Folha Metalúrgica nº 761
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3ª EDIÇÃO DEOUTUBRO / 2014
Semanário do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região - nº 761 - Rua Júlio Hanser, 140. Lajeado - Sorocaba/SP - CEP: 18030-320
Como era o Brasil sobo governo do PSDB
Confira nas páginas 2 e 3 algumas manchetes de jornais da época em que os tucanos dirigiram o Brasil. Junto às imagens estão o nome do veículo, a página
da notícia e a data em que foi publicada. Pode conferir. Domingo, diga não ao retrocesso.
PÁG. 4
No dia 26 de outubro, adultos e crianças brasileiras terão boa parte do seu destino traçado pelo resultado das urnas. A eleição presidencial irá definir se o Brasil vai avançar e criar mais opor-tunidades de progresso pessoal e coletivo; ou se vamos todos retroceder para um período de desemprego, insegurança social e falta de perspectivas.
Há dois projetos de Brasil em disputa nestas eleições. Um de-les, de Lula e Dilma Rousseff, prioriza a evolução social e a de-fesa dos direitos ao trabalhador. O outro, do PSDB, tem na sua raiz os interesses do mercado financeiro, dos banqueiros e dos empresários. O povo, nesse último caso, é apenas uma massa produtiva necessária para viabilizar os ganhos dos especuladores.
Diante de tamanha importância, é obrigação de todo sindicato de luta e de consciência relembrar os que têm mais de 35 anos e alertar os mais jovens sobre o sofrimento e a falta de esperanças que predominavam no Brasil quando o PSDB estava no governo.
Os impactos do modelo de governo do PSDB, hoje represen-tado pela candidatura de Aécio Neves, foram desastrosos para os trabalhadores. Na época, o Brasil era o segundo país do mun-do com maior número de desempregados. Pequenas e médias empresas fechavam as portas aos milhares.
Sob o disfarce de “flexibilização do mercado de trabalho”, o ex- presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) eliminou direitos trabalhistas, impôs o fator previdenciário, aumentou as terceirizações, instituiu a lei de ampliação dos contratos tempo-rários de trabalho e tentou abolir artigos vitais da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
A eliminação de direitos está no DNA do partido de Aécio Neves. Se o projeto dele vencer, podemos perder o 13º salário, o 1/3 sobre as férias, a multa de 40% sobre o FGTS em caso de demissão, a obrigatoriedade do registro em carteira de trabalho, entre outras.
E com um Congresso conservador, cujos membros são vin-culados aos interesses patronais, é relativamente fácil aprovar leis que retirem direitos dos trabalhadores. Portanto, engana-se quem pensa que o voto é uma experiência que pode ser desfeita daqui a quatro anos.
Já o projeto de Lula e Dilma, em 12 anos, deu oportunidade de evolução para os brasileiros e seus familiares. Cada cidadão que progrediu foi por seus próprios méritos. Mas também por-que tinha políticas públicas do governo federal voltadas para a sociedade e para o mercado interno.
Diante dos dois projetos que estão em disputa, não dá para ignorar a ameaça de desmonte do Estado brasileiro represen-tada pelo PSDB, e é obrigação do sindicato alertar: o voto em Aécio é extremamente prejudicial para o trabalhador de hoje e das gerações futuras!
Direitos trabalhistas estão ameaçaDos
Metalúrgicos • Rodoviários • Comerciários • Têxteis Trab. na Saúde• Químicos • Papeleiros • Hoteleiros • Trab. no Vestuário
aSSinada PoR diRigenTeS daS SeguinTeSCaTegoRiaS de SoRoCaba e Região:
ediToRiaL
Mais de 27 milmetalúrgicos já
garantiram reajustes
24 de fevereiro de 1996 - Folha de São Paulo - Capa
diga não ao retrocesso
Uma dos acordos salariais mais recentes foi aprovado pelos trabalhadores da Flextronics nesta quarta, 22
CAMPANHA SALARIAL
Acordos sindicais firmados nos últimos 15 dias garantiram reposição da inflação e aumento real nos salá-rios de 27 mil metalúrgicos da região, que representam 60% da categoria, formada por 45 mil trabalhadores.
Os acordos foram firmados com 150 fábricas e a maioria deles prevê
8,48% de reajuste (6,35% referentes à reposição da inflação e 2% de au-mento real).
Nas empresas onde ainda não houve proposta de aumento real, o Sindicato está mobilizando os traba-lhadores para forçar os empresários a negociarem.
Fogu
inho
Pág. 2 Edição 761Outubro de 2014
O programa de governo do Aécio Neves, do PSDB, já foi implantado no Brasil anos atrás, pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. O resultado foi um desastre para o país, principalmente para a classe trabalhadora.
Todo trabalhador só precisa de oportunidades para conquistar uma vida melhor. O governo do PT criou essas oportunidades. O PSDB pode retirá-las.
Confira, nas próximas páginas, reproduções de notícias comuns naquele terrível período em que o PSDB governou o País.
Ao lado de cada notícia, o nome do jornal e a data em que a edição foi publicada. Pode conferir a veracidade procurando a publicação original na internet.
Trabalhador não vota no PSDB
Salário
eleições 2014 - seGUNDO TURNO PARA PResiDeNTe DA RePÚBliCA
3 de abril de 2002Folha de São Paulo
Caderno DinheiroPág. B12
1º de julho de 1995Folha de São Paulo Capa
15 de dezembro de 1998 Folha de São Paulo
Coletânea de manchetes da Folha de São Paulo sobre mercado de trabalho entre 1999 e 2001
24 de maio de 2002Folha de São PauloDinheiro, Pág. B5
29 de maio de 2002Folha de São Paulo On lineCanal Mercado
31 de janeiro de 1999Folha de São Paulo Caderno - Dinheiro, Pág. 2
4 de julho de 2001Folha de São Paulo – Capa
Desemprego
Edição 761 Pág. 3Outubro de 2014
Trabalhador não vota no PSDBInflação/Juros
Corrupção
eleições 2014 - seGUNDO TURNO PARA PResiDeNTe DA RePÚBliCA
28 de novembro de 2002Folha de São Paulo
Capa
5 de março de 1999 – O Globo – Capa4 de abril de 2002 Folha de São Paulo - Capa
10 de julho de 2001Folha de S. Paulo
Pág. A12
17 de janeiro de 2000Folha de S.Paulo - Capa
27 de novembro de 2001Folha de S. Paulo On Line
Educação
12 de maio de 1998O Globo – Capa
CPI DA CORRUPÇÃO TUCANA29 de março de 2001Folha de S. Paulo – Pag. A4
14 de maio de 1997Folha de S. Paulo – Capa Capa
FATOR PREVIDENCIÁRIO27 de novembro de 1999Jornal Cruzeiro do Sul – Pag D-2
13 de maio de 1997Folha de S. Paulo – Capa
28 de novembro de 2002 Folha de S. Paulo – Pag. A6
6 de maio de 1998Revista Veja – Ed. 1545
Capa e pgs. 32-33
Previdência
Educação
Miséria
Pág. 4 Edição 761 Outubro de 2014
A reporta-gem do SMetal fez contato com três professores de economia que apontaram riscos num eventual go-verno do PSDB.
O professor da Uniso, Thiago Carbonari, ex-plica que, na po-lítica externa, o candidato tucano prioriza apenas o mercado dos EUA e da Euro-pa, deixando de lado a América do Sul.
Já o profes-sor da UFSCar Sorocaba, José Eduardo Roseli-no, conta que o objetivo de Aécio Neves é deixar a inflação em 3%. “Para chegar a esse patamar, o tucano vai elevar os juros, dificultando a produção indus-trial. Qual o resultado? Desemprego e redução do produto nacional.”
