Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS ›...
Transcript of Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS ›...
![Page 1: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/1.jpg)
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE
CHRYSTIANNE MARTINS DE ANDRADE MENDANHA
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL: A Utilização do Endomarketing no
Auxílio do Gerenciamento dos Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde
BELÉM – PA
2015
![Page 2: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/2.jpg)
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE
CHRYSTIANNE MARTINS DE ANDRADE MENDANHA
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL: A Utilização do Endomarketing no
Auxílio do Gerenciamento dos Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde
Dissertação de Mestrado apresentado ao Programa de
Pós-Graduação em Ciências e Meio Ambiente da
Universidade Federal do Pará (UFPA), como
requisito para a obtenção do título de Mestre em
Ciências e Meio Ambiente.
Orientador: Prof. Dr. Davi do Socorro Barros Brasil
Área de concentração: Meio Ambiente
BELÉM – PA
2015
![Page 3: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/3.jpg)
Mendanha, Chrystianne Martins de Andrade, 1993- Responsabilidade socioambiental a utilização doendomarketing no auxílio do gerenciamento dos resíduossólidos de serviço de saúde / Chrystianne Martins deAndrade Mendanha. - 2015.
Orientador: Prof. Davi do Socorro Barros Brasil. Dissertação (Mestrado) - UniversidadeFederal do Pará, Instituto de Ciências Exatas eNaturais, Programa de Pós-Graduação em Ciênciase Meio Ambiente, Belém, 2015.
1. Resíduos sólidos-Saúde ehigiene-Administração. 2. Avaliação de riscosambientais. 3. Infecção hospitalar-Avaliação deriscos de saúde. 4. Endomarketing. I. Título.
CDD 22. ed. 363.7285
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)Sistema de Bibliotecas da UFPA
![Page 4: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/4.jpg)
![Page 5: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/5.jpg)
O lixo
Encontram-se na área de serviço. Cada um com seu pacote de lixo. É a primeira vez que se
falam.
- Bom dia...
- Bom dia.
- A senhora é do 610.
- E o senhor do 612
- Eu ainda não lhe conhecia pessoalmente...
- Desculpe a minha indiscrição, mas tenho visto o seu lixo...
- O meu quê?
- O seu lixo.
- Ah...
- Reparei que nunca é muito. Sua família deve ser pequena...
- Na verdade sou só eu.(...)
- A senhora... Você não tem família?
- Tenho, mas não aqui.
- No Espírito Santo.
- Como é que você sabe?
- Vejo uns envelopes no seu lixo. Do Espírito Santo.(...)
- De um dia para o outro começaram a aparecer carteiras de cigarro amassadas no seu lixo.
- É verdade. Mas consegui parar outra vez.
- Eu, graças a Deus, nunca fumei.
- Eu sei. Mas tenho visto uns vidrinhos de comprimido no seu lixo...
- Tranquilizantes. Foi uma fase. Já passou.
- Você brigou com o namorado, certo?
- Isso você também descobriu no lixo?
- Primeiro o buquê de flores, com o cartãozinho, jogado fora. Depois, muito lenço de papel.
- É, chorei bastante, mas já passou.(...)
- Mas há uns dias tinha uma fotografia de mulher no seu lixo. Até bonitinha.
- Eu estava limpando umas gavetas. Coisa antiga.
- Você não rasgou a fotografia. Isso significa que, no fundo, você quer que ela volte.
- Você já está analisando o meu lixo!
- Não posso negar que o seu lixo me interessou.
- Engraçado. Quando examinei o seu lixo, decidi que gostaria de conhecê-la. Acho que foi a
poesia.
- Não! Você viu meus poemas? (...)
- Só não fiquei com eles porque, afinal, estaria roubando. Se bem que, não sei: o lixo da
pessoa ainda é propriedade dela?
- Acho que não. Lixo é domínio público.
- Você tem razão. Através do lixo, o particular se torna público. O que sobra da nossa vida
privada se integra com a sobra dos outros. O lixo é comunitário. É a nossa parte mais social. Será isso?
- Bom, aí você já está indo fundo demais no lixo. Acho que...
- Ontem, no seu lixo...
- O quê?
- Me enganei, ou eram cascas de camarão?
- Acertou. Comprei uns camarões graúdos e descasquei.
- Eu adoro camarão.
- Descasquei, mas ainda não comi. Quem sabe a gente pode...
- Jantar juntos?
- Não quero dar trabalho.
- Trabalho nenhum.
- Vai sujar a sua cozinha?
- Nada. Num instante se limpa tudo e põe os restos fora.
- No seu lixo ou no meu? (Luiz Fernando Veríssimo)
![Page 6: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/6.jpg)
AGRADECIMENTOS
A Deus, por permitir concluir mais uma fase da minha vida, que definitivamente não foi fácil,
mas com extrema delicadeza meu deu sabedoria e forças para completar.
Aos meus pais, Sinomar Andrade e Ângela Martins, e a minha irmã Kathyane Martins, que
mesmo de longe, torcem e oram todos os dias por mim. Amo vocês!
Ao meu amado esposo, Marcelo Mendanha, que sempre me apoiou e incentivou. Obrigada
por ser suporte em minha vida. Te amo!
As minhas amigas Ludmila Pavane e Luciana Arantes, sem vocês não teria conseguido chegar
até aqui. Obrigada por enxugar as lágrimas derramadas, por ouvir as conversas, muitas vezes
engasgadas, por segurar em minhas mãos e não me deixar cair. Ludmila, sinta-se vencedora,
pois a minha vitória também é sua minha amiga/irmã.
Ao querido professor Dr. Davi Brasil, que nunca mediu esforços para transmitir o saber, o
senhor é exemplo de profissional para mim. Obrigada!
A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario Sr. Waldinar Nunes
da Silva, que gentilmente abriu as portas do hospital para que a pesquisa fosse realizada.
Aos acadêmicos do 8º período do curso de Administração e a discente de Ciências Contábeis
da Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida que carinhosamente colaboraram
neste estudo.
E a todos que contribuíram de alguma maneira para a realização deste estudo. Obrigada.
![Page 7: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/7.jpg)
RESUMO
Os resíduos sólidos de serviço de saúde – RSSS é um tipo de lixo que deve receber uma
atenção especial, pois esse material possui um alto índice de contaminação quando não
manuseado e destinado de maneira correta. Segundo Manual de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos de Serviço de Saúde da ANVISA, o potencial de risco dos resíduos é grande, devido à
presença de material infectante. O estudo será realizado no hospital Materno Infantil Dr.
Pedro Paulo Barcauí, no município de Redenção – PA, com os profissionais de enfermagem
do setor do bloco cirúrgico e internação, em que o objetivo é verificar a percepção dos
colaboradores quanto ao gerenciamento dos resíduos sólidos gerados por esses setores. Para
que ocorra o diagnóstico foi utilizada a ferramenta “endomarketing”, com o propósito de
motivar os enfermeiros(as) a gerenciar os resíduos de maneira correta.
Palavras-chave: Endomarketing. Gerenciamento. Percepção. Resíduos sólidos.
![Page 8: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/8.jpg)
ABSTRACT
The solid waste from healthcare service - RSS is a type of waste that should receive special
attention, because this material has a high rate of contamination if not handled and aimed
properly. According to Waste Management Manual Health Services Solid ANVISA, the risk
potential of waste is great because of the presence of infectious material. The study will be
held at Mother and Child Hospital Dr. Pedro Paulo Barcaui in the town of Redenção - PA,
with the sector nurses in surgical and hospitalization, in which the objective is to verify the
perception of employees regarding the management of solid waste generated by these sectors.
To occur diagnosis it used the tool "internal marketing" in order to motivate nurses (as) to
manage the waste properly.
Keywords: Internal Marketing. Management. Perception. Solid waste.
![Page 9: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/9.jpg)
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária
ARMAZ. Armazenamento
ART Artigo
CCIH Comissão de Controle de Infecção Hospitalar
CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
CNEN Comissão Nacional de Energia Nuclear
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
DR. Doutor
EPC Equipamento de Proteção Coletivo
EPI Equipamento de Proteção Individual
HMI Hospital Materno Infantil
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
KG Quilograma
Km Quilômetro
M2 metros quadrados
MS Ministério da Saúde
NBR Norma Brasileira
Nº Número
PA Pará
PGRSS Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Saúde
RDC Resolução da Diretoria Colegiada
RSS Resíduos de Serviço de Saúde
RSSS Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde
SESMT Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho
SWOT Strengths Weaknesses Opportunities Threats
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UCI Unidade de Cuidados Intermediários
![Page 10: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/10.jpg)
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Sacos plásticos utilizados no Centro Cirúrgico do Hospital Materno Infantil ... 21
Figura 2 – Sala de armazenamento de resíduos do Bloco Cirúrgico ................................... 22
Figura 3 – EPI utilizado pelo colaborador responsável pela coleta e segregação................. 23
Figura 4 – Armazenamento Central ..................................................................................... 24
Figura 5 – Local de Separação dos resíduos ........................................................................ 24
Figura 6 – Tambor para acondicionar resíduos .................................................................... 25
Figura 7 – Marketing Holístico ............................................................................................ 31
Figura 8 – Localização do Hospital Materno Infantil – Redenção – PA .............................. 38
Figura 9 – Símbolo do Grupo Infectante .............................................................................. 40
Figura 10 – Símbolo do Grupo Químico .............................................................................. 42
Figura 11 – Símbolo do Grupo Radioativo .......................................................................... 43
Figura 12 – Símbolo do Grupo Comum ............................................................................... 43
Figura 13 – Símbolo do Grupo Perfurocortante ................................................................... 44
![Page 11: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/11.jpg)
LISTA DE QUADRO
Quadro 1 – Mapa de conceitos .......................................................................................... 27
![Page 12: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/12.jpg)
LISTA DE GRÁFICO
Gráfico 1 – O que é resíduo sólido ............................................................................,........ 45
Gráfico 2 – Classificação de resíduo ..........................................................................,,,,,... 46
Gráfico 3 – O hospital tem um PGRSS .............................................................................. 47
Gráfico 4 – Por Quantas Etapas É Composto O Plano De Gerenciamento De Resíduos.... 48
Gráfico 5 – Até onde vai a responsabilidade do hospital quanto aos resíduos .................. 49
Gráfico 6 – Onde os resíduos infectantes são descartados ...........................................,,.... 50
Gráfico 7 – O que deve ser feito primeiro na gestão do resíduo .................................,...... 51
Gráfico 8 – Como deve ser feito o acondicionamento dos resíduos ..............................,... 52
Gráfico 9 – Como são transportados os resíduos ..........................................................,.... 53
Gráfico 10 – O uso do EPI é importante para a realização de sua atividade ..................... 54
Gráfico 11 – O hospital oferece treinamento ..................................................................... 54
Gráfico 12 – Acha importante receber treinamento ........................................................... 55
Gráfico 13 – Qual seu cargo ............................................................................................... 56
Gráfico 14 – Tempo de trabalho no hospital ...................................................................... 56
![Page 13: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/13.jpg)
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 12
2 RESÍDUOS SÓLIDOS ................................................................................................ 14
2.1 Resíduo Sólido de Serviço de Saúde ........................................................................... 16
2.2 Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde e os Riscos Ambientais ................................ 18
2.3 Caracterização do Hospital Materno Infantil Dr. Pedro Paulo Barcauí................ 37
2.3.1 Mapa Conceitual ............................................................................................................ 27
2.4 Marketing ..................................................................................................................... 28
2.4.1 Endomarketing .............................................................................................................. 32
2.4.2 Marketing Socialmente Responsável ............................................................................ 33
3 METODOLOGIA........................................................................................................ 34
3.1 Tipo e Local de Estudo ................................................................................................. 34
3.2 Período e Autorização .................................................................................................. 34
3.3 Participantes do Estudo ............................................................................................... 34
3.4 Instrumentos de Coleta de Dados................................................................................ 35
3.5 Coleta dos Dados ........................................................................................................... 35
3.6 Criterios e Benefícios ao Participar da Pesquisa ....................................................... 36
3.7 Encaminhamento dos Resultados ............................................................................... 36
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................ 37
4.1 Caracterização do Hospital Materno Infantil Dr. Pedro Paulo Barcauí................. 36
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 57
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 58
APÊNDICE .................................................................................................................. 61
ANEXO ......................................................................................................................... 64
![Page 14: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/14.jpg)
12
1 INTRODUÇÃO
A necessidade de abordar sobre o lixo produzido pelas unidades hospitalares, em
consonância com a legislação específica, foi em virtude da quantidade de resíduos que estes
estabelecimentos produzem, pois há riscos de contaminação dos solos urbanos e até mesmo
rurais, assim como da atmosfera e comprometimento dos lençóis freáticos, podendo ocasionar
um ciclo interminável de doenças na população afetada.
