FLORAÇÕES EVANGÉLICAS (Joanna de Ângelis)

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    DivaldoFrancoPelo Esprito:Joanna dengelis

    FloraesEvanglicas

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    2 Divaldo Pereira Franco

    FLORAES EVANGLICASDitada pelo Esprito:Joanna de ngelis(primeira edio lanada em 1971)

    Psicografada por:Divaldo Pereira FrancoDigitalizada por:L. Neilmoris 2008 - Brasil

    www.luzespirita.org

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    4 Divaldo Pereira Franco

    NDICE

    FLORAES EVANGLICAS pg. 61 SEMEADOR DE LUZ pg. 92 PRESENA pg. 113 CRISTO EM CASA pg. 134 OBREIROS DA VIDA pg. 165 ILUSES pg. 196 INVESTIMENTOS pg. 217 PROBLEMAS PESSOAIS pg. 238 PRESUNO pg. 259 NAS MOS DE DEUS pg. 2710 DISSENSO pg. 2911 COM REGOZIJO pg. 3112 EXAMINANDO A DESENCARNAO pg. 3313 CONFIANA EM DEUS pg. 3514 PROVAO REDENTORA pg. 3715 SEM PARAR pg. 3916 DESGRAAS TERRENAS pg. 4117 ANTE A DOR pg. 4318 TESTEMUNHO pg. 4519 EXAMINANDO A SERENIDADE pg. 4720 RETORNO pg. 4921 MEDO pg. 5122 INCOMPREENSO E FIDELIDADE pg. 5423 ACUSAES E ACUSADORES pg. 5624 MGOA pg. 5825 VELRIOS pg. 6026 DIRETRIZES pg. 6227 SACRIFCIO pg. 6428 GRATULAO pg. 6629 LOUVOR AO LIVRO ESPRITA pg. 6830 RESIGNAO pg. 7031 AINDA A HUMILDADE pg. 7232 COM DISCERNIMENTO pg. 7433 UM CORAO AFVEL pg. 7734 ACIDENTES pg. 7935 CIZNIA pg. 8136 PERDOAR pg. 8437 ESPRITO DA TREVA pg. 86

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    5 FLORAES EVANGLICAS (pelo Esprito Joanna de ngelis)38 LOUVOR pg. 8839 MAIS AMOR pg. 9040 UMA PAGA DE AMOR pg. 9241 PESSIMISMO E JESUS pg. 9442 LMPADAS, RECEPTORES E TRANSMISSOR pg. 9643 PROMOO pg. 9844 EM REVERNCIA pg. 10045 ANTE A JUVENTUDE pg. 10246 BOM NIMO pg. 10447 MARCO DIVISRIO pg. 10648 BENS VERDADEIROS pg. 10849 VALORES E POSSES pg. 11050 TOLERNCIA E FRATERNIDADE pg. 11351 RECURSOS ESPRITAS pg. 11552 RESPOSTAS INDIRETAS pg. 11753 PENHOR DE F pg. 11954 PROBLEMAS, FACILIDADES E F pg. 12155 FALSOS PROFETAS pg. 12356 SEXO E OBSESSO pg. 12657 CULTOS AOS MORTOS pg. 12958 PIEDADE FRATERNAL pg. 13259 SOCORRO MEDINICO pg. 13460 ORAO NO ANO NOVO pg. 136

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    7 FLORAES EVANGLICAS (pelo Esprito Joanna de ngelis)que lhes sofra incurses da mais ampla aventura como da fantasia, e, estimulados

    pelos resultados a que chegaram as Cincias modernas, eliminam a tica que devevigir no mago de todas as realizaes, apresentando-se, eles mesmos,atormentados, sediciosos, inquietos...

    Substituindo as expresses da cultura, cunham-se vocbulos que traduzam

    as aspiraes e usos da atualidade: onda, embalo, curtio, fossa,cafonice, partindo-se de imediato para as questes palpitantes que descem avulgaridades inconseqentes, tais como o adultrio, o homossexualismo, odivrcio, a inseminao, o beb de proveta, o aborto, a prostituio, atoxicomania como que estimula mais a alucinao que domina em quase todos osdepartamentos humanos da Terra, na atualidade.

    O homem, assim, conquista o Sistema Solar em que se encontra localizadoo domiclio terrestre, mas perde a paz.

    Descobre o mecanismo da vida e malbarata a existncia.

    Realiza Incurses vitoriosas nas partculas constitutivas do tomo, pormdesagrega-se interiormente.Sonha com o amor, todavia entorpece-se nas paixes.Aspira felicidade, entretanto intoxica-se nos gozos brutalizantes.Estudos, tcnicas, programas para verificao e avaliao do novo status

    engendrados por organismos especializados apresentam relatrios, sugeremfrmulas apesar disso os resultados redundam incuos, quando no se revelamsimplesmente nulos...

    Faleceram, sim, os valores morais, substitudos por uma pseudomoralidade

    e as conquistas inestimveis, resultantes dos tempos e dos esforos hericos,parecem impotentes para deter as aberraes.Verdadeiramente, de toda a mixrdia que decorre destes dias de transio,

    surgiro os nobres valores da evoluo inadivel, cujo investimento superior aDivina Misericrdia desde h muito vem aplicando atravs do Senhor da Vida, muisbiamente.

    Tarefa inaprecivel est reservada ao Espiritismo nestes dias em que oprogresso moral, e somente ele, poder assegurar a verdadeira felicidade, por dispordos meios hbeis para suplantar e vencer as paixes predominantes ainda em anatureza humana. Ao Espiritismo, sim, porque Cristianismo redivivo que , atravsda sua estrutura doutrinria, cientfica, filosfica, religiosa e moral e das diretrizesiluminativas de que se constitui, est destinado o dever de contribuir com eficcia

    para o trabalho de construo da gerao porvindoura, conduzindo, emconseqncia, a nova mentalidade e desarticulando o materialismo.

    Por isso, reverenciando e atualizando os ensinamentos cristos, OEvangelho Segundo o Espiritismo, em estudando as lies morais de Cristo,apresenta-se como a tica legtima para o hoje como para o amanh da Humanidade,que no possvel subestimar.

    Atravs destas pginas2 que nada adicionam aos sublimes ensinos de

    Jesus Cristo nem s nobres lies de Allan Kardec trazemos a lume mais uma

    2Oportunamente, medida que as escrevamos, diversas das pginas que constituem o presente volume

    apareceram na Imprensa Esprita. Agora, porm, todas foram revisadas por ns prpria, para melhorentrosamento no conjunto, s quais ora adicionamos os textos que nos inspiraram ao graf-las, conforme

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    8 Divaldo Pereira Francodentre as muitas floraes evanglicas, como resultante do carinho do JardineiroDivino em trabalho contnuo no campo frtil das almas humanas, fazendo queespoquem cores, aromas e belezas evocativos do Reino de Deus, que em futuro j

    presumvel e no muito remoto se estabelecer na Terra, ora balizada para a EraFeliz a que todos aspiramos.

    Joana de ngelisSalvador, 13 de setembro de 1971

    esto insertos em O Novo Testamento, e em O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, AllanKardec. (Nota da Autora espiritual)0,

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    10 Divaldo Pereira FrancoNa alfndega da vida muitos apresentam disfaradas as sementes da

    maledicncia e da infmia esperando liberao.O imposto da impertinncia, porm, cobra taxas pesadas queles que se

    fazem fiscais em nome da impiedade.Por isso, na gleba imensa dos homens surgem e ressurgem tantos afligentes

    e afligidos disputando espao na ribalta da iluso fisiolgica. Passam disfarados,enganadores ou enganados, na busca do desencanto. So, tambm, semeadores dodesconcerto que defrontaro adiante...

    Mesmo os cardos se enflorescem, algumas vezes, e as pedras refulgemquando lapidadas.

    Semeia, pois, a luz da esperana, ainda e sempre, desde que se te depareoportunidade feliz.

    * * *

    Um dia, um Homem Sublime abandonou por um pouco um jardim deestrelas para depositar nas criaturas da Terra gemas de refulgente esperana emtorno do Seu Reino.

    mpios e cados, hipcritas e pecadores, nobres e plebeus, gentes simples eprepotentes receberam Sua ddiva e fizeram que mergulhassem na terra das suasvidas os raios da Sua luz, transformando-se em sis de bnos que, desde ento,clareiam os destinos da Terra. E ele mesmo, quando foi desdenhado numa cruz,fulgurou numa excelente madrugada, continuando a semear a luz da imortalidade namente e no corao dos que jaziam na sombra da saudade e do medo.

    *Pondo-vos a caminho, pregai que est pr ximo o Reino dos Cus.

    (Mateus, 10:7)*As grandes vozes do Cu ressoam como sons de trombetas, e os cnticos dos

    anjos se lhes associam. Ns vos convidamos, a vs homens, para o divinoconcerto. Tomai da lira, fazei unssonas vossas vozes e que, num hino sagrado,elas se estendam e r eper cutam de um extremo a outr o do Universo.O Esprito da Verdade(O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO Prefcio, pargrafo 3)

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    PRESENA

    E Ele veio!Multissecularmente aguardado como a esperana de Israel, ei-Lo que surge

    no perodo em que a Histria repete as glrias de Pricles e o pensamento cultiva asbelezas, conquanto a barbaria comandasse homens e governos, estabelecendo ummarco novo para a contagem das Idades em relao ao porvir.

    No que os tempos fossem diferentes. Herodes, na sua jactncia, nopassava de subalterno ulico de Csar, guindado posio de relevo graas impiedade de que se fazia instrumento. A poltica de dominao, em toda parte,estabelecia a explorao do homem pelo homem e a opresso da fora emdetrimento do direito. A sociedade desvairava e o valor do homem eram as suas

    posses transitrias. As ambies se avolumavam traando as diretrizes do poder e

    estiolavam as mais nobres floraes do sentimento...As artes e a cultura, porm, desabrochavam nesses dias, ensejando maiores

    ideais na capital do Imprio que exportava conceitos de paz e beleza no obstante oclangor da guerra e o arete das arbitrariedades...

    ...E Ele veio!A Sua presena assinalou de paz o perodo da nova Era. No a paz externa,

    lavrada em audaciosos concilibulos e sustentada pela usurpao do crime: Era umaaragem de ventura que penetrava os Espritos e os pacificava interiormente,

    predispondo-os ao amor.

    Seu verbo manso e ameno, marchetado da severidade que dimana doconhecimento da Vida e da Verdade, modificou a estrutura do pensamento filosficoe social, desde ento traando nova pauta para as criaturas do porvir.

    Perseguies e calnias miasmas dos pequenos homens de todos ostempos no Lhe diminuram a grandeza do ensino nem a elevao do servio. Emesmo crucificado no foi vencido...

    Submisso pela humildade excelsa nunca apareceu alquebrado, curvado anteos contemporneos. Ereto esteve na Cruz, donde partiu para a Ptria Verdadeira,incitando-nos a segui-Lo.

