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*v FOLHA DO ACRE ¦ ¦' ¦' -1*.;,;¦'.. , .t æ.;*(,..æi ¦'-. ac^E—B^azii •"•» ., *_* t*Si ,t < Cidade da Empresa, 7 de Mai© de 1911 :L-V^_ ttttO í~~F?UMERO 3 •;f.i FOL«a DO aCRE OnoXo dos in'1'khksses no povo';-, ( Propriedade de uma Associação)-. IMPRESSA EM MÃCHINA MA.RINONI'H TltABAÍ.HADA EM . ÓFFICINA 1'HOPIUA ••• p "'.' '.' ¦ Rednctor-Ghefe : Dr. Gentil Norberto Director: Nelson Noronha ASSIQNATURAS ! r- Por anno. . :"".'\ ..'. .50$OoB Por semestre .":••. . . 30gOÓ0 Pagamento adiantado... s"fc FolhadojKéfQ; Registramos, hoje,n'esta colu- mna, com immenso júbilo édesva- necimento, o auspiciosissimo facto de te/, assumido o logar de Re- dàctòr-Chefe da Folha do Acre o illustre e denodado acreano, dr. Gentil Norberto, cujas honrosas tradições de accendrado amor a esta terra e cujos brilhantes pre- dicados moraes e cívicos são a garantia do seguro êxito de que serio coroados os nossos esforços n'esta nobilissima e difficil cruza- da a que »nos consagramos em prol dos legítimos interesses da uberrima e futurosa região que ' habitamos e a que vimos dedi- cando o melhor das nossas ener- gias e todas as'forças do nosso patriotismo. Sob a orientação criteriosa e firme do prestimoso cidadão, este jornal d'ora em diante circulará,' continuando a pugnar pelo pro- gresso e desenvolvimento do A- cre, pela sua emancipação política, pelo bem collectivo, pelo melhe- ramento material, moral e intelle- ctual da sociedade que nos des- vanecemos de representar na im- prensa. ..í,í;A. FomiA no Acre é o lábaro sagrado a cuja sombra nos aco- . Iheihos com abnegação e civismo .';»-P; desempenho da missão que^tomamos sobre nossos hom- bros. M'elle estão indelevelmente inscriptos, como uma legenda in- transgridivel e insophismavel, os tr-agnos princípios da confrater- nisaçãò dos acreanos, da ordera, respeito á auctoridade legal- mente constituída, da verdade/do . direito e da justiça, como base e . fundamento da victoria que visa- .' mos alcançar n'esta árdua, porém, dignificadora lueta a que nos de- •-' votamos. Sem paixões esem resentimen- tos, d'animo sereno, guiados ape- nas pelas nossas convicções, ins- pirados somente pelo nosso amor à pátria e particularmente a esta enorme porção do seu immenso e privilegiado território, procurar* mos por meio dè*propaganda.dás idéas puras e das sãs doutrina» congregar os acreanos, unil-Òs, para que ,d'essa. união resulte a força de que necessitamos para a conquista das vantagens e das re- ganas a que temos inconcusso di- reitoe que, poderemos, assim, obter, para nossa felicidade e maior gloria do Brasil. As questões pessoaes não nos preoecupam. O interesse da com- munliào é o nosso único objectivo. Somos políticos, mas a nossa po- . nuca è a que se traduz pelo. ele- vado empenho de bem servira causado povo, por.isso mesmo que nos consideramos orgSo dos seus interesses. . Prestigiando o Governo sem- pre - que possamos reconhecer a sua capacidade e o seu patriotis- mo,,não recuaremos diante da necessidade de verberar os seus actos, desde que estes nâo sejam concebidos dentro das normas de um verdadeiro critério adminis- trativo. No actual momento, em que vernos à frente do governo d'este departamento, um benemérito a- creano por todos os títulos digno do nosso apreço e da nossa mais elevada cqnsideração, nos rejubi- íamos ímmensamente. por esse auspicioso facto, convencidos de que o exmo. sr. dr. -Deocleciano de Souza continuará a fazer jüs á estima, à gratidão e ao respeito dos seus concidadãos, conduzindo- se sempre, como atè agora, pelo ca- minlio recto da honra, da hones- tmade e do civismo, no desem. penlio das largas, responsabilida- des mlierentes ao elevado posto que acertadamente lhe foi con- fiado. --A.;.Folha do Acrk deseja po- der contribuir coih o seu contin- gente para a realisação da mérito- ria obra réiyindicadora dos direi- tos^è liberdades que nos perten- cem,.tonio filhos de uma grande pátria, livre e civilisada, e espera que em. um futuro bem próximo se traduzam em factos as nossas justas, aspirações, pois confiamos na-bô.a vontade e no civismo que s^ímáaifestam quer da parte do ;póvo acreano, que para esse fim trabalha com afinco, quer da par- te do actual governo da Republi- ca que vem, na sua attitude a res- peito dos mais palpitantes inter- esses d'esta região, demonstran- do o zelo e a dedicação com que cuida de proporcionar-nos os meios de que carecemos com ur- gencia para o nosso progresso e desenvolvimento. Se conseguirmos este nosso de- sideratum,nos consideraremos bas- tante recompensados de todos os esforços qúe empregarmos n'este sentido, pois não temos,n'esta pe- leja outra ambição senão a de vêr o Acre prosperar e engrande- cer-se. —- Cabe-nos agora o dever, que cumprimos com especial satrsfa- cção, de agradecer ao nosso pres- timdso e distineto confrade, The- .opliilo Maia", os relevantes e ines- timaveis serviços"que prestou á Folha noAcRtó, durante, o "tempo que com inexcindivel-dedicáção occttpou o logar de seu Director, que foi obrigado a deixar em vir- tude de ; não lhe permittirem p seu estado de saúde e os seus múltiplos affazeres commerciaes, continuar a dispensar-nos o con- curso de sua valiosa cooperação da qual com^verdadeiro senti- mento de pez^ficamos assim pri- vados,-continuando, no emtanto, a contar com a' sua amisade que para nòs è, como sempre foi; pre- ciosissima. Fazeirçqs ardentes votos para que o digno -amigo, dentro em breve recupere V: sua saüde e regresse ao Acre, onde conta com as mais sinceras affeições conquistadas pe- Ias nobres virtudes que enaltecem o seu caracter e elevam a sua pessoa ao invejável conceito de fltie-. gosa no seio da sociedade acreana. —Como Director da Folha con- tinuarà o nosso collega Nelson Noronha, que> na ausência de Theophilo Maia, oecupava in- terinamente esse logar. Em Xapury era áiiciosámoiite esperado o dislinclo viajante, achando-so alli preparadas póm- posas "festas para sua recepção. Pepois de uma curta demora nessa cidad<;, s. exc. tenoionava seguir ale o Alto Acre, devendo 0111 breve regressar á Empreza Constados: Que o exm. sr. dr;, pii-êfçito do departamento pretende te- organisar á força polktal-au, gmentando-a de accôrdo é0in as exigências do serviço ifseu |argo e com o progresso que |rae tendo o Acre. S A-policia civil será alterada, segundo o';iiovo regulamento que.se projécta. DR. EPAMINONDAS JACOME Passou por esta cidade, do- mingo ultimo, a bordo do vapor Montevidéu, o nosso prestimoso amigo, dr. Epaminondas Jacome, que segue viagem para a Europa, devendo ir primeiro ao Riograri- de do" Norte em visita ao seu ve- ner^iido pae, que reside na ca- pitál desse Estado. Logo que se divulgou na Em- preza a noticia da chegada aqui do illustre cidadão, innumeras pessoas foram Cumprimental-o a bordo. Poucos momentos depois de atracar em nosso porto o Movi- tevideu, o.dr. Jacome recebia a visita dos drs. Deocleciano Souza, Gentil Norberto e Rodri- gues do Lago/em companhia dos quaes desembarcou, indo todos almoçar em casa do nosso amiüo tenente-coronel Manoel Vascon- cellos, que nesse dia commemo- rava festivamente o primeiro an- niversario do seu consórcio com a exma. sra. dona Judith Vàsconcellos. Após a lauta refeição, que de- córrèu animadíssima c cm qué tomaram parte grande numero de amigos do amphytríão e mui- tas senhoras e senhbrit.as da mais alta sociedade emprezonse, o dr. Jacome regressou para bordo sendo acompanhado por todos os cavalheiros que estive- ram presentes aquella festa in- tima.os quaes apresentaram cor- dêalissimás despedidas ao bem- quisto e proíiciente medico, fa-, zendo votos para» que a sua viar gem decorresse bonançosa e fe- fiz. A Folha oi) Acrb, por iíitòr- médio do nosso collega Nelson Noronha, saudou o dr. Jacome logo á sua chegada* despedindo- se delle na oceasião da partida do Montevidéu. :. Este vapor zarpou do nosso porto ás 3 horas d-i tarde. . Disse nos o dr. Epaminondas Jacome que em janeiro vindoiro regressará ao Acre Desejando- lhe feliz viagem, auguramos que se reaHse essa sua intenção, que muito nos;alegra. nossa casa vê-se pendente a bandeira acreana, e no alto da fachada a taboleta com a in- scripção FOLHA DO ACRE. Brevemente exporemos in- teressantissimas photograpbias que esperamos obter. Conka o jogo ; ..; Escrevem-nos: A iniciativa tomada pelo prefei- to deste departamento, afim de ex- tinguir a desenfreada jogatina que de utlTmodo assustador se alastra- nesta cidade, deve ser caloro- samente applaudida e enthusias- ticamente acolhida. E' muito verdade que o jogo, sendo para alguns um passa-tempo agradável e inoffensivo, é para ou- tros a causa de grandes males e é justamente nestes que se desen- rolam fatalmente as conseqüências funestas e irremediáveis do mais terrível de todos os vicios. Applaudamos qualquer medida contra a jogatina, porque applau- dimos assim um acto de elevada administração, creando para a so- ciedade. homens úteis e bons e afastando da familia; do lar, o seu mais terrível inimigo, que tirando- lhe o pão leva-lhe a miséria, o soffrimento^e a dor. Acolhamos com enthusiasmo esta iniciativa do dr, prefeito, por- qtie uma medida de saneamento moral como esta virá muito de perto; e directamente quasi, con- correr para o engrandeci mento e progresso local. O jogo do poker, permittido nos grandes clubs mundiaes e na alta sociedade, é aqui quasi equi- parado á grotesca Vermelhinha. A bolsa dos incautos è ameaçada constantemente por uns certos parceiros indispensáveis à forma- ção da mesa, transformando as- sim"o passa-tempo agradável em verdadeiro escoadouro da bolsa d'aquelles qué ar trazem um poUco mais.recheiada.^ Affecta pois, muito de perto" \ policia este caso, não permittindo de mpdo algum a continuação da jogatina. -Fazendo um beneficio á sociè- dade acreana, a policia do; depar- tamento apenas cumpri^i^léi. fto$â$ Trazeis-me rosas ; cVoncle as heis trazido, Bôa .velhinha e minha bôa amiga ? Rosas no inverno! permitli que o diga, Sóis feiticeira : d'onde as heis colhido. Na primavera dos meus annos, olho, í Mas vejo abrolhos e não vejo flores ; E vós colhe-las, como as não colho... . Sóis feiticeira—eafeüiçarsd-amoras. Eufeiliçaes, que a formosura, crède, Não vem da face cwelludadu e bella ; A formusura vem d'alma; é d'ella Que brota a fonte que nos mata a sede, •¦-,* Vós sóis velhinha, não tendes cores, Que o rosto animem e que os olhos prendam, Mas tendes prendas que o amor acendam, ^Tendes ainda no inverno... flores. s&m _ .