Nesse sentido, a presente pesquisa buscou trazer estratégias de marketing, na
modalidade de endomarketing, para minimizar a geração dos resíduos sólidos do serviço de
saúde, com atuação no Hospital Materno Infantil Dr. Pedro Paulo Barcauí, no município de
Redenção-PA, cujo atendimento se faz em toda a população residente no sul e sudeste do
Pará, e parte do Mato Grosso, o que acaba por ocasionar um quantitativo elevado de lixo
hospitalar, por isso foi necessário averiguar como era gerenciado esse processo para,
apresentar ações de diminuição desses resíduos sólidos hospitalares.
Com isso tem-se a seguinte problemática que norteia esse estudo: a falta de orientação
e gerenciamento dos resíduos de serviço de saúde (RSS) do Hospital Materno Infantil têm
causado problemas ao meio ambiente? Como resposta a essa questão, o Hospital Materno
Infantil gera um grande volume de resíduos, pois em razão da demanda, tanto pactuada
quanto espontânea, acaba atendendo um quantitativo considerável de pessoas e por
consequência a geração de RSS. Portanto, para que ocorra a diminuição na produção desses
resíduos é primordial que ações sejam desenvolvidas no sentido de orientar os colaboradores
para a importância dos benefícios do gerenciamento adequado dos resíduos sólidos de serviço
de saúde (RSSS), e para isso, a ferramenta de endomarketing irá sustentar as ações
desenvolvidas. De acordo com Boone e Kurtz (2009) fazer o colaborador de uma empresa
entender, aceitar e se sentir parte das estratégias da organização é realizar o endomarketing.
Segundo dados do IBGE (2002), cerca de 2.569 cidades jogam o lixo hospitalar no
mesmo lugar que o lixo comum ou chamado lixo urbano. Sendo assim:
Em 2000, a situação de disposição e tratamento dos resíduos sólidos de serviços de
saúde (RSS) melhorou, com 539 municípios encaminhando-os para aterros de
resíduos especiais (69,9 % próprios e 30,1 % de terceiros), enquanto em 1989
apenas 19 municípios davam este destino aos resíduos sólidos. Em número de
municípios, 2.569 depositam nos mesmos aterros que os resíduos comuns, enquanto
539 já estão enviando-os para locais de tratamento ou aterros de segurança
[...].(IBGE, 2002)
![Page 15: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/15.jpg)
13
Nota-se que ainda existe um grande número de municípios que descartam o lixo
hospitalar de maneira inadequada, tendo em vista que esses hospitais geradores de resíduos
também são responsáveis por essa destinação final do lixo. Situação que não é diferente na
maioria dos municípios do Estado do Pará devido à falta de infraestrutura.
Tendo em vista a Lei 12.305, de 02 de agosto de 2010, (Lei da Política Nacional de
Resíduos Sólidos) é de suma importância que o Hospital Materno Infantil se preocupe com os
resíduos sólidos de serviço de saúde (RSSS), e para tanto, veja, como melhor gerenciar tais
resíduos, pois é sabido que nesta Lei, o prazo aos municípios para se adequarem era até
agosto de 2014. E, para àqueles que ainda não possuíam aterros sanitários, que assim
providenciassem.
A Lei 12.305 em seu Art. 1º relata que:
Esta Lei institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo sobre seus
princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão
integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às
responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos
aplicáveis. (BRASIL, 2010)
Para que ocorra a minimização do volume dos resíduos sólidos do hospital fez-se
necessário colocar como objetivo deste estudo diagnosticar por meio de questionário a
percepção dos colaboradores do setor de internação do Hospital Materno Infantil quanto ao
gerenciamento dos resíduos sólidos de serviço de saúde (RSSS); bem como realizar ações de
sensibilização e orientação utilizando a estratégia do Endomarketing, e após o
desenvolvimento das atividades propostas, avaliar por meio de um novo questionário, a
percepção dos colaboradores do setor quanto à mudança nos hábitos de manuseio com os
resíduos e, consequentemente, a preservação do meio ambiente, proporcionando maior
qualidade de vida aos colaboradores e à sociedade.
A pesquisa foi realizada com os colaboradores do setor de internação e limpeza, ou
seja, com aqueles que lidam diretamente com a geração e segregação dos resíduos no intuito
de verificar a percepção dos mesmos com relação a gerenciamento dos resíduos.
![Page 16: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/16.jpg)
14
2 RESÍDUOS SÓLIDOS
Genericamente conceituando, resíduo sólido é tudo aquilo que não tem mais utilidade,
que foi ou será descartado, gerado pela humanidade. O gerenciamento dos resíduos sólidos
tem sido tema de discussão e preocupação nas três esferas de governo e da sociedade civil.
Considerando- se a tendência de crescimento do problema, os resíduos sólidos vêm ganhando
destaque como um grave problema ambiental contemporâneo. (GOUVEIA, 2012).
Os problemas de gerenciamento dos resíduos sólidos tem comprometido a qualidade
dos seres humanos, e este por sua vez é o maior gerador de resíduos sólido e responsável
também por seu descarte no meio ambiente. Os resíduos sólidos tem contribuição
significativa para a poluição ambiental motivado pela necessidade cada vez maior de
consumir. Gerir os resíduos sólidos é uma responsabilidade de todos, porém a realidade é bem
diferente, pois as pessoas que demonstram preocupação com o bem-estar da população
contemporânea e futura ainda é uma minoria.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (2015):
A partir de agosto de 2010, baseado no conceito de responsabilidade compartilhada,
a sociedade como um todo – cidadãos, governos, setor privado e sociedade civil
organizada – passou a ser responsável pela gestão ambientalmente adequada dos
resíduos sólidos. Agora o cidadão é responsável não só pela disposição correta dos
resíduos que gera, mas também é importante que repense e reveja o seu papel como
consumidor; o setor privado, por sua vez, fica responsável pelo gerenciamento
ambientalmente correto dos resíduos sólidos, pela sua reincorporação na cadeia
produtiva e pelas inovações nos produtos que tragam benefícios socioambientais,
sempre que possível; os governos federal, estaduais e municipais são responsáveis
pela elaboração e implementação dos planos de gestão de resíduos sólidos, assim
como dos demais instrumentos previstos na PNRS. (BRASIL, 2015)
Dispor corretamente os resíduos sólidos, seria o primeiro passo para mudar o rumo do
gerenciamento desses resíduos, porém nem todos os municípios brasileiros dispõem de
estrutura e planejamento para absolver os resíduos gerados pela população levando em conta
que as maiorias dos municípios brasileiros não adequaram os lixões em aterros sanitários ou
controlados ou mesmo possuem cooperativas de catadores e usinas de reciclagem para onde
poderiam ser destinados e transformados em matéria prima. Embora tenha havido progresso
nos últimos vinte anos, os resíduos ainda são depositados em vazadouros a céu aberto, os
chamados lixões, em mais da metade dos municípios brasileiros. (GOUVEIA, 2012).
Para que as ações em prol da redução da geração de resíduos sólidos sejam realmente
eficazes precisa-se que a sociedade esteja realmente engajada neste propósito motivada até
pelo alto custo socioeconômico e ambiental. Assim, toda a população como geradora de
![Page 17: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/17.jpg)
15
resíduos também é responsável pela gestão correta desses, com o propósito de minimizar as
ações antrópicas que assolam o mundo e comprometem as gerações futuras. A Lei 12.305, de
2 de agosto de 2010 esclarece todas as dúvidas sobre a disposição final dos resíduos sólidos
como está disposto no Art. 3o . Para os efeitos desta Lei, entende-se por:
V - coleta seletiva: coleta de resíduos sólidos previamente segregados conforme sua
constituição ou composição;
VI - controle social: conjunto de mecanismos e procedimentos que garantam à
sociedade informações e participação nos processos de formulação, implementação e
avaliação das políticas públicas relacionadas aos resíduos sólidos;
VII - destinação final ambientalmente adequada: destinação de resíduos que inclui a
reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou
outras destinações admitidas pelos órgãos competentes do Sisnama, do SNVS e do Suasa,
entre elas a disposição final, observando normas operacionais específicas de modo a evitar
danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais
adversos;
VIII - disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenada de rejeitos em
aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde
pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos;
IX - geradores de resíduos sólidos: pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou
privado, que geram resíduos sólidos por meio de suas atividades, nelas incluído o consumo;
X - gerenciamento de resíduos sólidos: conjunto de ações exercidas, direta ou
indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final
ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada
dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com
plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma desta Lei;
XI - gestão integrada de resíduos sólidos: conjunto de ações voltadas para a busca de
soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as dimensões política, econômica,
ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa do desenvolvimento
sustentável. BRASIL (2010).
