo e volte-se as artes.

Touro 21/04 a 20/05De olho nos erros do passa-do, você pode hoje inaugurar

alguma pratica nova - por exemplo,confiando na conjectura de um espe-cialista financeiro. O dia está ótimo paravocê acabar com algumas dividas,alias. Sensualidade a flor da pele.

Gêmeos 21/05 a 20/06Você continua com uma sen-sibilidade grande para sentir e

captar o seu par.. Mas além do par, tam-bém pode sentir os parceiros e os clien-tes. Alguns excessos podem ocorrer,tanto por confiança além do razoável emsi, quanto de promessas alheias.

Câncer 21/06 a 21/07Um começo de mês queexige de você abordagens

mais diretas e generosas com aspessoas. Um pouco de jogo de cintu-ra com as gozações, outro tanto dedesculpas com eventuais grosseriasde colegas de trabalho.

Sagitário 21/11 a 21/12Sensibilidade aliada a otimismoe foco na ação - agir para alcan-

çar o mais longe e o mais difícil. Mas vocêtem todas as condições disso. Nada defrieza, calculismo, logica - vale a paixãocomo passaporte. Notícias de longe, deum amigo, viagens.

Capricórnio 22/12 a 21/01Quantas vezes você se deumal porque calculou tudo que

poderia dar errado, mas subestimou asorte, a ajuda inesperada e providencial?Pense bem nisso hoje, um dia paraavançar, surfando confiante nas ondasdeste abril que se abre pra você.

Aquário 21/01 a 19/02Respostas, aquariano - é dissoque você precisa! Pois elas

chegam por intermédio dos tipos maisvariados. Um amigo revela informaçõese faz interpretações que serão como umclarão de luz pra você. Um bom começode mês pra você estudar e aprender.

Peixes 20/02 a 20/03Mantenha um olho vivo sobrefinanças e assuntos correlatos

neste inicio de mês. Nada de ceder apressão de um amigo ou organizaçãointimidante.. Controle demais aborta acriatividade espontânea - e você precisada sua bem ativa agora!

HORÓSCOPO

CINEMAVAI QUE DÁ CERTO - (12 Anos)MOVIECOM 1 – Hora: 15:15;17:15 / 19:15 / 21:15

A BUSCA - (12 Anos)MOVIECOM 2 – Hora:14:50 /19:30

PARKER - (14 Anos)MOVIECOM 2 - Hora:17:00 /21:40

OZ-MÁGICO E PODEROSO -(Livre)MOVIECOM 3 – Hora:20:30

OS CROODS - (Livre)MOVIECOM 3 - Hora:14:00 /16:10 / 18:20MOVIECOM 6 – Hora:14:50 /19:20

JACK - O CAÇADOR DE GI-GANTES - (10 Anos)MOVIECOM 4 - Hora:14:10 /16:30 / 19:05 / 21:25

GI JOE – RETALIAÇÃO - (12Anos)MOVIECOM 5 – Hora:14:20 /

16:40 / 19:00 / 21:20

MOVIECOM 6 - Hora:17:00 /

21:30

A HOSPEDEIRA - (12 Anos)

MOVIECOM 7 - Hora:14:05 /

16:35 / 19:05 / 21:35

OBS: A aprogramação pode seralterada sem prévio aviso.Favor consultar o cinema paraconfirmar o filme do adia.

Globoquer tirarfilmes dasua gradeAinda nos dias atuais é difícil ima-

ginar uma grande rede de televi-

são brasileira sem espaços para

exibições de filmes.

Essa possibilidade, para a surpre-

sa de todos, já é discutida, inter-

namente na Globo. E por diversas

razões, além da principal que é a

de incentivar a criatividade local.

Os filmes, já de alguns anos, têm

representado pouca coisa no

contexto geral da audiência,

embora continuem custando ver-

dadeiras fortunas.

Some-se a isso a popularização

do cabo, do Netflix, que permite a

qualquer pessoa assistir a um

filme na hora que bem entender.

Todo esse conjunto de motivos

tem levado a direção da Globo a

reexaminar a questão e chegar ao

que pode vir a ser o mais interes-

sante para as TVs convencionais.

