Formação de Professores de Ciências: reflexões sobre a formação ...
Formação de_competências_pessoais_e_sociais
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Promoção de Competências Pessoais e Sociais
Competências Pessoais
Uma pessoa que se conhece poderá, mais facilmente, superar os seus
pontos fracos e desenvolver os seus pontos fortes. Deste modo, dará um
passo decisivo na construção da auto-estima e da auto-confiança, atitudes
facilitadoras da comunicação interpessoal.
As Competências Pessoais são inerentes ao próprio indivíduo e
dependem de alguns factores relacionados com as suas origens e com o seu
desenvolvimento infantil. Aqui entramos no contexto da personalidade e do
carácter dos indivíduos das questões sociais e profissionais. Assim, podemos
considerar que as competências sociais são influenciadas pelas
características da personalidade e pelos traços de carácter dos indivíduos.
Considerando que a personalidade tem uma forte influência dos
factores genéticos e que o carácter depende, essencialmente, das influências
sentidas ao longo do nosso desenvolvimento, podemos concluir que a
aquisição de competências pessoais depende da junção destes dois pilares do
ser humano. As competências pessoais remetem para capacidades de auto-
gestão, ou seja, todos os requisitos relacionados com aspectos inerentes ao
indivíduo e que, apenas a ele, cabe a sua organização e administração.
Assim, podemos designar diversas capacidades inerentes às
competências pessoais, tais como:
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Auto-consciência – é o conhecimento e a compreensão dos
nossos estados internos, emoções, intuições, bem como o efeito
deles.
Da Auto-consciência fazem parte:
A Consciência Emocional, que é reconhecer as emoções que estamos
a senir e porquê; compreender as ligações entre os nossos sentimentos
e o que pensamos, fazemos e dizemos;
A Auto-Avaliação, que consiste na avaliação dos nossos “estados de
alma”, ou seja, é conhecer e avaliar/valorizar as nossas forças e
fraquezas e como os nossos sentimentos afectam o nosso desempenho
em determinada situação;
A Auto-Confiança, que é a noção positiva do nosso próprio valor e
das nossas próprias capacidades.
Controlo Emocional – É a capacidade de comandar os nossos
estados de alma, os nossos impulos e recurso.
Dele fazem parte:
O Auto-Controlo, que é a nossa capacidade de gerir adequadamente
os nossos estados emocionais, sermos positivos e mantermos a
atenção concentrada enquanto estamos sob pressão;
A Integridade, é o assumirmos a responsabilidade pelos nossos actos
e opiniões, respeitar os valores de integridade e sinceridade;
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A Adaptabilidade, que é a capacidade que temos para aceitar a
mudança e nos adptarmos a ela;
A Inovação, é a abertura a novas ideias, visões e informações.
Motivação – É o processo responsável pela intensidade,
direcção e persistência dos esforços que aplicamos para
alcançarmos uma determinada meta. É baseada em
características emocionais que facilitam o alcance de objectivos,
a necessidade e a vontade de nos aperfeiçoarmos e vencer.
Da Motivação fazem parte:
A Orientação para Objectivos, que é a capacidade de orientar a
energia para alcançar os objectivos;
O Compromisso, ou seja, o aceitar os objectivos de um determinado
ou organização;
A Iniciativa, que é a disponibilidade que temos para actuar quando
existe uma oportunidade. Melhorar o próprio desempenho.
O Optimismo, que é a persistência que temos no alcance de
objectivos perante determinadas dificuldades que possam surgir. Ter
objectivos ambiciosos e aceitar riscos calculados.
“Controlar as nossas emoções não é mais do que ter capacidade para
assumir os nossos sentimentos, de forma a encontar soluções para os
medos, as frustrações e fraquezas.”
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Competências Sociais
As competências sociais são comportamentos que se manifestam
durante o relacionamento com os outros e que expressam sentimentos,
atitudes, desejos, opiniões ou direitos da pessoa que os emite, de um modo
adequado à situação. A estes relacionamentos damos o nome de Relações
Interpessoais.
Estes comportamentos devem ser respeitados pelos outros e resolvem
os problemas imediatos da situação, minimizando a probabilidade de futuros
problemas. Geralmente estes comportamentos são orientados no sentido da
pessoa se sentir satisfeita com a interacção social e/ou para obter algum
proveito a nível material ou social.
As competências sociais não são traços de personalidade, são
aprendidos e podem desenvolver-se mediante um treino sistemático e
estruturado.
A comunicação interpessoal não se resume aos elementos verbais
(aquilo que se diz), mas também engloba componentes paralinguísticas, ou
seja, o volume da voz, a entoação, a fluidez, a clareza ou o tempo da fala e
componentes não-verbais, isto é, o olhar, a expressão facial, o sorriso, os
gestos, a postura, a orientação, a distância/contacto físico, ou a aparência
pessoal). Todos estes aspectos podem também ser aprendidos e controlados
no sentido de tornar a comunicação mais assertiva.
Ao longo neste manual vamos abordar com mais detalhe o que são as
competências sociais, qual a sua utilidade , como se aplicam no nosso dia-a-
dia, qual a sua importância e como podemos desenvolvê-las de modo a
obtermos capacidades de actuar perante qualquer situação na sociedade
actual.
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Uma das exigências fundamentais para que as relações interpessoais
se tornem progressivamente mais ricas, positivas e maduras, é a necessidade
de compreensão de si próprio e dos outros.