Diante da problemática que envolve a geração e a destinação correta de resíduos sólidos
existem as questões culturais da população e os hábitos que precisam ser mudados para que o
consumo de bens e produtos seja de forma consciente e a destinação final dos resíduos não
permaneça causando impactos ao meio ambiente e comprometendo a saúde da população.
![Page 18: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/18.jpg)
16
2.1 Resíduo Sólido De Serviço De Saúde
O país tem gerado uma grande quantidade de resíduos em razão da alta produtividade
e consumo de bens e serviços. A ausência de políticas públicas voltadas para a segregação
direto na fonte tem acarretado uma série de transtornos de ordem ambiental, partindo do
principio que os resíduos dispostos em locais inadequados elevam os índices de problemas de
saúde da população. E para elucidar o que vem a ser resíduos sólidos, a Associação Brasileira
de Normas Técnica – ABNT, por meio da Norma Brasileira – NBR 10004/2004, define como:
Resíduos nos estados sólido e semi-sólidos, que resultam de atividade da
comunidade, de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de
serviços e de varrição. Consideram-se resíduos sólidos os lodos provenientes de
sistema de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de
controle de poluição, bem como determinados líquidos, cujas particularidades
tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpo d’água, ou
exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em face da melhor
tecnologia disponível. (NBR 10004/2004)
Os resíduos sólidos provenientes de serviços hospitalares, clínicas veterinárias ou
médicas, laboratórios, consultórios odontológicos, farmácias e outros, são denominados
Resíduos de Serviço de Saúde – (RSS). E parte deste oferece risco á saúde pública e ao meio
ambiente diante de um manejo inadequado. A partir de meados do século XX a produção de
resíduos sólidos tem aumentado consideravelmente, porém segundo o Manual de
Gerenciamento dos Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde das 149.000 toneladas de resíduos
residenciais e comerciais geradas diariamente, apenas uma fração inferior a 2% é composta
por RSS. (BRASIL, 2006).
Evidencia-se que, devido aos problemas de saúde ocasionados pela má gestão dos
resíduos sólidos tem aumentado significativamente os casos de doenças e por, consequência,
lotado os hospitais, o que caracteriza o aumento na geração de RSS. E no caso do profissional
de saúde o risco maior de infecção é a partir do acondicionamento inadequado dos perfuro
cortantes. De março de 2012 a outubro de 2013 foram notificados 10.088 acidentes com
material biológico em serviços de saúde brasileiros e, desses, mais de 1.400 (14,7%)
ocorreram pelo descarte inadequado de resíduos. (SOUZA, 2015).
No que se refere ao manejo dos RSS, é importante ressaltar que a orientação, ações
educacionais e o monitoramento das equipes é fator primordial para evitar o uso exagerado de
materiais hospitalares e por consequência o descarte excessivo, porém apesar de todas as
orientações prestadas e das leis e determinações dos órgãos competentes ainda há muito o que
![Page 19: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/19.jpg)
17
se fazer neste sentido pois ainda se vê muitas falhas. Esses erros podem acontecer por falta de
conhecimento e/ou conscientização e/ou precariedade de insumos adequados, como
recipientes para acondicionamento de resíduos nos locais certos e deficiência de estrutura
física. (SOUZA, 2015).
A maneira mais eficaz de evitar contaminação pelos RSS é o manejo correto, o
descarte final ser realizado de acordo com as determinações legais e esses são compostos por
etapas que são elaboradas para orientar o manejo e a destinação final.
Rabelo (2008) afirma veementemente que:
O programa deve oferecer conhecimentos a todos os profissionais, sobre o sistema
adotado para o gerenciamento do manejo de RSS, que abrange a prática de
segregação de resíduos, reconhecimento dos símbolos, expressões, padrões de cores
adotados e a localização dos abrigos de resíduos, entre outros fatores indispensáveis
à completa integração ao Plano de Gerenciamento dos Resíduos dos Serviços de
Saúde (PGRSS). (RABELO, 2010, p.25)
Todos os prestadores de serviços de saúde devem adotar o planejamento para que
possam orientar-se e inserir as medidas cabíveis no sentido de manusear os materiais com
consciência, como evitar o uso desnecessário e também o descarte. Todos os profissionais têm
que ter conhecimento do Programa de Manejo e Gestão dos resíduos de serviço de saúde para
que possam evitar contaminação e proliferação de patógenos que possam ocasionar infecções
hospitalares. O plano de gerenciamento de resíduos de serviço de saúde (PGRSS) deve
obedecer a critérios técnicos, legislações sanitárias e ambientais, normas locais de coleta e
transporte dos serviços de limpeza urbana, especialmente os relativos aos resíduos gerados
nos serviços de saúde. (RABELO, 2008)
O PGRSS é uma ferramenta que contribui para minimizar os problemas de
contaminação, por esta razão torna-se de suma importância, pois descreve e organiza as
etapas que devem ser seguidas para o manejo correto dos resíduos de serviço de saúde (RSS).
Esse material deve ser apresentado aos profissionais em forma de treinamento para que todos
os envolvidos tenham conhecimento e deve estar disponível para consulta sempre que
necessário. Porém, não basta apenas elaborar, apresentar e treinar os profissionais é preciso
que um acompanhamento seja feito periodicamente de forma que seja analisada a eficácia do
programa.
![Page 20: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/20.jpg)
18
2.2 Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde e os Riscos Ambientais
Na maioria das cidades brasileiras o que se pode observar é a falta de compromisso
com a saúde da população e os cuidados com o meio ambiente. Na cidade de Redenção – PA
a situação é igual à maioria dos outros municípios brasileiros que não conseguiram
adequarem sua gestão do lixo às regras da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
O projeto de Lei nº 425 foi aprovado pelo Senado recentemente, onde trata da
prorrogação dos prazos para a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos de que
trata o art. 54 da Lei no 12.305, de 2 de agosto de 2010 (Lei da Política Nacional de Resíduos
Sólidos), neste caso, o município de Redenção teria até 2020, conforme número da população,
para se adequar.
Nos municípios onde os resíduos sólidos são dispostos a “céu aberto” o solo e a água
dos igarapés são contaminados, as áreas no entorno acabam sendo desvalorizadas além da
contaminação prejudicar a saúde da população a fauna e aflora. A partir do momento que as
medidas necessárias forem tomadas será afirmada a preocupação com a saúde da população e
o meio ambiente.
Os riscos ambientais são caracterizados a partir do momento que for identificado o uso
incorreto do solo e de todos os outros recursos naturais de forma desordenada e irresponsável
comprometendo as gerações futuras.
Para manter o controle dessa situação, a Lei nº 6 939/81 (BRASIL, 1981),
estabeleceu a Política Nacional do Meio Ambiente e como mecanismo de aplicação,
constituiu o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) e o Conselho
Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) para colocar limites no uso dos recursos
naturais e ao mesmo tempo oportunizar a exploração destes, respeitando seus limites
de recomposição. (RABELO, 2008, p.50).
Os resíduos de serviço de saúde (RSS) são provenientes dos serviços prestados a
pacientes nas unidades hospitalares e demais estabelecimentos em que são utilizados
materiais de cuidados com a saúde. Esses tem uma representatividade bem pequena no
comparativo às toneladas de resíduos que são produzidos diariamente pelo ser humano.
Uma grande preocupação é que um bom número de agentes infecciosos se prolifera
em ambientes naturais como o solo e água. Nesse sentido é correto afirmar que ao descartar
os RSS nesses meios pode-se estar contribuindo para que haja contaminação prejudicando a
saúde da população. Os resíduos sólidos depositados principalmente no solo próximo ou
dentro dos mananciais servem como veículos de transporte e manutenção desses organismos
para o ambiente aquático. (RABELO, 2008).
![Page 21: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/21.jpg)
19
Os RSS são altamente contaminantes em razão da sua origem e por esse motivo as
empresas socialmente responsáveis e preocupadas com o impacto ambiental procuram cada
vez mais fornecedores que atendam as exigências legais, pois, assim, o produto chega ao
consumidor final com bem menos possibilidade de riscos ambientais. Até então as questões
referentes aos cuidados com o meio ambiente e a saúde era preocupação de uma minoria, que
a utilizava somente por uma questão de marketing, para mostrar o quanto estavam envolvidas
com questões de valorização do meio ambiente. Atualmente, a preocupação também é com a
saúde. (PFITSCHER, et al, 2007).
Porém, hoje esse cenário é bem diferente a as empresas, de modo geral buscam cada
vez mais adequar-se às leis ambientais.
Os hospitais buscam cada vez mais adequar-se as leis de manejo dos RSS, na tentativa
de minimizar os riscos de infecção hospitalares cuidando assim da saúde tantos dos pacientes
quanto dos profissionais. Os perfurocortantes são os maiores responsáveis por contaminar os
profissionais de saúde, por questões manejo e descarte em recipientes inadequados. A
educação ainda é forma mais eficaz de se prevenir os riscos de contaminação tanto do ser
humano quanto do meio ambiente. Acidentes são causados pela falta de informação e
conscientização da população, quando esta não percebe o perigo representado pela disposição
conjunta dos resíduos urbanos domiciliares e dos resíduos de tratamentos de saúde.
(COUTINHO e CARVALHO 2007). Ainda conforme Correia, Lunardi e Santos (2008):
É urgente a necessidade de implantar políticas de gerenciamento dos resíduos
sólidos em serviços de saúde (RSSS) nos diversos estabelecimentos de saúde, como
hospitais, clínicas, consultórios, entre outros, que estão longe de serem denominados
de locais biosseguros. Para tanto, não basta apenas investir na organização e
sistematização das fontes geradoras, mas, fundamentalmente, faz-se necessário
despertar uma consciência humana e coletiva quanto à responsabilidade com a
própria vida humana e com o ambiente. (CORRÊA, LUNARDI, SANTOS 2008, p.
558)
O que se tem observado em ralação as ações de prevenção e cuidados com a saúde da
população e o meio ambiente é que o poder público vem buscando formas de minimizar os
impactos causados, porém ainda há muito que se fazer nesse sentido partindo do princípio que
só elaborar ações e implementá-las não tem sido eficaz pelos resultados produzidos, no que
diz respeito aos índices de contaminação ambiental e da saúde da população.
![Page 22: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/22.jpg)
20
2.3 Etapas Da Gestão Do Fluxo Dos Resíduos Sólidos De Serviço Hospitalar
Para os autores Pruss, Giroult e Rushbrook (1999) apud Kopp, Araujo e Figueiredo
(2013) o gerenciamento dos resíduos sólidos de serviço de saúde é feito através de oito etapas,
sendo elas: minimização de resíduos, geração, segregação e embalagem, armazenamento
intermediário, transporte interno, armazenamento centralizado, transporte externo, tratamento
e disposição final. Para outros autores, pode-se ainda contar com mais duas etapas sendo elas:
o treinamento das pessoas envolvidas e com a auditoria dos processos para reduzir a geração
de resíduos. (ALMUNEEF, MEMISH, (2003) apud KOPP, ARAUJO, FIGUEIREDO,
(2013)).
