Fossa Filtro

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SANEAMENTO BÁSICO I SANEAMENTO BÁSICO I Fossa Séptica Fossa Séptica Prof. Cléria Rodrigues de Oliveira Prof. Cléria Rodrigues de Oliveira E-MAIL: [email protected] E-MAIL: [email protected] 99526 - 9510 99526 - 9510

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  • SANEAMENTO BSICO IFossa Sptica Prof. Clria Rodrigues de Oliveira E-MAIL: [email protected] - 9510

  • Tanque spticoHistricoOs registros de carter histricos apontam como inventor do tanque sptico .Jean Louis Mouras. que, em 1860, construiu, na Frana, um tanque de alvenaria, onde passava os esgotos, restos de comida e guas pluviais, antes de ir para o sumidouro. Este tanque, fora aberto 12 anos mais tarde e no apresentava acumulada a quantidade de slidos que foi previamente estimada em funo da reduo apresentada no efluente lquido do tanque.

  • Definio

    Os tanques spticos so cmaras fechadas com a finalidade de deter os despejos domsticos, por um perodo de tempo estabelecido, de modo a permitir a decantao dos slidos e reteno do material graxo contido nos esgotos transformando-os bioquimicamente, em substncias e compostos mais simples e estveis.

  • Funcionamento

    a) reteno: o esgoto detido na fossa por um perodo racionalmente estabelecido, que pode variar de 12 a 24 horas, dependendo das contribuies afluentes, (tabela 13);b) decantao: simultaneamente fase de reteno, processa-se uma sedimentao de 60% a 70% dos slidos em suspenso contidos nos esgotos, formando-se o lodo.Parte dos slidos no decantados, formados por leos, graxas, gorduras e outros materiais misturados com gases retida na superfcie livre do lquido, no interiordo tanque sptico, denominados de escuma;

  • c) digesto: tanto o lodo como a escuma so atacados por bactrias anaerbias, provocando uma destruio total ou parcial de organismos patognicos;d) reduo de volume: da digesto, resultam gases, lquidos e acentuada reduo de volume dos slidos retidos e digeridos, que adquirem caractersticas estveis capazes de permitir que o efluente lquido do tanque sptico possa ser lanado em melhores condies de segurana do que as do esgoto bruto.

  • Afluentes do tanque sptico

    O tanque sptico projetado para receber todos os despejos domsticos (de cozinhas,lavanderias domiciliares, lavatrios, vasos sanitrios, bids, banheiros, chuveiros, mictrios,ralos de piso de compartimento interior, etc.). recomendada a instalao de caixa de gordura na canalizao que conduz despejos das cozinhas para o tanque sptico.So vetados os lanamentos de qualquer despejo que possam causar condies adversas ao bom funcionamento dos tanques spticos ou que apresentam um elevado ndice de contaminao

  • a) caixa de gorduraAs guas servidas, destinadas aos tanques spticos e ramais condominiais, devem passar por uma caixa especialmente construda com a finalidade de reter as gorduras. Essa medida tem por objetivo prevenir a colmatao dos sumidouros.

  • Dimensionamento (ABNT - NBR n 7.229/1993)a) frmula para tanque sptico de uma cmaraV = Volume til, em litrosN = Nmero de pessoas ou unidades de contribuioC = Contribuio de despejos, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia(tabela 13)T = Perodo de deteno, em dias (tabela 14)K = Taxa de acumulao de lodo digerido em dias, equivalente ao tempo de acumulao de lodo fresco (tabela15)Lf = Contribuio de lodo fresco, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia ou em litro/unidade x dia (tabela 13)

  • Disposio do efluente lquido dos tanques spticos

    O efluente lquido potencialmente contaminado, com odores e aspectos desagradveis, exigindo, por estas razes, uma soluo eficiente de sua disposio.Entre os processos eficientes e econmicos de disposio do efluente lquido das fossas tm sido adotados os seguintes tipos:. diluio (corpos d.gua receptores): para o tanque sptico a proporo de 1:300;. sumidouro;. vala de infiltrao e filtrao;. filtro de areia;. filtro anaerbio.

  • A escolha do processo a ser adotado deve considerar os seguintes fatores:. natureza e utilizao do solo;. profundidade do lenol fretico;. grau de permeabilidade do solo;. utilizao e localizao da fonte de gua de subsolo utilizada para consumo humano;. volume e taxa de renovao das gua de superfcie.