Factores que determinam os diferentes tipos de relações
interpessoais
O contexto de vida
A vivência na família, na escola, no grupo de amigos, na
comunidade, no local de trabalho
o Na família e amigos, os conteúdos serão mais informais
Papel desempenhado
As pessoas desempenham diversos papeis:
o O mesmo individuo pode desempenhar o papel de pai em
relação ao filho, de filho em relação aos pais, de chefe
em relação aos subordinados, etc.
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o Em cada contexto as pessoas estabelecem relações
diferentes com os outros.
Conteúdo da Relação
A relação pode ter como conteúdo um assunto estritamente
pessoal, uma matéria de estudo ou um problema profissional.
o As trocas, entre os individuos variam de acordo com o
conteúdo ou a matéria da relação.
Interlocutor
A pessoa com quem se estabelece a relação.
A relação que o adulto mantém com a criança não pode ser do
mesmo tipo que mantém com um adolescente ou com outro
adulto.
Nas relações interpessoais a comunicação é extremamente importante.
A Comunicação é entendida como a transmissão de estímulos e respostas
provocadas, através de um sistema completa ou parcialmente compartilhado.
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É todo o processo de transmissão e de troca de mensagens entre seres
humanos.
Tipos de Comunicação
A Comunicação não se realiza apenas entre os homens, mas é típica
da espécie humana. No entanto, há muitos outros meios de que o homem se
serve para comunicar ideias.
Todos os sinais, além das palavras, que se empregam para indicar
sentimentos e atitudes – expressões faciais, gestos corporais, sons diversos –
são excelentes meios de comunicação. O seu emprego associado à palavra, é
normalmente, muito eficaz para transmitir a intenção do comunicado.
Comunicação Verbal
“Aquilo que se diz”: expressão de ideias, desejos, opiniões, crenças, valores,
etc.
Verbal escrita: Livros; Cartazes; Jornais; Cartas; Telegramas, etc…
Verbal oral: Diálogo entre duas pessoas; Rádio; TV; Telefone, etc…
Comunicação Não Verbal
A comunicação não verbal processa-se através dos gestos, das
posturas, das expressões faciais , das utilizações da voz e
do silêncio , do vestuário, dos objectos de que nos
fazemos cercar, da relação que estabelecemos, quer com
esses objectos, quer entre nós .
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Todas estas formas de linguagens não verbais exprimem e
comunicam ideias, sentimentos e emoções, acompanham, reforçam e
chegam a substituir a linguagem verbal, delineando significações e
conferindo uma vivência mais profunda e autêntica à comunicação.
Podemos cessar a comunicação verbal, simplesmente, não a
utilizando .Ao contrário da comunicação verbal que se faz por intermédio de
signos discretos, a comunicação não verbal é contínua e ininterrupta. O que
significa que não podemos nunca impedir a comunicação não verbal, mesmo
que não seja deliberada e intencional.
Postura
Espaço Interpessoal
Gesticulação
Expressão Facial / Sorriso
Contacto Visual
Gestos
Acompanham a linguagem falada e reforçam a mensagem verbal.
Os gestos são aprendidos e estão limitados pela sociedade e cultura onde
estamos inseridos.
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Aprendemos a utilizar um código gestual e interpretamo-lo. Ajudam a
interpretar o conteúdo das comunicações, definir os papeis e os
desempenhos sociais.
Postura
A forma como nos posicionamos transmite aos outros se estamos
interessados em estabelecer contacto ou se estamos interessados no que eles
têm para dizer
Ex: braços ou pernas cruzadas para longe do outro
indicam desinteresse.
Uma postura corporal aberta indica relaxamento e
interesse num contacto mais próximo.
Contacto Visual
É algo muito potente. A sua ausência é entendida como desonestidade,
ansiedade ou desinteresse. É também uma oportunidade perdida da nossa
parte, pois não conseguimos aperceber-nos das reacções do outro.
Em contrapartida, quando fazemos contacto visual transmitimos interesse.
Olhar os outros nos olhos também nos permite, saber do seu interesse em
nós ou em algo que estão a observar.
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Expressões Faciais
Quando comunicamos o nosso corpo também fala. As nossas
expressões faciais comunicam os nossos sentimentos, emoções e reacções,
intencionalmente ou não.
Através da nossa expressão facial podemos postar respeito ou
desrespeito para com os outros.
Silêncios
- Fazem parte integrante da comunicação;
- Bastante frequentes nas relações interpessoais;
- Embaraçosos;
- Criam um vazio nas relações afectando-as;
- Momento de profunda troca de emoções e sentimentos;
- Fundamentais, porque para escutar o outro é preciso estar em silencio.
Toque
Abraço – muitas vezes intimida pelo medo de não ser correspondido
Garner (1997) aconselha a resolver este problema através de
um aperto de mão, onde colocamos a nossa mão esquerda no
ombro direito da pessoa a quem apertamos a mão. Na grande
maioria das vezes a outra pessoa irá estender o seu braço
esquerdo para nós e abraçar-nos.
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Acenar com a cabeça
Permite-nos transmitir aos outros que estamos a compreender aquilo que
estão a dizer e incentiva-os a continuar.
Existem algumas pessoas que não usam esta linguagem gestual, transmitindo
uma mensagem de discordância, desinteresse ou confusão relativamente ao
assunto.
Sorrir
Os três principais tipos de sorriso , segundo Lambert, são:
Sorriso Simples - com os lábios fechados e para cima nos cantos –
quando sorri para si mesma
Sorriso para Cima – com os lábios para cima nos cantos e aberto –
quando sorrimos para outra pessoa
Sorriso Largo - com os lábios para cima e com os dentes claramente
à mostra – quando nos estamos a divertir
Roupa e Adornos
A maneira como nos vestimos comunica algo aos outros, não só através das
cores (alegres, garridas ou escuras), mas através dos tecidos e do corte
utilizado.