Para melhor entendimento, cada etapa será descrita devido a sua importância em
consonância com as informações já levantadas.
Minimização de resíduos – este se dá antes mesmo da geração, através de modificações nos
procedimentos rotineiros ou até mesmo na busca da eficácia da gestão, como o
reaproveitamento de materiais de escritório, ou chamados lixo não séptico, chegando à
reciclagem desses resíduos. Em visita in loco, foi observado que não existe a busca por
minimizar a geração de resíduos, pois os colaboradores não recebem treinamento e orientação
para a utilização consciente dos materiais de trabalho. Até o momento da visita, não foi
observada a existência do Programa de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde
(PGRSS), pois o setor de Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) não soube
certificar a existência.
Geração, segregação e embalagem – é a fase que cuida dos resíduos produzidos,
então, faz-se necessário separá-los para não contaminar todos os RSSS, acomodando-os em
embalagens próprias conforme Norma Brasileira (NBR) 9191 (trata dos sacos plásticos
próprios), bem como em locais específicos. Com a falta de confirmação do Programa de
Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde (PGRSS), o volume dos resíduos gerados é
ainda maior, pois o HMI atende mais de 15 municípios pactuados do Polo Araguaia, bem
como as demandas espontâneas de parte do Mato Grosso e sudeste do Pará, como já
mencionados. A segregação se dá de maneira errônea, pois os únicos resíduos devidamente
separados são os do Grupo E (perfurocortantes) e parte do Grupo A (infectante) sendo eles
placenta e fetos abaixo de 500g. Já as embalagens utilizadas pelo hospital Materno Infantil,
não obedecem a NBR 9191, utilizando assim, sacos plásticos comuns.
![Page 23: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/23.jpg)
21
Figura 1 – Sacos plásticos utilizados no Centro Cirúrgico
Fonte: Foto da autora / 2015.
Armazenamento intermediário – é o local onde são destinados os resíduos até a
remoção para o armazenamento central. Este deve ser de fácil acesso à equipe hospitalar, de
armazenamento temporário e com boas condições para evitar contaminação, embora não deva
ser de fácil o acesso aos pacientes e visitantes, conforme recomendações da ANVISA (2006).
O armazenamento intermediário existente no HMI, mas não contém identificação de descarte
para cada tipo de resíduo. Tendo como local destinado ao armazenamento apenas o Bloco
Cirúrgico que ainda não é o adequado, pois existem outros objetos no mesmo local e a
estrutura não é a recomendada.
![Page 24: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/24.jpg)
22
Figura 2 – Sala de armazenamento de resíduos do Bloco Cirúrgico
Fonte: Foto da autora / 2015
Transporte interno – o transporte deve ser feito em contêineres, a limpeza deve ser
fácil de ocorrer e não devem existir quinas para que não ocorra a ruptura da embalagem e,
consequentemente, contaminação. Faz necessário ter horários estabelecidos no plano de
gerenciamento de resíduos para não cruzar com alimentos, roupas limpas, outros materiais e
visitantes, conforme RDC 306. No HMI, não existe um transporte, os resíduos são coletados
manualmente no período da manhã e sempre que solicitado pelos setores, ou seja, o
colaborador responsável realiza todo o processo de coleta e segregação sem nenhum
equipamento de proteção individual – (EPI), ficando exposto a riscos ocupacionais.
![Page 25: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/25.jpg)
23
Figura 3 – EPI utilizado pelo colaborador responsável pela coleta e segregação dos resíduos
do Hospital Materno Infantil
Fonte: Foto da autora / 2015
Armazenamento central – de acordo com o volume de resíduos deve ser feito uma
rotina de coleta para que não ocorram excessos, bem como o local deve ser longe do
restaurante e protegido para que não entrem insetos, pássaros ou roedores e, assim,
contaminem a sociedade e o meio ambiente, disposto na RDC 306. No HMI pesquisado
inexiste um local específico para esse armazenamento de resíduos.
![Page 26: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/26.jpg)
24
Figura 4 – Armazenamento Central
Fonte: Foto da autora / 2015
Figura 5 – Local de Separação dos resíduos
Fonte: Foto da autora / 2015
Transporte externo – deve ser realizado com veículo apropriado, destinado somente
para essa finalidade, onde deve conter a documentação específica. Lembrando que o hospital
também é responsável pela destinação final dos resíduos. Conforme o princípio do poluidor
![Page 27: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/27.jpg)
25
pagador, em que de ine os geradores de res duos como responsáveis por todo o ciclo de seus
res duos, da geraç o disposiç o inal. (ANVISA, 2006). A empresa que coleta os resíduos
do HMI é terceirizada, mas na visita técnica realizada não foi verificado qual veículo faz esse
transporte. Sabe-se que os dias de coleta são 3 vezes na semana e que constantemente, o fluxo
de resíduos é maior que a capacidade do contêiner existente no HMI, obrigando o responsável
pela coleta interna, a utilizar um tambor, fora das normas da ANVISA, para acomodar os
resíduos excedentes.
Figura 6 – Tambor para acondicionar resíduos do Hospital Materno Infantil
Fonte: Foto da autora / 2015
Tratamento – normalmente para os resíduos de serviço de saúde (RSSS) não tem um
único tratamento, mas, sim, um conjunto em que, para cada resíduo, existe um tratamento,
desde a autoclave, que é a desin ecç o dos materiais através do vapor d’água e a incineração,
onde é feita a combustão dos resíduos. Neste último, a queima provoca uma liberação
energética que pode ser reutilizável, mas em contrapartida libera partículas poluidoras que
requer tratamento. (KOPP, ARAÚJO E FIGUEIREDO, 2013).
![Page 28: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/28.jpg)
26
No Hospital Materno Infantil, lixo infectante e químico é tratado por meio da
incineração e esse tratamento é feito em outro município. Já o resíduo comum não sofre
nenhum tratamento.
Disposição final – a disposição pode ser feita por vários métodos, no entanto os
principais são aterros sanitários, aterros controlados e lixões. (KOPP, ARAÚJO E
FIGUEIREDO, 2013).
No município de Redenção - PA, encontra-se disponível apenas o lixão, onde os
resíduos são jogados a “céu aberto” contaminando a atmosfera, lenções freáticos, bem como
causar doenças. Portanto, os resíduos do HMI de classificação (D) vão para o lixão da cidade.
Já os do tipo (A, B, e E) vão para a cidade de Rio Maria que fica à 85 km de distância, para
que sejam incinerados e assim, reduzido o volume, para então colocar no lixão da cidade.
Treinamento – para que ocorra um gerenciamento de resíduos sólidos de serviços de
saúde (RSSS) eficaz é necessário que aconteça treinamentos periódicos com todo o quadro de
pessoal do hospital, para que a percepção seja positiva com relação ao tema abordado,
realizando ações frequentes de educação, motivação, sensibilização e até mesmo prevenção
para que assim suceda a minimização dos resíduos e o manejo correto
Auditoria – con orme Barbieri (2007) a auditoria “tem como objetivo averiguar o
cumprimento das leis [...]”. Pensando assim, é eita como uma orma de melhor gerir e para
verificar se o que foi proposto está sendo cumprido, podendo esta auditoria ser interna ou
externa, ou seja, com os membros do próprio quadro de colaboradores do HMI ou contratando
empresa especifica para verificar o andamento e cumprimento das normas hospitalares,
respectivamente.
![Page 29: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/29.jpg)
27
2.3.1 Mapa Conceitual
Para o gerenciamento de resíduos sólidos de serviço de saúde (RSSS) Kopp, Araujo e
Figueiredo (2013) afirmam que seguir as 10 etapas minimiza custos e potencializa melhorias.
Quadro 1: Mapa de conceitos
Auditoria
Treinamento ou Educação continuada
Minimização Armaz. Armaz.
de resíduos Intermediário Centralizado Tratamento
Geração Transporte Transporte Disposição
Segregação Interno Externo Final
e Embalagem
Fonte: autora / 2015
A primeira etapa se dá por meio da minimização de resíduos, onde o setor a ser
observado é o de internação, cujas dependências serão averiguadas se existe uma diminuição
na geração dos resíduos.
A segunda etapa é a de geração, segregação e embalagem, neste momento será
verificado como é feito o descarte do material utilizado no setor, bem como sua separação nos
locais corretos, com relação a material infectante, não-infectante e especial e os invólucros
utilizados para acondicionar esses resíduos.
A terceira etapa se concentra no armazenamento intermediário, cujo é denominado
no local de pesquisa de expurgo. Este armazenamento deve obedecer segundo a Resolução da
Diretoria Colegiada – RDC Nº 306/2004 a metragem de 2m2 quando também destinado à sala
de utilidades. Se o local gerador for próximo ao armazenamento central, não se faz necessário
ter um armazenamento intermediário.
![Page 30: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/30.jpg)
28
Na quarta etapa está o transporte interno, este é responsável pelo translado do resíduo
até o armazenamento externo. Devem ser observados os horários de coleta para que não
coincidam com o transporte de alimentos, rouparia, medicamentos e visitas, por exemplo.
Quinta etapa é o armazenamento central, onde deve ser de fácil acesso aos veículos
internos de translado dos resíduos. Não é permitido o manuseio de embalagens fora dos
contêineres de deposito.
A sexta etapa está o transporte externo, onde os resíduos serão tratados ou/e levados
até a disposição final. Esta deve obedecer a NBR 12810, garantindo a integridade dos
trabalhadores, população e meio ambiente.
Sétima etapa está o tratamento desses resíduos, onde é a aplicação de métodos que
diminua a característica de riscos ao meio ambiente e acidentes de trabalho. Pode ser feito no
próprio hospital ou em outro estabelecimento. Compondo essa etapa se tem autoclave e
incineração, que seguem CONAMA 316.
A oitava etapa é a destinação final dos resíduos, em que neste momento os RSS são
colocados no meio ambiente, porém este deve estar preparado para recebê-lo. Seja através da
compostagem, aterro controlado, aterro sanitário ou no caso do estudo, lixão, porém este
último não recebe preparação alguma para abrigar os resíduos.
Uma nova etapa é o treinamento ou educação continuada, em que os colaboradores
que fazem parte do hospital possam passar por constantes treinos, a fim de reforçar ou até
mesmo mudar a concepção do que é resíduo e como geri-lo.
Décima é ultima etapa, se concentra na auditoria, podendo ela ser interna ou externa,
cujo objetivo é fiscalizar o cumprimento do Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
(PGRSS) e o aprimoramento do programa.