    * * *Ainda hoje Jesus a esperana que se tornou realidade.Israel desejava um Rei arbitrrio e vingador.A Humanidade tentou faz-Lo dominador e cruel atravs dos sculos.

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    12 Divaldo Pereira FrancoIsrael aguardava e ainda espera um Enviado implacvel no seu dio de raa

    e de ambio.A Humanidade procurou torn-Lo senhor de todos, esmagando os

    insubmissos e rebeldes...Hoje tambm ainda assim.

    Jesus, porm, nestes dias de inquietao e desassossego, a esperana quedomina os espritos e a paz que penetra os coraes.O homem subjuga o homem, os governos se entrechocam no domnio das

    armas, a fome ameaa e dizima milhes de vidas cada ano, as enfermidadesespalham pavores, a escassez de amor enlouquece, no entanto, neste clima scio-moral da atualidade, Jesus retorna e convida a outras cogitaes.

    Canta um novo e permanente Natal no burgo das almas da Terra que Oesperam.

    Estado interior, Jesus comunho de alma para alma a emboscar-se nos

    homens confiantes.O Cristo amansa as paixes e suaviza as Inquietaes da vida, fixandonaqueles que O conhecem os caracteres iniludveis da Sua presena.

    * * *

    Sentindo a mensagem dEle no esprito que agora se volta para as coisaselevadas da vida aps o cansao e o desgosto das investidas infrutferas navivncia da iluso no te permitas contaminar pelos fludos malficos destes diasturbulentos. Movimenta os braos e atua na ao enobrecedora a benefcio dos quesofrem.

    E, se ao te reclinares ao leito estiveres assinalado por alguma dor oudesencantado por qualquer afronta, mergulha o pensamento na mensagem dEle e

    busca escut-lo no corao.Fazendo o necessrio silncio interior, ouvirs a Sua voz em acalanto de

    ternura e alento, encorajando-te para prosseguir, constatando que em verdade Eleveio e demora-se ao teu lado, esperando, hoje como ontem, que o mundo moral daTerra modifique o seu clima e haja paz perene entre todos os homens, atravs dosteus sacrifcios desde agora.

    *Segui-me, e eu farei que vos torneis pescadores de homens.(Marcos, 1:17)

    *Mas o papel de Jesus no foi o de um simples legislador moralista, tendo porexclusiva autoridade a sua palavra. Cabia-Lhe dar cumpr imento s pr ofeciasque Lhe anunciaram o advento a autoridade Lhe vinha da naturezaexcepcional do Seu Esprito e da Sua misso divina.(O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Captulo 1 Item 4)

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    CRISTO EM CASA

    Contrapondo-se onda crescente da loucura que irrompe avassaladora detoda parte, e domina, penetrando os lares e os destroando, o Evangelho de Jesus,hoje como no passado, abre larga faixa para a esperana, facultando a viso de umfuturo promissor onde os desassossegos do corao no tero ensejo de medrar.

    A par da lascvia e do moderno comrcio do erotismo, que consomem asmais elevadas aspiraes humanas na Indstria da devassido, as sementesluminosas da Boa Nova, plantadas na intimidade do conjunto familiar, desdobram-seem embries de amor que enriquecem os espritos de paz, recuperando os homens

    portadores das enfermidades espirituais de longo curso e medicando-os com asddivas da sade.

    Enquanto campeia a caa desassisada aos estupefacientes e barbitricos a

    os narcticos e aos excessos do sexo em desalinho, a mensagem do Reino de Deuscada semana, na famlia, representa placebo valioso que consegue recompor dasdistonias psquicas aqueles que jazem anestesiados sob o jugo de foras ultrizes evingadoras de existncias pretritas.

    H mais enfermos no mundo do que se supe que existam. Isto porque, noreduto familiar raramente fecundam a conversao edificante, o entendimentofraterno, a tolerncia geral, o amor desinteressado... Vinculados por compromissosvigorosos para a prpria evoluo, os espritos reencarnam-se no mesmo grupocromossomtico, endividados entre si, para o necessrio reajustamento, trazendo nos

    refolhos da memria espiritual as recordaes traumticas e as lembranas nefastas,deixando-se arrastar, invariavelmente, a complexos processos de obsesso recproca,graas ao dio mantido, s animosidades conservadas e nutridas com as altascontribuies da rebeldia e da violncia.

    Em razo disso, o desrespeito grassa, a revolta se instala, a indiferenainsiste e a averso assoma...

    A famlia, em tais circunstncias, se transforma em palco de tragdiassucessivas, quando no se faz aduana de traies e desdias...

    Estimulando os desajustes que se encontram inatos nos grupos da

    consanginidade, a hodierna tcnica da comunicao mals tem conspiradopoderosamente contra a paz do lar e a felicidade dos homens.

    * * *

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    14 Divaldo Pereira FrancoCristo, porm, quando se adentra pelo portal do lar, modifica a paisagem

    espiritual do recinto.As cargas de vibraes deletrias, os miasmas da intolerncia, os txicos

    nauseantes da ira, as palavras azedas vo rareando, ao suave-doce contgio do Seuamor e se modificam as expresses da desarmonia e do desconforto, produzindo

    natural condio de entendimento, de alegria, de refazimento.Cristo no lar significa comunho da esperana com o amor.A Sua presena produz sinais evidentes de paz, e aqueles que antes

    experimentavam repulsa pelo ajuntamento domstico descobrem sintomas deidentificao, necessidade de auxlio mtuo.

    Com Jesus em casa acendem-se as claridades para o futuro, a iluminar assombras que campeiam desde agora.

    * * *

    Abre o livro da vida e medita nos ditos do Senhor pelo menos uma vezna semana, entre aqueles que vivem contigo em conbio familiar. Mergulha a mentenas suas lies, embriaga o esprito na esperana, sorve a gua lustral da fonteviva generosa e abundante, esquece os painis tumultuados que so habituais emarcha na direo da alegria.

    Se no consegues a companhia dos que te repartem a consanginidade paratal ministrio, no desfaleas. Faze-o, assim mesmo.

    Se assomam bices inesperados no descorooes, insistindo, ainda assim.Se surpresas infelizes conspiram hora do teu encontro semanal com Ele,

    no desesperes e retoma as tentativas, perseverando...Quando Cristo penetra a alma do discpulo, ref-la, quando visita a famlia

    em prece, sustenta-a.Faze do teu lar um santurio onde se possa aspirar o aroma da felicidade e

    fruir o nctar da paz.

    * * *

    Sob o dossel das estrelas, no passado, o Senhor, enquanto conosco,

    instaurou nos lares humildes dos discpulos o convvio da prece, da palestraedificante, inaugurando a era da convivncia pacfica, da discusso produtiva, dointercmbio com o Mundo Excelso...

    Abrindo-lhe o lar uma vez que seja, em cada sete dias, experimentars comEle a inexcedvel ventura de aprender a amar para bem servir e crescer para aliberdade que nos alar alm e acima das prprias limitaes, integrando-nos nafamlia universal em nome do Amor de Nosso Pai.

    *Senhor, no sou digno de que entres em minha casa.

    (Mateus, 8:8)

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    15 FLORAES EVANGLICAS (pelo Esprito Joanna de ngelis)*

    Um dia, Deus, em sua inesgotvel caridade, per mitiu que o homem visse averdade var ar as trevas. Esse dia foi o do advento do Cr isto.Depois da luz viva, voltar am as tr evas. Aps alter nativas de ver dade eobscuridade, o mundo novamente se perdia. Ento, semelhantemente aospr ofetas do Antigo Testamento, os Espr itos se puseram a falar e a adver ti-los,O mundo est abalado em seus fundamentos reboar o trovo. Sede firmes! Fnelon

    (O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Captulo 1 Item 10)

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    4OBREIROS DA VIDA

    Enquanto soam as melodias da esperana, cantando a msica do trabalho

    nos ouvidos da vida, porfia na fidelidade ao dever.Enquanto a Terra se reverdece e uma primavera brota do caos das

    dissipaes generalizadas, prenunciando o largo dia do Senhor, prossegue ematividade.

    Enquanto as perspectivas sombrias do desastre e da guerra campeiam,curva-te ante as leis de seleo que realizam o Ministrio Divino, a fim de modificara estrutura do Orbe na sua inevitvel transformao para Mundo Regenerador. E noobstante a ingente tarefa a que s convocado, s daqueles que adquirem dignidadeno culto da realizao nobre produzindo em profundidade e com a perfeio

    possvel.Armado como te encontras, com os sublimes instrumentos dodiscernimento e da razo, sobre a estrutura de fatos inamovveis, s dos queedificam o santurio da paz universal sobre os pilotis da renncia, vencendo asambies desmedidas e as vaidades Injustificveis.

    No te importes saber donde vieste, no te convm examinar o que sinteressa-te em observar o que produzes e o que deixas de produzir.

    Se os teus celeiros de luz se encontram abarrotados pelos gros daMisericrdia ou com o feno intil que os transformou em depsito de treva e de

    dissenses a responsabilidade tua.Se at ontem padronizaste o comportamento pelo equvoco, no te lcitodoravante repetir enganos e insistir em engodos. Vives na Terra o instante definitivoda grande batalha e Jesus necessita de alguns esticos servidores que a Ele seentreguem totalmente, para o combate final.

    * * *

    Esto espalhadas em vrios pontos do Planeta as fortalezas da esperanaonde se resguardam os lidadores do amanh.

    Convm ressaltar que o Senhor nos reuniu a todos, no pelo impriocaprichoso do acaso, nem pela ingesto mirabolante do descuido, ou pelacontingncia precria das nossas manifestaes gregrias alucinadas, mas por uma

    pr-determinao de Sua sabedoria, que nos convocou, devedores e credores

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    17 FLORAES EVANGLICAS (pelo Esprito Joanna de ngelis)reunidos, cobradores inveterados e calcetas para a regularizao dos dbitos pesadosa fim de nos reajustarmos lei sublime do Amor, longe das subalternidades das

    paixes. No permitamos, assim, que medrem sentimentos inferiores na nossa glebade luz, no deixemos que o descuido de uns ou a invigilncia de outros nossurpreendam no posto do nosso combate, transcorridas tantas lutas, assinaladas pelas

    aes nobres, aps tantos anos de perseverana no dever, depois de tantasesperanas que fomos obrigados a adiar e tantas iluses que asfixiamos na realidadeda vida.

    No disseminemos os gros da desdia nem deixemos que a semente nefriada emotividade subalterna desenvolva em nosso lar, em nossa famlia ampliada, osgermens virulentos das manifestaes amesquinhantes, capazes de nos enfermaremo organismo ciclpico da alma, tombando-nos adiante e deixando-nos na retaguarda.

