Folha de Oração | Outubro de 2013
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Transcript of Folha de Oração | Outubro de 2013
2 Sementes de Esperança | Outubro 13
Intenção Geral
Pessoas desesperadasPara que aqueles que estão desesperados a ponto de desejar o fim da própria vida, sintam a proximidade amorosa de Deus.
Intenção Missionária
Jornada Missionária MundialPara que a Jornada Missionária Mundial nos anime a ser destinatários e anunciadores da Palavra de Deus.
Intenção Nacional
Para que, neste mês do Rosário, e atendendo ao pedido de Nossa Senhora em Fátima, em todas as famílias cristãs se faça esta oração da simplicidade, que só quem ama é capaz de entender.
SEMENTES DE ESPERANÇAFolha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre
PROPRIEDADECONTACTOSDIRECTORA
REDACÇÃO E EDIÇÃO
FONTEFOTOS
PERIODICIDADEIMPRESSÃOPAGINAÇÃO
DEPÓSITO LEGAL
Fundação AIS, Rua Prof. Orlando Ribeiro, 5 D, 1600-796 LisboaTel.: 217 544 000, [email protected], www.fundacao-ais.ptCatarina Martins de BettencourtP. José Jacinto Ferreira de Farias, scj, Maria de Fátima Silva, Alexandra Ferreira, Ana Vieira e Félix LunguL’Église dans le monde –�AIS�França© Fundação AIS, © DR11 Edições AnuaisGráfica ArtipolJSDesign352561/12
A oração é um dos pilares fundamentais da nossa missão. Sem a força que nos vem de Deus, não seríamos capazes de ajudar os cristãos que sofrem por causa da sua fé.
Para�ajudar�estes�cristãos�perseguidos�e�necessitados�criámos�uma�grande�corrente�de�oração�e�distri-buímos�gratuitamente�esta�Folha�de�Oração,�precisamente�porque�queremos�que�este�movimento�de�oração�seja�cada�vez�maior.�Por favor ajude-nos a divulgá-la na sua paróquia, nos grupos de oração, pelos amigos e vizinhos. Não�deite�fora�esta�Folha�de�Oração.�Depois�de�a�ler,�partilhe-a�com�alguém�ou�coloque-a�na�sua�paróquia.
Intenções de Oração do Santo Padre
3Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre
Estamos�a�terminar�o�ano da fé,�durante�
o�qual�toda�a�Igreja,�convocada�pelo�Papa�
Bento� XVI� e� estimulada� a� continuar� na�
mesma� linha� pelo� Papa� Francisco,� teve� a�
possibilidade�de�aprofundar,� tanto� teórica�
como�praticamente,� o� que� significa�acre-
ditar.� � uma�atitude�que� tem�mais� a� ver�
com�o�coração�do�que�com�a�inteligência,�
no� sentido�de�que� se� trata� de�uma�ade-
são� que� vem� de� dentro� de� nós� mesmos�
à� verdade� da� nossa� existência,� da� nossa�
história� pessoal,� que� tem� na� sua� origem�
o� mistério� do� grande� amor� de� Deus� que�
nos�precede:�na�origem�do�nosso�ser�e�da�
nossa�experiência�de�fé�está�a�percepção�
de�que�somos amados, e de que o amor
nos precede.
Foi� esta� a�experiência�de� S.� Paulo,� que�
exclamava:� Ele amou-me e entregou-se
por mim (Gal� 2,20).� E� S.� João� dizia� algo�
de� semelhante,� decorrente� da� sua� expe-
riência�de�contacto�directo�com�o�Senhor,�
quando�a�si�mesmo�se�designava�o discí-
pulo que Jesus amava (que Jesus ama).�
A� identidade� do� apóstolo� assenta� nesta�
experiência�de�ser�amado�e�que�é�muito�
mais�importante�do�que�qualquer�título�de�
apresentação,� diríamos� hoje,� académica,�
profissional� ou� outra� qualquer.� O� homem�
vale,�cada�um�de�nós�vale�na�medida�em�
que�é�amado�e�na�medida�da�intensidade�
de�amor�com�que�é�amado.
