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1 Cogeração inovadora Cogeração inovadora no Brasil no Brasil Luiz A. Horta Nogueira Instituto de Recursos Naturais Universidade Federal de Itajubá VII Seminário de Geração Distribuída Fórum de Geração Distribuída e Cogeração Instituto Nacional de Eficiência Energética Rio de Janeiro, 2004

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Cogeração inovadoraCogeração inovadorano Brasilno Brasil

Luiz A. Horta NogueiraInstituto de Recursos NaturaisUniversidade Federal de Itajubá

VII Seminário de Geração DistribuídaFórum de Geração Distribuída e CogeraçãoInstituto Nacional de Eficiência EnergéticaRio de Janeiro, 2004

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2L.A. Horta Nogueira, 2004

Cogeração inovadora no BrasilCogeração inovadora no Brasil

1. Cogeração e inovação

2. Novos mercados para a cogeração

3. Estratégias para expandir a nova cogeração

4. Algumas conclusões

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3L.A. Horta Nogueira, 2004

Cogeração inovadora noCogeração inovadora noBrasilBrasil

1. Cogeração e inovação

2. Novos mercados para a cogeração

3. Estratégias para expandir a nova cogeração

4. Algumas conclusões

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4L.A. Horta Nogueira, 2004

1. Cogeração e inovação

O que é cogeração:

Uso racional de uma fonte térmica,para produzir trabalho e calor útil.

O que não é cogeração:

Geração distribuída.Geração interligada.Uso de energias renováveis.Uso de novas tecnologias.

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1. Cogeração e inovaçãoJá no Século XVIII, James Watt sugeriu o uso dovapor exausto das máquinas de vapor para fins deaquecimento. No início da indústria da energiaelétrica, a cogeração foi extensamente aplicada.

Máquina a vapor de Watt e Boulton,1788

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AS DUAS ERAS DA COGERAÇÃO

Operação interligadaOperação independenteRelação com aconcessionária

TodosResiduais (bagaço, cascas)Combustíveisempregados

Turbinas a gás e cicloscombinadosTurbinas a vaporEquipamento de

geração predominante

Venda de excedentes eredução de emissões

Autosuficiência deenergia elétrica

Motivação básica

Cogeração inovadoraCogeração tradicional

Casa de Força do Sistema de Cogeraçãode uma Usina de Açúcar

Unidade de Cogeração comMicroturbina a Gás

1. Cogeração e inovação

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CAPACIDADE INSTALADA EM SISTEMAS DECOGERAÇÃO NO BRASIL EM 1998

Sucro-alcooleiro38%

Químico15%

Refino de petróleo7%

Siderúrgico13%

Papel e celulose27%

1. Cogeração e inovação

2,6 GW

Fonte: Eletrobrás, 1998

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Cogeração inovadora noCogeração inovadora noBrasilBrasil

1. Cogeração e inovação

2. Novos mercados para a cogeração

3. Estratégias para expandir a nova cogeração

4. Algumas conclusões

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CONDIÇÕES PROPÍCIAS À COGERAÇÃO

n Existência de demandas simultâneas de

potência e calor (ou frio)

n Disponibil idade de um combustível

residual ou de baixo custo

n Estabil idade de operação

n Operação por períodos prolongados

n Tarifas elétricas não subsidiadas

n Possibil idade de venda de excedentes

2. Novos mercados para a Cogeração

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POTENCIAIS COGERADORES NO SETORTERCIÁRIO:

n Hotéis e motéis

n Hospitais

n Centros Comerciais (Shopping Centers)

n Aeroportos

n Centros gráficos

n outros

2. Novos mercados para a Cogeração

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2. Novos mercados para a CogeraçãoCURVAS DE CARGA PARA UM HOSPITAL DEGRANDE PORTE

200

250

300

350

400

450

500

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23

Horas

Car

ga T

érm

ica

(TR

´s)

Fonte: Gonzalez, R., Nebra, S.A.,Walter, A.C.S. (Unicamp),

IV CBPE, 2004

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2. Novos mercados para a Cogeração

INDICADORES ENERGÉTICOS ANUAIS PARACENTROS COMERCIAIS

Fonte: Poole, A., Poole, J., E. Moderna, 2000

Em centros comerciais cerca de 30% dos custos decondomínio estão associados a energia. Algunsconsumidores comprometem um volumeimportante de recursos na fatura energética.