As existências do “Sessão da

Tarde”, “Supercine”, “Tela

Quente”, além das demais, diante

do que se avalia, podem estar

muito próximas do fim.

Como outro aspecto positivo,

entende-se que tudo que hoje é

desembolsado na aquisição das

produções de fora, poderá ser

destinado a outras importantes

áreas da programação. Pelo que

se ouve no Projac, esse parece

ser um caminho sem volta. E dos

mais interessantes.

w Hoje, no Projac, haverá uma reu-nião com todo o pessoal de “Sara-mandaia”, próxima novela das 11.w A finalidade de tudo é tirar dú-vidas do seu elenco e tambémtransmitir novas informações.wAmanhã, porém, em fazendas deBananal-SP, começam as grava-ções movimentando os persona-gens de Lilia Cabral e José Mayer.wTambém em relação a “Saraman-daia”, a direção da Globo já defi-niu sua data de estreia.

w O primeiro capítulo irá ao ar nodia 24 de junho – uma segunda-feira.w Portanto, nesse dia deve cair aexibição de “Tela Quente”, ouentão entrar mais tarde.w Ricardo Linhares, autor danova versão de “Saramandaia”,informa que já na primeira sema-na da macrossérie, como se re-fere a ela, o telespectador rece-berá todas as informações deseus personagens.

FIM DE LINHAO diretor Alexandre Avancini, no dia de hoje, coloca ponto final nos trabalhos

de gravações da minissérie “José do Egito”. São 28 capítulos.Avancini já tem como próximo compromisso a novela de Carlos Lombardi,

mas que só terá a sua produção acionada em fins de maio.

C´EST FINIRoberto Justus não vai acabar com o seu programa de entrevistas,

agora que a Record oficializou a volta de “O Aprendiz”.

Entende-se que um em nada irá comprometer a existência do outro.

Silvio de Abreu entregou semana passada o último capítulo da nove-

la “Guerra dos Sexos”.

Aliás, Silvio e seu colaborador, Daniel Ortiz, poderão trabalhar num

texto da autora Andrea Maltarolli, falecida em 2009. Trata-se de uma

história que pode ser adaptada para os dias atuais. Maltarolli, lamen-

tavelmente, não teve tempo de finalizar.

Então é isso. Mas amanhã tem mais. Tchau!

Pau

lo C

ard

eal /

Glo

bo

w CHAMADA DE EMBARQUEOs planos do Ronaldo Fenômeno,antes mesmo da sua contrataçãopela TV Globo, serão mantidos.No dia 8 de abril, ele vai morar emLondres, onde pretende passaralgum tempo estudando e fazen-do estágio numa empresa de co-municação. Inicialmente, ele de-seja ficar dois anos fora, mas nomeio disso estará no Brasil para aCopa das Confederações.

w JOGOS DA LIGAGalvão Bueno, e não Cleber Ma-chado como se divulgou inicial-mente, vai comandar a transmis-são da Globo do primeiro jogodas quartas de final da “Liga dosCampeões”, Paris Saint Germane Barcelona, nesta terça. Comen-tários de Caio Ribeiro e Leonar-do Gaciba. Na Bandeirantes, TéoJosé e Mauro Beting.

w QUE TRISTEZABandeirantes e Rede TV!, como

casos mais gritantes, continuamloteando espaços das suas progra-mações. É uma coisa lamentável.A Rede TV!, por exemplo, fezdesaparecer “O Encantador deCães”, da Jacqueline Sato, co-locando no lugar dele igreja ouempresas de televendas. A Bandtambém sumiu com o “AutoMais”, que era um dos 3 progra-mas de automobilismo da nossaTV. E sempre muito bem pro-duzido.

w ESTÁ ASSIMO SBT ainda não tem data esco-lhida para a estreia de “Chiquiti-tas”. Inicialmente será no come-ço de julho, coincidindo com oinício das férias escolares, mastudo vai depender do compor-tamento de “Carrossel” até lá.Pode esticar um pouquinho,como pode diminuir.