  • Disposio do lodo e escuma

    A parte slida retida nas fossas spticas (lodo) dever ser renovada periodicamente, de acordo com o perodo de armazenamento estabelecido no clculo destas unidades. A falta de limpeza no perodo fixado acarretar diminuio acentuada da sua eficincia.Pequeno nmero de tanques spticos instalados e de pouca capacidade no apresentam problemas para a disposio do lodo. Nestes casos, o lanamento no solo, a uma profundidade mnima de 0,60m, poder ser uma soluo, desde que o local escolhido no crie um problema sanitrio.Quando o nmero de tanque sptico for bastante grande ou a unidade utilizada de grande capacidade, o lodo no poder ser lanado no solo, mas sim encaminhado para um leito de secagem.No admissvel, o lanamento de lodo e escuma removidos dos tanques spticos, nos corpos de gua ou galerias de guas pluviais.

  • Operao e manuteno. para que ocorra um bom funcionamento, o tanque sptico, antes de entrar em operao, deve ser enchido com gua a fim de detectar possveis vazamentos;. a remoo do lodo deve ocorrer de forma rpida e sem contato do mesmo com o operador. Para isso recomenda-se a introduo de um mangote, pela tampa de inspeo, para suco por bombas;. as valas de filtrao ou de infiltrao e os sumidouros devem ser inspecionados semestralmente;. havendo a reduo da capacidade de absoro das valas de filtrao, infiltrao e sumidouros, novas unidades devero ser construdas;. tanto o tanque sptico como o sumidouro, quando abandonados, devero ser enchidos com terra ou pedra.

  • Filtro anaerbioDefinioO filtro anaerbio (formado por um leito de brita n 4 ou n 5) est contido em um tanque de forma cilndrica ou retangular, que pode ser com fundo falso para permitir o escoamento ascendente de efluente do tanque sptico ou sem fundo falso, mas totalmente cheio de britas.

  • Processo

    O filtro anaerbio um processo de tratamento apropriado para o efluente do tanque sptico, por apresentar resduos de carga orgnica relativamente baixa e concentrao pequena de slidos em suspenso.As britas n 4 ou n 5, retero em sua superfcie as bactrias anaerbias (criando um campo de microorganismo), responsveis pelo processo biolgico, reduzindo a Demanda Bioqumica de Oxignio (DBO) quadro 14.

  • Dimensionamento

    A NBR n 13.969/1997, preconiza para dimensionamento as seguintes frmulas:

    . Volume til (V)onde: V = 1,60 . N.C.T

    V = Volume til do leito filtrante em litros;N = Nmero de contribuintes;C = Contribuio de despejos, em litros x pessoa/dia (tabela 13);T = Tempo de deteno hidrulica, em dias (tabela 14);

  • seo horizontal (S)onde:V = Volume til calculado em m3;S = rea da seo horizontal em m2;a) aspectos a serem observados na construo do filtro anaerbio. o tanque tem que ter forma cilndrica ou retangular;. leito filtrante composto de britas (n 4 ou n 5). A altura do leito filtrante, j incluindo a altura do fundo falso, deve ser limitada a 1,20m;. a altura do fundo falso deve ser limitada a 0,60m, j incluindo a espessura da laje;. o volume til mnimo do leito filtrante deve ser de 1.000 litros.;.

  • a carga hidrosttica mnima no filtro de 1kPa (0,10m); portanto, o nvel da sada do efluente do filtro deve estar 0,10m abaixo do nvel de sada do tanque sptico;. fundo falso deve ter aberturas de 2,5cm, a cada 15cm. O somatrio da rea dos furos deve corresponder a 5% da rea do fundo falso;. A altura total do filtro anaerbio, em metros, obtida pela equao H=h+h1+h2,onde: H a altura total interna do filtro anaerbio, h a altura total do leito, h1 a altura da calha coletora ou lmina livre e h2 a altura sobressalente ou do vo livre (varivel).

  • SumidouroHistrico

    O lanamento dos esgotos domsticos no subsolo uma prtica to natural e lgica, tendo pesquisas arqueolgicas registrado que h cerca de 6.000 anos os habitantes de Sumere (regio Sul do antigo imprio Caldeu) descarregavam seus esgotos em covas, cujas profundidades variavam de 12 a 15 metros. Em um dos ltimos livros da Bblia, Deuteronmio, Moiss ordenava que os despejos humanos fossem enterrados fora da rea do acampamento.