^ João de Deus. ' ¦-'- l dissabores ?ipeite-semijÍo a um tra- balho quálcpwr, appliquc-se n'elle toda a attcnçító e, como por encanto, o espirito sentir-se-áí seuhor de si, superior aos desares existência e apto a obedecer á lei inflexível do eterno evoluir dos mundos] escolhendo os meios mais simples e.suãyes para, attender á não menos impómnte tól do menor esforço; ARY Fernandes. fçla Insrrueção i i>W Mfii 0 TKAgAi^O \oTí;° DE MAIO * * * —Qúe a repartição prefÇi- tural brevemente será mudada para o novo edifício, ora em construcção em Pennapolis * * * —Que até setembro deste anuo serão iustalladós os mu- nicipios acreanos, ultimamente creados pela Lei que reorga- uisa a administração do Ter- ritorio. Dr. Gentil Norberto Com destino á Xapury em bar- cou quarta-feira ultima, na lan- cha Sylverio Nery, o nosso il- lustre redactor-chefe, dl, Gentil Norberto, sendo acompanhado até a bordo por innumeros ami- gos qiie lhe foram exprimir os sinceros votos que faziam pela sua feliz viagem. E' possível que somente hoje lenha chegado aquella cidade a referida lancha, que foi especi- almeiitc fi etada para essa via- gem, devido a ter daqui sabido " o dr. Gentil Norberto resolvido a desembarcar em A 3 de Maio ultimo, em commemoração do faustosò acontecimento da descoberta de nossa pátria, resolvemos inaugurar a nossa "Sala de Ksçposição" onde d'ora em diante o publico encontrará to*' dos os quadros, photographias e outros objectos que forem re- cebidos pela FOLHA e que nos pareçam merecer a atten- ção das pessoas que se digna- rem de visitar a referida sala. Naquelle dia collocamos em exposição alli, em um bello quadro, os retratos do presi- dente e ' de todos os ministros da jòven Republica Pòrtu- gueza. No mesmo quadro se destacam a nova bandeira des- sa nacionalidade,e a bellissima effigie symbolica da nova Re- publica. Esses" retratos estampados em esplendidos postaes* nos foram gentilmente offerecidos pelo nosso estimavel amigo Francisco Lucas de Almeida, honrado commerciante nesta praça, e um dos ornamentos da nossa operosa colônia por- tugueza. Km outro quadro figura uma photographia represen- taudo em frente da redácção da FOLHA os redactores e vários portos intermediários, alim de cumpri-„?, - mentar os seus amigos residen-°Peranos que collaboraram ua res a que os mesmosfundaçãod'este jornal. Dornas- tes em loiran Si bom que a pedra angular da re- ligião christã nos alTir.ma que o tra- balho foi imposto ú humanidade em punição da 'desobediência'-dó primeiro casal humaito a uma prtscripção do Greaclor, é a própria Natureza que demonstra, do modo mais evidente, que elle foi antes inspirado pelas múltiplas necessidades decorrentes do aperfeiçoamento da espécie, dos KÒstos dia a dia mais subtilisados pelp grilo de sociabilidade'superior facultada ao homem, de sua tendén- cia a crear para si um novo regimen de existir dilferente d'aquello sanecio- nado pela natureza; da; ihVenção cie uma inllnidado de iiitermedianos áquelles fins, passanclij quas£ sempre do útil ao superilun. ; Esta asserção deduz-se do facto constatado em todos ostompos: quan- to menos adiantado se apresenta um núcleo social, tanto menor applicação tem o. trabalho -e menos complexos são os processos empregados , que chegam mesmo a ser quasi nullos en- tre as tribus selvagens, cuja vida in- tellcctua!, ainda erobryonaria, mani- festa-se pelos costumes mais rudi- rnentares. Não poderia, poréi^ o homem con- qüistar para si a primazia rio reino a (jue pertence, sem esmerasse em le- vai- á existência real esses nadas que constituem o encanto do seu viver social, a custa do insaiio labor intel- lcctual c physico. Sem essas necessi- dados,— muitas puramente; 'phantas- ticas,— o homem ficaria estacioiiario' ou retrogradar-so-ia, porquanto sem o trabalho que ellas exigem, a mais robusta intelligencia tende fatalmente para os acanhados limites %clo instin- cto simples e irracional. E a missão .do trabalho intelligontn não se limita a prover nossas necós- siçlades pliysic.is e moraes : ella vao até os domínios da vida psychica. ES* lá-se alegre'! O trabalho ampliará ò contentamentoe fàrà sentir-soquanto é nobilitante concorrer para o bem Mais uma voz o sempre que ehten- dermos necessário fallaremos sobre esse importantisshu'b'.'pi,.oblema] quo as nossas preçeptoras da inocidade. não procuraram ainda resolver. Reportemo-nps hoje A falta deitem- po sufliciente para os alumnos estu- darem durante a aula o receberem as explicações da mestra. Essa falta hoje não existiria se ti"- vessem estabelecido o korario que lembramos em artigos anteriores. Presentemente ahuaioria das cre- ancas chega á escola depois das oito horas da manhã. A professora, quan- do lhe vão dizer que jiíío falta mais ninguém, apparece a aula e, dentro de duas horas, no máximo, julga-se des- .obrigada da missão de que se acha investida, não pairando-lhe rto espi- rito remorso algum pela aecelcra;ão com que logrou fazer jús aos min- guadòs vencimentos... O prejudicado, porém, com essa pçatica é a infância que, entregue a quem não cuida regularmente de sua educação por falta de tempo, en- contra-se como d'antes, quando não conhecia ainda os bancos escolares— jungida cada vez mais,as tievas da ig- norancia. As lições assim tomadas de- baixo d'essa grejudicialissima preci- pitação toem effeito negativo ab- soluto, pois não*t|j" crivei cjuê- dentro de duas horas se pcjssa^Bnsinar a ler e escrever a quinzcMm ^vintá crean- ças. Ainda uma vez, pois, appellamos para o magistério publico, se esforce para que ho fim do corrente anno, por oceasião dos exames escolares, possam os poderes públicos registrar que,a instrucção no departamento do Acre, deixou de ser um mytho. J. Almbs Maia. Os regatões portos dão accesso. ••««'-. 11 j-"r1 estar próprio o de seus semelhantes. tro collocado- em frente dei Desfallecc-uos o animo ao peso dos' vO trafico de Mgatões no Acre con- stitueum commercio illicito e claii- destino, que se faz em prejuiso dos proprietários de seringaes e quo se sustenta com os produetos que os se- ringuoiros conseguem retirar do' fa- bríco para trocar por mercadorias, ou ,véndel-os por irifimos primos aquèlles negociantes, que andam de perto em porto em batelões a explorar ò refe- rido commercio'¦• A borracha extrahida dos nossos seringaes é consignadálpèlos^ieXtrac- tores aos respectivo^proprietítrios, qué lhes facilitam o ^necessário para o trabalho, mediante ^ajuste de con- tas, annualmciite. Desviar, portanto, o produeto desse trabalho para trans- ações éxtranhas a essa rotina, é le- sar os interesáés dos patrões, crean- <lo-lhes diffic.uldadès nos seus nego- cios e aos "seus cálculos commer- ciaes. Além disso, o próprio seringueiro 'que procede contrariamente aos com- promissps'-que' assumo para como dono do seringal onde trabalha, f,úb- trahindo-lhc os.produclos para entre- gar sorrateiramente aos rogatões, não pratica um 'acto illicito, como so prejudica desfazendo-se (.russos pro- duetos por preços inferiores, qutiriilo poderia obter maiores vantagens con- signando-os para a venda nas praças compradoras. 1 D'aln os resultados mais desau.ro- ^zos para os seringueirost n para os patrões. Os primeiros ficam impossi- bilitaclos de sol ver os seus débitos, Vs segundos desatisfazor os scik com- promissos com as praças a.yia-lonis, pelo decréscimo suas vcniossas, conseqüente ao desvio do produeto dos seringaes sobre cujas rendas operam. E omquanto as-contas fios freguezos augmentam, são transferi- das de um anno para outro, aquoJlns compromissos se tornam insoJviveis, abalando tal facto o credito o occásíò- nanclo sérios transtornos ao nosso commercio. O seringueiro que a principio tra- balha animado pela esperança de sal- dar um pecúlio no fim cada safra, perde essa esperança quando -h-in deante de si a conta em que vão se accumularido os seus débitos, contra cuja avultada somma o devedor não tem mais coragem para luetaf, per- clendo a vbntade de prosegüir no tra- balho. Obaipado, porém, ]ielas pre-., carias condições qué o vexam, con- tinúa, mas sem o vigor que aquella esperança lhe infundia. Esso dosani- mo è natural fjue lhe àggrayc- a si- tuação, concorrendo tudo isso èm desfavor também dos patrões. São esses os grandes íimltís quo nos causam o trafico dos rogatões, que afinal' è osercido por possuas sem responsabilidade commercial o,-o que e peior, sem amqr a esta terra, ò quo aqui vóm apenas explorar a inexjiér rioncia dos pobres seringueiros, im- pingindò- lhes mercacloi-ias avariadas e de intima qualidade, por preços exorbitantes, para. depressa regres- sarem aos logares dpnde procedem, com os recursos assim.'adquiridos, sem nos deixarem um. "sò^beneücio em prol do nosso progresso c a.diàn- tamento..,¦> Urge, por conseguinte, que sejam tomadas enérgicas providencias aíiin do,evitar a continuação dessa preju'- dicialissima pratica, e icpressivas'(lo deplorável abuso.. Caberá ás futuras municipalidades ' acreanas decretar leis que assegurem os interesses do nosso commercio e dos municipes em geral, contra se- melhante exploração. Emquanto, porém, cssa.providen- cia não vier, so acautelem os incau- í tos seringueiros e exerçam os patrões . a mais rigorosa liscálisaçãp, afim de . não ficarem logrados pela oxpcrlòza - dos regatões o infidelidade dus seus freguezos. ( OrioiiNabs b Excehi-tos ) A Nacionalidade de Jesus Em OxffrVd reuniu-se o congresso das religiões, de qúe faziam parle homens illuslres de todos os paizes. N'uma das ultimas sessões levantou- se o dr. Haupt, professor ent Ealli- more, cpie apnisenlou ao congresso a questão da nacionalidade de Jesus, que o douto professor sustentou ser a Galilèa. —Christo—disse—não ò judeu, lan- to mais quanto pertencia á uma colo. nia aryana, que emigrou parda (iali- léa, em 738, no tempo do rei nssyriq Tighlatli-Phalazar, cohqiüstaclor do paiz. A discussão genoraiisoú-se o todos ns oradores mostraram a tal respeito rima assombrosa erudição. Mas... tudo ficou na mesma. Depois de mácissos discursos, om que reviveram as épocas mortas, nada ^w-y.''.--*-^...-^.^^.^/»»»;* *'*'*.'-<v"'' ~y-*i-'-' . -:^; -"""; ¦U'"i^;--'.' .¦'* »M?#**!.,ffé#l»**"*<-4«4íMkBém: . ... . ...«.»> s. . »_« .