w FALTA POUCOO clima é de paz e harmonia entreGlenda Kozlowski e a Globo. Ela

ainda não renovou contrato, masadmite que está bem perto disso.Faltam apenas alguns poucos de-talhes.Como prova dessa harmonia,Glenda segue normalmente no“Esporte Espetacular” e foi umadas apresentadoras da festa degrade, na semana passada, em SãoPaulo.

w NOVA TEMPORADAO programa “Super Nanny”, doSBT, com a Cris Polli, voltará comepisódios inéditos a partir do pró-ximo sábado.O horário é o mesmo, 8 e meia danoite.

w O FUTUROAté para provocar, principalmen-te, uma movimentação maior deseus autores – há casos em quealguns ficam até três anos para-dos, que ninguém se espante sea Globo começar a produzir no-velas das nove mais curtas.Com 140 ou 150 capítulos.

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CONRADO CARLOS

[email protected]

O clichê da hashtag #lamapa-looza é inevitável. Com a chuva dasexta-feira (29), o gramado do Joc-key Club apresentava, no segundodia de festival, vários pontos emque o simples ato de caminhar vi-rava uma aventura das menos agra-dáveis. Nem tanto pela sujeira queaposentou muito tênis, mas, so-bretudo, por saber que aquele ma-terial orgânico era composto porexcrementos equinos. Besta dequem vem para um festival semsaber o que vai encontrar. Confor-to, comodidade, tudo à mão, só nosofá de casa. Aqui vale mais a ex-periência de cantar e dançar aolado de 55 mil pessoas, públicodivulgado pela organização, e es-quecer dos perrengues.

O sábado (30) de Lollapaloozaprevia uma série de Escolhas deSofia. Com 20 shows em horárioscoincidentes, fui obrigado a deixarde lado atrações interessantes, comoas bandas Tomahawk (do ex-voca-lista do Faith No More, Mike Pat-ton) e Alabama Shakes, o rapperCriolo e o eletrônico Steve Aoki. Adistância entre os palcos e o mar degente que funciona como uma bar-reira natural para o livre circular re-serva uma média de cinco, seisapresentações possíveis – o PortalG1 diz que 500 metros separam ospalcos Butantâ e Cidade Jardim(os dois principais). Já Lúcio Ri-beiro, do blog Popload, do UOL,fala em 1,2 km. Talvez o trajetofique entre os dois números, o quenão deixa de representar bons mi-nutos de caminhada.

Portanto, às 15h30 parei dian-te do Palco Alternativo para ver oblues-rocker Gary Clark Jr. Aos 29anos, o texano tem participado dosmaiores festivais do mundo e pro-metia cumprir com a expectativade que costuma trocar a coadjuvân-cia na escalação por protagonismocom o público. Foi exatamente oque aconteceu. Uma hora de rou-pagem moderna na sonoridade doDelta do Mississipi, mais riffs dehard rock e virtuosismo na medidacerta. Repertório calcado nos trêsdiscos lançados, acrescido de tre-chos de músicas de Jimi Hendrix(óbvia inspiração) e Rolling Sto-nes. Nem a fedentina do piso mo-

vediço tirou o brilho do set.Com o fim do show de Gary

Clark Jr., uma hora separava oaguardado Franz Ferdinand, marca-do para as 17h30, no palco Butan-tã. Nesse intervalo, teve início amicareta indie promovida pelo TwoDoor Cinema Club. Eles lançaramum disquinho bacana em 2010(“Tourist History”), quando estou-raram entre a meninada. Os quatroirlandeses são eficientes ao vivo econseguiram agitar o Jockey (o tomagudo da gritaria denotava a idademédia da plateia). Nesse instante,banheiros femininos iniciavam umarotina que se estendeu pelo restoda noite: filas e pouca manutenção.O resultado era uma espera de até30 minutos para a ala mais bonitado Jockey aliviar a cerveja.

