FM237-BR-2016-06

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N O 237 | Ano 20 | junho 2016 Dicas para não errar ao clicar estrelas Fotografia de casamento Dez passos para ter um áudio com qualidade profissional INCLUI Conheça os novos recursos das objetivas recém-lançadas lentes 55 grandes dúvidas respondidas por um especialista 10 vencer a crise O que os fotógrafos estão fazendo para As grandes imagens do concurso Sony Awards 2016 Macetes para obter boas fotos de esportes olímpicos O Oriente pelo artístico olhar da carioca Anna Khan

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leitura obrigatoria

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NO 237 | Ano 20 | junho 2016

Dicas para não errar aoclicar estrelas

Fotografia decasamento

Dez passos para ter um áudio com qualidade profissional

IncluI

conheça os novos recursos das objetivas recém-lançadas

lentes55

grandes dúvidasrespondidas por um especialista10

vencer a criseO que os fotógrafos estão fazendo para

As grandes imagens do concurso Sony Awards 2016

Macetes para obter boas fotos de esportes olímpicos

O Oriente pelo artístico olhar da carioca Anna Khan

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As respostas dadas por um especialista

Junho 2016 • 3

FFotos de capa:Livia Capeli,

Príamo Melo edivulgação

Revele-seFotos dos leitores em destaque 14

Ano 20 • Edição 237•Junho de 2016

CorreioDúvidas e comentários dos leitores 6

Grande AngularNotícias e novidades 8

CONTEÚDO

CONCURSO SONY 2016

Raio XAs fotos dos leitores comentadas 106

Lição de casaMacetes para clicar esportes olímpicos 112

Fique por dentroExposições, concursos e cursos 118

55 novas LentesConfira uma safra atualizada de objetivas

Saídas para a criseO que os fotógrafos estão fazendo 22

Um olhar sobre o OrienteFotos de Anna Kahn rendem livro premiado 58

Veja as grandes imagens premiadas

EstrelasDicas técnicas parafotografar os astrosno céu à noite

Asgh

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Pría

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Viní

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ção

64

32

Casamento: 10 dúvidas 48

FilmMaker: captação de áudioDez passos para ter um bom som 96

Feira Fotografar Como foi o evento do setor fotográfico 92

Como nasce um fotolivroConheça as várias etapas de produção 8674

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• Fotografe Melhor no 2374

Editor e Diretor Responsável: Aydano RorizDiretor Executivo: Luiz SiqueiraDiretor Editorial e Jornalista Responsável:Roberto Araújo – MTb.10.766 – [email protected]

REDAÇÃODiretor de Redação: Sérgio Branco ([email protected])

Editora-assistente: Karina Sérgio GomesRepórter: Livia Capeli Editora de arte: Izabel DonaireRevisão de texto: Denise Camargo Colaborador especial: Diego MeneghettiColaboraram nesta edição: Gabrielle Winandy, Guilherme Mota, Laurent Guerinaud e Príamo Melo

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Sérgio Branco Diretor de Redaçã[email protected]

Brasil vem experimentando uma crise econômica intensa, re-sultado de vários fatores que convergem para o mesmo ponto:a incompetência para gerir um País tão rico e tão pobre, comum pé no futuro e outro no passado e que tropeça no presente.

A essa incapacidade gestora somam-se falta de compromisso como controle das finanças públicas, um asqueroso clientelismo políti-co-partidário e um populismo barato, longe de criar raízes profundaspara estruturar a educação (prioridade) e a saúde (necessidade) deforma a diminuir a largura do fosso que separa os privilegiados dosmarginalizados em uma sociedade injusta.

Nesse contexto, o mercado de fotografia também vive seu piormomento, com quedas de vendas de equipamentos e serviçoscomo nunca antes observadas. Existem saídas para a crise? Semprehá, ou não seríamos brasileiros, calejados por décadas de des-mandos econômicos, inflações absurdas e guiados por governantes(em todos os níveis) que, na maioria das vezes, governam para simesmos e para seus apaniguados, enchendo os bolsos “em tene-brosas transações”, como já cantou Chico Buarque de Hollanda.

Nesta edição, ouvimos oito fotógrafos de diferentes segmentos– com destaque para Alex Mantesso, que também é consultor denegócios em fotografia – para saber como eles estão se virando (essaé a palavra) em um mercado que começou a experimentar uma reduçãode atividade a partir do segundo semestre de 2012 e, de lá para cá,vem ladeira abaixo. Vale a pena conferir o que eles têm a dizer.

Só para registrar: na edição 235, fiz questão de destacar nesteespaço o grande feito do fotojornalista Maurício Lima, que havia vencido

uma das categorias do World Press Photo de2016. Não é que o cara acaba de se tornar oprimeiro brasileiro a ganhar o Prêmio Pulitzer,um dos mais respeitados do mundo? A dis-tinção é resultado das fotos que Lima fez parao The New York Times docu mentando a sagados refugiados que tentam entrar na Europa.Em um momento de pouca valorização do fo-tojornalismo local, ele é um incentivo e umareferência para jovens fotógrafos.

Juan

Est

eves

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• Fotografe Melhor no 2376

CORREIOdúvidas e comentários dos leitores

Outro MarigoFiquei feliz em saber que o saudoso Luiz

Claudio Marigo, que me ensinou muito sobrefotografia de natureza (e geral também) pe-las páginas de Fotografe, deixou um herdeirotalentoso para escrever e fotografar. Umverdadeiro filho de peixe. Só queria saber,por pura curiosidade, se o Vitor Marigo tam-bém faz fotos de natureza ou se seu trabalhoé totalmente focado em esportes radicaise de aventura.

Miguel Lemos, via e-mail

Vitor Marigo acompanhou o pai em váriasexpedições de fotografia de natureza e tam-bém tem trabalhos na área, embora suadedicação maior seja voltada para esportesligados à natureza, como foi mostrado naedição 236.

Marcos HermesQuero parabenizar o fotógrafo Marcos

Hermes pelos seus 25 anos de carreira eagradecer por dividir seu conhecimento com

Como uma pessoa recém-incorpo-rada ao apaixonante mundo da foto-grafia, adorei a reportagem “11 aces-sórios que fazem a diferença”, pois per-cebi que nem tripé tenho ainda e umadas minhas metas é fazer fotografia denatureza. Também desconhecia a fun-ção dos filtros polarizador e de densi-

dade neutra (ND), que também terei deadquirir para os meus propósitos declicar paisagens. Além de muito útil, amatéria foi esclarecedora para as pe-soas que estão chegando agora na fo-tografia, como eu.

Cíntia Gomes, Brasília (DF)

Acessórios

Vitor Marigo em ação: esportes de aventura é a sua especialidade

Arqu

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outros fotógrafos. Fotografia de showsmusicais é um dos meus hobbies,mas como não sou profissional daárea tenho dificuldade de conseguirboas imagens quando há apresenta-ções em minha cidade, apesar de con-seguir ter acesso para fotografar. Sintoa falta de uma boa teleobjetiva e estoueconomizando para, finalmente, teruma 300 mm f/2.8.

RReynaldo Pereira, via e-mail

Tema bom, fotos nem tantoAchei bem interessante o traba-

lho do profissional Rodrigo Faria emescolas classe A de Brasília (DF). Aideia é muito boa, mas não vi tantaqualidade assim na produção dele.Sinceramente, esperava mais, já queo tema criança é muito rico e dá mar-gem a imagens bem mais lúdicas einteressantes do que as mostradasna edição 236. Valeu pela sugestãode um novo mercado que ainda é pou-co explorado.

Jorge Oliveira, Rio de Janeiro (RJ)

Junho 2016 • 7

Mick Jagger durante uma das apresentações dos Rolling Stones no Brasil

Entre os dias 18 de abril e 7de maio de 2016 foi realizado

Desafio Fotografe com o tema"Silhueta em contraluz". A fotovencedora foi a de Charles daSilva, de Guapimirim (RJ), naqual teve 126 curtidas e 111compartilhamentos, totalizando236 interações. Charles relataque fez a foto na Praça Mauá,centro do Rio de Janeiro (RJ).Na ocasião, ele portava umaCanon EOS T5 com a objetiva18-55 mm. A exposição da fotoapontou f/9, 1/640s e ISO 200.

Charles trabalha como fo-tógrafo há pouco mais de umano. Ele estava passeando nasimediações do Museu doAmanhã, próximo à Praça Mauá,quando avistou uma dupla de amigos turistasque estavam se fotografando. Imediatamente,pegou a câmera, ajustou o modo AV (priori-dade de abertura) e aproveitou a pose da mo-ça. Depois ele se aproximou, se apresentoue ofereceu a foto aos dois turistas. Ele dizque, como estava perto do entardecer, usou

o modo semiautomático para pré-configurarrapidamente a abertura e tirar partido dacontraluz, tentando equilibrar a exposiçãocom um obturador que a câmera selecio-naria. Na composição, escondeu a luz fortedo sol justamente atrás da moça e evitouproblemas na fotometria.

Desafio Fotografe

Turista ao pôrdo sol rendeu

uma belaimagem feita

por Charlesda Silva

Cha

rles

da

Silv

a

Marcos Hermes

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• Fotografe Melhor no 2378

GRANDE ANGULARnotícias e novidades

O fotógrafo Maurício Lima é o primeirobrasileiro a ganhar um Prêmio Pulitzer,um dos mais destacados do mundo,

com fotos feitas para o jornal The New York Ti-mes ao lado do russo Sergey Ponomarev, doamericano Tyler Hicks e do alemão Daniel Etter.O trabalho deles venceu na categoria Repor-tagem Fotográfica em 2016 e trata da crise dosrefugiados, mostrando os perigos e desafiosenfrentados por eles na fuga para a Europa. Oprêmio na categoria também foi compartilhadocom a Agência Thomson Reuters por reporta-gem sobre mesmo tema.

Lima é hoje um fotojornalista independente.Ele começou a carreira em 1999 como fotógrafo

estagiário do jornalLance!e passou pela agênciaFrance Press. Em 2015 chegou a ser finalistado Pulitzer também de Reportagem Fotográficacom uma série sobre a guerra na Ucrânia. Foipremiado com o POYI (Picture of the Year Inter-national) diversas vezes e, em 2015, foi o Fotó-grafo do Ano na POYLatin America. Também re-cebeu o prêmio China International Press Photoem 2014 e 2015. Recentemente, ganhou o WorldPress Photo na categoria Notícias Gerais e ficouem segundo em Vida Cotidiana. Segundo a revistaTime, é hoje um dos dez melhores do mundo.

Antes, o brasileiro que havia chegado maisperto do Pulitzer foi Sebastião Salgado, finalistaem 1985, com fotos da fome na Etiópia.

Brasileiro Maurício Lima recebe oM

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O drama dos refugiados, sírios principalmente, tentando entrar na Europa pelas fronteiras no Leste Europeufoi acompanhado por Maurício Lima e outros três fotógrafos especialmente para o jornal The New York Times

Prêmio Pulitzer 2016

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Manifestações no Rio de Janeiro foram parte do foco do ensaio vencedor apresentado pelo fotógrafo Luiz Baltar

Baltar compôsum ensaio com

imagens de cortepanorâmico; ele

tem o foco de seutrabalho voltado

para as causassociais e para os

direitos humanos

Oensaio “Contrafluxos”, de Luiz Baltar,foi o grande vencedor da 14a edição do

Prêmio Fundação Conrado Wessel de Artena categoria Fotografia, que teve como tema“Brasil:Terra em transe”. O primeiro lugarrendeu a ele um prêmio de R$ 114 mil, omaior do Brasil em fotografia.

Tiago Pereira Coelho, com o ensaio “Bal-neário Alegria”, e Inês Pereira Coelho Bonduki,com “Linha Vermelha”, ficaram em segundoe terceiro lugares, respectivamente. Ambosreceberam o prêmio de R$ 43 mil cada.

Os três premiadose mais 12 finalistas

farão parte de um livro comemorativo doPrêmio FCW. Segundo a organização, foram980 ensaios de inscritos, vindos de todosos estados brasileiros.

Baltar é fotógrafo documentarista for-mado pela Escola de Belas Artes da UFRJ epela Escola de Fotógrafos Populares. Come-çou a fotografar o cotidiano em 2009, e temcomo foco os direitos humanos e as causassociais. É fotógrafo do Programa Imagens doPovo, agência fotográfica e centro de docu-mentação e pesquisa que fica no conjunto defavelas da Maré, no Rio de Janeiro (RJ).

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Prêmio conrado wessel de fotografiaLUIZ BALTAR É O VENCEDOR DO

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Em sua primeira edição,o prêmio Zeiss Photo-

graphy Award, organizadopela World Photography Or-ganization (WPO) e aberto afotógrafos profissionais eama dores, teve como ven-cedora uma estudante defotojornalismo e fotografiadocumental, a alemã Tami-na-Florentine Zuch, de 25anos. O tema foi “LugaresSignificativos”, e teve cercade 3 mil inscrições.

As imagens enviadas porZuch, feitas em 2015, quandoela viajou de trem duranteseis meses pela Índia, re-tratam detalhes da culturae do cotidiano dos indianosno transporte ferroviário:cabines que separam mulheres e homens, crian-ças dormindo em redes, homens que arriscamas próprias vidas “surfando” entre vagões, a su-perlotação, as paisagens exóticas, entre outros.

Zuch foi premiada com 15 mil euros em len-tes Zeiss a escolher e terá oportunidade de par-cerias futuras com a marca. Suas fotos ficaram

expostas na Sony World Photography AwardsExhibition, em Londres, junto com o trabalhode outros sete finalistas: Melanie Hübner (Ale-manha), Francisco Salgueiro (Portugal), PatriciaAckerman (Argentina), Helen Mountaniol (Ucrâ-nia), Jorge Lopez Munoz (Espanha), Erez Beatus(Austrália) e Lasse Lecklin (Finlândia).

• Fotografe Melhor no 23710

GRANDE ANGULAR

PRÊMIO MUNDIE FOTOGRAFIAVAI DISTRIBUIR R$ 55 MIL

Tamina-Florentine Zuch

Uma das fotosda série que a

alemã Zuch fezao viajar por

seis meses detrem pela Índia

O escritório de advocacia Mun-die e Advogados lançou um

concurso de fotografia com o tema“A afirmação do Direito às Artes eà Cultura”, em referência ao artigoXXVII,1, da Declaração Universaldos Direitos Humanos. Podem con-correr fotógrafos profissionais eamadores, brasileiros ou estran-geiros residentes no Brasil, paraas categorias Ensaio/Série e Fo-tografia Única.

Serão premiados cinco traba-lhos: dois da categoria Ensaio/Sé-rie, que receberão R$ 20 mil cada;e três da categoria Fotografia Úni-ca, que terão direito a R$ 5 mil cada.O valor dos prêmios se refere à

compra das obras para o acervodo escritório e elas serão exibidasem duas exposições no segundosemestre de 2016.

As inscrições podem ser feitaspelo site www.mundie.com.br atéo dia 25 de junho de 2016, e as fotosdevem ser impressas e enviadaspara um endereço informado nainscrição. Os resultados serão di-vulgados por meio do site na se-gunda quinzena de julho.

Serão jurados Eder Chiodetto,professor, curador e pesquisadorde fotografia; Eduardo Muylaert,fotógrafo, escritor e advogado; eElinor Cotait, fotógrafa e advogada,sócia do Mundie e Advogados.

Concurso

A Bicycle Utopia – projeto público eparticipativo de arte sediado em

Nova York – promove um concurso defotos relacionadas à experiência depedalar na cidade, à segurança dabicicleta, às ruas amigáveis ao ciclismo,ao transporte sustentável e/ou àmobilidade urbana. Três imagens serãoselecionadas por um painel de juradosdas comunidades artística e de ciclismode Nova York e os autores receberãoUS$ 500, US$ 250 e US$ 100. Todos osinscritos no concurso concorrerão aprêmios e terão as fotos publicadas nosite bicycleutopia.com. As inscriçõesvão até o dia 15 de junho pelo sitewww.cicloutopia.com e são pagas. Oresultado sai no dia 30 de junho de 2016.

Am I Invisible?

Estudante leva PrêmioZeiss Photography Award

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GRANDE ANGULAR

ERROS DE PHOTOSHOP EM FOTOSDE MCCURRY CAUSAM POLÊMICA

é aposta para books

Stev

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Pad

ilha

O renomado americano SteveMcCurry, da National Geographic,está envolvido em uma polêmicasobre o uso de Photoshop. Quandoo também fotógrafo Paolo Viglio-ne comentou em seu blog no dia23 de abril de 2016 que havia vistoum erro na pós-produção de umafoto de McCurry exposta na Itália,os internautas começaram a pro-curar e encontraram outras fotosno site do fotógrafo que tambémcontinham erros e grandes mo-dificações drásticas – como a re-moção de pessoas e elementos.

Em declaração para o site Pe-taPixel, Steve McCurry disse que

se envolve ao máximo no processode edição e impressão de suas fo-tos, mas que, em alguns casos, oprocesso é feito sem sua supervi-são, como ocorreu com a foto iden-tificada por Viglione. Em entrevistaao site italiano R.it, McCurry alegouque não teria autorizado a mudançacaso a tivesse visto a tempo, e queo técnico de pós-produção que fezas modificações não tra-balha mais com ele.Apesar disso, seresponsabilizoupelo erro e pe-diu desculpasaos fãs.

tem duas caudas para adultos e uma paracrianças. Mas também conta com tiarasde flores e tops de crochê para compôr ospersonagens, além de cachoeiras comocenário. Ele cobra R$ 650 pelo ensaio in-divual e R$ 1 mil se for em dupla.

Books commulheres

vestindo caudade sereia estávirando moda

CURTAAos 80 anos, morre MalickSidibé, um mestre africano

O fotógrafo Malick Sidibé, do Mali,morreu no dia 14 de abril de 2016

aos 80 anos. Ele ficou conhecido pelosretratos feitos nos anos de 1960, quandoseu país havia acabado de se tornar in-dependente da França. Eram imagensem P&B que mostravam um povo que-rendo reconstruir e mostrar sua iden-tidade, com elementos que misturavama cultura africana com a ocidental. Em2003, venceu o Prêmio Hasselblad e,em 2007, foi o primeiro africano a ganharo Leão de Ouro na Bienal de Veneza. Em2008, foi premiado com o Infinity Awarddo International Center of Photography(ICP) e, em 2010, venceu o World PressPhoto na categoria Entretenimento eArtes com uma da série de moda feitapara a The New York Times Magazine.

Moda do sereísmo

Muitas meninas, mulheres e até homenstêm paixão pelo universo mitológico

das sereias, e por isso têm procurado fo-tógrafos para fazer books com o tema. Esseuniverso pode ser explorado com acessóriose enfeites de conchas, pérolas, estrelas--do-mar e outros. Os fotografados usamcaudas – que empresas, como a Sirenita ea MS Fins, produzem no Brasil – em cenáriosque, de preferência, envolvam o ambienteda praia. O público que busca fotos no estilosereia é do mais variado: casais, gestantes,amigas, mães e filhas etc. O tema chegouaté a fotografia de bebês, com eles envoltosem caudas de crochê.

As caudas para adultos e crianças po-dem ser encontradas por cerca de R$ 330.O fotógrafo pernambucano Ulysses Padilha– que mora e trabalha no Rio de Janeiro –

Mal

ick

Sidi

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REVELE-SEfotos dos leitores em destaque

• Fotografe Melhor no 23714

Sérgio Morel estava esperando o fi-lho terminar a aula de skate na pista

da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio deJaneiro (RJ), e aproveitou o tempo livrepara fotografar o cenário que via à frente.Para fugir do clichê, buscou uma com-posição usando uma pedra no meio da

água e colocando o Pão de Açúcar aofundo. Como era final de tarde, deu umtempinho para o sol baixar mais um pou-co e ajustou uma longa exposição paracaptar as luzes e o reflexo da cidade noespelho-d’água do lagoa. De resto, foicurtir o espetáculo do crepúsculo.

UMA PEDRA NO MEIO DO CAMINHO

:: Autor: Sérgio Morel:: Cidade: Rio de Janeiro (RJ):: Câmera: Nikon D7000:: Objetiva: Sigma 10-20 mm:: Exposição: abertura f/9, velocidade 1/3s e ISO 100

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Junho 2016 • 15

O fotógrafo Waldyr Neto estavaparticipando de uma expedi-

ção fotográfica no Morro Açu, den-tro do Parque Nacional da Serrados Órgãos (RJ), e tinha o objetivode fotografar o amanhecer nasmontanhas. Acordou bem cedo e

foi abençoado com um formidávelnascer do sol. Ele precisou usarfiltros de densidade neutra gra-duados (ND) na hora da captaçãopara corrigir os contrastes na cenae fazer uma boa recuperação desombras na hora do tratamento.

DEUS AJUDA QUEM CEDO MADRUGA

::: Autor: Waldyr Neto:: Cidade: Petrópolis (RJ):: Câmera: Canon EOS 5D Mark II:: Objetiva: Canon 24-105 mm :: Exposição: abertura f/11, velocidade de 1/8s e ISO 160

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Em uma tarde ensolarada, Jo-senio Torres Veras foi até a Ser-

ra do Barro Amarelo, em CampoFormoso (BA), para realizar algunstestes com a recém-adquirida câ-mera 360 graus Ricoh Theta M15.Para a brincadeira ficar ainda me-lhor, ele pendurou a pequena câ-

mera de cabeça para baixo em umdrone e comandou a subida do equi-pamento por controle remoto. O re-sultado ficou intrigante, pois a Ricohinvertida registrou uma cena arren-dondada colocando drone, nuvense solo (onde aparecem Josenio eum amigo) em uma mesma cena.

NO OLHO DAS NUVENS

::: Autor: Josenio Torres Veras:: Cidade: Campo Formoso (BA):: Câmera: Ricoh Theta M 15 :: Objetiva: não informada:: Exposição: totalmente automática

REVELE-SE

• Fotografe Melhor no 23716

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As Irmandades dos Penitentesda Cruz são confrarias religiosas

do município cearense de Barbalha,na região do Cariri. Formada apenaspor homens vestidos com capuzespara esconder a identidade, a con-gregação é famosa por manter rituaisde penitência, como o autoflagelo,

pelos pecados cometidos, explica ofotógrafo Hélio Filho, que conseguiurealizar um retrato de um pequenogrupo durante a Semana Santa. Elefez a captura abaixando-se e, comesse enquadramento, reforçou o tomde mistério, destacando os capuzese as vestes dos três penitentes.

ANÔNIMOS PENITENTES

::: Autor: Hélio Filho:: Cidade: Nova Olinda (CE):: Câmera: Canon EOS 5D Mark II:: Objetiva: 24 mm:: Exposição: abertura f/9, velocidade 1/320s e ISO 50

Junho 2016 • 17

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REVELE-SE

• Fotografe Melhor no 23718

O fotógrafo Renato Moura saiunaquele dia com a proposta de

realizar um belo registro do CristoRedentor de Poços de Caldas (SP),um atrativo turístico da cidade. Noentanto, as imagens só renderamclichês. Quase desistindo, notouno local a presença de um rapazque encostou a bicicleta e se sentouem uma grade, próximo a uma ár-vore solitária. O olhar de Renatopercebeu a oportunidade e explorouo momento. Depois, converteu aimagem para P&B para dar maisdramaticidade. Com a experiência,ele aprendeu que o fotógrafo nãopode desistir e que é possível en-contrar em uma cena simples achance para uma foto atraente.

OPORTUNIDADESOLITÁRIA

:: Autor: Renato Moura :: Cidade: Poços de Caldas (MG):: Câmera: Canon EOS 6D:: Objetiva: Canon 24-105 mm :: Exposição: abertura f/22,velocidade 1/25s e ISO 200

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Os autores das fotos selecionadas parapublicação na revista receberão umabolsa modelo Fancier, da Greika, paraequipamento fotográfico. Para participardo “RRevele-se”, envie até três fotos, nomáximo, em arquivo digital (formatoJPEG), para: Reda ção de FotografeMelhor, Rua MMDC, 121 – Butantã – São

Paulo (SP), CEP: 05510-900, ou para o e--mail [email protected] no e-mail: nome, endereço,telefone, ficha da foto (equipamento,dados técnicos...) e um breve relato (local,data...). Os arquivos devem ter, nomínimo, 13 x 18 cm com resolução de 200a 300 ppi. Evite arquivos muito pesados.

Mande fotos e ganhe uma bolsa para equipamento fotográfico

Na estrada de terra batida e semiluminação, quando voltava de

de um ensaio com noivos feito emuma fazenda em Iperó, interior deSão Paulo, o fotógrafo Marco Nunespropôs ao casal parar no meio da es-curidão para arriscar uma foto sobuma velha árvore seca. Ele posicio-

nou os dois com a ajuda da luz dofarol do carro, colocou um flash de-dicado atrás dos noivos e outro emfrente à cena, iluminando a árvore.Em seguida, apagou o farol e fez odisparo sincronizado por um radio-flash. Certamente os noivos devemter adorado o resultado.

ABENÇOADOS PELA LUZ DO FLASH:: Autor: Marcos Antonio Nunes:: Cidade: Iperó (SP):: Câmera: Nikon D610:: Objetiva: Nikon 24-80 mm:: Exposição: abertura f/7, velocidade1/10s e ISO 5.000

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FOTOGRAFIA PRÁTICA INTENSIVOJULHO DE 2016

UM MÊS DE IMERSÃO NO UNIVERSO DA FOTOGRAFIA: BÁSICO, COMPOSIÇÃO, FLASH, TRATAMENTO DE IMAGEM E MUITO MAIS.

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Foto: Mauro Capozzi

Av. Pedroso de Morais, 99 - PinheirosTatuapé

Santana

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SANTANA

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• Fotografe Melhor no 23722

NEGÓCIOS

om índices recordes de inflação dosúltimos 20 anos – a estimativa doBanco Central é de 7% em 2016 – ecom um número de desempregadosque atingiu a marca de 10,4 milhõesde pessoas, a crise que vem batendo

à porta de todos os brasileiros atingiu for-temente o mercado de fotografia. Para o fo-tógrafo e consultor Alex Mantesso, mais doque se preocupar com a atual situação eco-nômica do País é preciso livrar-se dela.“Crise vai ter sempre. O profissional precisasaber se adaptar. Ficar menos no ‘mimimi’

e focar na ação, não ficar parado”, alerta. Em um momento em que o dinheiro

não está entrando com a mesma facili-dade de outrora, a primeira providênciaé cortar custos. Economizar na conta detelefone, luz, internet, enxugar a folhade funcionários são as primeiras provi-dências. O segundo passo é continuarcorrendo em busca de clientes e oferecerpacotes de serviço atraentes.

No estúdio de Mantesso, por exemplo,são feitas fotos para catálogos de lojasde roupas. Com o intuito de fidelizar os

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Saídas paraa crise

Fotógrafos dediversas áreascontam comoestão fazendopara fugir dasituação difícilcausada pelaeconomia embaixa no País

POR KARINA SÉRGIO GOMES

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O momento decrise é hora dese adaptar,reduzir custose buscar novosnichos demercado

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Compartilhar comoutro fotógrafo oespaço no estúdioé uma forma dereduzir custos

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• Fotografe Melhor no 23724

NEGÓCIOS

clientes, ele fechou pacotes mensais e,além das fotos, ofereceu o serviço de pos-tagem de imagens nas redes sociais epara vendas das lojas via WhatsApp.“Dessa forma, consigo ter um controledas imagens para saber quando está nahora de fazer mais. E aviso o cliente queo pacote dele está acabando”, explica.

Outra saída que alguns fotógrafosclientes da consultoria de Mantesso en-contraram para fugir da crise foi venderpacotes de ensaios. Exemplo: fazer umensaio de grávida de uma hora com di-reito a 10 fotos – caso o cliente queiraalguma foto extra, deve pagar a maispor ela. “Ele cria um pacote que parecemais barato, mas no final, por conta dasfotos extras, o fotógrafo consegue fazerum bom negócio”, indica.

Há ainda quem encontre uma segun-da fonte de renda dando aulas, Mantessoressalta, porém, que nem sempre issopode ser uma boa saída. O fotógrafo pre-cisa estar seguro o suficiente e ter didá-tica para passar seus conhecimentos.Caso contrário, as aulas podem deporcontra o profissional e gerar uma pro-paganda negativa dele no meio.

Quem tem um estúdio com horas va-gas e está pensando em sublocá-lo para

conseguir uma grana extra também devepensar duas vezes ou em alguns quesitosantes: Alguém vai acompanhar o locatáriodurante o aluguel? Se quebrar algumequipamento, quem vai repor?

Como o fotógrafo é um prestador deserviço, não pode de forma alguma pararde prospectar clientes. Ele deve marcarreuniões sempre e oferecer trabalhosaté para quem já faz parte de sua carteira,além de procurar por novos.

O profissional também não deve dei-xar de investir em conhecimento – “sejamelhor do que a sua concorrência” é olema de Mantesso. “Nos últimos quatroanos, muitas pessoas entraram para afotografia e o mercado se tornou maisseletivo. Todo mundo, hoje, está foto-grando e vendo imagens o tempo inteiro.As pessoas conseguem distinguir umaboa foto de uma ruim. Não basta mais ofotógrafo apenas fotografar. Ele tem desaber gerir o seu negócio”, explica.

Fotografe conversou com mais setefotógrafos, de diferentes áreas – algunsinclusive já passaram por situações se-melhantes como as citadas pelo consultor–, para saber como eles estão gerindoseu negócio para fugir da crise. Veja aseguir as sugestões de cada um deles.

Acima, o consultor denegócios e fotógrafo AlexMantesso em seu estúdio:fotos para e-commerce delojas via WhatsApp;abaixo, fotógrafo discutecom cliente pacote deserviços com desconto

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E m 2015, o fotógrafo Tomaz Vello ficou cerca dequatro meses sem fazer um único trabalho em

seu estúdio. O jeito foi reduzir os custos: dispensoufuncionários e diminuiu as despesas fixas com in-ternet e telefone. Aproveitou para renovar o site emigrá-lo para uma plataforma mais barata, o queacabou atraindo novos clientes. No tempo de es-cassez de serviço, pensou em trabalhar com eventos.Porém, achou melhor não se arriscar em uma áreaque não conhecia. A solução encontrada para fide-lizar os clientes foi convidá-los para fotografar emuma única sessão: Tomaz monta o estúdio para fo-tografar joias, por exemplo, e avisa seus clientesdo setor que terá uma sessão tal dia e dessa formapode fazer um preço melhor para todos. O profis-sional ainda encontrou no aluguel de equipamentosuma saída para não precisar trocar o que tem agora.“Se o cliente pedir uma imagem com mais resolução,alugo uma câmera. O que vai me custar cerca deR$ 300 e não R$ 18 mil”, indica.

Pacotes para clientes

Novos nichos

O profissional Tomaz Vello hojefecha sessão de fotos para vários

clientes do mesmo segmento

Fotógrafo NewtonMedeiros ampliou

o seu leque deatuação e hoje usa

seu estúdio parafazer fotos de

família também

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O fotógrafo Newton Medeiros fez carreiratrabalhando com moda e publicidade

em seu estúdio. Os ventos, no entanto, mu-daram e o mercado que era visto como amenina das lentes dos fotógrafos hoje jánão dá mais o mesmo retorno. “Tive de mu-dar o foco. Passei a usar meu conhecimentode profissional de estúdio para fazer fotosde crianças, recém-nascidos e grávidas.Tive de abrir meu leque para fotos de fa-mília”, conta. Para isso, ele foi estudar ocomportamento das crianças e se informar

sobre esse nicho de mercado para conseguirse adaptar. “Uma mãe está disposta a pagarR$ 800 por um ensaio do filho. Mas o donode um produto quer pagar apenas R$ 50pelo meu trabalho”, explica. Newton tentouainda alugar o estúdio, mas a experiêncianão deu certo. Outra alternativa que con-seguiu para aumentar a renda foi dar aulaspara fotógrafos iniciantes. “Antes, só davaaula sobre estúdio. Mas tem sido uma ex-periência muito legal ensinar fotografiapara quem está começando”, afirma.

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NEGÓCIOS

Em vez de descontos, Laura Alzueta facilita o pagamento para clientes

Levi Bianco segueem jornada duplapara conseguir semanter fotógrafo

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Sérgio Branco

O movimento no estúdio da fotógrafaLaura Alzueta, especializada em new-

born, não caiu. Porém, as pessoas estãopechinchando mais. “Comparam os preçose perguntam se você não pode fazer pelomesmo preço de outro profissional. Nãodou desconto, mas convido a pessoa a co-nhecer o meu estúdio, apresento o que eufaço. Sei a qualidade do meu trabalho e doproduto que entrego”, diz. Às vezes, paraagradar ao cliente, dá uma ampliação.

Embora não diminua o valor de seu tra-balho, Laura facilita o pagamento parce-lando em até seis vezes. Nas reuniões, elamostra a estrutura de seu estúdio, criadoespecialmente para fotografar bebês e ges-tantes. A especialista ainda opta por foto-grafar apenas um cliente por período, o quetorna o trabalho ainda mais personalizado.“Gosto de me envolver com as pessoas quefotografo. E, quando você trabalha comcriança, é difícil controlar o horário”, conta.Essa atenção especial conquista as clientes,que acabam divulgando o trabalho dela paraparentes e amigas. A maioria das pessoasque a procuram vem por indicação.

E mbora esteja ganhandometade do que ganhava

três anos atrás, o fotojorna-lista Levi Bianco persiste naárea como sua segunda op-ção. Levi trabalha como pro-gramador em uma empresade telefonia, a fotografia sur-giu como hobby e assumiuespaço como sua segundaprofissão ao longo dos anos.Durante um tempo, seu sonhoera poder trabalhar só comofotógrafo, mas hoje a atividadenão paga nem metade dascontas como ocorria antes.“Gosto de fotografar, não con-sigo viver sem”, diz. Por isso,Levi usa todo o tempo livrepara cobrir jogos de futebol,manifestações e outras pau-

Por pura paixão

Facilidade depagamento

tas. “É quase um trabalhoescravo. O fotojornalista free-lancer recebe em geral mí-seros R$ 4 ou R$ 5 por fotopublicada”, informa. E mes-mo assim ele persiste e par-ticipa de reuniões de asso-ciações de fotojornalistas pa-ra tentar melhorar as con-dições de trabalho no seg-mento hoje desvalorizado.

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Holanda hoje precisanegociar mais para fechar

trabalhos com clientes

Márcio Sheeny trocouo foco da fotografia decasamento pelos ensaiosde casal e de família

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Fernanda Ribeiro

N o fim de 2014, o fotógrafo socialMárcio Sheeny sentiu a crise

ficando quatro meses sem fotogra-far qualquer casamento. “Não es-tava preparado. Reduzi meu preçoem 20% para tentar conseguir no-vos clientes”, conta ele, que preci-sava fazer em média 25 casamentospara fechar o ano no azul. Sheenyainda dispensou dois funcionáriose cortou todos os custos que podiaem seu estúdio. Com a queda dessemercado, resolveu fazer mais en-

saios de grávidas e de casais, tra-balhos que realizava esporadica-mente ou quando fechava a cober-tura completa de um casamento.“Passei a fazer três vezes mais en-saios de noivos e isso me garantiapelo menos um casamento e a pos-silibidade de trabalhar com umaestrutura menor”, explica ele.

Com o novo foco, Sheeny desco-briu outro mercado e diz que o seutrabalho ficou mais criativo, o queatraiu um número maior de pessoas

interessadas. O profissional paroude atuar com a política dos descontose adotou um novo método de vendapara provar para o cliente que aqueleera o preço justo pelo serviço queele estava contratando. “Você temque ter um bom discurso. Marcouma reunião com o casal, mostromeu trabalho e tento deixar os doisseguros de que estão pagando porum serviço de alta qualidade”, diz.Segundo ele, sai das reuniões com90% de contratos assinados.

Investimento em ensaios

Ofotógrafo de gastronomia Mauro Holanda está pre-cisando negociar mais do que nunca. “Os trabalhos

diminuíram e as conversas aumentaram muito. Hoje,tenho de convencer o cliente de que meu trabalho valea mesma coisa”, diz. A fim de reduzir os gastos, Maurodiminuiu a equipe, foi para um estúdio menor e trabalhaem regime de compartilhamento do espaço. Atualmente,por conta de sites e aplicativos, os donos de restauranteprecisam muito mais de imagens e o fotógrafo acabaproduzindo mais pelo mesmo preço de antes. “A foto-grafia é último investimento de quem trabalha com res-taurante. Primeiro vem a obra, depois os funcionários.Quando ele chega em você já está com o orçamento es-tourado. Aí é preciso criar nele a necessidade de fazerfotos de qualidade de pratos e drinques. E para isso épreciso muita conversa”, explica.

Temporada de negociações

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• Fotografe Melhor no 23728

NEGÓCIOS

H á três anos, Jonne Roriz se despediada vida de fotojornalista de crachá para

seguir na carreira independente. “Não que-ria me limitar a uma só empresa. Fui bus-cando clientes que não atrapalhassem omeu cotidiano no jornal. Quando a quantiaque ganhava superou o meu salário, resolvi

sair”, conta Jonne, que trabalhou no jornalO Estado de S. Paulo por 14 anos. Hoje,olhando para o mercado de fotojornalismo,não há dúvidas de que o profissional tomoua melhor decisão. No entanto, a crise o fezorganizar a vida de forma diferente.

Antes, ele fazia metas mensais de or-çamento. Agora, faz programações anuais.Com um leque variado de atuação, o fotó-grafo também diversificou a carteira declientes, que passam por editorial, publi-cidade, institucional, além de clientes in-ternacionais – o fotógrafo contratou agentespara vender seu trabalho em outros países.“O mais importante é não estabelecer queo mercado está em crise, e sim criar. Nãoposso decretar falência de mim mesmo”,ensina o fotógrafo.

Eu mesmo S.A.

Com um vasto leque deatuação, como fotografiaeditorial (acima), JonneRoriz mudou o planejamentoe hoje foca também emclientes internacionais

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POR DIEGO MENEGHETTI

á dois motivos principais para investir em novasobjetivas: o primeiro é que um conjunto óptico dequalidade pode aprimorar muito a imagem re-gistrada por uma câmera nem tão boa assim (ocontrário não ocorre, pois uma objetiva ruim podelimitar bastante o potencial de uma câmera); o

segundo é que a indústria leva anos para renovar sualinha de objetivas, até por conta da longa vida útil dosprodutos, e quando isso acontece é bom ficar de olho,

pois boas novidades surgem. Fotografe mapeou osúltimos 12 meses e levantou que 55 novas objetivaschegaram ao mercado internacional. Todas elas po-derão ser conhecidas a seguir, em detalhes e combreve avaliação, caso você esteja planejando investirnesse equipamento durável e essencial.

O redesenho de lentes que já existem é raro e ocorrecom mais frequência quando algum recurso é aprimo-rado, como o sistema de redução de vibração, ou quando

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55Nos últimos meses, os principais fabricantes lançaram novas lentes com melhorias nosrecursos e com novos encaixes. Conheça os modelos para renovar seu equipamento

DE UMA NOVA SAFRAobjetivas

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um novo projeto é adotado pelas marcas. Éo caso da montagem FE da Sony para câmerasmirrorlessde sensor full frame, incompatível(sem usar adaptador) com as lentes até entãofabricadas pela empresa, de encaixe AlphaA (DSLR) ou E (mirrorless APS-C).

Anunciada no final de 2013, a Sony a7inaugurou a linha mirrorless full frame damarca com a promessa de uma nova linhade objetivas – que foram chegando ao mercadoem meados de 2015. Desde esse período,nove lentes foram apresentadas e estão nolevantamento de FFotografe.

A Nikon é o segundo fabricante com maisnovidades, principalmente por conta do novorecurso de abertura eletromagnética. A novasérie E (não confundir com a antiga série E,de lentes Nikkor manuais), que aos poucosestá substituindo a série G, usa um meca-

nismo de diafragmaeletromagnético,mais preciso nocontrole da aber-tura do que as ala-vancas mecânicas das séries G e D. Esserecurso é útil, por exemplo, para controlaro diafragma durante o modo de Imagemao Vivo, tanto para foto quanto para vídeo,de maneira suave e silenciosa (as lentesEF e EF-S da Canon usam um sistema pa-recido, desde 1987).

Das 55 lançadas entre 2015 e 2016, in-felizmente a maioria não está disponíveloficialmente no mercado brasileiro, maspode ser encontrada em lojas do exterior– por isso, o preço de cada uma está emdólar. Confira a seguir as novidades e avaliese vale a pena fazer o upgrade.

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Em geral, asobjetivas duram

bem mais do queas câmeras e sãoum investimento

que vale a pena

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EQUIPAMENTO

Lente versátil, com zoom de 7,5x, e ex-clusiva para câmeras APS-C. Apresenta anova geração de motor de foco denominadaNano USM, que combina recursos do motorultrassônico e motor de passo (STM). Osistema de estabilização de imagem su-porta até 4 pontos.

EF-S 18-135 MM F/3.5-5.6 IS USMDistância mínima de foco: 39 cmDiâmetro do filtro: 77 mmElementos: 16 em 15 gruposLâminas: 7Peso: 515 gPreço: US$ 600

Exclusiva para câmeras mirrorlessEOS-M,é uma lente supercompacta – fechada, fica comapenas 44 mm, o que ajuda a carregá-la na bol-sa. Tem distância focal equivalente a 24-72 mm,motor de foco STM (ideal para gravar vídeos) eestabilização de imagem de 3,5 pontos.

EF-M 15-45 MM F/3.5-6.3 IS STMDistância mínima de foco: 25 cmDiâmetro do filtro: 49 mmElementos: 10 em 9 gruposLâminas: 7Peso: 130 gPreço: US$ 300

Atualização do modelo da série L, in-dicado para câmeras full frame e idealpara fotografar paisagens, arquitetura eespaços abertos. Acoplada em câmerasAPS-C, tem distância focal equivalente a56 mm. Tem abertura máxima de f/1.4 emotor de foco ultrassônico. É vedada contrapoeira e umidade.

EF 35 MM F/1.4 II USMDistância mínima de foco: 28 cmDiâmetro do filtro: 72 mmElementos: 14 em 11 gruposLâminas: 9Peso: 760 gPreço: US$ 1,8 mil

Zoom grande-angular da série pro-fissional, projetada para câmerasfull fra-me. Seu projeto possibilita gerar imagenscom alta nitidez em todo o zoom. Indicadapara eventos sociais, panoramas abertose fotografia de paisagem e de estrelas.

EF 11-24 MM F/4 USMDistância mínima de foco: 28 cmDiâmetro do filtro: filtro internoElementos: 16 em 11 gruposLâminas: 9Peso: 1180 gPreço: US$ 2,9 mil

Sucessora de uma das lentes mais acessíveise populares da Canon: a EF 50 mm f/1.8 II. Essenovo modelo adiciona o motor de passo STM,que possibilita foco suave, ligeiro e silencioso,ideal para gravar vídeos. É compacta e uma daslentes mais versáteis do portfólio da Canon.

EF 50 MM F/1.8 STMDistância mínima de foco: 35 cmDiâmetro do filtro: 49 mmElementos: 6 em 5 gruposLâminas: 7Peso: 159 gPreço: US$ 125

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Atualização da lente zoom básica dascâmeras DX (nome do APS-C na Nikon),esse modelo é o primeiro da série AF-P,que traz motor de passo para foco rápidoe silencioso. Outra adição é a trava paradeixar a objetiva retraída, quando não es-tiver em uso. Oferece estabilização de ima-gem (VR) de 4 pontos.

AF-P DX NIKKOR 18-55 MM F/3.5-5.6G VRDDistância mínima de foco: 25 cmDiâmetro do filtro: 55 mmElementos: 12 em 9 gruposLâminas: 7Peso: 205 gPreço: US$ 115

Nova versão da popular zoom pro-fissional da marca, que avança em todosos recursos: estabilização de imagem,de 4 pontos; abertura eletromagnética,que melhora a exposição em disparoscontínuos; e novos elementos de dis-persão extrabaixa (ASP/ED).

AF-S NIKKOR 24-70 MM F/2.8E ED VRDistância mínima de foco: 38 cmDiâmetro do filtro: 82 mmElementos: 20 em 16 gruposLâminas: 9Peso: 1070 gPreço: US$ 2,4 mil

Teleobjetiva superpoderosa, com al-cance de até 500 mm (ou 750 mm quan-do usada em câmeras DX) e, ao mesmotempo, bem compacta. Indicada parafotografia de natureza e esportes, ofe-rece abertura eletromagnética e esta-bilização de imagem de 4,5 pontos.

AF-S NIKKOR 200-500 MM F/5.6E ED VRDistância mínima de foco: 220 cmDiâmetro do filtro: 95 mmElementos: 19 em 12 gruposLâminas: 9Peso: 2300 gPreço: US$ 1,4 mil

Projetada para uso em câmeras de sen-sor DX, essa lente tem boa oferta de dis-tâncias focais (equivalente a 24-120 mmno padrão 35 mm), ótima luminosidade ediafragma eletromagnético, que possibilitacontrolar a abertura no modo de Imagemao Vivo de maneira silenciosa.

AF-S DX NIKKOR 16-80 MM F/2.8E ED VRDistância mínima de foco: 35 cmDiâmetro do filtro: 72 mmElementos: 17 em 13 gruposLâminas: 7Peso: 480 gPreço: US$ 1,1 mil

Mais recente adição da série de lentesfixas com abertura f/1.8, de lentes leves,com abertura ampla e preço acessível.Esse modelo grande-angular é indicadopara paisagens e fotos de arquitetura econta com elementos asféricos e ED paraminimizar aberrações como o flare.

AF-S NIKKOR 24 MM F/1.8G EDDistância mínima de foco: 23 cmDiâmetro do filtro: 72 mmElementos: 12 em 9 gruposLâminas: 7Peso: 355 gPreço: US$ 800

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EQUIPAMENTO

Projetada para uso em câmeras DX,ela oferece distância focal equivalente a83-300 mm no padrão 35 mm. É o par idealpara a objetiva 18-55 mm que vem no kit.Mesmo sendo uma teleobjetiva longa, temum design bem compacto. Proporcionaestabilização de imagem de até 4 pontos.

AF-S DX NIKKOR 55-200 MM F/4-5.6G VR IIDistância mínima de foco: 110 cmDiâmetro do filtro: 52 mmElementos: 13 em 9 gruposLâminas: 7Peso: 300 gPreço: US$ 350

Zoom grande-angular projetada paramirrorless full frame, mas que pode serusada em modelos APS-C (equivalente a105-450 mm). Tem elementos ópticos queminimizam reflexos (ghosts) e flare, sis-tema de estabilização de imagem e pro-teção contra poeira e umidade.

FE 70-300 MM F/4.5-5.6 G OSSDistância mínima de foco: 90 cmDiâmetro do filtro: 72 mmElementos: 16 em 13 gruposLâminas: 9Peso: 854 gPreço: US$ 1,2 mil

Uma das lentes fixas mais acessíveisda Sony já produzidas. Feita para full frame,também pode ser usada em mirrorlessAPS-C (com distância focal equivalente a75 mm). É bastante leve e possibilita foto-grafar de perto (distância mínima de focode 45 cm), embora não seja macro.

FE 50 MM F/1.8Distância mínima de foco: 45 cmDiâmetro do filtro: 49 mmElementos: 6 em 5 gruposLâminas: 7Peso: 186 gPreço: US$ 250

Par ideal para a 24-70 mm a fim de cobriruma boa faixa de distâncias focais. Essalente é produzida exclusivamente pela Sony(modelo GM), com prioridade para alta ni-tidez das câmeras a7. É a primeira objetivacom sistema de foco “flutuante”, que pos-sibilita focalizar mais perto que o conven-cional em uma teleobjetiva.

FE 70-200 MM F/2.8 GM OSSDistância mínima de foco: 96 cmDiâmetro do filtro: 77 mmElementos: 32 em 18 gruposLâminas: 11Peso: 1480 gPreço: não divulgado

Zoom com as distâncias focais maisusadas pelos fotógrafos de eventos sociaise entusiastas em geral. É o primeiro dotipo para mirrorless full frame da Sony.Conta com motor de foco SSM, mais rápidoe silencioso do que o convencional, e ve-dação contra poeira e umidade.

FE 24-70 MM F/2.8 GMDistância mínima de foco: 38 cmDiâmetro do filtro: 82 mmElementos: 18 em 13 gruposLâminas: 9Peso: 886 gPreço: US$ 2,2 mil

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Primeira lente fixa da Sony com umelemento esférico “extremo” que apri-mora a nitidez do plano em foco quandoé usada abertura ampla, como f/1.4. Omodelo também traz um anel de abertu-ras que pode ser ajustado para posiçãoautomático, com ou sem paradas nos pon-tos clássicos de diafragma.

FE 85 MM F/1.4 GMDDistância mínima de foco: 80 cmDiâmetro do filtro: 77 mmElementos: 11 em 8 gruposLâminas: 11Peso: 820 gPreço: US$ 1,8 mil

Atualização da zoom grande-angularfeita para câmeras com montagem AlphaA. O modelo II avança na qualidade de ima-gem, redução de aberrações cromáticase na proteção física – agora é vedada contraumidade e poeira. Conta com o revesti-mento antirreflexo T*.

VARIO-SONNAR T* 16-35 MM F/2.8 ZA SSM IIDistância mínima de foco: 28 cmDiâmetro do filtro: 77 mmElementos: 17 em 13 gruposLâminas: 9Peso: 872 gPreço: US$ 2,2 mil

Essa atualização da popular 24-70 mmavança na qualidade de imagem e na re-dução de flare, com proteção contra poeirae umidade. Comparada com o modelo ori-ginal, o autofoco também foi aprimorado– segundo a Sony, é 4x mais rápido do queo da antecessora.

VARIO-SONNAR T* 24-70 MM F/2.8 ZA SMM IIDistância mínima de foco: 34 cmDiâmetro do filtro: 77 mmElementos: 17 em 13 gruposLâminas: 9Peso: 974 gPreço: US$ 2 mil

Primeira lente fixa de montagem FEcom abertura f/1.4. Tem distância mínimade foco de apenas 30 cm. Outro destaqueé o anel físico de aberturas, que pode serajustado para prioridade de abertura oucontrolar o diafragma, com ou sem paradasnos pontos clássicos (recurso muito útilpara gravar vídeo).

DISTAGON T* FE 35 MM F/1.4 ZADistância mínima de foco: 30 cmDiâmetro do filtro: 72 mmElementos: 12 em 8 gruposLâminas: 9Peso: 630 gPreço: US$ 1,5 mil

Objetiva grande-angular leve, compactae uma das mais versáteis para usar comas câmeras da família Sony a7. O destaqueé o motor de foco interno, que age de ma-neira rápida, silenciosa e precisa, sem al-terar o comprimento da lente.

FE 28 MM F/2Distância mínima de foco: 29 cmDiâmetro do filtro: 49 mmElementos: 9 em 8 gruposLâminas: 9Peso: 200 gPreço: US$ 423

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EQUIPAMENTO

Primeira teleobjetiva com macro deencaixe Sony E (com magnificação de 1:1),também conta com sistema de estabiliza-ção de imagem, mecanismo de foco flu-tuante para que possibilite imagens nítidasmesmo em diafragmas mais amplos, alémde proteção contra umidade e poeira.

FE 90 MM F/2.8 MACRO G OSS Distância mínima de foco: 28 cmDiâmetro do filtro: 62 mmElementos: 15 em 11 gruposLâminas: 9Peso: 602 gPreço: US$ 1 mil

Lente zoom de 10x projetada para cobriruma faixa grande de distâncias focais, útildesde fotografia de paisagens a retratoscotidianos. Esse tipo “serve para tudo” ge-ralmente está associado à qualidade ópticalimitada, devido à maior quantidade de ele-mentos internos.

FE 24-240 MM F/3.5-5.6 OSSDistância mínima de foco: 50 cmDiâmetro do filtro: 72 mmElementos: 17 em 12 gruposLâminas: 7Peso: 780 gPreço: US$ 1 mil

Zoom teleobjetiva com bom alcance(equivalente a 152-609 mm em 35 mm),proteção contra água, corpo de metal eum sistema de estabilização de imagemque, segundo a Fuji, segura até 5 pontosna exposição – um dos melhores do mer-cado.

XF 100-400 F/4.5-5.6 R LM OIS WRDistância mínima de foco: 175 cmDiâmetro do filtro: 82 mmElementos: 21 em 14 gruposLâminas: 9Peso: 1375 gPreço: US$ 1,9 mil

Lente fixa do tipo “meia-tele” indicadapara retratos, por conta da distância focale do diafragma de 7 lâminas circulares quegeram um bokeh agradável ao olhar. Temconstrução robusta e elementos ópticosque minimizam o efeito de vinheta e aber-rações cromáticas na imagem.

XF 90 MM F/2 R LM WRDistância mínima de foco: 60 cmDiâmetro do filtro: 62 mmElementos: 11 em 8 gruposLâminas: 7Peso: 170 gPreço: US$ 950

O destaque dessa objetiva, como emoutras lentes fixas, é a nitidez superior queela possibilita junto com a boa resposta aosistema de autofoco das câmeras FujifilmX. A construção robusta protege a lentecontra umidade, poeira e respingos deágua quando usada externamente.

XF 35 MM F/2 R WRDistância mínima de foco: 30 cmDiâmetro do filtro: 43 mmElementos: 9 em 6 gruposLâminas: 9Peso: 170 gPreço: US$ 400 Fo

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Grande-angular fixa, equivalente a24 mm no formato 35 mm. Como outraslentes da família Fujinon XC, tem constru-ção bastante resistente, com corpo de me-tal e anel de aberturas. A abertura máximaf/1.4 possibilita fotos em ambientes comluminosidade reduzida.

XF 16 MM F/1.4 R WRDDistância mínima de foco: 15 cmDiâmetro do filtro: 67 mmElementos: 13 em 11 gruposLâminas: 9Peso: 375 gPreço: US$ 1 mil

Objetiva zoom da série XF que traz al-cance de 3,4x, seguindo de grande-angulara meia-tele com abertura constante def/2.8. Assim, é um modelo bem versátil,indicado para fotografia cotidiana, eventossociais, viagens etc. Tem corpo de metale proteção contra umidade.

XF 16-55 MM F/2.8 R LM WRDistância mínima de foco: 30 cmDiâmetro do filtro: 77 mmElementos: 17 em 12 gruposLâminas: 9Peso: 655 gPreço: US$ 1,2 mil

Atualização de uma das objetivas maisacessíveis e básicas da série Fujifilm X(tem corpo de plástico e não traz anel deabertura), com estabilizador de imagemaprimorado. O zoom de 3,1x dá conta damaioria das situações de foto, mas a aber-tura máxima é limitada em f/3.5-5.6.

XC 16-50 MM F/3.5-5.6 OIS IIDistância mínima de foco: 15 cmDiâmetro do filtro: 58 mmElementos: 12 em 10 gruposLâminas: 7Peso: 195 gPreço: US$ 400

Objetiva zoom indicada para viagens efotografia cotidiana, equivale a 24-120 mmem 35 mm. Abrange uma faixa de distânciasfocais de grande-angular a meia-tele.Projetada para câmeras Micro QuatroTerços, tem estabilizador de imagem e fococom motor de passo (bom para vídeo).

LUMIX G VARIO 12-60 MM F/3.5-5.6 ASPH POWER OISDistância mínima de foco: 20 cmDiâmetro do filtro: 58 mmElementos: 9 em 11 gruposLâminas: 7Peso: 210 gPreço: US$ 500

Nova versão da zoom que faz um parideal com a lente XC 16-50 mm – tanto éque foram lançadas no mesmo dia. Essateleobjetiva tem bom alcance, mas é umpouco limitada na estabilização de imagem(3 pontos) e na claridade, pois possibilitausar no máximo f/6.7 em 230 mm.

XC 50-230 MM F/4.5-6.7 OIS IIDistância mínima de foco: 110 cmDiâmetro do filtro: 58 mmElementos: 13 em 10 gruposLâminas: 7Peso: 375 gPreço: US$ 455

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• Fotografe Melhor no 23740

EQUIPAMENTO

Objetiva normal clara, bastante leve euma das mais acessíveis para o sistemaMicro Quatro Terços. Dessa maneira, apre-senta um ótimo custo-benefício, como astradicionais 50 mm do padrão full frame.Projetada para câmeras mirrorless, temum autofoco bastante ligeiro.

LUMIX G 25 MM F/1.7 ASPHDistância mínima de foco: 25 cmDiâmetro do filtro: 46 mmElementos: 8 em 7 gruposLâminas: 7Peso: 125 gPreço: US$ 250

Bem robusta, com corpo feito de metal,essa poderosa teleobjetiva zoom tem dis-tância focal equivalente a 200-800 mm noformato 35 mm. Traz um sistema de esta-bilização de imagem produzido em parceriacom a Leica – a empresa alemã tambémassina o projeto dos elementos ópticos.

VARIO-ELMAR DG 100-400 MM F/4-6.3 ASPH POWER OISDistância mínima de foco: 130 cmDiâmetro do filtro: 72 mmElementos: 20 em 13 gruposLâminas: 9Peso: 985 gPreço: US$ 1,8 mil

Lente fixa com acabamento sofisticado,feito em metal. Internamente, traz ele-mentos ópticos projetados para fotografarretratos (tem distância focal equivalentea 90 mm), com 7 lâminas circulares quegeram um belobokehquando usada comaberturas claras.

LUMIX G 42.5 MM F/1.7 ASPH POWER OISDistância mínima de foco: 31 cmDiâmetro do filtro: 37 mmElementos: 8 em 10 gruposLâminas: 7Peso: 130 gPreço: US$ 350

Um dos lançamentos mais recentes daPentax, essa lente grande-angular feitapara câmeras full frameregistra cenas comuma perspectiva bem acentuada. O reves-timento HD trabalha para minimizar efeitosde vinheta e outras aberrações da imagem.

HD-D FA 15-30 MM F/2.8 ED SDM WRDistância mínima de foco: 28 cmDiâmetro do filtro: não usaElementos: 18 em 13 gruposLâminas: 9Peso: 1040 gPreço: US$ 1,5 mil

Uma das poucas lentes macro dispo-níveis para o sistema Micro Quatro Terços.Feita em metal, com elementos ópticosprojetados para focalizar elementos à dis-tância mínima de 11 cm (a partir do sensor),essa lente equivalente a 60 mm possibilitauma reprodução de 1:1.

LUMIX G MACRO 30 MM F/2.8 ASPH MEGA OISDistância mínima de foco: 11 cmDiâmetro do filtro: 46 mmElementos: 9 em 9 gruposLâminas: 7Peso: 180 gPreço: US$ 390

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Lente com zoom de 3,7x, que abrangedistâncias focais de grande-angular a tele,e tem, dessa maneira, uso bem versátil.Internamente, utiliza elementos com dis-persão ultrabaixa, o que ajuda a reduzirdistorções ópticas. O corpo tem proteçãocontra umidade e poeira.

HD-D FA 28-105 MM F/3.5-5.6 ED DC WRDDistância mínima de foco: 50 cmDiâmetro do filtro: 62 mmElementos: 15 em 11 gruposLâminas: 9Peso: 440 gPreço: US$ 500

Projetada para câmerasfull frame(asigla FA no nome identifica esse formato),essa teleobjetiva utiliza elementos ópticoscom dispersão extrabaixa (ED), o quecompensa a aberração cromática comumde imagens feitas a distância. Tem corpode metal e proteção contra umidade.

PENTAX D FA 150-450 MM F4.5-5.6 ED DC AWDistância mínima de foco: 200 cmDiâmetro do filtro: 86 mmElementos: 18 em 14 gruposLâminas: 9Peso: 2000 gPreço: US$ 1,5 mil

Zoom-padrão produzido para câmeras fullframe. É a primeira lente da Pentax com mon-tagem K com projeto compacto, o que facilitao transporte, já que é uma objetiva pensadapara uso cotidiano e fotografia em geral. Temmotor de foco interno, o que ajuda a focalizarde maneira mais rápida e eficaz.

DA 18-50 MM F/4.5-5.6 DC WR REDistância mínima de foco: 30 cmDiâmetro do filtro: 58 mmElementos: 11 em 8 gruposLâminas: 7Peso: 158 gPreço: US$ 300

Projetada para câmeras full frame,essa zoom básica também pode ser usadaem modelos APS-C, nos quais tem distân-cia focal equivalente a 37-107 mm. Comabertura constante de f/2.8 em todo o zoom,trata-se de um modelo versátil, muito prá-tico para fotografar eventos sociais.

HD-D FA 24-70 MM F/2.8 ED SDM WRDistância mínima de foco: 38 cmDiâmetro do filtro: 82 mmElementos: 17 em 12 gruposLâminas: 9Peso: 787 gPreço: US$ 1,5 mil

O sinal * no nome indica que o projetodessa lente é de alto desempenho, comcorpo resistente a água e poeira e aberturaconstante de f/2.8 em todo o zoom. Tudoisso é compatível com o uso dessa teleob-jetiva zoom, ideal para fotografar esportes,natureza e eventos sociais.

D FA* 70-200 MM F/2.8 ED DC AW Distância mínima de foco: 120 cmDiâmetro do filtro: 77 mmElementos: 19 em 16 gruposLâminas: 9Peso: 1755 gPreço: US$ 1,8 mil

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• Fotografe Melhor no 23742

EQUIPAMENTO

Disponível com encaixe para câmerasMicro Quatro Terços ou Sony E, essa lentefixa tem sistema de foco automático commotor de passo, que possibilita precisãoe suavidade durante a focalização. Outrodestaque é a abertura de f/1.4.

30 MM F/1.4 DC DNDistância mínima de foco: 30 cmDiâmetro do filtro: 52 mmElementos: 9 em 7 gruposLâminas: 9Peso: 265 gPreço: US$ 340

A série Art da Sigma é composta de len-tes de qualidade superior, como essa fixagrande-angular feita com encaixes paraNikon F, Canon EF e Sigma FA. Esse modelo,feito para câmeras full frame, oferece ele-mentos com dispersão ultrabaixa, para me-lhor nitidez e reprodução de cores.

20 MM F/1.4 DG HSM ARTDistância mínima de foco: 30 cmDiâmetro do filtro: não usaElementos: 15 em 11 gruposLâminas: 9Peso: 950 gPreço: US$ 900

Objetiva zoom grande-angular proje-tada para câmeras full frame, com encaixepara Nikon F, Canon EF e Sigma FA. Seudestaque é a abertura constante de f/2 eo motor de foco hipersônico (HSM), quepossibilita focalização mais rápida e silen-ciosa do que o convencional.

24-35 MM F/2 DG HSM ARTDistância mínima de foco: 28 cmDiâmetro do filtro: 82 mmElementos: 18 em 13 gruposLâminas: 9Peso: 940 gPreço: US$ 800

Modelo zoom de qualidade óptica su-perior ao convencional da marca, comconstrução robusta e projetado para câ-meras APS-C com encaixe para Nikon F,Canon EF e Sigma FA (equivalente a75-150 mm). Tem abertura constante def/1.8 e anel para tripé incorporado.

50-100 MM F/1.8 DC HSM ARTDistância mínima de foco: 95 cmDiâmetro do filtro: 82 mmElementos: 21 em 15 gruposLâminas: 9Peso: 1490 gPreço: US$ 1,1 mil

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Lente fixa grande-angular projetadapara câmeras com sensor full frame e deencaixe Nikon F, Canon EF e Sigma FA.Sua qualidade óptica possibilita imagenscom nitidez elevada, ideal para uso em es-paços abertos como fotos de arquitetura,paisagens e natureza.

24 MM F/1.4 DG HSM ARTDistância mínima de foco: 25 cmDiâmetro do filtro: 77 mmElementos: 15 em 11 gruposLâminas: 9Peso: 665 gPreço: US$ 850

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Projetada para câmeras com sensorAPS-C, como indica a sigla DX no nome,essa zoom grande-angular é disponívelpara câmeras da Nikon, Canon e Sony. Odestaque é a abertura constante de f/2 emtodo o zoom, que é curto, mas trabalhacom distâncias focais bem amplas.

AT-X 14-20 MM F/2 PRO DXDDistância mínima de foco: 28 cmDiâmetro do filtro: 82 mmElementos: 13 em 11 gruposLâminas: 9Peso: 725 gPreço: US$ 850

Modelo com zoom acentuado e aberturaconstante de f/2.8, que traz muita herança dalente Tokina 11-16 mm, a qual substitui, am-pliando um pouco mais na distância focal. Mas,na prática, a diferença entre elas é mais evidentena qualidade óptica, que foi bem aprimorada.

AT-X PRO 11-20 MM F/2.8 PRO DXDistância mínima de foco: 28 cmDiâmetro do filtro: 82 mmElementos: 14 em 12 gruposLâminas: 9Peso: 560 gPreço: US$ 600

Primeira lente da marca com distânciafocal de 85 mm e sistema de estabilizaçãode imagem. Idealizada para câmeras fullframe (como indica a sigla DI no nome),essa lente traz elementos ópticos de baixadispersão, o que ajuda na melhoria da qua-lidade de imagem e aumento da nitidez.

SP 85 MM F/1.8 DI VC USDDistância mínima de foco: 80 cmDiâmetro do filtro: 67 mmElementos: 13 em 9 gruposLâminas: 9Peso: 700 gPreço: US$ 750

Feita para câmeras full frame e comencaixe para Nikon F, Canon EF e SonyAlpha, essa atualização do modelo an-terior teve o sistema de estabilizaçãoaprimorado. É uma boa alternativa comessa distância focal para uso em fotosde macro, com ampliação de 1:1.

SP 90 MM F/2.8 DI VC USD 1:1 MACRODistância mínima de foco: 30 cmDiâmetro do filtro: 62 mmElementos: 14 em 11 gruposLâminas: 9Peso: 609 gPreço: US$ 650

Lente fixa para câmerasfull framecomencaixe para Nikon F, Canon Ef e SonyAlpha. Seu destaque é o motor de foco ul-trassônico (USD), mais rápido e silenciosodo que o convencional. Tem proteção contraumidade e poeira e revestimento no ele-mento frontal que repele água e óleo.

SP 35 MM F/1.8 DI VC USDDistância mínima de foco: 20 cmDiâmetro do filtro: 67 mmElementos: 10 em 9 gruposLâminas: 9Peso: 480 gPreço: US$ 600

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• Fotografe Melhor no 23744

EQUIPAMENTO

A sigla DI-II mostra que essa lente écompatível com câmeras APS-C de encaixeNikon F, Canon EF e Sony Alpha. É umazoom de alto alcance, feita para ter uso emdiversas situações de foto. Como tem mui-tos elementos ópticos na construção, a ni-tidez da imagem fica limitada.

18-200 MM F/3.5-5.6 DI-II VCDistância mínima de foco: 49 cmDiâmetro do filtro: 62 mmElementos: 16 em 14 gruposLâminas: 7Peso: 400 gPreço: US$ 250

Integrante da nova linha da Zeiss pro-duzida para câmeras da Sony com encaixeE e FE (mirrorless full frame e APS-C),essa lente grande-angular fixa tem qua-lidade óptica superior e um charmoso visorLCD no corpo que exibe a distância do planoem foco e a profundidade de campo.

ZEISS BATIS 18 MM F/2.8 Distância mínima de foco: 25 cmDiâmetro do filtro: 77 mmElementos: 11 em 10 gruposLâminas: 9Peso: 330 gPreço: US$ 1,5 mil

Baseado nos projetos das lentes ZeissDistagon, esse modelo produzido para câ-meras mirrorless da Sony oferece distânciafocal fixa e abertura de f/2.8. Os elementosópticos têm tratamento contra imperfei-ções na imagem, como vinheta e aberra-ções cromáticas.

ZEISS LOXIA 21 MM F/2.8Distância mínima de foco: 25 cmDiâmetro do filtro: 52 mmElementos: 11 em 9 gruposLâminas: 7Peso: 394 gPreço: US$ 1,5 mil

Objetiva fixa meia-tele produzida paracâmeras mirrorless de encaixe Sony E.Embora seja projetada para full frame,pode ser usada em modelos APS-C, nosquais gera uma distância focal equivalentea 127 mm. Esse modelo traz revestimentoT*, que minimiza reflexos na lente.

ZEISS BATIS 85 MM F/1.8 Distância mínima de foco: 80 cmDiâmetro do filtro: 67 mmElementos: 10 em 8 gruposLâminas: 9Peso: 475 gPreço: US$ 1,2 mil

Um dos destaques da série Zeiss Batisé o visor LCD no próprio corpo da lente,que exibe a distância de foco e a profundi-dade de campo. Contudo, a qualidade ópticada família é excepcional, como nessa lentefixa de 25 mm e abertura f/2.

ZEISS BATIS 25 MM F/2Distância mínima de foco: 20 cmDiâmetro do filtro: 67 mmElementos: 10 em 8 gruposLâminas: 7Peso: 335 gPreço: US$ 1,3 mil

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DICAS DO ESPECIALISTA

10FOTOGRAFIA DE CASAMENTO

RESPONDIDAS POR UM ESPECIALISTA

grandesdúvidas

Confira as principais dicas passadas pelo renomado fotógrafo ViníciusMatos e fique mais bem preparado para a hora de cobrir um casamento

Dúvidas sobre como dirigir o casal em book de noivossão as primeiras da lista apontadas pelo especialista

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eja profissional ou aspirante a fo-tógrafo, dúvidas relacionadas atécnica, divulgação ou equipamen-to sempre vão existir, ainda maisse tratando de um segmento tãoamplo como é a fotografia de ca-

samento... Especialista no assunto, o fo-tógrafo Vinícius Matos foi convidado porFFotografe para listar as dez dúvidas queele também, como professor da Escola deImagem, recebe diariamente de seus alu-nos. Veja as respostas e confira como ficarbem preparado para o seu próximo evento.

1Como fazer a direção do casal parafotos de book de noivos?A direção de fotografia depende da ca-

pacidade do fotógrafo de se conectar como casal, diz Vinícius. Um bom profissionalcom habilidades em dirigir as pessoas ge-ralmente se coloca no lugar do outro e fazcom que a pessoa fotografada sinta-se àvontade diante da câmera.

Essa empatia depende muito da ca-pacidade do profissional em fazer com

que o outro se sinta especial. A dica éouvir e fazer perguntas aos noivos.

Uma boa maneira de aprofundar arelação e se aproximar do casal estásimplesmente em fazer um briefing pré-vio com eles. Essa pesquisa pode sertanto presencial quanto feita por telefoneou videoconferência.

Perguntar, além de trazer informa-ções importantes sobre os noivos, provao interesse que o fotógrafo tem pelocliente. Nenhuma técnica de direção se-rá suficiente sem conexão entre fotó-grafo e fotografado.

2 Que equipamentos usar para tra-balhar nesse segmento?Equipamento é sempre um assunto

polêmico. Em 14 anos de carreira, ViníciusMatos descobriu que menos é sempremais. Para os fotógrafos iniciantes em ca-samentos, o especialista indica dois corposde câmeras, um oficial e outro de backup(preferencialmente ambas full framee domesmo modelo); uma telezoom 24-70

SPOR LIVIA CAPELI

Se o fotógrafo não tiver uma boa

conexão com osnoivos, a direçãodurante o ensaio

pode ser afetada eo resultado ficar

aquém do esperado

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DICAS DO ESPECIALISTA

mm para usar no dia do casamento;uma teleobjetiva fixa, como a 135mm f/2.8, para o casamento e prin-cipalmente para usar durante os en-saios e nos detalhes (alianças, sa-patos). “As objetivas fixas podem sermais difíceis de serem usadas pornão proporcionarem versatilidade,entretanto, oferecem resultadoscom maior nitidez, são muito maisleves e normalmente focam maisrapidamente”, explica.

Dois flashes, preferencialmentedo mesmo modelo. Caso um seja

danificado durante o evento, o outropode ser usado como reserva. Termodelos iguais facilita o trabalho, nocaso de troca, pois ganha-se veloci-dade já que o funcionamento delesé exatamente o mesmo.

3 Como ser mais criativo duranteo registro de um casamento?Adote algumas técnicas: tanto

nos casamentos, quanto nos ensaioscom os noivos faça intervalos entreo tradicional e o conceitual. Depoisde fazer a foto tradicional para o

cliente, inove, experimente e façaalgo criativo para si. Arrisque-se etente algo novo depois de registraras imagens esperadas pelos noivos.

Para conseguir algo novo per-gunte a si mesmo: como poderia fo-tografar um buquê de forma dife-rente? Como fotografar o casal mos-trando apenas o rosto? Qual parteda cena é possível cortar para fazeralgo diferente e interessante? A cria-tividade é 90% de esforço e atitudese 10% de talento.

4 Quantas pessoas participamda equipe de fotografia?Vinícius Matos conta atualmente

com três pessoas na equipe. O pri-meiro fotógrafo é o de segurança,aquele que normalmente garanteas imagens tradicionais, as que osnoivos sempre querem. Ele registrao making of do noivo e depois a ce-rimônia e recepção. O segundo tema função criativa. Normalmente é opróprio Vinícius quem faz esse papel,ficando livre para arriscar em fotosmais ousadas e criativas, pois já con-ta com o fotógrafo de segurança. Éo segundo fotógrafo também queclica o making ofda noiva. E, por úl-timo, o assistente de iluminação,que também cuida da segurançados equipamentos.

5 Como divulgar o trabalho defotografia na área? Vinícius defende que uma boa

estratégia de marketing de serviçosdepende muito do tradicional bocaa boca. E isso está vinculado ao graude satisfação do cliente. O lema“prometa menos e entregue” maisé fundamental. Uma boa estratégiaé adiantar prazos, entregar maisfotos do que o combinado, prepararalgumas surpresas e fazer com quea experiência em contratar os ser-viços de fotografia seja especial. Osclientes satisfeitos indicarão e de-

O mesmo momento: ao lado, oregistro feito pelo fotógrafo desegurança da equipe e, abaixo,a foto criativa clicada peloprofissional da criatividade

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fenderão o trabalho do fotógrafodiante de familiares e amigos. Apartir daí cria-se uma corrente.

6 Como montar um bom portfó-lio de fotos de casamento? Seja breve na galeria de portfólio

do site e não coloque mais do que30 imagens. Mostre fotos de todosos momentos do casamento:makingof, cerimônia e festa. Insira detalhes,planos abertos, retratos dos noivos(coloque retratos de gente bonita,pois isso ajudará nas vendas) e nãose esqueça dos momentos – um fo-tógrafo de casamento conta históriasque, por sua vez, dependem dos mo-mentos especiais. Inspire-se na es-trutura adotada por Vinícius paramontar um portfólio: 15% das ima-

gens são detalhes, 10% fotos pano-râmicas (planos abertos), 25% re-tratos posados e 55% momentos es-peciais. Faça com que os visitantesdo site tenham vontade de sabermais sobre o trabalho ali mostrado.O fato é que a venda do serviço nor-malmente se concretiza com o aten-dimento presencial.

7 Por quanto tempo um fotógra-fo deve permanecer no casa-

mento para o registro?Vinícius conta que até 2013 acre-

ditava que ficar até o final de um ca-samento era uma tolice. Com o tem-po, ele aprendeu que cada casamen-to é um acontecimento único. Desdeessa época, fica até o final.

Isso, segundo ele, permite foto-

grafar as pessoas mais importantespara o casal, pois elas são sempreas últimas a ir embora. Além disso,o especialista acredita que ficar atéo final cria uma conexão maior comas pessoas. Ele aproveita para fazeramizades e conseguir se aproximarmais dos convidados. Isso gera ima-gens mais fortes, emocionantes etambém novos clientes – os amigosmais próximos, familiares e padri-nhos com os quais cria vínculo.

O tempo de um casamento podevariar de 8 a 14 horas, contando des-de o registro do making of até o finalda festa. O fotógrafo precisa sair decasa com a certeza de que não háhora para voltar e seguro de que seconectará ao máximo com a históriadaquele casamento.

Um portfólio de casamento engloba todos os momentos do evento: vale usar fotos de detalhes, planos abertos... FFo

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DICAS DO ESPECIALISTA

8 Fotografar um casamento comou sem flash?Tudo depende muito da ilumi-

nação. Se a luz ambiente ou naturalé muito boa, arrisque fotografarsem o flash. Uma luz boa paraVinícius é a que normalmente ilu-mina, em primeiro lugar, os olhosdos fotografados. Muitas vezes,

em algumas igrejas, há luz am-biente suficiente, porém a quali-dade dela no rosto das pessoasdeixa a desejar. É uma luz que vemde cima, cria sombras nos olhose gera um efeito de olheira – “comose as pessoas tivessem olhos depanda”, diz. Nesses casos, o fotó-grafo tem de usar uma luz para

preencher a região dos olhos.Portanto, vale a pena optar pelatécnica do flash remoto, fora dacâmera, ou usar o próprio flash dacâmera, mas rebatido. Isso me-lhorará a qualidade na luz que ilu-mina o rosto dos fotografados.

9 Qual deve ser a qualidade equantidade dos arquivos?Vinícius fotografa todo o casa-

mento com formato RAW. A equipedele produz, em média, entre 6 mile 10 mil cliques. Para o especialista,o fotógrafo não deve se contentarcom apenas uma só imagem boa deuma cena: deve clicar buscando me-lhorar a composição e a luz. Devese aproximar, se afastar, mudar oenquadramento... Após a edição, elemanda as imagens em baixa reso-lução (em arquivo JPEG) para o clien-te escolher. Nesse momento, aquantidade ideal para enviar é de15% a 20% das imagens registradas.Os arquivos em alta resolução sãoentregues em um pendrive, juntocom o álbum, no final do processo.

10 O pacote de serviços devesempre incluir o álbum?

Embora o álbum aumente os cus-tos e existam ainda casais que quei-ram comprar apenas as fotos gra-vadas em DVD, o fotógrafo deve ven-der a ideia de que fotografia é me-mória. As mídias digitais podem sedanificar ao longo do tempo, porém,já os impressos duram muito mais.

A dica de Vinícius Matos parafotógrafos que têm dificuldade deincluir o álbum em suas propostasé integrar a elas um crédito paraque o cliente possa, depois do ca-samento, escolher um álbum quecaiba no bolso dele. Essa estratégiaincentiva os noivos a pensar no ál-bum depois de casados e resolve oproblema em alguns casos.

Ao lado, note como a fotofeita com flash proporcionapreenchimento no rosto dosretratados; abaixo, a imagemfeita sem uso de flash

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EF 11-24mm f/4L USM Conheça a mais poderosa zoom grande-angular do planeta

Até o ano passado, aCanon dispunha de trêslentes grande-angulares

profissionais da série L: a EF 16-35mm f/2.8L II USM, a EF 17-40mm f/4L USM e a EF16-35mm f/4L IS USM. Quemdesejasse uma grande-angularmais abrangente precisavarecorrer a uma fisheye (olho-de-

peixe). Mas, com o lançamentoda EF 11-24mm f/4L USM, aCanon passa a dispor de umagrande-angular profissionalainda mais poderosa e versátil.

Com distância focal a partirde 11 mm, a nova lente ampliaas possibilidades criativas dosfotógrafos com uso de grande-angular. O ângulo de cobertura

de 117° é o maior ângulo devisão de uma lente Canondepois da fisheye EF 8-15mmf/4L USM, o dobro de campovisual comparado a uma 16mm. Trata-se de uma lenteexcelente para uso emfotografia de natureza,fotojornalismo, arquitetura emesmo para retratos, tendo a

Horseshoe Bend Canyon, noArizona, registrado emdistância focal 15mm

INFORME PUBLICITÁRIO

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INFORME PUBLICITÁRIO

Ficha Técnica Distância Focal: 11-24mm (full frame)Abertura máxima: f/4Abertura mínima: f/22Elementos: 16 elementos em 11 gruposDistância mínima de foco: 0,28m (em24mm) e 0,32m (em 11mm)Peso: 1.180g

pessoa inserida no cenário.Dispõe da alta qualidade deimagem e engenharia daslentes da série L, fornecendofotografias de grande nitidez,sem apresentar vinhetas oudistorções geométricas típicasdas grande-angulares maisabrangentes. Essa característicadeve-se ao inovador designótico da EF 11-24mm f/4L USM.

Construída com 16elementos divididos em 11grupos, a lente inclui a maiorquantidade de cristais especiaisnuma só objetiva. São quatroelementos asféricos, utilizadospara reduzir distorçõesgeométricas, como o “efeitobarril”, o arredondamento de

linhas verticais e horizontais. Ésurpreendente a simetria daslinhas nas imagens captadascom a EF 11-24mm f/4L USMem todas as distâncias focais.Possui também dois elementosUD (ultra low dispersion) paraeliminar problemas deaberrações cromáticas docentro às bordas das imagens.

É a primeira lente de todalinha profissional da Canon areceber uma nova tecnologiade revestimentos anti-reflexosde última geração, o SWC(Subwave Structure Coating) eo ASC (Air Sphere Coating), queenvolvem três elementos óticosdo conjunto com a finalidadede evitar flare indesejável e

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melhorar o contraste e asaturação das cores nassituações de contraluz.

Para completar, incorporarevestimentos à base de flúornos elementos frontal e traseiro,para reduzir a aderência degordura e tornar sua limpezamais simples, apenas com o usode uma flanela seca.

Todo esse conjunto éprotegido por um corpometálico, com vedações contraentrada de água e poeira, o quetorna essa lente muito durável eresistente mesmo para o usointenso do trabalho profissionalde jornalismo ou em condiçõesseveras na natureza. Trata-se deuma lente robusta, que pesa1.180g, e de construção muitoprecisa, sem folgas, e comrotações suaves dos anéis defoco e zoom.

É importante considerar acurvatura acentuada doelemento frontal da EF 11-24mm f/4L USM, que a tornasemelhante, na aparência, auma fisheye. Essa característicaimpossibilita o uso de filtros UVe polarizador, além de exigirmaior cuidado no manuseio,para evitar arranhões e batidasno cristal dianteiro. Paraprotegê-lo, há duas abas lateraisproeminentes e não-

Detalhe ampliado de imagem registradacom câmera Canon EOS 5D Mark III,velocidade 1/160s, abertura f/8 e ISO 100

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A EF 11-24mm f/4L USM possui um sofisticada concepção ótica. É construída com 16 elementos divididos em 11grupos. Inclui quatro cristais asféricos, para reduzir distorções geométricas, como o “efeito barril”; e doiselementos UD (ultra low dispersion), para eliminar aberrações cromáticas. Ganhou ainda revestimentos anti-reflexos, como o SWC (Subwave Structure Coating) e o ASC (Air Sphere Coating), para minimizar flare; erevestimentos à base de flúor no elemento frontal e traseiro, para reduzir a aderência de gordura.

Zoom

Raio-X

SUPER UD

ELEMENTO ASFÉRICO

REVESTIMENTODE FLÚOR

REVESTIMENTODE FLÚOR

ELEMENTOS ASFÉRICOS

11 mm 14 mm 16 mm 24 mm

SWC ASC

UD

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desacopláveis, que sãointegradas à estrutura da lente.

Efeitos criativosA distância mínima de foco

da EF 11-24mm f/4L USM é deapenas 28 cm (em posição24mm) e de 32cm (em 11mm).Isso permite fotografar a curtadistância do assunto e criarimagens com um interessanteefeito visual, com o exagero deperspectiva e a ampliação doassunto em primeiro plano.Fotojornalistas costumamaproveitar esse “efeito” para criarimagens expressivas e atéengraçadas, como os retratosbem-humorados, onde apessoa fotografada bem pertoaparece maior e deformada emrelação ao resto doenquadramento. Em closes derostos, em posição 11mm, adistorção aumenta o tamanhodo nariz e cria um divertidoefeito caricato.

Isso sem contar aspossibilidades criativas parafotografias de paisagens, cenasde rua, decoração de ambientesinternos, vistas gerais deeventos sociais e mesmo paraimagens científicas e deastronomia, como as fotosnoturnas de céu estrelado.

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O flare é um fenômeno que surge quando se fotografacontra o sol ou em situações de forte contraluz. Elereduz o contraste geral da imagem, desatura as corese ainda provoca o aparecimento de halos circularescoloridos, conhecidos como “ghosts”. Embora sejacomum nas grande-angulares mais abrangentes, oproblema é minimizado na EF 11-24mm f/4L USM,devido às novas tecnologias de revestimento ótico(coating), o SWC (Subwavelength Structure Coating)e ASC (AirSphere Coating), que essa lente incorpora.Os revestimentos (em três elementos óticos doconjunto frontal) têm alto poder anti-reflexo que,além de evitar aparecimento de flare e ghosts nasimagens, melhoraram também o contraste e areprodução das cores. Confira exemplo abaixo:

Controle de Flare

com SWC e ASCsem SWC e ASC

O ASC é uma tecnologia que forma umapelícula com esferas de ar. O revestimentotem baixo índice de refração e excelenteefeito anti-reflexo.

O Antelope Canyon, noArizona, fotografado com a

lente EF 11-24mm f/4L USM;abertura f/11, velocidade 1/4s

e sensibilidade ISO 400

Para as câmeras de sensorAPS-C, a melhor alternativa parazoom grande-angular é a EF-S10-22mm f/3.5-4.5 USM, queequivale a uma 16-35 mm, emformato 35mm. Oferece boaqualidade de imagem, autofocorápido e preço bastanteatraente. Para mais informaçõessobre essas e outras lentes,acesse: www.canon.br/lentes,www.canon.com.br/lentes-l ewww.canoncollege.com.br

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• Fotografe Melhor no 23758

CULTURA

oi em um caminho marcado pelaságuas e pontuado por pedras quea fotógrafa carioca Anna Kahn fler-tou com os temas esquecimentoe ausência que resultou no livroOriente, vencedor do Prêmio Foto

em Pauta 2015. Em 2012, a fotógrafa foipremiada com uma residência artísticana China, onde passou cerca de dois me-ses na província de Yunnan, na cidade deDali e arredores. Sem saber ao certo qualdestino seu trabalho poderia seguir, Annasaiu para investigar a região.

Hospedada em frente a um grande la-go, a fotógrafa vislumbrou que o elementoágua poderia ser um caminho. Em seguida,pensou na pedra porque a região onde es-tava era um antigo centro de extração demármore. A partir desses dois pontos,Anna começou a investigar o sentimentode ausência e esquecimento que tinha aocaminhar pelas ruas da província chinesa.

“O cotidiano deles é muito diferentedo nosso. Os chineses vivem o presente.Estava hospedada em uma cidade histó-rica, mas pelo menos dois terços dela es-

F

A arte de vivero presente

Premiado,primeiro livro dafotógrafa AnnaKahn, Oriente,procura retrataras ausências eo esquecimentoem uma parte domundo chinês

POR KARINA SÉRGIO GOMES

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Carpas em uma bacia:a fotógrafa Anna Kahnfez as primeiras fotosem Dali, na província

de Yunnan, China

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Detalhes que remetem a esquecimento e ausência estão presentes no livro Oriente, primeira publicação da autora

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• Fotografe Melhor no 23760

CULTURA

tavam sendo reconstruídos. Se elespodem fazer maior e melhor, porque não? Esse é o pensamento. Elesvivem o que está acontecendo nomomento”, explica Anna.

Nessa primeira viagem, ela tra-balhou com uma médio-formatoMamya RZ67, pois a residência po-deria pagar pelos negativos 6x7, re-velação e digitalização. Tambémcontava com um motorista paratransportar o equipamento.

No ano seguinte, Anna voltoupara o Oriente para um festival in-ternacional de fotografia promo-vido pela organização InvisiblePhotographer Asia (IPA). Aprovei -tou a ida ao evento e ficou um mêse meio para completar o ensaio –dessa vez com uma Nikon D800 –e fotografou Taipé, capital de Tai -wan (país democrático oriundo deuma dissidência da China comu-

nista). Nesta ilha, visitou ainda odistrito de Tamsui e vilarejos nolado norte. Foi ainda a Hong Konge Macau, hoje duas regiões admi-nistrativas especiais da China eex-territórios britânico e portu-guês, respectivamente.

NASCE UM LIVROCom uma produção consistente,

a fotógrafa começou a pensar no for-mato do trabalho. Depois de passarum bom tempo dedicada a exposi-ções, instalações de fotografia e ví-deo, entre 2014 e 2015, se aproximouda ideia de fazer um livro.

Com a criação do Prêmio Fotoem Pauta, concurso para editar umlivro de fotografia para novos autores,criado dentro do Festival de Foto -grafia de Tiradentes (MG), o estímuloque faltava surgiu. “A exposição temum lado efêmero. O livro é uma opção

mais democrática, que pode circulare ser levado para vários lugares”,afirma Anna Kahn.

Foram seis meses para editar,sem pressa, o trabalho até a data deenvio para o concurso. Período quefez toda a diferença para que Annapudesse compreender o conjuntodas imagens e construir uma nar-rativa consistente. “É bom ter tempopara construir um sentido para otrabalho. Essa é a magia da edição”,diz. Para ela, o ato de editar é umtrabalho solo. Anna defende que ofotógrafo precisa saber fazer isso edeve reconhecer qual é a boa fotoou o melhor conjunto de imagens.

Nesse processo, primeiro ela fezuma seleção provisória e questionoua escolha até chegar à edição final.No caso do livro, pôde conviver maistempo com as imagens, mas issonem sempre é necessário – como é

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Junho 2016 • 61

o caso quando você trabalha para umapublicação periódica. O importante é o au-tor escolher consistentemente e organizaruma sequência que faça sentido e tenharitmo. A edição, diz ela, é mais importantedo que o clique. A hora de fotografar équando se pode experimentar, pesquisar,delirar, fazer fotos inconsequentes porqueé fácil apertar o botão de disparo e, depois,descartar. “Mas quando um fotógrafo estádiante de uma centena de imagens paraeditar há inúmeras possibilidades de darrecortes diferentes ao trabalho”, define.

O PRÊMIOCom número de páginas e tamanho

definidos pelo concurso, Anna tinha a li-mitação de selecionar no máximo 64 ima-gens, caso fosse colocar uma em cada pá-gina. Ao lado da designer Ana Soter, a fo-tógrafa definiu o projeto gráfico dandodestaque para algumas fotos, páginas embranco para dar respiros e outras (poucas)

apenas com textos. Por conta dessas de-cisões, o número de fotos ficou mais re-duzido: 47. Anna convidou dois críticospara escrever textos sobre o trabalho: obrasileiro Pedro Afonso Vasquez e o chinêsJean Loh. Os dois artigos foram colocadosno centro do livro, dividindo a narrativaentre oriental e ocidental, assim como oMeridiano de Greenwich divide o mundo.

O trabalho de Anna Kahn foi selecio-nado entre os 114 projetos enviados daprimeira edição do Prêmio Foto em Pauta.O objetivo do concurso é premiar fotógrafoscom a publicação do primeiro livro, quedeve ter 64 páginas de tamanho máximode 23 x 23 cm. Conta com o apoio da gráficaIpsis para a impressão e da editora Tempod'Imagem para a edição – a seleção paraa próxima edição do concurso vai até dia15 de julho de 2016, informações no siteffotoempauta.com.br/premio/.

Segundo Eugênio Savio, organizadordo Festival Foto em Pauta Tiradentes e

Para trabalharcom a temática da

ausência e doesquecimento, a

fotógrafa focounos elementoságua e pedra e

buscou detalhesque dialogassem

com esseselementos

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• Fotografe Melhor no 23762

CULTURA

mem bro da comissão julgadora, o livro deAnna chegou pronto. “É um trabalho quemostra muita maturidade. É investigativo,mas também pessoal”, ressalta. TiagoSantana e Isabel Santana Terron, da Tempod'Imagem, também destacam o pensa-mento bem construído de Anna. “A basedo livro já estava pronta. Só indicamos umaou outra mudança”, lembra Tiago.

Isabel conta que, depois de vencer oconcurso, Anna participou de todo o pro-cesso: escolha do papel, da impressão,do tratamento e também das pequenasmudanças. Como se tratava de uma obraconcisa, a fotógrafa tinha separado umconjunto de fotos que não entraram naprimeira seleção e levou para Isabel exa-minar. A editora acabou sugerindo a en-trada de algumas que não estavam no pro-jeto original e a retirada de outras paradar mais ritmo à narrativa.

NO CAPRICHOA edição do livro é muito bem-feita,

tanto gráfica como narrativamente, atrain-do o olhar do início ao fim. Água e pedra,pedra e água, semelhanças gráficas, opo-sições e semelhanças visuais e cromáticas,

cores saturadas ou esmaecidas... Enfim,detalhes que ligam uma foto à outra ecriam um clima de mistério e que remetemao esquecimento e à ausência que pau-taram o olhar da fotógrafa.

A paleta cromática de Anna Khan, 48anos, lembra a do brasileiro Miguel RioBranco e também a do japonês HirosukeKitamura – algo reconhecido pela fotó-grafa, que chegou a imprimir trabalhosno mesmo lugar que Rio Branco em Paris,onde ela viveu de 1999 a 2007 e trabalhoupara diversas revistas e jornais brasileiros.Como referências, ela cita ainda a fotógrafaamericana Diane Arbus (1923-1971) e ofrancês Antoine d'Ágata, além de duas ar-tistas contemporâneas, a francesa SophieCalle e sérvia Marina Abramovich.

Em Oriente, Anna deixa claro a formainstigante e misteriosa como vê o mundo.As imagens incitam dúvidas no leitor. Poronde escorrem essas águas? O que es-conde essa névoa de pó de mármore?Embora a fotógrafa não responda, deixapistas: no relógio parado às 11h em pontoou no bilhete colado na parede para algumchinês ler. São rastros do tempo que pas-sou e permanece presente em imagens.

Nem tudo parece oque é: esse clima demistério é um dospontos fortes deOriente, que foi oescolhido entre 114obras inscritas noPrêmio Foto emPauta 2015

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• Fotografe Melhor no 23764

CONCURSO

Uma das imagens do documentário do iraniano Asghar Khamseh sobre pessoas mutiladas por ataques com ácido

galeria da grandiosa Somer -set House, em Lon dres, nãoestava lá tão cheia, mas avelocidade com que os gru-pinhos se movimentavamde uma fotografia para outra

revelavam, de uma forma não tãosutil, o quanto o público concordavacom as escolhas da comissão jul-gadora. Todas as imagens ali ex-postas eram referentes à edição de

2016 do Sony World PhotographyAwards, um dos maiores prêmiosdo gênero no mundo. A exceção erao trabalho que recebeu o L’Iris D’Or,o mais importante da premiação:perturbador, ninguém ficava muitotempo diante das imagens do ira-niano Asghar Khamseh.

A série Fire of Hatred (fogo doódio, em tradução livre), feita porele, é sobre pessoas que sofreram

um terrível ato de violência: parentesou ex-parceiros jogaram ácido nelascom a intenção de desfigurá-la emutilá-la. O resultado arrepia, masé, no entanto, uma realidade rela-tivamente frequente na cultura doOriente Médio, entre árabes, ira-nianos e outros povos.

Foi isso que levou o júri a con-ceder a Khamseh o prêmio máximo:o documentário do fotógrafo é visto

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CONHEÇA OS VENCEDORES DO

Sony Awards 2016Violência e belezas naturais foram os temas centrais do concurso que

teve os ganhadores anunciados em uma cerimônia luxuosa em Londres

POR GABRIELLE WINANDY, DE LONDRES

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Acima, vagalumes registrados pelo japonês Kei Nomiyama, fotógrafo do anono concurso; abaixo, retrato feito pelo americano Sam Delaware, de 18 anos

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e

como uma denúncia em forma demarcantes retratos. Khamseh tam-bém ganhou o título de ProfessionalPhotographer of the Year. No total,recebeu, além de equipamentos daSony, US$ 25 mil em dinheiro.

VAGALUMES JAPONESESKei Nomiyama, professor asso-

ciado PhD, especializado em quí-mica do meio ambiente e parte docorpo docente da UniversidadeEhime, no Japão, fotografa comohobby. Em uma de suas expediçõespelas montanhas da Ilha de Shikoku(a menor e menos populosa dasquatro ilhas principais da penínsulaonde o Japão está localizado), eleviu um cenário que julgou deslum-brante: vários vagalumes de umaespécie chamada Luciola Parvula.

Imediatamente pegou a câmerae fez um registro – uma boa ideia, jáque a imagem deu a ele o título deOpen Photographer of the Year, comdireito a um prêmio em dinheiro deU$ 5 mil dólares. Já na categoria ho-

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• Fotografe Melhor no 2376666

CONCURSO

norária Youth Photographer of theYear, o vencedor foi o norte-ameri-cano Sam Delaware, nascido emFreeport, Maine. Sam, de 18 anosde idade, fotografa avidamente des-de os 12, e foi premiado pelo retratoexpressivo que fez da irmã. E, com17 anos apenas, o iraniano SepehrJamshidi Fard foi o vencedor na ca-tegoria Culture dentro de Youth.

Já em Student Focus of the Year,o destaque foi para a finlandesa SofiaJern, de 23 anos, que fez uma sériede fotos sobre garotos chamados deglue boys(meninos da cola, em tra-dução livre). Eles são assim conhe-cidos pela droga que usam e pelofato de que vivem à margem da so-ciedade, fora da realidade, nas ruasmais afastadas de Kitale, no Quênia.

MUITAS CATEGORIASO Sony Awar ds tem muitas cate -

gorias: são 10 em Open, 14 em Pro -fessional e três para jovens fotógra-fos. Na Open, em que podem parti-cipar amadores e profissionais, pelaprimeira vez houve a vitória de umbrasileiro, Alexandre Meneghini, nacategoria People (veja mais detalhesna edição 236).

Os outros nove premiados foram:Andrej Tarfila, da Eslovênia, na ca-tegoria Travel; Markus van Hauten,da Alemanha, na categoria Pano -ramic; Pedro Diaz Molins, da Espa -nha, na categoria Enhan ced; Ale -xan der Ingle, da Grã-Bretanha, na

Duas imagens do documentário feito no Quênia pela finlandesa Sofia Jern, vencedora na categoria para estudantes

Acima, paisagem vencedora da categoria Travel em foto de Andrej Tarfila;abaixo, a ganhadora em Panoramic, registrada por Markus van Hauten

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categoria Smile; Swee Choo Oh, daMalásia, na categoria Arts and Cul -ture; Filip Wolak, da Polônia, na ca-tegoria Architecture; Michaela Smi -dová, da República Checa, na cate-goria Nature & Wildlife; ChaiyotChanyam, da Tailândia, na categoriaSplit Second; e o japonês Kei Nomi -ya ma, na categoria Low Light, quefoi também eleito o fotógrafo do ano.

PROFISSIONAISEntre os profissionais, o Sony

Awards julga ensaios, documentáriose reportagens – não fotos isoladas.O iraniano Khamseh venceu tambémna categoria Con tem porary Issuescom seu documentário sobre os mu-tilados por ácido. Na categoria

Staged, o primeiro lugar ficou como italiano Alberto Alicata, que usoubonecas Barbie para reproduzir ima-gens conhecidas de fotógrafos comoRichard Avedon e Irving Penn.

A francesa Amelie Labourdettefez uma série sobre prédios aban-donados no sul da Itália e venceu nacategoria Architecture. O gregoAngelos Tzortzinis foi o destaque deCurrent Affairs ao retratar a atualcrise de refugiados em busca de asilo

na Europa entrando pela Grécia.Em Daily Life, o norueguês Espen

Rasmussen retratou a crise de dro-gas, alcoolismo e dificuldades finan-ceiras que afeta as famílias ameri-canas que perderam empregos li-gados a minas de carvão.

Jetmir Idrizi, de Kosovo, venceuna categoria Campaign com o projetodenominado TransBrasil, que discuteidentidade sexual e de gênero. EmConceptual, o francês Julien Mauve

Acima, cena inusitada captada por Pedro Diaz Molins;abaixo, a alegria do bebê em foto de Alexander Ingle

Imagens do cotidiano: acima, de Sepehr Jamshidi, de17 anos, do Irã; abaixo, de Swee Choo Oh, da Malásia

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Flagrante dobrasileiro

AlexandreMeneghini em

Cuba, vencedorem People

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• Fotografe Melhor no 23768

ganhou fotos de cenas românticas fakesentre um casal de astronautas em Marte.

O canadense Kevin Frayer foi o melhorem duas categorias: Environ ment e People.Na primeira, documentou a vida de caça-dores na China ocidental que usam águiase, na segunda, a forma como vivem os nô-mades tibetanos diante do domínio chinêsno país. Já em Candid, o destaque ficoucom a alemã Kirstin Schmitt, que explorou

uma idiossincrasia do povo cubano: a ma-nia de esperar por tudo. Mar cello Bonfanti,da Itália, foi premiado em Portraiture comuma chocante série de retratos de sobre-viventes do vírus Ebola, que se alastrouem países da África em 2015.

A belga Maroesjka Lavigne venceu emLandscape ao retratar paisagens daNamíbia, lugar conhecido pela diversidadede cores, em tons quase monocromáticos.

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Central Park com neve fotografado das alturas pelopolonês Filip Wolak deu a ele o prêmio em Architecture

Acima, fotos de sériespremiadas do gregoAngelos Tzortzinis(sobre refugiados, àesq.) e do norueguêsde Espen Rasmussen(sobre americanosque perderamempregos em minasde carvão, à dir.)

Pombos surpreendidos pela água em fotode Chaiyot Chanyam; abaixo, urso polar serefresca para as lentes de Michaela Smidová

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Já Nikolai Linares, da Dinamarca, foio vencedor da categoria Sports comretratos de boxeadores em um cam-peonato disputado em Copenhague.

Outro italiano, Francesco Amo -ro sino, venceu em Still Life com umasérie que discute uma questão muitoséria: tomates cheios de digitais con-tam a história de imigrantes quemorrem de tanto colhê-los embaixodo sol implacável do sul da Itália.

A edição deste ano marcou umrecorde na história do Sony Awards.

Foram 230.103 imagens inscritas,de fotógrafos provenientes de 186países. Os vencedores foram anun-ciados em uma cerimônia de galaem Londres, no dia 21 de abril. Asimagens premiadas e as finalistasfarão parte de uma exposição iti-nerante, e nos próximos meses se-rão compiladas em um livro, queserá vendido pelo site da organi-zação. Para saber mais, acessewwww.worldphoto.org/ e veja todasas imagens premiadas.

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Casal em Marte, trabalho conceitual de Julien Mauve; e rinoceronte coberto de poeira branca, por Maroesjka Lavigne

Nômades em um Tibete ocupado pela China, de Kevin Frayer, e o cotidiano de cubanos, por Kirstin Schmitt

Imagem do ensaio TransBrasil, de Jetmir Idrizi, e prédios abandonados no sul da Itália, de Amelie Labourdette

Retratos de boxeadoresderam prêmio a NikolaiLinares em Sports

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Foto: Mauro Capozzi

JULHO DE 2016

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• Fotografe Melhor no 23774

aprimoramento do sensor ele-trônico das câmeras digitais,cada vez mais sensível a luz,aumentou a possibilidade desucesso ao se trabalhar comíndices muito baixos de lumi-

nosidade, característica intrínseca dafotografia de estrelas – que coloca de-safios técnicos particulares a sua exe-cução. No contexto da fotografia depaisagem, há muito pouca luz naturaldisponível durante o registro de es-

trelas. Assim, são requeridos longostempos de exposição, da ordem de se-gundos a minutos.

Há, basicamente, dois tipos de fotosque podem ser feitas: com as estrelasregistradas como pontos no céu, tal co-mo se vê naturalmente (constelaçõese Via Láctea, por exemplo); e estrelascaptadas por meio de rastros deixadosno céu, como resultado do movimentode rotação da Terra, o que é uma inter-pretação mais subjetiva do assunto.

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DICAS TÉCNICAS BÁSICAS PARA

fotografarestrelas

Há duas formas deregistrar os astros:como pontos nocéu ou com rastrosno firmamento. Vejacomo fazer, comque lentes e quaisos cuidados a tomar

POR PRÍAMO MELO (TEXTO E FOTOS)

Praia da Cacimba do Padre, em Fernando de Noronha (PE), com Nikkor 14-24 mm em 16 mm, f/2.8, ISO 3.200 e 20s

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Forte dos Remédios,também em Fernandode Noronha: em 14 mm,f/2.8, ISO 3.200 e 13s

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76 • Fotografe Melhor no 23776

Para o primeiro caso, é importantedeterminar um tempo de exposição limitepara que o registro mostre as estrelascomo pontinhos. Para isso, existem ta-belas (veja ao lado) que sugerem temposde exposição máximos em função da dis-tância focal utilizada e do tamanho dosensor da câmera.

Assim, com distância focal de 14 mmem um sensor full frame, por exemplo, otempo de exposição deve ser menor ouigual a 36s para que as estrelas ainda sejamregistradas como pontos. Em um sensorNikon ou Sony APS-C, esse tempo seriade 24s e, em um sensor Canon APS-C,seria de 22s, de acordo com a tabela, poishá de se compensar para o fator de corterelacionado ao tamanho de cada sensor.

OBJETIVAS IDEAISPara os índices muito baixos de lumi-

nosidade, objetivas com diafragmas má-ximos mais amplos são preferíveis, comoas grandes angulares com abertura f/2.8,por exemplo. Os elevados ângulos de visãofornecidos pela grande angular (na faixade 14 mm a 24 mm, tomando como refe-rência o formato 35 mm full frame) sãoideais para composições em que grandesporções do céu entram no quadro.

Objetivas como a Nikkor 14-24 mmf/2.8 ou a Canon 16-35 mm f/2.8, por exem-

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Tabela de referência para fotografar estrelas

TEMPO DE EXPOSIÇÃO, EM SEGUNDOS

Tempos máximos de exposição em função da distância focal efetiva:estrelas registradas como pontos no céu.

Esta tabela foi formulada de acordo com a Regra dos 500, quesugere que o tempo de exposição máximo aceitável, em segundos,suficiente para evitar que as estrelas deixem um rastro no céu,pode ser obtido dividindo-se 500 pela distância focal efetiva(tomando-se como referência o formato 35 mm full frame). Assim,no exemplo com a distância focal de 14 mm, o fotógrafo teria500/14=36s. Se a câmera tiver um sensor menor do que o fullframe, o resultado deve ainda ser dividido pelo fator de cortereferente para que a distância focal efetiva seja usada no cálculo.

Um tripé robustocom cabeça que dê

bastante mobilidadeé fundamental para

esta especialidade

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plo, são candidatas naturais para afotografia de estrelas. Mas, na prá-tica, qualquer objetiva pode ser usa-da, mesmo que não seja uma grandeangular muito luminosa, pois a com-posição da imagem é uma decisãoparticular do fotógrafo, e aberturasmáximas mais restritivas podem sercompensadas com tempos de ex-posição um pouco mais longos.

Com relação à câmera digital,deve-se primeiramente atentar quepara a fotografia de estrelas comopontos no céu os tempos de exposi-ção máximos indicados ilustrativa-mente na tabela podem apenas serobtidos com o uso de valores elevadosde ISO, maiores do que 1.600. Issoimplica que o modelo ideal de câmeratenha um sensor que apresente umbom desempenho em ISO alto, comuma pequena quantidade de ruídoeletrônico (caso típico de câmerascom sensor full frame).

Entre os acessórios fundamen-tais para esse tipo de fotografia, des-tacam-se um tripé robusto com ca-beça de ajuste flexível, que permitaapontar a câmera para o céu comfacilidade, caso de cabeças do tipobola (ball head), e um controle re-

moto para o disparo (ou cabo dispa-rador), especialmente os que te-nham tela de cristal líquido (LCD)com retroiluminação. Isso facilita omonitoramento do tempo de expo-sição, mais acessível ao fotógrafoem ambiente escuro.

FOTOMETRIA E ISOA medição de luz da cena pode

ser feita de acordo com os seguintespassos: use o modo de exposiçãomanual; ajuste a abertura máximado diafragma da objetiva, qualquerque seja ela; regule um valor inicialde ISO igual a 3.200; faça uma expo-sição de teste de 10s de duração;avalie a exposição resultante com aajuda do LCD da câmera e do histo-grama e decida se um tempo de ex-posição maior é ou não necessário;quando o tempo de exposição forajus tado, veja se ele está de acordocom a tabela; se estiver, a fotometriaestá preliminarmente pronta.

Porém, se houver bastante folgano tempo de exposição em relaçãoao valor limite sugerido pela tabela,considere a possibilidade de diminuiro ISO para obter menores níveis deruído eletrônico e aumentar o tempo

Acima, a Nikkor 14-24 mm e, abaixo,a Canon 16-35 mm, lentes com zoomprofissionais recomendadas

Via Láctea registrada desde aPraia da Parnaioca, em Ilha

Grande (RJ), em 24 mm,f/2.8, ISO 6.400 e 15s

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• Fotografe Melhor no 23778

TÉCNICA & PRÁTICA

de exposição proporcionalmente, sempreobservando a tabela. Porém, por outrolado, mesmo se com ISO 3.200 o tempode exposição ainda ultrapassar o valorestabelecido na tabela, então suba maiso valor do ISO para poder diminuir o tempode exposição proporcionalmente.

EQUILÍBRIO DE BRANCOO equilíbrio de branco (white balance)

é o ajuste que define as cores da imagem.Como se recomenda que o fotógrafo ar-mazene as capturas em formato RAW, afim de ter mais flexibilidade no ajuste napós-produção, o equilíbrio de branco podeser deixado em modo automático. Porém,nesse caso, essa escolha vai neutralizarbastante as cores da cena.

Por isso, nesse ponto a experimentaçãopode ser divertida: o fotógrafo pode optarpor usar valores de WB com temperaturasde cor mais baixas, como o modo tungs-tênio (2.850K), deixando o céu com uma

coloração mais azulada; ou então o modosombra (7.500K), escolha que incorporarátons quentes ao céu. Ajustes finos a partirdesses valores podem ser feitos na própriacâmera (usando o controle manual do WB)ou na pós-produção.

FOCALIZAÇÃOUma grande dificuldade para fotografar

em baixa luminosidade é a focalização,pois os sistemas de autofoco das câmerasnão têm bom desempenho nesse tipo desituação. Como aqui as estrelas são asprotagonistas da composição, arranjosmais ousados, como os que envolveriamtambém primeiros planos muito próximosà câmera, não entram. Assim, recomen-da-se que a focalização seja feita de formaa dar máxima nitidez às estrelas, ou seja,a focalização deve ser feita na distânciaconhecida como o “infinito” da objetiva.

Dessa forma, algumas alternativas defocalização podem ser apresentadas: se

Parque Nacional de Yosemite, naCalifórnia, EUA,fotografado com atécnica de estrelas comoponto no céu: Nikkor24-70 mm em 40 mm,f/2.8, ISO 3.200 e 10s

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Junho 2016 • 79

a lua estiver visível no céu, então a foca-lização poderá ser feita nela usando o sis-tema de autofoco da câmera; se uma fontepontual distante de luz estiver disponível(como as luzes de uma casinha ou de umbarco), é possível que o sistema de autofococonsiga usar essa luz para focalizar.

A terceira alternativa é utilizar o sis-tema live view da câmera: apontando-sea lente para um conjunto de estrelas, useo zoom digital do live view até próximo domáximo e ajuste o foco da objetiva apro-ximadamente para o infinito – há uma boachance de alguma estrela mais proemi-nente ser visualizada no LCD e a focaliza-ção manual poderá ser usada para fazero ajuste fino do processo.

A última alternativa é usar a marcaçãode infinito da objetiva, caso ela tenha. Maso problema dessa opção é que essa mar-cação nem sempre é precisa, de formaque a boa prática recomenda que o fotó-grafo teste a localização exata (ou seja, se

é um pouco mais à direita ou à esquerdada marcação da objetiva) antes de ir a cam-po para fotografar estrelas.

Seguramente, a etapa de focalizaçãoé a que pode ser a mais complicada du-rante o processo, em especial quandoas duas primeiras alternativas não es-tiverem disponíveis. A terceira alternativaé provavelmente a mais precisa. A técnicapode ser treinada em casa: basta o fo-tógrafo apontar a câmera, montada numtripé, para algum objeto e realizar a fo-calização de forma manual via live viewcom zoom digital.

RASTRO DE ESTRELASA segunda forma tradicional de foto-

grafia de estrelas é capturar os rastros deluz que os astros deixam no céu devido àrotação da Terra sobre seu eixo. Nessecaso, o procedimento pode começar a par-tir do ponto em que as estrelas são foto-grafadas como pontos no céu.

O mesmo cenárioregistrado com a

técnica que faz asestrelas formarem

rastros no céu: 38 mm, f/8, ISO 100 e

longa exposição de 20 minutos

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• Fotografe Melhor no 23780

TÉCNICA & PRÁTICA

Assim, por exemplo, caso a fotometriafinal do procedimento anterior tenha sidof/2.8, ISO 6.400 e 15s, a partir desse pontoé possível diminuir o ISO e aumentar pro-porcionalmente o tempo de exposição. Ouseja, ao reduzir o ISO para 100, a exposiçãoterá sido “fechada” em 6 pontos de luznessa variável. Logo, para obter uma ex-posição equivalente, o fotógrafo deve abriros mesmos 6 pontos de luz no tempo deexposição, resultando em 960s (16 min).

Alternativamente, a abertura do dia-fragma poderá ser ajustada para aumen-tar o tempo de exposição. A preferênciapor diminuir o valor do ISO é feita com oobjetivo de aumentar a qualidade da ima-gem, evitando a presença de ruído. Porém,há um problema que surge com exposi-ções bem lentas: é o chamado ruído delonga exposição (RLE), que aparece devido

a efeitos térmicos observados no sensordurante a captura da imagem.

Esse tipo de ruído se diferencia do outro,mais conhecido, porque tem um padrãofixo: sempre se manifesta nos mesmospixels do sensor. Uma solução para o pro-blema é utilizar o redutor de ruído de longaexposição, disponível na maioria das câ-meras digitais mais avançadas. Quandoativado, após feita a exposição, a câmeraautomaticamente realiza outra exposiçãocom o mesmo tempo de duração, mas como obturador totalmente fechado.

A ideia é identificar a presença e a lo-calização do RLE por meio da imagem es-cura e subtraí-lo da primeira foto. Entre-tanto, como efeito desconfortável desserecurso, os tempos de exposição dobram:são 16 minutos para fazer a foto e mais 16minutos para a correção, ou seja, 32 mi-

Parque Nacional deYosemite em P&B:Nikkor 14-24 mmem 21 mm, f/5.6,ISO 400 e 81s

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Preços econdiçõesimbatíveis!

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• Fotografe Melhor no 23782

TÉCNICA & PRÁTICA

nutos. Recomenda-se que o fotó-grafo realize testes com sua câmeraajustando tempos de exposição lon-gos e variados sob condições con-troladas (em casa, por exemplo)para observar quando o RLE se ma-nifesta e se há, de fato, a necessi-dade de usar o redutor.

Há uma alternativa menos tra-balhosa e também menos respei-tada por fotógrafos do segmento.

Em vez de submeter a câmera à ex-posição tão longa, é possível realizaruma sequência de exposições “cur-tas”, com os parâmetros iguais aodo caso anterior (ou seja, com ISOelevado) e fundir essas imagens di-gitalmente em software apropriado.Essa técnica de empilhamento di-gital cria o efeito do movimento dasestrelas via computador. Não é amesma coisa, mas engana bem.

O planejamento do trabalho podeser mais bem realizado se ofotógrafo tiver algum conhecimentosobre o posicionamento da ViaLáctea (para o caso da fotografia deestrelas como pontos no céu) e sobrea localização dos polos norte e sul(para fotografar os rastros deestrelas), pois apontando a câmerapara a direção certa é que seconsegue captar os rastros domovimento circular.

Há vários aplicativos parasmartphones que podem ser usadospara a localização de corposcelestes, tanto para iPhone comopara sistema Android, comoSkySafari, Star Chart, Star Walk, porexemplo. Para usuários de iPhone,um aplicativo muito poderoso sechama Photo Pills, pois, além de terrecursos para a fotografia deestrelas, ainda apresenta inúmerasferramentas muito importantes paraa fotografia de paisagem.

Para composições em que a ViaLáctea apareça de forma acentuada,é importante que a fotografia sejafeita em dias com a menorinterferência da luminosidade da lua,de forma que o período da lua nova éo mais propício. Porém, a fotografiade estrelas não é restrita a esseperíodo do mês, pois dependendoda composição da imagem desejadaa luz refletida pela lua pode sermuito interessante para revelar orelevo da paisagem sob o céu.

A inclusão de um belo céuestrelado na composição de umaimagem é um trunfo para osfotógrafos de paisagem e temrecebido muita atenção nos últimosanos. Como a prática leva àperfeição, nesse tipo de fotografia,tão técnico e especial, umcomplicador extra é justamente onde encontrar as condiçõesfavoráveis para realizá-lo.

Nos centros urbanos das grandescidades, fotografar estrelas é algomuito complicado pela altaluminosidade artificial. Mas issotambém pode ser entendido comoum estímulo para buscar ambientesnaturais, como os parquesnacionais, por exemplo, livres da poluição visual causada peloexcesso de luz artificial.

De olho na posição daVia Láctea e dos polos

Capela de São Pedro,em Fernando de

Noronha: 14 mm,f/2.8, ISO 3.200 e 13s

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• Fotografe Melhor no 23786

BASTIDORES

COMO NASCE UM

fotolivroConheça como funciona a linha de produção da Digipix, empresa pioneiraem oferecer impressão de fotoálbuns personalizados em grande escala

POR LIVIA CAPELI

Fotolivros na fábrica,prontos para ir para o

setor de embalagem

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fecundação começa no com-putador do cliente, com apreparação do álbum virtualno software da encaderna-dora. A gestação é rápida,demora entre 5 e 15 dias pa-

ra ocorrer. Entretanto, é uma das fa-ses mais significativas do processode nascimento de um fotolivro.

Quem encomenda um fotolivroem um site especializado ou de ummagazine muitas vezes nem imaginacomo ele vem ao mundo. Vários lei-tores de FFotografeescreveram per-guntando sobre o assunto e, por isso,foi feita uma visita à fábrica da Digipix,a pioneira neste serviço no Brasil ea maior empresa do setor.

Segundo o pai da criança, o CEOMarco Perlman, a empresa que ficaem Osasco, na Grande São Paulo,conta atualmente com representaçãoon-line em cerca de 25 lojas de co-mércio eletrônico, entre elas Fnac,Walmart, Extra e Lojas Americanas,além de uma centena de lojas físicasespalhadas pelo País.

No mercado desde 2004, aten-dendo milhares de fotógrafos pro-fissionais e amadores (Perlman nãorevela esse número de jeito nenhum),ela oferece, além da produção de fo-tolivros (termo aliás difundido pelaprópria empresa), fotopresentes, queincluem canecas, capas de celulare agendas, entre outros.

LINHA DE MONTAGEMCom um galpão de quase 6 mil

metros quadrados, gerando apro-ximadamente 200 empregos dire-tos, a fábrica da Digipix é organi-zada por setores divididos em ad-ministrativo, criação, TI, além dasáreas onde tudo toma vida: a deimpressão, corte, vinco, acaba-mento, controle de qualidade, ex-pedição e estoque (além dos es-paços de produção da linha de fo-todecoração).

Depois de transmitido on-linepelo cliente, o material, antes dese transformar em algo físico, éprocessado e armazenado em “nu-vem” com capacidade de 50 TB.

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A impressora HP Indigo W7250 usa papel em bobina e o processo de impressão érealizado em lotes sequenciais, ou seja, assim que acaba a impressão de um

fotolivro, automaticamente é iniciada a impressão do próximo.

1

Após a impressão, o papel começa a receber a laminação, quando recebe umafina camada de material plástico que confere a ele proteção e um efeito especial.

Depois da laminação, o papel volta a ser rebobinado e vai para a etapa seguinte.2

Após a impressão e laminação, a bobina é retirada da HP Indigo e encaminhada paraa máquina de corte. A máquina se encarrega de cortar as lâminas das páginas de

acordo com o modelo e o tipo de acabamento escolhidos pelo cliente na internet. 3

O passo a passo da produção de um fotolivro

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• Fotografe Melhor no 2378888

Por meio de um sistema próprio,os arquivos são preparados paraa impressão e recebem um núme-ro de controle em código de barras,que vai acompanhar o material atéo final do processo.

No setor de impressão a em-presa mantém disponível a CanonDreamLabo 5000, impressora quechegou no primeiro semestre de2015 na fábrica e é usada para pro-dução de fotolivros que precisamde alta definição, como a linha HD,a mais top (e cara) da marca.

Porém, a impressão da maiorparte dos fotolivros da empresa érealizada em duas impressoras dalinha HP Indigo W7250 – máquinasque têm cerca de 12 metros de com-primento e são alimentadas combobinas enormes de papel, podendo,a mesma máquina, imprimir e la-minar, o que significa receber umafina camada de plástico para prote-ger as folhas do fotolivro.

Para acelerar a linha de produ-ção, impressão e laminação são fei-tas em lotes sequenciais, ou seja,acabando um fotolivro, automatica-mente inicia-se o próximo.

Depois desse processo, a bo-bina de papel é retirada da impres-

Por dentro da HP Indigo W7250:impressão HP IndiChrome em 6cores e até 320 páginas impressasem cores por minuto

Funcionário aguarda a finalização da máquina de corte. Depois de terminada essafase, que exige precisão, o passo seguinte é fazer a separação das páginas que serão

encaminhadas para o acabamento, quando então os miolos começam a ser montados.

4

Em paralelo à produção dos miolos, as capas seguem um fluxo diferente. Apósa impressão e laminação, elas vão para um equipamento semiautomático que

fixa a impressão no papelão para formar capa, contracapa e lombada.

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Visão do que ocorre dentro da máquina de acabamento da capa: de formaautomática, o equipamento produz as dobras nas laterais da capa, resultando

em um acabamento preciso para o fotolivro.

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sora e encaminhada com a ajudade um carrinho especial para oequipamento de corte. Ali, a bobinaé inteira cortada em folhas de acor-do com o modelo e tipo de acaba-mento. Após a finalização do corte,é realizada a separação das pági-nas que serão encaminhadas parao acabamento do miolo.

HORA DO ACABAMENTOEm paralelo à produção dos mio-

los, as capas são feitas em outro se-tor. Elas são impressas, laminadase levadas a um equipamento quefixa a impressão na estrutura feitacom papelão rígido, formando a ca-pa, a contracapa e a lombada.

Uma máquina se encarrega deproduzir as dobras laterais da capa,criando um acabamento muito pre-ciso. Depois de prontos, capa, mio-lo e estojo ficam em um setor dearmazenamento, aguardando a fi-nalização para seguir adiante noprocesso de execução.

Com a capa e o miolo unidos, opróximo passo é o setor de controle

Acima, prateleira de lombadas de papelão organizadas por tamanho paramontagem de capas; abaixo, o empresário Marco Perlman ao lado da HP Indigo

Visão geral da empresa:no primeiro plano está a

linha de produção decanvas, ao lado do estoque

de bobinas de papel

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• Fotografe Melhor no 23790

Depois de prontos, os fotoestojos ficam armazenados em prateleiras aguardandoa chegada dos fotolivros; em algumas situações, são os fotolivros que esperam a

finalização de seu respectivo estojo para seguir adiante.7

O setor de controle de qualidade faz a revisão dos impressos, detectando possíveisfalhas de arquivo, problemas de impressão ou falhas de acabamento; na etapa final,

com o fotolivro encadernado, é feita a limpeza e a embalagem protetora do produto.

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O fotolivro é recebido pela expedição, que irá prepará-lo para o envio; ali é feita aembalagem final em um envelope de papelão e colocada a etiqueta de identificação

para que o cliente receba o pedido no endereço escolhido por ele.

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Outra empresa que oferece,desde 2008, opções de qualidadeno mercado de impressões defotolivros e álbuns para fotógrafosprofissionais é a Indimagem,baseada em Joinville (SC).

Ela também conta com umsoftware em que o fotógrafo podemontar o projeto no própriocomputador e depois enviá-lo pelainternet para que seja impresso eentregue no endereço desejado.

A Indimagem não tem sistemavoltado para e-commerce populare seu foco é nos profissionais, comálbuns de alta qualidade.

Indimagem tambématua no mercado

de qualidade, onde são revisados,folha por folha. Os funcionários ve-rificam se há problemas com osarquivos, problemas de impressãoe falhas de acabamento. Na etapafinal, o passo seguinte é receber umalimpeza especial. Daí, o fotolivro éembalado para ser encaminhado aosetor de expedição.

O produto chega pronto para serpreparado para o envio ao cliente. Écondicionado em uma caixa de pa-pelão e adicionado etiqueta de iden-tificação e, em seguida, fica noaguardo do caminhão dos Correios.

TIPOS DE ATENDIMENTOPerlman explica que a Digipix

tem capacidade de produzir livroscom até 150 páginas. O menor livrofeito pela empresa tem tamanhode 10 x 10 cm e o maior de 30 x 42cm (tamanho fechado).

Atualmente, o negócio se divideem duas modalidades de atendi-mento: a Digipix e a Digipix Pro. Aprimeira atende ao público em ge-ral, principalmente pedidos pro-venientes dos representantes dee-commerce, com álbuns a preçosmais populares e qualidade idem.

A linha Pro é voltada para os fo-tógrafos profissionais mediante ca-dastro no site da empresa. Nessalinha, o cliente tem mais opções deálbuns e acabamento diferenciado,como a linha de fotolivros em tecido,couro e acrílico, entre outros.

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Há mais de 10 anos no mercado, com produtos e

serviços especializados no ramo da fotografia, a

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• Fotografe Melhor no 23792

EVENTO

os dias 14, 15 e 16 de abrilde 2016 ocorreu no Centrode Convenções do Frei Ca -neca, em São Paulo (SP), a10a edição da Feira Foto -grafar. O evento, voltado a

fotógrafos profissionais, entusias-tas e empresas dos setores de fotoe vídeo, reuniu workshops, pales-tras e apresentação de novos equi-pamentos para o setor.

Com a ausência no calendáriode 2016 da PhotoImage Brazil, quepassou a ser bienal, a Fotografar

herdou este ano o posicionamentode evento de lançamentos na áreade fotografia e filmagem. Canon,Sony, Fujifilm e Digipix foram al-gumas das empresas que marca-ram presença na feira, disputandomais uma vez a atenção do públicocom os estandes menores dos ex-positores de produtos voltados pa-ra a fotografia newborn, comoLeFotick, Newborn Props e BabyProps Brasil, entre outros.

O público também pôde encon-trar atividades educacionais, como

workshops gratuitos oferecidos nosestandes de alguns expositores,palestras do Sebrae-SP e informa-ções com os consultores da enti-dade para pegar dicas sobre negó-cios. Além disso, o evento teve aindaas exposições “Wedding Best”, comos melhores álbuns de casamentodo Brasil, e “Revogo”, do premiadofotojornalista André Liohn.

LANÇAMENTOS SONYA Sony trouxe para o público os

modelos mirrorless (sem espelho)

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AS NOVIDADES DA

Fotografar 2016Confira como foi a 10a edição do evento realizado em São Paulo eque passa a ser a principal feira do segmento fotográfico neste ano

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Lojistas, como a Mimos deFotos, venderam produtospara fotos de newborncom preços atraentes

POR LIVIA CAPELI

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Em sentido horário: no estande da Sony, o público podia manipular a mirrorless Alpha 7 SII; ao lado, o fotolivro com capa de acrílico lançado pela Digipix; abaixo, à esq., a impressora Pro-1000 da Canon e, à dir., equipamentos da Atek

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da linha Alpha, como a 7 SII, quepossui uma sensibilidade ISO al-tíssima, de 409.600, permitindo fo-tografar em ambientes de baixaluminosidade. Outra novidade foia apresentação da evolução da câ-mera a6000 para a a6300, que temum novo sensor CMOS APS-C (Ad -vanced Photo System) de 24,2 me-gapixels e novo sistema de foco AFhíbrido com 425 pontos, tornan-

do-a a câmera mais rápida da mar-ca, tanto na questão de fotos con-tínuas (até 11 fps) como na velo-cidade de autofoco (0,05s): a agi-lidade é perceptível no modo defotografia e também de vídeo.

Além da câmera, a Sony aindamostrou três novos modelos de ob-jetivas da série G-Master: a FE 24-70 mm f/2.8, a FE 85 mm f/1.4 e aFE 70-200 mm f/2.8. Essas três len-

tes foram criadas pela marca paraserem voltadas à linha profissionale atender ao público que procuraqualidade e resolução (saiba maissobre novas lentes na pág. 28).

Dois novos adaptadores parapotencializar o alcance de teleob-jetivas também estavam expostosno estande da Sony, o SEL14TC,teleconversor de 1.4x; e o SEL20TC, teleconversor de 2x.

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• Fotografe Melhor no 2379494

EVENTO

CANON, FUJI E DIGIPIXA Canon disponibilizou para ma-

nipulação algumas câmeras da li-nha EOS, como a Rebel T6i e as 5DSe 5DS-R. No estande, o visitantetambém conferia produtos para omercado de impressão profissional:como as impressoras Prograf Pro-1000 e as da linha Pixma Maxx Tinta,e as multifuncionais Pixma G1100,Pixma G2100 e Wi-Fi Pixma G3100.

Já a Fuji apostou em apresentarno estande o conceito Photo Loverse os modelos da câmera Instax. Opúblico podia manipular as câmerasde imagens instantâneas e conferirideias de como usar as fotos im-pressas para decoração.

Outra grande empresa que mar-cou presença na Fotografar 2016 foia Digipix, que além de todo portfóliode fotolivros dirigidos aos fotógrafosprofissionais trouxe como novidadepara o evento o fotolivro com capaimpressa em acrílico.

A Fotografar não se limitou ape-nas à exposição de câmeras e equi-pamentos. Alguns fabricantes tam-bém mostraram acessórios voltadosà área de estúdio. Mako e Atek es-tiveram presentes, assim como a

Greika, que apresentou sua linhade refletores e difusores. Porém,todos sem grandes novidades.

NEWBORN AINDA EM ALTAAssim como na PhotoImage

Brasil 2015, a Fotografar 2016 foiinvadida por expositores de produtospara o segmento newborn. Os visi-tantes disputavam espaço em frenteaos estandes para comprar desdemantinhas até camas para as pro-duções voltadas para a fotografiade recém-nascidos.

Como a maioria dos lojistas desse

setor só trabalha com lojas virtuais,o interesse nesses estandes atraírammaior público por três motivos: aque-cimento no setor, oportunidade deconhecer o produto ao vivo e preçosmais convidativos e sem frete.

Com entrada gratuita e um es-paço mais reduzido em relação àconcorrente PhotoImage Brasil, po-rém bem ocupado, a Fotografar semostra um evento em ascensão. Foiuma boa oportunidade para os pro-fissionais prospectarem negócios,conhecerem novos produtos e ideiase fazerem networking.

Ao lado, o estande de assinaturasde Fotografe; acima, soluçãocompacta de estúdio no estande daGreika; e, abaixo, o estande da Fujique investiu no conceito PhotoLovers e na série de câmeras Instax

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• Fotografe Melhor no 2379696

Saber captar corretamente o som é fundamental para uma filmagem de boaqualidade. Da pré à pós-produção, confira dicas para não errar nessa etapa

ÁUDIO PROFISSIONAL

Onome audiovisual não é à toa. A banda sonorade uma produção em vídeo digital representa,de fato, metade de todo o material. Então, quala razão de dedicar a ela apenas uma pequena

parte do tempo? Muitas vezes, são alguns detalhes que podemcolocar a perder o esforço de gravação de um vídeo profis-sional. Com o áudio não é diferente. Por isso, é preciso planejar,executar e tratar os arquivos com atenção especial. Isso en-globa desde a escolha de equipamentos às técnicas envolvidas,

passando pela necessidade de contar com especialistas notema em muitas situações.

Quanto maior a dedicação, melhor será o resultado final,especialmente na hora de gravar o som direto (como sãochamados os diálogos e outros sons gravados no momentoda captura do vídeo). Veja a seguir dicas para todas as etapasda produção para que você esteja seguro e preparado paragravar. Com esses cuidados, é possível acertar no áudio econseguir o nível profissional que o seu vídeo merece.

POR GUILHERME MOTA

FILMMAKERFo

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DEZ REGRAS DE OURO PARA TER UM

Atenção para a qualidadeda captação do som, quedeve ser igual à do vídeo

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Junho 2016 • 9797

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Em vídeos profissionais, há todo um esforço para a melhor captação possível do áudio: acima e abaixo, varão com microfone boom direcional

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• Fotografe Melhor no 237

Dicas Técnicas

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FILMMAKER Dicas Técnicas

98

FILMMAKER

Visitar o local onde será feita agravação ajuda a definir que tipode captação de som será usada

O som também ajuda a contar ahistória. Não apenas pelos diálogos,mas por toda a gama de efeitos e emo-ções que podem ser transmitidos poruma trilha, um efeito sonoro ou o si-lêncio em si. No entanto, nenhum des-ses recursos poderá ser usado se nãoestiver previsto desde o começo, nafase de roteiro. Ao roteirizar o vídeo,pense como é possível aproveitar me-lhor o som, que cenas se beneficiariamdisso e quais recursos poderão ser in-vestidos para a abordagem.

Além disso, tudo o que não é vistoé imaginado pela audiência. Por nãoser uma camada “visível” do filme, oáudio deixa para o público a tarefa de“preencher” com a imaginação ele-mentos da produção que ainda nãoforam mostrados ou que serão intei-ramente descritos apenas com os sons.Isso tem um efeito ainda mais impac-tante na maioria dos casos.

O cinema reserva grandes exemplos

de como uma roteirização que consi-dere o áudio como elemento funda-mental da narrativa pode ser forte e im-pactante, sendo capaz de prender opúblico e, muitas vezes, contar uma

história sem precisar mostrar tudo. Umdos casos mais clássicos é o filme Tu-barão e sua inconfundível trilha sonora– mais presente no filme do que as ima-gens do tubarão em si, inclusive.

Com um roteiro estruturado, oprofissional responsável pelo áudioem uma produção (que pode ser vocêmesmo ou um operador de som di-reto, por exemplo) deve sempre ser

consultado com relação à seleção delocações para as gravações. Isso ocorreporque é preciso visitar os lugares an-tes para evitar surpresas negativas emcima da hora.

Somente a partir da visita é que oprofissional poderá de fato avaliar oslocais e fazer uma série de escolhascom o intuito de beneficiar o áudio. Assugestões que vêm dessa etapa chegammuitas vezes ao ponto de vetar umalocação, influenciando toda a produçãoe talvez até o roteiro original. De ma-neira resumida, a visita permite avaliaraspectos como: o melhor horário paragravar (Existe tráfego intenso? Animaissilvestres?); a vizinhança (Existem es-colas próximas, aeroportos, estádios,igrejas?); a acústica do local (uma igrejanão soa como um mercado, por exem-plo); os espaços mais adequados (frentedo imóvel x fundos, salas x quartos, en-tre outros); as alterações necessáriaspara gravar (como revestir paredes,cobrir janelas e portas, entre outros).

1. ESCREVAPARA O ÁUDIO

2. VISITE A LOCAÇÃO ANTES DECIDIR O ÁUDIO

Cena do filme Tubarão,de 1975, em que a trilha

sonora é marcante

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Junho 2016 • 9999

Acima, microfone de lapela,muito usado em entrevistase depoimentos; ao lado, oclássico microfone de mão,para cenas em que ele possaaparecer sem problemas

O microfone montado sobre acâmera é a solução paragravações no estilo “guerrilha”ou “equipe de um homem só”

Assim como as objetivas mudampara cada situação de vídeo, o mesmoocorre com os microfones. Para cadatipo de vídeo, existe uma configuraçãoideal. O mercado oferece dezenas demodelos e variadas formas de confi-gurá-los para uma gravação. Para gra-vações em equipes menores – comoentrevistas institucionais, depoimen-tos e ambientes pequenos e contro-lados –, é possível basear-se em três“formatos” básicos de captura de som,que podem ser combinados entre sipara garantir uma qualidade ainda

melhor: sobre a cena, individual e so-bre a câmera.

Na captura sobre a cena, um as-sistente ou operador de áudio podeser destacado exclusivamente paraoperar um varão de microfone boomdirecional que ficará acima do(s) per-sonagem(ns). O suporte assegura queum microfone direcional (que captaprincipalmente os sons vindos defrente, para onde ele está apontado)esteja sempre próximo às pessoaspara uma melhor gravação de diálo-gos, declarações, falas etc.

Se a ideia for captar apenas umapessoa, ou seja, a captura individual,o microfone de lapela é a escolha ideal.Pequeno e discreto, ficará próximo àboca e garantirá um som claro e limpona maioria das vezes. Há, ainda, o clás-sico microfone de mão, voltado parasituações com alto nível de ruído e paravídeos em que ele possa parecer, casode entrevistas na rua e depoimentosem estilo reportagem, por exemplo.

Para gravações no estilo “guerri-lha” ou “equipe de um homem só”, asolução pode ser apenas um micro-fone ou um gravador (com microfonesembutidos) montado sobre a câmera.Apesar de garantir o “básico” da gra-vação, tem a desvantagem de captarmais ruídos do ambiente, além de exi-gir que a câmera esteja sempre pró-xima ao ponto de captura do áudio.Essa opção exige modelos com ab-sorção de choques e ruídos da câmera,e que ofereçam configurações adicio-nais de ganho e área de captação paradar mais versatilidade ao conjunto.

3. ESCOLHA DE MICROFONE É FUNDAMENTAL

Foto

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• Fotografe Melhor no 237

Dicas Técnicas

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FILMMAKER Dicas Técnicas

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FILMMAKER

Na hora da gravação, muitos ruídospodem ser eliminados de forma sim-ples e rápida. Avalie a ambiência dolocal e desative tudo o que seja capazde emitir sons e chiados, a começarpor computadores, equipamentos dear-condicionado, luminárias fluores-centes e outros eletrodomésticos quepossam ser desligados apenas para agravação, sem gerar problemas.

A equipe e as pessoas presentestambém devem ser orientadas a fazersilêncio total no momento da gravação(é possível exigir até que sapatos sejamtirados, em alguns casos), inclusive nassalas adjacentes – e, em alguns casos,vale até conversar com os vizinhos. Aregra é simples: qualquer som que nãoseja parte do planejamento é conside-rado um ruído na gravação de áudio edeve ser evitado o máximo possível.

5. ELIMINE RUÍDOSANTES DE COMEÇAR

Para que o som seja claro, não “es-toure” nos momentos de pico nem fi-que baixo demais na reprodução, épreciso estar de olho em duas confi-gurações antes de gravar: os níveis degravação e o formato de arquivo. Comrelação aos níveis, uma fórmula co-mum é deixá-los na faixa dos -6 dB(decibéis), uma faixa de segurança,mas alta o suficiente para ter volumede reprodução.

Quando se grava muito próximoao máximo (0 dB), é comum haver pro-blemas, pois em momentos de “pico”(como numa risada mais alta, porexemplo) sempre haverá um excessoque o gravador não conseguirá captarcom clareza, perdendo informação.Por outro lado, gravar com níveis muitobaixos faz com que o volume do ruídode fundo do ambiente seja amplificadodemais no momento do tratamento,comprometendo a qualidade geral.Mesmo gravando diretamente na câ-mera, é possível ajustar os níveis degravação (na maioria dos modelos).

Se for possível escolher o formato,

grave sempre para oferecer a melhorqualidade possível para o espaço dis-ponível. Selecione tipos de arquivosem compactação, como o .WAV e o.AIFF; ou sem perdas (os chama-dos lossless), como o FLAC eALAC, entre outros, que geramarquivos maiores e mais pesa-dos. Com gravadores externos(como os modelos da Zoom e da Tas-cam, por exemplo, que aceitam cartõesde memória), dificil-mente o tamanhodos arquivos seráum empecilho. Ou-tros padrões, comoAAC, MP3 e 3GP,compactam o arqui-vo em detrimento daqualidade e devemser evitados. Servemapenas quando exis-te a necessidade deeconomizar espaço,como numa grava-ção feita no celular,por exemplo.

4. CONFIGURAÇÃO DO GRAVADOR

Gravadores externossão ótima solução para

captar o som comqualidade profissional

Na hora de gravar,todo ruído deve sereliminado do ambiente

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Junho 2016 • 101101

Operador de som direto emação: microfone direcionado

para a pessoa que está sendofilmada e monitoramento

por fones de ouvido

O simples bater da claquetegera um pico de áudio que,depois, facilita a sincronia dosom na edição do trabalho

Durante uma gravação, o microfonedeve estar focado prioritariamente nopersonagem da gravação e não no res-tante do ambiente. Isso vale para diá-logos, falas ou depoimentos das pes-soas. Por isso, é muito importante estaratento ao que de fato será capturadoquando há mais de um microfone nacena, de forma a tirar o máximo de cadaum. Documentários e vídeos de eventossociais geralmente aceitam o uso demicrofones à mostra, o que facilita mui-to o uso de modelos de lapelas.

Já com microfones direcionais dotipo “shotgun”, montados no varão,procure manter o equipamento sem-pre o mais próximo possível e apon-tado para a boca das pessoas (massem invadir o quadro da imagem).Em determinados tipos de cena, tam-

bém é possível “esconder” os micro-fones pelo cenário, atrás de algum ob-jeto, de forma que não seja visto peloângulo da câmera.

7. FOCO NOSPERSONAGENS

Para evitar dores de cabeça, chequesempre se o áudio está de fato sendogravado, se as baterias estão carregadas(não só dos gravadores, mas tambémdos microfones) e se os cabos estãoconectados. O ideal é ter umachecklist

com todos os itens para conferir assimque o equipamento estiver montadoe pronto para garvar.

Comece a gravar o áudio semprealguns segundos antes de acionar acâmera. Além disso, é sempre bom

procurar ter um plano “B”, ou seja,uma segunda fonte de gravação quepossa garantir o áudio caso a fonteprincipal falhe. Por isso, mantenhasempre o áudio original da câmeragravando (apesar da baixa qualidade)e procure ter mais de um microfonepara a cena.

Por fim, a sincronia entre áudio evídeo é essencial, mas se áudio e vídeoestão sendo gravados separadamente(o mais indicado quando se grava comHDSLRs) é preciso sincronizar os ar-quivos na pós-produção. Alguns pro-gramas de edição conseguem realizara sincronia automaticamente a partirdo áudio original do vídeo, mas paraevitar surpresas é comum marcar agravação de vídeo com uma claqueteou qualquer outra coisa capaz de gerarum pico de áudio fácil de identificar eencontrar na timeline de edição, comoum simples bater de palmas, feito as-sim que se começa a gravar.

6. CHECAGEM E CLAQUETE AJUDAM

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Dicas Técnicas

• Fotografe Melhor no 237102

FILMMAKER

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Gravar o som ambiente, a chamada ambiência, pode ser importante para dar clima ao vídeo

Um dos maiores problemas como áudio em vídeos é a falta de impor-tância que alguns filmmakers ini-ciantes lhe conferem. É um descuidoque compromete a qualidade do ví-deo. Por isso, não seja econômico nahora de editar e tratar os arquivos deáudio. Após a montagem do vídeo,reserve um tempo do projeto parase dedicar exclusivamente ao áudioe não tenha receio de usar quantasfaixas forem necessárias para cons-truir um áudio de boa qualidade.

Presentes na maioria dosprogramas de edição de áudioe vídeo, várias ferramentaspodem ser utilizadas para tra-tar os diálogos, com destaquepara três delas: o Noise Gate(também chamado de Gateou Auto Gate em alguns pro-gramas), que ajuda a “limpar”os diálogos e sons de uma gra-vação de uma forma muitosimples ao eliminar todos ostrechos entre os sons, ou seja,

enquanto o microfo-ne não estava gravan-do nada; o Compres-sor, que tem comoobjetivo equilibrar to-das as faixas de áudioselecionadas para ummesmo nível, tornan-do uma conversa, por exem-plo, mais uniforme e naturalpara quem está ouvindo, semgrandes diferenças de volu-me entre as falas; e o Equali-zador (EQ), que assim como

Uma praia não tem o mesmo somde fundo de um escritório, de um en-garrafamento ou de uma oficina me-cânica. Já uma casa de campo não soada mesma forma durante o dia e du-rante a noite, e assim por diante. Issoporque os sons de fundo de uma loca-ção influenciam decisivamente paracriar um “clima” do local, com umaambiência específica, formada por de-zenas de pequenos ruídos e nuancescaracterísticos do lugar.

Sempre que estiver em determina-do espaço, procure gravar ao menosum minuto com todos os microfonesabertos e a equipe em completo silên-cio, deixando que o som “normal” doambiente se propague sem interrup-ções. Na pós-produção, esse som po-derá ser usado como fundo para as ce-nas, ajudando a criar a ambiência ne-cessária para o vídeo.

8. GRAVE A AMBIÊNCIA

nos equalizadores analógicos servepara amplificar ou reduzir frequên-cias específicas, como um ruído defundo constante (provocado por umaparelho ligado, por exemplo) ouchiados momentâneos.

Acima, o Compressor, que equilibra faixas de áudio;abaixo, o Equalizador, para frequências específicas

Painel de controle do software Noise Gate

9. ÁUDIO TAMBÉM PRECISA DE TRATAMENTO

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Junho 2016 • 103

Um filmmaker eseu fiel escudeiro,

o operador desom direto: um

especialista em captação deáudio pode ser

fundamental

Ao lado, uma mesa demixagem profissional,etapa que define aqualidade final do somde um audiovisual

AJUDAPROFISSIONAL

Uma boa alternativa para ter umsom profissional é a contratação

de profissionais e empresas especia-lizados, que podem ser fundamentaisem todas as etapas da produção, des-de a captura do som direto à criaçãode sons e trilhas e da visita às locaçõesà mixagem.

Na captação, além de muitos tra-balharem com equipamentos próprios,os operadores de som direto profis-sionais têm um fluxo de trabalho or-ganizado para facilitar os processosde edição, evitando dores de cabeçanas etapas seguintes da produção, etrazem na bagagem uma vasta expe-riência com as mais variadas situações.

Para a pós, etapas como o trata-mento do áudio, trilhas e mixagem po-dem ser realizadas com agilidade equalidade máxima por uma produtorafinalizadora ou um estúdio musical.Vale a pena reservar uma parte do or-çamento para serviços dessa natureza,já que os orçamentos em áudio sãobastante flexíveis e variam de acordocom a necessidade de cada produção.No fim das contas, contratar alguémpara cuidar essencialmente do áudiopermite, ainda, que você foque seusesforços em outras atividades, comoa fotografia e a direção geral.

A mixagem é a última etapa da pós--produção de áudio. Todo produto au-diovisual é construído com ao menosuma plataforma principal de exibiçãoem mente, seja ela internet, televisãoou projeção em cinema. Cada uma dasalternativas precisa de configuraçõesespecíficas, determinadas pela mixa-gem das trilhas de áudio.

Mesmo um vídeo bem simples pre-cisa ser mixado e configurado de acor-do com o número de canais de saída(mono, estéreo, 5.1, 7.1 etc) e para aequalização entre todos os sons da pro-dução. Além disso, a mixagem leva emconta como a banda sonora vai se com-

portar do começo ao fim. É nela queserão definidos todos os níveis, inten-sidades e canais de reprodução de cadaelemento audível.

Estúdios profissionais contam comverdadeiras salas de cinema para a rea-lização da mixagem, com produçõesque ultrapassam facilmente as duzen-tas camadas de áudio na timeline, du-rante a edição. Ainda assim, o mercadooferece ótimas alternativas em equi-pamento para tratar e editar as faixasde áudio, como monitores de referên-cia que podem ser usados em qualquerilha de edição, permitindo atingir umaboa qualidade final.

10. A HORA DA MIXAGEM

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APOIO REALIZAÇÃOPARCEIROSPARCEIRO INSTITUCIONALEVENTO FILIADO A

D E F O T O G R A F I A D E P A R A T YGA

LE

RIA

PEF 2016, UM EVENTO PARA TODOS OS OLHARES,ESTÁ NO AR COM O NOVO ENDEREÇO:

Da esquerda para direita, agradecemos aos amigos : Grupo do Fotoclube RioFotográfico, RJ (no Rio de Janeiro); Milton Montenegro, RJ (no Rio de Janeiro); Fernando Talask, RJ (na Sala PEF Rio); José Bassit, SP (em São Paulo); Fernanda Pitaluga, RJ (em Niteroi); Marta Azevedo, RJ (em São Conrado); Manicuee Alvez, SP (em Taubaté); Érico Elias, SP (em Paris);

Turma do professor Micchele Petruccelli Pucarelli, Pós-Graduação Fotografia e Imagem, IUPERJ, Universidade Cândido Mendes, RJ (no Rio de Janeiro); Carlos Henrique Brasil (CHBrasil), RJ (na Sala PEF Rio); Zeka Araujo, RJ (no Rio de Janeiro); Jacqueline Hoofendy, RJ (na Lapa);

Daniel Cywinski, SP (em Paraty); Turma do professor Marco Araújo, RJ (na Sala PEF Rio); JR Pedroza, RJ (em Niteroi).

PARA FAZER PARTE DO “GRUPO AMIGOS DO PEF”, BASTA ENVIAR SUA FOTO COM UMA FOLHA A3 OU A4 EM BRANCONAS MÃOS. PARA QUE A FOTO POSSA SER UTILIZADA EM MÍDIA IMPRESSA, O IDEAL É QUE TENHA BOA RESOLUÇÃO.

facebook: Paraty Em Foco

www.pefparatyemfoco.com.br

NELE VOCÊ ENCONTRA TODOS OS DETALHES PARA PARTICIPAR DO FESTIVAL.

VENHA RESPIRAR FOTOGRAFIA EM PARATY DE 14 A 18 DE SETEMBRO.

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RAIO Xfotos de leitores comentadas

POR LLAURENT GUERINAUD

106 • Fotografe Melhor no 237106

O objetivo desta seção é darao leitor informações e dicasque sirvam para um aprimora-mento do ato de fotografar. Elaé aberta a qualquer tipo de fotó-grafo: amador, expert ou profis-sional. Antes de enviar suas fotospara análise, você precisa ler eaceitar as regras a seguir:

• É importante ressaltar que umcomentário é necessariamentesubjetivo. Não é um julgamento,mas apenas uma apreciação pes-soal que, portanto, pode ser con-testada e criticada. Já que o ob-jetivo de uma foto é agradar aoobservador, qualquer crítica, mes-mo que formulada por uma sópessoa, aponta um elemento quepode ser melhorado ou ao menosdiscutido. Assim, a crítica é sem-pre de caráter construtivo.

• Quem envia as fotos paraanálise com a finalidade de co-mentários e dicas para melhorara técnica o faz sabendo disso.

• A publicação das fotos envi-adas não é garantida. As ima-gens publicadas serão escolhi-das pelo mérito do comentárioque permitirem, não por suaqualidade. Apenas uma foto decada leitor será comentada.

• Alguns comentários poderãoaté parecer duros, porque o quevai ser avaliado é a quali dadetécnica da ima gem (enquadra-mento, composi ção, foco, ex-posição...), sem levar em contao aspecto afetivo que pode terpara o autor que registrou umapessoa, um momento ou umacena importante e emocionanteda sua vida.

Como enviarEnvie até três fotos em ar-

quivo no formato JPEG e em ar-quivo de até 3 MB cada um parao seguinte e-mail: [email protected]. Escreva “RaioX” no assunto e informe o seunome completo, cidade ondemora e os dados da foto(câmera, objetiva, abertura, ve-locidade, ISO, filme, se for o ca-so, e a ideia que quis transmitir).É importante que os dados pe-didos sejam informados paraajudar na avaliação das fotos ena ela boração dos textos queas acompanham.

Como participarMURILO PERALTA,São Luís (MA)

1

1Gostei da foto. O formatopanorâmico ficou perfeito para

ressaltar a multidão, assim comoo preto e branco, que, ao eliminaras informações de cor, foca aatenção do observador narepetição das formas humanas enos contrastes de tonalidades.Apesar de não ter um ponto deinteresse bem demarcado, o grupode pessoas no mar, no cantoinferior direito, quebra amonotonia e traz dinamismosuficiente, cujo destaque é o ritmoproduzido pela repetição daspessoas, dos guarda-sóis, dasárvores e dos prédios. Parabéns.Equipamento: Nikon D7000 comobjetiva Nikkor 70-300 mmExposição: 5.6, 1/800s e ISO 100

CARLOS FERNANDESDE OLIVEIRA,Salvador (BA)

2O efeito ficou bem bacanae não deixou muito espaço

para comentários. A únicarecomendação que posso fazer érelativo ao enquadramento.Talvez ficaria melhor levementemais fechado, tirando um poucodo espaço preto ao redor da cena.Equipamento: Canon EOS 70Dcom objetiva Canon 18-105 mmExposição: f/8, 1/2s e ISO 200

2

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Junho 2016 • 107

WANDERLEY ROCHA,Niterói (RJ)

3O diálogo entre o fundo eos olhos verdes do gato

realça a força do olhar, e o monocromatismo daimagem dá um toque muitoestético à foto. Parabéns. Aprincípio, não gostei dacentralização do tema, masvisualizando possíveis cortesnão encontrei umenquadramento melhorporque obrigaria a excluirelementos importantes dacomposição: o fundo verde,os galhos à direita ou aplanta que se destaca àesquerda. A solução seriamudar de ponto de vista paraencontrar uma combinaçãodos elementos ainda melhor,talvez se abaixar, mas éapenas uma hipótese. Equipamento: Nikon D7100com objetiva 55-300 mm Exposição: f/5.6, 1/125s e ISO 125

ALESSANDRO MELO,S. Bernardo do Campo (SP)

ALBERTO BENISTE, Montreal, Canadá

5Você enviou a mesmacena com dois cortes

diferentes. A princípio,gostei mais da primeira fotopela profundidade decampo maior (que deixa ofundo nítido), pela simetriae pelo posicionamento maisharmonioso do buracoembaixo à direita. Porém,o espaço em cima ficoudemasiado. Acredito queum ângulo levemente maisem mergulho (de cima parabaixo, procurando um pontode vista alguns centímetrosmais alto para fotografar)agradaria mais.Equipamento: NikonD5500 com objetivaNikkor 18-55 mmExposição: f5.6, 1/200se ISO 100

3

4

5 6

6Tecnicamente, a foto é boa.Você conseguiu realizar o

efeito desejado, de “véu denoiva”, e a composição ficoubem equilibrada. O contrasteforte entre as zonas escurase as claras deixou estasestouradas. Mas vocêescolheu a exposição certapara não deixar a imagemescura demais e limitar asuperexposição às zonasonde não incomoda demais.Contudo, o que falta na foto éalguma visão maisencantadora do lugar, umrespiro ou uma história.Assim, um enquadramentomais aberto provavelmenteficaria mais agradável. Equipamento: Nikon D5100com objetiva Nikkor 18-55 mm Exposição: f/14, 1/5s e ISO 400

REGINALDO BUENO,S. Bernardo doCampo (SP)

4Conforme vocêescreveu, o espaço

em cima ficou exagerado.Deixar o espaçoimaginário da cabeçapoderia parecerinteressante, mas nãoagradou. Sempre quecortar um objetoembaixo, é importantedeixar o mínimo deespaço em cima, poissenão o corte na partede baixo não se justifica, já que tinha espaçosuficiente em cima paracortar menos. Vale pararetratos e para essasituação também.Equipamento: ChinonCX com objetivaRikenon 55 mmExposição: f/1.4, 1/90s e filme Agafa Vista ISO 400

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RAIO X

• Fotografe Melhor no 237108

WENDEL FERRAZ,Limeira (SP)

RENATO CRUZ,São Gonçalo (RJ)

MARCELO VALLE,Rio de Janeiro (RJ)

EVERTON SILVEIRAMACHADO,Barra do Ribeiro (RS)

78

9

10

9A ave está bem nítida,e isso é bom. Vi dois

pontos de melhora:primeiro, a composição,que ficaria um poucomais natural se opapagaio estivesseposicionado umpouquinho mais para olado esquerdo, oposto àdireção do olhar dele;segundo, o equilíbrio debranco (white balance)amarelo e verde demais.Ainda é possível corrigirna pós-produção (semperda de qualidade se afoto foi feita em RAW)puxando os cursores debalanço de cores paraazul e magenta.Equipamento: NikonD40x com objetivaNikkor 70-300 mmExposição: f/5.6, 1/125se ISO 200

7A composição àmaneira de um retrato

está apropriada. Só vejodois pontos de melhora:primeiro, o horárioescolhido para fotografar,pois a posição do soldeixou a parte direita daestátua na sombra (masnada comprometedor);segundo, pelo olhar fortedo personagem, seriamelhor ter tentado umaposição bem na direçãodele para dar a sensaçãode que estivesse olhandopara a câmera.Equipamento: NikonD5200 com objetivaNikkor 18-105 mm Exposição: f/7.1, 1/800se ISO 200

10Nas três fotos que vocênos enviou, o ponto a

ser melhorado em todas é ailuminação, pois em todas amodelo está na contraluz.Devido à luz dura do solforte, provavelmente émelhor que uma iluminaçãodireta, que teria deixadosombras sem graça no rostodas crianças. Contudo, umrebatedor (qualquersuperfície branca que reflitaa luz do sol em direção aotema) poderia termelhorado muito oresultado (um flash depreenchimento tambémpoderia ter sido umaalternativa). A foto damenina na piscina é umexemplo. Equipamento: Nikon D3200com objetiva Nikkor 35 mmExposição: f/4, 1/4000s e ISO 200

8Você informa que, diantedesse tema, você se agachou

“em busca de um ângulo que odeixasse imponente”, econseguiu. Parabéns. Todavia,dois detalhes incomodam:primeiro, o foco, que não ficouperfeito na cara do macaco, esim na barriga dele; segundo, ailuminação, pois a parte direitada cara do animal (inclusive oolho) ficou no escuro enquantoas zonas mais claras ficaramestouradas. O flash, usadocomo preenchimento(no modo automático,eventualmente com potêncialevemente reduzida), poderiater melhorado o resultado. Equipamento: Canon EOS RebelT4i com objetiva Canon 18-135 mmExposição: f/5,6, 1/100s e ISO 400

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Junho 2016 • 109

HIRAM PEREIRA,Curitiba (PR)

11O observador não sabe oque você quis mostrar: não

parece ser o homem porque eleestá de costas e subexposto porcausa da contraluz. O propostotambém não foi ressaltar umaação, o que poderia justificar otema de costas e a contraluz,pois ele está imóvel, em umaposição de contemplação. Oque leva à terceira opção: apaisagem que o barqueiro estáolhando. Porém, o foco está noprimeiro plano e a paisagemficou desfocada. Assim, elatambém não pode ser oelemento principal da foto. É preciso sempre pensar bema imagem para alcançar oobjetivo antes de clicar.Equipamento: Nikon CoolpixS9700 com objetiva equivalentea 25-750 mmExposição: f/6, 1/320s e ISO 125

MARIO SISTO,São Paulo (SP)

LUIZ OUTEN, Parintins (AM)

14 Imagine a mesma fotocom o menino de frente,

vindo em sua direção.Retrato de costas raramentetem um grande impacto, amenos que seja paraconduzir o olhar doobservador para umapaisagem maravilhosa paraa qual o retratado estejaolhando ou para contar ahistória da partida dealguém com umacomposição adequada.Tecnicamente, a foto está um pouco superexposta, oque se traduz, entre outrosfatores, pelas zonasluminosas estouradas nas costas do garoto.Equipamento: Canon EOS Rebel T3 com objetivaCanon 18-200 mmExposição: f/5.6, 1/250s e ISO 400

12A foto ficou atraente.A proa do barco

apontada na diagonal parao canto superior esquerdoé o que dá força à imagem,em conjunto com ailuminação diferenciada.Incomoda o outro barco nocanto inferior esquerdo,mas não dava para tirá-lode lá. A contraluz tambémincomoda um pouco, mas devido ao tamanhodo barco o flashprovavelmente não teriaconseguido iluminá-locorretamente. Porém,mesmo assim valeria apena tentar para ver oresultado.Equipamento: Canon EOS Rebel T3 com objetivaCanon 18-55 mmExposição: f/8, 1/640se ISO 100

LETICIA FRANÇA,Mogi das Cruzes (SP)

13O céu se apresentavaatraente e ficou bem

registrado. Porém, doispontos incomodam:primeiro, a falta deelementos de destaque naparte direita do quadro;segundo, a inclinação daparede da casa àesquerda, devido ao efeitoda perspectiva. Girando acâmera para alinhar aparede à borda do quadro,a linha de horizonte ficariainclinada, mas o resultadoprovavelmente seria maisdinâmico e agradável.Equipamento: NikonD5100 com objetivaNikkor 18-55 mm Exposição: f/5.6, 1/320se ISO/100

11 12

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RAIO X

• Fotografe Melhor no 237110

CESAR FERRARO,Rio de Janeiro (RJ)

15A brincadeira ésempre boa. Aqui,

o resultado final poderiater ficado melhor aodirigir a modelo para quea posição da mãocorresponda mais à cena:a imagem foi construídacomo se a mulherestivesse com a ponta dodedo na ponta da TorreEiffel, mas o alinhamentonão ficou perfeito e elaestá apontando o dedopara o lado. Tambémseria ideal dar um disparode flash para iluminar apessoa retratada, queficou escura por causada contraluz.Equipamento: NikonD5300 com objetivaNikkor 18-55 mmExposição: f/8, 1/320se ISO 100

MARCOS PEREIRATAVARES,Ribeirão Preto (SP)

MARCELO COSTA,Rio de Janeiro (RJ)

17Sem julgar se otratamento era o

mais adequado parao tema, observeialguns detalhes decomposição quepoderiam ter sidomelhorados: primeiro,a inclinação da linhade horizonte, quedificilmente combinacom formatopanorâmico por causada horizontalidadeenfatizada peloformato; segundo,o corte das pessoasembaixo, pois algunsmilímetros teriampermitido evitar isso.Equipamento: NikonD7100 com objetivaNikkor 18-140 mm 14-42 mmExposição: f/8.4 1/350se ISO 100

ROGÉRIO TRENTIN FILHO,Santo André (SP)

18A composição éoriginal e não ficou

desagradável. O principalponto de melhora é oequilíbrio de branco, quedeixou a imagem muitoamarelada. Ainda é possívela correção (sem perda dequalidade), se a foto tiversido feita em RAW, emalgum bom software.Geralmente, o modoque rende os melhoresresultados à noite éo modo tungstênio ouincandescente. Dá tambémpara ajustar a temperaturade cor manualmente eavaliar a imagem nomonitor, caso o tungstênionão apresente as cores demaneira satisfatória.Equipamento: Nikon D7000 com objetivaNikkor 18-105 mmExposição: f/18, 30Se ISO 100

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16Alguns cuidadospoderiam ter permitido

sair da “imagem típica”, comovocê a descreveu, para umregistro diferenciado. Oprimeiro é a iluminação, sobrea qual você talvez não tivessecontrole (a menos quecontasse com equipamentoespecífico e/ou tivesse aoportunidade de registrar acena em outro horário). Osegundo, mais fácil de aplicar,é procurar por um ângulo, umponto de vista diferenciado,colocando, por exemplo, acâmera ao nível do chão,inclinando a linha de horizonteou se aproximando muito parausar o efeito da perspectiva,entre outras possibilidades.Equipamento: Nikon D5100com objetiva Nikkor 18-105 mmExposição: f/4, 1/200s e ISO 400

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LIÇÃO DE CASAtemas ilustrados pelo leitor

• Fotografe Melhor no 237112

Brasil sediará os Jogos Olím -picos de 2016 a partir de 5 deagosto, o que, com certeza,vai despertar o interesse dosfotógrafos pelos esportes em

disputa – sem falar nos que terão asorte de assistir às provas oficiaisao vivo. Mas, ao contrário de muitoseventos esportivos, é permitido fo-

tografar as competições de umaOlimpíada desde que não seja parafins comerciais ou promocionais.Somente o uso de acessórios comoflash e tripé é proibido pelo ComitêOlímpico Internacional (COI).

Contudo, não é preciso ter acessoàs provas oficiais para fotografar es-portes olímpicos. Muitos esportes,

como futebol, vôlei, basquete, na-tação, atletismo, vôlei, ciclismo, judô,entre outros, são muito comuns noBrasil. Para os mais raros de seremvistos, como handebol, hipismo, gi-nástica artística, tiro, arco e flechae até rúgbi (que volta a ser olímpico,pois foi disputado nos Jogos de 1900,1908, 1920 e 1924), vale procurar por

OPOR LAURENT GUERINAUD

Com a Olimpíada do Rio quase aí, a ocasião é perfeita para praticar fotografia deatividades esportivas. Confira as dicas básicas para fazer imagens dignas de pódio

MACETES PARA CLICAR

esportes olímpicos

Disputa de polo aquático:conhecer as regras do

esporte é fundamentalpara fazer boas fotos

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Junho 2016 • 113

clubes na internet e se informar so-bre as competições.

A grande maioria envolve movi-mentos rápidos por parte dos es-portistas e são justamente essasações que o fotógrafo precisa cap-turar. Mas, antes de se interessarapenas em documentar a atividadeesportiva, cabe ressaltar que é sem-pre interessante fotografar tambémo ambiente, o público e suas reações,principalmente para quem não con-seguiu um credenciamento comacesso a pontos de vista privilegia-dos, ou seja, os melhores lugarespara registrar as provas.

EQUIPAMENTO IDEALA fotografia de esporte é uma

área apaixonante e também muitoexigente, já que impõe um grandeconhecimento de técnica fotográ-fica associado a um equipamentoeficiente. Além do background téc-

Acima, vôlei de praia, esporte em que a luz do dia facilita a captura de imagensem velocidade alta; abaixo, fotógrafos profissionais e suas teles poderosas

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LIÇÃO DE CASA

• Fotografe Melhor no 237114

nico, um excelente conhecimentodo esporte a ser fotografado é umtrunfo precioso, que ajuda a saberonde se posicionar e permite an-tecipar melhor a ação e os movi-mentos dos esportistas.

O equipamento ideal é uma câ-mera DSLR com um autofoco efi-ciente e rápido que dispare na ordemde pelo menos 5 imagens por se-gundo. Uma boa gestão do ruído emsensibilidade alta também é umavantagem, principalmente em am-bientes internos, em que a luz é bai-xa, ou à noite. Usa-se ISOs de 2.500a 3.200 para esportes de salão pro-fissionais e frequentemente acimade 5.000 para a maioria dos ginásios

destinados a provas regionais. E,claro, uma teleobjetiva de 200 mmpara cima, de grande abertura (f/2.8ou f/4), é fundamental para o fotó-grafo de esportes. Mas é totalmentepossível fotografar alguns esportesem ambientes externos, de dia, comqualquer tipo de equipamento. Vôleide praia e maratona são bons exem-plos e dá para fazer até com a zoombásica 18-55 mm.

ALTA VELOCIDADEPara fotografar a maioria dos es-

portes olímpicos, é preciso uma ve-locidade mínima do obturador de1/500s para congelar os movimentosdos atletas e evitar que eles saiamborrados. Obviamente, é semprepossível acrescentar algumas fotoscom desfoque de movimento à re-portagem completa ou realizar pan-nings (efeito de arrasto com fundo

borrado) para esportes de velocida-de, como o ciclismo, por exemplo.Porém, na maioria dos casos, os es-portistas em ação precisam estarperfeitamente nítidos.

Se por um lado a teleobjetiva écrucial para boas fotos de esportes,por outro ela pode apresentar limi-tações para que altas velocidadessejam atingidas. Por isso, quantomais luminosa ela for, melhor. Paraque a foto não saia tremida, a velo-cidade em avos de segundo precisano mínimo ser igual à distância focalda objetiva. Ou seja, para 200 mm,o limite é 1/200s; para 300 mm,1/300s. Mas a tecnologia é uma gran-de aliada do fotógrafo e os sistemasde estabilização de imagem presentenas lentes mais modernas permitemque se trabalhe com até dois ou trêspontos abaixo do ideal sem o riscode ter a foto tremida.

Cena de uma partida de rúgbiregistrada pelo leitor DenysFlores: esporte volta a serolímpico nos Jogos do Rio

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Junho 2016 • 115

Acima, prova de hipismo em São Paulo (SP) registrada pela leitora HeneideSgarbi; abaixo, nadador em ação durante uma competição Master disputadaem Recife (PE) em imagem enviada pela leitora Lidianne Andrade

De qualquer forma, com teles fi-xas grandes e luminosas (como a300 mm f/2.8, uma das melhorespara fotos de esportes) geralmenteusa-se um monopé para que hajamais firmeza por parte do fotógrafo(basta ver os profissionais em açãoà beira de campos de futebol, porexemplo). No caso, o acessório éaparafusado a um anel específicoda lente, e não sob a câmera, o quedá mais equilíbrio ao conjunto.

DIAFRAGMA BEM ABERTOGeralmente, a abertura mais

ampla permitida pela objetiva (me-

nor valor de f/) é a mais adequada:além de mais entrada de luz, o quefacilita o uso de velocidades altas, odiafragma bem aberto reduz a pro-fundidade de campo, destacandomelhor a ação ao desfocar o fundo.E fotos de esporte precisam ser re-duzidas ao essencial, evitando todoelemento que possa desviar o olhardo observador.

Assim, além de ser desfocado,o fundo precisa ser escolhido comcuidado: o ideal é posicionar-se demaneira a captar o público no fundoe evitar extintor, lixeira ou carros.Se seu equipamento ou as distân-

cias no local não permitem desfo-car o público, prefira um fundo neu-tro para não desviar a atenção doobservador.

Para esportes coletivos, ondeaparecem várias pessoas em planosdistintos, procure um ponto de vistabaixo sentando no chão ou em umpequeno banco para não cortar acabeça de quem estiver ao fundo.

SENSIBILIDADEEmbora seja sempre ideal usar

a menor sensibilidade possível pa-ra limitar o ruído digital, muitassituações obrigam o fotógrafo aaumentar o valor de ISO para com-pensar a falta de luz devido ao usoda alta velocidade necessária paracongelar os movimentos dos es-portistas. Nesse intuito, é impor-tante conhecer bem os limites doequipamento, notadamente emtermos de gestão de ruído.

Com uma DSLR de entrada pode

Para a maioria das provas emambiente externo, o modoautomático do equilíbrio de branco(white balance, WB) rende bonsresultados. Porém, em ambientesinternos, pode ser preciso escolher omodo correspondente ao tipo deiluminação (geralmente tungstênio,incandescente ou fluorescente). Umadica é ajustar WB manualmente,fotografando a superfície de umpapel sulfite branco, um cartão cinzaneutro (acessório vendido em lojasde fotografia) ou usando umexpodisc (acessório do tipo filtro, queposicionado à frente da lente objetivapermite obter uma imagem dereferência de branco com a lenteapontada para a fonte de luz). Umfiltro de café Melitta diante da lentetambém serve (veja no manual dacâmera como funciona o modo debalanço de branco personalizado).

De qualquer jeito, é sempreproveitoso fotografar em formatoRAW para corrigir o equilíbrio dascores sem perda de qualidade napós-produção. Isso até se tornaimprescindível no caso de umailuminação cíclica, que apresentavariação imperceptível pelo olho,mas que a câmera capta por causada alta velocidade.

Dicas para ajustar oequilíbrio de branco

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LIÇÃO DE CASA

• Fotografe Melhor no 237116

ser melhor reduzir um pouco a ve-locidade para evitar passar de ISO800, enquanto uma topde linha poderender ótimos resultados até acimaISO 1.600, o que permite ainda do-brar a velocidade para ter a certezade conseguir congelar o movimento.E o tamanho do sensor também in-flui nisso: o full frame (quadro cheio)é mais eficiente em alta sensibili-dade do que o APS-C.

Provas de noite ou em ambienteinterno obrigam o fotógrafo a ir aolimite em termos de sensibilidade

cado. Tratando-se dos pontos de fo-co, muitos preferem o foco semiau-tomático com seleção de uma zonade foco dentro da qual a câmeraprocura o tema. É também possívelescolher o ponto de foco central,que geralmente é o mais veloz, erecortar as fotos na pós-produçãopara apurar a composição, deixandoespaço maior na frente do tema (afim de ressaltar o movimento e evi-tar dar a impressão de que ele vaibater na borda do quadro).

Em termos de composição, de-ve-se pensar também em realizarplanos bem fechados (retratos) sea distância focal da objetiva o permiteou ainda planos mais abertos in-cluindo outro elemento da ação. Evitefotografar os esportistas de costas:eles devem ser identificáveis; e pre-ferencialmente com a bola por pertono caso de esportes que a usem.

De maneira geral, o que importaem fotografia de esportes é captartudo o que passa despercebido pelosolhos humanos, congelar momentosde disputa, superação, tensão, con-centração, explosão, alegria, tristeza,enfim, as sensações e emoções quesão provocadas.

O tema para a próxima edição,a 238, será fotos criativas com proxiou macro. Caso você tenha uma fotobacana sobre o tema, envie-a para aredação da revista pelo [email protected] até o dia 5 de junho de 2016 e coloqueno assunto “Lição de Casa”. Cadaleitor pode mandar apenas uma foto.As imagens enviadas serão avaliadase poderão ser usadas como exemplosno artigo de Laurent Guerinaud. A ideiaé que o leitor ilustre as informaçõespassadas pelo especialista.Apenas as fotos selecionadaspela redação serão publicadas.

Mande sua foto para aseção Lição de Casa

A maratona (ao lado, foto doleitor Sidney Gaspar) e o saltoem altura (abaixo, imagem feitapelo leitor Wagner Friaça) sãomodalidades do atletismo, umdos esportes mais tradicionais

e abertura. Embora um equipa-mento top de linha ainda consigaresultados de bons a corretos, câ-meras de entrada não permitemobter resultados satisfatóriosquando falta luz, ainda mais queo uso do flash, além de proibidoem muitos casos, geralmente pro-voca péssimos resultados.

MODO DE FOCOPara acompanhar os temas em

movimento, o modo de foco contínuo(AI-Servo na Canon) é o mais indi-

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118 • Fotografe Melhor no 237

FIQUE POR DENTROexposições, concursos e cursos

FIQUE POR DENTROexposições, concursos e cursos

Ao gosto dofreguês: donaTercília pediu aMestre Júlioque a tornasseuma rainha deolhos azuis

A ntes da era dos selfies edo Photoshop, fazer umretrato de família exigia a

contratação de um fotógrafo. Oprofissional podia ir à casa docliente ou mesmo estar na praça.Havia ainda os que queriam umretrato colorido para colocar naparede e recorriam a fotografiaspintadas à mão. A mostra “RetratoPopular” apresenta fotopinturase retratos do Mestre Júlio, alémde imagens feitas por Tiago San-tana, Tonho Ceará e Luiz Santos.Há ainda coleções de câmeras eacessórios que fazem parte dahistória da fotografia popular.

A proposta é mostrar a im-portância histórica e social doretrato popular: é um tipo de pa-trimônio regional e registro decidadãos de todas as classes so-ciais. A questão da hegemonia

branca e hierárquica na históriabrasileira também é tratada,com retratos que seguem umcostume nordestino de mudaro contexto em torno do fotogra-fado. Um exemplo é a fotopinturade Tercília da Silva, que pediupara que Mestre Júlio pintasseseus olhos de azul e a represen-tasse como uma rainha.

Fotopinturas se destacam em mostra sobre

A arte do retrato

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a:: Data: até 31 de julho de 2016:: Local: Galpão do SescBelenzinho, Rua Padre Adelino,1.000, Belenzinho, São Paulo:: Informações: (11) 2076-9700www.sescsp.org.br/belenzinho

SP

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Junho 2016 • 119

::: Data: até 19 de junho de 2016:: Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro, Av.Almirante Barroso, 25, Centro, Rio de Janeiro:: Informações: (21) 3980-3815www.caixacultural.com.br

:: Data: Até 11 de junho de 2016:: Local: Galeria Leme, Av. ValdemarFerreira, 130, Butantã, São Paulo:: Informações: (11) 3093-8184www.galerialeme.com

Vinte trabalhos do fotógrafoLuiz Braga, em sua maioria

inéditos, estão sendo expostosna terceira exposição individualdo autor na Galeria Leme. As fo-tos foram realizadas entre 1982e 2015, e registram o Pará e acultura paraense com foco nascores e luzes. O artista nasceuem Belém, onde vive e trabalha,e já participou de diversas expo-sições individuais e coletivas noBrasil e no exterior.

ACASOSPREPARADOS

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E stão expostas na Caixa Cultural do Rio deJaneiro 164 fotos vencedoras da 59a edição

do World Press Photo 2016. Entre os vencedores,o Brasil está representado pelo brasileiro Mau-rício Lima, premiado em duas categorias, e peloComplexo do Alemão (RJ), cenário de série defotos do espanhol Sebastián Liste. O grandevencedor foi o australiano Warren Richardsoncom a imagem “Esperança por uma nova vida”.

Exposição WorldPress Photo 2016

RJ

Como segunda exposição doprograma Nova Fotografia

2016, o MIS apresenta o projeto“Acasos Preparados”, da fotó-grafa Camila Picolo, compostopor 17 fotos clicadas entre 2010e 2015 nas cidades de São Pau-lo, Santos e Salvador. Camila,com imagens feitas com câ-mera e também celular, pro-põe uma reflexão e discussãosobre o acaso na fotografia.

:: Data: até 12 de junho de 2016:: Local: Museu da Imagem e doSom, Av. Europa, 158, JardimEuropa, São Paulo:: Informações: (11) 2117-4777 www.mis-sp.org.br

SP

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Luiz Braga

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A utorretratos do fotógrafo finlandêsArno Rafael Minkkinen, que teve

um perfil publicado na edição 228 deFotografe, estão sendo expostos no SescJundiaí. Suas fotografias provocantes,

feitas desde os anos de 1970, são emP&B e exploram os elementos do nu, dacorporalidade, da paisagem, da intimi-dade, do retrato e do autorretrato. A cu-radoria é de João Kulcsár.

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CORPO COMO EVIDÊNCIA

:: Data: até 12 dejunho de 2016:: Local: Sesc Jundiaí,Av. Antônio FredericoOzanan, 6.600,Jardim Botânico,Jundiaí:: Informações: (11)4583-4900http://bit.ly/1TAq90I

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BELO HORIZONTE (MG)A Escola de Imagemtraz os cursos: Bá-sico, Photoshop, Lightroom, Flash Ex-terno e Luz e Composição. E os works-hops: Memórias de Família com ViníciusMatos e Fotografia de Natureza com Lu-cas Goulart.Data: a partir de 9 de junhoPreço: consultar com a escolaLocal: R. Colômbia, 375 – SionInformações: (31) 3264-6262www.escoladeimagem.com.br

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São seis volumes que revelam os detalhes dos melhores destinos de viagem de todo o mundo. Em cada volume foram escolhidos 50 lugares pela sua extraordináriabeleza e atrações que vão fazer você sonhar.

Rio de Janeiro Recife, Olinda e Porto de GalinhasGramado, Canela e Vale dos Vinhedos

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Fernando de NoronhaPorto Seguro, Trancoso e Arraial D’AjudaMaceió, Maragogi e Arredores

NaturezaEuropaAmérica

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Natureza e Paisagismo

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COLEÇÃO BEM-VIVER

A coleção Flores para o Jardim vem em três volumes e traz tudo o que você precisa saber para encher seu jardim de flores e cores. Dividido por grupos, todas as plantas, nativas e exóticas, são facilmente encontradas no mercado.

A coleção Bem-Viver, dividida em dez volumes temáticos, traz ideias inspiradoras de decoração, arquitetura e paisagismo para você deixar sua casa linda e aconchegante.

A Orquídeas Coleção Rubi, dividida em dez volumes, traz todas as dicas para você conhecer as diferentes espécies e gêneros, os hábitats e preferências de cada uma dessas joias da Natureza e ser bem sucedido no cultivo.

Autor: Valerio Romahn

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Orquídeas BrasileirasOrquídeas PerfumadasOrquídeas VandaOrquídeas Mini e MicroOrquídeas Chuva-de-Ouro

Casas de FazendaCasas de CampoCasas de PraiaCasas em Estilo ProvençalCasas Rústicas

Árvores e Arbustos FloridosTrepadeiras FloridasCanteiros Floridos

Orquídeas PhalaenopsisOrquídeas CymbidiumOrquídeas SapatinhoOrquídeas Cattleya walkerianaOrquídeas Dendrobium

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COLEÇÃO FLORES PARA O JARDIM

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Natureza e Paisagismo

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A História Secreta da Igreja

O fanatismo, seja político ou religioso, tende sempre a fazer emergir o lado mais selvagem do ser humano. Apesar dos inúmeros bons serviços prestados à civilização, em nome de Deus, a Igreja promoveu episódios e escândalos que mancharam a sua reputação.

Autor: Michael Kerrigan

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O maior conflito de todos os tempos.Saldo da guerra, 60.000.000 de mortos. Você precisa conhecer melhor essa história.

22,7cm x 29,7cm268 páginas

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A História Secreta dos Papas Autora: Branda Ralph Lewis

Esse livro mostra como um número impressionante de sumos sacerdotes da Igreja Católica agiu de forma totalmente contrária aos ensinamentos cristãos. Durante a Idade Média não faltaram Papas que foram especialistas em conspirações, assassinatos e até bruxarias.

CAPA DURA21cm x 28cm256 páginas

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