2.4 MARKETING
A sociedade e as organizações mudaram e se aperfeiçoaram com o passar do tempo.
O marketing acompanhou essas modificações. Segundo Cobra (2009) a evolução de
marketing se dá em eras, sendo elas: Era da Produção; Era das Vendas; Era do Marketing; e
Era do Marketing de Relacionamento. A Era da Produção anunciava que bons produtos
vendiam por si mesmos, isto é, o foco no produto de qualidade. A Era das Vendas defendia
que o importante era vender produtos estocados com base em campanhas e na presença do
vendedor. Já a Era do Marketing se caracterizava em que os produtos são produzidos com
![Page 31: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/31.jpg)
29
base nas necessidades e na satisfação do cliente. Por sua vez, a Era do Marketing de
Relacionamento expressava que os esforços devem ser focados no cliente e na sua fidelização.
Todas essas eras do marketing vieram para complementar umas as outras, pois se faz
necessário ter algo a ser ofertado. É preciso que se oferte algo com qualidade para que não
fique estocado e possa perecer, para isso às vezes é imprescindível a propaganda para chegar
ao conhecimento daqueles que querem atingir. Se há algo sendo ofertado é porque existe
alguém para oferecer – cliente, em que este, tem necessidades e desejos a serem atendidos. O
cliente ao encontrar o que procurava, ficará feliz e quando sentir uma necessidade ou desejo
voltará àquele local, outrora bem atendido para sanar suas necessidades.
O marketing teve papel importante nas organizações sejam elas com ou sem fins
lucrativos, pois ele pode ser usado como ferramenta responsável por maximizar os recursos
existentes em quaisquer Organizações. E ao tratar de hospital municipal, onde não se tem fins
lucrativos, o marketing deve ser usado como um auxílio no processo de gestão, visando
envolver pessoas, processos e meio ambiente.
Para Drucker (1997) marketing é entendido como a busca para atender as
necessidades e satisfazê-las, onde esse marketing produz benefícios para o cliente e para a
empresa. Assim marketing busca o equilíbrio entre as necessidades do mercado e os interesses
dos clientes. Pensando assim, atender as necessidades do mercado seria reduzir a geração dos
resíduos e por consequência descarte inadequado, bem como aos interesses do cliente que
neste caso são as necessidades do hospital.
Segundo Kotler (2011, p.27) “marketing é um processo social e gerencial pelo
qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca
de produtos de valor com outros”. Pode ocorrer troca no hospital, isso existe quando o
manuseio dos RSSS é feito de maneira correto, onde o meio ambiente equilibrado gera valor
para todas as partes envolvidas, sendo elas, gestores, colaboradores, pacientes e meio
ambiente.
Com o passar do tempo o conceito de marketing foi sofrendo algumas
alterações e foram incorporados a sua redação os conceitos de valor e de relacionamento.
Conforme Las Casas (2009):
Marketing é a área do conhecimento que engloba todas as atividades concernentes
às relações de trocas orientadas para a criação de valor dos consumidores, visando
alcançar determinados objetivos de empresas ou indivíduos através de
relacionamentos estáveis e considerando sempre o ambiente de atuação e o impacto
que essas relações causam no bem-estar da sociedade. (LAS CASAS, 2009, p. 15)
![Page 32: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/32.jpg)
30
Deste modo, existem várias definições para o marketing, mas Kotler (1994) em
um de seus livros, diz como deve ser aplicado o marketing em uma empresa sem fins
lucrativos. Para o autor:
Marketing é a análise, o planejamento, a implementação e o controle de programas
cuidadosamente formulados e projetados para propiciar trocas voluntárias de valores
com os mercados-alvos, no propósito de atingir os objetivos organizacionais.
“Depende intensamente do projeto da o erta da organizaç o, em termos das
necessidades e desejos dos mercados-alvos, e no uso eficaz da determinação de
preço, da propaganda e da distribuição, a fim de informar, motivar e servir os
mercados.” (KOTLER, 1994, p. 20)
O conceito de Kotler (1994), sugere que o marketing estratégico seja direcionado para
apoiar o planejamento da empresa, no caso melhorar o gerenciamento de resíduos sólidos de
serviço de saúde (RSSS) para diminuir custos e preservar o meio ambiente. E em consonância
Cobra (2009) diz que se faz necessário verificar as necessidades do mercado e a
disponibilidade da empresa para que ambos fiquem satisfeitos. Ora atender aos anseios do
mercado sem deixar de lado os objetivos da organização.
Marketing quando bem realizado massifica a ideia na mente do consumidor, então, o
hospital pode se valer desta ciência para sensibilizar e até mesmo conscientizar pessoas de
práticas corretas com relação ao meio ambiente e ao gerenciamento de resíduos sólidos.
Das diversas atividades inerentes às ações estratégicas de marketing, os serviços têm
se destacado como o principal desafio deste novo milênio, haja vista que a participação do
setor de serviços na economia mundial vem experimentando um crescimento considerável nas
últimas duas décadas, principalmente com a globalização e internacionalização dos produtos.
(ALCANTARA, 2012)
Práticas de marketing devem ser feito em hospitais, contudo sempre com muita
cautela por questões éticas. Cobra (2009) afirma que o papel do marketing nos serviços de
saúde deve ser o de alertar para tratamentos preventivos, com orientações prévias sobre
enfermidades.
Como se percebe, a função do marketing hospitalar tem o cunho informativo, no
sentido de alertar para campanhas que visem o bem-estar, a prevenção e a qualidade de vida
dos cidadãos (ALCANTARA, 2012). Podendo as informações se estenderem para um
ambiente de trabalho mais adequado e o meio ambiente.
No entanto para que o marketing seja bem realizado neste ambiente, é necessário que
se olhe para o todo e não para as partes isoladas. Para Kotler e Keller (2006) o marketing
holístico integra atividades, construindo relacionamentos de longo prazo mutuamente
![Page 33: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/33.jpg)
31
satisfatórios e prósperos entre os principais interessados.
Figura 7 – Marketing Holístico
Fonte: Kotler e Keller (2006) adaptado autora.
Dentro de um ambiente hospitalar é possível realizar o marketing holístico, onde o
relacionamento entre colaboradores, prestadores de serviço, fornecedores e todos os
envolvidos devem ser motivados, pois assim ambos ficam satisfeitos. Trabalhar a integração
entre os departamentos, fazendo com que as informações e decisões corram livremente. O
socialmente responsável é ser pautado pela ética, legalidade, visando o bem estar da
comunidade e meio ambiente. O interno está voltado para os colaboradores, onde estes são os
primeiros clientes de qualquer empresa, então, se faz necessário uma atenção especial para
com ele, pois este deve estar sempre motivado e satisfeito. Unindo todos os marketings da
figura tem-se o holístico que é trabalhar os principais interessados da organização para seguir
um padr o e ortalecer a “ marca ” da empresa.
![Page 34: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/34.jpg)
32
2.4.1 Endomarketing
O endomarketing considera o colaborador como primeiro cliente da empresa
ou como alguns autores dizem, cliente interno. E seu intuito é motivá-lo de tal maneira que o
mesmo sinta-se como parte integrante da organização, de modo que fique satisfeito e
contribua para a obtenção dos objetivos organizacionais. Aplicar essa estratégia no Hospital
Materno Infantil como uma ferramenta de auxilio no gerenciamento dos resíduos sólidos, para
que se alcance o objetivo final que é a diminuição desse volume e consequentemente menos
material disposto no meio ambiente.
Para Kotler e Keller (2006) o endomarketing ou também chamado marketing
interno é responsável por treinar e motivar os clientes internos para que estes possam melhor
atender aos clientes externos, pois quando se oferece treinamentos aos colaboradores, estes
entendem as metas da empresa e assim, fica claro, como devem contribuir para que sejam
alcançadas. Se todos os colaboradores estão cientes dos procedimentos da organização, os
ruídos na comunicação diminuem, e esta chega ao cliente de maneira clara e objetiva.
Zenone (2011, p. 185) a irma que o endomarketing “promove a valorizaç o e a
motivação dos colaboradores, possibilitando a diminuição da resistência às mudanças e cria
melhores condições da empresa atingir suas metas de orma mais integrada”. Com essa
ferramenta as modificações poderão ocorrer dentro do hospital, sem que haja um desgaste
emocional nos envolvidos, pois o endomarketing trata o cliente interno, no caso o
colaborador, com afinco, deixando-os envolvidos com todas as propostas. Primeiro faz se
necessário criar um relacionamento duradouro com o colaborador, em que este sinta-se seguro
e parte integrante do processo, assim as mudanças impostas pela organização serão recebidas
com passividade e até as ideias que os colaboradores tiverem serão expostas com mais
facilidade, tendo uma troca de informações e construção de relacionamento.
Diante disso, ao se falar de endomarketing dentro do hospital, e no intuito de
deixar todos os colaboradores, médicos e parceiros motivados e satisfeitos, para que juntos,
possam alcançar o objetivo de gerenciamento de resíduos sólidos de serviço de saúde (RSSS)
e, assim, poder minimizar sua geração, diminuindo custos para a empresa e material
depositado de maneira desordenada no meio ambiente. E ao ter clientes internos satisfeitos,
estes vão manter-se na organização, em seus departamentos ajudando na retenção de novos
clientes externos e fidelização dos existentes. É necessário oferecer a esses colaboradores
![Page 35: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/35.jpg)
33
todas as ferramentas imprescindíveis para lidar com problemas e soluções de clientes
(BOONE e KURTZ, 2009).
Nada resolverá se o endomarketing não for verdadeiro, for apenas para fazer
silenciar o colaborador, a ferramenta será usada para ludibriar aquele que é o primeiro cliente
da empresa, deixando-o desmotivado e com isso podendo transparecer ao cliente externo esse
descontentamento.
De modo geral, o endomarketing propicia uma mudança da própria cultura da
organização, tornando-a mais flexível de acordo com as informações e poder de opinião dos
colaboradores (ALCANTARA, 2012).
O Endomarketing propicia um ambiente adequado para a implantação de um plano de
gerenciamento de resíduos, pois cria uma atmosfera positiva entre os colaboradores e
administração, deixando todos os envolvidos engajados no projeto.
2.4.2 Marketing Socialmente Responsável
De acordo com a Constituição Federal em seu Art. 225, diz que “Todos têm direito ao
meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e
preservá- lo para as presentes e uturas gerações”. É neste raciocínio que o hospital deve
trabalhar, pois suas ações e geração de resíduos não podem prejudicar o equilíbrio do meio
ambiente, para tanto o planejamento estratégico deve estar voltado para esse olhar.
Peattie (2006) apud Dias (2006, p. 141) define o marketing ambiental como “um
processo de gestão integral, responsável pela identificação, antecipação e satisfação das
demandas dos clientes e da sociedade, de uma forma rentável e sustentável”. Em que é
possível atender aos anseios da sociedade sem perder de vista os objetivos empresariais.
