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nossojornal / abr172

FOLHA COMUNITÁRIA DE ABAETÉ

Empresa de Comunicação

Soares Ribeiro Ltda

CNPJ 00.815.984/0001 - 69

Rua 13 de Maio, 20 - Centro

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Presidente de Honra: Prof. Modesto PiresDiretora de Redação:Christiane Ribeiro - Mtb 4.815/MGAssistentes de Redação: Marly Tavares de OliveiraMonique Soares de Sousa

Agradecemos aos assinantes que nos ajudam a manter viva essa publicação, especial-mente aos novos benfeitores: Desembargador Simão Gui-marães de Sousa (Brasília/DF), José Ricardo Vilas Boas (Aba-eté/MG), Dr. Geraldo Armando Morato (BH/MG), Ronan Soa-res de Oliveira (BH/MG), Maria Coeli Mourão Duarte (BH/MG), José Júlio Pereira (BH/MG), Orosimbo Alves da Silva (Vitó-ria/ES), Guilherme de Andrade Ferreira e Nádia (BH/MG).

Tels: 37 3541-4381 9 9929 3967 (Vivo / whatsApp)

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Redação do Nosso JornalRua 13 de maio, 20 (3541-4381)

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Lindalva Carvalho (99929-4710)

Marly Tavares (31 99977-2248)

Francisca Inácio (99948-5230)

Site: nossojornalabaete.com.br

Capa: Fotos de Christiane Ribeiro

(Kaxixós, Antônio Mendes), Pro-

fessores (Eliana Santos), Dia da

Água (Lilian Sousa), Plantio (Marly

Tavares), Carmen Chang (Isabella)

Arte de Rodrigo Ribeiro Bastos

“Do que aprendi do Tao Te King: parabéns pra quem trabalha muito. Mas rico mesmo é quem vive contente”. (Luiz Fernando Sarmento)

Obrigado por me proporcionar momen-tos tão agradáveis ao ler o NOSSO JORNAL. Parabéns.

Quando eu morava em BH, nos auge dos meus 17 anos, e semanalmente me deslocava à rodoviária para buscar enco-mendas encaminhadas pelos meus que-ridos pais (momentos difíceis, mas que deram respaldo para os dias de hoje), era o momento que mais me aproximava de Abaeté, saudades, encontrando pessoas conhecidas em conversas rápidas e agra-dáveis.

Hoje, no aconchego de meu lar, na companhia de minha família, relembro es-tes tempos passados, que me fizeram forte e mais preparado para os dias de hoje.

Sander José Ferreirade Brasília/DF

Meu caríssimo Prof. Modesto,Somente o livro “FOGO AMIGO so-

bre o velho frade”, de Frei Josaphat. MUITO ENRIQUECEDOR, tenho certe-za. Até agora só li as orelhas, mas já percebo a dimensão do conteúdo: São, pelo menos, 80 anos de estudo, reflexão, meditação e vivência, que podem nos tornar humanos.

Lembro-me dos meus anos de adolescente: vovó, Da. Afonsina, em casa de quem estudava, sempre se referia ao Pe. Josaphat, já estudante na Europa, cuja mãe, Emília, residia nas proximidades do “becão”, bairro “Marmelada”.

Constitui prazer sempre renovado receber uma cartinha sua, Prof. Mo-desto. Quando leio o remetente, já sei

que se trata de gente da minha “cida-de menina”, noticiando assunto bom. E não erro.

Você me chama de benfeitor. Ora, BENFEITOR tornou-se você que nos ali-menta mensalmente com contato di-reto com as nossas origens, por meio do “Nosso Jornal”. Você a Christiane não podem sentir o prazer que o rece-bimento do jornal nos transmite, men-salmente. Só quem se acha exilado pode expressar o sentimento ao ler as notícias originárias do torrão natal. É que estamos sentindo uma espécie de banzo. Mil agradecimentos.

Abraço forte em você e na Chris-tiane.

Simão Guimarães de Sousa, de Brasília / DF

A sua rádio do seu jeito.

avidadesertaneja.com

Cartas e Mensagens

A todos, uma boa leitura!

Sensibilizada, a equipe do Nosso Jornal agradece ao Desembargador Simão Guimarães e ao policial civil Sander Ferreira pelas mensagens de apoio e incentivo ao nosso trabalho.

Às vésperas do Dia do Ín-dio, a edição de abril do Nos-so Jornal destaca a polêmica envolvendo os vizinhos Kaxixó, oficialmente reconhecidos em 2001 como grupo étnico pela Funai, que delimitou uma área de 5.411 hectares como reser-va indígena, nos municípios de Martinho Campos e Pompéu.

Dentre outras matérias cuidadosamente preparadas pela equipe da redação e por colaboradores como a jornalis-ta Isabella Lucas, destacamos também o corajoso movimento dos professores da rede esta-dual de ensino contra a per-versa proposta de reforma da Previdência Social.

Fazemos coro à proposta de boicote eleitoral lançada pelo movimento: o Deputado Federal que se manifestar a fa-vor da reforma da Previdência Social e contra os direitos tra-balhistas adquiridos pelo povo não terá votos em Abaeté nas eleições de 2018.

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nossojornal / abr17 3

VIAÇÃO SERTANEJA59 anos aproximando pessoas e conduzindo o progresso

Você sabia que a Viação Sertaneja responde por boa parte do ICMS recolhido pelo Sistema Integrado de Administração Fazendária, que

abrange oito municípios da região, além de Abaeté?

Ao viajar pela Sertaneja,

você contribui para o

desenvolvimento

de sua cidade

e boa parte das

Gerais.

VIAÇÃO SERTANEJA61 anos aproximando pessoas e conduzindo o progresso

Desde o dia 15 de março, professores da rede estadual e municipal de Abaeté estão mobilizados contra o projeto da chamada “reforma” da Pre-vidência Social proposta pelo governo Temer, que pretende mudar a idade mínima de apo-sentadoria para 65 anos, tanto para homens quanto para as mulheres.

Nessa data, professores das escolas “Dr. Edgardo da Cunha Pereira” e “Frederico Zacarias” entraram em greve por tempo indeterminado, seguidos, al-guns dias depois, pelos educa-dores da “Barão do Indaiá”.

Dia 28, cerca de 40 funcio-nários das cidades de Abaeté, Paineiras e Martinho Campos participaram de uma grande manifestação em Belo Horizon-te, no pátio da ALMG, onde o movimento estadual decidiu pe-la continuidade da greve.

Os professores da E. E. “Dr. Edgardo da Cunha Pereira” e “Frederico Zacarias” decidiram manter a paralisação até o dia 6 de abril, quando será realiza-da nova assembleia do SindUte, em BH. Já a escola “Barão do Indaiá” optou por retomar suas atividades.

Na maratona de mobiliza-ções em Abaeté, dia 20 de mar-ço, os professores receberam apoio da Câmara Municipal, quando pediram a intercessão dos vereadores junto aos depu-tados federais votados na última eleição na cidade, para que se manifestem contrários à Refor-ma.

Na ocasião, também foi lan-çada uma campanha para que, em 2018, o deputado federal

Professores dão uma lição de cidadaniaMUITO ALÉM DAS SALAS DE AULA

que se manifestar favorável à reforma e contra os direitos tra-balhistas adquiridos pelo povo não seja votado em Abaeté.

Segundo a professora Eliana Santos, o grupo está muito mo-bilizado. “Temos saído às ruas, exercendo nosso papel de edu-cadores, denunciando esse ata-que violento aos direitos de to-dos os trabalhadores”, destaca. “Não estamos em greve por au-mento de salários, mas para ga-rantir que nós e, principalmente, nossos jovens tenham direito à aposentadoria. O governo, com suas manobras, tentou calar nossa voz, nos ‘retirando’ da reforma. Contudo, não lutamos apenas por nós! Essa luta é de

todos os trabalhadores! Não podemos aceitar que nossos di-reitos sejam retirados um a um, muitas vezes na calada da noi-te...”, alerta.

A expectativa é que, no dia 31 de março, aconteça uma grande paralisação nacional, inclusive em Abaeté. “Estamos convidando todos os segmentos da sociedade a se juntarem a nós e promoverem uma parali-sação geral contra a lei da ter-ceirização, contra a reforma da previdência, contra a corrupção. Quem não luta pelo que quer tem que aceitar o futuro que vier! Juntos somos mais fortes”, ressalta.

Pelas regras propostas pelo

governo Temer na reforma da Previdência, o trabalhador preci-sa atingir a idade mínima de 65 anos e pelo menos 25 anos de contribuição para poder se apo-sentar. Neste caso, ele receberá 76% do valor da aposentadoria - que corresponderá a 51% da média dos salários de contri-buição, acrescidos de um ponto percentual desta média para ca-da ano de contribuição.

Desta forma, para receber a aposentadoria integral (100% do valor), o trabalhador precisará contribuir por 49 anos, a soma dos 25 anos obrigatórios e 24 anos a mais.

Dentre as diversas classes que serão prejudicadas pela

reforma, a dos professores me-rece destaque, uma vez que excluirá o regime especial a que está submetida.

Para os docentes que são servidores públicos, existe uma diminuição de 5 anos, tanto na idade quanto no tempo de con-tribuição, enquanto aqueles vin-culados ao Regime Geral de Pre-vidência Social, aplica-se a regra de 30 e 25 anos de contribuição, para homens e mulheres, res-pectivamente, sem determina-ção da idade mínima.

Caso a reforma seja aprova-da, eles perderão esse benefício e serão enquadrados nas mes-mas regras aplicáveis aos de-mais segurados.

Dia 28 de março, os professores de Abaeté participaram da mega manifestação estadual em BH e decidiram manter a greve em duas escolas.

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As cooperativas trabalham para o desen-volvimento sustentado das suas comunidades, através de políticas aprovadas pelos membros.

Importante ressaltar que o interesse pela co-munidade exige das cooperativas o apoio a pro-jetos e soluções que sejam sustentáveis, tanto do ponto de vista econômico (para a perpetui-dade do próprio empreendimento), como sob a ótica social e ambiental. Da mesma forma, está fora de cogitação a exploração mercantilista, representada pela abusividade na precificação das soluções destinadas aos membros e às de-mais pessoas da comunidade. É por isso que as cooperativas não perseguem o lucro, buscando apenas pequenas margens, de modo a poder realimentar e fortalecer a sua operação.

Fonte: texto de Ênio Meinen, extraído da obra “Cooperativismo Financeiro, percurso histórico, pers-pectivas e desafios”. Autores Ênio Meinen e Márcio Port. Editora Confebrás, 2014.

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nossojornal / abr17 5

“Ficar louco de vez em quando é necessidade básica para permanecer são.” Osho

Conversar com o Sr. Antônio Men-des Morato, 90

anos, é fazer uma agradá-vel viagem na história de Abaeté e região, voltando a um tempo onde o valor da palavra era inquestionável, sinônimo de honra, e um fio de bigode valia mais que qualquer contrato assina-do.

Na varanda de sua ca-sa, na Rua Jader Moura, de onde avista o prédio da loja que construiu e dirigiu nos últimos 54 anos, ele recor-da a sua infância na Fazen-da Gerais, na qual nasceu dia 14 de setembro de 1926. Faz questão de dizer que é abaeteense. “Naquele tem-po, Paineiras, Morada Nova e outras cidades da região per-tenciam a Abaeté”, explica.

Com uma memória invejável, uma lucidez impressionante e uma riqueza de detalhes, citan-do nomes e datas, Antônio Men-des narra fatos como a inunda-ção das fazendas da família pelas águas da represa de Três Marias no início dos anos 60, as viagens de trem de ferro para Belo Horizonte nos anos 30 e 40, sua vida de trabalho como bal-conista, comerciante, produtor rural, criador de gado, analista de creme para a Soares Noguei-ra, engarrafador de cachaça e até motorista da Viação Sertane-ja nas jardineiras de reforço.

Um dos 10 filhos de Bernardo Mendes Ribeiro e Violeta Faria Morato, o comerciante aposen-tado fala, com orgulho, de tu-do o que aprendeu com o pai, principalmente pelo exemplo. “Meu pai me ensinou, primeira coisa, a trabalhar. A segunda, honestidade absoluta. Ele reco-mendava: ‘pagar o que deve é um dever, uma obrigação, uma responsabilidade’, ‘você está plantando pra você colher’. Di-zia também: ‘Antes uma má

Antônio Mendes Morato, memórias de um comerciante tradicional da Cidade Menina

acomodação que uma boa de-manda’, ‘eu prefiro que vocês percam, antes de dar prejuízo a qualquer gente’. E falava: ‘En-quanto eu mandar, vocês não bebem, nem jogam’. Tenho a honra de dizer que meu pai me ensinou e deu um bom exemplo toda a vida”, declara.

Não só a ele, mas também aos irmãos Antonieta (Fiinha), Geraldo, José, Alice, João, Faustina, Maria (Nini), Bernardo Mendes Filho (Dade) e Moacir Mendes Morato. E aos filhos do segundo casamento do pai, com D. Alzira Álvares da Silva: Maria Aparecida, Dr. João Men-des, Paulinho, Maria das Dores (Dorinha) e Irmã Maria de Lour-des. “Se os irmãos brigavam lá em casa, não tinha julgamento, nem razão... Iam todos capinar, ou varrer, ou descascar milho. Ele não batia, o castigo era tra-balhar”, recorda.

Lembranças da InfânciaEm 1936, Seu Bernardo cons-

truiu uma casa em Abaeté, pa-ra os filhos estudarem. “Por três vezes, meu pai tentou dar estu-do pra gente. Na primeira vez, viemos com minha mãe, mas

não deu certo ficar ele lá e ela aqui. Depois, moramos um tem-po com uma mulher chamada Isabel do Colômbia. A gente ia para o grupo Frederico Zacarias, passando por baixo de uns pés de cagaiteira. O diretor era o Sr. Afonso Lamounier e o chefe da disciplina era o Sr. Agenor, pai da Dalva. Minhas professoras eram a dona Helena do Olegá-rio, tia da Menininha; dona Nilda e dona Letícia, que foi até Miss Abaeté, era bonita com sobra! Nós estudamos aí, mas não du-rou muito tempo e voltamos pra fazenda no Junco”, historia.