No� panorama� do� mundo� contemporâ-
neo,� em�que� tanto� se� fala� de�amor,� que�
vai�mesmo,�num�paradoxo�de�linguagem,�
a�dizer-se�de�adoração�(as�pessoas�já�não�
dizem�que�gostam muito disto ou daquilo,
mas que adoram isto ou aquilo),�pouco�se�
acredita�no�amor,�pois,�de�outro�modo,�não�
haveria� tantas� guerras,� tanta� violência,�
tantos� abortos,� tanto� divórcio,� tão� pouca�
disponibilidade� para� servir� a� vida� e� para�
dar�a�vida,�e�isto�mesmo�entre�muitos�que�
A cruzada da reconciliação e da paz entre todos os povos
Reflectir
…na origem do nosso ser e da nossa experiência de fé está a percepção de que�somos amados, e de que o amor nos precede.
4 Sementes de Esperança | Outubro 13
Reflectir
se�dizem�cristãos.�
No� entanto,� � não� temos� que� estar� a�
analisar�e�a�julgar�os�outros,�pois�o�mundo�
é�e�será�também�o�que�nós�acreditarmos�
que�é�ou�que�poderá�ser.�
Neste� momento� histórico� somos� con-
vocados�para�construirmos�a�paz;�somos�
convocados� para� a� realização� das� pala-
vras� de� Jesus� no� sermão�da�montanha,�
quando� proclamou� bem-aventurados�
aqueles� que� constroem� a� paz.� O� Papa�
Francisco�convocou�toda�a�Igreja�e�todos�
os�homens�de�boa�vontade�a�cumprirem,�
no�dia�7�de�Setembro�passado,�véspera�
da�Natividade�de�Nossa�Senhora,�um�dia�
de� oração� e� de� jejum� pela� paz,� direc-
tamente�no�Médio�Oriente,�no� Egipto�e�
sobretudo�na�Síria,�mas,�indirectamente,�
em� todo� o� mundo,� em� cada� homem,�
hoje�mais�do�que�nunca�carente�da�Paz,�
aquela�Paz�que�os�anjos�proclamaram�na�
gruta�de�Belém.�
O� Papa� S.� Pio� V� consagrou� o� mês� de�
Outubro� a� Nossa� Senhora� do� Rosário,�
como�forma�de�agradecer�a�sua�especial�
protecção�à�esquadra�dos�aliados�cristãos�
contra� os� turcos� na� batalha� naval� de�
Lepanto,�no�dia�7�de�Outubro�de�1571,�na�
Grécia,�e�que�assinalou�o�fim�da�expansão�
islâmica� no� Mediterrâneo.� Hoje� somos�
convocados�para�outra�cruzada,�a�cruzada�
da�reconciliação�e�da�paz�entre�todos�os�
povos,� para� que,� mesmo� no� meio� das�
tribulações� da� vida,� possamos� manter� a�
paz,�esse�dom�precioso�que�Deus�prome-
teu�aos�seus�filhos.�
João� Paulo� II� declarou� o� rosário� o�
caminho�mais�curto�para�alcançar�a�paz,�
a� oração� eficaz� na� realização� da� paci-
ficação� interior� da� alma� e� do� espírito,�
sem� a� qual� não� há� paz� possível.� Como�
os�Pastorinhos,�rezemos�o�terço�todos�os�
dias,�neste�mês�do�Rosário,�e�depois�con-
tinuemos� sempre,� para� que� possamos�
contribuir,� com�a�eficácia�da�oração� tão�
cara�a�Nossa�Senhora,�para�que�haja�paz�
na� terra�entre� todos�os�homens�de�boa�
vontade.
�P.�José�Jacinto�Ferreira�de�Farias,�scj
Assistente Eclesiástico da Fundação AIS
5Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre
Chade
Recentemente sob os holofotes, devido à expulsão de D. Russo, o Chade é governado com mão de ferro pelo seu presidente, Idriss Déby, no Governo há mais de vinte anos. Neste país, que figura entre os mais pobres do planeta, a instabilidade social e política agravou-se desde os ataques dos rebeldes do Darfur, em Fevereiro de 2008.
Uma primeira tentativa de golpe de Estado, em 2008,
e uma segunda, em Junho passado, - fomentada pelo
próprio sobrinho do presidente – endureceram o clima.
O Governo amordaçou a imprensa, tornou a oposição
inofensiva e cortou todo o diálogo com os cidadãos
recorrendo a prisões e intimidações. “Neste contexto,
qualquer crítica ao regime é encarada como uma ameaça
à estabilidade do país”, explica Blaise Djimadoum, jorna-
lista de investigação na rádio FM Liberdade.
Foi neste clima tenso que o Governo chadiano
anunciou, a 12 de Outubro de 2012, a expulsão de D.
Michele Russo, por se ter “envolvido em actividades
incompatíveis com o seu estatuto”. O Bispo de Doba, um
italiano que faz apostolado no Chade há trinta anos, tinha
criticado, numa homilia do passado 30 de Setembro, a
gestão dos lucros do petróleo chadiano denunciando
uma distribuição injusta e sublinhando a indigência das
populações locais. Com efeito, o Chade, que explora o
petróleo desde 2003, produz cerca de 120.000 barris por
dia, mas só os que estão próximos do presidente lucram
com esta situação.
Para D. Edmond Djitangar, Bispo de Sarh, foi a retrans-
missão da homilia, na rádio diocesana, que despoletou a
crise. “D. Michele Russo não mastigou as palavras, como
normalmente se faz quando se trata de denunciar os
abusos ou as carências da administração local corrupta
e indiferente ao destino dos mais pobres. O que ele
disse nada tem de novo, mas as circunstâncias não eram
favoráveis a tal discurso: nesse momento decorria, há
mais de um mês, a greve de todos os serviços do Estado
Chade
QUANDO A IGREJA DENUNCIA A CORRUPÇÃO
Superfície1.284.000 Km2
População11,5 milhões de habitantes
Religiões
Mulçulmanos: 57,3 %
Cristãos: 25,5 %Católicos 7,9 %Protestantes 10,9 %Outros 6,7 %
Animistas: 16,2 %Outros: 1 %
Língua OficialFrancês e Árabe
6 Sementes de Esperança | Outubro 13
Chade
e os partidos políticos da oposição tinham redigido um
memorando severo a respeito do Governo...”
A Conferência Episcopal do Chade acusou esta decisão
dolorosa e, em consequência, encontrou-se com as mais
altas autoridades do país. O diálogo foi positivo, uma
vez que determinou o regresso do bispo à sua diocese.
Regresso sentido como um “presente de Natal” para o
rebanho de D. Russo, visto que o decreto foi publicado a
24 de Dezembro.
A versão oficial desta expulsão foi que a rádio teria
dado, em língua francesa, uma tradução não conforme ao
pensamento do bispo. Mais oficiosamente tratar-se-ia de
uma vingança do primeiro-ministro, contrariado nos seus
projectos eleitorais e imobiliários pelo Bispo de Doba.
OraçãoPara que Deus conceda o dom da paz duradoura ao povo do Chade, nós Te pedimos Senhor!
BURBURINHO NA INTERNETJornalistas e bloguistas condenaram a atitude
do Governo contra o Bispo de Doba e, por sua vez,
denunciaram toda a falta de transparência que rodeia
a gestão do maná petrolífero, mas com prudência por
causa das represálias. Deste modo, em 2011, o imã de
um bairro popular de N’Djaména que tinha denunciado
a carestia da vida e a dificuldade que a população tinha
para se alimentar, já tinha sido sequestrado, durante
vários dias, por guardas presidenciais.
Com efeito, o Chade está muito instável: a insegu-
rança aumenta nos centros das cidades e na província,
a instabilidade e as rebeliões – Rep. Centro-Africana,
Líbia, Sudão – não propiciam um clima de paz. A extre-
ma pobreza não ajuda nada e o Governo endurece para
manter um ambiente de paz e de ordem.
No plano social, a Igreja supre muitas vezes as faltas
do Estado, distribuindo alimento à população ou pro-
porcionando cuidados médicos, graças à generosidade
de várias ONG.
A Igreja procura também uma evolução nos costumes
tradicionais que menosprezam os direitos das mulheres:
a poligamia atinge 39% das mulheres e, apesar de a lei
proibir as mutilações, a excisão é ainda muitas vezes
praticada, sem contar com a trágica falta de estudos da
população feminina.
Último país da África Central a ser evangelizado, em
1929, o Chade tem hoje quase 10% de católicos, numa
população de quase 12 milhões de habitantes, com
cerca de 160 padres diocesanos e 120 padres religiosos,
360 religiosas e cerca de quarenta irmãos religiosos.
Celebração do Natal
com as crianças
7Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre
Em Novembro de 2009, a ordenação episcopal de D.
Henry Coudray e a elevação a diocese da prefeitura de
Mongo fizeram passar para oito o número de padres no
Chade. Por esta ocasião, 1500 pessoas, cristãs e muçul-
manas, encontraram-se para celebrar “a beleza da fé
no respeito pela diferença, que é um dom de Deus”,
de acordo com as palavras de um deles. “Os católicos
são muito empenhados e dinâmicos, apesar da forte
presença do Islão” testemunha D. Djitangar. Várias ini-
ciativas de diálogos ecuménicos e inter-religiosos estão
em curso, por todo o país, através das escolas, colégios,
liceus e centros de cultura católicos.
D. Russo dizia à agência Zenit, em Outubro de 2011,
que é mais difícil para os Católicos do Chade dialogar
com os Protestantes do que com os Muçulmanos.
Para D. Djitangar, a guerra civil foi erradamente
apresentada como uma luta religiosa entre o Norte
muçulmano e o Sul cristão. “As relações entre as
diferentes confissões religiosas foram pacíficas desde a
independência (1960) até à efémera ‘revolução cultu-
ral’ do presidente Ngarta Tombalbaye (1973-1975). Em
verdade, as sensibilidades religiosas foram exacerbadas
pelos políticos por causa das suas necessidades. Todas as
religiões sofreram com o período da ditadura de Hissène
Habré (1982–1990).”
O Bispo do Sarh reconhece, no entanto, que durante
as duas décadas de paz civil (1990–2010), se assistiu a
um proselitismo islâmico sem precedentes, com a cons-
trução de muitas mesquitas e relações por vezes difíceis
com este novo tipo de muçulmanos...
Face a este Islão conquistador, é a religião tradicio-
nal que balança, porque não está preparada para esta
concorrência, faltando-lhe a estrutura e a organização
sistemática que definem o Cristianismo e o Islão. As
relações são cordiais entre Muçulmanos e Cristãos, com
poucas “migrações” de uma confissão para a outra.
OraçãoPara que o Espírito Santo continue a inspirar a convivência amistosa entre as religiões, nós Te pedimos Senhor!
BERÇO DO VUDUNão tendo fundamento filosófico, não há, na religião
tradicional do Chade, sincretismo religioso, como se pode
observar noutros países de África, nomeadamente entre
os cristãos do Benim, país berço do vudu.
Em contrapartida, as influências da religião tradicional
são visíveis tanto nos Cristãos como nos Muçulmanos,
em certos momentos importantes da vida: nascimento,
Chade
D. Michele Russo
após o seu regresso
ao Chade
8 Sementes de Esperança | Outubro 13
Chade
doença, casamento, morte... Alguns comportamentos
revelam o grau de conversão das pessoas: o medo dos
espíritos maléficos, a bruxaria, as sociedades secretas
(homens-leões, espíritos dos rios...). Quando acontece
uma morte violenta (afogamento, enforcamento,
incêndio ou acidente), os Cristãos deixam-se arrastar, às
escondidas, para a prática dos rituais que supostamente
afastarão tais desgraças no futuro. Acontece o mesmo
quando se perde o primeiro cônjuge, com ritos especí-
ficos de viuvez.
O que é mais marcante é o “sincretismo cultural” que se
exprime nas palavras e nos gestos da vida comum. As fór-
mulas de saudação são retiradas do Islão e os Muçulmanos
falam de “baptismo” e de “quaresma” para designar o seu
rito de circuncisão e de denominação dos recém-nascidos
ou o tempo do jejum islâmico... Os membros da religião
tradicional adaptam determinadas celebrações rituais ao
calendário cristão, como é o caso do Ano Novo.
UMA MENSAGEM DE NATAL MUITO ESPERADACom a instabilidade actual do país, a mensagem anual
que os bispos transmitem, no Natal, é muito esperada
pelo povo Chadiano e também pelo Governo. No Natal
de 2012, os bispos lançaram um apelo à esperança:
“Na crise social em que nos encontramos, é dever
nosso, pastores desta Igreja-Família de Deus que está
no Chade, dirigir-vos esta mensagem de esperança: Não
tenham medo, Cristo é a vossa justiça e a vossa paz!
[...] A relação com um Deus bom e fiel é uma dimensão
importante da vida de numerosos chadianos. Vemo-lo
no crescimento e na vitalidade das nossas comunidades
cristãs. Mas constatamos, com preocupação, que tam-
bém existem coisas que enfraquecem a fé […] :a perda
do sentido do sagrado, o medo de afirmar a identidade
cristã, a indiferença religiosa, a pretensão de construir
um mundo sem Deus […]. Lançamos-vos um apelo para
que regressem ao Deus da esperança.”
Denunciando, com coragem, o materialismo ambiente,
os males sociais e a má governação do país, os bispos
convidaram os cristãos a redobrar os esforços na liturgia, na
oração pessoal e na caridade, para se afirmarem e tornarem
leigos responsáveis. A formação dos leigos é hoje uma
prioridade que a Igreja local se impõe, para reerguer o país.
OraçãoPara que os sacerdotes e bispos do Chade se mantenham firmes e corajosos na condução do seu rebanho pelo caminho da fé autêntica, nós Te pedimos Senhor!
Cortejo das
oferendas
durante a Missa
9Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre
Oração
Mês de Nossa Senhora do Rosário
Outubro�é�o�mês�de�Nossa�Senhora�do�Rosário.�Nas�suas�diversas�aparições,�ao�longo�da�História�do�mundo,�Maria�sempre�nos�alertou�e�continua�a�alertar�sobre�as�misérias�mundanas�que�podemos�evitar,�curar�e�combater.�E�um�pedi-do�constante�dessa�nossa�Mãe�celeste�é�a�oração.
Na�véspera�da�Solenidade�do�Pentecostes,�durante�o�seu�discurso,�o�Papa�Francisco�confessou�que�é�na�recitação�do�Terço�do�Rosário�que�muitas�vezes�encontra�forças,�“Rezar também a Nossa Senhora é pedir-lhe que, como Mãe, me faça forte. Isto é o que penso sobre a fragili-dade; pelo menos, é a minha experiência. Uma coisa que me faz forte todos os dias é rezar o Terço a Nossa Senhora. Sinto uma força tão grande, porque vou ter com Ela e sinto-me forte.”
Também� o� Papa� Emérito� Bento� XVI� animava� os� fiéis� a� “redescobrir”� a� oração� do� terço,�“Outubro é o mês do Rosário, que nos convida a valorizar essa oração tão querida pela tradição do povo cristão”. Aos jovens convidou a “fazer do terço a sua oração de todos os dias” e animou os seus “queridos doentes, a crescer, graças à oração do terço, no confiante abandono nas mãos de Deus”.
E�não�esquecemos�que�o�Papa� João�Paulo� II,� “um�grande�apóstolo�do�Rosário”,�nos�disse�que�o�Rosário�é�o�“compêndio�da�Bíblia”,�pois�nele�meditamos,�em�cada�mistério,�todas�as�passagens�bíblicas,�e�que�“Meditar�com�o�Rosário�significa�entregar�os�nossos�cuidados�aos�corações�misericordiosos�de�Cristo�e�da�sua�Mãe”.
A�nossa�Mãe�do�Céu�deixou�em�Fátima�o�seguinte�pedido:�“Rezem o Terço todos os dias”.�Os�Pastorinhos�cumpriram�a�sua�missão.�E�nós?�Qual�vai�ser�a�nossa�resposta?
10 Sementes de Esperança | Outubro 13
Meditação
COMPAREÇA. Traga a sua família, filhos, netos, sobrinhos, amigos e faça parte desta grande festa! Nós também estaremos presentes para estar especialmente consigo.
Os�“pequenos”�são�os�mesmos�“pobres�de�espírito”�que�o�Senhor�chamou�de�bem-aventura-
dos.�A�sua�pobreza�não�é�considerada�do�ponto�de�vista�económico,�mas�no�sentido�de�que�são�
“pobres”�do�espírito�deste�mundo.�Eles�recolheram-se�junto�de�Deus.�Estão�livres�do�mundano�
e�abertos�ao�Reino�de�Deus.�Para�eles�abrem-se�os�portões�da�riqueza�da�alma.�Apesar�da�sua�
pequenez,�são�grandes�por�dentro.�Do�mirante�de�Deus,�eles�contemplam�os�acontecimentos�
da�Terra,�pois�Deus�lhes�revelou�o�que�escondeu�aos�soberbos.�Eles,�realmente,�sabem�do�que�
se�trata.�São�as�sentinelas�silenciosas,�com�uma�visão�que�abraça�o�mundo�inteiro.�Por�meio�de�
claras�decisões�espirituais,�não�deixam�apagar�as�suas�luzinhas,�ainda�que�no�meio�da�escuridão�
progressiva�dos�nossos� tempos.� Constituem�um� rebanho�pequeno,� facilmente�despercebido.�
O�Seu�empenho�silencioso�na�oração�e�na�penitência�é�quase�nada,�comparado�à�actividade�
ruidosa�na�Igreja�e�no�mundo.�Mas�Deus�não�está�no�barulho�e,�sim,�no�silêncio.�
Peçamos a Deus que dê à Sua Igreja mais pequenos e pobres de espírito, mais pessoas de
oração e penitência, mais humildade, mais silêncio.Padre Werenfried van Straaten
Visite hoje mesmo o microsite dedicado ao P. WERENFRIED VAN STRAATEN em www.werenfried.pt
Grandes por dentro
11Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre
Actualidade
> O Terço é a oração dos pobres e dos ricos, dos sábios e dos ignorantes.�Tirar�às�almas�esta�devoção,�é�tirar-lhes�o�pão�espiritual�de�cada�dia.�O�Terço�é�que�sustenta�a�pequenina�chama�da�Fé�que�ainda�de� todo�não� se� apagou�em�muitas� consciências.�Mesmo�para� aquelas� almas�que�rezam�sem�meditar,�o�simples�acto�de�tomar�o�Terço�para�rezar�é�já�um�lembrarem-se�de�Deus,�do�Sobrenatural.�A�simples� recordação�dos�mistérios,�em�cada�dezena,�é�mais�um�raio�de� luz�a�sustentar,�nas�almas,�a�mecha�que�ainda�fumega.
> Precisamos de rezar o Terço todos os dias.�É�a�oração�que�Nossa�Senhora�mais�recomendou,�como�que�prevenindo-nos�para�estes�dias�de�campanha�diabólica�em�contra!�Sabe�o�demónio�que�é�pela�oração�que�havemos�de�nos�salvar,�e�arma-lhe�a�campanha�em�contra,�para�nos�perder.�
> Não é que, para irmos para o Céu [seja] condição indispensável rezarmos muitos terços, propriamente ditos, mas sim fazermos oração;�…�rezar�diariamente�o�Terço�era�a�fórmula�de�oração�mais�acessível,�tal�como�o�é�ainda�hoje�para�a�maior�parte�das�pessoas,�e�não�há�dúvida�de�que�dificilmente�alguém�se�salvará�sem�fazer�oração.
> Todas as pessoas de boa-vontade podem e devem, diariamente, rezar o seu Terço.�E�para�quê?�Para�nos�pormos�em�contacto�com�Deus,�agradecer�os�Seus�benefícios�e�pedir-Lhe�as�graças�de�que�temos�necessidade.
> Dado que todos temos necessidade de orar, Deus pede-nos, digamos como medida diária, uma oração que está ao nosso alcance:�a�oração�do�Terço,�que�tanto�se�pode�fazer�em�comum�como�em�particular,�tanto�na�igreja,�diante�do�Santíssimo,�como�no�lar,�em�família,�ou�a�sós,�tanto�pelo�caminho�quando�em�viagem,�como�num�tranquilo�passeio�pelos�campos.
> Os que abandonam a oração do Terço e não tomam diariamente parte do Santo Sacrifício da Missa, nada têm que os sustente,�acabando�por�se�perderem�no�materialismo�da�vida�terrena.
> Aos que dizem que o Terço é uma oração antiquada e monótona, devido à repetição das orações que o compõem, eu pergunto-lhes se há alguma coisa que viva sem ser pela repeti-ção continuada dos mesmos actos.
> Quando os namorados se encontram, passam horas seguidas a repetirem a mesma coisa: “amo-te!” O�que�falta�aos�que�acham�a�oração�do�Terço�monótona�é�o�Amor;�e�tudo�o�que�não�é�feito�por�amor�não�tem�valor.
In O Segredo da Irmã Lúcia
PALAVRAS DA IRMÃ LÚCIA SOBRE O TERÇO
Produto em Destaque
Autor:�Paulo�Aido�
201�páginas
O SEGREDO DA IRMÃ LÚCIANunca é demais reflectirmos sobre o extraordinário exemplo de vida que a Irmã Lúcia nos ofereceu. Por causa dela, da sua fidelidade extrema a Nossa Senhora, Fátima impôs-se ao mundo, cumprindo-se as palavras proféticas da Virgem Maria aos três pastorinhos.
Mas afinal, quem foi a Irmã Lúcia? O que pensava a última vidente de Fátima? Como passava os dias? Como a recordam aqueles que conviveram diariamente com ela?
Este livro procura dar respostas a tudo isso. A Irmã Ana Sofia, também ela carmelita, dá-nos um retrato único, de como era a irmã Lúcia no dia-a-dia, o seu sentido de humor, a sua eterna disponibilidade para ajudar os outros, a vontade de aprender e, acima de tudo, a sua simplicidade.
TRua Professor Orlando Ribeiro, 5 D, 1600-796 LISBOAel 21 754 40 00 • Fax 21 754 40 01 • NIF 505 152 304
[email protected] • www.fundacao-ais.pt
Cód. LI064
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Neste ano em que se comemora o Centenário
do Nascimento do P. Werenfried (1913-2013)
e a quatro anos de comemorar o Centenário
das Aparições de Fátima (1917-2017), a
mensagem transmitida aos pastorinhos
permanece mais actual do que nunca.
FOTOS INÉDITAS NO INTERIOR DO LIVRO!
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O�P.�Werenfried�com�a�Ir.�Lúcia,�Fátima�Maio�1992