    Todos ns, ns todos, somos peas importantes quo valiosas dasdeterminaes divinas neste momento azado e estamos sob vigilncia rigorosa da

    fatuidade e da idiossincrasia, sofrendo a presso das foras baixas da animalidade,que pretendem conspirar contra o esprito do Cristo, que vive dentro de ns, emtorno de ns, conduzindo-nos a todos.

    necessrio no negligenciar atitude, no ceder ao mal e orar, orar sempre.No h por que recearmos, sejam quais forem as conjunturas, mesmo as

    aparentemente adversas que nos sitiem, pois no temos sequer um motivo falso parasob ele nos albergarmos justificando a ausncia da excelsa misericrdia Divina quenos protege, que nos ampara, aquiescendo nas negociatas da usurpao e do erro, dafrivolidade e do conbio com a insensatez. No estamos diante de uma gleba

    cuidada por meninos espirituais.Assim sendo, melhor seria que nos alijssemos espontaneamente do dever,a que nos constituamos pedra de tropeo na Obra do Cristo, neste momento dedeciso.

    Impe-se examinar as suas disposies para adquirires maioridadeespiritual nas tuas decises imortalistas, diante das tarefas assumidas com o Senhor,na pauta do teu progresso espiritual, com a viso colocada no futuro dilatado.

    * * *

    Esfora-te, vencendo o adversrio oculto que reside na plataforma do euenfermo, e, combatendo-o aguerridamnente com as armas superiores do amor e da

    perseverana, no recalcitres mais, no te permitas a negligncia da ociosidade, nemo sonho utpico do prazer cho que obscurece os painis da alma e entorpece asaspiraes para vos mais altos.

    Como as ms palavras, corrompem os costumes, os pensamentos frvolosintoxicam o esprito.

    Um dia, o sublime Esprito do Cristo desceu Terra para fundar um Reinoe atirou os alicerces da sua construo na alma humana dando incio edificao de

    um Pas como jamais algum houvera sonhado O Reino dEle est em todos ns,pedras angulares que nos tornamos, do edifcio da esperana, para a futurahumanidade feliz.

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    18 Divaldo Pereira FrancoEnquanto raia nova aurora para o homem melhor, levanta-te obreiro da

    Vida para o trabalho sublime do Reino de Deus que j est na Terra e no qual teencontras engajado desde ontem para o breve trmino, quando o Senhor tomar dastuas e das nossas mos alando-nos, pelas asas da prece, plenitude vitoriosa doesprito vencedor da matria e da morte.

    *Pois digno o trabalhador do seu salrio

    (Lucas, 10:7)*

    cada um a sua misso, a cada um o seu trabalho. No constri a formiga oedifcio de sua r epblica e imperceptveis animlculos no elevam continentes?Comeou a nova cruzada. Apstolos da paz universal, que no de uma guerra,modernos So Ber nar dos, olhai e mar chai par a a frente: a lei dos mundos ado progresso.Fnelon (O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Captulo 1 Item 10, pargrafo 3)

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    ILUSES

    Como se demoram no invlucro carnal, em que a iluso dos sentidospredomina, tm dificuldade de agir com inteireza e crer integralmente, em regime detranquilidade.

    Graas s equvocas atitudes que no consenso social lhes permitem triunfosenganosos, transferem tal comportamento, quase sempre para a f que esposam,acreditando-se resguardados nos sentimentos ntimos.

    Porque produziram com acerto nas tarefas encetadas onde se encontramassumindo posies controversas, ora de leviandade, ora de siso, supem poder

    prosseguir com o mesmo procedimento quando se adentram nas tarefas espritas,que os fascinam de pronto. E porque se acostumaram informao de que osEspritos so invisveis ou pertencem ao Imaginoso reino do sobrenatural, tratam-

    nos como se assim fosse, olvidados de que conquanto invisveis para alguns homens,esto sempre presentes ao lado de todos, ou apesar de tidos por gnios e encantados

    pertencem Criao do Nosso Pai, em incessante marcha evolutiva.Constituindo o Mundo Espiritual, j estiveram na Terra so as almas dos

    homens ora vivendo a existncia verdadeira.Veem, ouvem, sentem, compreendem e somente tm as diversas faculdades

    obnubiladas ou entorpecidas quando narcotizados pelas reminiscncias do corposomtico, demorando-se em perturbao.

    * * *

    Estuda com sinceridade as lies espritas para libertar-te da ignornciaespiritual. Elas te facultaro largo tirocnio e invejvel campo de liberdade interior,

    promovendo meios de ao superior que produz paz e harmonia pessoal. Dir-te-o oque fazer, como realizar e porque produzir com eficincia.

    Cada Esprito o que aprendeu, o que realizou, quanto conquistou. Nopoder oferecer recursos que no possui nem liberar-te das dores e provas que a simesmo no se pode furtar.

    Se algum te inspirar ociosidade ou apoiar-te em ilcio, no te equivoques: um ser enganado que prossegue enganando. Para poupar-te o desaire mediante aconstatao dolorosa neste captulo, no transfiras para os Espritos as tuas tarefas,no os sobrecarregues com as tuas lides. Nem exijas pois sandice , nem tesubordines pois representa fascinao.

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    20 Divaldo Pereira FrancoMantm-te em respeitvel conduta, em ao enobrecida e eles, os Espritos

    bons e simpticos ao teu esforo, viro em teu auxlio, envolvendo-te em inspiraosegura e amparo eficaz.

    Rompe com a iluso e no acredites que te sejam subalternos aos caprichosos Desencarnados, exceto os que so mais infelizes e ignorantes do que tu mesmo.

    Evolve e conquista para ser livre.

    * * *

    Jesus, antes de assomar ao lado das aflies de qualquer porte, junto aencarnados ou desencarnados, cultivou a prece e a meditao. E ao faz-lo sempre serevestiu de respeito e piedade. No Tabor ou em Gadara a Sua nobreza se destacavana paisagem emocional dos dilogos inesquecveis que foram mantidos.

    Acende, tambm, a luz legtima da verdade no corao e, em contato com

    os Espritos ou os homens, s leal sem afetao, franco sem rudeza e nobre semveleidades. Os Desencarnados te conhecem e os homens te conhecero hoje ou maistarde, no valendo, pois, o esforo de iludir-se ou iludi-los.

    *Entr ai pela porta estr eita (larga a porta e espaosa a estrada que conduz perdio, e muitos so os que entram por ela).(Mateus, 7:13)

    *Pelo simples fato de duvidar da vida futur a, o homem dir ige todos os seuspensamentos par a a vida terr estr e. Sem nenhuma cer teza quanto ao por vir, dtudo ao presente. Nenhum bem divisando mais precioso do que os da Terra,torna-se qual a cr iana que nada mais v alm de seus br inquedos.

    (O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Captulo 2, Item 5, pargrafo 2)

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    INVESTIMENTOS

    Na desenfreada correria da ambio, a que se v impelido, o homemmoderno investe.

    Investimento na bolsa de valores, perseguindo moedas, acumulando ttuloscontbeis.

    Investimento nas loterias, tentando as raras exploses da sorte.Investimento em negcios mirabolantes, buscando resultados de alta

    compensao.Investimento nos jogos cambiais, ante as perspectivas da oscilao

    freqente da moeda-ouro, na balana internacional, para os cometimentos daestroinice.

    Investimento em empresas audaciosas, aspirando s promoes no campo

    dos altos negcios do utilitarismo.Investimento no mercado de capitais, para os grandes jogos financeiros, de

    modo a alcanar as altas metas do poder terreno.Investimento da sade nas competies desportivas, disputando primazia.Investimento da paz, nos complexos mecanismos da usura como da

    desonestidade, por cujos processos supe e quer vencer...E no poucos so vencidos em tais investimentos, padecendo neuroses

    angustiantes, aflies inominveis, desgovernos odientos.

    * * *

    A mquina publicitria, muito bem trabalhada para estimular a gannciados incautos que sintonizam com os refres da moda negocista, estimula o comrciohediondo do sexo desgovernado, conspirando afrontosamente contra as fontesgensicas, abastardando-as, ante a conivncia e aceitao mais ou menosgeneralizada.

    A onda alucingena, invadindo lares e educandrios, reduz as aspiraes dainteligncia e as expresses da emotividade, conduzindo todos s fugas

    espetaculares da realidade objetiva, facultando inevitveis conbios obsessivos comdesencarnados do mesmo teor, em intercmbio nefrio.A pregao da filosofia cnica encarrega-se de descorooar os ideais da

    beleza, fomentando os campeonatos da insensatez como da desordem, reduzindo a

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    22 Divaldo Pereira Francocultura e a moral condio de ultrapassadas pelo impositivo da nova ordem em queos valores apresentados so destitudos de valor real.

    * * *

    Indubitavelmente o progresso imperiosa necessidade de crescimento.Progressos, no entanto, na vertical das conquistas superiores e no nahorizontalidade das paixes animalizantes e dos agentes dissociativos dacomunidade, da famlia, do indivduo.

    Investe, porm, tu, no esprito imortal.Sem que abandones o campo de trabalho onde foste convidado a operar,

    lembra-te dos tesouros inesgotveis da vida e aplica algum capital de horas, devalores monetrios, morais, intelectuais e da sade nos sublimes comrcios com aEspiritualidade Superior.

    Com certeza, no jogo dos investimentos chegar a hora da prestao decontas, e ento compreenders que os investimentos imediatos ficaro retidos nasaduanas da Terra, enquanto os da vida abundante e somente estes, seguiro contigo

    por todo o sempre.

    *Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem os dez talentos. (Mateus, 25:28)

    *Aquele que se identifica com a vida futura assemelha-se ao r ico que per de sememoo uma pequena soma. Aquele cujos pensamentos se concentram na vidaterrestre assemelha-se ao pobre que perde tudo o que possui e se desespera.

    (O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Captulo 2, Item 6, pargrafo 3)

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    PRESUNO

    Sutil quo traioeiro miasma de fcil assimilao, que produz danosgraves nos tecidos delicados da alma.

    Herana dos vcios pretritos de que somente a pouco e pouco se liberta, oesprito que empreende a tarefa do aprimoramento no deve poupar esforos contrainimigo vigoroso e disfarado qual esse.

    Apresenta-se multiface e sabe afivelar mscaras de hedionda feio,sorrindo nas situaes em que se v descoberto e chorando nos momentos de que sedeveria utilizar para a libertao, adquirindo foras novas com inusitada selvageria

    para continuar os desmandos a que se afeioa.Reponta aqui na condio de melindre, em cuja exagerada suscetibilidade

    encontra campo para generalizar suas argumentaes falsas, com graves danos para

    quem lhe enseja a penetrao.Apresenta-se como ufania exacerbada e apropria-se dos requisitos morais

    daquele que se lhe faz vtima, conquistando lureas prpria incria.Alma gmea do orgulho, filho especial do egosmo, inimigo srdido de

    toda construo moral do homem, comprazendo-se em desequilibrar e malsinar.Discreto, enreda mentes invigilantes, e, soez, maquina estranhos raciocnios

    que distraem os seus cultores.Imantado prpria natureza animal do homem, investe contra a natureza

    espiritual sob disfarces inesperados.

    Esse revel, atro e torvo inimigo do esprito, a presuno.

