Formalismo e Funcionalismo Fatias Da Mesma Torta

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    Sitientibus, Feira de Santana, n.29, p.95-104, jul./dez. 2003

    FORMALISMO E FUNCIONALISMO: FATIAS DA MESMATORTAFORMALISM AND FUNCTIONALISM: SLICES OF THE SAME PIE

    Luciano Amaral OliveiraProf. Assistente(DLET/UEFS)Doutor em Letras pela UFBA

    [email protected]

    RESUMO Neste artigo, informa-se sobre o debate em torno dos paradigmasformalista e funcionalista, destacando-se a necessidade de v-los comoposies tericas no mutuamente excludentes. Apresenta-se o modelodo Pie Chart, concebido por Dianne Larsen-Freeman (School for InternationalTraining, Vermont SIT) e Marianne Celce-Murcia (University of California,Los Angeles UCLA) para auxiliar no estudo e no ensino da gramticada lngua inglesa, como um exemplo concreto da complementaridadeentre funcionalismo e formalismo.

    PALAVRAS-CHAVE: Formalismo; Funcionalismo; Ensino de lnguas.

    ABSTRACT In this article, some information is given concerning thedebate about the formalist and functionalist paradigms, highlighting theneed to view them as non-mutually exclusive theoretical positions. ThePie Chart model created by Dianne Larsen-Freeman (School for InternationalTraining, Vermont SIT) and Marianne Celce-Murcia (University ofCalifornia, Los Angeles UCLA) in order to help the learning and teachingof the English grammar is presented as a concrete example of thecomplementarity between formalism and functionalism.

    KEY-WORDS: Formalism; Functionalism; Language teaching.

    INTRODUO

    Na Lingstica, sempre houve muitas discusses em tornode qual paradigma terico o melhor para se entender osfenmenos lingsticos. A questo da aquisio da linguagem,

    Universidade Estadual de Feira de Santana Dep. de Letrase Artes. Tel./Fax (75) 224-8265 - BR 116 KM 03, Campus - Feirade Santana/BA CEP 44031-460.

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    por exemplo, , at hoje, muito controversa, estando polarizada,de um lado, no behaviorismo e, do outro, no inatismo. Outraquesto que tem gerado muita discusso entre os lingistas a que diz respeito a formalismo e a funcionalismo. Enquantomuitos formalistas e funcionalistas debatem para tentar provarque um paradigma melhor que o outro, alguns lingistaspercebem que tal comparao impraticvel e que, em verdade,esses dois paradigmas se complementam no sentido de ajudara Lingstica a melhor entender seus fenmenos.

    O objetivo deste artigo , portanto, informar sobre o debateem torno de funcionalismo e formalismo e demonstrar, atravsde uma abordagem de ensino de gramtica do ingls propostapor Celce-Murcia e Larsen-Freeman, que essas duas teoriaspodem ser usadas de forma complementar para uma melhorcompreenso dos fenmenos lingsticos.

    FORMALISMO VS. FUNCIONALISMO

    De acordo com Dillinger (1991), enquanto o formalismo serefere ao estudo das formas lingsticas, o funcionalismo serefere ao estudo do significado e do uso das formas lingsticasem atos comunicativos. Em outras palavras, o formalismo v alngua como um sistema autnomo, enquanto o funcionalismov a lngua como um sistema no-autnomo inserido em umcontexto de interao social. Como afirma Neves (1997, p.39):

    Na verdade, pode-se distinguir dois plos de atenoopostos no pensamento lingstico, ofuncionalismo, no qual a funo das formaslingsticas parece desempenhar um papelpredominante, e o formalismo, no qual a anlise daforma lingstica parece ser primria, enquanto osinteresses funcionais so apenas secundrios.

    Os funcionalistas criticam o formalismo pelo fato de osformalistas estudarem a lngua como um objeto descontextualizado,sem levar em considerao os falantes-ouvintes ou as circunstnciasnas quais a lngua usada. Para os funcionalistas, a lngua no

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    pode ser desvinculada de suas relaes com as diversas maneirasde interao social. Para Votre e Naro (1989, p.170-171), porexemplo, a forma da lngua origina-se do uso da lngua, dacomunicao na situao social. Ainda segundo esses autores,h funcionalistas mais radicais para quem a estrutura nopassa de uma iluso criada e recriada a todo momento pelasregularidades da comunicao humana, exatamente por noter existncia prpria: ela depende do uso comunicativo dalngua numa determinada situao social para emergir. Talvezesta seja uma postura extremada, mas, com certeza, umatentativa de reduzir ao mximo possvel a importncia que osformalistas do estrutura lingstica.