Ex: uniformes - através deles sabemos o papel
desempenhado pelo sujeito.
Tempo
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É necessário conhecer em relação a cada sociedade ou cultura, a sua
percepção do tempo, porque o modo como este é vivido afecta a
comunicação interpessoal.
Conclusão: na interacção pessoal, tanto os elementos verbais como os
não-verbais são importantes para que o processo de comunicação seja
eficiente.
Estilos de Comunicação
• Estilo Agressivo
• Estilo Manipulador
• Estilo Passivo
• Estilo Assertivo
Estilo Agressivo
Ignora e desvaloriza sistematicamente o que os outros fazem e
dizem;
Domina e valoriza-se à custa dos outros.
Sinais
Fala alto e interrompe;
Faz barulho com os seus afazeres enquanto os outros se exprimem;
Não controla o tempo enquanto está a falar;
Manifesta por mímica o seu desprezo ou a sua desaprovação.
Estilo Manipulador
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Considera-se hábil nas relações interpessoais, apresentando
discursos diferentes consoante os interlocutores a quem se
dirige ;
Comportamento calculista em que não são dadas a conhecer as
verdadeiras intenções.
Sinais
Apresenta-se cheio de boas intenções;
Apresenta uma relação táctica com os outros;
Fala por meias palavras, é especialista em rumores e «diz-que-disse»;
Tende a desvalorizar o outro através de frases que pretende que sejam
humorísticas e denotem inteligência e cultura.
Estilo Passivo
Tende a ignorar os seus direitos e os seus sentimentos, assim
como a evitar os conflitos a todo o custo;
Dificilmente diz não, quando lhe pedem alguma coisa, porque
pretende agradar todos.
Consequências
Perda do respeito por si próprio, porque frequentemente faz coisas que
não gosta muito e que não consegue recusar;
Estabelece uma má comunicação com os outros porque não se afirma
e raramente se manifesta;
Os outros não conhecem os seus desejos, interesses e necessidades.
Estilo Assertivo
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As pessoas assertivas sabem ouvir os outros, admitem os seus
pontos de vista e procuram de forma construtiva cooperar com
estes;
Um líder assertivo não pressiona, manipula ou culpabiliza os
elementos da equipa, aceita que estes possam ter reacções
positivas ou negativas e sabe dar feedback construtivo, porque
tem autoconfiança em si próprio.
Implica
O respeito do indivíduo por si próprio, ao exprimir os seus gostos,
interesses, desejos e direitos;
O respeito pelos outros, pelos seus gostos, ideias, necessidades e
direitos.
É Assertivo quem:
Está à vontade na relação face a face;
É verdadeiro consigo mesmo e com os outros, não dissimula os seus
sentimentos;
Coloca as coisas muito claramente às outras pessoas, negoceia na base
de objectivos precisos e claramente determinados;
Negoceia na base de interesses mútuos e não mediante ameaças;
Não deixa que o pisem;
Estabelece com os outros uma relação de confiança e não de
dominação e de calculismo.
Vantagens da Comunicação Assertiva
15Formadora: Natalie Peneda
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Está na base de relacionamentos honestos e saudáveis;
É o comportamento requerido para resultados “ganhar-ganhar” numa
negociação, na resolução de conflitos, na vida profissional e familiar
diária;
Produz a sensação de bem estar no ambiente profissional e familiar;
Traduz-se em melhores resultados para o próprio e para o grupo;
Evita os conflitos e o desgaste nas relações.
Exemplo de um comportamento assertivo:
"Uma senhora tenta desesperadamente arranjar lugar num voo para ir
visitar a mãe que está no hospital. A fila no balcão de reservas é
longa. Aproxima-se de um senhor que aguarda a sua vez no início da
fila e diz-lhe, apontando para o seu lugar:
"MEU CARO SENHOR, IMPORTA-SE DE TROCAR DE LUGAR
COMIGO? NÃO LHE FARIA UM PEDIDO DESTA NATUREZA SE
NÃO FOSSE TÃO URGENTE, POR MOTIVOS FAMILIARES, QUE EU
CHEGUE HOJE MESMO AO PORTO..." O senhor, depois de a olhar
atentamente, acena que sim. No final ambos acabam por conseguir lugar
nesse voo. Pergunta-se à mulher qual teria sido a sua reacção se o
homem tivesse recusado. "TUDO BEM. EU TINHA ESPERANÇAS DE
QUE ELE ME DISSESSE QUE SIM, MAS PARA TODOS OS EFEITOS
ELE ESTAVA PRIMEIRO QUE EU NA FILA."
Neste exemplo a senhora demonstrou auto-respeito pelas suas próprias
necessidades ao perguntar ao senhor se está disposto a ajudá-la e trocar
de lugar com ela; igualmente mostra respeito pelo direito que ele tinha de
recusar o seu pedido e não a ajudar.
16Formadora: Natalie Peneda
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Mas, perguntar-se-á, como pode o respeito pelo próprio e pelos
outros estar presente na recusa de um pedido? Tal depende em grande
parte da forma como a recusa ao pedido for feita. Um pedido pode ser
recusado de forma agressiva:
"QUE IDEIA É ESSA DE TROCAR DE LUGAR? TEM UM
DESCARAMENTO!". Este tipo de recusa envolve respeito num só
sentido, isto é, respeito pelo direito do próprio recusar, mas não
respeita o direito do outro pedir.