    * * *

    Se algum admoesta com carinho, objetivando ajudar, ele instila, malso,odiosa irritabilidade no ouvinte, inspirando que ali se encontra um mau carterdesejando humilhar o indefeso lidador...

    Quando o amigo convida ao servio com mansuetude o outro amigo, ei-lo ainformar que alquile deseja deste fazer besta de carga.

    Se o patro, por impositivo da ordem, observa o servidor descuidado, eisque a sua malfica presena degenera o alvitre fazendo que o reprochvel subalternose transforme em inimigo silencioso...

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    26 Divaldo Pereira FrancoQuando o cooperador do servio de elevao adverte o Irmo de trabalho,

    por esta ou aquela razo, sua voz brada, na acstica da alma: Ele toma esta atitudeporque com voc...

    E prossegue arregimentando vtimas que lhe do guarida s Insinuaesinfelizes, at o desespero em que se vero a braos mais tarde.

    * * *

    Abstm-te do convvio da presuno e arrebenta-lhe o cerco nefando.Faze honesta fiscalizao ntima luz do Evangelho e descobri-la-.

    Na tarefa de muitos, se te isolas no agrupamento fraterno, se te supesdesconsiderado na atividade encetada, se reclamas falta de auxlio na comunidade,se te tens na conta de humilhado na realizao do bem, se suspeitas de deslealdadessistemticamente e se te afirmas desamado, cuidado! a presuno est corroendo-

    te por dentro.Examina Jesus e toma-O como modelo, situando-te no devido lugar, e seprossegues acreditando que necessitas lapidar a alma da incessante faina do bem,com otimismo e perseverana, estars combatendo esse verdugo ominoso que tanto

    poders chamar presuno como orgulho, melindre ou suscetibilidade, mas que emresumo , sem dvida, um dos piores Inimigos da tua evoluo.

    *Bem-aventur ados os pobr es de espr ito, porque deles o reino dos cus.

    (Mateus, 5:3)

    *O orgulho me per deu na Ter ra.Uma Rainha de F rana

    (O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Captulo 2 Item 8)

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    28 Divaldo Pereira FrancoO carvo, transformando-se paulatinamente atravs dos milnios em

    diamante que luzir claridades coruscantes, segue o esquema das mos de Deus.A vida infinitesimal que pulsa na molcula e o impulso que aciona o eltron

    encontram-se submetidos s seguras linhas, inabordveis, tracejadas pelas mos deDeus.

    O destino do homem a perfeio, seu fanal a glria imarcescvel.As lutas que apequenam os fracos, ajudam-nos a adquirir fora paraconquistas outras e desdobram as possibilidades no forte agigantando-o para ofuturo.

    No te aferres, desse modo, aos incidentes lamentveis da jornadaevolutiva.

    Problema teste aprendizagem moral e dor significa exame em face sconquistas do esprito.

    Assim, liberta-te dos que te escravizaram com os seus atos angstia que

    teima por dilacerar-te, abre os braos no rumo do amanh e avana tranqilo.Jesus no apenas oportunidade redentora, representa, tambm, lio vivaque no pode ser desconsiderada.

    * * *

    Quando os amigos O abandonaram, experimentando inenarrvel soledade hora em que todos os Seus ditos foram deturpados face constrio decorrente dafuga dos beneficirios dos Seus atos diante do azedume de uns e da impiedade dequase todos nas sombras a obsesso coletiva que quela hora campeavatriunfalmente, contemplou todos e repassou pela memria atos e palavras,culminando por ensinar a mais preciosa lio no instante mais grave: entregou-ses mos de Deus e permaneceu confiante at o fim.

    *Pai, nas tuas mos entrego o meu esprito.

    (Lucas, 23:46)

    *A casa do Pai o Universo.

    (O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Captulo 3 Item 2)

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    DISSENSO

    Medra com facilidade por encontrar os elementos que lhe facultam oenriquecimento da vitalidade, multiplicando dissabores e contribuindo para adestruio dos mais elevados ideais.

    A princpio tem o aspecto de melindre insano e logo se transforma emagastamento fomentador de inimigos cruis e acirrados do esprito humano.

    Suas razes, no entanto, se cravam com vigor no eu enfermo criador decondicionamentos infelizes, teimando por impor as diretrizes que acredita serem asmelhores, porque partidas do seu querer.

    Infelizmente, em todos os setores das atividades humanas, ocorremdissenses e debates, alguns dos quais se fazem fatores de ordem e evoluo.

    Dissentir, porm, no separar. Discordar de opinio, no significa

    provocar querela ou balbrdia, diviso ou anarquia. lamentvel considerar que a dissenso campeia porque os elementos

    constitutivos do grupo social se caracterizam por qualidades que supem possuirmas que no se esforam sequer por conquistar.

    A maioria se acredita formada de campees da humildade grande partese pressupe azes do dever retamente cumprido excessiva massa se nomeia comolder do trabalho, no entanto, raros desejam ser apenas servidor, o melhor ttuloque se pode disputar, considerando que o Mestre Jesus outra coisa no fez que setornar o servidor de todos por excelncia.

    * * *

    Diante dos dissidentes contumazes e dos que se adornam de melindres enfermos habituais carecentes de compaixo por se alimentarem de venenosdestruidores mantm a serenidade e no te agastes com eles. Esquecem-se dolado bom que possuem e se aferram natureza inferior que neles predomina,tornando-se algozes impiedosos de si mesmos.

    Esto sempre contra.

    Cultivam o amor prprio com esmero.Uns ofendem com facilidade e se arrependem com precipitao. Outros seagarram aos revides que receberam e se pretextam no que lhes disseram, esquecidosdo que disseram, para fugir espetacularmente ao servio encetado.

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    COM REGOZIJO

    Sempre que sejas defrontado por intrincados problemas na senda quepercorres, busca solues na informao cristalina do Espiritismo, que te aclarar oentendimento, traando diretrizes eficazes para dirimires quaisquer dificuldades.

    Solicitado intempestivamente dor, dirige-te ao ensinamento esprita, emcuja vitalidade defrontars a segurana, a fim de porfiares desassombradamente sobqualquer constrio.

    Surpreendido nos ideais pela chuva da incompreenso ou banido do laboredificante por pedradas contundentes, marcha na direo da f esprita em cuja liodulcificadora recebers o lenitivo do reconforto e a estabilidade da segurana parano desanimares, nem te excederes.

    * * *

    O homem que reencontrou a f consoladora, atravs das lies dos imortais,vive em regozijo. Examina as atitudes pretritas e estabelece normativas diretorascom olhos postos no futuro. Quando reconhece os prprios erros envida esforos

    para os no repetir e diriamente faz um exame de atitudes de modo a melhorar-sesempre e incessantemente, bafejado pelo consolo da vida espiritual, fonte geratriz daverdadeira felicidade.

    E no obstante as dificuldades do caminhar entre os homens, destaca-se na

    comunidade pelas preciosas lies de renncia a que se impe e pelos salutaresexerccios de abnegao a que se entrega, fazendo-se irmo de todos, sem aexpresso malsinante do reproche enquanto ajuda, nem a falsa austeridade dacensura enquanto serve.

    Ningum se pode atribuir a posio de ser inatacvel, no lhe sendofacultado o direito de acusador impertinente ou contumaz ante a fragilidade do

    prximo a quem lhe compete ajudar e edificar, oferecendo a luz nova do Espiritismorevelador. Doa o esforo no como quem ajuda, mas em condio de quem se ajudaa si mesmo, pois que toda edificao imortalista que o homem consegue, aplica-a na

    realizao da prpria paz, para a qual necessriamente utiliza o material de sacrifcioque o enobrece e liberta.

    * * *

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    32 Divaldo Pereira FrancoO regozijo de quem encontrou Jesus decorre da certeza inapelvel de que a

    iluso j lhe no mais comensal e a realidade spera no o atordoa, apresentando acontnua madrugada da esperana, conquanto a demorada noite dos resgatesdemorando-se em sombras.

    Regozijai-vos! disse Jesus.

    Regozijai-te, companheiro da ao enobrecida, na continuidade da lutaem que forjas a tua liberdade intransfervel e no te detenhas a arrolar asimperfeies alheias, nem as tuas prprias limitaes.

    Evita considerar-te desventurado porque o rio das tuas necessidades notrouxe a embarcao das surpresas diante da qual poderias apresentar tesourostransitrios que a fico aplaude e a realidade devora.

    s filho de Deus, e nenhum ttulo maior do que este: o da filiao divinaque te irmana a Ele, a Fonte Excelsa de onde procedes, o colo generoso no qual teencontras, o ar sublime de que te nutres!

    E se algum te humilha graas ao teu desvalor e se os bices te obstruem ocaminho por tua inpcia, ou se a tua pequenez no te permite agigantar-te quantogostarias, regozija-te ainda mais uma vez, porque j encontraste o meio-dia da vidaem plena meia-noite das tuas aflies.

    Os que viram aquele magote constitudo por uma farndola de sofredores,gargalharam, zombeteiros, pr estarem eles colocando na Terra os alicerces doReino de Deus. Os que acompanharam a marcha dos pescadores simples queabandonaram as rede por escutarem aquela voz, chasquinaram e os perseguiram atao cansao, nunca porm lobrigaram extingui-los. E, todavia, foram eles os heris daEra Melhor, continuando a ser os modelos que deves seguir em regozijo, como emregozijo o fizeram, seguindo as pegadas do Modelo Divino, que se deixou crucificarem testemunho de amor por um mundo melhor.

    *Mas no vos regozijeis em que os Espritos se vos submetem,antes regozijai-vos em que os vossos nomes esto escr itos no cu.

    (Lucas, 10:20)

    *Naqueles outros (mundos venturosos) no h necessidade desses contrastes. Aeter na luz, a eterna beleza e a eter na ser enidade da alma pr oporcionam umaalegr ia eterna, livr e de ser perturbada pelas angstias da vida mater ial, nempelo contacto dos maus, que l no tm acesso.

    (O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Captulo 3 Item 11)

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    EXAMINANDO ADESENCARNAO

    Fatalidade biolgica, a morte, ou seja a mudana de uma forma para outra,por impositivo da necessidade de transformaes incessantes, comea quandoocorrem as primeiras expresses da vida.

    No homem, por exemplo, em cada segundo, no seu aparelho circulatrio,morrem um milho de hemcias que so aproveitadas por clulas especiais, nofgado, para a elaborao de outras, graas ao ferro que delas extrado.

    Segundo alguns bilogos, em cada sete anos, o corpo humano se renovaquase integralmente, exceo das clulas nervosas, graas ao processo de

    transformao ou morte que ocorre na estrutura somtica.Modificaes incessantes em que a matria assume a forma energtica eesta se adensa em novas expresses fsicas, a, morte da aparncia uma constanteindispensvel evoluo.

    Do resfriamento da energia que se condensa em matria, da dissociao dasmolculas para o retorno energia, no homem, o esprito, que o modelador daforma, sofre na sua intimidade os diversos fenmenos de aglutinao e desagregaoestrutural.