Fazendo com que seja possível o hospital aplicar técnicas de marketing socialmente
responsáveis, ou ambiental, de modo a buscar a eficiência dos processos sendo sustentável.
Zenone (2011) refere a esse marketing socioambiental como:
É a necessidade de um planejamento que tenha como elementos fundamentais
desenvolvimento humano, desenvolvimento sustentável, política de preservação da
natureza, desenvolvimento cultural, respeito a diversidade, ações realmente eficazes
e de continuidade para diminuir as diferenças sociais, e, de maneira efetiva, ter um
relacionamento com todos os públicos. (ZENONE, 2011, p. 181)
![Page 36: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/36.jpg)
34
Logo o marketing socioambiental está voltado para ações estratégicas que atendam as
necessidades organizacionais, mas ao mesmo tempo tem a preocupação com o meio ambiente
e sua preservação e com as pessoas. E ao falar em pessoas, este bem precioso dentro das
organizações é necessário dar uma atenção a elas para que possam minimizar os resíduos
gerados, preservar um ambiente de trabalho e meio ambiente.
3 METODOLOGIA
3.1 Tipo e Local de Estudo
Trata-se de uma pesquisa exploratória na modalidade de estudo de caso no Hospital
Materno Infantil Dr. Pedro Paulo Barcauí no município de Redenção – Pa.
O município conta com mais de 79 mil habitantes (IBGE 2014) e o hospital Materno
Infantil realiza seus atendimentos 100% públicos, ou seja, não recebe da população por
consultadas ou qualquer procedimento, ficando de portas abertas 24 horas por dia, todos os
dias da semana.
3.2 Período e Autorização
O estudo foi realizado no período de fevereiro a outubro de 2015 aplicando os
questionários em dois momentos antes e após sensibilização de equipe de colaboradores. O
projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos do Instituto de
Ciências da Saúde da Universidade Federal do Pará (CEP- ICS/UFPA), bem como autorizado
pela Secretaria Municipal de Saúde de Redenção e do Hospital Materno Infantil Dr. Pedro
Paulo Barcauí.
3.3 Participantes do Estudo
Participaram do estudo a equipe de enfermagem, técnicos e serviços gerais ligados ao
manuseio de resíduos de serviço de saúde, totalizando 32 entrevistados. O hospital conta com
uma equipe de 75 profissionais, entre eles estão, pessoal administrativo, higienização,
cozinha, zelador, serviços gerais, técnicos em enfermagem e enfermeiros.
Como colaboradores da pesquisa, alguns acadêmicos do 8º período do curso de
administração da Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida – FESAR, ajudaram na
![Page 37: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/37.jpg)
35
aplicação do questionário dentro do HMI, os mesmos passaram por uma reunião explicativa
sobre o projeto, TCLE e questionário, para que pudessem seguir um padrão na condução do
questionário a equipe hospitalar.
3.4 Instrumentos de Coleta de Dados
Os instrumentos de coleta de dados se deu através de questionários (apêndice A) com
a equipe que lida diretamente com os resíduos, contemplando o conhecimento deles quanto a
classificação dos resíduos e como é feito o gerenciamento dos mesmos dentro da unidade
hospitalar. E uma entrevista semiestruturada com o diretor do hospital e enfermeira chefe da
CCIH, verificando a realidade do hospital, experiências, índices de infecção e conhecimento
quanto ao gerenciamento dos resíduos.
3.5 Coleta dos Dados
A coleta dos dados no primeiro momento foi através de uma visita agendada com
diretor administrativo do HMI, em entrevista foi realizada a coleta de informações do
panorama atual da gestão dos resíduos, para saber como era feito esse gerenciamento para
sugerir estratégias de marketing, na modalidade de endomarketing, colocação de banner, com
o propósito de sensibilizar a equipe hospitalar na minimização do volume gerado dos
resíduos e a preocupação com o ambiente de trabalho e o meio ambiente.
Após visita técnica com o diretor do hospital Materno Infantil e coleta de informações
foi realizado um registro fotográfico para constatar a situação atual da geração e gestão dos
resíduos. De posse das informações e registro foi marcado um primeiro encontro com a
equipe de enfermagem e serviços gerais (lidam diretamente com resíduos de serviço de saúde)
do hospital, composta por 57 pessoas, para apresentar o projeto e o objetivo do estudo. Em
que na oportunidade foram convidados a assinarem o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido – TCLE e esclarecido que o questionário não era nominal e que as informações
ficariam sob os cuidados da pesquisadora
Foi aplicado um questionário contendo 15 questões fechadas com intuito de avaliar a
percepção da equipe responsável do hospital em relação à gestão dos resíduos sólidos.
De posso das informações acerca da percepção da equipe foram elaboradas as ações
de sensibilização e orientação com a utilização de estratégias de marketing na modalidade de
![Page 38: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/38.jpg)
36
endomarketing, com o objetivo de sensibilizá-los para melhor utilizar os materiais de trabalho
e, assim, minimizar o volume de resíduos sólidos gerados.
As ações de sensibilização aconteceram na modalidade de conversas informais e
banner (contendo o que é resíduo solido, classificação de resíduo e como deve ser feito o
gerenciamento) tudo conforme ANVISA E CONAMA, deixado no acesso principal da equipe
pesquisada, para demostrar a importância dos benefícios da minimização dos resíduos
hospitalares tanto para a preservação ambiental, ambiente de trabalho e a sociedade.
Concluídas as ações de sensibilização e orientação, foi aplicado um novo questionário,
com o objetivo de avaliar, após as ações de orientação, a percepção da equipe em relação a
todo o trabalho desenvolvido, se o objetivo da pesquisa foi atingido, se ocorreu mudança de
atitude e houve melhora no ambiente de trabalho em relação ao gerenciamento dos resíduos
sólidos.
De posse de todas as informações coletadas na realização desse estudo foram feitos as
tabulações e análises dos dados, que irão subsidiar a elaboração de um plano de
gerenciamento de resíduos sólidos de serviço de saúde que ficará a disposição dos
profissionais do hospital.
3.6 Critérios e Benefícios ao Participar da Pesquisa
Critérios de inclusão do sujeito da pesquisa são que trabalhem no hospital e aceitem
espontaneamente responder a pesquisa e assinar o TCLE. Houve casos de colaboradores não
quererem participar do estudo.
Critérios de exclusão do sujeito da pesquisa são a desistência da participação da
pesquisa e não assinarem o TCLE.
Os benefícios ao participar da pesquisa é melhorar o Programa de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde (PGRSS) do Hospital Materno Infantil para diminuir o
volume dos resíduos gerados e descartados ao meio ambiente e ter um ambiente de trabalho
mais limpo.
Os riscos decorrentes de sua participação na pesquisa são de que as informações
contidas nos questionários podem ser extraviadas, no entanto o pesquisador compromete-se
em guardá-las com o maior sigilo preservando o direito de liberdade de expressão do
respondente.
![Page 39: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/39.jpg)
37
3.7 Encaminhamento dos Resultados
Este estudo será encaminhado ao Hospital Materno Infantil, como sugestão de
gerenciamento de resíduos de serviço de saúde, bem como a Secretaria de Saúde do
Município de Redenção para auxiliar o gestor no manejo dos resíduos.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os autores Kotler e Armstrong (2007) definem que na missão de uma organização, a
visão e a direção da empresa devem estar estabelecidas para os próximos anos e, o
Planejamento Estratégico, método gerencial, que permite estabelecer a direção a ser seguida
pela organização, visando maior grau de interação com pessoas e com o ambiente.
Nesse sentido, o hospital Materno Infantil precisa de um Plano de Gerenciamento de
Resíduos de Serviço de Saúde, que estabeleça o caminho a ser seguido pelos colaboradores na
gestão dos resíduos.
A realização do questionário se deu em dois momentos. Na primeira ocasião foram
feitas 15 perguntas fechadas, no intuito de verificar qual a percepção dos colaboradores do
hospital, com relação ao gerenciamento dos resíduos. Já na segunda ocasião, foram feitas as
mesmas 15 perguntas fechadas, porém houve a aplicação de uma ferramenta chamada
endomarketing, onde durante 15 dias foram feitas conversas informais sobre o assunto
resíduo, classificação e gestão, tendo em vista que a equipe não podia parar de trabalhar para
participar de palestras, foi deixado no local de maior circulação pelos colaboradores de saúde
um banner contendo as mesmas informações ditas nas conversas informais, isso para verificar
a percepção dos colaboradores após a sensibilização, se houve alteração.
4.1 Caracterização do Hospital Materno Infantil Dr. Pedro Paulo Barcauí
A pesquisa envolveu o Hospital Materno Infantil Dr. Pedro Paulo Barcauí no
município de Redenção – PA, tem uma área construída de 1.203,05 m2 localizado setor
Capuava, na Rua Belo Horizonte s/n; o hospital é gerido por uma direção administrativa,
direção clínica e direção de enfermagem, o corpo operacional é formado por cinco
enfermeiros padrão, trinta e cinco técnicos em enfermagem e 17 agentes de serviços gerais
conta com especialidades na área de obstetrícia, pediatria e ultrassonografia num total de seis
médicos sendo uma pediatra, dois clínicos e três ginecologistas obstetras além dos
plantonistas, possui um total de cinquenta e oito leitos subdivididos em:
![Page 40: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/40.jpg)
38
25 leitos para pediatria;
17 leitos para ginecologia obstétrica;
06 leitos para clínica pediátrica;
05 leitos cirúrgicos;
02 leitos para clínica médica;
01 leito para observação pediátrica;
01 leito para observação obstétrica e
01 leito para Unidade de Cuidados Intermediários - UCI neonatal.
Figura 8 – Localização do Hospital Materno Infantil – Redenção - PA
Fonte: Prefeitura Municipal de Redenção ( 2010).
A demanda no HMI é grande, pois além dos atendimentos locais os pacientes dos
municípios vizinhos que compõem o polo e até cidades do Mato Grosso como Vila Rica e
Confresa procuram atendimento tanto em demanda espontânea como referenciada e às vezes
atende até pacientes da região do Polo Carajás como Marabá, Parauapebas, Canaã dos
Carajás, Nova Ipixuna e Curionópolis. Os encaminhamentos ao hospital ocorrem em virtude
da falta de especialidades nos municípios circunvizinhos inclusive é o único do Polo Araguaia
com pediatria vinte e quatro horas e é referencia para os partos do Projeto Nascer. Essa
procura pelo hospital se dá, principalmente, por grávidas (acompanhamento pré-natal),
parturientes e crianças, essa alta demanda ocasiona a geração de grande volume de RSS.
HMI
![Page 41: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/41.jpg)
39
É sabido que os RSS devem passar por um processo de manejo adequado para que o
material contaminado não entre em contato com o material não contaminado, e com isso
possa ser coletado, transportado e destinado em locais apropriados.
Em Redenção - PA existe apenas o lixão para destinação final dos resíduos, porém os
hospitais produzem vários tipos de resíduos contaminantes. A coleta dos RSS no município é
terceirizada a mais ou menos 20 anos. Hoje uma empresa de Palmas capital do Tocantins
coleta os RSS e levam para a cidade de Rio Maria para ser incinerado e este após o processo
tem como destino final o lixão da cidade pois esta também não tem aterro sanitário nem o
controlado. A distancia entre a cidade produtora do resíduo e a cidade do destino final são de
85 km, conforme site distanciacidades.com.
Segundo o gerente de lixo hospitalar da empresa coletora a rotina de coleta no HMI é
feita três vezes por semana; na segunda, quarta e sexta feira devido ao volume de resíduos
gerados, após serem levados para acidade de Rio Maria o RSS é incinerado a uma
temperatura superior a 500º para que haja a descontaminação dos resíduos e as cinzas possam
ser dispostas no lixão municipal onde existe uma área reservada especificamente para este
fim. Cabe ressaltar que a cada 100 kg de resíduos após a incineração é reduzido a
aproximadamente 95% o que equivale a mais ou menos 5 kg.
A relevância do manejo adequado dos RSS deve ser levada em consideração, pois
con orme S (200 ) “Os res duos de serviços de saúde s o parte importante do total de
res duos s lidos urbanos, n o necessariamente pela quantidade gerada (cerca de 1 a do
total), mas pelo potencial de risco que representam saúde e ao meio ambiente”. Logo, o
material produzido pelo HMI tem potencialidade de contaminação ao meio ambiente e a
saúde.
Ressalta-se ainda que o Hospital Materno Infantil seja responsável por parte do ciclo
dos resíduos por ele gerado, ciclo este que vai desde a geração até a preparação para a
destinação final, não se isentando de nenhuma fase, pois de acordo com o princípio do
poluidor pagador foi definido no Encontro Internacional do Rio de Janeiro, em 1992, como
um dos princípios fundamentais para a sustentabilidade. Ele de ine os geradores de res duos
como responsáveis por todo o ciclo de seus res duos, da geraç o disposiç o inal.
(ANVISA, 2006). Porém a responsabilidade não cabe apenas ao hospital, mas sim, a uma
gestão compartilhada entre município, empresa que coleta, trata e destina.
Con orme rt. 0 da Constituiç o Federal cabe aos munic pios “organizar e prestar,
diretamente ou sob o regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse
local, incluído o transporte coletivo que tem caráter essencial”.
![Page 42: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/42.jpg)
40
Faz-se necessário ainda adotar uma classificação e divulgação no local de geração dos
resíduos sólidos de serviço de saúde – (RSSS) para que estes possam ser manuseados,
segregados, transportados, armazenados e dispostos em recipientes e destinação final corretos,
minimizando, assim, custos para a empresa e evitando prejuízos à sociedade e ao meio
ambiente. (MARTINS, 2004 apud KOPP, ARAUJO, FIGUEIREDO, 2013).
Os resíduos, conforme a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 306/2004 ANVISA,
são classificados da seguinte forma:
GRUPO A
Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características,
podem apresentar risco de infecção.
Figura 9 – Símbolo do Grupo Infectante
Fonte: ANVISA, 2006
A1
-Culturas e estoques de microrganismos; resíduos de fabricação de produtos biológicos,
exceto os hemoderivados; descarte de vacinas de microrganismos vivos ou atenuados; meios
de cultura; resíduos de laboratórios de manipulação genética.
-Resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de
contaminação biológica por agentes de classe de risco 4, microrganismos com relevância
epidemiológica e risco de disseminação ou causador de doença emergente que se torne
epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido.
-Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitados por contaminação ou
por má conservação, ou com prazo de validade vencido, e aquelas oriundas de coleta
incompleta.
-Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e
materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos
corpóreos na forma livre.
A2
![Page 43: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/43.jpg)
41
-Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais submetidos a
processos de experimentação com inoculação de microrganismos, bem como suas forrações, e
os cadáveres de animais suspeitos de seres portadores de microrganismos de relevância
epidemiológica e com risco de disseminação, que foram submetidos ou não a estudo
anatomopatológico ou confirmação diagnóstica.
A3
-Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais, com
peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor
que 20 semanas, que não tenham valor científico ou legal e não tenha havido requisição pelo
paciente ou familiares.
A4
-Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados.
-Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de equipamento
médico-hospitalar e de pesquisa, entre outros similares.
-Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções,
provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes Classe
de Risco 4, e nem apresentem relevância epidemiológica e risco de disseminação, ou
microrganismo causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante
ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido ou com suspeita de contaminação com
príons.
-Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro
procedimento de cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo.
-Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenha
sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.
-Peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes de procedimentos
cirúrgicos ou de estudos anatomopatológicos ou de confirmação diagnóstica.
-Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais não
submetidos a processos de experimentação com inoculação de microrganismos, bem como
suas forrações.
-Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-transfusão.
A5
![Page 44: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/44.jpg)
42
-Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfuro cortantes ou escarificantes e demais
materiais resultantes da atenção ã saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de
contaminação com príons.
GRUPO B
Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública
ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade,
reatividade e toxidade.
Figura 10 – Símbolo do Grupo Químico
Fonte: ANVISA, 2006
-Produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos; antineoplásicos;
imunossupressores; digitálicos; imunomoduladores; antirretrovirais, quando descartados por
serviços de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos ou apreendidos e os
resíduos e insumos farmacêuticos dos Medicamentos controlados pela Portaria MS 344/98 e
suas atualizações.
-Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfestantes; resíduos contendo metais pesados;
reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes.
-Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores).
-Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas.
-Demais produtos considerados perigosos, conforme classificação da NBR 10.004 da ABNT
(tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos).
GRUPO C
Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeos
em quantidades superiores aos limites de isenção especificados nas normas do CNEN e para
os quais a reutilização é imprópria ou não prevista.
![Page 45: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/45.jpg)
43
Figura 11 – Símbolo do Grupo Radioativo
Fonte: ANVISA, 2006
-Enquadram-se neste grupo os rejeitos radioativos ou contaminados com radionuclídeos,
provenientes de laboratórios de análises clínicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia,
segundo a resolução CNEN – 6.05.
GRUPO D
Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao
meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.
Figura 12 – Símbolo do Grupo Comum
VIDRO
PLÁSTICO
PAPEL
METAL
ORGÂNICO
Fonte: ANVISA, 2006
-Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de vestuário, resto
alimentar de paciente, material utilizado em antissepsia e hemostasia de venóclises, equipo de
soro e outros similares não classificados como A1.
-Sobras de alimentos e do preparo de alimentos;
-Resto alimentar de refeitório
-Resíduos provenientes das áreas administrativas;
![Page 46: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/46.jpg)
44
-Resíduos de varrição, flores, podas e jardins;
-Resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde.
GRUPO E
Materiais perfuro cortantes ou escarificantes, tais como: Lâminas de barbear, agulhas,
escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de
bisturi, lancetas; tubos capilares; micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os
utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de
Petri) e outros similares.
Figura 13 – Símbolo do Grupo Perfurocortante
RESÍDUO PERFUROCORTANTE
Fonte: ANVISA, 2006
Durante visita técnica realizada ao Hospital Materno Infantil, foi verificado que o
local possui os tipos de resíduos do Grupo A, B, D e E, mas esses resíduos não estão
acondicionados conforme Programa de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde
(PGRSS) disposto na RDC 306/2004, podendo, assim, ser implementado esse programa de
gestão, para minimizar a geração de resíduos, que é um problema não só do poder público
municipal, mas de toda a sociedade, pois para que ocorra essa diminuição, se faz necessário
segregar e tratar esses resíduos, para que estes, não sejam jogados ao meio ambiente, bem
como é de suma importância sensibilizar os colaboradores do hospital para a redução da
geração desses resíduos.
Ao realizar a pesquisa foram feitas perguntas aos colaboradores do HMI em dois
momentos, sendo contextualizadas em Pré Sensibilização e Pós Sensibilização, onde no
primeiro momento apenas foram feitas as perguntas aos entrevistados e no segundo momento
os entrevistados já haviam sido sensibilizados com o assunto, através de banner e conversas
informais. Então foi perguntado aos colaboradores o que eles entendiam por resíduo sólido e
os mesmos responderam:
![Page 47: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/47.jpg)
45
Gráfico 1 – O que é resíduo sólido?
Fonte: Autora / 2015
Pré Sensibilização
Dos 32 entrevistados, 75%, que corresponde a 24 pessoas, disseram que sabiam o que
era resíduo solido, já 25%, que corresponde a 8 pessoas afirmaram não saber o que era
resíduo, mesmo lidando com esse rejeito diariamente, a nomenclatura causou estranheza
nessa partes dos entrevistados.
Pós Sensibilização
Após a sensibilização, todos os entrevistados reconheceram a nomenclatura resíduo
solido associando ao lixo hospitalar manuseado por eles diariamente.
Nota-se que houve uma mudança na percepção de 25%, ou seja, uma parcela dos
colaboradores do hospital não sabiam o que de fato era resíduo sólido.
Foi perguntado como eles classificariam os resíduos em grupos e segue como ficou a
classificação
Pré Sensibilização Pós Sensibilização
Sim 24 32
Nao 8 0
75%
100%
25% 0%
0
5
10
15
20
25
30
35
Nº
Entr
evi
stad
os
Sabe o que é Resíduo Sólido?
![Page 48: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/48.jpg)
46
Gráfico 2 - A) Classificação do resíduo.B) Classificação do resíduo
A)
B)
Fonte: Autora / 2015
Nota-se que antes da sensibilização os participantes ficaram indecisos quanto a
classificação dos resíduos, conforme gráfico 2 A, pois no HMI as embalagens e contêineres
são as mesmas para qualquer tipo de lixo. Já no gráfico 2 B, pós sensibilização os
Grupo A
Grupo B
Grupo C
Grupo D
Grupo E
Lixo comum 23 7 1 0 1
Lixo perfuro cortante 5 15 6 3 3
Lixo químico 1 4 15 8 4
Lixo radioativo 1 2 3 19 8
Lixo infectante 2 4 7 2 16
72 %
22 % 3
%
0 %
3 %
16 %
47 %
19 % 9
% 9 %
3 %
12 %
46 %
26 % 13
% 3 %
6 %
9 %
59 %
24 % 6
%
13 %
23 % 6
%
51 %
0 5
10 15 20 25
Nº
Entr
evi
stad
os
Relacione os grupos de lixo: (Pré Sensibilização)
Grupo A Grupo B Grupo C Grupo D Grupo E
Lixo comum 0 1 1 30 0
Lixo perfuro cortante 7 1 2 0 22
Lixo químico 0 22 1 1 8
Lixo radioativo 0 8 23 0 1
Lixo infectante 25 0 5 1 1
0 %
3 %
3 %
94 %
0 %
22 % 3
%
6 %
0 %
69 %
0 %
69 %
3 %
3 %
25 % 0
%
25 %
72 %
0 %
3 %
78 %
0 %
16 %
3 %
3 % 0
5 10 15 20 25 30 35
Nº
Entr
evi
stad
os
Relacione os grupos de lixo: (Pós Sensibilização)
![Page 49: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/49.jpg)
47
entrevistados associaram o resíduo ao grupo, melhorando a segregação e descarte dos
mesmos. Houve uma melhora significativa na classificação dos grupos de resíduos.
A seguir foi perguntado se eles tinham conhecimento se o hospital tinham um
programa de gerenciamento de resíduos de serviço de saúde:
Gráfico 3 – O hospital tem um PGRSS?
Fonte: Autora / 2015
Pré Sensibilização
Dos entrevistados, 59%, que corresponde a 19 pessoas, disseram que o hospital
possuem um plano de gerenciamento de resíduos, porém os mesmos nunca viram,
manusearam ou pegaram esse plano, pois em entrevista com o diretor administrativo
juntamente com a enfermeira chefe da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar – CCIH
do hospital Materno Infantil, afirmaram não possuírem um plano de gerenciamento de
resíduos. Já 25% dos entrevistados, que corresponde a 8 pessoas, afirmam que desconhecem
sobre o assunto e 16%, correspondendo a 5 pessoas afirmam que o hospital não tem um plano
de gestão de resíduos.
Pós Sensibilização
Após aplicação do endomarketing, por meio de conversas informais, os colaboradores
de saúde puderam se informar a respeito do plano de gerenciamento de resíduo do Materno
Infantil que não existe, até o momento, nesta unidade hospitalar, porém a equipe mesmo sem
o documento, procura trabalhar conforme as normas legais exigidas da ANVISA (2004) e
CONAMA (2005). O que mudou foi que 53% dos entrevistados, corresponde a 17 pessoas,
Pré Sensibilização Pós Sensibilização
Sim 19 10
Nao 5 17
Está providenciando 0 0
Desconhecendo 8 5
59%
31%
16%
53%
25% 16%
0
5
10
15
20
Nº
Entr
evi
stad
os
O Hospital Materno Infantil possui um PGRSS?
![Page 50: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/50.jpg)
48
agora afirmam que o hospital não possui um plano de gerenciamento, ainda 31%, que
corresponde a 10 pessoas, afirmam que existe um plano de gestão, isso se dá devido seguirem
uma rotina, mesmo sem ter o documento exigido. E 16%, correspondendo a 5 pessoas, dizem
desconhecer sobre o assunto plano de gerenciamento de resíduos.
A seguir foi perguntado por quantas etapas era contemplado o plano de gerenciamento
de resíduos:
Gráfico 4 – Por quantas etapas é composto o Plano de Gerenciamento de Resíduos?
Fonte: Autora / 2015
Pré Sensibilização
Dos 47% entrevistados, 15 pessoas, afirmaram que o plano possui apenas 3 etapas. Já
31%, que corresponde a 10 pessoas, disseram que o plano de gerenciamento é composto por
uma única etapa. 19%, representado 6 pessoas, afirmam ter 7 etapas. E 3%, que corresponde a
1 pessoa afirma que o plano de gerenciamento de resíduo possui 10 etapas. Notou-se que a
equipe hospitalar teve dúvidas quanto a essa questão, e isso pode ter sido em consonância
com a pergunta anterior (o hospital possui o plano de gerenciamento de resíduo) a escassez do
plano de gerenciamento deixa os colaboradores com incertezas na quantidade de etapas do
planejamento dos resíduos, pois na prática não param para contar.
Pós Sensibilização
Após sensibilização, foi colocado um banner (apêndice B) nas dependências do
hospital, com o conceito de resíduo solido, a classificação e as etapas de gerenciamento, para
visualização da equipe hospitalar e assim os mesmos ao responderem a uma nova pesquisa
mudaram a opinião para 63% dos entrevistados, que correspondem a 20 pessoas, afirmaram
Pré Sensibilização Pós Sensibilização
10 etapas 1 1
07 etapas 6 20
03 etapas 15 10
01 etapas 10 1
3% 3% 7%
63%
47%
31% 31%
3% 0
5
10
15
20
25
Nº
Entr
evi
stad
os
O PGRSS, nesta unidade hospitalar, é composto por quantas etapas?
![Page 51: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/51.jpg)
49
que o plano de gerenciamento de resíduos é composto por 7 etapas, conforme RDC 306/2004
(ANVISA) e CONAMA Nº 358/2005. Ainda 31% dos entrevistados, que correspondem a 10
pessoas, afirmam que o plano é composto por 3 etapas, já 3% dos entrevistados,
correspondendo a 1 pessoa, afirmou ter 1 etapa e outros 3%, afirmou ter 10 etapas. Isso
mostra que é necessário realizar mais ações de endomarketing, com intervalos de tempo
maiores para fixar na mente dos colaboradores aquilo que se pretende para assim ocorrer a
mudança de clima organizacional.
Foi questionado se os colaboradores sabiam até onde era a responsabilidade do
hospital quando aos resíduos, os mesmos responderam:
Gráfico 5 – Até onde vai a responsabilidade do hospital quanto aos resíduos?
Fonte: Autora / 2015
Pré Sensibilização
Com 32 entrevistados, 47% correspondendo a 15 pessoas, disseram que a
responsabilidade do hospital quanto ao resíduo vai até a coleta externa. Já 38%, ou seja, 12
pessoas, acreditam que a responsabilidade da unidade hospitalar vai até a destinação final dos
resíduos. 9% dos entrevistados, cerca de 3 pessoas, defendem que a responsabilidade termina
no armazenamento externo e que a partir dai, quem fica responsável é a empresa que coleta
esses resíduos. E 6%, correspondem a 2 pessoas, imaginam que o hospital tem
responsabilidade na descontaminação dos resíduos, tendo como obrigação a reciclagem,
incentivo a formação de cooperativas, dentre outras práticas.
Pré Sensibilização Pós Sensibilização
Arm. Externo 3 1
Dest. Final 12 13
Coleta Externa 15 2
Descontaminação 2 16
9% 3%
38% 41%
47%
6% 6%
50%
0 2 4 6 8
10 12 14 16 18
Nº
Entr
evi
stad
os
Na sua opinião, a responsabilidade do hospital quanto aos residuos
produzidos, vai até:
![Page 52: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/52.jpg)
50
Pós sensibilização
Ao sensibilizar os colaboradores, nota-se que 50%, que corresponde a 16 pessoas,
após nova pesquisa mudaram de opinião, agora responderam que a responsabilidade do
hospital com relação ao resíduo vai até a descontaminação, associado a 41%, que corresponde
a 13 pessoas, onde afirmam que a destinação final deve ser a preocupação do hospital, essa
junção se dá após leitura Nº 358/2005 (CONAMA) onde cabe aos geradores de resíduos e
responsável legal o gerenciamento dos resíduos e a disposição final. Ainda 6%,
correspondendo a 2 pessoas, disseram que a responsabilidade do resíduo dava até a coleta
externa e apenas 3%, representando 1 pessoa, ainda afirma que a responsabilidade do hospital
com relação ao resíduo é até o armazenamento externo.
Foi perguntado aos colaboradores se eles sabiam onde os resíduos infectantes eram
descartados, os mesmos responderam:
Gráfico 6 – Onde os resíduos infectantes são descartados?
Fonte: Autora / 2015
Pré Sensibilização
Neste momento 66% da equipe entrevistada, corresponde a 21 pessoas, afirmam que
esse tipo de resíduo é coletado por empresa terceirizada e não sabem como ela despreza esse
material. Já 19%, corresponde a 6 pessoas, acreditam que esse resíduo é jogado em aterros.
9%, que são 3 pessoas, imaginam que esses resíduos infectantes são tratados e apenas 6%, 2
pessoas, acreditam que vão direto para os lixões.
Pós Sensibilização
Pré Sensibilização Pós Sensibilização
Tratados 3 2
Terceirizados 21 30
Aterros 6 0
Lixões 2 0
9% 6%
66%
94%
19% 0% 6% 0% 0 5
10 15 20 25 30 35
Nº
Entr
evi
stad
os
Onde os resíduos infectantes são jogados?
![Page 53: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/53.jpg)
51
Após sensibilização 94%, que corresponde a 30 pessoas, afirmam que a empresa
terceirizada que coleta todos os resíduos do hospital, recolhendo inclusive os infectantes.
Apenas 6%, que corresponde a 2 pessoas ainda acham que esses resíduos são tratados.
Resíduo infectante não deve ser tratado devido ao risco de contaminação, conforme
CONAMA Nº 358/2005 em seu Art. 20. “Os resíduos do Grupo A não podem ser reciclados,
reutilizados ou reaproveitados, inclusive para alimentação animal”.
Na cidade de Redenção e na região próxima, ainda não dispõe de aterros sanitários,
mesmo com a Lei 12.305, de 02 de agosto de 2010, (Lei da Política Nacional de Resíduos
Sólidos) o município ainda não se adequou, logo aqui tem-se os vazadouros, mais conhecidos
como lixões, porém como os resíduos do hospital Materno Infantil são coletados por empresa
terceirizada, ela leva para local apropriado.
Foi questionado aos colaboradores qual era o primeiro procedimento para a gestão
adequada dos resíduos e eles responderam:
Gráfico 7 – O que deve ser feito primeiro na gestão do resíduo?
Fonte: Autora / 2015
Pré Sensibilização
97% dos entrevistados, cerca de 31 pessoas, afirmam que a primeira ação que deve ser
feita ao gerar o resíduo é separar e apenas 3%, que corresponde a 1 pessoa, acredita que
transportar seja a primeira ação a ser feita para ter uma gestão de resíduo.
Pós Sensibilização
Pré Sensibilização Pós Sensibilização
Lavar 0 0
Transportar 1 0
Separar 31 32
Limpar 0 0
3% 0%
97% 100%
0 5
10 15 20 25 30 35
Nº
Entr
evi
stad
os
Qual deve ser o primeiro procedimento para a gestão
adequada dos resíduos (lixo)?
![Page 54: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/54.jpg)
52
Após colocar o banner no hospital, todos os colaboradores entrevistados afirmam que
separar os resíduos é o primeiro procedimento para a gestão adequado do resíduo. