FORMAÇÃO BÁSICA

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Antonio Frederico Ozanam

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Frederico Ozanam

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“Há uma responsabilidade vinculada em nossos encargos, por mais modestos que sejam. As falhas que se cometem são duplamente graves quando elas podem recair nas obras que dirigimos.”


Nascimento e Infância

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Nasceu em Milão, 23 de abril 1813, frágil, doente e necessitava de cuidados especiais. Seu pai era médico famoso, mas isto não o impedia de ter compaixão pelos Pobres indigentes, a quem cuidava com a mesma dedicação que tratava os nobres da época.


Nascimento e Infância

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Maria Ozanam ajudava o marido a cuidar com zelo dos Pobres enfermos.

Foi neste clima de amor e generosidade que Ozanam nasceu e cresceu.

O amor e o respeito aos Pobres foi o legado que Ozanam recebeu de seus pais.


Da infância ao sacerdócio

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Desde menino, traz consigo o espírito de generosidade e de compaixão pelos Pobres, carrega para a sua vida, o exemplo de caridade e dedicação. Amava os pais, os irmãos além da “doce Guigui”, a dedicada empregada que acompanhou toda a sua infância.


JUVENTUDE

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1822 – entra para o colégio, onde fez seus estudos fundamentais; já tinha noções de latim, ensinado por seu pai;

-Logo aprendeu: grego, italiano, e alemão. Fez curso hebraico e sâncristo;

- Adorava Filosofia – dedicava-se na investigação existencial e espiritual do ser humano, em toda a sua vida.


•1831 – o sensível e tímido jovem de Província, chega a Paris e vai estudar na Sorbonne;

• Seu tempo era convertido em um assíduo frequentador de ambientes intelectuais (palestras e discursos dos intelectuais da época);

• Colaborava com jornais e revistas;

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•De jovem tímido transforma-se em um grande orador, escritor e debatedor sobre: filosofia, religião e política.;

•Pertencia a um grupo literário estudantil denominado “Conferência de História, do qual era porta-voz.

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1839 – Tornou-se doutor em letras; professor de Direito Comercial em Lyon;-Começou a estudar sobre a questão social do capital, o salário-família e a condição de dignidade dos operários. Importava-se com os operários, com os trabalhadores explorados pelos industriários. - Dizia que os operários mereciam ter um salário digno para dar uma vida de qualidade para sua família.- Se preocupava com o Social e com a dignidade humana.


Certa tarde, na Conferência de História,quando debatiam sobre a fé atuante, um jovem ataca os católicos presentes: “... a fé de vocês está nos livros,não nas obras. O que fazem vocês para ajudar os Pobres e os deserdados?” Profundamente humilhado, Ozanam recebe isto como um bofetada no rosto.O sangue ferve nas veias.

DESAFIO

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Coloca-se de pé e diz: “ A Igreja sempre foi amiga dos Pobres, Cristo veio para salvar os homens, ... Sempre procurou banir a escravidão...” ;Seu adversário retruca dizendo que isto tinha sido coisa do passado, mas que no momento nada fazia. E ainda acrescenta: “ “E você e seus companheiros, o que fazem?”

RESPOSTA

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•Ozanam explica-lhe que existem muitas comunidades religiosas que atuavam com a caridade em Paris, nos bairros pobres e periferias, fala do instituto do Bom Socorro que dava abrigo para os Pobres.

• “mas trata-se de obras religiosas, mas o que fazem os leigos e vocês estudantes para ajudar os Pobres?”

•Ozanam revela-lhe que muitos deles já ajudava com seus pequenos recursos as famílias pobres (fala da ajuda que davam pra Irmã Roalie Randu);

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“Mas então o que esperam fazer? Um bando de jovens com o vocês, esperam acabar com a miséria de Paris?” E começa debochá-los.E a discussão não para por aí. Ozanam fica com o coração amargurado, porque no fundo ele sabia que o jovem tinha razão. O que eles estudantes católicos estavam fazendo pelos Pobres? O que a Igreja estava fazendo pelos Pobres?


DECISÃO DE OZANAM

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Seu amigo Le Taillandier, consola-o, mas também sente o coração amargurado;E o frio vento da noite naquele início de abril testemunhou os dois amigos caminhando cabisbaixo e com o coração ardendo de desejo de criar alguma coisa que pudesse aliviar a dor daqueles que sofriam com a fome, com a doença, com o frio e com o desprezo da sociedade burguesa e até da Igreja.


Reuniram-se com alguns amigos: Bailly, Clavè, Lamache, Devaux, e de repente, surge uma ideia: Já que existem conferências de debate de filosofia, História, Direito... Por que não uma Conferencia de Caridade?

“A caridade é o vínculo por excelência para cimentar a amizade.”

A SOLUÇÃO

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•E foi assim que o jovem Ozanam, professor, doutor em Direito, com 20 anos, com problemas sociais e religiosos, com mais seis companheiros de fibra e ousados fundaram a SSVP, em 23 de abril de 1833.

• Inicia como Conferência de Caridade e mais tarde, Conferências de São Vicente de Paulo.

Ousadia, coragem , confiança

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PATRONO

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Por que São Vicente de Paulo?

Por causa de sua caridade organizada e pelo amor e dedicação que tinha para com os Pobres, ninguém além de Jesus Cristo, amou tanto os Pobres, quanto Vicente de Paulo.Com certeza, nenhum deles sabiam a dimensão que aquele grupo ia tomar. Sem dúvida a SSVP é uma Obra Divina.