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FOL«a DO aCRE• OnoXo dos in'1'khksses no povo';-,

( Propriedade de uma Associação)-.IMPRESSA EM MÃCHINA

MA.RINONI'H TltABAÍ.HADA EM .ÓFFICINA 1'HOPIUA

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Rednctor-Ghefe :Dr. Gentil Norberto

Director: Nelson Noronha

ASSIQNATURAS ! r-

Por anno. . :"".'\ ..'. .50$OoBPor semestre .":••. . . 30gOÓ0

Pagamento adiantado... •

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FolhadojKéfQ;Registramos, hoje,n'esta colu-

mna, com immenso júbilo édesva-necimento, o auspiciosissimo factode te/, assumido o logar de Re-dàctòr-Chefe da Folha do Acre oillustre e denodado acreano, dr.Gentil Norberto, cujas honrosastradições de accendrado amor aesta terra e cujos brilhantes pre-dicados • moraes e cívicos são agarantia do seguro êxito de queserio coroados os nossos esforçosn'esta nobilissima e difficil cruza-da a que »nos consagramos emprol dos legítimos interesses dauberrima e futurosa região que' habitamos e a que vimos dedi-cando o melhor das nossas ener-gias e todas as'forças do nossopatriotismo.

Sob a orientação criteriosa efirme do prestimoso cidadão, estejornal d'ora em diante circulará,'continuando a pugnar pelo pro-gresso e desenvolvimento do A-cre, pela sua emancipação política,pelo bem collectivo, pelo melhe-ramento material, moral e intelle-ctual da sociedade que nos des-vanecemos de representar na im-prensa.

..í,í;A. FomiA no Acre é o lábarosagrado a cuja sombra nos aco-

. Iheihos com abnegação e civismo.';»-P; desempenho da missão

que^tomamos sobre nossos hom-bros. M'elle estão indelevelmenteinscriptos, como uma legenda in-transgridivel e insophismavel, ostr-agnos princípios da confrater-nisaçãò dos acreanos, da ordera,dò respeito á auctoridade legal-mente constituída, da verdade/do

. direito e da justiça, como base e. fundamento da victoria que visa-

.' mos alcançar n'esta árdua, porém,dignificadora lueta a que nos de-•-' votamos.Sem paixões esem resentimen-

tos, d'animo sereno, guiados ape-nas pelas nossas convicções, ins-pirados somente pelo nosso amorà pátria e particularmente a estaenorme porção do seu immenso eprivilegiado território, procurar*mos por meio dè*propaganda.dásidéas puras e das sãs doutrina»congregar os acreanos, unil-Òs,para que ,d'essa. união resulte aforça de que necessitamos para aconquista das vantagens e das re-ganas a que temos inconcusso di-reitoe que, poderemos, assim,obter, para nossa felicidade emaior gloria do Brasil.

As questões pessoaes não nospreoecupam. O interesse da com-munliào é o nosso único objectivo.Somos políticos, mas a nossa po-. nuca è a que se traduz pelo. ele-vado empenho de bem serviracausado povo, por.isso mesmoque nos consideramos orgSo dosseus interesses. .

Prestigiando o Governo sem-pre - que possamos reconhecer asua capacidade e o seu patriotis-mo,,não recuaremos diante danecessidade de verberar os seusactos, desde que estes nâo sejamconcebidos dentro das normas deum verdadeiro critério adminis-trativo.

No actual momento, em quevernos à frente do governo d'estedepartamento, um benemérito a-creano por todos os títulos dignodo nosso apreço e da nossa maiselevada cqnsideração, nos rejubi-íamos ímmensamente. por esseauspicioso facto, convencidos deque o exmo. sr. dr. -Deoclecianode Souza continuará a fazer jüs áestima, à gratidão e ao respeitodos seus concidadãos, conduzindo-se sempre, como atè agora, pelo ca-minlio recto da honra, da hones-tmade e do civismo, no desem.

penlio das largas, responsabilida-des mlierentes ao elevado posto

que acertadamente lhe foi con-fiado.--A.;.Folha do Acrk deseja po-der contribuir coih o seu contin-gente para a realisação da mérito-ria obra réiyindicadora dos direi-tos^è liberdades que nos perten-cem,.tonio filhos de uma grandepátria, livre e civilisada, e esperaque em. um futuro bem próximose traduzam em factos as nossasjustas, aspirações, pois confiamosna-bô.a vontade e no civismo ques^ímáaifestam quer da parte do;póvo acreano, que para esse fimtrabalha com afinco, quer da par-te do actual governo da Republi-ca que vem, na sua attitude a res-peito dos mais palpitantes inter-esses d'esta região, demonstran-do o zelo e a dedicação com quecuida de proporcionar-nos osmeios de que carecemos com ur-gencia para o nosso progresso edesenvolvimento.

Se conseguirmos este nosso de-sideratum,nos consideraremos bas-tante recompensados de todos osesforços qúe empregarmos n'estesentido, pois não temos,n'esta pe-leja outra ambição senão a devêr o Acre prosperar e engrande-cer-se.

—- Cabe-nos agora o dever, quecumprimos com especial satrsfa-cção, de agradecer ao nosso pres-timdso e distineto confrade, The-.opliilo Maia", os relevantes e ines-timaveis serviços"que prestou áFolha noAcRtó, durante, o

"tempo

que com inexcindivel-dedicáçãooccttpou o logar de seu Director,que foi obrigado a deixar em vir-tude de ; não lhe permittirem pseu estado de saúde e os seusmúltiplos affazeres commerciaes,continuar a dispensar-nos o con-curso de sua valiosa cooperaçãoda qual com^verdadeiro senti-mento de pez^ficamos assim pri-vados,-continuando, no emtanto,a contar com a' sua amisade quepara nòs è, como sempre foi; pre-ciosissima.

Fazeirçqs ardentes votos para queo digno -amigo, dentro em breverecupere V: sua saüde e regresseao Acre, onde conta com as maissinceras affeições conquistadas pe-Ias nobres virtudes que enaltecemo seu caracter e elevam a suapessoa ao invejável conceito de

fltie-. gosa no seio da sociedadeacreana.

—Como Director da Folha con-tinuarà o nosso collega NelsonNoronha, que> na ausência deTheophilo Maia, já oecupava in-terinamente esse logar.

Em Xapury era áiiciosámoiiteesperado o dislinclo viajante,achando-so alli preparadas póm-posas

"festas para sua recepção.

Pepois de uma curta demoranessa cidad<;, s. exc. tenoionavaseguir ale o Alto Acre, devendo0111 breve regressar á Empreza

Constados:Que o exm. sr. dr;, pii-êfçito

do departamento pretende te-organisar á força polktal-au,gmentando-a de accôrdo é0inas exigências do serviço ifseu|argo e com o progresso que|rae tendo o Acre.

S A-policia civil será alterada,segundo o';iiovo regulamentoque.se projécta.

DR. EPAMINONDAS JACOME

Passou por esta cidade, do-mingo ultimo, a bordo do vaporMontevidéu, o nosso prestimosoamigo, dr. Epaminondas Jacome,que segue viagem para a Europa,devendo ir primeiro ao Riograri-de do" Norte em visita ao seu ve-ner^iido pae, que reside na ca-pitál desse Estado.

Logo que se divulgou na Em-preza a noticia da chegada aquido illustre cidadão, innumeraspessoas foram Cumprimental-o abordo.

Poucos momentos depois deatracar em nosso porto o Movi-tevideu, o.dr. Jacome recebia avisita dos drs. Deocleciano déSouza, Gentil Norberto e Rodri-gues do Lago/em companhia dosquaes desembarcou, indo todosalmoçar em casa do nosso amiüotenente-coronel Manoel Vascon-cellos, que nesse dia commemo-rava festivamente o primeiro an-niversario do seu consórciocom a exma. sra. dona JudithVàsconcellos.

Após a lauta refeição, que de-córrèu animadíssima c cm quétomaram parte grande numerode amigos do amphytríão e mui-tas senhoras e senhbrit.as damais alta sociedade emprezonse,o dr. Jacome regressou parabordo sendo acompanhado portodos os cavalheiros que estive-ram presentes aquella festa in-tima.os quaes apresentaram cor-dêalissimás despedidas ao bem-quisto e proíiciente medico, fa-,zendo votos para» que a sua viargem decorresse bonançosa e fe-fiz.• A Folha oi) Acrb, por iíitòr-médio do nosso collega NelsonNoronha, saudou o dr. Jacomelogo á sua chegada* despedindo-se delle na oceasião da partidado Montevidéu.

:. Este vapor zarpou do nossoporto ás 3 horas d-i tarde. .

Disse nos o dr. EpaminondasJacome que em janeiro vindoiroregressará ao Acre Desejando-lhe feliz viagem, auguramos quese reaHse essa sua intenção, quemuito nos;alegra.

nossa casa vê-se pendente abandeira acreana, e no alto dafachada a taboleta com a in-scripção FOLHA DO ACRE.

Brevemente exporemos in-teressantissimas photograpbiasque esperamos obter.

Conka o jogo ;..; Escrevem-nos:

A iniciativa tomada pelo prefei-to deste departamento, afim de ex-tinguir a desenfreada jogatina quede utlTmodo assustador se alastra-và nesta cidade, deve ser caloro-samente applaudida e enthusias-ticamente acolhida.

E' muito verdade que o jogo,sendo para alguns um passa-tempoagradável e inoffensivo, é para ou-tros a causa de grandes males e éjustamente nestes que se desen-rolam fatalmente as conseqüênciasfunestas e irremediáveis do maisterrível de todos os vicios.

Applaudamos qualquer medidacontra a jogatina, porque applau-dimos assim um acto de elevadaadministração, creando para a so-ciedade. homens úteis e bons eafastando da familia; do lar, o seumais terrível inimigo, que tirando-lhe o pão leva-lhe a miséria, osoffrimento^e a dor.

Acolhamos com enthusiasmoesta iniciativa do dr, prefeito, por-qtie uma medida de saneamentomoral como esta virá muito deperto; e directamente quasi, con-correr para o engrandeci mento eprogresso local.

O jogo do poker, permittidonos grandes clubs mundiaes e naalta sociedade, é aqui quasi equi-parado á grotesca Vermelhinha.A bolsa dos incautos è ameaçadaconstantemente por uns certosparceiros indispensáveis à forma-ção da mesa, transformando as-sim"o passa-tempo agradável emverdadeiro escoadouro da bolsad'aquelles qué ar trazem um poUcomais.recheiada. ^

Affecta pois, muito de perto" \policia este caso, não permittindode mpdo algum a continuação dajogatina.„ -Fazendo um beneficio á sociè-dade acreana, a policia do; depar-tamento apenas cumpri^i^léi.

fto$â$Trazeis-me rosas ; cVoncle as heis trazido,Bôa .velhinha e minha bôa amiga ?Rosas no inverno! permitli que o diga,Sóis feiticeira : d'onde as heis colhido.Na primavera dos meus annos, olho, íMas vejo abrolhos e não vejo flores ;E vós colhe-las, como as não colho... .Sóis feiticeira—eafeüiçarsd-amoras.Eufeiliçaes, que a formosura, crède,Não vem da face cwelludadu e bella ;A formusura vem só d'alma; é d'ellaQue brota a fonte que nos mata a sede, •¦-,*

Vós sóis velhinha, já não tendes cores,Que o rosto animem e que os olhos prendam,Mas tendes prendas que o amor acendam,

^Tendes ainda no inverno... flores.s&m

_ .^ João de Deus.

' ¦-'- l

dissabores ?ipeite-semijÍo a um tra-balho quálcpwr, appliquc-se n'elletoda a attcnçító e, como por encanto,o espirito sentir-se-áí seuhor de si,superior aos desares dá existência eapto a obedecer á lei inflexível doeterno evoluir dos mundos] escolhendoos meios mais simples e.suãyes para,attender á não menos impómnte tóldo menor esforço;

ARY Fernandes.

fçla Insrrueção

i i>W Mfii

0 TKAgAi^O\oTí;° DE MAIO

** *—Qúe a repartição prefÇi-tural brevemente será mudada

para o novo edifício, ora emconstrucção em Pennapolis

** *—Que até setembro deste

anuo serão iustalladós os mu-nicipios acreanos, ultimamentecreados pela Lei que reorga-uisa a administração do Ter-ritorio.

Dr. Gentil NorbertoCom destino á Xapury em bar-

cou quarta-feira ultima, na lan-cha Sylverio Nery, o nosso il-lustre redactor-chefe, dl, GentilNorberto, sendo acompanhadoaté a bordo por innumeros ami-gos qiie lhe foram exprimir ossinceros votos que faziam pelasua feliz viagem.

E' possível que somente hojelenha chegado aquella cidade areferida lancha, que foi especi-almeiitc fi etada para essa via-gem, devido a ter daqui sabido" o dr. Gentil Norberto resolvidoa desembarcar em

A 3 de Maio ultimo, emcommemoração do faustosòacontecimento da descobertade nossa pátria, resolvemosinaugurar a nossa "Sala deKsçposição" onde d'ora emdiante o publico encontrará to*'dos os quadros, photographiase outros objectos que forem re-cebidos pela FOLHA e quenos pareçam merecer a atten-ção das pessoas que se digna-rem de visitar a referida sala.

Naquelle dia collocamos emexposição alli, em um belloquadro, os retratos do presi-dente e '

de todos os ministrosda jòven Republica Pòrtu-gueza. No mesmo quadro sedestacam a nova bandeira des-sa nacionalidade,e a bellissimaeffigie symbolica da nova Re-publica.

Esses" retratos estampadosem esplendidos postaes* nosforam gentilmente offerecidospelo nosso estimavel amigoFrancisco Lucas de Almeida,honrado commerciante nestapraça, e um dos ornamentosda nossa operosa colônia por-tugueza.

Km outro quadro figurauma photographia represen-taudo em frente da redácçãoda FOLHA os redactores evários portosintermediários, alim de cumpri- „?, -

mentar os seus amigos residen- °Peranos que collaboraram uares a que os mesmos fundaçãod'este jornal. Dornas-tes em loiran

Si bom que a pedra angular da re-ligião christã nos alTir.ma que o tra-balho foi imposto ú humanidade empunição da

'desobediência'-dó primeiro

casal humaito a uma prtscripção doGreaclor, é a própria Natureza quedemonstra, do modo mais evidente,que elle foi antes inspirado pelasmúltiplas necessidades decorrentesdo aperfeiçoamento da • espécie, dosKÒstos dia a dia mais subtilisadospelp grilo de sociabilidade'superiorfacultada ao homem, de sua tendén-cia a crear para si um novo regimende existir dilferente d'aquello sanecio-nado pela natureza; da; ihVenção cieuma inllnidado de iiitermedianosáquelles fins, passanclij quas£ sempredo útil ao superilun. ;

Esta asserção deduz-se do factoconstatado em todos ostompos: quan-to menos adiantado se apresenta umnúcleo social, tanto menor applicaçãotem o. trabalho -e menos complexossão os processos empregados , quechegam mesmo a ser quasi nullos en-tre as tribus selvagens, cuja vida in-tellcctua!, ainda erobryonaria, mani-festa-se pelos costumes mais rudi-rnentares.

Não poderia, poréi^ o homem con-qüistar para si a primazia rio reino a(jue pertence, sem esmerasse em le-vai- á existência real esses nadas queconstituem o encanto do seu viversocial, a custa do insaiio labor intel-lcctual c physico. Sem essas necessi-dados,— muitas puramente;

'phantas-ticas,— o homem ficaria estacioiiario'ou retrogradar-so-ia, porquanto semo trabalho que ellas exigem, a maisrobusta intelligencia tende fatalmentepara os acanhados limites %clo instin-cto simples e irracional. •

E a missão .do trabalho intelligontnnão se limita a prover nossas necós-siçlades pliysic.is e moraes : ella vaoaté os domínios da vida psychica. ES*lá-se alegre'! O trabalho ampliará òcontentamentoe fàrà sentir-soquantoé nobilitante concorrer para o bem

Mais uma voz o sempre que ehten-dermos necessário fallaremos sobreesse importantisshu'b'.'pi,.oblema] quoas nossas preçeptoras da inocidade.não procuraram ainda resolver.

Reportemo-nps hoje A falta deitem-po sufliciente para os alumnos estu-darem durante a aula o receberem asexplicações da mestra.

Essa falta hoje não existiria se ti"-vessem estabelecido o korario quelembramos em artigos anteriores.

Presentemente ahuaioria das cre-ancas chega á escola depois das oitohoras da manhã. A professora, quan-do lhe vão dizer que jiíío falta maisninguém, apparece a aula e, dentro deduas horas, no máximo, julga-se des-.obrigada da missão de que se achainvestida, não pairando-lhe rto espi-rito remorso algum pela aecelcra;ãocom que logrou fazer jús aos min-guadòs vencimentos...

O prejudicado, porém, com essapçatica é a infância que, entregue aquem não cuida regularmente desua educação por falta de tempo, en-contra-se como d'antes, quando nãoconhecia ainda os bancos escolares—jungida cada vez mais,as tievas da ig-norancia. As lições assim tomadas de-baixo d'essa grejudicialissima preci-pitação toem effeito negativo ab-soluto, pois não*t|j" crivei cjuê- dentrode duas horas se pcjssa^Bnsinar a lere escrever a quinzcMm ^vintá crean-ças.

Ainda uma vez, pois, appellamospara o magistério publico, se esforcepara que ho fim do corrente anno,por oceasião dos exames escolares,possam os poderes públicos registrarque,a instrucção no departamento doAcre, deixou de ser um mytho.

J. Almbs Maia.

Os regatões

portos dão accesso. ••««'-. 11 j- "r 1 estar próprio o de seus semelhantes.tro collocado- em frente dei Desfallecc-uos o animo ao peso dos'

vO trafico de Mgatões no Acre con-stitueum commercio illicito e claii-destino, que se faz em prejuiso dosproprietários de seringaes e quo sesustenta com os produetos que os se-ringuoiros conseguem retirar do' fa-bríco para trocar por mercadorias, ou,véndel-os por irifimos primos aquèllesnegociantes, que andam de perto emporto em batelões a explorar ò refe-rido commercio '¦•

A borracha extrahida dos nossosseringaes é consignadálpèlos^ieXtrac-tores aos respectivo^proprietítrios,qué lhes facilitam o ^necessário parao trabalho, mediante ^ajuste de con-tas, annualmciite. Desviar, portanto,o produeto desse trabalho para trans-ações éxtranhas a essa rotina, é le-sar os interesáés dos patrões, crean-<lo-lhes diffic.uldadès nos seus nego-cios e aos "seus cálculos commer-ciaes.

Além disso, o próprio seringueiro'que procede contrariamente aos com-promissps'-que' assumo para comodono do seringal onde trabalha, f,úb-trahindo-lhc os.produclos para entre-gar sorrateiramente aos rogatões, não

só pratica um 'acto illicito, como soprejudica desfazendo-se (.russos pro-duetos por preços inferiores, qutiriilopoderia obter maiores vantagens con-signando-os para a venda nas praçascompradoras.

1 D'aln os resultados mais desau.ro-^zos para os seringueirost n para ospatrões. Os primeiros ficam impossi-bilitaclos de sol ver os seus débitos, Vssegundos desatisfazor os scik com-promissos com as praças a.yia-lonis,pelo decréscimo dó suas vcniossas,conseqüente ao desvio do produetodos seringaes sobre cujas rendasoperam. E omquanto as-contas fiosfreguezos augmentam, são transferi-das de um anno para outro, aquoJlnscompromissos se tornam insoJviveis,abalando tal facto o credito o occásíò-nanclo sérios transtornos ao nossocommercio.

O seringueiro que a principio tra-balha animado pela esperança de sal-dar um pecúlio no fim dò cada safra,perde essa esperança quando -h-indeante de si a conta em que vão seaccumularido os seus débitos, contracuja avultada somma o devedor nãotem mais coragem para luetaf, per-clendo a vbntade de prosegüir no tra-balho. Obaipado, porém, ]ielas pre-.,carias condições qué o vexam, con-tinúa, mas sem o vigor que aquellaesperança lhe infundia. Esso dosani-mo è natural fjue lhe àggrayc- a si-tuação, concorrendo tudo isso èmdesfavor também dos patrões.

São esses os grandes íimltís quo noscausam o trafico dos rogatões, queafinal' è osercido por possuas semresponsabilidade commercial o,-o quee peior, sem amqr a esta terra, ò quoaqui vóm apenas explorar a inexjiérrioncia dos pobres seringueiros, im-pingindò- lhes mercacloi-ias avariadase de intima qualidade, por preçosexorbitantes, para. depressa regres-sarem aos logares dpnde procedem,com os recursos assim.'adquiridos,sem nos deixarem um. "sò^beneücio

em prol do nosso progresso c a.diàn-tamento. ., ¦>

Urge, por conseguinte, que sejamtomadas enérgicas providencias aíiindo,evitar a continuação dessa preju'-dicialissima pratica, e icpressivas'(lodeplorável abuso..

Caberá ás futuras municipalidades 'acreanas decretar leis que asseguremos interesses do nosso commercio edos municipes em geral, contra se-melhante exploração.

Emquanto, porém, cssa.providen-cia não vier, so acautelem os incau- ítos seringueiros e exerçam os patrões .a mais rigorosa liscálisaçãp, afim de .não ficarem logrados pela oxpcrlòza -dos regatões o infidelidade dus seusfreguezos.

( OrioiiNabs b Excehi-tos )A Nacionalidade de Jesus

Em OxffrVd reuniu-se o congressodas religiões, de qúe faziam parlehomens illuslres de todos os paizes.N'uma das ultimas sessões levantou-se o dr. Haupt, professor ent Ealli-more, cpie apnisenlou ao congresso aquestão da nacionalidade de Jesus,que o douto professor sustentou sera Galilèa.

—Christo—disse—não ò judeu, lan-to mais quanto pertencia á uma colo.nia aryana, que emigrou parda (iali-léa, em 738, no tempo do rei nssyriqTighlatli-Phalazar, cohqiüstaclor dopaiz.

A discussão genoraiisoú-se o todosns oradores mostraram a tal respeitorima assombrosa erudição.

Mas... tudo ficou na mesma.Depois de mácissos discursos, om

que reviveram as épocas mortas, nada

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Page 2: FOLHA DO ACRE - BNmemoria.bn.br/pdf/101478/per101478_1911_00036.pdf · pirados somente pelo nosso amor à pátria e particularmente a esta enorme porção do seu immenso e privilegiado

MtfMsiiüíxMw^M^Miktae^ OmSlmmSmmmmm^mmmmmtsmstíkim

Foinw m *sn,¦ so decidiu. Parece <[uo. a erudição

«inibi coui|ilicoii mais o complicadooumlinilliado caso.,.

Maxinfias e PensamentosNa vida humana só lia duas coisas

verdadeiramente significadQraS : canuir e o Ira liai lio.-—A evocação do passado traz umasaudade sentida e eonsoladora.—A vida oscilla entre o amor o osolTrimenlo.

— A prece, ú uma caricia bordadapelo coração e tecida pelos lábios.¦—Só conheço uma aristocracia : ado caracl"i- ; só uma magestade": ado talento.

P. 11. Souza Pinto.

Sonhos maus

promotor publico; dr. Çincinatojacção de imllldade de inventario

3té alguma. eni viagem

muito alia,

ve/. no que, ao passaro comboio

—.,i;i pensofarias se, induma pontodescarrilasse o caliisso no àbys.mò ?— Pois já se vè que pensei I Já movi nesses assados umas três ou qua-tre vezes...

—Palavra V E quo tens feito ?--Um- grande esforço para accorda"antes d., comboio chegar ao fundo dobarranco.

Cumulo de apprehensãoVamos, a y&r. -

entrar mu casa desente hoje ?líoaimonlo 'não

tenho nada, doutor, siuto-nie liem; ir! — Pois se está bem,mandou chamar/?—Porque, estou muitodoutor. Sinto mu bom estar tafnanhodesde pela manhã, que

'atlribuii-o.

diz o medico aoPraxédes. Que

porque me

inquietotai

não soi a que

Quadra amorosaSegredos quo a lua encerra !So ella falasse, diria-Utie eu, de noite, beijo a terraOuo pisam teus pés, dé dia.

Viver para amarN'um Postal.

nyer;para amar ó o predileto o santo,O soiilu riclual da runimunliiiu da vida, £}$..'!Da nfiiis orilcnlci fé, do mais sublime encanto.Bom soi quo a este mundo indelinido, apona*Serviu inou corapSo para le amar queridaE sentir d'oslo amor as doces cantilenas.Mo em viver para «mar consisto a iialnroza,Oh, como é doce o mundo,o como a Vida ó tiolla !A vida do quem ama é celica pureza13' mar sem procollarla, eterno do bonanças.K\ mar onde s'osplende a mais divina eslrollaU uiide vaga:õ lialõl das.verdos esporaneas.

, CASTELLO.

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ftOTICIfriAgrícolas.

O sr. dr. J.A. Masô, activodelegado do ministro da agricul-tura n'este Território, conformeprovi ramos, em breve realisaráimportantes melhoramentos narepartição a seu cargo.-

No vapor Saldanha da Gama,procedente do Pará, e que á falta-dágua, não ponde ainda chegaraté o porto desta cidade, achaii-clo-se /presen temente . em PortoAcre, vêm os seguintes volumespara a delegacia de agricultura:15 caixas contendo machinismose 1'oYragcns; quatro caixas, deóleo para machina; quarenta en-gradados com diversas ferragens;um volante de ferro',umachaminé,um tanque, cinco folhas de ferro,uma blgorna, um fardo de esto-pa, três cylindros de moenda,uma grade de madeiraqSara ter-reuo,unia barrica com grampos,cinco tachos de ferro para fari-nha, seis rolos com arados di-versos, uma panella de cobre,um ainari-ado de tachos diversos,quatro caixas com sementes etrinta rolos de arame farpado.

O dr. Másò é esperado no vapor Independência.

O major ¦ Vicfõrino Raposo,auxiliar do dr. Masô, a quemestá substituindo interinamente,continua fazendo importantesderrubadas com o fim de aúg/mentar quanto possível os cam-pos do experiência existentes naarca d'esta cidade.

Gommemorativas

Guariba e tenente Newton Braga,da Companhia Regional; proles-sor Carlos Maia, tenente-coronelJosé Alves Maia, dr- João Nor-berío, Carlos Norberto, RamiroBelicliá, tenente-coronel Odi-lon Pratagy, agriniensor JoãoFirmino de Oliveira; João Cas-tello Branco, Manoel CândidoFerraz e Antônio Lopes Mendon-ça, auxiliares da policia; JoséMaia Filho, Antônio Salvino Ca-valcante, Mario delia Royere,Modcsüno Martins dos Reis, JoséPatrício e Horacio Gomes ciaSilva, amanuenses da Prefeitura;Manoel de Almeida Nobre, escri-vão. de policia; tenente-coronelJosé Augusto Maia, capitão JoãoGomes Teixeira, Auchyses Pery;major Guilhermino Bastos, dafirma N. Maia & C; capitãoAntônio de Souza Coelho, AdolphoBarbosa Leite, Tito Castro Me-nezes, e Nelson Noronha, pelaFoííha do Acue.

Recebeu ainda s. exc. innume-ros cumprimentos por escripto.

Vários estabelecimentos com-merciaés cerraram suas portasem homenagem á faustosa data.

As repartições publicas nãofunecionaram, hasteando- nas re-spoctivas fachadas o nosso pa-vilhão, o quo fez também a Fe-lha no Ache.

—Pelas ruas notou-se a jcon-correncia extraordinária de pes-soas que se mostravam enthusi-asticas pelo^grande evento.

—No quanfel,. da CompanhiaRegional, ái||pj!oras da manhãfoi tifláda aÍ^|ÍKla, sendo içadoo pavilhão nacional e melhoradoo rancho das praças.—A||ioile o edifício da Prefei-tura * ostentou em sua fachadabellissúna illuminação.

Apregoados os réus, nàò compareceram.

Fluviaes

Com destino a esta cidade alancha Georgina vinha do Xa-pury, trazendo urri batelão a re-boque, quando ás 9 1/2 horasda noite de segunda-feira ultima,ao passar pelo iogar denomina-do Praia do Gavião, o praticoque a guiava teve de desvial-a

Chronicà SenianalA radio-telegraphia vae sor introduzida no Acro. Em

cada departamento do Território serão feitas as necossa-rias installáçoes,para o que o governo da Republica acabade commissionar um profissional competente.'• Doutro ein breve ficarão, assim, ligados, por essemoderno meio do communJcação, os principaes pontos tôrn om andamento, estimulando assim a Iiôa vontade dosdesta vastn e ioracissima região, que se communicarão habitantes da Empreza para o rápido progresso da cida-também com a capital amazonense, por intermédio da es- de.

do noKtyprio, obedece a rigorosas prescripçOes hyglenicaueesto talhado com arte e symotríado fòima a correspon-der perfeitamente ás exigências da est.het.ica e da saúdepublica.

A grande área discriminada para as construccSesurbanas aprenonta um aspecto esplendido, possuindo JAvarias casas, emquanto outras estão sendo levantadas.

A Prefeitura procura facilitar tanto quanto lhe per*mittem as suas forças os trabalhos quo particulares alli

,*Còmmerciaes. Gs srsv Francisco Dias da Silva

e Antônio Ferreira Brazil, consti-tuiram Im Porto Acre uma so-ciedade mercantil sob a razão deDias & Brasílj.

Aos operosos commerciantesdésejamt|i prosperidades.

EstrangeirasDe um jornal paraense ex-

trahimos a seguinte noticia:« O Império do Sol Nascente

não quer absolutamente ser me-nos que as demais nações domundo. Agora, organizou urnaexpedição ao polo sul, que uniráo nome dos exploradores japo-nezes aos dos americanos e eu-ropeus queVaté ao3presente setenham dirigido aquelle ponto.

Essa expedição, com mandadapelo tenente Hirope, acaba departir num navio cie 150 tonela-das. Comprehendendo os japo-nezes a utilidade que os poneysprestaram ás explorações ante-riores, leram elles em sua com-panhia quinze destes pequenoscaVallos, escolhidos entre o me-lhor ò c inais resistente que„aMandchuria produz nessa es-pecie. ^

Forenses

pajôscalhado.

Devido ã manobra feita nestesentido, a Georgina foi de en-contro á referida-praia, o que alez adernar juntamente com obatelão.

A força da correnteza daságuas, que é extraordinária na-quelle logar, levou immediata-mente as duas embarcações parao rneio do rio, onde ambas nuufragararn, submergindo-se totalmente. / .

Os passageiros e a tripolaçâosalvaram-se, perdendo apenasas respectivas bagagens.

—A lancha Georgina era depropriedade da firma N. Maia &Comp., desta praça. Aqui chegouda Europa, a reboque do vaporTupana, ern dezembro do annopassado. Calava três pés, carre-gando três toneladas.

Eslava esta lancha fretadadesde princípios do,mez próximofindo aos srs. Braga Sobrinho &Comp., que vão responder absafretadores pelos prejuízos donaufrágio. ;

ooo Domingo ultimo, chegou aesta cidade o Monlevidèo quetarde zarpou para Belém doPará.

un O Tupy seguiu domingoultimo com.d mesmo destino.

m/5 Procedente do Pará, chegaram hontem, á tarde o RioMadeira e o Itucuman.

un A lancha Silverio Nery,partiu para o alto Acre* quarta-feira ultima.

Fúnebres

tação situada em S. Antônio do Madeira, segundo o planotraçado para esse serviço.Encarecer os vantajosos resultados que advirão desse

melhoramento, é trabalho desnecessário, porquanto ellesso impõem á fácil cqmprehensão de todos. Todavia, naodum cabo que pendia do vapor podemos silenciar o nõssó, grande contentamento, vendoTapajós que alli se achava en- <lu,e ° Govoi:n~

pela sorte do'tos para o seu progresso e desenvolvimento

no do paiz começa a interessar-so seriamentepela sorte dó Acre, dotando-ò co-n os necessários elemen-

N'cstas condicções, esperamos ver sem tardança oAcro apresentar com desvanecimento a sua formosa me-tropole A altura das nossas riquesas naturaes e dosnossos foros de povo laborioso e civilisadb.

li, portanto, merecedora de todo louvor a iniciati-va do ikvwo esforçado Prefeito, ao qual levámos os maissinceros applausos.

' Assignalou a data de Ires de?-te mez o glorioso acontecimentodá descoberta de nossa pátriapelos intrépidos navegadoresportuguézes. Nós brasileiros nossentimos alegres ao ver perpas-sar brilhante, tão auspiciosa da-tá, experimentando o mais in-tenso sentimento de júbilo.Assim ú que.naqtielle dia,nestepedaço do solo pátrio, em corn-menioração a tão grato aconte-cimento foram pi-esladas pelanossa população as provas maissinceras de regosijo.

Durante todo o dia aíliuiramá residência do exrn. sr. dr. Pre-feito muitas pessoas gradas queiam telicital-b, recebendo s. exc.a todas de maneira carinhosa.

Eütre cilas notamos a presen-ça das seguintes: Drs. João lio-drigues do Lago, juiz de direitoda comarca;nente Paes

• auxiliar: dr.

Gentil Norberto, te-Barreto, delegadooliveira Penteado.

O dr. juiz de direito da cornar-ca deu provimento ao aggravointerposto pelo adjunto do pro-motor Publico no 2.° termo, per-ante o respectivo juiz preparador,mandando qué este magistradodèbtituiaBp <} cidadão Cicero Mot-ta do cárgô*de curador do inter-dicto"Nathàniel Mamecle de Cam-pos, e nomeasse para subslitu-il-o o cidadão Alcher Mameclede Campos, filho de Nathàniel.

coo O mesmo juiz negou pro-vimento ao aggravo interpostopelo agente fiscal de Xapury, ,sr.Cicero Motta,do despacho ern queo juiz preparador do 2.° termopermiltru que Braga Sobrinho &Cy não pagassem imposto detransmissão de propriedade—confirmando o despacho recorri-do, em face do Decreto que re-organisou o Território" do Aere.

w)Âo 1.* supplente de juizsubstituto em exercicio, o coro-nel Hypolito Moreira requereututoria para um menor resi-dente em Nova Empreza.• ooo Na audiência de terça-feiraultima, ^dada pelo 1..° supplentede juiz substituto cm exerciciopleno, compareceu o advogadodr. Santa Rosa que por parte deseu constituinte E. Serruya accusou a penhora feita aos bensdò bacharel Diogeues Celso daNobrcga, para pagamento daquantia de 5:000^000'. •

<xn Na audiência do dr. juiz dedireito da comarca, quinta-feiraultima, compareceu o advogadoJ. Alves Maia que por parte desua constituinte Alves BragaRubber Estales "and

TradingCompany Limited açcusou a ei-tação feita aos herdeiros e inter-essados do espolio do fallecidoAntônio Poixolo Leite, para res-ponderem aos termos de uma

No cartório do juiz de pazd'este districto, durante o mezde abril ultimo, foram lavrados os termos de óbitos dasseguintes pessoas:

Dia 1—Pedro Bezerra, impa-ludismo chronico—attestado me-dico. * i

Dia" 5—-Thomaz José dos San-tos, natural do Estado de Sergi-pe, 22 annos de edade, jsolteirq,praça da Companhia Regional^accesso de beriberi galopante—attestado medico.

Dia 7—Manoel José de Oliyei-ra, natural do Estado de Per-nambuco, solteiro; hemorrhagiaoriginada pelo decepamer.to detodos os vasos do pescoço porinstrumento cortante - -attestadomedico.

Dia 11—Antônio Lopes de Ar-rochellas, filho de Antônio Lopesde Arrochellas, 21 annos de eda-de, solteiro, praça da CompanhiaRegional; polynevrite de fôrmagalopante—attestado medico.

—-Abrahim Assin, natural daSyna ddade de Dair-el-Kamar,filho de Assih Onhbi, 26 annosde edade, i.casado, negociante;asphyxia por submersão- -attes-lado medico. (t*

Dia 13—Rosendo daSilva,tra-balhador; impaludismo infeçcio-so—-attestado medico.

--Lucas Diásl natural dò Ma-ranhão, 23 ánnõs de edade, solteiro, marinheiro; beriberi—at-testado medico.

—Lúcio, natural d'esta cidade,filho de Raymundo Pereira daSilva e Maria Rosa da Silva, 40dias de idade-tétano sem attes-tado medico.

Dia 18—Cláudio Hermano daSilva, natural do Estado do Pará,28 annos de edade, solteiro, tri-polante do vapor Parnahyba;febre perniciosa—attestado me-dico.

Dia 20— Maria José, naturaldeste Departamento, 2 annos deedade, filha legitima de PedroBarboza de Oliveira e AnloniaBorges da Silva; febre perniciosa—attestado medico.

Dia 23—Severo Vieira Cam-pos, natural do Estado da Parahyba, 22. annos de edade, solteiro,trabalhador, filho legitimo deAntônio Vieira Campos e deFrancisca Maria de Jesus; palu-dismo—atteslacio medico.

—Theodomiro França do Nas-cimento, natural da cidade deIcó, no Estado do Ceará, 2 annos de edade, filho legitimo deLuiz França do Nascimento ; febre palustre—attestado médico

Militares

Até agora permanecemos isolados pela separaçãoque nos distancia dos nossos irmãos, quer dos outros de-partamentos do Acre, quer dos Estados. A deficientecominuiiicação que temos pela via fluvial, raramentenos dá conhecimento do que se passa pelo Juruá e pelo1 uri'is, esò de espaço a espaço, quando a enchente donosso rio o permitte, nos traz noticias dos acontecimentosque se dão no paiz.

Assim, tardiamente, sabemos do que mesmo nosinteressa saber com urgência. Os prejuisos d'ahi decorrentes são inestimáveis.Sendo o tAcre um grande centiocommorcial a queestão ligados enormes interesses das praças visinhas, aignorância por parte dos nossos commerciantes sobre asoscillações dos mercados da borracha, principal produetode nossa exportação, nos accarreta graves transtornos emnossa vida econômica e financeira. A incerteza e a duvi-da conseqüentes a essa ignorância nos trazem a instabili-dade nos negócios commerciaes, as vacillações prejudfccialissiinase não raro o erro e o fracasso nos cálculosconcebidos sem base segura.Asinstallaçõesradio-telegraphicas que vão ser feitasno Território se destinam a preencher essa sensivel falta

que se comprehende principalmente' entre os departamen'tos do Acre e a praça de Manaus, que dispõe de fácil còm»municação com os demais centros de onde precisamos'terconstantes noticias. ,. „

O importante melhoramento nos proporcionará tam -bem a vantagem de nos podermos corresponder constante-mente com os principaes logares do Território, o queegualmente representa um extraordinário beneficio parao commercio acreano que poderá, assim, dia a dia, coinbi-nar as íiuas transacções entre as praças dos três departa-mentos, sendo estas reciprocamente,...Informadas dasoceorrencias que se dérc.m nas mesmas e das que tiverem conhecimento com relação a outras praças.L; poitanto, digna de todo elogie a iniciativa doactual governo da Republica, concedendo-nos esse bene-'ficio que, se muito aproveita ao Acre, também ao paizaproveita, porquanto todo o progresso d'esta riquíssimazona reverterá em favor ua União, que terá augmentadasas suas rendas com o desenvolvimento da nossa indus-^ria e acerescidos o seu poder e a sua .civilisacão com as'conquistas que conseguirmos realizar com o nosso traba-lho bem dirigido e amparado pela proteccão de que care-cemos. *

.... 5*8_S;

Comum louvável e perseverante "empenho

>;uida onosso actual Prefeito, dr. Deocleciano de Souza.da con-strucção da metrópole acreana. O amplo terreno destina-do á nossa capital está sendo com actividade preparadopara esse fim.

Ruas e avenidas alli já foram abertas por iniciativado chefe do departamento. O plano geral da nova cidáçlesituada em terras do antigo seringal Empreza, á margem

Pelos capítulos precedentes, vê-se que a nossa terrasegue pressurosamente para alcançar a realização do seuprogresso, que será indubitavelmente obtido,, se as actuaesdisposições dos poderes publices perseverarem na con-cessão dos elementos neccessarios à nossa evolução sociale econômica. ¦-

Entre as concessões mais urgentes, de que carece-mos, avulta a da abertura de estradas que venham faci-litarriios ps meios de transporte e locomoção em todo oTerritório.

Para o desenvolvimento de nossa industria é im-prescindivel essa providencia. A falta de estradas quedêem ingresso pelas nossas densase opulentas florestas,inhibe os exploradores de poderem operar em vários cen-tros das mesmas, onde'abundam as preciosas arvores deque extrahimos o principal produeto de rtossa exportação—a gomma elástica. Possuímos ainda seringaes inteira-mente virgens, aos quaes não se dedicam os extractorespela impossibilidade da conducção de viveres e do tran-sporte dos produetos.

De outro lado vemos as extraordinárias difficuldadescom que.lu.ctam os nossos trabalhadores na exploraçãodos seringaes onde desenvolvem a sua actividade, tendoque arcar com as enormes despezas que pezam sobro osgêneros de imprescindível necessidade;- devido á faltade meios fáceis para o respectivu transporte. Os fretesoneram de tal fôrma as mercadorias,, que o resultado dotrabalho do seringueiro mal chega para satisfazer as des-pezas que faz com a própria subsistência.

Ha logares onde essas mercadorias chegam porpreços fabulosos, e juntando-se a isso as despezas com aconducção dos produetos extrahidos, veremos o insanotrabalho dos extractores sem recompensa alguma.

% D'ahi o desanimo, o atrophiamento de nossa indus-ti-ia e talvez o seu anniquilamento, se uma providenciasalvadora não vier a (empo sanar esses males.

Felizmente, porem, o governo está tratando de abre-viaressa providencia e assim acreditamos que dentro embreve se iniciará a abertura das tão úteis e necessáriasestradas. .í, .

/'-*'-" '- ' *' ..;;'V.'*Quando o Acre possuir estradas, estações radiotele-

grápliicas e unia formosa capital, tendo a realçar, presti-giar e desenvolver o seu progresso os municípios comadministradores patrióticos, —um grande passo teremosdado na senda gloriosa das nossas conquistas.

D'ahi á nossa definitiva redempção da tormentosanoite de soffrimentos e sacrifícios por que vimos passan-do, pouco mais precisaremos andar.

Trabalhemos, pois, com afinco para que nao seenfraqueçam as nossas esperanças e não nos illudain asnossas aspirações.

Zé do Acre. '

cpportunidade, o sr. tenente Vas-co Santos,ída Companhia Regio-nal.

<*/i E' esperado um novo reforçode praças para essa Companhia,bem como novos armamentos.

Natalicias

No cartório do juiz de pazdeste districto, durante o mezde abril ultimo,foram registradosos seguintes nascimentos: ;

Dia 3—Maria, filha legitimade Vicente Ferreira de Moraes eFrancisca Maria de Moraes.

Dia 11—Leonilla, filha de Ma-rianna Maria da Condeicão.; le-gitimada por-Antonio Lopes Bar-bosa. '

Nupciaes

Hollanda Gurjão; com Hono-lrma Rodrigues de Ávila, de,16 annos do edade, solteira; pro-fessora publica," natural desteDepartamento, filha de MariannaRodrigues.

Policiaes

Accommettído de beri-beri, segue para Manaus, na primeira

O juiz cie paz d'este districto,durante o mez de abril ultimoetlectuou os seguintes casamen-tos:

Dia 15—Miguel Baptista deSouza, de 32 annos de edade,solteiro, seringueiro, natural dacidade cio Crato,Estado do Ceará,filho legitimo de Joaquim Vieirade Souza è de Maria Liberata deSouza, ambos fallecidos; comElisa Alta de Mello, de 16 annosde edadè, solteiro, natural deCaraúbas, Estado do Rio Grandedo Norte, fiiha legitima de Vi-,ctorino Joaquim Nogueira e deMarianna Alta de Mello.

Dia 18—Francisco'de Salles eSilva, de 22 annos de edade, sol-teiro, seringueiro, natural da ei-dade de União, Estado do Ceará,filho natural dè Maria Soares daSilva; com Francisca das ChagasFreitas, de. 16 annos de idade,solteira, natural da cidade deLimoeiro, Estado do Ceará, filhalegitima de João Jacob de Frei,-tas e cie Therezá Senhorinha cieFreitas.

Dia 22—Eduardo Gregorio Ma-ciei, de 45 annos de edade, viuvude Anna da Conceição Maciel,artista, natural de São Caetano,Estado-do Pará, filho legitimode Manoel da Paixão, já falleci-do e dé Marcolina Luiza Gurjão;corn Gerrovina Gomes da Silva,de 33 annos de edade. viu-va de João Gomes da Silva,natural de Acarahú, Estado doCeará, filha legitima de Ray-mundo Luiz Brandão;já fallecidoe de Rita de Jesus.

Dia 20—Narbal Borges Gur-jão, 25 annos de edade, solteiro,cirüigiãó-dentistà, natural doEstado do Ceará, filho legitimodo coronel José Borges Gurjão,já faüecido e de D. Francisca

Os fretádores da lancha' Silve-rio Nery, srs. Fernandes &'C.a,segunda-feira ultima, andaramás voltas corn o pratico d'essaembarcação, sr. Euzebio Galvãode Caldas, arvorado a comman-dante.

Os tripulantes da SylverioNery, por sua vez tentaram jogaras cristas corn o Ozebio. ¦

Para pôr termo a essas conti-nuas desintelligencias, os srs.Fernandes '& C." convidaram .oimprovisado commandante a dei-Xar o exercicio d'essas altas fun-cções. ,h

Accedèndo ao convite, Ozebiornettéu-sé no cobre que lograrasaldar e passou um recibo da^doplena e geral quitação aos freíta*,dores da Sylverio Nery.

Cahiu, porém, na esparrela deentrar no botequim Pau deFogo, onde se reúnem as maischks abelhas da cidade,* e . .(.ficou de chinella.

i No dia seguinte pensou como"obter mais plata e por mais quepuchasse pela imaginação só encontrou um meio: fazer os srs.Fernandes & C* escorropicha-rem mais dinheiro, sòb pena deserem perseguidos pela Capita-nia dp \Porto. Achou prudenteque deVia antes dé tudo levar umaqueixa á policia e assim õ fez.

O tenente Paes Barreto, dele-gado de' policia, syndicou dofacto e depois de apurar a ver-dade, por um triz não metteu oOzebio nas grades.

«» Por questões de paga nãopaga, as horisontaes Beatriz Bis-leri, Lili Cadini e Antonia Barra-bés, aridaram pela policia, ondequasi se diplomavam, medianteos tviüi&ifaçhos que o carcereiroFernandes não dispensa.

D-outra vez è certo obteremos respectivos eplomas.

Recreativas *

No Botequim Pau de Fogo umgrupo de rapazes alegres di-vertiram-se hontem á noite emum esfusiante baile eme foi allilevado a effeito em beneficio dopianista Andrade.

Sociaes.i#/>

'¦;-'','¦ ...

¦ •

."

¦¦ .

almejados di-

Prefeituraes

Passou terça-feira ultima oanniversario nátalicio do nossoamigo, capitão Antônio de SouzaCoelho.

M» A bordo do vapor Monte-vide o, procedente da cidade deXapury, e que aqui aportou do-mingo ultimo com destino aoPará, tivemos o prazer de abra-çar o nosso digno amigo, coro-nel José Soares Pereira, laborio-so e honrado commerciante na-quella cidade.

0 estimado cavalheiro seguiuno mesmo vapor e sé» destina áEuropa, onde vae a passeio, pro-curando ao mesme tempo, resta-belecer a suá saúde, que se acha-alterada. *

Desejamos-lhe feliz viagem.«*> Festejando á passagem de

seu anniversario nátalicio, de-corrido quarta-feira ultima, reu-niu o sr. Anchises Pery, em ai-moço intimo a bordo da lanchaTupana, ancorada n'aquelle dia" em nosso porto, vários amigos,sendo erguidos.por essa oceasião,diversos brindes ao anniversari-ante.

.«» O nosso amigo, sr. commandante Antônio G. Bandeirateve a gentileza de enviar-nos,domingo ultimo, attencioso car-tfâo de despedida, offerecendó-nos os seus serviços no Pará,para onde seguiu naquelle diano commando do Tupy.

«jo Visitaram-nos quarta-feiraultima os srs. João André Zamo-rano, competente guarda-livros,e Oscar SimOes, auxiliar do im-portante estabelecimento dossrs. Oliveira & C-, em Capatara.«« Festejará amanhã o seuanniversario nátalicio o nossodigno amigo, major AnaniasMaia, da firma N. Maia & C-,desta praça.

Felicitamol-o desde já.«» Fez annos quarta-feira ul-O sr. dr. prefeito do departa-

mento, ein otíicio dirigido ao sr.tenente-coronel Odilon PratagyBraziliensè, agradeceu os ser-viços que prestou esse militardurante o tempo que exerceu,em commissão, as funeções dedelegado de policia em PortoAcre.

tuna o intelligenle Sylvio, diledo nosso illüstreAugusto Américo

cto íllhinhoamigo, dr.Santa Rosa, que por esse motivoteve a sua residência em festanesse dia.

«w O nosso presado amigo te-nente coronel Manoel Vascon-cellos festejou no domingo pas-sado o primeiro anniversario do

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^.•^.^:>.«MlÜÉÍÍ&&*l..*¦^&^s-s^m^m^.'TMr^'?^S^^^ ~fíh~

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Page 3: FOLHA DO ACRE - BNmemoria.bn.br/pdf/101478/per101478_1911_00036.pdf · pirados somente pelo nosso amor à pátria e particularmente a esta enorme porção do seu immenso e privilegiado

¦

',....

Si - .-¦'-• í# ' - ¦:tf--

FOLbfl DO GCRfc a

seu feliz consórcio coma exma.sra. dona Judith Vasconcéllos,offerecendo um lauto almoçoaos seus antigos.

A' sobremeza foram feitos af-fectuosos brindes ao digno par?|ue

durante o dia recebeu muitasfelicitações' pelo auspicioso mòti-

vo dessa festa.oa> Á bordo do Rio Madeira,

chegou hontem, o sr. Em ma-nuel Levy, sócio da impor-tante flrma Günzburger, Lévy &C", da praça de Mandos..

Theatraes

No Bar Acreano, hoje, a can-çonetista Lily Cadini levará aeffeito uma variada seráta emseu beneficio.

Emma Biarie La Morenita to-marâopar-te nessa festa que pro-mette ser animadíssima.

«75 De regresso da cidade deXapury, deu-nos hontem o prazerdesua visita o nossopresadoami-go major J. Memória.

oa> OnoasoamigoJoãoRamalhode Figueiredo e sua digna espo-sa tiveram a gentileza de parti-cipar-nos o nascimento' do seufilho Augusto, oceorrido no dia1 de. janeiro do corrente anno,em Fortaleza, Ceará.

I ' *_

j SEfiüROSJE VIDA jNo Acre podem ser 1'ei-

tos na Equitativa,devendo os interessadosentender-se com o repre-sentante, tenente-coronelTheophilo Maia, na casaN. Maia & C, nesta ei-dade.

TGOVERNO DO DEPARTAMENTO

PREFEITURA DO ALTOAGRE

Administração doDr. DeoclkgianoCoelho de Souza

EXPEDIENTE DO PREFEITO

Offícios expedidos '

f Abril í&iii^N. 109.—Ao commandante dovapor Aripuanã, sr. João Paula,requisitando uma passagem dé3» classe, deste porto ao Alto

inLe'iPa/a ? Preso -FranciscoJosé de Arau o.Abril 17.

i1!0^0 si** dr. AntônioESda*Slta' governador doíml° d°0 Píauhy> Devoíve oofficio n. 8, da 2» seccão da se-cretana daquelle Estado, dirigi-do ao exm. sr. ministro da ius-tiça e que por engano foi sub-scriptado para esta Prefeitura..N. 111.—Ao sr. dr. GodofredoMaciel, prefeito do Alto Purús.Agradece a sua communicaçãode haver assumido o exercidodo cargo de prefeito daquelledepartamento.

pi?;,U2--Ao ijl* dr., Achyllesieret. Responde a circular em,que communica ter passado oexercício de delegado da cidadeÜÍ3E?ao sr-Joao * Bar-^'n}}?'~k0 sr- João de Bar-ros Telles, 2o suppleute de* de-legado de policia do Xapury, emexercício.. Responde a sua cir-cular de 11 do corrente, em quecpmmumca ter assumiao o exer-cicio daquelle cargo ft

Abril 18. ¦>•'¦ Ü^—Ao sr* COronel Joa- «», uc^auu uu nviene ua v\-quim Freire da Silva, fiscal das (dada doj^ryv Retpoldéndí o

construcções em Porto Acro,Romette para ser informado, oofflcio n. 35 de 25 da Março ul-timo, do major Odilon HratagyBrasiliense, em que solicita aconstrucçtlo do uma casa para adelegacia, do policia ide PortoAcre.

N. 115.—Ao sr, Achylles Pe-ret, delegado de policia do Xa-pury. Accusa o recebimento doofflcio n. 108, de,l de Abril, ernque coinmunica haver despedidoda guarda local o sargento LuizAdolpho, Alvares e o cabo Sa-lustiano da Silva.

N. 117.—Ao sr. dr. VicenteFranko Ribeiro, fiscal das con-strucçues da cidade do Xapury.Accusa o recebimento do offlciode 31 de Março ein que pedeprovidencias afim de se torna-rem eltectivas as suas determi-nações ao sr. José Affonso deAlmeida, que se oppõe a remo-ver c seu kiosque, e declara-lheque deve, em primeiro logar,recorrer á delegacia de policiadaquella cidade.

Abril, 19.N- 118.—Ao sr. capitão Salva-

dor de AguiárlCataldi, comman-dante da Companhia Regional.Pede-lhe que ponha á disposiçãoda Prefeitura o 1<j tenente dr.Antônio Joaquim Damasio, paraexercer as funeções dei delegadode hygiene êm Porto Acre.

N. 120.— Ab^gr^Julio de 01^veira Sobrinho, delegado de Policia de Senna Madureira. Accu-sa o recebimento e agradece; asua oommunicação de ter ajsu-sumido o exercício ri aquelle"car-go. %

N. 121.—Ao sr. Manoel S. Lo-pes, 1-. secretario da Associaçãoüommercial do Maranhão. Accu-sã o recebimento e agradece acommuhicãção que faz da dire-ctoria que foi eleita e empossa-da para dirigir aquella associa-ção durante o corrente'anno. •

Abril 22., .. -&mNv 123.—Ao sr. dr. Âxlflles

Peret, delegado de Policia doXapury. Accusando o recebimén-to do seu offlcio cie 11 de abrilcorrente sobre a liberdade queque deu a alguns presos da ca-deia da cidade do Xapury, de-clara-lhe que não é intuito daíPreíeitura economisar a sua ver-ba em prejuízo da Justiça. E seaquella delegacia teve eni vistasomente este principio, melhorfora instaurar o processo poli-ciai ou corrigir os defeitos dosinstaurados, do que recorrer apjuiz preparador cuja sentençaseria, como o foi, baseada nosdefeitos dos processos sem in-dagar da culpabilidade dos de-tidos, missão essa que cabia áPolicia; pois que, dentre os in-dividuos postos em liberdade,ha alguns sobre'os .quaes pesamcrimes de morte.

N. 124.—Ao sr. Augusto Lobo,encarregado do 4;. Posto Fiscaldeste departamento. Accusa orecebimento do seu offlcio n. 29de 15 dq corrente, acompanha-do do quadro- demonstrativo, daborracha despachada por aquelleposto durante o anno de 1910

Abril 25.N. 126.-Ao sr. dr^'Achylles

Peret, delegado de Policia do•Xapury. Accusando o recebi-monto do seu offlcio n. 115 de£1$ do corrente, em que submetteáapreciação da Prefeitura asprevidências que tomou sobreos ammaes que pastam soltospelas ruas da cidade, declara-lhe que approva as ditas provi-dencias e recommenda que se-jam estas postas em execuçãocom o máximo escrúpulo, attin-gindo a todos os seus mfracto-res.

Abril 26.N. 127.—Ao sr. dr. César Ros-

sas, delegado de Hygiene da^ci

seu oíllcio de 21 do corrente, emque lambra a conveniência deestal^ler ern Porto Acre* o ser-viço de hygiene,, para ;eyitar aentrada da varíola neste dépar-Jumento, declara-llie quo estaPrefeitura, por aclo de 25 demarço deste anno creou ua re-ferida villa uma delegacia

"dehygiene, cujo delegado já seaclia em exercício.

MlHi*

Frauciscode PaulàLeite eOiticicaFilho, Secretario Geral Interinodesta Prefeitura, assignadó, sendoo mesmo affixado nos logares maispúblicos desta cidade para co-nhecimento de quem interessarpossa c publicado na imprensadesta cidade e do Xapury.

Prefeitura na Empreza, 13 deAbril de 1911.

Leite e Oiticica Filho.

Departamento do Alto Acre

Edital de concurrencia paraa construcção de um ma-tadouro publico na cidadedo XapuryDe ordem do exm. sr. dr. Deocle-

ciano Coelho de Souza, Prefeitodo Departamento do Alto Acre,faz-se saber a todos aquelles que opresente edital virem, que fica a-bertána Secretariada Prefeitura doAlto Acre concurrencia publica pa-^rs a construcção de um matadouropnblico no Xapury, à margemfronteira á cidade.

Ar. propostas serão acceitas dentrodo praso de 30 dias,a contar da da-ta da publicação deste edital; findoesse praso a Prefeitura, a critériodo Prefeito, firmara? com o propo-nente que melhores vantagensapresentar, o respectivo contracto,limitando as condições que nelledevem ser observadas. E para quetodos tenham conhecimento dapresente concurrencia, mandou oexmo. sr. dr. Prefeito passar o pre-sente edital, que vai pelo sr. dr.Francisco de Paula Leite e OiticicaFilho, Secretario Geral Interinodesta Prefeitura, assignadó, sendoo mesmo affixado nos logares maispúblicos d.sta cidade paraconhe-cimento de quem interessar possae publicado na imprensa destacidade e do Xapury.

Prefeitura em Pennapolis; 20 deAbril de 1911.

Francisco de Paula Leite eOiticica Filho.

Delegacia de HygieneDeclaro que fica expressa-

mente proliibido a quem querque seja alugar prédios

:òusimples barracões sem que osmesmos tenham sido inspecciò-nados pelo delegado de hy&ie-ue, devendo as respectivas cha-ves ser entregues na delegaciade policia para este fim.

Empreza, 6 d.e Maio de 19 r 1.^-Dr. Cincinnato Telles Gua-riba, Delegado de Hygiene.

Concurrencia para a illumi-nação da cidade do

Xapury

A prefeitura do ^departa-mento do Alto Acre chamacoueurrentes para o serviço dederruba e destacamento daárea da zona urbana de Pen-napolis, acceitaudo propostaspara o dito serviço.

Os proponentes deverão es-tabelecer-a unidade de serviçopor metro quadrado quer paraa derruba, quer para o desto-camento, sendo as propostasfeitas era dupla via e entre-gues na Secretaria d'esta Pre-feitura, sendo preferidas, acritério do Prefeito, as quemaiores vautagenii offer«cer.

Pennapolis, 31 de Março de1911.

Leite e Oiticica Filho, Secre-tario Oeral Interino.

KOLHA DO ÀCRUi, ÓrgSÓ llOH ÍÍHJUI'-ossos rio povo. Reunccfio o olílcinasiruu General Olympio dáSilveira, Em-pro/.a, Acro.

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M)H}Q^C9Advogados:

Dit. Augusto Santa Rosa, escripto-rio nesta cidade.