  • Definio

    Os sumidouros tambm conhecidos como poos absorventes ou fossas absorventes, so escavaes feitas no terreno para disposio final do efluente de tanque sptico, que se infiltram no solo pela rea vertical (parede). Segundo a ABNT, NBR n 13.969/1997 seu uso favorvel somente nas reas onde o aqfero profundo, onde possa garantir a distncia mnima de 1,50m (exceto areia) entre o seu fundo e o nvel aqfero mximo.

  • Dimensionamento

    As dimenses dos sumidouros so determinadas em funo da capacidade de absoro do terreno (tabela 11).Como segurana, a rea do fundo no dever ser considerada, pois o fundo logo se colmata.a rea de infiltrao necessria em m2 para o sumidouro calculada pela frmula:

  • onde:

    A = rea de infiltrao em m2 (superfcie lateral);V = Volume de contribuio diria em litros/dia, que resulta da multiplicao do nmero de contribuintes (N) pela contribuio unitria de esgotos (C), conforme tabela 13;Ci = Coeficiente de infiltrao ou percolao (litros/m2 x dia) obtido no grfico da figura 81.

  • frmula para calcular a profundidade do sumidouro cilndrico:

  • Detalhes construtivos

    Os sumidouros devem ser construdos com paredes de alvenaria de tijolos, assentes com juntas livres, ou de anis (ou placas) pr-moldados de concreto, convenientemente furados. Devem ter no fundo, enchimento de cascalho, coque ou brita no 3 ou 4, com altura igual ou maior que 0,50m.As lajes de cobertura dos sumidouros devem ficar ao nvel do terreno, construdas em concreto armado e dotados de abertura de inspeo de fechamento hermtico, cuja menor dimenso ser de 0,60m.Na construo do sumidouro, manter a distncia mnima de 1,50m entre o fundo do poo e o nvel do lenol fretico.

  • Sumidouro cilndrico

  • Vala de infiltraoDefinio

    O sistema de vala de infiltrao consiste em um conjunto de canalizaes assentado a uma profundidade determinada, em um solo cujas caractersticas permitam a absoro do esgoto efluente do tanque sptico. A percolao do lquido atravs do solo permitir a mineralizao dos esgotos, antes que os mesmos se transformem em fonte de contaminao das guas subterrneas e de superfcie. A rea por onde so assentadas as canalizaes de infiltrao tambm so chamados de campo de nitrificao.

  • DIMENSIONAMENTO

    Para determinao da rea de infiltrao do solo, utiliza-se a mesma frmula do sumidouro, ou seja: A = V/Ci. Para efeito de dimensionamento da vala de infiltrao, a rea encontrada se refere apenas ao fundo da vala.No dimensionamento tem que se levar em conta as seguintes orientaes:- em valas escavadas em terreno, com profundidade entre 0,60m e 1,00m, largura mnima de 0,50m e mxima de 1,00m, devem ser assentados em tubos de drenagem de no mnimo 100mm de dimetro;

  • - a tubulao deve ser envolvida em material filtrante apropriado e recomendvel para cada tipo de tubo de drenagem empregado, sendo que sua geratriz deve estar a 0,30m acima da soleira das valas de 0,50m de largura ou at 0,60m, para valas de 1,00m de largura. Sobre a cmara filtrante deve ser colocado papelo alcatroado, laminado de plstico, filme de termoplstico ou similar, antes de ser efetuado o enchimento restante da vala com terra;- a declividade da tubulao deve ser de 1:300 a 1:500;- deve haver pelo menos duas valas de infiltrao para disposio do efluente de um tanque sptico;

  • - comprimento mximo de cada vala de infiltrao de 30m;- espaamento mnimo entre as laterais de duas valas de infiltrao de 1,00m;- a tubulao de efluente entre o tanque sptico e os tubos instalados nas valas de infiltrao deve ter juntas tomadas;- comprimento total das valas de infiltrao determinado em funo da capacidade de absoro do terreno, calculada segundo a formula A=V/Ci;- esquema de instalao do tanque sptico e valas de infiltrao deve ser executado conforme figura 104.. exemplos de clculo para dimensionamento de campos de absoro (galeria de infiltrao):

  • - o efluente dirio de um tanque sptico de 2.100 litros e o coeficiente de infiltrao do terreno de 68 litros/m2/dia. Dimensionar o campo de absoro.