    Morrer, portanto, ou desencarnar, significa, somente, mudar de estado.

    * * *

    A desencarnao tem incio de dentro para fora do corpo, nos tecidos sutisdo perisprito, que condicionado a vibraes especiais, encarregadas de manterem avitalidade fsiopsquica, comeam a perder a sintonia, por cuja exteriorizaomantm nas suas rbitas as molculas constitutivas da matria.

    Mesmo nas ocorrncias da desencarnao violenta, por circunstncias devria ordem, no obstante a morte fisiolgica por interrupo da correntemantenedora da vitalidade, o processo desencarnatrio s a pouco e pouco se

    consuma, atravs da liberao dos liames psicossomticos que se encontramimantados ao corpo.

    Disso decorrem as sensaes violentas, danosas, aflitivas queexperimentam os desencarnados, ainda imantados carne, que so violncia

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    CONFIANA EM DEUS

    Em qualquer circunstncia, mantm tua confiana em Deus, que rege oUniverso e guarda tua vida.

    Nunca te revoltes, seja qual for o problema que te surpreenda.Fora do teu sofrimento sofrem tambm outros filhos de Deus sob estigmas

    de aflies que desconheces.Normalmente relacionas as provaes que te alcanam e derrapas em

    regime de rebeldia caindo nos alapes das inconseqncias de vria ordem.Deixas-te intoxicar pelos vapores da felonia e afasta-te da diretriz do bem,

    fugindo para lugar algum onde sofres mais por desespero injustificvel do que pelaIntensidade do padecer que te atinge.

    No entanto, eles esto ao teu lado, os irmos do carneiro da agonia.

    Disputam casebres miserveis pendurados em morros onde fermentamdios ou aglutinados em declives e baixas infectas onde dominam sombras,acondicionando retalhos de velhas latas e tbuas imundas, que transformam em lar eali se rebolcam em inenarrvel desesperao.

    Dormem sob as pontes das estradas ou nas caladas das vielas sombrias emespaos exguos merc do abandono.

    Espiam por olhos que se apagaram e no tm possibilidade de ver,marchando em densas trevas.

    Agitam-se em corpos mutilados e anseiam alucinadamente por conseguir

    andar, abraar, mover-se em alguma direo.Perderam a razo, um sem nmero deles, e correm pelos ddalos da loucuraindimensional, sob pesadelos horrendos, em que seguem at idiotia.

    Experimentam fome contnua e sentem a constrio da mquina orgnica,desajustada ao imprio das necessidades que se sucedem.

    Tm o esprito dilacerado por diagnsticos de enfermidades que sabemirreversveis e, piorando-lhes a situao, no esto preparados para a desencarnao.

    Aguardam notcias funestas que os alcanaro logo mais e expungem asagonias sem nome sorvendo o veneno da amargura, revoltados sem lograrem a

    extino do Sofrer...Faze um giro alm das fronteiras do eu enfermio e tristonho a que terecolhes.

    Abre os olhos e espia na direo da Terra perto e longe de ti. H poemas debeleza na paisagem em festa e tragdias nos bastidores dos coraes em comunho

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    36 Divaldo Pereira Francocom as torpezas morais em agitao. Pensars, ento, que o homem e somente ele infeliz numa esfera de luz e cores como a da Natureza.

    Em verdade ainda a Terra a abenoada escola de redeno.Contrastando com as necessidades de cada aluno, ela se mantm festiva

    para ensejar uma viso panormica convidativa para o bem e para a ao integral

    que facultam a superao das dificuldades.Todos aqueles calcetas que lhe desconsideraram as classes ontem, oraretornam para refazer e aprender fixando em definitivo as lies superiores de amore vida que desprezaram.

    * * *

    Aps examinares todas as circunstncias provacionais do caminho daevoluo, bendirs o que tens no corpo e na alma, utilizando-te com meridiana

    sabedoria dos dons incomparveis de que te encontras investido, elaborandocondies novas interiormente, para superar os bices naturais e agradecer asexcessivas concesses que fruis e das quais inapelavelmente prestars contas maistarde ao Excelso Administrador, como j lhes sofrem os resultados estes que oraresgatam mais em regime carcerrio, porm que aguardam a ddiva do teu auxlio

    para diminuir-lhes as aflies superlativas.Tem, pois, confiana em Deus, alma irm! Ama e agradece o quinho de

    dor que te chega para o prprio aprimoramento espiritual e prossegue serenoajudando aqueles outros espritos igualmente ou mais atribulados que tu mesmo aseguirem pela rota abenoada da reencarnao.

    *Confia em Deus.

    (Mateus, 27:43)*

    Os (Espr itos) que se conservam livr es velam pelos que se acham em cativeir o.Os mais adiantados se esfor am por fazer que os retar datr ios pr ogridam.(O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Captulo 4 Item 18, pargrafo 2)

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    PROVAO REDENTORA

    A voz que laboraste por modular docemente agora se transforma em bradode acusao impiedosa as mos que uniste muitas vezes dentro das tuas, em gestode ternura, parecem prontas a esbordoar-te o rosto tantas vezes osculado commeiguice surge congestionado diante da tua presena os gestos que plasmaste comincansvel devotamento, fazem-se bruscos e violentos em desafio tua serenidadeaqueles olhos que enxugaste com desvelo, quando choravam, fitam-te com chispasde dio o corpo que embalaste noites a fio, ora freme de revolta e se agiganta diantedo teu atual carinho todo aquele ser que cumulaste de amor, ento, se contorce sobo gs da rebeldia e no trepida em malsinar-te, ferindo as mais caras aspiraes quedemoradamente acalentaste, bem como os nobres objetivos que toda a vida

    perseguiste a meta da tua realizao interior.

    Insultado por to grotesca reao tentas, ainda, acercar-te do ser querido,escondendo a decepo e a dor ntima no entanto, no consegues transpor a barreiraentre ti e ele, colocada propositadamente para produzir distncia, no obstante oxito dele depender do teu suor e da tua soledade, das tuas lgrimas e dos teussilncios.

    Permite-se acusar-te, censurar-te, e no te concede a condio ao menos deser humano.

    Reserva-se o direito de magoar-te e explora os teus sentimentos parapisote-los logo depois.

    Enquanto o envolves em otimismo, h muito tempo a inferioridade deleespezinha-te com recalques cruis, que procedem de vidas consumidas no passadodo esprito e no te oferece a concesso das queixas ou das justas censuras que sodescargas da tenso que te atormenta.

    E dizer que te deste com o melhor que possuas, oferecendo-te todo por ele,para a felicidade dele! Retempera, porm, o nimo e insiste no dever que te cabe ouque assumiste, mesmo incompreendido, apesar de sitiado pela ingratido com queele te retribui o carinho demorado.

    * * *Seja quem for o ingrato filho, amigo, afeto, companheiro , algum

    vitimando-se com o cido que o destruir logo depois.

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    38 Divaldo Pereira FrancoA ingratido enfermidade de erradicao difcil e demorada a rebeldia

    reflete distonia espiritual o azedume exterioriza infelicidade interior a agressoatesta primitivismo a clera morbidez de complexa definio no campo da menteem desalinho. Todo aquele que se permite conduzir por tais famanazes daindisciplina e do orgulho merece caridade pelo tratamento do amor que ora e

    socorre, insiste ao lado e no revida mal por mal.Ele, aquele que te acicata o esprito, caminhar pela estrada da experincia,avanando na rota do futuro.

    Aprender inevitavelmente e tornar-se- brando.No necessrio que o desejes: a vida se encarrega de ns todos, cada um a

    seu turno...

    * * *

    pena e sofres com isso que te no saibas valorizar o amor, aqueleque hoje te fere e subestima.Jesus, porm, experimentou, e em grau muito maior, a ingratido e o

    desintersse dos companheiros mais amados. Medita nEle, na Sua vida e no teabales com a provao redentora. Felizes so os que amam, e amam sempre,reconhecidos, fiis, Os outros, dentre os quais o ser que ora no te retribui amor poramor, j esto justiados em si mesmos, sorvendo a amargura da inquietao e otxico da insegurana pessoal, que os envenenam paulatinamente.

    *Mas na hora de provao volta atrs.

    (Lucas, 8:13)

    *Os que, ao contr r io, usam mal da liber dade que Deus lhes concede r etardam

    a sua marcha e, tal seja a obstinao que demonstrem,podem pr olongar indefinidamente a necessidade da reencar naoe quando se torna um castigo.So Luiz(O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Captulo 4 Item 25, pargrafo 2)

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    SEM PARAR

    Agora que assumiste compromissos no movimento esprita, que te comovee abrasa, percebes. Registras, com a alma dorida, que os companheiros de ideal salvas expressivas excees ainda se encontram em dubiedade, face deciso detransporem a aduana da luz.

    Conquanto se digam espritas, longe se encontram de manter asenobrecedoras atitudes do verdadeiro crente, aquele que, impregnado pela f, pauta aconduta nas linhas da convico esposada.

    Antes supunhas que nos arraiais espiritistas a paz houvera feito morada...Pareciam-te resignados e felizes, lutadores intrpidos os novos discpulos

    do Evangelho. No entanto, observas como esto transidos de amargura, quando norebelados, ante a dor, e interrogas: que fazem da f clara e pura? Por que ferem,

    quando conhecem de perto as realidades das leis de causa e efeito? Como sedeixam conduzir pelos obsessores!...

    Sem dvida, porque em se, assenhoreando da f, a f sublimada deles nose assenhoreou.

    Ficaram apenas mimetizados mas no penetrados. Apressados, nomergulharam realmente o esprito nas lides do conhecimento da Doutrinalibertadora.

    Alguns se fazem notados, mas no conseguiram as ntimas e reaistransformaes para melhor. Projetaram-se, sem se renovarem. E derrapam com

    facilidade nos mesmos equvocos, quando contrariados, sofridos ou simplesmenteno considerados quanto se supem merecedores...So homens e preferem continuar a s-lo, quando se poderiam tornar

    cristos...O Espiritismo a doutrina do amor por excelncia e tem a caridade por

    meio e meta. Eles sabem disto, mas apenas sabem. No vivem a vida que dizemsaber e crer, por estarem acostumados a outra conduta. Mudaram de conceitoreligioso mas no de comportamento moral.

    No os estranhes, nem os censures para que no incidas nos erros deles.

    Sensibilizado pelas lies imortalistas que estudas, vive-as cordialmente,sejam quais forem as circunstncias.

    * * *

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    40 Divaldo Pereira FrancoRepetidamente falaro os desencarnados sobre e contra os obsessores que

    perseguem e dificultam a obra do bem, detidos na Erraticidade inferior. E os h emnmero incontvel.