Um pedido também pode ser recusado de forma passiva: "COMO É
QUE LHE HEI-DE EXPLICAR... SINTO-ME HORRÍVEL MAS NÃO
LHE POSSO DAR O LUGAR...". Neste caso, a pessoa recusa o
pedido mas fá-lo de forma que denota falta de auto respeito: sugere
que o próprio é uma pessoa horrível, que nunca deveria recusar o
pedido que lhe foi feito. Além disso, a recusa passiva também não
respeita o direito que a outra pessoa tem de ser tratada como alguém
capaz de lidar com a decepção.
Em contraste, uma recusa assertiva seria feita nos seguintes moldes:
"GOSTARIA DE A PODER AJUDAR, MAS REALMENTE
TAMBÉM NECESSITO MUITO DE CHEGAR HOJE". A recusa
assertiva demonstra os dois tipos de respeito: auto-respeito, na forma
auto-confiante como a recusa é feita, e respeito pelo direito da outra
pessoa fazer o pedido.
Dar e Receber Elogios
Você sabe lidar com elogios?
17Formadora: Natalie Peneda
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Aceitar cumprimentos não é arrogante e nem egocêntrico, mas depender deles
para viver pode ser. Saiba lidar com eles de forma equilibrada, e não esqueça
de também fazer elogios a quem merece – eles tornam a vida muito mais
agradável!
Eis o que você deve fazer:
Aceite o elogio. Mesmo que tenha tido sorte ou o apoio de outros,
você esteve envolvido, e é visto pela outra pessoa como sendo
merecedor do comentário.
Seja grato. O elogio é como um presente. Você não recusaria ou
devolveria um presente de um amigo. Receba-o, e trate-o da mesma
forma.
Não seja pessimista. Ao menos neste momento. Se você recebeu
elogios por determinado acto, não responda dizendo que a longo prazo
você acredita que falhará.
Reconheça sua parte de contribuição. Não há problema em
mencionar que outros são também dignos de elogio pela mesma razão,
pois também fizeram parte do projeto. De facto, não esqueça de fazê-
lo! Mas não diga que eles merecem “todo” o crédito.
Retribua. Torne visível que você aprecia o acto. Se você conseguir,
ofereça de volta um cumprimento a quem o elogiou, desde que não
pareça falso, ou forçado.
ELOGIAR UM POUCO ÀS VEZES AJUDA
18Formadora: Natalie Peneda
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Sua conversa será mais rica, se você aprender a elogiar as
pessoas (desde que os elogios sejam sinceros). Pode-se
elogiar ao mesmo tempo em que se exprime apreciação.
Não diga ao seu amigo, simplesmente que gostou do que ouviu. Faça
comentários específicos sobre algumas coisas que ele disse ou peça-lhe para
ampliar uma de suas observações, mostrando que ouviu com toda a atenção.
O conflito
19Formadora: Natalie Peneda
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O que é o conflito?
Conflito surge quando há a necessidade de escolha entre situações que
podem ser consideradas incompatíveis. Todas as situações de conflito são
antagónicas e perturbam a acção ou a tomada de decisão por parte da pessoa
ou de grupos. Trata-se de um fenómeno subjectivo, muitas vezes
inconsciente ou de difícil percepção.
Efectuando como que uma tradução à letra da definição encontrada no livro
"Management", podemos definir o conflito como sendo:
"A oposição que surge quando existe um desacordo dentro ou entre
indivíduos, equipas, departamentos ou organizações"
E, independentemente dos tipos de divergências de onde pode resultar,
podemos dividir o conflito em 3 tipos:
Intrapessoais
Atracção/atracção (ex: duas coisas que queremos);
Repulsão/repulsão (ex: condenado à morte – enforcamento ou
fuzilamento);
Atracção/repulsão (ex: casamento).
Interpessoais
20Formadora: Natalie Peneda
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Diferenças individuais (idade, valores, religião)
Limitações de recursos (poucos recursos, quem utiliza?)
Diferenciação de papeis (não aceitar bem a pessoa como chefe)
Organizacionais
Em organizações existem muitas pessoas e como tal várias
personalidades. O conflito é inerente.
Quando surge o Conflito?
As situações de conflito podem ser resultado da concorrência de respostas
incompatíveis, ou seja, um choque de motivos, ou informações
desencontradas.
Formas de lidar com o conflito
21Formadora: Natalie Peneda
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- Evitá-lo (negativo)
• O indivíduo tenta evitar a todo o custo qualquer tipo de conflito ou;
• O indivíduo tenta utilizar o conflito de uma forma que leva a uma
competição intensiva.
- Mantê-lo (positivo)
• O Indivíduo tenta manter sempre um conflito;
• Enfrenta o conflito (Ganhar ou Perder);
• O indivíduo graças a esse conflito vai tentar descobrir as diferenças de
opinião entre os diversos participantes.
- Equilíbrio
• Tentar encontrar um ponto de equilíbrio entre os dois tipos anteriores
quando se verifica que qualquer conflito pode ter resultados negativos
quer para a empresa/organização ou para as próprias pessoas
envolvidas.
• Esta medida permite reduzir a ambiguidade e o conflito no trabalho.
O Conflito é perigoso?
È mau?
22Formadora: Natalie Peneda
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Princípios chaves na administração de conflito
• Os conflitos geralmente são inevitáveis porque as pessoas têm
diferentes necessidades, interesses, preocupações e receios.
• Os conflitos podem ser usados de maneira criativa para que melhores
relacionamentos sejam desenvolvidos.
• Uma intervenção antecipada pode evitar que o conflito piore.
• Deve-se focalizar no problema e não nas pessoas.
• Deve-se focalizar nas necessidades fundamentais e não nas exigências
imediatas. Deve-se fazer uso da experiência das pessoas.
Como ultrapassar o conflito
• Ouvir, ouvir e ouvir ainda mais;
• Compreender e descrever o ponto de vista dos outros;
• Identificar necessidades, interesses, preocupações e receios;
• Incentivar grupos em conflito a ouvirem uns aos outros;
• Estabelecer regras e conseguir acordos;
• Começar discussões construtivas (e mantê-las!);
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• Solucionar problemas de maneira criativa;
• Construir relacionamentos.
Conflito e Ambiguidade do Trabalho
Defi nição de Trabalho:
Trabalho é o conjunto de tarefas e actividades que um indivíduo é suposto
desempenhar.
O Conflito no Trabalho ocorre quando uma pessoa está sujeita a pressões ou
expectativas muito elevadas e/ou inconsistentes.
A Ambiguidade do trabalho ocorre quando:
• Não existe informação adequada - A informação que chega ao indivíduo não
é propriamente a que essa pessoa necessitava para desempenhar a sua
tarefa o que, obviamente, conduz a uma ambiguidade do trabalho a
desempenhar.
• A informação é confu sa ou incompleta - A Informação transmitida ao
indivíduo não revela os pormenores mais importantes para que a tarefa
seja realizada sem existirem dúvidas de que de facto o trabalho que
estamos a desempenhar é aquele que nos foi mencionado.
24Formadora: Natalie Peneda
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• Não se sabe as s uas consequências - Quando não se conseguem saber os
resultados quer para a própria pessoa, quer para a empresa, de se realizar
certa tarefa, a ambiguidade aparece novamente.
Quando surge um conflito no trabalho, possivelmente, ele enquadra-se em uma das seguintes categorias:
• Conflitos Intrapessoais - Quando o conflito que temos diz respeito a
apenas uma pessoa (o nosso chefe, um colega ou outro membro da nossa
organização).
• Conflitos Interpessoais - Quando o conflito existe para com várias
pessoas dentro da organização.
• Conflitos com outros trabalhos - Quando existem outros trabalhos/tarefas
dentro ou fora da organização, que não possibilitam que o trabalho seja
efectuado devidamente.
• Conflitos entre necessidades e valores - Quando o que necessitamos para
cumprir o objectivo do nosso trabalho entra em conflito com a nossa
personalidade e os valores que prezamos, estamos sem duvida face a um
Conflito entre necessidades e valores (Ex: suponha que com o objectivo
de aumentar a produção vamos lançar no mercado uma quantidade
elevada de produtos em estado deficiente. Esta situação pode levar à
existência de um conflito deste tipo).
Negociação de conflitos nas Organizações
25Formadora: Natalie Peneda
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Durante as negociações poderão ser usados 5 mecanismos para ajudar a
evitar, reduzir ou resolver impasses no processo. Estes mecanismos são
apenas uma ajuda à resolução, mas não substituem a negociação.
• Arbitragem voluntária: as entidades envolvidas, aceitarem que,
certos pontos de discórdia, sejam resolvidos por uma entidade neutra
(individual ou colectiva).
• Mediador: um elemento neutro, ouvir ambas as entidades, de modo a
aconselhá-las com novas alternativas, no sentido de chegarem a um
entendimento e colaboração.
• Provedor: alguém que ajuda os empregados a apresentar as suas
preocupações e que lhes fornece informações de como prosseguir a
negociação.
• Facilitador: é uma entidade neutra que dá formação e consultoria a
cada entidade envolvida, de forma independente e isenta, com o
objectivo de ajudar a definir os problemas e a criar alternativas. É
normalmente usado antes da negociação.
• Tribunal: quando uma ou ambas as entidades apresentam um
processo em tribunal, indicando o que a outra entidade fez de errado e
o que quer como recompensa. Este mecanismo é desvantajoso, pois
cria uma situação de vitória-derrota, provoca uma decisão imposta
pelo tribunal, para além dos custos tempo e dinheiro envolvidos.
Conflito no cérebro
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AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO GRUPO
27Formadora: Natalie Peneda
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Os membros do grupo, quando se propõem realizar uma tarefa comum, apresentam
uma certa coesão que os força a agir na consecução dos objectivos mantendo-os
unidos, isto é, coesos.
Uma das condições básicas para que os membros do grupo cooperem é a
CONFIANÇA que se deverá desenvolver entre eles.
Nos grupos, onde a cooperação é elevada, as pessoas sentem-se motivadas pelo
trabalho produzido e mantêm um alto nível de frequência de comportamentos que os
levam à solução dos problemas.
O comportamento individual é importante para o sucesso do grupo. O indivíduo
sente-se apoiado e aprovado pelos restantes membros do grupo. Tal facto tende a
aumentar o seu desempenho.
O bom contributo de um membro de um grupo conduz os restantes a reforçarem
ainda mais o seu desempenho.
O grupo existe em função da necessidade de se executar uma tarefa comum e da
necessidade de se manter coeso em unidade de trabalho.
O comportamento adequado ao sucesso do grupo é o comportamento ASSERTIVO,
ou seja, auto-afirmativo.
IMPORTÂNCIA DA COESÃO DO GRUPO
28Formadora: Natalie Peneda
Promoção de Competências Pessoais e Sociais
Coesão de um grupo é o resultado de todas as forças que actuam sobre os membros
para que permaneçam no grupo.
O conceito de coesão poderá também ser o de “atracção interpessoal”.
As pessoas que constituem o grupo devem sentir alguma atracção entre si,
mantendo uma boa relação. Deste modo, as pessoas partilham algo de comum,
partilham uma determinada IDENTIDADE..