Segundo o presidente da Funda-ção Perseu Abramo e ex-presidente do Ipea, Marcio Pochmann, o en-frentamento da crise econômica só foi possível graças a existência dos bancos públicos, pois o governo ofe-receu crédito, com taxas de juros bai-xas, ao contrário dos privados, que restringiram o crédito.
Acordos por fábrica já beneficiam mais de27 mil metalúrgicos
Economistas apontam riscos num eventual
governo tucano
Dilma vai manter e ampliardireitos trabalhistas e sociais
Diferente do candidato tucano, a presidenta Dilma Roussef garantiu que no governo dela ninguém vai reduzir direitos trabalhistas: “nem que a vaca tussa”, afirmou a candidata à reeleição pelo PT em plenária da CUT na capital paulista.
Dilma garantiu ainda que vai não apenas manter, mas também ampliar os programas sociais criados por ela e pelo seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva.
Entre os programas garantidos pela candidata estão o Prouni, Pronatec, Minha Casa Minha Vida, Bolsa Família, Luz pra Todos, Mais Médicos, Brasil Sorridente (odontologia), Farmácias Populares, Minha Casa Melhor, entre outros.
Dilma também se comprometeu a criar o programa de atendimento médico “Mais Especialidades” e a manter o ritmo de ampliação de vagas em universidades e abertura de novos campi universitários.
"Mexer nos direitos dos trabalhadores? Nem que a vaca tussa", afirma Dilma
José Eduardo Roselino
Marcio Pochmann
Thiago Carbonari
CAMPANHA SALARIAL
Mais de 27 mil metalúrgicos em 150 fábricas de Sorocaba e Re-gião já conquistaram acordos que garantem reposição da inflação e aumento real de salários. A maio-ria dos acordos prevê 8,48% de reajuste, sendo 6,35% referentes à inflação dos últimos doze meses e 2% de aumento real. Há empresas em que o aumento salarial chega a 10% (3,4% acima da inflação). Em alguns casos, porém, o reajuste foi de 8% (1,55% de aumento real).
Um dos mais recentes acordos foi firmado com a Flextronics, em Sorocaba, após os trabalhadores aprovarem a proposta em assem-bleia na tarde desta quarta-feira, dia 22.
Os 27 mil trabalhadores com acordo representam 60% da cate-goria na região, formada por 45 mil metalúrgicos.
Nas fábricas onde os empresá-rios ainda não negociaram aumen-to real, os trabalhadores estão se mobilizando para garantir a con-quista. Na terça-feira um protesto parou a produção da Prysmian, no Éden, por duas horas. Na manhã de quarta, foi a vez dos metalúrgicos da Bauma, em Votorantim, cruza-rem os braços por duas horas para exigir o reajuste de salários.
“A empresa que não oferecer aumento real vai continuar enfren-tando paralisações e greves”, avisa o presidente do Sindicato, Ademil-son Terto da Silva.
Orientação da FEMO Sindicato dos Metalúrgicos
de Sorocaba (SMetal) iniciou as negociações por empresa há cerca de 15 dias, após constatar que não havia previsão de avanços nas ne-gociações estaduais da categoria. “A própria Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) orientou os sindicatos filiados a partirem para a negociação por empresa, pois os representantes estaduais dos patrões estavam em-
perrando o diálogo e se limitavam a oferecer, no máximo, a reposi-ção da inflação”, explica Terto.
Desde o primeiro mandato do ex-presidente Lula os metalúrgi-cos vêm conquistando aumento real de salários em toda data-base (1º de setembro). “Este ano, tal-vez para criar um clima ruim em véspera de eleição e influenciar de forma negativa o eleitor, as banca-das patronais estão emperrando as negociações”, avalia Terto.
Trabalhadores da Prysmian pararam a produção por duas horas nesta terça para exigir reajuste
Também na Bauma os metalúrgicos estão mobilizados para conquistar o aumento salarial
Fogu
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