    Outros tantos, porm, esto em regime carnal, no domicilio orgnico.Atenazam, perseguem, cruciam, afligem no porque estejam sob obsesses,

    mas porque so obsessores reencarnados. Procedem de baixos crculos vibratrios ea diferena existente a da matria que os envolve na Terra.Certamente se fazem instrumentos dos outros os desencarnados por

    um fenmeno natural de afinidade, o que os tornam ainda mais violentos.Diante disso, no acuses os Espritos de mente atribulada que estagiam no

    Mundo Espiritual, tendo em vista aqueles que, ao teu lado, no corpo, continuamacumpliciados com os antigos sequazes, em regime de conbio espontneo Estes,os da caminhada carnal, atingir-te-o mais vezes, por estarem domiciliados nasmesmas faixas vibratrias em que te demoras.

    Acautela-te, orando e trabalhando incessantemente No sers poupado,pois que o xito da tua produo fraterna na Vinha do Senhor incomoda-os, irrita-os,e, na falta de argumentos justos, usaro estranhas armadilhas e conceitos infelizes

    para se realizarem ante a chuva de amargura e fel que desabe sobre a tua cabea.No obstante, prossegue, sereno e confiante.

    * * *

    No apenas os sacerdotes e polticos em Israel, a soldadesca e osbandoleiros crucificados ao Seu lado, zombaram, sarcasticamente, de Jesus.

    No somente os estranhos conspiraram antes para colocarem-No perdido.Foram os amigos invigilantes, os comensais do Seu amor, aqueles que O

    conheciam e sabiam, que O entregaram, para logo aps fugirem.Diante dessa comovedora realidade, refugia-te nEle e compreende,

    integrando-te no Evangelho Restaurado, a necessidade de viver pelo exemplo oEspiritismo que o descerra para ti e no olhes para trs, no reclames, no tedefendas quando acusado, nem te justifiques ama, e serve sem parar.

    *Todavia, quem per sever ar at o fim, esse ser salvo.

    (Mateus, 24:13)

    *A encarnao, alis, precisa ter um fim til.

    (O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Captulo 4 Item 26, pargrafo 3)

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    DESGRAAS TERRENAS

    Toda vez que uma desgraa se abate sobre um homem, a verdadeiradesgraa para ele no saber receber devidamente o infortnio que lhe chega.

    Desgraa, realmente, o mal, o prejuzo, o dano que se pode praticar contraalgum e no o que se recebe ou se sofre.

    O que muitas vezes tem aparncia de desgraa e isto quase sempre resgate intransfervel e valioso que assoma alfndega do devedor, cobrando-lhe osdbitos livremente assumidos e aceitos. Das mais duras provaes sempre resultam

    benefcios valiosos para o esprito imortal. H que considerar cada um a prpriaposio que mantm na vida terrena para avaliar com acerto os acontecimentos queo visitam.

    Quando somente se experimentam as emoes fsicas e conceituamos os

    valores imediatos, desgraas, em realidade, para tais, so os pequenos caprichos noatendidos, as veleidades vaidosas no respeitadas, as ambies ridculas nosatisfeitas que assumem papel preponderante e se transformam em infelicidadeslegtimas, porquanto, ignorando propositalmente as realidades superiores, essesdescuidados se apegam s menores coisas e aos recursos de nenhuma monta,derrapando para a irritabilidade, as paixes, a loucura, o suicdio: desgraas quelevam o esprito s provncias de amarguras inominveis, a vencerem tempo semlimite em etapas de dor sem nome...

    * * *

    As desgraas que foram convencionadas como: perda de sade, prejuzosfinanceiros, ausncia de pessoas amadas, desemprego, acidentes, abandono por partede queridos afetos, se constituem spero testemunho que chega ao ser em jornadaredentora, se transformam tambm em portal que transposto estoicamente decerra addiva da felicidade permanente e enseja paz sem refrega de luta em atmosfera deharmonia interior.

    Quando o infortnio no resulta de imediato desatino ou leviandade

    bno da Vida vida, facultando vitria prxima.Nesse particular os Espritos Superiores levam em alta considerao ossofrimentos humanos, as desgraas que abatem homens, famlias, povos e,

    pressurosos, em nome da Misericrdia Divina, acorrem a ajudar e socorrer essespadecentes, dando-lhes foras e coragem para permanecerem firmes e confiantes,

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    42 Divaldo Pereira Francobuscando diminuir neles a intensidade da dor, e, noutras circunstncias, tendo emvista os novos mritos que resultam das conquistas individuais ou coletivas,desviando-as, atenuando-as, impedindo mesmo que se realize, pela constrio dosofrimento, a depurao espiritual, o que faculta meios de crescimento pelo amor em

    bnos edificantes capazes de anular o saldo devedor constritivo e perseverante,

    porque se a Justia Divina rigorosa e imutvel, a Divina Misericrdia seconsubstancia no amor, tendo-se em vista que Deus, nosso Pai Excelso, amor.

    *Bem-aventur ados os que chor am, pois que sero consolados.

    (Mateus, 5:4)

    *De duas espcies so as vicissitudes da vida, ou se o pr efer irem, pr omanam deduas fontes bem diferentes, que impor ta distinguir : umas tm sua causa na vidapr esente outr as, for a desta vida.

    (O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Captulo 5 Item 4)

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    ANTE A DOR

    Quando a alma mergulhou na carne referta de vibraes, desejou transmitirtoda a musicalidade que conduzia virgem, e para que o tumulto do ambiente no lhe

    perturbasse a evocao, perdeu, paulatinamente, os registros auditivos para somenteescutar nas telas da mente os acordes sublimes da natureza e de Deus eBeethoven ficou surdo!

    Para expressar a melancolia suave e a pungente saudade de algo que no sepode identificar, Chopin experimentou a amargura do corao perdido entre desejose decepes.

    Destinado a ferir as cordas da emoo e tang-las com habilidade, o espritoretornou ao palco de antigas lutas para defrontar-se com inimigos acirrados e venc-los atravs da auto-doao, enchendo a Terra de musicalidade superior. Inquieto,

    todavia, fraquejando sem cessar, Schumann deixou-se arrastar pela caudal daobsesso, conquanto fizesse incomparvel legado, atravs do Lied e das nobresmelodias para piano.

    * * *

    Oh! Dor bendita, libertadora de escravos, discreta amiga dos orgulhosos,irm dos santos, mensageira da verdade, tanto necessitamos do teu concurso, que senos afiguras um anjo cado, a servio da misericrdia para sustentar-nos na luta

    redentora! Ensina-nos a descobrir a rota da humildade para avanarmos com acerto.

    * * *

    A dor a mensageira da esperana que aps a crucificao do Justo vemensinando como se pode avanar com segurana. Recebamo-la, pacientes, sejamquais forem as circunstncias em que a defrontemos, nesta hora de significativastransformaes para o nosso esprito em labor de sublimao.

    O sofrimento de qualquer natureza, quando aceito com resignao e toda

    aflio atual possui as suas nascentes nos atos pretritos do esprito rebelde propicia renovao interior com amplas possibilidades de progresso, fatorpreponderante de felicidade.

    A dor faculta o desgaste das imperfeies, propiciando o descobrimento dosvaliosos recursos, inexorveis, alis do ser.

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    44 Divaldo Pereira FrancoAps a lapidao fulgura a gema.Burilada a aresta ajusta-se a engrenagem.Trabalhado, o metal converte-se em utilidade.Sublimado pelo sofrimento reparador o esprito liberta-se.

    *De tal modo br ilhe a vossa luz diante dos homens, par a que eles vejam asvossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que est nos Cus.

    (Mateus, 5:16)

    *Da se segue que nas pequenas coisas, como nas gr andes, o homem sempr epunido por aquilo em que pecou. Os sofr imentos que decor r em do pecado so-lhe uma advertncia de que pr ocedeu mal.

    (O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Captulo 5 Item 5)

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    TESTEMUNHO

    Que se dir do mdico que teme o contato com a enfermidade que desfigurao semblante do doente do advogado que receia a convivncia com os malfeitoresdo mestre que abomina ensinar a crianas difceis do juiz que se poupa a examinarcontendas e desdenha enfrent-las do amigo que foge aos ensejos de ser til doservidor que ressona em pleno servio do aprendiz que desrespeita o ensino docristo que, no exerccio da caridade, zelando pelo equilbrio pessoal, se furta aotrabalho eficiente ao lado de infelizes e desajustados?

    Qual o homem que se pode dizer realizado sem se conhecer a si mesmoque se pode considerar vitorioso sem haver sado triunfador da luta ntima queespera o deleite da paz sem haver modificado as disposies blicas do esprito queaspira a amplos horizontes e no capaz de caminhar atravs de pequenas rotas com

    segurana que espera triunfos e no se permite ajudar que aguarda Jesus e aindano sabe descobrir o Cristo nos coraes atribulados que defronta pelo caminho?

    Que se pode pensar de um crente que se debate, amargurado, quandoafligido por naturais problemas que se revolta ante as dificuldades que todosdefrontam na jornada que se afaga nos vasilhames da queixa improdutiva que sedesespera ante as oportunidades do aprendizado e que se deixa vencer pela clera,quando no exerccio do socorro ao prximo?

    * * *

    O Evangelho, como sempre, apresenta no Excelso Mestre a respostatransparente e nobre!

    Instado ao desespero por dificuldades de toda natureza e acoimado porfamanazes do poder temporal, a situaes difceis, perseguido pela inveja edesconsiderado pelos que O no podiam entender, conduzido ao sarcasmo e zombaria, vez alguma se deixou descorooar no ministrio de amor empreendido ouse permitiu isolar-se da comunho com os aflitos. Em toda e qualquer circunstnciaesteve ao lado dos sofridos e desamparados, conquanto reconhecesse que isto lhe

    custaria a vida no temeu, no se evadiu...Mesmo quando injustamente foi arrastado infame punio indbita pelaCrucificao, dignificou as traves de madeira, transformando-as, desde ento, nosmbolo perfeito da redeno e do martrio para quantos tenham os olhos postos naglria da Imortalidade.

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    *As obras que eu fao em nome de meu Pai, do testemunho de mim.

    (Joo, 10:25)

    *No h crer , no entanto, que todo sofrimento suportado neste mundo denote aexistncia de uma deter minada falta. Muitas vezes so simples pr ovas buscadaspelo Esprito, par a concluir a sua depur ao e ativar o seu progresso.

    (O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Captulo 5 Item 9)

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    EXAMINANDO A SERENIDADE

    Em face das dificuldades inadiveis que surgem e ressurgem, senda aforapor onde avanas, reveste-te de serenidade para prosseguir.

    Surpreendido pelas contingncias afligentes que chegam a cada instante aopas do teu corao, envolve-te na serenidade para discernir.

    Diante das informaes malss que te so endereadas com o sal daimpiedade ou a pimenta do despeito, examina a serenidade para acertar.

    Conquanto inquietudes te assaltem produzindo sulcos de dor e agonia natua alma, no te situes a distncia da serenidade, para atingir o xito que te propes,na tarefa do equilbrio.

