Florações Algais Priscila Saviolo Moreira Sarah Charlier Sarubo Tiago Ucella.

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Florações Algais Priscila Saviolo Moreira Sarah Charlier Sarubo Tiago Ucella

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Florações Algais

Priscila Saviolo Moreira

Sarah Charlier Sarubo

Tiago Ucella

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Microalgas

Microalgas – importantes constituintes da base da cadeia alimentar de ambientes aquáticos. Organismos microscópicos e planctônicos.

Podem apresentar um crescimento exagerado devido a resultados da interação de fatores físicos, químicos e bióticos – florações algais.

Estas são caracterizadas por um crescimento explosivo, autolimitante e de curta duração dos microorganismos de uma ou poucas espécies, freqüentemente produzindo colorações visíveis nos corpos de águas naturais.

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Contaminação

Vários problemas de saúde humana foram reportados mundialmente após o contato com águas com cianobactérias em floração em atividades recreacionais ou pelo consumo de águas de reservatórios contaminadas.

Em abril de 1996, foi detectada a presença da toxina MC–LR no Açude Tabocas, em Caruaru, PE, o qual fornecia água ao reservatório do Instituto de Doenças Renais (IDR) desta cidade, e em amostras de fígado e sangue de pacientes de hemodiálise deste Instituto. Foram também encontradas altas doses no filtro de carvão ativado que purificava a água usada pelo IDR.

Cerca de 40 pacientes morreram de hepatite tóxica na ocasião.

Outras ocorrências de florações tóxicas, no Brasil, foram comprovadas através de bioensaios em reservatórios de água do Rio de Janeiro e em São Paulo.

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Algumas espécies formadoras de florações

Diatomáceas: Asterionellopsis glacialis Cerautalina pelágica Coscinodiscus wailesii Guinardia delicatula Leptocylindrus minimus Skeletonema costatum

Cianobactéria: Trichodesmium erithraeur

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Algumas espécies formadoras de florações

Dinoflagelados: Ceratium fusus Dinophysis caudata Dinophysis tripos Noctiluca scintillans (foto)

Silicoflagelado: Dictyocha fíbula

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Tipos de florações

Florações quem em geral não são tóxicas a humanos, mas são nocivas a outros organismos marinhos por intoxicação, dano ou oclusão do sistema respiratório das brânquias ou outros meios.

Causadas por alguns tipos de dinoflagelados como o Alexandrium tamarense e o Gyrodinium aureolum (foto); alguns tipos de diatomáceas como o Chaetocerus convulutos e de picoplâncton, como o Aureoccocus anophagefferens.

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Tipos de florações

Florações geradas por espécies de dinoflagelados, diatomáceas, cianobactérias, ciliados e outros flagelados.

Acarretam na perda da qualidade de água dada redução na transparência ou, em certos casos, em ambientes de circulação restrita, diminuição de oxigênio na coluna de água e no sedimento.

Também podem causar a morte de recursos naturais ou cultivados que não conseguem evitar tais espécies.

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Maré Vermelha

O fenômeno que apresenta o maior impacto visual de todos – a maré vermelha – é uma alteração da cor da água, que pode tomar tonalidades como verde, castanho, vermelho ou amarelo

Excessiva proliferação de microalgas do grupo das pirrófitas, causada por espécies de dinoflagelados, presentes em número suficiente (milhares ou milhões de células por mm) para produzir a mudança de cor na água.

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Maré Vermelha

Alta concentração desses microorganismos impede a passagem da luz solar.

Liberam toxinas, geralmente provocando o envenenamento das águas e ameaçando a sobrevivência de outras espécies marinhas.

Além disso, gera grandes prejuízos econômicos para os pescadores.

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Maré Vermelha

Nas últimas décadas registrou-se um aumento no número de marés vermelhas.

Esse crescimento refere-se não só à quantidade e dispersão geográfica, mas também à intensidade.

O fenômeno está intimamente ligado à poluição e eutrofização das águas marinhas pelo homem e ao uso das águas costeiras para a aqüicultura, bem como ao aumento sistemático da temperatura média global.

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Tipos de floração

Florações geradas por espécies como os dinoflagelados pelágicos, que produzem toxinas que podem ser acumuladas na cadeia trófica e causar distúrbios gastrintestinais e neurológicos em humanos e outros animais superiores.

Toxinas paralisantes do grupo da saxitoxina (paralitic shellfish poisoning – PSP), diarréicas do grupo ácido ocadaico (diarrhetic shellfish poisoning – DSP), amnésicas do grupo ácido domóico (amnesic shellfish poisoning – ASP), neurotóxicas do grupo das brevetoxinas (neurotoxic shelldish poisoning – NSP), ciguatera do grupo ciguatoxinas (ciguatera fish poisoning – CFP)

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Intoxicação paralisante por marisco (PSP)

Saxitoxina

Primeira toxina marinha cuja a origem foi associada ao fitoplâncton.

Toxina encontrada em aproximadamente 21 espécies, tais como Alexandrium spp., Gymnodinium decatenatum, e Pyrodinium bahamense (foto).

Obstruem o movimento do íon sódio através da membrana nervosa celular, paralisando o fluxo do impulso nervoso – sintomas da PSP).

Acumulada em moluscos.

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Intoxicação amnésica por marisco (ASP)

Ácido domóico:

Neurotoxina produtora de toxidade do tipo amnésico. Moluscos acumulam essa toxina. Estudo registrou dez espécies de diatomáceas pertencentes ao gênero

Pseudo-nitzschia que possuiam a toxina. Pode levar a morte, há registros de casos de mortes de outros animais entre

mamíferos e aves marinhas.

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Intoxicação neurotóxica por marisco (NSP) eIntoxicação ciguatérica por peixe (CFP)

Brevetoxina e Ciguatoxina

Fortes neurotoxinas produzidas pelo dinoflagelado planctônico Karenia brevis (foto) e pelo dinoflagelado Gambierdiscus toxicus.

Ambos têm naturezas químicas e atividades biológicas similares. São tóxicos aos mamíferos quando ingeridas através de moluscos contaminados pela

brevetoxina e peixes contaminados pela ciguatoxina.

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Intoxicação neurotóxica por marisco (NSP) eIntoxicação ciguatérica por peixe (CFP)

Apesar de suas similaridades, essas neurotoxinas apresentam diferentes impactos nos peixes.

A ciguatoxina acumula-se nos peixes através da cadeia trófica e não foram registradas mortes de peixes causadas por essa toxina.

Mortes rotineiras observadas ao longo da costa oeste da Florida durante marés vermelhas, supõem que os peixes foram intoxicados pela brevetoxina e não houve transferência dessa toxina na cadeia trófica.

Nos humanos causam problemas gastrintestinais, neurológicos e cardiovasculares.

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Intoxicação diarréica por marisco (DSP)

Ácido ocadaico Esse envenenamento apresenta

exclusivamente um quadro gastrointestinal: diarréia, vômitos, dores epigástricas, dores abdominais, fraqueza muscular, cefaléias. A diarréia pode surgir entre 1 a 2 horas até 24 horas depois da exposição, e a sua frequência pode chegar às 10 a 20 vezes por dia nos casos graves. Os sintomas cessam ao fim de três dias (ufa!)

O ácido ocadáico é analisado através da Cromatografia Líquida de Alta Eficiência com Detecção Fluorimétrica.

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