  • c) esquema de instalao de tanque sptico e valas de infiltrao

  • DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE TRATAMENTO

    Dados:

    Nmero de pessoas: 80

    Contribuio per capita de esgotos: 100 L / pessoa x dia

    FOSSA SPTICA

    De acordo com a NBR 7229 da ABNT, o volume til da fossa sptica pode ser calculado por:

    V = 1000 + N(CT + KLf), em que:

    V: Volume til da fossa sptica, em litros

    N: Nmero de pessoas contribuintes

    C: Contribuio de despejos, em l / pessoa x dia

    T: Perodo de deteno, em dias

    K: Taxa de acumulao de lodo digerido

    Lf: Contribuio de lodo fresco, em L / pessoa x dia

  • DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE TRATAMENTO

    Dados:

    Nmero de pessoas: 80

    Contribuio per capita de esgotos: 100 L / pessoa x dia

    FOSSA SPTICA

    De acordo com a NBR 7229 da ABNT, o volume til da fossa sptica pode ser calculado por:

    V = 1000 + N(CT + KLf), em que:

    V: Volume til da fossa sptica, em litros

    N: Nmero de pessoas contribuintes

    C: Contribuio de despejos, em l / pessoa x dia

    T: Perodo de deteno, em dias

    K: Taxa de acumulao de lodo digerido

    Lf: Contribuio de lodo fresco, em L / pessoa x dia

  • Para o caso em questo, de acordo com a Tabela 1 da NBR 7229, Lf = 1, de acordo com a Tabela 2, T = 0,58 e, de acordo com a Tabela 3, K = 65. Portanto, tem-se:

    V = 1000 + N(100x0,58 + 65x1)

    V = 10.840 L

    Considerando-se a profundidade til Hu = 1,80 m, a rea em planta da fossa dever ser:

    A =

    = 6,0 m2

    Dever ser utilizada uma fossa sptica de (2,5 x 2,5) m de dimenses em planta.

    _1136709030.unknown

  • 2,50 m

    Inspeo

    T D = 150 mmT D = 150 mm

    PVCPVC

    0,70 m

    Entrada

    Sada

    Limpeza

    D = 150 mm

    A

    0,70 mA2,5 m

  • CORTE A-A

    0, 90 m0,70 m

    0,90 m

    Inspeo

    0,2 m0,1 m0,3 m

    0,3 m 0,60m

    0,1 m0,3 m

    0,7 m 0,5 mSada

    D150mm

    Tubo de Entrada Tubo de

    0,3 m D = 150 mm Limpeza (D = 150 mm)

    0,3 m 1,80 m

    0,3 m

    2,50 m

  • FILTRO ANAERBIO

    De acordo coma NBR 7229 da ABNT, o volume til da Filtro Anaerbio pode ser calculado por:

    V = 1,6 NCT, em que:

    V: Volume til da fossa sptica, em litros

    N: Nmero de pessoas contribuintes

    C: Contribuio de despejos, em l / pessoa x dia

    T: Perodo de deteno, em dias

  • Para T = 0,5 dias, tem-se:

    V = 1,6 x 80 x 100 x 0,5 = 6.400 L

    Considerando-se a profundidade do leito de pedras (Brita no 4) igual a 1,2 m, tem-se:

    V =

    = 5,3 m2

    Dever ser utilizado um filtro anaerbio de (2,5 x 2,5) m de dimenses em planta, perfazendo uma rea de 6,25 m2.

    _1136708956.unknown

  • A

    2,50 m

    Inspeo

    Canaleta

    0,70 m

    0,20 mTubo de sada

    Tubo de entradaD = 150 mm

    D = 150 mm

    0,70 m

    2,5 m

  • CORTE A - A

    0,90 m0,70 m0,90 m

    Inspeo

    Canaleta0,3 m

    0,15 m0,15 m

    0,3 m

    2,2 m

    BRITA No 4

    1,2 m

    0,1 m

    Placa Perfurada0,3 m

    2,50 m

  • FOSSA SPTICA

    2,90

    2,50

    NA=2,40 FILTRO ANAERBIO

    2,20

    NA=1,90

    1,60

    0,60

    /////////////BRITA 4

    0,00

    /////////

  • LAY OUT DO SISTEMA DE TRATAMENTO

    FOSSACAIXAFILTRO

    SPTICADEANAERBIO

    PASSAGEM