O bom de ter shows descartá-veis é poder explorar a estrutura dofestival, renovar fichas de bebidase comidas, e observar as diversastribos. Festa estranha com genteesquisita, que respirava de alíviocom a ausência da chuva. Outroaguaceiro como no dia anterior e opântano paulistano se instalaria.Pelo contrário, o sol forte do meioda tarde instigava irresponsabilida-de acerca dos proibitivos oito reaiscobrados por um copo de Heineken(patrocinador máster). E assim foi.Algumas pillas (dinheiro usado den-tro da cidade Lollapalooza) depois,aparece Alex Kapranos e os esco-ceses do Franz Ferdinand. Era acerteza de que a festa iria começar.

Figura carimbada em SãoPaulo, o Franz sabe o que o públi-co quer. A mistura de rock, punk edance levou uma multidão anima-da e escolada nas letras ao êxtase.Um hit atrás do outro foi entoadocomo um louvor a São Pedro. “TheDark of The Matinee”, Take MeOut”, “Michael”, “Can’t Stop Fee-ling” e “Ulysses” são verdadeirosclássicos para uma geração que can-sou de ver tantas cópias que surgi-ram na sequência do sucesso queeles empreenderam desde a primei-ra metade dos anos 2000. Kapranosarrisca frases em português e temcarisma de um honesto apresenta-dor televisivo. Se não foram esca-lados como headliners, pouco im-porta. Tocaram 75 minutos dos maisempolgantes do festival.

O céu trocara de cor e o povoestava a postos para a primeira ca-

tarse do Lollapalooza 2013. Discoe baterista novos (Jon Theodore,ex-The Mars Volta), o Queens OfThe Stone Age merecia um textoà parte. Liderados por JoshHomme, o ruivo gigante toca gui-tarra, canta, compõe, produz a si eos amigos, e tem o nome registra-do entre os grandes da historia dorock nos últimos 20 anos. A aber-tura do show despejou uma listade petardos que funcionou comoum terremoto auditivo. “First ItGiven”, “No One Knows”, “SickSick Sick” deram ‘jabs’, enquan-to “Hangin’Tree”, “Little Sister”e “Go With Flow” soltaram dire-tos nocauteadores em uma galeradisposta a passar o tempo necessá-rio para exorcizar maus espíritosacomodados em nuvens cinzentas.

Três anos atrás eles tocaramno SWU, em Itu/SP. Na ocasião,roqueiros tradicionais eram soli-tários no coro. Agora, adolescen-tes, patricinhas e clubbers se mis-turaram aos barbudos ensopadosde cerveja e nicotina que semprecaracterizam os fãs do Queens OfThe Stone Age. Bom de disco,vídeo e ao vivo, Josh Homme veiodo Deserto de Mojave e botou fogono Jockey. Ao contrário do A Per-fect Circle. Talvez uma das esco-lhas mais polêmicas desta ediçãodo Lolla, o projeto do guitarristaBilly Howerdel e do vocalistaMaynard James Keenan foi posi-cionado em horário nobre (20h),como preâmbulo do The BlackKeys (último nome do sábado).

Quando você percorre três milquilômetros para ver um festivalde rock, algo guardado em seu ín-timo fala mais forte. A Perfect Cir-cle marcou minha adolescência,mas ouviu reclamações quanto aoprotagonismo no segundo dia deLollapalooza. O que teve uma van-tagem, pois manteve apenas quemtinha real curiosidade na banda.“Weak and Powerles”, “Judith” e“The Outsider” extraíram o que demais genuíno existia nos expecta-dores de Maynard. Sozinho, emmeio a escuridão, no fundo dopalco, ele interpretou temas dosdois discos de inéditas que o grupolançou (“Mers De Moms” e “Thir-teenth Step”), além do CD de co-vers que embalou duas faixas iné-ditas, chamada “Emotive”).

Pela televisão deve ter sido

chato, mas ao vivo fustigou mi-nutos de reflexão sobre o que acon-tecia, diante da riqueza dos arran-jos e melodias. Boa introduçãopara a dupla que tem sido tratadacomo unânime no rock atual: osThe Black Keys. São sete discosde puro rock and roll, como amuito não era visto. Dan Auerbache Patrick Carney foram responsá-veis pelo momento mais vibrantenas 48 horas iniciais de Lollapa-looza. A variedade rítmica, aomesmo tempo em que sacia afic-cionados por solos e riffs, susten-ta a proposta de um festival que éagradar o maior volume de pes-soas possível. O duo de Ohio sabecomo enfrentar uma arena.

Ninguém arredou pé do Joc-key Club até o derradeiro acorde.Satisfeitos após instantes de liris-mo, como em “Little Black Subma-rines”, e da completa comunhãoentre milhares de pessoas, na horade “Lonely Boy”, a horda cansa-da aplaudiu, agradeceu e valorizoucada minuto dedicado a boa músi-ca. Inédito em São Paulo, TheBlack Keys mostrou por que é dis-putado à tapa por promotores an-siosos em ganhar dinheiro e afagara crítica. Missão cumprida na se-gunda bateria de ondas sonoras.Descanso e reposição hídrica paraaguentar o terceiro dia de Lolla-palooza. Amanhã, terça-feira (31),minha versão para o que Eddie Ver-der e o Pearl Jam aprontaram noJockey Club de São Paulo.

Segunda-feira O Jornal de HOJE 19Natal, 1 de abril de 2013

Cidade

ProtagonistasProtagonistasdo Lollapaloozado Lollapalooza

SÁBADO DE ALELUIA DEIXOU FRANZ FERDINAND, QUEENS OF THE

STONE AGE E THE BLACK KEYS À MERCÊ DA CHUVA, QUE FICOU

LONGE DO JOCKEY E DO MELHOR DIA DO FESTIVAL

Com a for te chuva que caiu em São Paulo, local onde foi realizado o show do Lollapalooza ficou tomado pela lama

Navio Bandeira Agência Chegada Destino Carga DescargaLagoa Paranaense Brasil W. Sons No Porto - - Em Operação - - Scorpius Brasil W. Sons No Porto - - Em operação - - U20-Cisne Branco Brasil M. Brasil 04/04 Rio de Janeiro Veleiro - - CMA-CGM Herodote United King CMA-CGM 06/04 Algeciras/ESP Contêineres - - CMA-CGM Platon United King CMA-CGM 13/04 Algeciras/ESP Contêineres - - CMA-CGM Homere Inglaterra CMA-CGM 20/04 Algeciras/ESP Contêineres - - Marfret Guyane França W. Sons 27/04 Algeciras/ESP Contêineres - -

Nord Butterfly Hong Kong W. Sons Ao Largo Salvador Óleo Cru

NATAL

TÁBUA DE MARÉS

TERMINAL OCEÂNICO DE UBARANA - GUAMARÉ - RN

TERMINAL SALINEIRO DE AREIA BRANCA - RN

A PROGRAMAÇÃO ÉCHECADA DIARIAMENTE,

PODENDO HAVERANTECIPAÇÃO OU ATRASO

DE ALGUM NAVIO

Movimento dos [email protected] CÉSAR

Dia Hora Altura (M)01 13:58 0.5

20:36 2.002 02:28 0.6

09:00 2.0

FASES DA LUAMinguante (03/04 - 01:36h)

Nova (10/04 - 06:35h)

Crescente (18/04 - 09:31h)

Cheia (25/04 - 16:57h)

Rio Grande Brasil A. Marítima No Porto Portocel(ES) Sal - -

CNI apoia a MP 595 que regula setor portuário para acabar com entraves na cadeia logística

Terra Mobile

Conrado Carlos

Page 20: FLIP  01/04/2013

Érika [email protected]

Cidade Segunda-feira20 O Jornal de HOJE Natal, 1 de abril de 2013

Moda & Atitude

Vermelho &

Branco na moda

Depois de uma campanha belís-

sima, mais uma vez, o América

Futebol Clube enche todos os seus

torcedores de orgulho e conquista

mais um título, com vitória ontem

sobre o Corintians.

t t t

Comemoração

Ontem também era o aniver-

sário de Dona Aldinei , mãe de Alex

Padang, presidente alvirrubro, e ele

todo feliz fez homenagem bonita

ao lado das irmãs: Janine e Jodia,

sob o olhar esperto do filho Arthur.

t t t

Maura Lima

Amanhã, Maura Lima abre es-

paço aqui na terrinha destinado ape-

nas às sobrancelhas. Tendo mais de

20 anos de profissão, ela traz a ter-

rinha muitas novidades no ramo.