Em outra tentativa, o pai tam-bém veio para a cidade, alugou uma casa na rua 13 de maio e montou um açougue. “Ele mata-va porco na fazenda, trazia pra Abaeté, eu trabalhava com ele. Lembro que entregava lombo na casa do Dr. José Alves de Olivei-ra. Mas eles tiveram que voltar pra fazenda, ficamos aqui um resto de ano, mas nem cheguei a tirar diploma”.

Primeiro trabalho formalQuando voltou para as Ge-

rais, em 1939, Seu Antônio foi

trabalhar em uma loja que o irmão Geraldo Mendes Morato tinha comprado no povoado de Frei Orlando (Junco). “Ali comecei a aprender. Fazia escrita e era balconista. Passei a ir em Be-lo Horizonte fazer compras pra loja, despachava feijão, arroz e outros produtos para o Agenor Lima, que era um receptor de mercadoria em Pitangui”, cita.

Naquela época, gastava-se um dia inteiro para chegar à capital mineira. “O trem saía às 5:40 da manhã de Barra de Pa-raopeba e chegava em BH entre 9 e 10 da noite. Tinha baldeação em Velho da Taipa. O trem que eu pegava de manhã seguia para Divinópolis, e a gente fica-va mais de uma hora esperan-do o outro pra seguir viagem”, recorda.

Bem antes da transformação do Banco de Abaeté em coope-rativa de produção de leite por um grupo de produtores rurais liderados pelo Dr. Melo, quan-do os fazendeiros entregavam a produção para a Soares No-gueira, Antônio Mendes fez um curso na sede dessa empresa, em Pitangui, onde aprendeu a

técnica de análise dos cremes recebidos na região.

Ele se lembra também de um curso de Datilografia e Con-tabilidade Bancária e Comercial que fez entre 1941 e 1942, em Abaeté. “Foi um curso particular, de seis meses, eu fiquei numa pensão. Os professores eram de Pitangui, Carlos Rodrigo Pei-xoto (Carlitos) e a mulher dele, Julieta Viegas. Lembro até hoje daquelas batidas na máquina: ASDFG, ASDFG, ASDFG, até can-sar...”, conta, citando o nome de alguns colegas, como o Vicente da Naná, D. Zélia, Wilson do Zé Bertúcio, Beba do Joaninho, Ma-ruca Capanema.

Na década de 40, Seu An-tônio e o pai fundaram a em-presa Bernardo Mendes Ribeiro e Filho. “O Nascimento, pai da dona Felisbina e do Jorge, nos emprestou 30 mil réis pra com-prar uma loja em Poções, que transferimos mais tarde para Frei Orlando. Depois de casado, ainda continuei uns dois ou três anos com o pai, mas o negócio era pequeno pra nós dois”, his-toria.

(Continua na pág. 06)

Antônio Mendes Morato e uma foto aérea de Abaeté nos anos 70: histórias que se entrelaçam.

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nossojornal / abr176

“As culturas sobrevivem enquanto se mantiverem produtivas, enquanto forem sujeito de mudança e elas próprias dialogarem e se mestiçarem com outras culturas”. (Mia Couto)

CasamentoQuem fala do casamento

é D. Irilda Morato de Andra-de, companheira por quase 70 anos. Ela conta que se casaram de madrugada, antes das seis horas da manhã, numa celebra-ção feita por Frei Mário na casa de sua irmã, com a presença de cinco parentes e vizinhos: “Que-ríamos ir para Belo Horizonte, e só tinha uma jardineira, que saía às 6:30 da manhã. Frei Mário fez o casamento, nós só trocamos de roupa e fomos embora. Nem tiramos o retrato do casamento, porque estava cedo. E também não casamos no civil, porque quase ninguém ligava pra isso naquele tempo”.

E foi um casamento meio que “arranjado” pelos pais. “Somos primos primeiro. A mãe dela era minha tia. Casamos três irmãos com três irmãs. Eu e a Irilda, o Geraldo e a Luísa, a Nini e o Aguinaldo”, completa Antônio Mendes.

- Ele era custoso!..., diz Dona Irilda.

- Ela que sempre foi ciumen-ta!!! , retruca Seu Antônio.

- Eu falava que ia largar ele, por ciúme, mas era só pra fazer medo, porque não tinha coragem não, ressalta D. Irilda, contando que era “dançadeira” quando solteira, mas deixou de dançar depois do casamento, porque o marido não dançava.

O casal tem dois filhos (Ma-gela - falecido em 2008 e Maria Amália), cinco netos (Élio Romu-aldo Júnior, Leonardo, Vinícius, Cecília Gabriela e Luís Filipe) e um bisneto, Victor Hugo.

Compra e inundação da Fa-zenda

Quando trabalhava em so-ciedade com o pai, Antônio Mendes conseguiu comprar uma fazenda no Junco, por 240 contos de réis. “Foram 90 contos à vista e o resto dividido. Eu tra-balhava e fazia as economias, não tinha tempo de gastar não. Naquele tempo, as terras no Junco estavam desvalorizadas por causa de um surto de malei-ta na região”, relata.

Na fazenda, ele cultivava mi-lho, algodão, engordava porcos e criava gado de corte. “Tinha mais ou menos 500 cabeças de gado e vendia até pra Barretos.

Antônio Mendes Morato, memórias de um comerciante tradicional da Cidade Menina

(Continuação da matéria iniciada na página 05)

O pessoal comprava cerca de mil bois na região e tocava até São Paulo, em até 33 dias de viagem”, lembra.

Nessa época, ele morava no povoado do Junco e ia toda ma-nhã de bicicleta até a fazenda, pedalando cerca de doze quilô-metros ida e volta. “Cuidava da loja e da fazenda. Isso foi até o governo do Juscelino. Depois veio a ameaça da represa, de-sassossegou todo mundo, nin-guém sabia o que ia acontecer... E finalmente aconteceu...”

A partir de 1961, o fazendeiro viu suas terras sendo inunda-das aos poucos. “Em 63, a me-lhor parte da fazenda, cerca de 200 hectares nas margens dos rios e córregos, estava debaixo d’água. Eu acompanhei toda a inundação. A primeira balsa era um assoalho de chapa de ferro com quatro canoas acopladas embaixo, tudo aberto. Tinha um champrão para os carros subi-rem e umas escoras na frente, para eles não caírem na água. Eu passei nessa balsa muitas vezes, de jeep”, recorda.

Antônio Mendes lembra também do projeto de constru-ção de uma rodovia ligando a região a Brasília, passando por Frei Orlando: “Essa estrada pas-

sava na minha rua, Avenida Vital Rodrigues. Ali, chegaram a fazer a estrada com 40 metros de lar-gura, já compactada. E do outro lado do Indaiá, tinha outra em-preiteira fazendo o seguimento dessa rodovia. Uma vez, passei por lá de caminhão, buscando madeira para o meu irmão, e vi que tinham feito um corte na serra da altura dessa casa (de dois pavimentos) e estavam já assentando o meio fio. Estavam fazendo tudo correndo, porque o binômio de campanha do Jus-celino era Energia e Transporte, e a meta era fazer 50 anos em 5. Quando o governo acordou, viu que, se essa rodovia saísse, ia encontrar uma inundação de mais de 2 km no Marmelada, outra em Extrema, mais 5 km no São Vicente, outra no Sucuriú, outra no Indaiá, de 6 a 10 km... Aí viram a inviabilidade da estra-da e as obras foram suspensas”.

Ele conta também que fez parte da comissão dos fazen-deiros prejudicados pela inun-dação, chamada Flagelados das Três Marias, liderada pelo Deputado Federal Renato Aze-redo, com participação de todos os prefeitos da região inundada. Participaram de reuniões com o presidente JK, que prometeu

reparar todos os danos sofridos pelos proprietários das terras. “O governo tentou fazer acordo, po-rém, nós não vendemos e fomos pra justiça. E essa justiça nos to-mou um bom dinheiro. Ganha-mos aqui, ganhamos em Minas Gerais, ganhamos em Brasília, mas só depositaram o valor de lançamento pelas terras inunda-das. O resto da sentença não foi pago até hoje”.

Loja Antônio MendesCom o dinheiro do depósito

de lançamento e da venda do gado, que já não tinha onde pastar nas terras inundadas, o fazendeiro/comerciante com-prou um lote e construiu o quar-to prédio de dois pavimentos de Abaeté, na esquina das ruas Getúlio Vargas e Jader Moura. “Foi feito pelo João Oselieri (Jo-aninho), o único que tinha ma-terial de construção e construía em Abaeté. No início dos anos 60, só tinha três construções de dois andares na cidade: o Hotel Gontijo, a Drogaria Abaeté e o prédio do farmacêutico Adedino Xavier Capanema, onde hoje é a casa Dr. Fernando, que estava em construção”, historia.

Quando a obra ficou pronta, em fevereiro de 1963, Antônio

Mendes se mudou com a fa-mília para Abaeté, transferindo o comércio do Junco. “Era uma loja de armarinho, tecidos e fer-ragem. Depois, coloquei mate-rial elétrico, colchão, geladeira, televisão, roupas de cama, me-sa e banho. Sempre escolhi os melhores fornecedores, pagan-do à vista ou em prazo curtinho, repassando para os fregueses os custos e os descontos, tendo a menor margem de lucro pos-sível para beneficiar o freguês”, ressalta Antônio Mendes, decla-rando-se pesaroso de fechar a loja e deixar os fregueses com quem sempre teve um bom re-lacionamento.

E a conversa continua... nos casos da Viação Sertaneja, fun-dada por seu pai, seus irmãos Geraldo (pai do Cici) e Moacir, com o sócio Sebastião Ferreira de Andrade... na sua participa-ção na implantação da compa-nhia telefônica em Abaeté... nas saudosas lembranças de Frei Mário e de tanta gente que já partiu. Mais que uma experiên-cia pessoal, familiar e empresa-rial, sua trajetória de vida conta, sem dúvida, um bom pedaço da história de Abaeté. Com desta-que para a disposição, riqueza, amor e fé de nossa gente.

Antônio Mendes, D. Irilda e uma vista parcial da Rua Getúlio Vargas, onde foi construída a loja e residência da família, em 1963.

Antônio Mendes con-ta que, quando a Viação Sertaneja era municipal, tinha tanto passageiro que ele mesmo fazia viagens de emergên-cia, como motorista, em reforços nos finais de semana. “No percurso, a jardineira ficava tão cheia, que tinha que por gente no porta-malas, que ficava em cima e era chamado de poleiro”.

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nossojornal / abr17 7

““Deixe que o riso seja o seu templo, e você se sentirá em profundo contato com o divino.” Osho

Revitalizar a parte física do colégio, atualizar o acervo da biblioteca, proporcionar uma alimentação mais saudável para os alunos, contar com o apoio e participação dos pais, buscando sempre a qualida-de de ensino. Esses são al-guns projetos da nova dire-tora da Cnec Abaeté, Amália Maria Zamarren Bruno, que assumiu o cargo no dia 1º de março.

Formada em pedagogia e psicologia com especiali-zação em psicopedagogia e mestrado em educação, Amália trabalhou durante 30 anos nestas duas áreas. Nos últimos 25, ela esteve em uma instituição particular na cidade de Jundiaí/SP. “Passei no processo seletivo da Cnec e vi que tinha disponibilidade de cinco vagas para diretor de Escola. Escolhi Belo Hori-zonte, mas através de video-conferência com o pessoal de Brasília, me indicaram Aba-eté como uma escola que precisaria dos meus serviços.

O fazendeiro ti-nha um bezerro e a mãe do fazendeiro era também o pai do bezerro.

A frase estará cor-reta, se você colocar uma vírgula no lugar certo.

Numa homenagem aos ex-alunos, lem-brando as atividades de descontração nos primeiros dias do ano letivo, Professor Mo-desto propõe um de-safio:

O primeiro que pontuar a frase corre-tamente e entrar em contato com ele (pes-soalmente, ou pelo telefone 3541-1231) ga-nhará uma ASSINATU-RA ANUAL DO NOSSO JORNAL, com direitoa uma foto na próxima edição.

Um desafio bem humorado do

Professor Modesto

Nova diretora da CNEC assume o cargo com muitos projetos de revitalização

Aí resolvi vir para o desafio”, explica.

Segundo Amália, quando esteve aqui pela 1º vez, no dia 23/02, ela se deparou com muitos problemas. “Físi-cos, principalmente. Tudo foi fotografado e, no dia 24, con-versamos com o pessoal de Brasília e traçamos um cro-nograma para revitalização da escola”, conta.

No dia 1º de março, já em definitivo na cidade, ela fez uma jornada pedagógica de

dois dias com o corpo docen-te, onde foi abordada a ques-tão do bullying e, depois. “Concomitantemente, come-cei a fazer o levantamento de revitalização de forros, pintu-ras, parte elétrica e hidráuli-ca. Limpeza da quadra, caixa d’água e cantina para que funcionasse com alimentos saudáveis para os alunos. Já fizemos dedetização e quero atualizar as bibliotecas por-que tem muitos livros ainda sem a nova ortografia”, des-

taca. “Também colocamos

bebedouros novos e ganhei 15 ventiladores. Vou pedir ao prefeito a coleta do lixo na rua de baixo e o calça-mento da rua Padre Vital. Também pretendo fazer a pintura do muro e da qua-dra. Tudo com apoio da comunidade, especialmen-te dos pais de alunos, do grupo Cnec e da Prefeitura Municipal”, ressalta.

“É uma escola que me encantou muito, onde fui muito bem recebida, tan-to interna quanto externa-mente. Nossas intenções são as melhores possíveis para que as crianças e adolescentes de Abaeté possam ter uma educação de qualidade. O grupo Cnec está empenhado nesta ta-refa e eu faço parte deste grupo, então, estou muito esperançosa e feliz em po-der trazer para Abaeté uma nova forma de pensar na educação”, finaliza.