    J os formalistas criticam o funcionalismo pelo fato de eleincluir, nos seus estudos, fenmenos psicolgicos e sociolgicos,que fere o princpio da autonomia da Lingstica em relao soutras cincias. Estudar os fenmenos lingsticos dentro doprprio sistema da lngua foi a maneira que os formalistasencontraram de dar cientificidade e autonomia Lingstica:os fenmenos psicolgicos e sociais que estejam relacionadoscom os fenmenos lingsticos devem ser estudados pela psicologiae pela sociologia.

    Dillinger (1991, p. 397) traz uma comparao entre essasduas teorias feita por G. Leech, a qual eu resumi em forma dequadro para uma melhor visualizao das diferenas existentesentres os dois paradigmas em termos de viso da lngua,universais lingsticos, aquisio da lngua materna e estudoda lngua:

    FORMALISTAS FUNCIONALISTAS EXEMPLO Chomsky Labov VISO DA LNGUA fenmeno mental fenmeno social UNIVERSAIS LINGSTICOS

    derivados de uma herana lingstica gentica comum da espcie humana

    derivados da universalidade dos usos que as sociedades humanas fazem da lngua

    AQUISIO DE LNGUA 1 capacidade humana inata para aprender lnguas

    desenvolvimento das necessidades e habilidades comunicativas da criana na sociedade

    ESTUDO DA LNGUA como um sistema autnomo em relao sua funo social

    Quadro 1

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    Observa-se, a partir desse quadro, que tanto o funcionalismocomo o formalismo tratam do mesmo fenmeno: a lngua. Contudo,a forma como vem esse fenmeno distinta, o que implica ouso de metodologias distintas no estudo desse fenmeno. Poressa razo, afirmar que um paradigma melhor do que o outrono faz sentido: apesar de o objeto observacional de ambasser o mesmo i.e., os fenmenos lingsticos, o objeto tericodo funcionalismo diferente do objeto terico do formalismo.Dito de outra forma: funcionalismo e formalismo no podem sercomparados nem vistos como alternativos.

    Fica, assim, colocado em xeque o uso do conectivo OU naquesto do formalismo e do funcionalismo. O trabalho conjuntorealizado entre funcionalistas e formalistas pode proporcionaruma sinergia bastante salutar para os estudos lingsticos.Afinal os estudos de aspectos diferentes dos mesmos fenmenospodem dar uma contribuio muito importante para o entendimentode questes lingsticas no sentido de tais estudos seremcomplementares. Seria, ento, o caso de se passar a usar oconectivo E nas discusses acerca do funcionalismo e doformalismo para simbolizar essa juno.

    Um exemplo dessa complementaridade pode ser encontradono ensino de ingls. Aqui tambm h um grande debate emtorno do ensino das formas lingsticas e do ensino das funesque essas formas podem ajudar a desempenhar nos atoscomunicativos. Ser que um ensino melhor do que o outro?A prxima seo traz informaes acerca do ensino de lnguasestrangeiras para que se possa analisar a questo dos paradigmasformalista e funcionalista sob a perspectiva do ensino do inglscomo segunda lngua/lngua estrangeira.

    FORMALISMO E FUNCIONALISMO NO ENSINO DE LNGUASESTRANGEIRAS

    Na dcada de 40, com a ecloso da II Guerra Mundial, osrgos polticos e militares norte-americanos sentiram a necessidadede desenvolver um mtodo de ensino de lnguas estrangeiraspara que seus funcionrios e soldados pudessem aprender aslnguas de pases envolvidos no conflito. Foi, ento, criado o

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    Programa de Treinamento Especializado do Exrcito, envolvendo55 universidades americanas, para que um mtodo de ensinode lngua estrangeira fosse desenvolvido. Bloomfield, que jvinha realizando pesquisas lingsticas junto a tribos indgenasamericanas atravs do mtodo do informante, foi o principalresponsvel pelo desenvolvimento do Programa, cujo resultadofoi a criao do Mtodo Audiolingual, que foi sedimentado emduas teorias: a teoria estruturalista bloomfieldiana e a teoriabehaviorista de aprendizagem. O audiolingualismo dominou oensino de lngua estrangeira durante as dcadas de 40 e 50,at que Chomsky, no final dos anos 50, criticou fortemente ateoria behaviorista, demonstrando a incapacidade que essateoria possui para explicar a aquisio da linguagem. Issoabalou profundamente um dos alicerces tericos do audiolingualismo.

    Na dcada de 60, Chomsky criou o conceito de competncialingstica, i.e., o conhecimento gramatical que um falante-ouvinte possui. Hymes viria a criticar esse conceito de competncia,propondo que ele fosse ampliado para englobar tambm elementospsicolgicos, sociais e culturais. Surgiu, assim, o conceito decompetncia comunicativa, que englobava o conceito de competncialingstica chomyskiano. Outro a criticar o conceito de competncialingstica foi Henry Widdowson, que props que o discursotambm fosse includo no conceito de competncia. Foi Widdowsonquem enfatizou a importncia da anlise do discurso e dacoeso e coerncia textuais para o ensino de lnguas estrangeiras.No entanto, coube a Michael Canale elaborar o conceito decompetncia comunicativa mais usado at hoje: competnciacomunicativa o conhecimento e a habilidade de usar esseconhecimento para se comunicar. Esse conhecimento e essahabilidade se referem a quatro dimenses da competnciacomunicativa de um falante-ouvinte: competncia gramatical,competncia discursiva, competncia sociocultural e competnciaestratgica.

    Estavam abertos, assim, os caminhos para que o ensinocomunicativo de lnguas se desenvolvesse nos anos 70 e 80,atraindo a ateno de um grande nmero de professores delnguas estrangeiras. A reao contra o mtodo audiolingual seespalhou, gerando um mito interessante entre os professores:

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    no necessrio se ensinar gramtica, pois o estudante aadquire a partir das atividades comunicativas realizadas nasala de aula. Essa reao estava intimamente ligada ao fatode os adeptos do mtodo audiolingual darem nfase demais aoensino das formas lingsticas, da gramtica descontextualizada.Contudo, nenhum terico do ensino comunicativo de lnguasjamais afirmou que no se deve ensinar gramtica formalmente.Eles so contrrios ao ensino de lnguas que d nfase excessivas estruturas lingsticas. interessante notar que esse mitolembra muito a posio de alguns funcionalistas atualmente,segundo a qual a estrutura apenas uma iluso que s existeno momento da comunicao.

    Esse breve histrico do ensino de lnguas estrangeirasmostra duas posies tericas de ensino que dominam o ensinode lnguas estrangeiras: o audiolingualismo e a abordagemcomunicativa. Ainda hoje, h discusses em torno da instruoformal da gramtica: o professor deve ou no ensinar a gramticada lngua em sala de aula? O que mais importante: a formada lngua ou o uso da lngua? Percebe-se a, claramente, umparalelo com o debate em torno do formalismo e do funcionalismo:isso OU aquilo? estrutura OU uso? Ser possvel, na prtica,substituir o OU que permeia esses debates por um E ?

    THE PIE CHART

    Para Marianne Celce-Murcia, da Universidade da Califrnia,Los Angeles, e Diane Larsen-Freeman, da School for InternationalTraining, Vermont, o ensino de lngua estrangeira deve englobartanto a anlise de estrutura da lngua quanto a interao socialcom propsitos comunicativos. Em outras palavras, uma coisano deve excluir a outra o contexto social no qual o atocomunicativo ocorre relevante para a anlise da estruturalingstica e a anlise da estrutura lingstica relevante parao entendimento do ato comunicativo dentro de um contextosocial.

    Para Celce-Murcia e Larsen-Freeman (1999, p. 5-6), agramtica no deve ser vista como uma gramtica lingsticaapenas, na qual se buscam explicaes internas ao sistema

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    para compreender seus fenmenos. A gramtica, no ensino delngua estrangeira, deve ser vista como uma gramtica pedaggica,que leve em conta explicaes internas e externas ao sistemalingstico exatamente porque tal ensino tem como objetivolevar o estudante a se comunicar na lngua estudada.

    Foi com essa idia de gramtica pedaggica em mente queCelce-Murcia e Larsen-Freeman propuseram, no incio dosanos 80, um instrumento pedaggico para o ensino da gramtica:o pie chart, que tem o seguinte formato:

    O pie chart a representao grfica do conceito degramtica que Celce-Murcia e Larsen-Freeman propem aosprofessores de lnguas estrangeiras. Em vez de lidar apenascom a estrutura lingstica, o professor de lngua estrangeiradeve tambm lidar com o sentido e o uso dessa estrutura.

    A fatia FORM (forma) do pie chart responde perguntaComo a estrutura formada?. Ela diz respeito forma lingsticaque o aluno vai estudar. A fatia MEANING (significado) responde pergunta O que a estrutura significa?. Ela diz respeito aoaspecto semntico do item lingstico apresentado ao estudante.Finalmente, a fatia USE (uso) responde pergunta Quandoe por que se usa a estrutura?. o aspecto pragmtico do itemgramatical estudado.

    FORM

    MEANING

    USE

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    A proposta feita por Celce-Murcia e Larsen-Freeman nomais enxergar um item gramatical apenas como uma formalingstica cujo aspecto semntico e cujo contexto social emque ocorre no possuem relevncia nenhuma. preciso queas trs dimenses sejam levadas em considerao para que oensino de uma lngua estrangeira seja bem conduzido. svezes, a forma lingstica no representa nenhuma dificuldadepara o estudante de lnguas estrangeiras: a dificuldade parao estudante pode estar no nvel semntico ou no nvel pragmticoda estrutura. O pie chart vai ajudar o professor a localizar area que representar maior dificuldade para o estudante e,assim, a planejar sua aula de acordo com essa dificuldade. Umexemplo so os chamados phrasal verbs. O estudante brasileirono tem nenhuma dificuldade em aprender que eles so usadosem situaes informais, ou seja, a fatia USE no problemapara ele. Seu maior problema ser a fatia MEANING, pois htrs tipos de phrasal verbs no que diz respeito ao aspectosemntico: os verbos literais, os verbos figurativos e os verboscompletivos. J no caso do present perfect tense, as fatias quecausam mais dificuldade ao estudante brasileiro so a doMEANING e a do USE: formar o present perfect tense simplespara o estudante brasileiro, mas o que significa e quando us-lo so problemticos para ele.

    Celce-Murcia e Larsen-Freeman (1999, p. 5) admitem que,s vezes, difcil estabelecer limites bem delineados entre ospedaos da torta, principalmente entre uso e significado. Apesardisso, o pie chart uma ferramenta pedaggica muito til parao professor de lngua estrangeira e, tambm, uma prova de queo estudo da forma lingstica e o estudo do uso da lnguapodem contribuir muito mais se forem considerados como partesde um todo ao invs de alternativas. Como recomenda Larsen-Freeman (Badalamenti: xiii):

    (...) it is crucial to recognize that the use ofgrammatical structures involves more than havingstudents achieve formal accuracy. Students mustbe able to use the structures meaningfully andappropriately as well.

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    Ser que os funcionalistas e os formalistas no podempensar da mesma maneira que Larsen-Freeman e Celce-Murcia?Ou seja, que forma lingstica e uso da lngua so partes deum mesmo todo?

    CONCLUSO

    O pie chart, apresentado brevemente na seo anterior,demonstra que a viso de lngua como um conjunto de elementosestruturais e a viso de lngua como um instrumento de interaosocial para a comunicao podem ser unidas em benefcio doensino de lngua estrangeira. Nessa proposta, pode-se enxergarclaramente a presena do formalismo na fatia FORM e apresena do funcionalismo na fatia USE. A questo agora no mais forma OU uso, mas sim forma E uso. O conectivo foimudado. No Brasil, j h tericos que vem a lngua como umconjunto de estruturas lingsticas que um indivduo usa dentrode um determinado contexto social e cultural para se comunicar.Veja-se, por exemplo, a posio de Neves (1990, p. 49-50):

    A lngua em uso oferece complicadores no nvelsemntico e no nvel pragmtico-discursivo. E alngua em funcionamento que tem de ser objeto deanlise em nvel pedaggico, j que acompartimentao da gramtica como disciplinadesvinculada do uso da lngua tem sido um dosgrandes bices prpria legitimao da gramticacomo disciplina com lugar no ensino da lnguaportuguesa.

    O fato de paradigmas serem diferentes, como o funcionalismoe o formalismo, no implica necessariamente que eles tenhamque ser excludentes, como bem lembram Dillinger (1991) eNascimento (1989). Em Lingstica, assim como em qualqueroutra cincia, pensar em dicotomia, no que melhor ou pior, pensar de forma muito limitada no sentido de no enxergaraquilo que outros paradigmas podem oferecer para elevar oconhecimento atual sobre os fenmenos lingsticos. Por isso,

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    funcionalistas e formalistas deveriam parar de discutir sobrequal teoria melhor ou pior e unir foras para que os fenmenoslingsticos possam ser melhor compreendidos. Afinal, soambos, funcionalismo e formalismo, fatias da mesma torta.

    REFERNCIAS

    CELCE-MURCIA, M.; LARSEN-FREEMAN, D. The grammar book.2. ed. EUA: Heinle & Heinle, 1999.

    DILLINGER, M. Forma e funo na Lingstica. D.E.L.T.A., v. 7, n.1, p. 395-407, 1991.

    LARSEN-FREEMAN, D. Introduction. In: BADALAMENTI, V.; HENNER-STANCHIA, C. Grammar dimensions: form, meaning, and use.Boston: Heinle & Heinle, 1993.

    NASCIMENTO, M. Teoria gramatical e mecanismos funcionais.D.E.L.T.A., v. 6, n. 1, p. 83-98, 1989.

    NEVES, M. H. M. A gramtica funcional. So Paulo: MartinsFontes, 1997. p. 43-47.

    ______. Gramtica na escola. So Paulo: Contexto, 1990.

    VOTRE, S. NARO, A. J.; Mecanismos funcionais do uso da lngua:funo e forma. D.E.L.T.A., v. 7, n. 2, p. 167-184, 1989.