Dr. Octavio dè Novaüs, juiz dedireito em disponibilidade, advogaem todos os termos d'esta Comarca,podendo ser procurado n'esta reda-cção.

J. Ai.vks Maia, rezidente n'esta ei-dade^ ácceita causas para toda a"co-marca. .

Nelson Noronha, pode'ser procu-rado no Escriptorio d'esta redacçâo.Octavio Steiner do Couto, advo-

gado provisionado, ácceita causaspara os,2.° é 8." termos da comarca.Residência: Xapury.

Paui.ino Pereira.Escriptorio n'es-ta cidade.

De ordem do exmo. sr. dr. Deo-cleciano.Coelho dé Souza, Prefeitodo Departamento do Alto-Acre,faz-se saber a todos aquelles que. opresente edital virem, qu2 fica a-berta na Secretaria da Prefeiturado Alto Acre concurrencia publicapajaa illuminação da cidade doXapury.

Às pi opostas seíão acceitas den-tro do praso de 30 diásva contarda datadapublicaçãod'este,edital;findo esse praso a Prefeitura, a cri-terio do Prefeito, firmará com oproponente, que melhores vailta-

%ens apresentar, o respectivo çoh-tracto; limitando as condições quenelle devem ser observadas. E paraque todos tenham conhecimentoda presente concurrencia, mandouo exmo.sr. dr, Prefeito pássaropresente edital que vai pelo sr. dr<

Juiz:Dr. João Rodrigues do Lago, juizde direito desta comarca, dá audien-

cias publicas no edifício do Fórum,úst^quintas-lèiras uteisj às 10 horasda manhã.

Tabellião:A. Lopes Cardozo Filho., Expedi-

ente ; das 10 horas da manhã as 4 datarde, em seu cartório nesta cidade.

Médicos:Dn. J. Fahiano Alíes, iperações,

partos e febres em geral.Residência: Chácara Floquet.

Dr. Esperidião de Queiroz, espe-cialista no tratainento das moléstiasdos paizes quentes. Residência n'estacida le.

AO PUBLICO E AOS MEUS AMIGOSConstando-rae que se diz nesta

cidade ter sido eirexonerado pelodr. Leonidas Benicio de Mello,do cargo de 1" supplente de Dé-legado Auxiliar de Policia desteDepartamento, cargo em cujo exer-ci.cio sempre estive desde o diada minha nomeação atè 1° deSetembro de 1910, quando reti-rei-me do Departamento, venho,pela imprensa, justificar-me pe-rante o publico e os meus amigos,dessa injustiça, publicando linhasabaixo o pfficio em que aqueileex-^refeitò concedeu-me e.vone-ração, a meu pedido. Eil-o:

« Departamento do Alto Acre.Prefeitura -na Empreza, Io de Se-tembro de -1910. N. 243.—Sr.Major Jayme Memória.—Em res-posta ao vosso.^officio de hojedatado, no qual solicitastes exo-neração do cargo de-íl ^supplentedo DelegadoiAuxiIíã;r|Íc|t Policiadesta cidade, cabe-rril^' dever deagradecer-vos os bons serviçosque prestastes á caâla, publica,cooperação que müitòrmê aprazem registrar. Muito lastimo quemotivos particulares obri|iassem|avos retirar deste De^aftàmentíp,privando esta administração»«Savossa íntelligencia e lealdade^ re-veladas no cargqL deique óra vejo -me forçado, a vo0> pedido, con-ceder-vos exoner|çSOi Aproveitoesta opportunidade^ara reiterara minha estima^éctijísideração deque vos tornastes

'credor. Saúde

e Fraternidade.—(x).Leomdas Be-nicio de Mello. »;..%

Justificando-me perante os meusamigos, penso ter cumprido o meudever. E era este tão somente omeu desejo.

Empreza, 6 de Abril de 1911.J. Memória. -

AMÜNCIOS

Guarda-livros:Henrique A. Nogueira. E? ecuta

qualquer trabalho tendente a st 1 pro-lissão. Informações nas cazas com-merciaes « Providencia » e «CentroParahybano, nesta cidade.

Gonstructoros: \Alberto Teixeira & Vinagre. Podem

ser procurados nesta cidade para to-dos-os misteres de sua profissão.Imprensa:

Estado do Acr*. iJublica-se emSenna Madureira, sede do departa-mento do Alto-Purús.

Bbazil Acreano.mesma cidade.

Publica-se na

•O Cruzeiro do Sui,,.orgão ofiicialdo departamento do Alto-,lurua. Pu-blica-se na cidade do Cruzeiro do Sul.^^¦i

li», 1 .,.-¦¦¦¦--¦¦ ul.,, i „

Correio do Acre. Publica-se nacidade'de Xapury, Alto Acre:

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O motivo da venda, é devi-do o proprietário desejar reti-rar-sé desta zona.Empreza, 15 de Abril de 1911%aymundo Pinto 'Bandeira.

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•MAVRICE LEBLANCA EVAFÃO DE ARSENIO LUPIN

Arsenio foi introduzido na terceira cella da dirllta. eo pesado vehiculo po/.-se a caminho. Notou que passa-vam o cães do Relógio e seguiam a frente de iWio daJustiça. Então, no meio da ponte de S. Miguel, apoiou oÍÍ ní!?0/*' r'St0

é' ° »} dÍreito- cnmo '»---ia todas as vezes"na placa de ferro que fechava a cella. Logo qualquer cou-za se moveu ea p aca desviou-se insensivefmfcnte PoudeteZennaC,?Vajus,arnte entre asdnas rodasüsperou, olhando para todos os lados. O carro sulmiapassooboulevardS. Miguel; Na encruzilha, a Sai

"Oermain, parou. Tinha cahklo o cavallo «ruma carroçaA circulação es ava interrompida, .Vurn momento Tr-mou;se uma agg omeração enorme de trens e omnibns

estivesse muito certo da direuçãoifue devia seguir: De-pois, rasoluto, metteu as mãos nas algibeiras, e com aattitude indiffereite de quem passeia, continuou a subiro boulevard.

O tempo estava serenor con-ia uma leve brisa de Ou-lomno. Os cafés achafãm se cheios.^ Sentou-se no terraçode. um d elles. -Pediu uma cerveja e um maço de cigarros. Bebia a

pequenos golos, fumou tranqüilamente um cigarrò.acceri-deu um segundo. Por ultimo, lendo-;e levantado, pediuao creado pari chamar o perente.Quando este se lhe ap|.roximou, Arsenio disse-lhe enivoz alta para ser ouvido por todos : .

-li i ~**stou despladóí senhor, esqueceu-me a carteira,lalvez que o meu nnmellie seja bastante conhecido paraque me dè um credito de alguns dias : Arsenio Lupin.O gerente olhou j)ara elle, julgando que se tratava deum gracejo. Mas Arsenio repetiu :—Lupin, detido na Sánlé, actualmente evadidoUuso crer que este nome lhe inspira toda a confiança.L alastou-se, no meio de gargalhadas, sem que o ire-rente pensasse em reclamar.Atravessou a rua Soufflot e tomou a rua Sainl-Jac-

quês. Scguindo-a socegadamente. parando junto das monT1»Q C A fil K-tn .1,1.. „ XT *i •* _

¦ r °°. -í-w vuuimo uc iit-iis ti ornniOUS. nne« <<itimiii,l.<

m,a„ m„.-„ „ „. í . '. .uu* «¦••"'» «-niuiar.hi-orientou-se. informou-se, e caminhou direito á rua dámm., „. in— i'"*"i "¦" •¦ui.n.i carro couuiar. lirtou pamrâlo solo"0"' P°Z ° Pé n'Üm dos raiüS da ^da e saí

r^fS^^iP-, «_«- c.esdi„Sos:erileCrSo 1Ssenio Lupin jà se achava longeTinha dado alguns passos correndo • ma* nn »„„•„ ~uesojava v.niar para a minha cell-ia esquerda voltou-se .Wí^t^^oSfSS ^3,SK^Iínri&rrtaabU'l,r-"

fíinte. JJepressa se ergueram na sua frente os muros altose tristes da prisão. Chegou junto do guarda municipalque estava de sentinella e tirando o chapéu perguntou*—E aqui a prisão da Santé f—K

—Desejava voltar para a minha cella. O cano dei-

—Vamos, homem, siga o seu caminho e depressa".Perdão, perdão, o meu caminho é por esta porta. E se

impedir Arsenio Lupin de a transpor, pôde custar-lhe ca-ro, meu amigo. .

—Arsenio Lupin;! o que e3tt. para ahi dizer ?—Sinto não trazer o meu cartão, disse Arsenio, fin-gindo procural-o nas algibeiças.

O guarda, examinou-o dos pés a cabeça, assombrado.Depois, semtdizer uma palavra, quasi que comniâvon-tade tocou uma campainha. A porta de ferro entres-bria-se. ,

Alguns minutos depois o director acudiu, gesticu-lando e fingindo uma violenta cólera. Arsenio sorriu :-Vamos, senhor director, não queira fazer-se maisfino do que eu. Como ! teem a precaução de me con luzirsono carro, preparam um incidente para vedar a passa-gem e imaginam que vou n'uin pulo reunir-me aos meusamigos/? E os vinte agentes d« Segurança que nos escolta-vam a pé, de carro e em bicycleta ? O que elles me teriampreparado ! Não sahiria vivo das mãos d'elles. Diga-mesenhor director, era com isso que coutavam ?

Encolheu os hombros e ac.croscentou :—Peço-lhe, senhor, que se não oecupo da minha pés-soa. No dia em que eu quiz?r evadir-me não precisarei deninguém. #D'ahi a dois dias.o Echo de France,<[ac decididamentese tomava o monitor official das proezas de Arsène Lupin-áizia-se que elle era um dos principaes commanditarios-o Echo de France publicava os mais completos detalhessobre essa tentativa de evasão. Até o texto dos bilhetestrocados entre o prisioneiro e a sua mysteriosa amiga, osmeios empregados para essa correspondência, a cumpli-cidade da policia, o passeio do boulevard S. Miguel, o in-

Icidente do café Soufflot, tudo era desvendado. Sabia-se

que as investigações do inspector Diénzy no restaurantenão tinham dado resultado algum. E ctiegava ao conhe-cimento do publico o facto assombroso, que mostrava ainfinita-variedade de recursos de que. aquelle homemdispunha : o carro cellular em que o tinham transportadoera um carro habilmente preparado què o sen bando sub-stituira a um dos seis carros usuáeá que compunham oserviço das prisões.A próxima evasão de Arsenio Lupin não offoreceivdu-vida a pessoa alguma. Elle propiio a anriunciavá em ter-mos cathegoricos, como o provou a resposta do sr. Boú-vier.no dia seguinte aodo.incidente, Como o jüizoesèai-necesse pelo spu revê/,, elldfítou-oe disse-lhe com frieza :--Ouça bem isto, senhor, e acredite na minha pala-vra : esta tentativa fazia parte dò meu plano de evasão.—Não' còmprehendo, retòrquiu-o juiz.,—E' inútil (|ue comprehhnda.

E como o juiz, durante o interrogatório que foi publi-cado na integra no Ecliò de France, voltasse ao assumplo,Arsenio exclamou inuii tom de aborrecimento :—Meu Deus. meu Deus, para que serve islo ! Todasestas perguntas são destituid-xs de importância !—Como? destituídas de importância I—Exactamente, visto que não assistirei ao meu jul-gamento.—Não assisistirá...

—Não. è uma idéia lixa, uma decisão irrevogável.Cousa alguiuo me fará transigir.

Uma tal certeza, as indiscreções inexplicáveis que secomtnettiam todos os dias, aborreciam e desnorteavam ajustiça. Exir.tiam segredos quo Arsenio Lupin era o únicoa conhecer, e cuja divulgação era claro só d'elle podiaporvir. Mas com que fim os desorientava ? e como ?

C Continiia. )

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