“O segredo da felicidade é encontrar alegria na alegria dos outros!“ Turma do 3º ano no 2º Dia D, em 23 de março.

Flávio Machado

Marly Tavares

Amália: “Estou muito esperançosa e feliz em poder trazer para Abaeté uma nova forma de pensar na educação”

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nossojornal / abr178

“Pura consciência. Às vezes, o diagnóstico mata mais que a doença” (Luiz Fernando Sarmento)

PETRÓLEO

Telefax: (37) 3541-3100Qualidade e confiança no LÍDER de sempre!

Com a animação da Banda Bandulino, blocos fantasiados, marchinhas e muito axé, a Casa da Cultura de Abaeté promove um Carnaval Temporão no sábado de Aleluia, 15 de abril, de 10 às 18 ho-ras, na Feirinha. Todos estão convidados a participar de esse projeto, que pre-tende resgatar o carnaval de marchinhas e blocos de rua da Cidade Menina.

Os últimos detalhes do evento foram acertados dia 29 de março, numa reunião em Martinho Campos com a Secretária de Cultura Tabita Freitas, Lúcia Pereira da Casa da Cultura, Marly Tavares do Nosso Jornal e Brenu Melgaço da Escola de Artes Cidade Menina.

Carnaval Temporão na Semana Santa

Entre os pinheiros da colina, for-taleza. Era preciso deter os passos, a respiração ofegante, olhar atento para o alto. Elevada e imensa. De um verde ora musgo, ora grama, um verde onde não se sabe o que é trepadeira ou tinta, um verde calado, metido num silêncio frio e úmido, si-lêncio de camaleão.

Naturalmente haveria uma trilha até os portões. O corretor não a en-controu com facilidade. Talvez não fosse trilha, mas uma coincidência sinuosa de pedras e clareiras. O por-tão estava aberto. Era verde, de fer-ro. Um verde enferrujado, um verde que rangia.

Muito digna, ampla varanda, telhado de várias águas... Uma boa restauração (talvez pintasse de branco); a estrutura estava boa, sem cupim. Pó, nada menos incômodo. Perto da autoestrada, um ótimo re-fúgio. Mas o problema não estava em nada daquilo. Não era o verde monótono e depressivo que havia engolido todo aquele belo volume, mas a sua insanidade interior.

Palmas. Batidas. Uma voz irrom-pe entre engasgos:

- Esperança?!A sua insanidade interior... Não

demorou a perceber tamanha lou-cura. Toda casa tem das suas me-mórias, da sua vivência cotidiana e dos seus sonhos e desejos, daque-les que a habitam e a tornam um lar, não apenas um volume funcional, mas um espaço de vida. Através do porta-retrato se vê aqueles que esti-veram na casa, as fotos dos sorrisos ensaiados, dos abraços coletivos, da tia que vive em outra cidade, do filho casado, das festas de outrora naquela mesma sala. Através do espelho se vê aqueles que estão na casa, dos olhares vaidosos, dos jovens narcisos e dos corcundas de notre-dame, da madrinha velha que ali arruma o cabelo por ocasião de um almoço de domingo, das moças que experimentam os vestidos e os lábios. Através da janela se vê aque-

les que estarão na casa, é o “quem vem lá?”, a buzina do carro velho, o guarda-sol florido da avó que des-ponta longe e vem em passos ler-dos, o grito do amigo insistente.

Em que consistia a sua insanida-de? Em medo! No terrível medo que havia camuflado aquela mansão, subvertido a sua lógica temporal.

Quando percebeu os porta-re-tratos entalhados em madeira sobre os balcões, sobre a cômoda, sobre a escrivaninha, pendurados nas pa-redes dos corredores e dos salões sociais, o corretor não entendeu ta-manha tolice. Pois não ostentavam fotografias, mas espelhos. Isso por medo de relembrar as amarguras de outrora, assim tudo seria presen-te, as dores e segredos dos velhos tempos ficariam esquecidos.

Mas, quando adentrou os quar-tos e banheiros e procurou por es-pelhos, apenas encontrou vãos re-tangulares, paredes vazadas, sem cerimônia. Também aqui não era diferente. Por medo de contemplar a atual decadência das coisas e do corpo, e o fracasso das ambições, resolveram abrir janelas no lugar dos espelhos, assim tudo seria uma esperança, uma confiança em um manhã melhor, com algo jovem e potente para revigorar os dias, ou ao menos o nascer do sol.

Por fim, quando abriu as cortinas das grandes janelas, e as folhas das janelas, não pôde ver a luz do dia, pois imensas fotografias tampavam tudo, fotografias felizes e pálidas. Por medo do caótico vasto mundo, por medo de alguma profecia apo-calíptica ou de uma tempestade des-truidora, por algo lá fora que fosse terrível e que vinha veloz, resolveram tampar as janelas com as fotogra-fias, assim tudo seria o conforto de um passado certo, dos velhos ami-gos, dos velhos amores, do que se podia ter certeza e do que se podia saborear em oculto.

Fortaleza e refúgio...O corretor nunca vira um imóvel tão medroso.

Casas Insólitas Mansão Musgo

Samuel Cavalcanti

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Estáchegando

O Governo do Estado e a Copasa superam desafios para fazer a água chegar a todas as regiões de Minas Gerais. São investimentos e obras realizados para garantir melhoria na qualidade de vida para milhões de mineiros.

Cuidar da nossa água é Cuidar da nossa gente.

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informe publicitário10

As Escolas Municipais de Abaeté continuam trabalhando com os Projetos Pedagógicos. Em março, foi desenvolvido o Projeto de conscientização do “Dia Mundial da Água”. Devido sua grande importância, a água é um assunto para ser apresentado e discutido em todos os segmentos da

sociedade, principalmente na sala de aula. É indispensável conhecer melhor e refletir sobre os cuidados com a preservação e o uso racional da água, principalmente, considerando sua baixa disponibilidade em condições de uso pela humanidade.

A Secretaria Municipal de Saúde elaborou um amplo cronograma de vacinação contra a febre amarela. As Unidades Básicas de Saúde/PSF’s estão abertas de segunda a sexta feira, de 8 às 15:30 horas, para vacinar os moradores da área urbana. Duas equipes de saúde estão percorrendo a área rural de nosso município para imunizar todos os moradores.

As equipes da área rural fazem a busca ativa das pessoas, verificam cartões, realizam a imunização quando for o caso e, nas situações em que os moradores não são localizados ou as porteiras estejam fechadas, os profissionais registram o fato e deixam um comunicado para que procurem a UBS Terezinha Nicoli o mais rápido possível.

Regiões visitadas: Saco Fechado, São Félix, Piteiras, Retiro e Segredo, Retiro da Saudade, Tabocas, Pindaíbas, Andorinhas, Vista Alegre, Malhada, Boa Vista, Fumo Bravo, Tigre, Ribeirãozinho, Quati, Olhos D’água, Gamelão, Bandeira, Bicué, Cabeleira, Mata da Oncinha, Marmelada, Santiago, Machadinho, Urubus, Socó, Cobra, Potreiro.

Comunidades Visitadas: Lagoa Santa Maria, Mangaba, Veredas, Riacho das Areias, Paredão, Porto das Andorinhas e Patos do Abaeté.

Já teve pontos de vacinação: Porto das Andorinhas/Associação de São

Simão/ Venda do Tonho (Potreiro)/Tatersal (Machadinho), Patos do Abaeté/Tigre (Fazenda Orlando Amorim)/Igreja São Geraldo (Mata Da Oncinha) – 07.03.17

Lagoa de Santa Maria/Santa Maria dos Cunhas/Venda do Aroldo (Santa Cruz)/ Mangaba, Paredão/Igreja do Curtume – 08.03.17

Veredas/Riacho das Areias/Estação de Pompéu/Gonçalves – 09.03.17

Até o dia 24 de março, já foram aplicadas 3.400 doses de vacinas em Abaeté, mas nossa meta é fazer a cobertura de 100% da população abaeteense.

Outra questão muito importante a ser esclarecida é que os macacos não transmitem a febre amarela. Eles servem como sentinelas, anjos da guarda para nos alertar que o vírus está circulando em determinada região, ou seja, as epizootias (mortes de primatas não humanos) são eventos que têm papel fundamental na vigilância da doença, pois quem é responsável pela transmissão de febre amarela em humanos é um mosquito.

É importante que esses animais sejam mantidos sadios e dentro de seu ambiente natural, porque a detecção da morte de uma macaco pode servir para que tenhamos tempo para adotar as medidas necessárias para o controle e evitar que a doença atinja os seres humanos. Além disso, matar animais silvestres é crime ambiental, artigo 29 da lei nº 9.605/98.

Caso a população encontre macacos mortos ou doentes, deve imediatamente informar ao setor de Controle de Endemias, no telefone 35412321 ou na rua Treze de Maio, nº 296, Centro, para que o serviço de saúde possa tomar as providências necessárias de vigilância e controle.

“Não matem os macacos! Eles são aliados da saúde no combate à febre amarela” (fonte: Ministério da Saúde)

NOVA AMBULÂNCIA

No início de março, o prefeito Armando Greco conseguiu, do Consórcio Aliança para a Saúde/Cias, a cessão de uma ambulância Samu para otimizar as transferências inter hospitalares, permi-tindo a Secretaria Muni-cipal de Saúde oferecer melhores condições de transporte sanitário aos pacientes em estado gra-ve que necessitam ser transferidos para outros hospitais fora de Abaeté.

Educação Municipal em foco

Mãos a obra na construção de um Abaeté cada vez melhor

Os alunos da Rede Municipal de Ensino de Abaeté foram beneficiados com a entrega de aproximadamente 2000 kits escolares, contendo: cadernos, lápis preto, lápis de cor, cola, régua, apontador e canetas pela administração municipal.

A ação da Prefeitura representa um grande investimento na educação dos nossos alunos e uma grande economia para os pais ou responsáveis, que poupam gastos com a compra de material escolar para seus filhos.

A comunidade escolar agradece carinhosamente ao Prefeito Armando Greco Filho, à Secretária de Educação Ivanete Soares de Souza Zica e a todos que se empenharam por essa contribuição.

Outro tema desenvolvido no mês foi sobre a Dengue e Febre Amarela, com a participação da equipe responsável, que

ministrou palestras e vacinação nas Escolas Rurais. Houve também a comemoração do Dia Internacional da Mulher.

As obras de recapeamento continuam a todo vapor, em todos os bairros da cidade. Dentre os recursos liberados em março, destacam-se os R$ 100 mil para o prolonga-mento da Rua Jader Moura (popularmente conhecido como Beco das Galinhas) e a metade da verba para o recapeamento da Avenida Zé de Paiva com asfalto quente.

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nossojornal / abr17 11

“Quando seu coração está pleno de gratidão, qualquer porta aparentemente fechada pode ser uma abertura para uma bênção maior.” Osho

A Prefeitura Municipal de Abaeté, através do Governo do Estado, conseguiu um impor-tante recurso para dar conti-nuidade ao projeto “Renascer”, iniciado no ano de 2001, pelo engenheiro agrônomo José Car-los Rodrigues da Emater/MG, com parceria da Associação dos Produtores Rurais da Região do Parizinho, Potreiros e São Simão, Cnec e Prefeitura Municipal, on-de foram desenvolvidas várias ações ambientais.

No Dia da Água, 22/03, no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, foi lançada a terceira etapa do programa de revitali-zação das sub-bacias do rio São Francisco, na qual serão investi-dos R$13,5 milhões em 70 muni-cípios mineiros.

Em Abaeté, o programa se-rá implantado na sub-bacia do Córrego Vinhático, na comuni-dade de São Simão. Um total de R$ 577.236,90 serão investidos nas quatro etapas do projeto:

ABAETÉ RECEBE 577 MIL REAISpara um projeto ambiental em São Simão

Projeto Abaeté, Ação e cidadaniacomeça a mudar a paisagem nas escolas

“É muito ruim desperdiçar água. A gente tem que econo-mizar e não pode jogar nada de lixo nos rios, porque a água vai levar, sujando outros rios e, então, faltar água limpa pra nós”. Com esse depoimento, a aluna Vitória Santos dos Reis, de 7 anos, do 3º ano da E. E. “Ba-rão do Indaíá”, destaca o que faz para conscientizar colegas e familiares sobre a importância e necessidade de se cuidar do meio ambiente.

Na manhã de 22/03, Dia Mundial da Água, ela assistiu, junto com alguns colegas, uma palestra do engenheiro do IEF de Pompéu, Amarildo Ramiro, visando conscientizar os peque-nos sobre esses importantes assuntos. Foi mais uma etapa do projeto “Verde que te quero Vida”, desenvolvido pelo Movi-mento Abaeté, Ação e Cidada-nia.

Apesar da paralisação do

construção de 1.040 bacias pa-ra captação de água da chuva (barraginhas), construção de 70 km de terraços (curva de nível), proteção de cinco nascentes e de 6 km de matas de topo e ci-liares.

Segundo o coordenador regional da Emater, Fernando Couto, já foi feita a licitação e

contratação da empresa res-ponsável pelas obras, previstas para o 2º semestre de 2017.

O principal objetivo do pro-grama é aumentar a quantidade e qualidade de água, bem como

a conservação do solo por meio de infraestruturas, revitalizando as sub-bacias do Velho chico, permitindo o abastecimento e uso racional desses recursos (água e solo) pelos agricultores e usuários da região, com difusão tecnológica da prática de agri-cultura mais sustentável.

As primeiras barraginhas no São Simão foram construídas em 2003, no Projeto Renascer.