O babado será às 19h, na Rua

Mossoró, 565, Petrópolis. Confir-

mamos presença!

t t t

Show do Aviões na Pipa

Como antecipamos aqui na col-

una, a combinação inusitada de

forró na Pipa, deu certo, e bombou

o evento, lotando de gente o show

do Aviões do Forró, com super es-

trutura da Prátika Locações, luz e

som de Milla. A festa reuniu a

galera mais nova e mais bonita tam-

bém, que cantaram e dançaram as

músicas mais antigas e novas de

Solanja e Xandy.

t t t

Show do RPM

com desconto

Quem curte o melhor do rock

nacional dos anos 80, deve

aproveitar a promoção para o show

do RPM que está acontecendo no

site de compras coletivas Natal Ur-

bano. O grupo se apresentará na

próxima sexta-feira (5) no Teatro

Riachuelo, cantando todos seus

sucessos como "Loiras Geladas",

"Olhar 43", "Alvorada Voraz", entre

outros.

Ah, quer saber...

Disney Live! "festival

musical do Mickey"

A Opus traz Disney Live!de

volta ao Brasil com o novo es-

petáculo Festival Musical do Mick-

ey, em cartaz dejulho a outubro de

2013em diversos palcos nacionais.

Na nova produção, Mickey Mouse

e seus amigos vão agitar o mundo

com as estrelas deAladdin, A Pe-

quena Sereia e ToyStory. Os suces-

sos de Disney são mixados com os

ritmos mais animados da atuali-

dade, como rock, pop, reggae, hip-

hop, jazz e country e muito mais!

O irresistível elenco inclui mais de

25 estrelas da Disney, entre eles

Mickey, Minnie, Pato Donald, Pate-

ta, Ariel, Sebastião, Úrsula, Aladdin,

Jasmine, o Gênio, Woody, Buzz e

Jessie. O musical é perfeito para

toda a família e o público poderá

dançar, cantar e rir com os person-

agens.

t t t

Mickey Mouse e seus

amigos chegam para

nova tour pelo Brasil

A turnê no Brasil estreia em-

Ribeirão Preto, dias 13 e 14 de

julho, no Theatro Pedro II. De lá,

segue para a cidade de São Paulo,

onde faz temporada de 17 a 21 de

julho no Teatro Bradesco. Depois

para o Rio de Janeiro, de 07 a 11

de agosto, no Teatro Bradesco

Rio; Goiânia de 23 a 25 de

agosto, no Teatro Rio Vermelho;

Salvadorde 28 a 31 de agosto, no

Teatro Castro Alves; Recife, de

06 a 08 de setembro, no Teatro

UFPE; Natal, de 11 a 14 de

setembro, no Teatro Riachuelo;

Belo Horizonte, de 19 a 22 de

setembro, no Palácio das Artes;

Curitiba, de 27 a 29 de setembro,

no Teatro Positivo. O encerra-

mento da turnê acontece em

Porto Alegre, com apresentações

de 02 a 06 de outubro, no Teatro

do Bourbon Country.

Até amanhã!

Ingrid Collier

Almoço de Páscoa da família Tinôco

Cassio Paiva pelas lentes de Audi Filho

Cyndra e Joacir Potiguar, comemoraram oaniversário dele em Angra dos Reis. Na foto

Cyndra está com Herbene Ramalho, Kiki Luz eJu Barroso na Praia do Dentista

Fábio Faria e Hermano Moraes levam a camisado Mecão para o craque Romário

No Crepe Arumam na Pipa: Dudu Fonseca/ManuGuedes,André Sá/Yasmim Tinoco, Lucas

Rodrigues/Renata Melo

Inauguração: Gabriela Didier e Alessandra com aexpert em sobrancelhas Maura Lima, que amanhã

inaugura espaço de beleza em Natal

Depois da grande vitória de ontem, o presidente doMecão, Alex Padang fez homenagem a sua mãe Aldinei,

ao lado das irmãs, Jodia e Janine Lago