PATRONO

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A fé e o desejo ardente de mudar a sociedade parisiense à luz da Igreja e mostrar que o amor de Deus para com os Pobres não havia mudado, que os Pobres eram a face desfigurada do Cristo que pedia socorro, levou Ozanam e seus amigos a apostar na resignação daqueles que consideravam perdidos e sem esperança.


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- Colocaram em prática a mensagem do Evangelho: a restauração da dignidade, da fé e da esperança na vida dos excluídos;

- Colocaram em prática a assistência social e econômica; a recuperação da Vida.


OBJETIVO

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A Conferência tinha como objetivo a santificação de seus membros, a santificação das pessoas assistidas e a promoção deles como seres capazes de construir a própria História;

As reuniões eram momentos de alegria e amizade, era um encontro de amigos.

Ozanam prezava a amizade .


• Casou-se com Amélia, teve uma filha: Maria. • Foi um marido e um pai dedicado.• Amava sua família. Os trabalhos na Universidade e

nas Conferências não impediam a dedicação, a amorosidade e o companheirismo junto à família.

• Foi um marido romântico e dedicado;• Nem sempre podia estar com Amélia, por causa das

viagens, mas lhe escrevia lindas cartas de amor, de ternura e de carinho.

FAMÍLIA

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Certa vez escreveu para Amélia: “Olha-me minha amada: não vês que estou, como costumo fazer toda manhã ajoelhado junto a ti, com a cabeça apoiada em teu ombro e buscando um desses olhares de bondade que iluminam o meu dia. Hoje de manhã acordei com essa melancolia, fui a Missa e fiquei mais aliviado.


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Após o segundo ano de casamento Ozanam escreve para Amélia:“Vem minha amada, minha pomba,meu anjo, vem aos meus braços para junto de meu coração... e que Deus nos abençoe ao ver que no fim de dois anos, nos amamos mil vezes mais que no primeiro dia.”Ozanam coloca aqui toda a preocupação de um homem que quer ver a esposa feliz e amada.


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“ Eis ai os dias que o bom Deus nos dá. Ele no-lo escolhe entre os mais belos de sua primavera; tudo sorri em torno de nós como nós sorrimos um para o outro.. Deixe que eu pego nesta mão querida e aperte ao meu coração; deixe que nos amemos um pouco...”(à Amélia – 4 abr – 1841)


•1845 – nascimento de Maria. Enquanto Amélia descansava, Ozanam escreve a uma tia dizendo: “Minha querida e boa tia, eis que sou pai!Amélia me deu esta querida criança que chamaremos Maria. Sou o depositário e o guardião de uma criatura imortal. Aspiro a ver o batismo dela que terá lugar amanhã; depois seguirei um a um o seu desenvolvimento, verei nascer todas as graças da infância.

NASCIMENTO DA FILHA

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E, enquanto eu a apertar nos braços, pensarei que há nela uma alma feita por Deus e para a eternidade.Esta reflexão me comove até às lágrima e confunde. Ah! Que momento aquele em que ajoelhado aos pés da minha Amélia, vi o último esforço dela e, ao mesmo tempo, vi minha filha vir ao mundo.”


IMPORTANTE:

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Ozanam testemunhou ao mundo, que é possível amar e servir a Deus e ao mesmo tempo inserir na sociedade e fazer as mudanças necessárias; E, ainda conseguiu ser um homem dedicado à família;


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E é bom lembrar que era frágil e tinha uma doença grave, ou seja, era um homem comum como tantos, de todas as gerações.

Só que ele fez a diferença: uniu o mundo em uma Grande Rede de Caridade.


DOENÇA

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- Mesmo doente fundou conferências fora da França; - Escrevia sempre aos amigos e à família;- Em suas cartas falava sempre do zelo e do amor aos Pobres;- Em noites de dor, fixava o crucifixo e dizia: “Senhor, quero o que tu queres, quero como tu queres, quero enquanto tu quiseres.”


DEVOÇÃO À N. SENHORA

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- Via em Maria uma luz para toda a igreja;- Uma mulher corajosa e amorosa;- Uma mulher de serviço;- Uma mulher dedicada;- Em suas viagens nunca deixava de visitar um santuário mariano e se comovia até às lágrimas.


FUNDAMENTOS DE SUA ESPIRITUALIDADE

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1. Vontade de Deus e confiança na Providência Divina;2. As responsabilidades;3. As virtudes (fé, esperança e caridade);4. A Espiritualidade Cristã;5. Em Maria, a mãe de Deus. 6.Em amar e servir Jesus no Pobre.7.Em lutar pelas causas sociais.


CULTURA

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Publicou trabalhos importantes sobre a Idade Média, sobre os poetas franciscanos medievais, sobre Dante... Trabalhos que até hoje são consultados por sua importância para o conhecimento da cultura cristã medieval. Escreveu inúmeras cartas.


CONCLUSÃO

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-A religião para Ozanam era uma forma de mudar o mundo, de torná-lo mais justo; de fazer com que as pessoas fossem mais felizes.

-Sua espiritualidade tinha como foco o amor e o serviço aos Pobres;

- Amava e cuidava do outro, como se estivesse cuidando do próprio Cristo!


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-“ Vamos ao Pobres” para amar, cuidar e agradar a Deus, porque é aos Pobres que Deus ama; porque os Pobres são os filhos prediletos de Deus. -“Não sabemos a mar a Deus de outra maneira, amamos a Deus na pessoa dos pobres”. - Definiu a visita domiciliar como instrumento privilegiado para estar junto a Eles.

Louvado seja Louvado seja nosso Senhor nosso Senhor Jesus Cristo!Jesus Cristo!

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