Alunos e professores plantaram 30 mudas de árvores no Barão do Indaiá, no Dia da Água

O convênio foi assinado pelo prefeito Armando Greco, em BH, no Dia Mundial da Água.

quadro docente, a escola conse-guiu contar com a participação de professores e alunos, que atenderam ao chamado da di-retora Flaviane Campos e parti-ciparam do plantio de 30 mudas de árvores

Ela conta que, desde quando

assumiu a direção da escola, há cinco anos, sentiu a necessida-de de melhor aproveitar o terre-no disponível. No ano passado, com apoio de alguns pais e inte-grantes da comunidade, come-çou a desenvolver o projeto da horta escolar.

Para oferecer mais sombra e conforto aos alunos, a equipe agora cortou o concreto do pá-tio e fez quatro canteiros, para o plantio de 12 árvores de médio porte. Outras 18 foram plantadas na frente e no fundo da escola.

Na palestra, o engenheiro

destacou que “antigamente, os homens guerreavam para cons-quistar terras e, não vai demo-rar muito, vão guerrear por um pouquinho de água”. Disse que os fazendeiros já enfrentam difi-culdades, uma vez que “não tem mais água nos cursos d’água e as nascentes estão secando. Estão precisando furar poços ar-tesianos, porque cisterna já não funciona mais. Antes, furava-se um buraco de 10, 12 metros e encontrava água. Hoje, tem que furar mais profundo, chegando até 140 metros, o que dá quase um prédio de 20 andares, para buscar água”, ressalta.

Se depender da pequena Vi-tória, a palestra trará ótimos re-sultados. “Gosto muito de saber da água, das árvores e também de plantar. Falo assim para todo mundo: gente, tem que cuidar bem da árvore e não desperdi-çar a água, porque ela faz falta”, finaliza.

Arquivo Nosso Jornal - Projeto Renascer em 2003

Marly Tavares

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nossojornal / abr1712

Quem passa pela Comunidade In-dígena Capão do Zezinho, a 15

quilômetros de Ibitira (Martinho Campos), pode ter a impressão de estar em um povoado rural como outro qualquer. Em meio a muitas árvores frutíferas e criações de galinhas, ali se en-contram diversas casas de al-venaria, algumas com antenas parabólica, moto ou carro na garagem, uma igreja, escola, posto de saúde, água encanada e energia elétrica.

Um bate papo com os mora-dores revela as diferenças e as particularidades de uma cultura que nem os séculos vividos no anonimato, enfrentando perse-guições e discriminações, con-seguiram apagar. “Temos orgu-lho de ser indígenas”, destaca o Cacique e pedreiro Nilvando José de Oliveira. “Cultivamos nossas danças, nossa música, nossa história, nossas tradições, por mais que tenha misturado muito”, completa.

Hoje, na tribo Kaxixó, encon-tram-se tanto pessoas de pele vermelha amorenada, cabelos pretos e lisos, como integrantes negros e alguns de pele e olhos claros. É o caso do Vice-Cacique Altair Teodoro da Silva Kaxixó, cujos olhos azuis brilham ao se declarar indígena: “Só a cor mu-dou, mas o sangue é o mesmo, a raça é a mesma. Temos uma identidade”, diz.

Miscigenação RacialSegundo levantamento da

indigenista Geralda Soares, essa miscigenação teve início no século XVIII, com o surgimento da lendária figura do Capitão Inácio de Oliveira Campos e sua esposa, Dona Joaquina de Pom-péu, contra os quais a resistên-cia kaxixó foi inútil.

O casal teria chegado na re-gião com centenas de negros e um grande contingente de ín-

dios Carijó, todos escravos, se apossando das terras dos Ka-xixó e reduzindo-os a jagunços. Como o Capitão Inácio fornecia alimentos e carne para a Corte, nos tempos de D. João VI, era conhecido como “o governo”. Teria proibido a religião tradi-cional dos índios, assim como a língua e o próprio nome da tribo. “Até pouco tempo atrás, a gente nem podia falar que era kaxixó, senão até morria. Esse conflito é antigo”, atesta Nilvando.

Ele conta que é descendente do relacionamento de um dos fi-lhos do Capitão Inácio com uma índia Kaxixó, chamada poste-riormente de Tia Vovó. Um dos frutos deste relacionamento, Fabrício, teve um filho, Francis-co, que se casou com uma índia carijó. “Daí veio a Joana, depois

Isabela, minha avó Sérgia, meu pai e eu, que tenho três filhos”, relaciona. Assim, os atuais kaxi-xó são frutos da miscigenação de indígenas até então vivendo em liberdade com brancos da família de Dona Joaquina, ne-gros e carijós escravizados.

A Luta pelo ReconhecimentoNa década de 80, os indíge-

nas dispersos por várias partes do estado e do país durante o processo de colonização e ex-pansão territorial, começaram a se organizar em comunidades e reivindicar seus direitos. Caci-que Nilvando conta que a luta dos Kaxixós teve início em 1986, quando houve um conflito de terra com os herdeiros de um fa-zendeiro, que queriam expulsar os indígenas de suas terras.

“O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pompéu veio aqui para ver quais eram os nossos direitos e trouxe o Padre Jerônimo, de Portugal. Quando começaram a fazer a entrevista, meu tio, o Cacique Djalma, revelou que eles eram kaxixós. O presidente do Sin-dicato viu que não era caso de usocapião e chamou uma enti-dade que atuava na questão in-dígena no estado para ajudar”.

O Centro de Documentação Eloy Ferreira da Silva (Cedefes) localizou vários sítios arqueoló-gicos na região, com fragmen-tos cerâmicos e estruturas de fornos, além de instrumentos de pedra polida, como machadi-nhas, batedores, mão-de-pilão e quebra-cocos.

Ao receber a denúncia da

destruição desses sítios, a Pro-curadoria Geral da República instaurou um processo de in-vestigação, incluindo um estudo sobre a identificação étnica do grupo.

Em 2001, após 15 anos de luta, os Caxixós foram reconhe-cidos oficialmente pela Funai como grupo indígena. “O dia que a antropóloga veio tra-zer a notícia pra nós, ela falou: ‘agora, essa identidade vocês nunca mais perdem, porque já é reconhecida mundialmente’. Por mais que aqui na região, algumas pessoas discriminem, dizendo: ‘que índios vocês são? Suas casas são iguais às nos-sas, andam vestidos, de carro...’ Também somos seres humanos, mas a nossa tradição é outra”, destaca o Cacique Nilvando.

A Aldeia Capão do Zezinho fica a 15 km de Ibitira e a 60 de Abaeté.

A tribo mantém a tradição das danças, músicas, lutas e brincadeiras indígenas.

Eleito há dois anos, o Cacique Nilvando tem a responsabili-dade de representar o povo Kaxixó nos contatos externos, liderar reuniões e tomadas de decisões, seguindo a tradição de grandes líderes, como o Cacique Djalma, reverenciado por todos na aldeia.

À direita, uma foto do Cacique Djalma com uma

urna funerária infantil encontrada na região.

E a Casa de Rituais

Orientadas pelas professoras de Cultura Indígena, as crianças confeccionam artesanato para a come-

moração do Dia do Índio, em 19 de abril.

A tradição, a luta e o dia a dia dos Índios Kaxixó

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nossojornal / abr17 13

Na Escola Estadual “Kaxixó Taoca Sérgia”, os 29 alunos da Educação Infantil, Ensino funda-mental e EJA aprendem mais que o conteúdo tradicional da educação pública. “O ensino é voltado para a comunidade, o que a aldeia oferece, os an-seios comunitários, a cultura do povo kaxixó, sua história, sua luta, o uso de território”, in-forma a diretora Letícia Helena Kaxixó.

“A escola é para fortalecer nossa identidade”, completa a professora de Cultura Indígena, Ronilda Kaxixó. “Nas aulas de cultura indígena, estudamos toda a trajetória da tribo ka-xixó, os antepassados, a luta dos que já se foram, o reco-

nhecimento da Funai, os sítios arqueológicos, os cruzeiros, como eram as casas de pau a pique”.

Nas semanas que antece-dem a comemoração do Dia do Índio, um dos focos desse trabalho é a confecção de arte-sanato indígena, como colares, brincos, pulseiras, saias, coca-res, pinturas, além de músicas e danças tradicionais da tribo.

O 19 de abril é comemora-do com uma grande festa, que inclui rituais e apresentações artísticas, como a dança do jacaré, concurso de comidas típicas, rodas de conversa e palestras, exposições de traba-lhos, brincadeiras com lança, arco e flecha, jogos e lutas in-dígenas, brincadeiras como as corridas do pequi e do maracá. Em 2016, a tribo recebeu a visita de alunos de Pedagogia da fa-culdade de Bom Despacho.

Outros eventos tradicionais na aldeia são a Festa do Pe-qui, no mês de dezembro, o batizado na fogueira nas festas de São João, São Pedro e Santo Antônio e a Festa de São Fran-cisco de Assis, o padroeiro da igrejinha do povoado, onde é celebrada missa uma vez por mês.

Segundo o Cacique Nilvan-do, os 93 integrantes do Capão do Zezinho e da Aldeia Fundi-nho, que fica do outro lado do Rio Pará, são católicos. “Outros kaxixós moram em Martinho Campos, Pompéu e outras ci-dades”, informa. Um levanta-mento da Funasa aponta que, em 2006, havia 256 membros desse grupo.

Memorial IndígenaAlguns integrantes da tribo

trabalham agora na recons-trução da casa do falecido Cacique Djalma, com mais de 300 anos de história, que será transformada em um Memorial Indígena. “Recebemos verbas da Áustria para esse traba-lho. Ela é de pau a pique, toda barreada, e vai ser coberta por uma argila branca. Só não va-mos conseguir fazer o telhado de sapé, porque, com a devas-tação da natureza, não encon-tramos mais na região”, infor-ma o Cacique Nilvando.

“A gente fica orgulhoso de fazer esse trabalho, que há muito tempo estava sumido, resgatando a cultura”, ressalta Antônio Luís da Silva, que lem-bra-se de ter morado em casas assim, quando criança.

No memorial, serão expos-tos vários objetos indígenas, como uma urna funerária in-fantil, encontrada em um sítio arqueológico da região, onde os pesquisadores localizaram, inclusive, vestígios de casas subterrâneas. “Nas tribos de Minas, usava-se muito fazer as casas dentro do chão. In-felizmente, o local onde elas foram descobertas está sendo descaracterizado, pisoteado pelo gado que pasta ali. Temos fotos feitas em 1992 e 2002. Agora, já estão quase todas destruídas”, lamenta o cacique.

Logo após o reconhecimen-to da tribo pela Funai, os kaxi-xós também receberam uma verba de uma ong americana para reconstruir a Casa de Ri-tuais, que era um rancho de 10 m2 sem paredes e coberto de capim, onde eram realizados tanto rituais de invocação de espíritos, como missas, rezas e novenas. “Fizemos a casa sem usar prego, nem arame. Só madeira, cipó e palha do coqueiro indaiá na cobertura. Depois, ela apodreceu e não conseguimos mais cipó. Agora, está difícil até conseguir a pa-lha para uma nova reforma”, lastima o cacique.

Alguns integrantes da tribo trabalham agora na reconstrução da casa do falecido Cacique Djalma, com mais de 300 anos de história, que será transformada em um Memorial Indígena. Abaixo, uma dança no pátio da escola e uma luta indígena no dia do Índio de 2016. GUERREIRA DA TRADIÇÃO,

ou fitoterapeuta, na língua não índia, Liderjane Gomes da Mata cuida da horta com 79 espécies de ervas medicinais, indica tra-tamentos naturais e sonha em expandir esse projeto para as cidades próximas.

“Para isso, precisamos equipar a casa de secagem, que foi construída pelo Esta-do, e de um farmacêutico para dar o aval em plantas como a benzetacil e a insulina”, informa Jane, que é também professora de Uso Território e uma grande cuidadora de animais. “Quan-do os meninos acham filhote de passarinho caído ou algum bichinho sem a mãe, trazem pra mim, eu cuido e depois de-volvo para a natureza”, conta, com o tatu Juninho no colo.

Como professora de Uso Território, além de estimular as crianças a valorizar tudo o que é encontrado na comunidade, ela trabalha com o artesanato. Conta que tudo tem um signi-ficado especial. A pintura, por exemplo, é para se proteger dos maus espíritos e também para se camuflar na mata. O cocar e os colares também são uma proteção e um adorno.

Já o filtro dos sonhos foi uma resposta recebida por um pajé que buscava solução para os pesadelos que tiravam o sossego da tribo. “Conversan-do com os encantados, ele foi orientado a ir para a mata. Lá, passou numa estrada onde ti-nha uma teia de aranha intacta e pensou: ‘não passou nada por aqui’. Percebendo a teia de aranha como uma barreira contra o inimigo, ele enrolou o cipó em arco e passou colhen-do aquela teia, com uma ara-nhinha no meio. Hoje, fazemos o filtro ou mandala dos sonhos para proteger a comunidade, a casa contra mau olhado, inve-ja, sonho ruim”, explica Jane.

A tradição, a luta e o dia a dia dos Índios Kaxixó

Resgate e Fortalecimento Cultural

Fotos: Christiane Ribeiro, Marly Tavares e arquivo Kaxixó

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nossojornal / abr1714

Após reconhecer a autenti-cidade da etnia kaxixó, em 26 de março de 2013, a Fundação Nacional do Índio (Funai) publi-cou uma portaria delimitando 5.411 hectares nos municípios de Martinho Campos e Pom-péu como reserva indígena. Com isso, 40 fazendeiros da região correm o risco de per-der suas terras, sem direito a indenização.

Mobilizados contra isso, as lideranças agropecuárias, empresas e produtores rurais tentam provar que os índios kaxixó são uma farsa criada pela Funai para roubar ter-ras produtivas. “Estão criando uma etnia que não existe. São índios de olhos azuis”, declara o presidente do Sindicato Rural de Martinho Campos, José Di-rino Arruda.

Segundo ele, o Sindica-to está fazendo um trabalho junto às entidades regionais e alguns políticos para tentar reverter a situação. “Os produ-tores estão revoltados, e com razão. De repente, da noite para o dia, você pode perder suas terras a troco de nada. Isso é uma covardia feita com produtores”.

Segundo dados levanta-dos, nessa área prevista para a criação da reserva indígena, são produzidos mais de 30 mil litros de leite/dia, gerados cer-ca de 150 empregos rurais e cultivados mais de 2.000 hec-tares de eucalipto.

Um dos apoiadores desse movimento é o deputado fede-ral Domingos Sávio. Em entre-vista ao repórter Carlos França durante uma reunião em Pom-péu, ele declarou: “Aquilo que é de direito dos índios, a gente respeita. Mas estão querendo tirar produtores que estão ali há séculos, o seu bisavô, o seu tataravô já era produtor rural e vem, geração após gera-ção, trabalhando, produzindo,

Os índios Kaxixó são uma farsa produzida pela Funai para roubar terras produtivas?

Representação da atual comunidade, feita por professoras e alunos da E. E. Kaxixó Taoca Sérgia, que vivem hoje em uma área de 27 hectares.

Á esquerda, Nilvando no interior de uma das estruturas que compõem o sítio arqueológico das três casas subterrâneas localizadas na região. À direita, reprodução de uma aldeia subterrâea.

Essas fotos estão no Plano de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA) do Povo Kaxixó, elaborado por técnicos do Cedefes, com participação de moradores das comunidades Capão do Zezinho e Fundi-

nho, aprovado no Ministério do Meio Ambiente e Funai.

cumprindo suas obrigações. E nem se fala em desapropriar. A Constituição Brasileira diz que a terra do índio pertence à União. Aí tornam-se nulos qualquer documento, escritu-ra. Só que ali não é terra de índio”.

O deputado argumenta que a maioria do povo bra-sileiro tem alguma descen-dência de índio, africano, europeu, mas não se pode, baseado nisso, tirar o direi-to de um e dar para outro. “Ao que tudo indica, a Funai contribuiu para produzir lau-dos falsos, querendo dizer que havia aqui uma grande tribo indígena que ocupava todas essas terras. Pode ter ocorrido isso antes de Joa-quina de Pompéu, há séculos atrás,quando havia índios em todo o território nacional”.

Domingos Sávio lembra, ainda que, segundo a Cons-tituição, “é considerada terra indígena qualquer terra que no dia 5 de outubro de 88 esti-vesse pacificamente ocupada por índios. Dizer que milhares de hectares da região esta-vam ocupados pelos índios em 88 é uma mentira, e não podemos aceitar isso”.

Em resposta a ações ju-diciais movidas pelos muni-cípios de Martinho Campos, Pompéu e pelo estado de Mi-nas, em dezembro de 2016, o processo de demarcação da Reserva Indígena Kaxixó foi suspenso.

E tramita na Câmara dos Deputados a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215/2000, que transfere a competência na demarcação das terras indígenas da Funai para o Congresso Nacional e possibilita a revisão das terras já demarcadas. Esse conflito envolvendo kaxixós e produ-tores da região parece estar longe do fim. .

Fazendeiros e lideran-ças rurais de Martinho Campos e Pompéu es-tão mobilizados contra

a criação da reserva indígena, com apoio de políticos como o Depu-tado Federal Domingos

Sávio.

Fotos Carlos França, em 2013

“Ajudar a preencher o mundo com amor e luz, muda o seu próprio estado de consciência e dá a cura ao mundo nestes tempos desesperados de crise.” (Owen K. Waters)

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nossojornal / abr17 15

PROJETOS DE LEIS APROVADOS

EM MARÇO DE 2017

- Projeto de Lei 001/2017 “Autoriza a desafetação e

doação de imóvel e dá outras providências”, de autoria do Executivo. (Esse projeto possibilita o município a reverter aos antigos proprietários bem imóvel recebido em doação para a construção de uma escola municipal na Fazenda Bom Sucesso, perdendo sua finalidade com a desativação de algumas escolas rurais).

- Projeto de Lei 002/2017 “Autoriza a prorrogação de

vigência do convênio celebrado com a APAM – Associação de Proteção ao Menor e dá outras providências”. (O presente convênio com a entidade, sediada em Pitangui, visa abrigar crianças e adolescentes de nosso município, encaminhadas pelo Conselho Tutelar, que se encontram em situação de risco).

- Projeto de Resolução 003/2017

“Concede Título de Cidadania Honorária de Abaeté ao Sr. Eduardo Luis Barros Barbosa, Deputado federal, pelos relevantes serviços e contribuições prestados ao nosso município”, de autoria de membro da Mesa Diretora.

-Projeto de Resolução 004/2017“Declara inservíveis os bens

que enumera para efeito de baixa patrimonial e dá outras providências”, de autoria de membros da Mesa Diretora. (Tal projeto visa a desincorporação bem como baixa de bens inservíveis para o uso, do inventário patrimonial da Câmara).

- Projeto de Lei Complementar 003/2017

“Altera a Lei Complementar 062/2016 que estabelece procedimentos para construção, funcionamento e utilização de cemitérios privados e dá outras providências”. (O presente projeto alterou de 11% para 8% por cento o total da área destinadas às sepulturas para sepultamento de pessoas encaminhadas pelo Poder Público Municipal).

Na reunião ordinária do dia 20/03/2017, o Professor Sérgio Teodoro usou a tribuna livre para pedir apoio da Câmara na campanha dos professores contra a PEC 286/16 – Reforma da Previdência, em tramitação na Câmara dos Deputados, obtendo o apoio incondicional de todos os vereadores, que se colocaram à disposição e disseram que irão intervir junto aos Deputados neste sentido.

A Câmara Municipal de Abaeté, em breve, irá implantar o PROCON em nosso município. Com o intuito de oferecer à população um serviço funcional e de qualidade, em 15/03/17, o Presidente da Câmara,

vereador Geraldo Clodoaldo “Có Padeiro”, juntamente com o assessor jurídico , Dr. Jean, foram até a Câmara Municipal de Pompéu conhecer o trabalho do PROCON desenvolvido ha vários anos pela Casa.

No dia 24/03/17, uma outra visita foi feita à Câmara Municipal de Bom Despacho, onde também funciona o PROCON, desta vez com a presença do vereador Geovane Soares e do vice-prefeito Marcelo Vargas.

Com o objetivo de trazer para Abaeté mais policiais, aumentando o efetivo da PM de nossa Comarca, a Câmara Municipal, a Associação Comercial e Industrial de Abaeté (Aciab) e o Conselho de Segurança Pública (Consep) estiveram em Divinópolis dia 14/02/17, em reunião com o Cel. Helbert William Carvalhaes, Comandante da 7ª Região da Polícia Militar de Minas Gerais e se reuniram em Bom Despacho, no dia 09/03/17, com o Tenente Cel. Rodrigo Teixeira Coimbra, Comandante do 7º Batalhão da Polícia Militar.

No dia 22 de março, o Presidente da Câmara Municipal de Abaeté, Geraldo Clodoaldo, os vereadores Geovane Soares, Juvercina Maria Rosa Pereira, Vandélio José Ribeiro, Salmo José de Almeida, Célio Arruda, Vicente Ferreira Lamounier Filho e o assessor jurídico Jean Lincoln fizeram uma visita a uma grande fábrica de calçados em Nova Serrana - Kelly Ju Indústria de Calçados Ltda - com objetivo de buscar, junto ao Executivo, mais emprego para nossa cidade.

Preparando a implantação do Procon Municipal

Apoio à luta contra a reforma da Previdência

União de forças em prol da segurança pública e geração de empregos em Abaeté

“Não existe sucesso ou felicidade sem o exercício pleno da cidadania e da ética global.” Carlos Roberto Sabbi

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R E S I D E N C I A L

R E A L I Z A Ç Ã O

C O O R D E N A Ç Ã O E V E N D A S

V E N D A S

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nossojornal / abr17 17

“A mesma rocha que bloqueia o caminho poderá funcionar como um degrau”. Osho

AO NOSSO AMIGO DINIZ,

A morte não é o fim e sim uma mudança de endereço. O que o nosso amigo foi para nós, continua sendo. Continuamos a lembrar de como você foi, do seu modo peculiar e úni-co. Continuamos a rir daquilo que nos fazia rir juntos. Escolhemos guardar os bons momen-tos que passamos juntos e agradecer a Deus pelo privilégio.

O seu nome continua sendo pronunciado como sempre foi. A vida significa tudo que ela sempre significou, você não estará fora de nossos pensamentos. Em respeito a você, nos-so amigo, seguiremos em frente, acreditando que a vida continua repleta, como deve ser.

Dos seus amigos da 141ª Cia PM

Parabéns aos novos ca-sais: José Ferreira da Silva e Celina Maria da Silva (dia 03/03), Wanderson dos San-tos Lemos e Leiliane Gonçal-ves (dia 03/03), Diogo Ferrei-

ra de Sousa e Alex Júnior Alves de Paula (dia 09/03), Ronaldo Rodrigues Borges e Jaqueline Aparecida Geralda Rodrigues (dia 10/03).

Sejam bem-vindos os pe-queninos cidadãos recém- chegados à Cidade-Meni-na: Maria Luísa (dia 01/03, filha de Letícia Aparecida e João Gilberto), Mateus Mariano (dia 01/03, filho de Jane e Nélson Miguel),

Cecília Emanuelly (dia 03/03, filha de Dia-na e Alan Lucas), Gusthavo Henrique (dia 03/03, filho de Elaine e Bruno Marcos), João Gabriel (dia 06/03, filho de Tabita), João Miguel (dia 06/03, filho de Eliana), Tá-cio Gabriel (dia 06/03, filho de Claudinéia Aparecida e Tácio Geovane), Ana Júlia (dia 07/03, filha de Bruna Aparecida e Arnaldo), Lucas Henrique (dia 07/03, filho de Lucia-na e Mauro Célio), Helena Emanuele (dia 08/03, filha de Aline e Hamilton), Maria Alicie (dia 08/03, filha de Anna Karolyna e Aldo Lucas), Enzo Gabriel (dia 14/03, filho de Eliana e Leonardo), Gabriel (dia 15/03, filho de Amanda Rafaela e Wesley), Maria Eduarda (dia 15/03, filha de Ana Cláudia e Cléber), Carlos Eduardo (dia 16/03, filho de Kelle Cristine e Bruno José), Maria Luiza (dia 16/03, filha de Márcia e Luís Vicente), Sofia (dia 16/03, filha de Sarah Daiana e Igor), Hugo (dia 21/03, filho de Priscila e Hugo Le-onardo), Laura (dia 21/03, filha de Marina e Lauro Henrique).

Noticiamos a partida dos seguintes conterrâneos de volta à Pátria Espiritual: Ma-ria José de Jesus (dia 24/02, nascida em 31/03/1939), Maria de Lourdes (dia 03/03), Maria Paulina de Medeiros (dia 04/03, nasc.

16/09/1921), Paulino Bento dos Santos (dia 05/03), Cássio Fernando Diniz (dia 11/03, nasc. 29/03/1980), Arilma Amélia de Fá-tima (dia 15/03, nasc. 29/01/1958), Pedro Bernardino Machado (dia 16/03, nasc. 04/12/1925), Benedito Soares da Silva (dia 18/03, nasc. 01/09/1940), Aguimar Ferreira Pires (dia 21/03, nasc. 05/05/1965), Eliana Maria Viana (dia 22/03, nasc. 07/03/1954), Geraldo Lucas Pereira (dia 22/03, nasc. 25/07/1968), Maria José Pereira da Costa (dia 25/03, nasc. 08/05/1939), João Gui-lherme de Araújo (dia 26/03), Marcos Alui-sio Alves da Silva (dia 26/03), Almezita Pe-reira da Silva (Mezita, dia 28/03).

Dia 26/03 foi um dia muito triste para mim, pois foi a celebração do sétimo dia do fale-cimento do meu querido pai. Ele não foi pa-ra mim só um pai, foi um grande amigo, um grande companheiro.

Ele era um pai assim: brincava comigo na piscina, na grama, em casa. Nessas horas, ele se tornava uma criança como eu. Gostava que minhas amigas viessem para minha casa brincar com a gente.

Ele brincava tanto que, um dia, estava pas-seando de carro conosco e, de repente, parou o carro, disse que a gasolina tinha acabado e pediu que empurrássemos o carro. Depois de empurrarmos com muita força, ele disse que era brincadeira. E tinha também as descidas da BMG, só para depois termos que subir em-purrando nossas bicicletas. Essas eram ape-nas algumas de suas brincadeiras.

Pai, você era e será sempre meu grande ídolo. Não vou te esquecer nunca, nunca. Você vai ficar sempre no meu coração. E vai me fazer muita, muita falta. Não só para mim, mas para minha mãe, meus irmãos Rodrigo, Márcia, seu enteado Felipe e também seu ne-to Thiago.

Pai, adeus ou até um dia! Te amo e te amarei sempre!

Homenagem lida na missa de 7º dia por sua filha Isabella.

Eterna saudade de seus familiares

MARLÚCIO PEREIRA LELES

Você partiu para a Casa do Pai e deixou

uma saudade imensa. Sua lembrança conti-nuará sempre viva. Saudades eternas! Seu irmão Carlos.

MARCIUS KUBITSCHEK DE ARAÚJO21/03/1951 - 21/03/2017

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nossojornal / abr1718

ASSOCIAÇÃO DE PAIS E AMIGOS DOS EXCEPCIONAIS - APAE/ABAETÉCNPJ: 23.776.156/0001-64 - Rua Padre Vicente, 80 - Bairro Marmelada, Abaeté/MG

BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVOCIRCULANTE

DISPONIBILIDADES FINANCEIRAS Caixa Bancos C/Movimento

VALORES REALIZAVEIS Obrigações a ReceberAplicações Financeiras

NÃO CIRCULANTEIMOBILIZADOMaterial PermanenteImóveisVeículosMóveis & UtensíliosAparelhos e InstalaçõesComputadores e Periféricos TOTAL DO ATIVO ...............