É pelo facto das pessoas cooperarem, e apresentarem atitudes semelhantes, que
se tornam coesas, existindo entre elas, atracção interpessoal.
A coesão do grupo permite, de um modo geral:
o que os membros do grupo permaneçam juntos;
o que os membros do grupo confiem e sejam leais;
o que os seus membros se sintam seguros;
o que os seus membros se deixem influenciar pelo grupo;
o que aumente significativamente a satisfação dos seus membros, à medida que
o trabalho se desenvolve;
o que a interacção entre os seus membros se intensifique.
NÚMERO IDEAL DE MEMBROS DE UM GRUPO DE TRABALHO
Num grupo, o grau de satisfação dos seus membros diminui à medida que aumenta o
número de participantes, porque estes têm menos probabilidades de se expressarem
e de apresentarem os seus pontos de vista.
O elevado número de elementos, no grupo, aumenta os problemas interpessoais,
diminui a acção e a realização da tarefa.
29Formadora: Natalie Peneda
Promoção de Competências Pessoais e Sociais
A partir de um certo número, a produtividade do grupo é inversa ao número
dos seus participantes.
Nº de elementos Vantagens/desvantagens
2
É um grupo eficaz quando existe entre eles uma certa intimidade, isto é,
quando cada um conhece o outro de forma aprofundada.
O seu trabalho é eficaz na procura de ideias ou soluções quando entre os
dois existe uma grande amizade e confiança.
3
É um grupo útil e produtivo quando é necessário resolver problemas precisos
e, de certo modo, definidos.
No entanto, se se trata de tomar decisões, é um grupo menos produtivo do
que um grupo de 5 ou 6 elementos.
5 ou 6
Parece ser, segundo as experiências, o mais produtivo e o mais rico em interacções.
Neste caso é possível a divisão do trabalho e todos poderão
intervir e expressar-se o mais possível, sem que se perca a visão do conjunto
e o objectivo do grupo.
Mais de 6
O grupo com mais de 6 elementos perde a sua unidade quer no plano da amizade,
quer no plano das relações interpessoais, quer na cooperação, quer no plano da
acção.
Os elementos de um grupo não têm necessariamente que ter estruturas pessoais
semelhantes, para serem funcionais.
30Formadora: Natalie Peneda
Promoção de Competências Pessoais e Sociais
No entanto, a cooperação é dificultada, se pertencerem a culturas ou grupos sociais
muito diferentes.
O fundamental para o grupo é a CONFIANÇA INTERPESSOAL e a
motivação para a realização de uma tarefa comum.
VANTAGENS QUE O GRUPO APRESENTA
1. TOMADA DE DECISÃO DE MAIOR RISCO
Os grupos tomam decisões que envolvem maior risco do que as pessoas tomam
individualmente.
Quando a decisão do grupo é muito arriscada, em caso de falhar, nenhum dos
elementos do grupo se considera, individualmente, responsável pelo acontecimento.
Caso a decisão tomada pelo grupo, tenha sucesso, o mérito é, quase sempre,
assumido por todos em conjunto.
O risco é valorizado porque se apresenta como sinal de audácia e coragem, o que,
em caso de sucesso, traz muitos benefícios pessoais para os elementos do grupo.
2. MAIOR RAPIDEZ E EFICÁCIA NA CONCRETIZAÇÃO DOS OBJECTIVOS
Os indivíduos que constituem o grupo têm determinados objectivos a atingir que
podem ser designados como os objectivos do grupo. Estes objectivos, devem
coincidir com os de cada elemento que interage com o grupo, considerados na sua
individualidade.
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Através do grupo, cada indivíduo atinge muito mais rapidamente o seu objectivo
porque os esforços de muitos e diferenciação de papéis facilita o desempenho e
aumenta a produtividade, reduzindo, significativamente, o tempo da sua realização.
3. ENRIQUECIMENTO DAS DECISÕES
As decisões tomadas em grupo tendem a ser mais ricas e ajustadas aos objectivos do
que as decisões tomadas individualmente. O empenho e a intervenção de vários
elementos enriquecem a tomada de decisões, permitem a progressão, a variedade e a
validade das decisões.
4. DIVISÃO DE TAREFAS
Uma das vantagens do grupo é o facto de vários indivíduos poderem intervir numa
tarefa comum, cada um contribuindo com as suas habilidades, capacidades e
aptidões.
Cada um pode maximizar o seu potencial não só em proveito próprio, mas também
dos outros.
A divisão de tarefas exige a diferenciação de papéis dos diferentes elementos do
grupo, o que, consequentemente, cria expectativas mútuas.
5. CRIAÇÃO DE LAÇOS DE AMIZADE
O grupo é tanto mais coeso e produtivo, quanto maior for a amizade e confiança
entre os seus membros.
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Normalmente, os grupos produtivos estendem a sua actividade a outras áreas, como
seja o lazer e o divertimento. As pessoas que interagem no grupo aumentam a sua
capacidade de comunicação e dão-se a conhecer uns aos outros, o que permite a
criação de laços de amizade e inter ajuda.
Quando o indivíduo precisa de apoio, é ao grupo que, normalmente, recorre.
6. SEGURANÇA
As ideias, valores e atitudes expressas ou defendidas pelo grupo tendem a ser
expressas por cada um dos seus elementos, sem que temam as reacções do público.
O facto de saberem que mais alguém partilha dessas ideias, dá-lhes segurança e
força para as manifestar.
Defender algo que assume individualmente é muito mais perigoso e difícil, em
termos de integridade pessoal e social, do que defender algo que é defendido por um
grupo. O indivíduo não tem que se defender sozinho, em qualquer circunstância que
expresse a opinião do grupo porque este, sendo coeso, o defende e apoia.
7. PODER E INFLUÊNCIA FACE AO EXTERIOR
Todo o grupo sofre a influência social da comunidade onde se insere. Existe uma
dinâmica externa ao grupo, ao qual este não pode ser alheio. O grupo pode interferir
positivamente na realidade social, ou pelo contrário pode ser por ela condenado.
O grupo passa a ser respeitado cada vez que apresentar ideias inovadoras e mostrar a
força por ela exercida.
Dada a força e influência de alguns grupos, é possível alterar atitudes e valores.
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DESVANTAGENS QUE O GRUPO APRESENTA
1. TOMADA DE DECISÕES EMPOBRECIDAS
Muitas vezes, as decisões são tomadas tendo em vista os interesses da maioria dos
elementos do grupo. Neste caso, interessa mais uma decisão de consenso do que
uma decisão mais válida e correcta, mas que não interessa à totalidade do grupo.
2. PENSAMENTO DE GRUPO
Por vezes os elementos do grupo assumem comportamentos que conduzem a
tomada de decisões ineficazes. Pensando que são os melhores no campo de tomada
de decisão ou busca de soluções, menosprezam os grupos concorrentes, rejeitando
toda a informação divergente.
Deste modo, o grupo pode tornar-se ineficaz, na consecução dos seus objectivos.
3. TRANSFORMAÇÃO DO EU EM NÓS
O grupo poderá condicionar alguma liberdade de acção dos elementos que o
compõem. À medida que o grupo se desenvolve e estrutura, criam-se certas
expectativas mútuas entre os seus membros que obrigam à representação de
determinados papéis, em favor da coesão e do conformismo que, muitas vezes, se
torna útil para o funcionamento do grupo.
A coesão do grupo, apesar de possibilitar a transposição de uma resposta unitária
para o exterior do grupo, pode ter como consequência o aniquilar das próprias
pessoas e a sua submissão ao NÓS, que é o grupo.
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COMPORTAMENTOS DE UM BOM PARTICIPANTE NO GRUPO
O indivíduo, uma vez inserido no grupo, deve participar em todas as decisões. Deve
dar a sua opinião, contribuindo para o enriquecimento da tarefa e simultaneamente,
para a coesão do grupo e o desenvolvimento das relações interpessoais.
No grupo, todo o indivíduo deve:
1. COOPERAR
Significa que deve colaborar na procura dos objectivos que o grupo fixou. Deve-se
aproveitar a riqueza das ideias de todos os membros do grupo. Para isso é necessária
a plena colaboração de cada um.
2. RESPEITAR OS OUTROS
Cada indivíduo no grupo é uma pessoa, uma unidade social que merece ser ouvida e
compreendida. Cada um deve esforçar-se para compreender o sentido das
intervenções dos outros. Não dar atenção ou evitar o outro é manifestar desrespeito,
o que não facilita o trabalho em grupo.
Mesmo que se possuam ideias preconcebidas sobre algum dos elementos do grupo,
devemos ter a abertura e a disponibilidade suficientes para o ouvirmos e
compreender o seu ponto de vista. É importante que se respeite, aceite e ajude os
mais tímidos e aqueles que apresentam maior dificuldade em intervir e expressar as
suas ideias.
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3. INTEGRAR-SE TOTALMENTE NO GRUPO
Cada elemento deve participar activamente na definição dos objectivos do grupo,
deve ajudar a encontrar as soluções mais adequadas e intervir no plano das decisões.
Todos devem ter a possibilidade de intervir e nenhum deve monopolizar as
intervenções.
4. SERVIR O GRUPO SEM PERDER A SUA INDIVIDUALIDADE
O indivíduo deve colocar ao serviço do grupo toda a sua competência e capacidade
de trabalho. Todos os elementos do grupo devem conhecer os seus colegas, os
aspectos e as qualidades de cada um, que mais contribuem para o funcionamento do
grupo considerando que todos são importantes para atingir os objectivos e as
finalidades do grupo.
5. NÃO SER CONFORMISTA
O grupo só evolui e progride em função da maleabilidade dos seus membros para se
adaptarem a novas situações.
O comportamento conformista imobiliza e impossibilita a abertura de novos valores
e ideias. O participante do grupo deve, ele próprio, pôr-se em causa e procurar saber
cada vez mais, adquirir o máximo de informação para mobilizar o grupo para novas
tomadas de posição e soluções mais realistas e adaptadas.
BARREIRAS QUE IMPEDEM A COMUNICAÇÃO NO GRUPO
No grupo cria-se uma rede de comunicações e de relações interpessoais que é
fundamental para o seu bom funcionamento. Os bloqueios podem afectar toda a
vida do grupo.
36Formadora: Natalie Peneda
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Entende-se por barreiras à comunicação todo um conjunto de obstáculos que
dificultam ou impedem a comunicação entre os diversos intervenientes.
EXEMPLOS DE BARREIRAS:
1. DIFERENÇAS ENTRE AS PESSOAS
Todas as pessoas que compõem o grupo são diferentes; tiveram experiências e
vivências muito próprias, o que determinou a sua singularidade.
Porém, diferença não é sinónimo de barreira! As diferenças devem ser conhecidas,
respeitadas e aproveitadas para a produtividade e enriquecimento do grupo.
A diversidade e as diferenças entre as pessoas constituem uma riqueza que é
necessário tornar fecunda através da complementaridade de todas as pessoas do
grupo.
É, pois, fundamental que se conheça o outro, que se respeite e se valorize.
2. JUÍZOS DE VALOR
Os indivíduos devem ter muito cuidado com os juízos de valor e as apreciações que
fazem acerca do que os outros dizem ou fazem.
Esses juízos de valor poderão transformar-se em preconceitos que irão bloquear a
relação porque o outro é sempre visto em função deles. Este é o caminho para
acabar com o diálogo e a relação.
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3. PENSAR SOMENTE EM SI PRÓPRIO
O egocentrismo impede que aceitemos a relatividade das nossas ideias e tomadas de
posição. Impede que aceitemos os outros porque nos preocupamos somente com a
aprovação da nossa ideia.
Pensamos que o que defendemos é o melhor para o grupo e não escutamos sequer a
opinião e o ponto de vista do outro.
É fundamental que se aceitem diferentes perspectivas que poderão ser tão válidas
como as nossas.
A riqueza do grupo está exactamente na diversidade de ideias pessoais que
contribuem para a busca de soluções eficazes.
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Comportamentos Assertivos Para Uma Entrevista de Emprego
Apresentação
• A 1ª impressão conta bastante
• Saber-me apresentar
• O meu “estilo” ► ser autêntico
• Atenção aos pormenores
• Ser amistoso
• É importante ser coerente (diz = faz)
• Ser sincero
Fundamental:
• A atitude
• A motivação
• O Ser mais que o ter
• Respeitar o outro
O curriculum vitae
• O que é o C.V. ?
• Para que serve?
• Como se faz o C.V.?
O que é o C.V.?
O Curriculum Vitae é um documento de tipo histórico, que relata o que se
fez no passado, mas deve, ao mesmo tempo, ser orientado para o futuro, quer
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dizer: indicando o que se pode fazer, o tipo de serviços a que se pode propor
a um empregador, o que se sabe fazer.
O Curriculum Vitae deve conter:
● A História Profissional e a sua progressão, apresentada de uma forma
simples e explícita;
● As Competências, que estão contidas nos parágrafos que relatam a
actividade profissional;
● Os Interesses Profissionais/ Pessoais, que sobressaem das etapas da
carreira profissional e/ou das actividades extra - profissionais e dos
passatempos.
Um bom Curriculum deve ser:
Fácil de compreender e ler: não deve conter demasiada informação
nem fornecer dados em excesso. Um Curriculum Vitae longo pode ser
enfadonho, especialmente em períodos de recrutamento, em que se
tem que ler um grande número deles.
O relato exacto das realizações : o Curriculum Vitae deve referir-se
a factos precisos, realizações concretas, fornecendo números ou
apresentando provas tangíveis.
Conclusão:
► Não esquecer que as palavras-chave são: simplicidade, síntese,
objectividade.
40Formadora: Natalie Peneda
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► Atenção à máxima:
"Um Curriculum Vitae não é uma autobiografia."
► E nunca esqueças que, ao enviar o teu Curriculum Vitae, pretendes que
a(s) pessoa(s) que o leiam pensem: "Aqui está uma pessoa que parece ter o
perfil desejado para a função. Vamos chamá-la para uma entrevista."
Como fazer um C.V.
• Apresentação – deve ser dactilografado correctamente e não
fotocopiado (não se deve enviar a cópia)
• Verbos – deve utilizar-se verbos de acção, tais como: elaborar,
produzir, fazer, dirigir, executar, etc.
• Palavras – simples e concretas:
a) Evitar a adjectivação superlativa. Exemplo: em vez de “Tenho bastante
experiência nesse domínio”, é preferível “tenho uma experiência de 5 anos
nesse domínio”.
b) Substituir os adjectivos por algarismos. Exemplo: “uma dada taxa” por
“uma taxa de 50%”; “numerosos clientes” por “150 clientes”, etc.
• Frases – Curtas. Utilizar um único verbo de acção em cada frase
• Parágrafos – 5 linhas no máximo e uma única ideia por parágrafo
• Números – não escrever os algarismos por extenso. Exemplo: em vez
de “treze” por “13”
• Siglas e Iniciais – escrever entre parêntesis e significação das siglas
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• Datas – apresentam-se sempre da mesma forma. Exemplo: se se
escreve 16 de Setembro de 1997, não se deve escrever a seguir
10/10/1998.
Exemplo das Partes que constituem um Curriculum Vitae
Identificação: (dados pessoais)
• Nome
• Filiação
• B.I.
• Naturalidade
• Idade
• Estado Civil
• (Situação Militar)
• Morada
• Telefone (s)
• Carta de Condução
Habilitações Literárias:
Nível de escolaridade, ano da conclusão, média de curso e Instituição
(Escola (s), Faculdade e Universidade, etc.)
Formação Profissional:
Cursos e Certificados adquiridos em escolas profissionais, em empresas ou
outras
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Experiência Profissional:
Locais em que já trabalhou, funções e cargos que desempenhava e
respectivo período em que desenvolveu tais actividades.
É a parte essencial do Curriculum Vitae, aquela que mais conta para a
entidade empregadora. Deve poder compreender-se, através do relato das
actividades profissionais, as capacidades e aptidões da pessoa
Outras informações que se considerem relevantes:
Tais como, fluência em línguas, cursos frequentados, actividades culturais,
desportivas ou comunitárias, acções de voluntariado, etc.
Valorizar o curriculum
• Como podemos valorizar o nosso curriculum ?
• Uma licenciatura é o Q.B. ?
• Sabemos aproveitar o nosso tempo?
• Que actividades são importantes ?
- Cursos de verão; Outros cursos; Actividades sociais; Voluntariado;
Trabalhar em part-time; Estágios; etc.
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