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2. Novos mercados para a CogeraçãoESTUDOS DE VIABILIDADE DE

PLANTAS DE COGERAÇÃOPrograma COGET ( UNIFEI/CONPET)

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2. Novos mercados para a CogeraçãoINDICADORES DE VIABILIDADE ECONÔMICA(Estudo para um hospital, 1,6 a 5 MWe instalados,para eletricidade, vapor e ar condicionado)Impacto do custo do gás natural:

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

2 0

0,05 0,07 0,09 0,11 0,13 0,15

C u s t o d e G a s N a t u r a l ( U S $ / m ³ )

IB-1

IB-2

UN-1

UN-2

KO-1

ST-1

Fonte: Gonzalez, R., Nebra, S.A., Walter, A.C.S. (UNICAMP), IV CBPE, 2004

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2. Novos mercados para a CogeraçãoINDICADORES DE VIABILIDADE ECONÔMICA(Estudo para um centro comercial, com 2 MWe degeração elétrica e 2200 TR de ar condicionado)Impacto da tarifa de energia elétrica:

Fonte: Mata, C.R. (UNIFEI), 2003

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2. Novos mercados para a CogeraçãoAtualmente existem no Brasil diversas plantas decogeração, com capacidades da ordem de 1 a 10MW, instaladas e operando em centroscomerciais, hotéis/motéis, escolas, entre outros.

A tecnologia mais adotada vem sendo os motoresalternativos e para produção de frio são utilizadosos sistemas de absorção aquecidosindiretamente a vapor.

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2. Novos mercados para a CogeraçãoAinda em desenvolvimento, mas comperspectivas favoráveis, a cogeração em blocosde potências inferiores a 100 kW, para usosresidenciais, vem sendo experimentada emdiversos países.

Fonte: Sakatsume,F.H., PPE/COPPE/UFRJ, 2004

Cogeração residencial Equipamentos para microcogeração (< 10 kW)

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Cogeração inovadora noCogeração inovadora noBrasilBrasil

1. Cogeração e inovação

2. Novos mercados para a cogeração

3. Estratégias para expandir a nova cogeração

4. Algumas conclusões

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n Revisar o marco tributário sobre equipamentos (tributos edepreciação mais acelerada, medida parcial/ introduzida)

n Adequação do marco tarifário para o gás natural (como em SP)

n Definição dos procedimentos de distribuição e de rede parainterconexão (Vide Cartilha de Acesso ONS)

n Definição das tarifas de energia elétrica de back up (Sugestão: 10%acima do valor de fornecimento contínuo, para 98% de disponibilidade,variando com o desempenho, NEWMAR)

Para estimular a implementação de projetos decogeração no setor terciário, inclusive utilizandounidades stand by eventualmente disponíveis, algumasmedidas convencionais podem ser sugeridas, prevendoum tratamento diferenciado para plantas qualificadas:

3. Estratégias para expandir a novacogeração

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Particularmente para plantas de pequena capacidade,poderia ser avaliada a introdução compulsória do “netmetering” (medição bidirecional), já implementada emdiversos países.

Nesse sistema, a concessionária de distribuição na qualo cogerador está interligado recebe um valor fixo peloserviço de interconexão e cobra apenas pela quantidadelíquida de energia entregue.

3. Estratégias para expandir a novacogeração

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Para alguns setores de maior potencial, como hoteleiro,centros comerciais e aeroportos, o estabelecimento deprotocolos específicos, com metas, instrumentos defomento e a promoção de projetos de demonstraçãopode levar a bons resultados.

A agressiva política de redução de tarifas de energia dealgumas concessionárias (“selective rate discounting”)para reduzir a expansão da cogeração em seu mercadodeve ser avaliada do ponto de vista legal e de suasefetivas implicações para o cogerador.

3. Estratégias para expandir a novacogeração

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Cogeração inovadora noCogeração inovadora noBrasilBrasil

1. Cogeração e inovação

2. Novos mercados para a cogeração

3. Estratégias para expandir a nova cogeração

4. Algumas conclusões

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n Há um significativo potencial deracionalização energética na cogeração nãotradicional no Brasil, em especial utilizandogás natural e em setores como centroscomerciais, hotéis, aeroportos, etc.

n As condições de viabilidade econômica sãoainda marginais na maior parte dos casos.

n É oportuno implementar medidas de fomentode caráter tributário e regulatório para aintrodução da cogeração nesse contexto.

4. Conclusões

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SCE’s Perspective on DG

n DG encompasses a broad range of technologies and applications withdifferent characteristics. Accordingly policymakers should not adoptbroad DG policies that do not recognize these differing characteristics

n Some are eff icient, some are not

n Some are environmental ly beneficial , some are not

n Some are cost-effective, some are not

n SCE welcomes all new generators to its grid

n SCE offers a reasonable & expeditious interconnection process

n SCE interconnection rules have been standardized and streamlinedunder Rule 21 - available at www.SCE.com

n SCE believes utility rates should not contain hidden disincentives orsubsidies

n Uti l i ty rates should be based on cost of providing the service

n No broad expansion of net meter ing