PASSIVOCIRCULANTE

Obrigações SociaisObrigações Transitórias

PATRIMONIO LÍQUIDOPatrimônio Social

TOTAL DO PASSIVO............

2016 12.674,64

12.010,64

494,91 11.515,73

664,00 664,00

-

51.307,28 5.275,22

- 17.100,90

9.872,16 4.848,00

14.211,0063.981,92

11.424,06 1.722,10 9.701,96

52.557,86 52.557,86 63.981,92

2015 3.513,54

953,93

494,91 459,02

2.559,61 2.488,90

70,71

51.307,28 5.275,22

- 17.100,90

9.872,16 4.848,00

14.211,00 54.820,82

11.654,58 1.951,62 9.702,96

43.166,24 43.166,24 54.820,82

Reconhecemos a exatidao do presente Balanço Final e Demonstração de Contas de Resultados onde o ATIVO e

PASSIVO somam R$ 63.981,92 (sessenta e três mil, nove-centos e oitenta e um reais e noventa e dois centavos).

Associação de Pais e Amigos dos ExcepcionaisHélio Campolina Diniz - Presidente - CPF: 083.200.716-15

Escritório União Abaeté LtdaCNPJ: 18.355.099/0001-00 - CRC/MG.: 1722

Examinamos o BALANÇO PATRIMONIAL e suas respectivas Demonstrações, levantados em 31/12/2016, bem como as Notas Explicativas e Práticas Contábeis adotadas no ano calendário de 2016, da ASSOCIAÇÃO DE PAIS E AMIGOS DOS EXCEPCIONAIS – APAE de Abaeté, com sede em Abaeté, MG, na Rua Padre Vicente, 80, Bairro Marmelada, CEP 35620-000, inscrita no CNPJ sob o nº. 23.776.156/0001-64, elaborados sob a responsabilidade de sua administração.

Assim sendo, após vistoria em todo o acervo contábil, nossa responsabilidade é de expressar a opi-nião de que todas as demonstrações contábeis representam, adequadamente e em todos os seus aspectos, as posições patrimonial e financeira da associação, recebendo pois, neste ato, de nossa parte, plena e geral aprovação.

Abaeté, 31 de dezembro de 2016Antônio de Sousa Lopes - José Osvaldo Xavier de Andrade - Geraldo de Sousa Lopes

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO2016

573.740,76 50.512,18 28.224,00

28,20 1.110,00

1,74 72.197,45

27.549,64

- 240.317,99

153.799,56

564.349,14 108.066,94 240.317,99 108.153,38

6.936,00 9.479,83 3.049,65

880,96 2.151,05

50.966,84

2.782,01 2.916,00

- 1.098,85 2.253,98

25.295,66

9.391,62

2015 615.968,46

67.298,29 30.576,00

- 5.240,00

92,69 78.151,22

26.145,31

5.400,00 269.974,18

133.090,77

629.507,50 103.530,87 269.974,18

96.060,09 8.855,00 9.087,32 8.559,10 3.154,56 2.740,02

52.520,04

2.945,32 2.616,00

42.141,23 1.178,46

- 26.145,31

(13.539,04)

2016 9.391,62

-

9.391,62 - -

9.391,62

9.161,10 230,52

9.391,62

2015(13.539,04)

363,64

(13.175,40) - -

(13.175,40)

16.993,38 3.817,98

13.175,40

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31/12/2016

I = CONTEXTO SOCIAL/BREVE RELATO: A ASSOCIAÇÃO DE PAIS E AMIGOS DOS EXCEPCIONAIS – APAE de Abaeté, é uma so-ciedade civil, beneficente, de duração ilimitada, com atuação nas áreas de assistência social, educação, saúde, prevenção, trabalho, profissio-nalização, defesa e garantia de direitos, esporte, cultura, lazer, estudo, pesquisa e outras ativida-des, sem fins lucrativos ou de fins não econômi-cos, tendo por MISSÃO, no âmbito de sua atua-ção social, promover e articular ações de defesa de direitos e prevenção, orientações, prestações de serviços, apoio à família, direcionadas à me-lhoria da qualidade de vida da pessoa com defi-ciência e à construção de uma sociedade justa e solidária.

II = APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRA-ÇÕES: As Demonstrações Contábeis e Finan-ceiras foram elaboradas em plena consonância com as disposições legais vigentes contidas na Lei nº. 6.404/76 e estão sendo divulgadas em conformidade com o plano contábil de atividade filantrópica da associa-ção, atendendo, especial-mente, aos Princípios Fundamentais e Normas Brasileiras de Contabilidade ditados pela Re-solução CFC nº. 1.409, de 21 de setembro de 2012, DOU 27.09.2012.

III = RESUMO DAS PRÁTICAS CONTÁ-BEIS: A prática contábil adotada é pelo Regime de Competência.

IV) = RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTI-CAS CONTÁBEIS:

1. ATIVO1.1. CIRCULANTE1.1.1. DISPONIBILIDADES FINANCEIRAS:a. Caixa e Bancos c/ Movimento: Represen-

tam os valores disponíveis em moeda corrente nacional, de forma imediata, nas contas Caixa e Bancos.

1.1.2. VALORES REALIZÁVEIS:a. Obrigações as Receber: Referem-se a

créditos formados relativos a Salário Família, Contribuições ao INSS descontadas dos Em-pregados e I.R. Retido na Fonte;

b. Aplicações Financeiras: Referem-se a créditos disponíveis aplicados com renda fixa e sujeitos a resgates a curto prazo.

1.2. NÃO CIRCULANTEEstá demonstrado pelos valores originais

dos bens utilizados no exercício de suas ativida-des sociais, compreendendo:

a. Material Permanente, Móveis & Utensí-lios, Computadores e Periféricos de uso adminis-trativo e Aparelhos e Instalações considerados como bens de utilidade doméstica;

b. Veículos: Utilitário automotor – Kombi utilizado exclusivamente nos serviços sociais da entidade.

2. PASSIVO2.1. CIRCULANTE2.1.1. Obrigações Sociais e Obrigações

Transitórias: Compreendem as obrigações so-ciais e transitórias remanescentes do ano calen-dário de 2016, com pagamentos previstos para 2017 em obediência aos calendários fiscal e social.

2.2. PATRIMÔNIO SOCIAL2.2.1. Patrimônio Líquido: Constitui o Patri-

mônio Social as apurações dos anos anteriores, mais SUPERAVIT verificado no ano calendário atual estampado na Demonstração da Mutação Patrimonial de 31/12/2016.

V. APURAÇÃO DE RECEITAS E DESPE-SAS E CRITÉRIOS ADOTADOS:

1. RECEITAS DO EXERCÍCIO:1.1. Receitas recebidas de Entidades Públi-

cas:

1.1.1. SUAS = Subvenções Federais no valor total de R$ 28.224,00 (Vinte e oito mil, duzentos e vinte e quatro reais) destinadas a pagamentos de salários do pessoal que compõe o quadro da Assistência Social;

1.1.2. SUBVENÇÕES SEE – MG = Subven-ções Estaduais no valor total de R$ 240.317,99 (duzentos e quarenta mil, trezentos e dezessete reais e noventa e nove centavos), destinadas a pagamentos de salários de Servidores Públicos Estaduais, que atuam como Professores e Su-pervisora na APAE Abaeté;

1.1.3. SUBVENÇÕES PREFEITURA MUNI-CIPAL DE ABAETÉ: Subvenções Municipais no valor total de R$ 153.799,56 (cento e cinquenta e três mil, setecentos e noventa e nove reais e cinquenta e seis centavos), sendo: Valor de R$ 108.153,38 (Cento e oito mil, cento e cinquenta e três reais e trinta e oito centavos) destinado a pagamentos de salários de Servidores Públi-cos Municipais, que atuam como Professores e Auxiliares na APAE Abaeté; mais o valor de R$ 45.646,18 (quarenta e cinco mil, seiscentos e quarenta e seis reais e dezoito centavos) desti-nado a pagamento de Despesas Gerais de Con-sumo, Alimentação e outras, no curso do ano calendário de 2016.

1.2. RECEITAS DE PESSOAS FÍSICAS E JURÍDICAS:

1.2.1. Doações de Pessoas Físicas e Ju-rídicas: Valor de R$ 50.540,38 (cinquenta mil, quinhentos e quarenta reais e trinta e oito cen-tavos);

1.3. OUTRAS RECEITAS:1.3.1. APAE Noel: Valor de R$ 1.110,00 (um

mil, cento e dez reais);1.3.2. Rendimentos de Aplicações Financei-

ras: Valor de R$ 1,74 (um real e setenta e quatro centavos), relativo a aplicação de saldo em con-ta corrente;

1.3.3. Receitas Eventuais: Valor de R$ 72.197,45 (setenta e dois mil, cento e noventa e sete reais e quarenta e cinco centavos), relativo a eventos festivos.

1.4. GRATUIDADES: 1.4.1. ISENÇÃO E IMUNIDADE TRIBUTÁ-

RIAS: Valor de R$ 27.549,64 (vinte e sete mil, quinhentos e quarenta e nove reais e sessenta e quatro centavos), imunidade tributária relativa as contribuições sociais INSS e tributos contabi-lizados como se devido fossem.

1.5. DESTINO DAS FONTES DE RECUR-SOS: Todos os RECURSOS do ano calendário de 2016, foram integralmente aplicados, exclu-sivamente, nas suas finalidades institucionais, dentro do território nacional, atendendo plena-mente seu ESTATUTO SOCIAL encontrando-se legalmente demonstrado pelas suas Despesas e Investimentos contabilizados em Livro Diário próprio.

VI = NOTAS FINAIS: O Balanço Patrimonial de 31/12/2016 e suas respectivas Demonstra--ções se encontram transcritos no Livro Diário nº. 003, que contém 72 folhas numeradas se-guidamente pelo sistema eletrônico de dados, totalmente escrituradas de 0001 a 0072 , sujeito ao devido registro no Ofício de Registro de Títu-los e Documentos e Registro Civil de Pessoas Jurídicas.

Abaeté, 31 de dezembro de 2016.

Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE Abaeté

Hélio Campolina Diniz - PresidenteCPF 083.200.716-15

Escritório União Abaeté LtdaCNPJ 18.355.099/0001-00 - CRC/MG 1722

Nélson Ferreira da Costa CRC/MG 23154 - CPF 087.253.066-34

E D I T A LCONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL - PESSOA FÍSICAEXERCÍCIO DE 2017

A Confederação da Agricultura e A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA, em con-junto com as Federações Estaduais de Agricultura e os Sindicatos Ru-rais e/ou de Produtores Rurais com base no Decreto-lei nº 1.166, de 15 de abril de 1.971, que dispõe sobre a arrecadação da Contribuição Sin-dical Rural – CSR, em atendimento ao princípio da publicidade e ao espírito do que contém o art. 605 da CLT, vêm NOTIFICAR e CON-VOCAR os produtores rurais, pes-soas físicas, que possuem imóvel rural, com ou sem empregados e/ou empreendem, a qualquer título, atividade econômica rural, enqua-drados como “Empresários” ou “Empregadores Rurais”, nos termos do artigo 1º, inciso II, alíneas “a”, “b” e “c” do citado Decreto-lei, para realizarem o pagamento das Guias de Recolhimento da Contribuição Sindical Rural, referente ao exercí-cio de 2017, devida por força do De-creto-lei 1.166/71 e dos artigos 578 e seguintes da CLT. O recolhimento da CSR deverá ocorrer, impreteri-velmente, até o dia 22 de maio de 2017, em qualquer estabelecimento integrante do sistema nacional de compensação bancária. A falta de recolhimento da Contribuição Sin-dical Rural – CSR, até a data do vencimento (22 de maio de 2017), constituirá o produtor rural em mora e o sujeitará ao pagamento de ju-ros, multa e atualização monetária previstos no artigo 600 da CLT. As guias foram emitidas com base nas informações prestadas pelos contri-buintes nas Declarações do Impos-to sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR, repassadas à CNA pela Secretaria da Receita Federal do Brasil - SRFB, remetidas, por via postal, para os endereços indicados nas respectivas Declarações, com amparo no que estabelece o artigo 17 da Lei nº 9.393, de 19 de dezem-bro de 1.996, e o 8º Termo Aditivo do Convênio celebrado entre a CNA e a SRFB. Em caso de perda, de extravio ou de não recebimento da Guia de Recolhimento pela via postal, o contribuinte deverá solici-tar a emissão da 2ª via, diretamen-te, à Federação da Agricultura do Estado onde tem domicílio, até 5 (cinco) dias úteis antes da data do vencimento, podendo optar, ainda, pela sua retirada, diretamente, pela internet, no site da CNA: www.cna-brasil.org.br. Eventual impugnação administrativa contra o lançamen-to e a cobrança da Contribuição Sindical Rural - CSR deverá ser encaminhada, por escrito, no pra-zo de 30 (trinta) dias, contado do recebimento da guia, para a sede da CNA, situada no SGAN Quadra 601, Módulo K, Edifício CNA, Brasí-lia - Distrito Federal, Cep: 70.830-021 ou da Federação da Agricultu-ra do seu Estado, podendo ainda, ser enviada via internet no site da CNA: [email protected]. O sistema sindical rural é composto pela Con-federação da Agricultura e Pecuária do Brasil–CNA, pelas Federações Estaduais de Agricultura e/ou Pecu-ária e pelos Sindicatos Rurais e/ou de Produtores Rurais.

Brasília, 30 de março de 2017

João Martins da Silva JúniorPresidente da Confederação

RECEITAS DO EXERCICIO(+)Doações de pessoas Físicas(+)SUAS(+)Doações de Pessoas Jurídicas(+)APAE Noel(+)Rendimentos s/Aplicações Financeiras (+)Receitas Eventuais(+)Isenção e Imunidade Tributárias(+)Conselho Mun. Direitos da Criança e do Adol.(+)Subvenção - SEE - MG.(+)Subvenção - Prefeitura Municipal de Abaeté DESPESAS C/FUNCIONAMENTO(-)Funcionários Efetivos(-)Funcionários Estado(-)Funcionários Prefeitura(-)Prestação de Serviços(-)Encargos Sociais - FGTS(-)Combustíveis(-)Federações(-)Despesas c/Veículos(-)Despesas Gerais(-)Agua, energia elétrica e telefone(-)Assistência Contábil(-)Acordo Trabalhista - Senalba - MG(-)Pis s/Folha de pagamento(-)Imposto de Renda / Contr. Social(-)Previdência Social (=)SUPERAVIT / DEFICIT apurado no exercício

ORIGENS(+)”Superavit/Deficit” do Exercício(+)Baixa do Ativo Imobilizado(=)TOTAL DE ORIGENSAPLICAÇÕES( -)Aquisições de ImobilizadoTotal de Aplicações(=)Aumento ou Redução do Capital Circulante LíquidoVARIAÇÕES DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDOVariação do Ativo CirculanteVariação do Passivo Circulante (=)Aumento ou Redução do Capital Circulante Líquido

PARECER DO CONSELHO FISCAL

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nossojornal / abr17 19

Período: 01/02/2017 a 28/02/2017

COOPERATIVA DE CRÉDITO DO OESTE MINEIRO E REGIÃO

METROPOLITANA DE BH LTDA.

BALANCETE PATRIMONIALR$ 1

Luiz Carlos Morato de Oliveira Diretor Administrativo

Daniela Fonseca Cordeiro Contadora- CRCMG: 089.952

ATIVO CIRCULANTE DISPONIBILIDADES Caixa Depósitos BancáriosRELAÇÕES INTERFINANCEIRAS Centralização FinanceiraCorrespondente PaísOPERAÇÕES DE CRÉDITOEmpréstimos e Títulos DescontadosFinanciamentosFinanciamentos Rurais e Agroindustriais(-) Provisões para Operações de CréditoOUTROS CRÉDITOSOUTROS VALORES E BENSBens não de Uso PróprioDespesas AntecipadasPERMANENTEINVESTIMENTOSIMOBILIZADO DE USOINTANGÍVELTOTAL DO ATIVO

PASSIVO CIRCULANTEDEPÓSITOSDepósitos à VistaDepósitos Sob AvisoDepósitos a PrazoRELAÇÕES INTERFINANCEIRASRELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIASOUTRAS OBRIGAÇÕESCob. e Arrec. de Trib. e AssemelhadosSociais e EstatutáriasFiscais e PrevidenciáriasDiversasPATRIMÔNIO LÍQUIDOCapital socialReservas de LucroSobras ou Perdas AcumuladasCONTAS DE RESULTADOReceitasDespesasTOTAL DO PASSIVO

113.560.9712.496.6242.496.520

10436.263.13536.255.470

7.66572.667.25944.402.2626.247.312

26.671.385 (4.653.699)

1.587.618546.335396.927149.407

6.981.6454.160.1952.817.413

4.036120.542.616

90.974.76263.557.65616.825.955

201.57446.530.12722.343.297

638.8704.434.940

51.748851.154347.532

3.184.50630.089.32818.100.50210.745.5351.243.291 (521.474)4.386.261

(4.907.735)120.542.616

EDITAL DE CONVOCAÇÃOPelo presente Edital de convocação, faço saber que no dia 14/04/2017 (quatorze de abril de dois mil e quatorze), horário das 08:00 (oito) horas as 17:00 (dezessete) horas, na sede da Colônia Z-25 dos Pescadores Artesanais e Aquicultores de Abaeté MG, será realizada a eleição para composição da Diretoria, Conselho Fiscal e respectivos suplentes, para o mandato de 15 (quinze) de maio de 2017(dois mil e quatorze) a 14 (quinze) de maio de 2020 (dois mil e dezessete). O prazo para registro de chapas é de 10 (dez) dias contados da data de publicação deste Edital. O requerimento acompanhado de todos os documentos exigidos para o registro será dirigido ao Presidente da entidade, podendo ser assinado por qualquer candidato componente da chapa, devidamente formalizado em duas vias. A Secretaria da entidade funcionara no período destinado ao registro de chapas, no horário das 08:00 (oito) horas as 11:00 (onze) horas e das 12:00 (doze) horas as 17(dezessete) horas, onde encontrara a disposição dos interessados, pessoa habilitada para atendimento, prestação de informações concernentes ao processo eleitoral, recebimento de documentação e fornecimento do correspondente recibo. A impugnação de candidatura devera ser feita no prazo de 02 (dois) dias a contar da publicação da relação das chapas registradas. Serão garantidas por todos os meios possíveis, a lisura e a democracia do pleito. Abaeté, 06 de Março de 2017. A Diretoria da Colônia Z-25 da Colônia dos Pescadores de Abaeté MG.

Abaeté se despede de Cabo Diniz

Polícia prende estuprador foragido em Abaeté

Como um grande choque, a popula-ção de Abaeté recebeu a notícia do fale-cimento do policial militar Cássio Fernan-do Diniz, 37 anos, vítima de um acidente de trânsito na BR-352, entre Pitangui e Abaeté, na madrugada de 11 de março.

O toyota Corolla que ele dirigia bateu de frente com um caminhão carregado de carvão, que invadiu uma fazenda às margens da pista e tombou. Cabo Diniz morreu na hora.

Dia 16 de março, por volta das 18 horas, após receber denúncia anô-nima informando que o foragido da justiça conhecido como “PARAGUAI” estaria nas imediações da região conhecida por BRITADOR, em Aba-eté, a Polícia Militar e Polícia Civil planejaram uma operação conjunta para sua captura.

Os policiais se deslocaram para a localidade, onde realizaram di-ligências / coletas de informações com os moradores foragido estaria escondido na residência do Senhor E.B., 68 anos, por se tratar de uma pessoa idosa e único morador da casa.

Durante as buscas no interior da residência, o foragido da justiça E.B.A., vulgo “PARAGUAI”, foi encon-trado escondido debaixo de uma cama em um dos quartos. Com ele, os policiais apreenderam uma car-teira de bolso marrom, um celular Samsung duos, um carregador de celular e a quantia de R$1.150,00 em dinheiro. O autor foi preso e enca-minhado para DEPOL em Bom Des-pacho.

Histórico CriminalO foragido “PARAGUAI” pos-

sui vasto histórico criminal, dado a prática ao crime contra a dignidade sexual. Em 20/03/2013, o autor in-vadiu um domicílio, vindo a abaixar o calção em frente a vítima E.A.G,

43 anos, realizando masturbação. Em 13/07/2016, consumou o crime de estupro com sua ex-namorada D.L.A.S., 24 anos.

Em 11/01/2017, consumou o cri-me de estupro com a vítima L.E.S.B., 15 anos, quando esta transitava em via pública em local ermo. Em 14/02/2017 praticou ato obsceno no interior de um ônibus que transitava de Martinho Campos a Abaeté, mo-mento em que se dirigiu aos fundos do veículo e sentou ao lado da vítima L.X.B., 21 anos, que estava dormin-do, e se masturbou olhando para vítima.

Em 22/02/2017, tentou praticar o crime de estupro com a menor

T.G.A.G.C., 15 anos. Ela foi atacada quando ia da escola para sua re-sidência, mas lutou e começou a gritar por ajuda, momento em que o autor evadiu do local, deixando-a.

Ainda durante o evento carnava-lesco na cidade de Abaeté, o autor compareceu ao local de trabalho de sua ex-namorada D.L.A.S., 24 anos, causando grande tumulto, oportuni-dade em que ameaçou-a de morte.

Posteriormente, a PMMG rece-beu diversas denúncias que o fora-gido invadia residências na cidade para filmar mulheres durante o ba-nho. Desta forma, foram veiculados na mídia social Facebook e Whatsa-pp fotos e narrações sobre os casos do autor na região, causando gran-de clamor social e pânico, em virtu-de de se saber do histórico criminal do foragido e dos diversos ataques a mulheres na cidade.

Após a prisão do autor, a PMMG recebeu inúmeras ligações via 190 agradecendo aos militares pelo empenho e êxito na prisão do fora-gido. Foram realizadas inúmeras di-ligências para localizar e prendê-lo, havendo participação efetiva de to-dos os militares de Abaeté. A prisão consagrada nesta data é fruto do comprometimento da PMMG com os moradores da nossa cidade.

Assessoria de Comunicação Organizacional da 141ª Cia de PM

“Quando a mudança começa em ti, já começaste a mudar o mundo”. Osho

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nossojornal / abr1720

Parabéns à mamãe Marina e ao papai Lauro pela chegada da tão esperada prin-cesinha Laura. Desejo que esta linda menina cresça com muita saúde e, com certeza, dará a vocês muitas alegrias. Este momento é má-gico, pois é um presente de Deus.

Bruna

VOZINHA ZEFERINA.Parabéns pelos seus 97 anos de Vida, dia

27/04. Que esta data seja comemorada com muita alegria. Que a senhora continue a ser essa pessoa especial que nos encanta e o exemplo que nos fortalece. Deus a abençoe sempre com carinho e muita saúde. Feliz aniversário!

Um grande abraço de Francisca, Geraldo, Rouglas, Robson e Francyara.

LINDALVAObrigado por ser uma fonte de alegria pa-

ra todos os que têm a bênção de conhecer e conviver com você! Que você possa continuar irradiando essa verdadeira felicidade que vem das coisas bonitas que faz! Que possa cada vez mais ser uma bênção para os seus próximos! Parabéns! Felicidades sempre.

“A coragem é um caso de amor com o desconhecido”. Osho

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Quando decidi vir para o Egito, a pergun-ta que mais ouvi de amigos, familiares e conhecidos, foi: “Por que, dentre tantos

destinos mais próximos e convencionais, escolher o Egito?” Hoje, quase no fim da minha experiência aqui, posso dizer que o Egito me escolheu. Ou talvez o uni-verso decidiu que era hora de eu conhecer esse país. Dentre todos os países nos quais pleiteei vagas de emprego, este foi o que primeiro me acolheu, e eu aceitei de bom grado o trabalho em uma das maio-res agências de marketing digital do Egito.

A HistóriaPara além do crescimento espiritual e pessoal,

estar em uma civilização tão antiga é realmente má-gico. Acostumada ao nosso turismo histórico, que re-monta no máximo ao período colonial - ou seja, até 500 anos atrás, fico estarrecida ao visitar lugares e conhecer templos construídos por essa civilização que data do ano 3.200 a.C. Exatamente, são mais de 5 mil anos de história.

Aqui estão duas das Maravilhas do Mundo An-tigo: o Farol de Alexandria e as Pirâmides de Gizé, sendo estas últimas a mais antiga e a única, dentre todas, que ainda encontra-se de pé.

Para quem não sabe, as pirâmides foram cons-truídas para abrigar os sarcófagos dos reis do Antigo Egito. Estes eram mumificados, passavam por um rito funerário sofisticado e tinham seu tesouro guardado consigo, pois acreditava-se que viveriam outra vida depois da morte. Algumas dessas múmias, assim co-mo alguns tesouros, encontram-se hoje no Egyptian Museum, o mais importante do país.

Visitar o local foi como viajar no tempo, pois são mais de 120 mil antiguidades egípcias, encontradas nas escavações que se fizeram e fazem no Egito até hoje. É lá que se encontra o tesouro do Faraó Tu-tankhamon, incluindo a famosa máscara mortuária de ouro maciço (sim, fizeram uma máscara de ou-ro, pesadíssima, para enterrá-lo). É indescritível estar literalmente face a face com reis e rainhas como o poderoso Ramsés II - as múmias estão incrivelmente conservadas, inclusive com cabelos.

Em Alexandria, visitei as catacumbas de Komel Shoqafa, uma das sete maravilhas do mundo me-dieval, que consistem em um sítio arqueológico des-coberto em 1900. Um dos maiores sítios funerários romanos egípcios, foi construído no século I e utiliza-do até o século IV. Atravessando galerias subterrâ-neas 32 metros abaixo do solo, encarei estarrecida os túmulos vazios dos romanos e egípcios que aqui viveram há 2 mil anos. Foi com muita tristeza que

UMA EXPERIÊNCIA MÁGICA NO EGITO, em meio a mais de 5.000 anos de história

Isabella Lucas, jornalista abaeteense, de Cairo

constatei que os egípcios não fazem ideia do tesou-ro que possuem, tampouco da importância histórica de seu país... as próprias catacumbas estão no meio de uma periferia, sem nenhuma proteção especial, cheias de lixo e correndo risco de serem pilhadas, assim como tem acontecido por anos aqui.

A cidade mais preservada e talvez a mais impor-tante do Antigo Egito é Luxor, que no Egito Faraônico era a capital Tebas. Considerada o “maior museu ao ar livre do mundo”, é dividida ao meio pelo Rio Nilo, e tem na margem oriental, onde o sol nasce, a seção antigamente reservada aos vivos e onde se encon-tram as ruínas do antigo império. A margem ociden-tal, do sol poente, era, por sua vez, consagrada aos mortos. Guarda tumbas e necrópoles dos antigos faraós - inclusive do famoso Tutankhamon. Ainda que não seja a maior, sua tumba tem uma decora-ção fantástica, com as cores e hieróglifos originais, e, claro, sua múmia está lá. Entrar nela foi como me transportar 3 mil anos no tempo, é indescritível.

Um dos templos que mais gostei foi o de Hat-shepsut, a única faraó mulher de que se tem regis-tro e a primeira mulher a chegar ao mais alto cargo político da história. Assim como vemos atualmente, foi mais uma vítima do machismo: seu sucessor, Tut-moses III, apagou sua imagem em todas as paredes de seu templo. Ainda assim, foi uma das melhores faraós do Império, tendo governado sem guerrear com nenhum outro povo por 22 anos.

Luxor é uma cidade esplendorosa, que concentra um terço de todos os monumentos do mundo. Além disso, é lá que está o maior templo do Egito, o Kar-nak Temple, que foi sendo completado por todas as dinastias do Egito Faraônico.

É também nesse país incrível que está situado o Monte Sinai, na Península do Sinai. Considerado sagrado por três religiões - judaísmo, cristianismo e islamismo -, segundo a Bíblia e a tradição judaica, foi no alto do monte que Moisés recebeu as Tábuas da Lei.

Escalar o pico de granito não é tarefa fácil. Foram três horas de subida, um total de 6 km percorridos, entre caminho de pedra e cascalho escorregadio e uma escada na reta final, com 730 degraus de pe-dra. Foi preciso coragem, determinação e fé para vencer a dor muscular de caminhadas anteriores, a dor de um corte no pé, o sono e o frio da madrugada. Mas, ao fim do percurso, todas as dificuldades são esquecidas e tudo que se sente é uma paz interior incrível. Todo o ar que escapara dos pulmões na su-bida retorna puro e revigorante.

(Continua na pág. 22)

Com amigas, nas grandes pirâmides de Gizé, a mais antiga das Sete Maravilhas do Mundo Antigo e a única que continua de pé.

Retratando o trabalho infantil, em uma comunidade beduína no meio do deserto de Hurghada.

Monte Sinai: “a vista é de tirar o fôlego”.

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nossojornal / abr1722

“Opte por aquilo que faz o seu coração vibrar... Apesar de todas as consequências.” Osho

NaturezaE não é só o turismo históri-

co e religioso que encanta por aqui, mas também o ecológico. Banhado por dois mares de nor-te a sul, o Egito possui belíssi-mas praias de águas cristalinas, configurando-se como um dos melhores destinos para o mer-gulho. Poucas experiências se comparam a nadar ao lado de golfinhos em Hurghada, no Mar Vermelho - em mar aberto, pró-ximo à ilha onde moram, nunca nos cruéis parques que os criam em cativeiro.

Igualmente fascinante foi o mergulho com cilindro de oxigê-nio em Dahab! É indescritível o quão diversa e fascinante é a vi-da submarina do Mar Vermelho. Ao norte, o país é banhado pelo Mar Mediterrâneo, também de águas límpidas.

A beleza natural, aliada à privilegiada localização do país - no norte da África, muito pró-ximo ao sul da Europa e ligado à Asia -, transformou o Egito em um dos principais destinos do tu-rismo europeu. É muito comum que, nas cidades praianas, a segunda língua seja o russo ou o grego.

Por todo o país, a paisagem é desértica, ocupada majorita-riamente pelo deserto do Saa-

Sobre a mistura do Brasil com o EgitoIsabella Lucas - continuação da matéria iniciada na pág. 21

ra. Para além das cidades, em qualquer direção que se olhe só se vê areia. Mas se engana quem imagina dunas e dunas - o deserto não faz jus ao estere-ótipo que construímos, até por-que ele é composto por muitos.

Há, por exemplo, o deser-to branco, composto por ro-chas calcárias produzidas por milhares de anos de erosões. Acredita-se que a área já tenha sido um mar, pois podemos en-contrar conchas incrustadas nas rochas.

O deserto preto, por sua vez, é coberto de cobalto, resultado de erupções vulcânicas. Mas uma coisa é certa: fora das áre-as de oásis, onde se vê árvores e lagos, o país é mesmo desér-tico.

A vida no CairoCom uma cultura riquíssima

e diametralmente oposta à nos-sa, o Egito possui diversas face-tas. Cairo, a capital, é a cidade mais cosmopolita do mundo islâmico, o que garante certa diversidade nas ruas. Ainda as-sim, nós, mulheres estrangeiras, sofremos assédio todos os dias, assim como no Brasil.

As cidades costeiras rece-bem muitos turistas europeus (o Egito parece quintal da Turquia,

Grécia e Itália), que desfilam seus trajes de banho, o que dá a impressão de que estamos em outros países.

Ainda assim, causamos muito estranhamento nos mo-radores locais, que param para nos ver passar, nos assediam e tiram fotos, mesmo que este-jamos de calça - quando não resisti ao calor e vesti shorts, foi impossível caminhar na rua. Com o vestido longo da foto, fui chamada de Shakira várias ve-zes (porque é a referência que eles tem de mulher latina).

Por ser um país majoritaria-mente islâmico, o Egito possui códigos de conduta bastante restritivos. O jihad é, talvez, o mais conhecido: é como o Islã acredita que a mulher deve se vestir, usando a burca para co-brir o rosto ou mesmo apenas o véu para cobrir os cabelos.

Também o afeto não pode ser demonstrado em público: homens e mulheres, mesmo que cônjuges, não podem se beijar ou abraçar. Em todos os lugares, há filas separadas para homens e mulheres. Mesmo no âmbito privado, somos separa-dos - no meu apartamento, por exemplo, nossos amigos não podem entrar.

Para além do âmbito cultu-

ral, algumas destas medidas buscam coibir a violência con-tra a mulher, ainda que de uma maneira torta - em vez de edu-car homens para o respeito às mulheres, promove-se a segre-gação.

A violência de gênero, aqui, possui níveis ainda mais alar-mantes que no Brasil, e não há legislação que verse sobre isso, como temos a Lei Maria da Pe-nha. É uma situação muito triste e que parece longe de ser mu-dada.

Rico aprendizadoMorar fora do país é sempre

uma experiência enriquecedo-ra. Aprender uma nova língua, se inserir em uma cultura dife-rente, conhecer pessoas e luga-res, ampliar o conhecimento de mundo... independente de ser um curso de inglês na badala-da New York ou um intercâmbio cultural no Oriente, este é o pa-cote básico de aprendizado. Ou, pelo menos, o que se propaga sobre a vivência fora.

Viver em um país africano, islâmico e fortemente afetado pelo militarismo já é, por si só, um aprendizado à parte. Um vislumbre terrível do que é viver em uma sociedade sem demo-cracia, controlada pelos milita-

res - ainda que não oficialmente. Nunca esquecerei as inú-

meras batidas do exército nos ônibus de viagem, tampouco do aperto que passamos quando uma amiga fotografou um posto policial e teve o celular apreen-dido. Também não esquecerei de quando fomos acordados na madrugada, obrigados a sair do ônibus e passamos por revista minuciosa em nossas malas. “Ah, mas é por causa dos ata-ques terroristas”, dirão incautos leitores.

Ao contrário do que propaga a mídia, o Egito não tem inimi-gos. O responsável pela maioria dos ataques é o próprio exército egípcio, em uma tentativa doen-tia de justificar sua existência e controle sobre o país.

Viver no Egito é, acima de tudo, sobre estar aberta ao no-vo e ao imprevisível. É despir-se de toda e qualquer segurança proporcionada pelo “domínio do seu território”. É abrir mão do conforto mais básico, como um bom chuveiro e comida sabo-rosa; de serviços públicos que funcionam, como a limpeza das ruas, e de transporte público regulamentado. É abrir mão de tudo isso, acostumar-se ao caos e, ainda assim, concluir que não poderia ter feito escolha melhor.

Tuk-tuk transitando pelo subúrbio de Alexandria. Aos pés de Quéops, a maior das três Grandes Pirâmides do EgitoNo Karnak Temple, o maior templo do Egito.

Em frente ao templo de Hatshepshut, a única faraó mulher do Egito e Talaat Harb Square, no coração do Cairo

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nossojornal / abr17 23

“Ser feliz é a maior coragem. Todo mundo é capaz de ser infeliz; para ser feliz é preciso coragem – é um risco tremendo.” Osho

Rock n’roll na Noite Cultural de Abaeté

Você pensa que as ca-valgadas são sinônimo, sim-plesmente, de muita bebida e farra? Várias comitivas na cidade estão mostrando que não. Além de momentos de descontração e de reencontrar amigos, esses grupos estão se organizando e realizando eventos beneficentes em prol de instituições e pessoas ca-rentes do município.

No último dia 11 de março, na Praça de Esportes, as co-mitivas “Carimba que é Top” e “Tem Base”, com apoio da Secretaria de Esportes de Aba-eté, realizaram um jogo be-neficente e arrecadaram 150 quilos de alimentos não pere-cíveis que foram doados para a Vila Vicentina.

Na avaliação do integrante da Carimba, Walace Augusto, Japão, o evento foi muito po-sitivo. “Tivemos pouco tempo para divulgar e não esperáva-mos o tanto de gente que foi e o tanto de alimentos que ar-recadamos. Agora, queremos fazer um evento mais bacana no final do ano, com mais di-vulgação e mais gente ainda”, planeja.

No ano passado, os inte-grantes já organizaram um

Cavalgada também significa ESPÍRITO DE SOLIDARIEDADE

Dia 11/03, sábado, aconte-ceu a II Noite Cultural de Abaeté no auditório da Cnec. Segundo o músico e organizador, Daniel Batista, o evento “foi realizado para levar a música diferencial para as pessoas e mostrar tam-bém o talento dos músicos de Abaeté”.

O workshop com o guitarris-ta e professor de música Mau-rício Fernandes, grande repre-sentante do rock instrumental brasileiro, foi o destaque do evento. “Ele é um dos melhores professores e músicos do país, com quatro CD’s lançados, já fez apresentações no Brasil todo e

no exterior, além de ensinar no site Cifra Club”, destaca Daniel. Além dele, artistas da cidade se apresentaram para abrilhantar ainda mais o encontro, que teve apoio da Casa da Cultura.

Para Walbert Mesquista, responsável pela cobertura foto-gráfica, “é grande a carência de

eventos assim que incentivem a cultura em Abaeté”, já que “es-sa área é tão machucada, sem apoio e incentivo para algo tão importante quanto a cultura mu-sical”, completa Daniel.

Na avaliação de todos, esta foi uma grande oportunidade de aprendizagem e crescimen-

to. “Foi uma experiência incrível. Esse dia nunca sairá da minha memória”, ressalta Eduardo Ma-chado. Para o músico Maurício Fernandes “foram momentos incríveis, guardados no meu co-ração. Um evento fantástico que levou cultura e arte para Abae-té”.

“Natal Solidário” e a expectati-va é que, em 2017, seja ainda maior. “Arrecadamos 850 pipo-cas e 200 quilos de balas para distribuir para as crianças ca-rentes. Esse ano, queremos do-

ar brinquedos também e vamos correr atrás de patrocinadores para ver ser conseguimos com-prar, pelo menos, mil reais em brinquedos. Cada integrante vai desembolsar um tanto para

ajudar também”, adianta Wala-ce.

Além disso, a turma da “Ca-rimba que é Top”, com 4 anos de existência e 140 integrantes, já se prepara para um novo

projeto, o “Bola e Viola”. A pri-meira edição será realizada em Dores do Indaiá, no Cam-po do Dorense, dia 15 de abril, sábado de Aleluia. “Serão seis comitivas: duas de Abaeté, a Carimba e a Tem Base, jun-to com o pessoal de Quartel; duas de Dores, uma da Serra da Saudade e outra de Luz. Vai ter o jogo das comitivas, show, comida, e a entrada se-rá um quilo de alimento não perecível. Queremos fazer um projeto bacana e, no próximo ano, trazer pra Abaeté”, pla-neja Japão, já se preparando para a cavalgada anual da comitiva,no dia 20 de abril,.

Fotos Renato Sousa

COMITIVA CARIMBA QUE É TOP

COMITIVA TEM BASE

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nossojornal / abr1724

A 800 metros da praça principal (10 minutos a pé),com vista panorâmica da cidade e excelente potencialde valorização. Situado na parte nobre de Abaeté,dentro do bairro Simão da Cunha com documentaçaopronta e infraestrutura completa.

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Victor & Léo, Zé Ricardo & Thiago, Gino & Geno e Mar-celinho di Lima são as grandes atrações da 37ª Expô Abaeté, marcada para o período de 06 a 09 de setembro. A grade de shows foi fechada dia 22 de março, conforme informações do empresário Ricardo José Te-odoro (Mantega), promotor do evento, em parceria com a Beta Brasil e com o Sindicato dos Pro-dutores Rurais de Abaeté, que cuidará da parte agropecuária.

Uma novidade é a contra-tação de um mega trio elétrico, que vai circular ao lado dos ca-marotes após os shows, seguin-do os moldes da Festa do Peão Boiadeiro de Barretos. “Quere-mos contratar, inclusive, artistas de axé, para animar este trio e resgatar essa tradição que ficou meio perdida nos últimos carna-vais de Abaeté”, ressalta Mante-ga.

Ele se declara surpreso com a grande repercussão da festa, que não acontecia há quatro

anos. “O povo abraçou mesmo essa ideia, e nós queremos fa-zer um grande evento, à altura dessa expectativa e do apoio que estamos recebendo”, diz o empresário.

A festa será aberta dia 06 de setembro, quarta-feira, com o tradicional desfile de cavaleiros, amazonas, carroças e carros de boi pelas ruas da cidade, rodeio profissional e show da dupla Gi-

no e Geno, autora de grandes sucessos, como “Coração Ci-gano”, “As Águas do São Fran-cisco” e a atual “O Molhado da Saudade”.

No feriado de 07 de setem-

bro, a festa fica por conta de Marcelino di Lima, com hits co-mo “Mesa 35”, “Tentação Cruel”, “Esse Copo Aqui” e outros.

Na sexta-feira, dia 08, Zé Ri-cardo & Thiago sobem ao palco para cantar “Sinal Disfarçado”, “Turbinada”, “O Que que eu fiz ontem à noite” e outros suces-sos.

E no dia 08, sábado, a pro-gramação de shows da 37ª Expô Abaeté será fechada com chave de Ouro com a dupla Victor e Léo cantando, junto com o públi-co, músicas como “Momentos”, “Vida Boa”, “Fada”, “Amigo Apai-xonado” e outras

O primeiro lote com 1.500 passaportes começou a ser vendido dia 27 de março, pelo valor de 100 reais, dividido em até quatro prestações. E quem quiser curtir a festa de camaro-te paga outros R$ 100. Devido aos altos custos do evento, não haverá mais o sorteio de três motos, conforme previsto ante-riormente.

37ª Expô Abaeté, a maior festa sertaneja do município está de volta