    Serenidade tambm medida que resulta de uma atitude reflexiva!A serenidade no uma posio esttica que transcorre entre dias parados e

    atitudes indefinidas em volta da tua existncia.O rio singelo, que passa modulando entre seixos e pedregulhos, eriando

    pequeninas ondas e espraiando-as pelas margens, transmite agradvel sensao deserenidade sobre o leito conquistado.

    Serenidade atitude rtmica de ao que no atinge altissonncias nemreflui em pianssimos que logo desaparecem. A serenidade resulta de uma vidametdica, postulada nas aes dinmicas do bem e na austera disciplina da vontade.

    O esprito pacificado pode ser comparado ao solo que foi trabalhadodemoradamente, arrancando escalracho e urze, drenando cursos violentos dguas e

    semeando, em derredor, sebes protetoras para que as plantas do seminrio novopossam desenvolver-se com harmonia em direo do alto.

    * * *

    Diante da turbamulta que rogava, esfomeada, pes e peixes, Jesus,imperturbvel, examinou as possibilidades de que dispunha no momento emultiplicou o repasto...

    Surpreendido em colquio afetivo com os prias encontrados na sua rota se

    manteve tranqilo, sem anuir s acusaes indbitas de que Ele tratava com gente dem vida e sem jactar-se de ser o salvador dos infelizes...Exaltado pelo entusiasmo transitrio dos que Lhe receberam o carinho

    salutar, conservou-se sereno, na direo do bem sem limite de que se fizera oinstrumento excelente do Pai...

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    48 Divaldo Pereira FrancoAclamado pelo delrio popular na entrada de Jerusalm, refletiu, no

    semblante contristado, a dor que o aguardava aps o torvelinho da exaltao damassa em desassossego.

    Inquirido pelos condutores de varapaus, aps o beijo de Judas, se era Ele obuscado, no titubeou em assentir, afirmando: Eu o sou.

    Experimentando as mais cruas acusaes sem uma palavra de defesa, namais dura soledade, sem uma s exigncia, Jesus deu o testemunho mais pesadoatravs da agonia pelo amor, e, sem qualquer constrangimento, se manteve emserenidade admirvel, para ensinar que a dinmica da vitria sobre si mesmo resultante do auto-descobrimento e da aplicao das prprias foras no exerccio do

    perdo incondicional a situaes, pessoas e coisas da rota evolutiva.

    * * *

    Em qualquer situao em que te vejas colocado impostergvelmente,considera a serenidade dinmica que produz equilbrio e que resulta da ponderaodemorada, para agires com acerto e atingires o pice da tua integrao no apostoladodo amor verdadeiro.

    *Vai-te em paz.

    (Lucas, 7:50)

    *Aquele, pois, que muito sofre deve reconhecer que muito tinha a expiare deve regozijar -se idia da sua pr xima cur a. Dele depende, pela r esignao,tornar pr oveitoso o seu sofr imento e no lhe estr agar o frut o com as suasimpacincias, visto que, do contrrio, ter de recomear.

    (O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO,Captulo 5 Item 10)

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    RETORNO

    Retornars!Por mais longos sejam os teus dias na Terra, durante a abenoada jornada

    corprea, dia luze em que retornars Ptria espiritual que o teu bero de origem ea sagrada morada onde permanecers nas empresas do porvir...

    Medita!Absorvida pela atmosfera, a linfa cantante flutua na nuvem ligeira para

    retornar ao seio gentil da terra que a conduzir logo mais aos imensos lenis dguado subsolo, que afloram em correnteza cantante, mais alm.

    A semente exuberante enclausurada no fruto que baloua nos dedos darvore retorna ao mago do solo generoso donde prevejo.

    Tambm o homem.

    Afastado do crculo donde procede em excurso de lazer ou refazimento, detrabalho ou produtividade, de estudo ou repouso sente o chamado longnquo dosamores da retaguarda, retornando logo para o labor em que as emoes se renovam eas esperanas se realizam.

    Muitos cantam a Ptria com o seu magnetismo e as suas tradies,explicando as evocaes e os impulsos hericos dos homens, seus sonhos de glria esuas lutas de sacrifcio. Assim, tambm, a Ptria do Esprito sempre presente nos

    painis mentais como paisagens etreas, porm vivas, longnquas, no entantolatejantes, murmurejando salmodias, que se transmudam, s vezes, em melancolias

    longas e tormentosas ou excitantes expectativas que exaltam o ser a providnciassublimantes...Considera a lio necessria do retorno.Como organizas equipagem, mimos e lembranas, arquivas roteiros e

    assinalas fatos para futuras narraes e imediatos aprestos, prepara a bagagem comapuro e justeza, demorando-te em viglia para quando chegue o esperado momentoda volta.

    Retornars, sim! Vive, pois, de tal modo, na laboriosa escola do corpodisciplinado e em equilbrio, que facultem uma valiosa colheita de bnos a se

    transformarem em luzeiro clarificante para o caminho espiritual por onde retornars.

    *

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    Ns sabemos que j passamos da morte para a vida.(1 Epstola de Joo, 3:14)

    *Ao entr ar no mundo dos Espritos, o homem ainda est como o operrio quecompar ece no dia do pagamento. A uns dir o Senhor: Aqui tens a paga dosteus dias de trabalho a outros, aos venturosos da Terra, aos que hajam vividona ociosidade, que tiverem feito consistir a sua felicidade nas satisfaes doamor pr prio e nos gozos mundanos: Nada vos toca, pois que r ecebestes naTerra o vosso salrio. Ide e recomeai a tarefa.

    (O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Captulo 5 Item 12, pargrafo 5)

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    MEDO

    Esmagadora maioria das criaturas padece a rigorosa constrio do medo.Adversrio dos mais cruis, o medo responsvel por tragdias

    inominveis que varrem a Terra em todas as direes, gerando clima nefando deatrocidades de classificao muito complexa.

    Sob o comando do medo, homens e mulheres se atiram a dissipaesvenenosas, entregando-se a paulatino aniquilamento, do qual dificilmente selibertam.

    Jovens em todos os hemisfrios do planeta sofrem na atualidade osmiasmas do medo, que os intoxicam, enlouquecendo-os de surpresa.

    No obstante as superiores conquistas do pensamento, as largas expressesda comunicao os debates francos e livres, as liberdades dos costumes, as

    realizaes tecnolgicas preciosas para o contexto humano, nos dias modernos,falecem os ideais do enobrecimento e as linhas da sbria razo, graas s tenazes domedo dominante em todos os campos da ao.

    A fuga espetacular dos deveres e os desregramentos sexuais so portasfalsas pelas quais enveredam as hodiernas comunidades subitamente transformadasem manicmios de largas propores, permitindo-se os jovens, em razo disso,encontros peridicos e macios para se sentirem uns aos outros e, ao impacto damsica selvagem como dos entorpecentes, esquecer, sonhar, embalar aspiraes paraeles irrealizveis na sociedade chamada de consumo...

    O medo de enfrentar problemas e solv-los, como conseqncia do falsopaternalismo do passado, empurra as mentes novas a formas diversas de expresso,muitas delas inspiradas por outras mentes desencarnadas que intercambiam

    psiquicamente em clima obsidente de longo curso entre as duas esferas: aqum ealm da morte.

    Alimentado ou esmagado nos painis da alma, raramente vencido noscombates face a face de cada dia, o medo se alonga e prossegue, mesmo quando oesprito desencarna, permanecendo atado s reminiscncias infelizes, anestesiado

    pela hipnose do pavor.

    Dizimando em largas faixas da experincia humana, o medo no temrecebido o necessrio investimento do estudo psicolgico na Terra, quanto s suasrazes, que se encontram cravadas nos recessos ntimos do esprito, bem como notem merecido a justa apreciao para combat-lo com os hbeis recursos,especficos, capazes de o vencer e destruir.

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    52 Divaldo Pereira Franco* * *

    O criminoso inqualificvel que mata com requintes de sadismo e o suicidamelanclico que investe, cobarde, contra a prpria vida, sofrem a psicose do medo.

    O grupo anarquista que consuma agresses revoltantes em nefastas

    maquinaes da crueldade e o pai de famlia insensvel no lar, ocultam-se nosrebordos do medo, buscando ignorar a enfermidade que os desequilibra.Na quase totalidade dos crimes que explodem, opressivos, encontram-se os

    rastros do medo sempre presente.As constries morais pungentes, econmicas apavorantes, sociais caticas,

    educacionais de soluo difcil, das enfermidades de carter irreversvel, se fazemfatres preponderantes para que grasse o medo, soberano. Em tal particular,desempenharam relevante papel as normas religiosas do passado que ensinavam otemor em detrimento do amor a Deus, os preconceitos exacerbados ante os quais

    a gravidade do erro era ser este conhecido e no apenas praticado, desde que sedemorasse ignorado, contriburam expressivamente para a atmosfera que hoje seespalha clere e morbfica.

    Contudo, as informaes espritas responsveis pela natural realidade doalm-tmulo, desvelando os falsos mistrios e elucidando os enigmas ontolgicos,so portadoras do antdoto ao medo, mediante a confiana que ministra aos que seabeberam da sua gua lustral, penetrando de paz quantos se comprazam em meditare agir com segurana nas diretrizes de fcil aplicao.

    O labor fraternal, o culto domstico do Evangelho, o pensamento deotimismo freqente e o recolhimento da orao, a par do uso da gua magnetizada edo passe, produzem expressiva teraputica valiosa e de imediatos resultados para aaquisio da sade e da renovao, combatendo o medo.

    * * *

    Retornando da sepultura vazia, disse Jesus aos discpulos amedrontados:Sou eu, no temais.

    Todo o Evangelho lio viva de sadia tranqilidade e elevado otimismo.Ora reeditado atravs do Espiritismo, o mais eficaz processo psicolgico

    atuante, capaz de edificar nos coraes e nos espritos conturbados do presente aconsubstanciao das promessas de Jesus:

    Eu vos dou a minha paz.Eu ficarei convosco por todo o sempre.Vinde a mim os cansados e oprimidos.Tende bom nimo: eu venci o mundo!Reflitamos, e, sem receio, avancemos construindo com o amor a fim de que

    o amor nos responda sementeira de esperana, com a florao da paz e da alegria abenefcio de todos.

    *

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    No temais: ide avisar a meus irmos que se dirijam Galiliae l me ho de ver.(Mateus, 28:10)

    *A calma e a r esignao haur idas da maneir a de considerar a vida terr estre eda confiana no futur o do ao espr ito uma serenidade, que o melhorpreservativo contra a loucura e o suicdio

    (O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Captulo 5 Item 14)

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    INCOMPREENSO EFIDELIDADE

    A considerao que desfrutavas, sbitamente desapareceu e passaste aengrossar as fileiras dos que padecem difamaes, entre doestos sibilinos eacusaes impiedosas.

    As palavras bordadas de melodias que cantavam aos teus ouvidos, agorachegam agressivas, arrasadoras, como trovoada que prenuncia tempestade imediata.

    Os sorrisos murcharam em muitos lbios, hoje contrados em rctus deamargura, quando no de clera prestes a explodir em fria destrutiva.

    As afeies que insinuavam segurana e as amizades que produziam rudo,sem que possas explicar, se converteram em sombrias ameaas como tiranos soezes,que no ocultam os sentimentos acalentados interiormente.

    As mos da fraternidade sempre distendidas a fim de envolver-te,recolheram-se e cederam lugar a tenazes que poderiam dilacerar-te com inusitadacrueza.

    A alfndega da cordialidade que trazia as portas abertas para os tesouros datua alegria, jaz cerrada, e fiscais impenitentes conferem as suas bagagens,comprazendo-se em afligir-te demasiadamente, atravs de referncias odientas quoinconcebveis.

    Estranha amargura domina as ambies e os sonhos do teu esprito,

    enquanto sombras densas comandam os teus painis mentais.No estranhes o cometimento necessrio de dor e o suplemento de agonia

    que te chegam. Constituem indispensvel processo de burilamento que no podespostergar.

    Facilidade sinnimo de amolentamento do carter.Cicatriz nus que a ferida exige ao organismo para liber-lo.Teste, avaliao de fora e capacidade so medidas aplicveis para

    verificao de aprendizagem.

    * * *

    Em nenhum momento Jesus prometeu a Terra dos homens aos seguidoresda Boa Nova.

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    55 FLORAES EVANGLICAS (pelo Esprito Joanna de ngelis)Todas as suas doaes se referem ao Reino dos Cus, que ora est sendo

    levantado entre as criaturas, tendo em vista que as suas fundaes s a pouco epouco penetram na rocha dura das almas.

    Disse Ele que o caminho apertado e a porta estreita, reservandoqueles que lhe fossem fiis o mesmo clice que sorveu.

    No , portanto, estranhvel, desde que O sigas em regime de fidelidade,que te sintas deslocado, expulso da roda da comodidade pelos salteadores da pazalheia, cultivadores da insensatez, usurpadores dos bens de todos.

    Renteando com eles, enquanto no te conheciam e criam na possibilidadede subornar-te a alma sensvel, para envileceres a mensagem de que te fazes

    portador, por coerncia, mensageiro do Senhor, utilizavam-se de oferenda mentirosadas aparncias para conquistar-te.

    Constatando, porm, que o Evangelho luz, e o Senhor Rei, ante aimpossibilidade de os destrurem, planejam destroar-te, silenciando-te o verbo,

    ferindo-te at as entranhas, calcinando tuas horas ou amordaando-te.Pigmeus no enfrentam gigantes. Traem-nos ou aliciam outras foras paraengendrarem o combate, no qual seriam esmagados, no fossem utilizadas a astciae a intriga, que pensam dominar as cidadelas da fora nobre por dentro, Invencveis,todavia, na sua nobre estrutura.

    Liga-te, mais, portanto, ao Senhor.Passaram os enganosos favores que supunhas receber. Tambm passaro as

    dbeis perseguies que ora experimentas Iando o Esprito ao Amigo Divino, dar-te- Ele desconhecida coragem e ignorada resistncia, revestindo-te de dlcida

    alegria, enquanto perseveres no cumprimento do dever reto, no qual avanas nadireo das estrelas.Se sentires, nessa luta, o cerco de outras foras conjugadas quelas que

    pertencem aos teus antigos amigos, hoje transformados em irmos atormentados,recorda dos Espritos Infelizes, que se rebolcam alm do tmulo em desespero erebeldia, comprazendo-se em os afligir e os azucrinar como fuga para a prpriadesdita , envolvendo-os na luz da orao, de modo a ajud-los, conquanto no tecompreendam o gesto fraternal nem creiam na honestidade dele, entregando-ostodos ao Excelso Benfeitor em regime de totalidade, a fim de permaneceres em paz.

    *Bem-aventur ados sois, quand o vos injur iar em, vos per seguirem e, mentindo,disserem todo o mal contra vs, por minha causa.

    (Mateus, 5:11)*

    Quando vos advenha uma causa de sofrimento ou de contr ar iedade, sobr eponde-vos a ela, e, quando houverdes conseguido dominar os mpetos daimpacincia, da clera, ou do desespero, dizei, de vs para convosco, cheio dejusta satisfao: Fui o mais forte.(O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Captulo 5 Item 18 pargrafo 2)

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    ACUSAES E ACUSADORES

    Quando o estudante da Boa Nova se adentrou pela senda luminosa doesclarecimento renovador, sentiu-se dominado por ignota emoo, permitindo-se

    arrastar por aspiraes superiores, planejando programas abenoados a favor daprpria paz e em volta dos passos que pretendia imprimir pela rota.

    Tudo sorriam flores, ofertando largas ddivas de alegrias: amigos gentis,esclarecedores, de segura aparncia interior, como se se encontrassem realmenteforjados nos altos fornos do sofrimento e da abnegao tarefas mltiplas favorveis,em clima de fraternidade convidativa oportunidades felizes de exercitar as liesvivas do Mestre no convvio comunitrio...

    Entusiasmo singular dominou-o com as mais agradveis impresses que seconvertiam em convites doao total.

    Legitimamente concitado construo dos postulados formosos no dia adia das lutas, envidou esforos e entregou-se ao labor.A princpio, incipiente, era dirigido pelos companheiros mais

    experimentados, desconhecendo a escolha de servios e a todos se entregando comalto esprito de abnegao.

    Passou a despertar interesse e granjeou simpatias, inspirando respeito Aociosidade que estava espreita, vigilante, bradou por uma boca mals: Tudo nocomeo fcil. Vejamos daqui a alguns anos.

    No obstante a decepo sofrida, o candidato ao bem afervorou-se mais e

    insistiu na realizao dos servios nobres.A maledicncia que lhe seguia os passos, almejando ensejo, no aguardoumais tempo e blasonou:

    Parece o dono da Casa, e apenas chegou ontem. Presunoso e fingido, daro golpe, quando menos se espere.

    O estudante da lio evanglica anotou o apontamento soez e, emborasofrendo, superou os prprios melindres, laborando Infatigvel.

    A inveja que lhe no perdoava a ao elevada, surpreendeu-o atravs doscompanheiros de trabalho e destilou veneno: Interesseiro e falso que . Ser que

    pretende tomar todo o trabalho nas suas mos? No pergunta nada a ningum e cr-se auto-suficiente. Merece desprezo e expulso antes que seja tarde demais.

    O servidor da gleba, corao ralado, asfixiou as lgrimas e, orando pelosofensores, prosseguiu confiante.

  • 7/29/2019 FLORAES EVANGLICAS (Joanna de ngelis)

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    57 FLORAES EVANGLICAS (pelo Esprito Joanna de ngelis)A viciao segura das vitrias incessantes a que se acostumara nas

    continuas investidas fraqueza humana, fez cerrado sitio e requisitou a seu servio asensualidade, que aps os primeiros cometimentos foi rechaada.

    Ferida no brio, convocou a vaidade que envolveu o lidador no incenso dapalavra v, esparzindo os fludos do egosmo em forma de ardilosas insinuaes que

    redundaram Inoperantes. O subrno pelo dinheiro foi, ento, estimulado, e como noconseguisse desligar da rbita dos deveres o discpulo afervorado, este, com osrecursos de que dispunha, passou a engendrar dificuldades, multiplicando bices emalquerenas onde medrava o despeito e campeava a disputa das cogitaesinferiores.

    Embrulhado, todavia, nas vibraes da prece, o seareiro da luz insistiu noservio edificante, apesar da dor que o trespassava interiormente.

    Nesse nterim, porm, a calnia resolveu comparecer ao campo das aesvariadas, e, afrontosa, se imps o compromisso de cravar as garras nas carnes da

    alma do operrio incansvel, O cido da acusao indbita, produzindo a impiedade,desvelou os inimigos que jaziam ocultos e o fel do descrdito cobriu-lhe as pegadaso enfado antecipou-lhe o avano e malquerena, abraada ignorncia, armouspera e alta muralha todavia, cansado e humilhado, o servo do Cristo se negousalt-la, deixando-se abater, ento, pelos ardis da calnia habilmente manejada pelasmos da mentira que, confundindo os frvolos e os vos, estabeleceu primado,transformando o antes verde campo de esperana em caos de dor e reduto deanimalidade...

    * * *Entrega-te a Deus, Nosso Pai, e deixa-te conduzir por Ele docilmente,

    confiantemente, at o momento da tua libertao...Eles, tambm, os teus acusadores experimentaro em breve o trnsito para a

    prpria libertao. Perdoa-os, e insiste no bem, haja o que haja, certo de que Jesus, aQuem amas, continuar com eles, mas contigo tambm.

    *No te envolvas na questo deste J usto.

    (Mateus, 27:19)

    *O Senhor aps o seu selo em todos os que nele crem. O Cr isto vos disse quecom a f se transpor tam montanhas e eu vos digo que aquele que sofr e, e tem a

    f por ampar o, ficar sob a sua gide e no mais sofrer.Santo Agostinho(O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Captulo 5 Item 19 pargrafo 4)

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    MGOA

    Sndrome alarmante, de desequilbrio, a presena da mgoa faculta afixao de graves enfermidades fsicas e psquicas no organismo de quem a

    agasalha.A mgoa pode ser comparada ferrugem perniciosa que destri o metal em

    que se origina.Normalmente se instala nos redutos do amor prprio ferido e

    paulatinamente se desdobra em seguro processo enfermio, que termina por vitimaro hospedeiro.

    De fcil combate, no incio, pode ser expulsa mediante a orao singela enobre, possuindo, todavia, o recurso de, em habitando os tecidos delicados dosentimento, desdobrar-se em modalidades vrias, para sorrateiramente apossar-se de

    todos os departamentos da emotividade, engendrando cnceres morais irreversveis.Ao seu lado, instala-se, quase sempre, a averso, que estimula o dio, etapa grave doprocesso destrutivo.

    A magoa, no obstante desgovernar aquele que a vitaliza, emite verdadeirosdardos morbficos que atingem outras vtimas incautas, aquelas que se fizeram ascausadoras conscientes ou no do seu nascimento... Borra srdida, entorpece oscanais por onde transita a esperana, impedindo-lhe o ministrio consolador.

    Hbil, disfara-se, utilizando-se de argumentos bem urdidos para negar-seao perdo ou fugir ao dever do esquecimento.

    Muitas distonias orgnicas so o resultado do veneno da mgoa, que,gerando altas cargas txicas sobre a maquinaria mental, produz desequilbrio nomecanismo psquico com lamentveis conseqncias nos aparelhos circulatrio,digestivo, nervoso...

    O homem , sem dvida, o que vitaliza pelo pensamento. Suas idias, suasaspiraes constituem o campo vibratrio no qual transita e em cujas fontes se nutre.

    Estiolando os ideais e espalhando infundadas suspeitas, a mgoa consegueisolar o ressentido, impossibilitando a cooperao dos socorros externos,

    procedentes de outras pessoas.

    * * *

    Caa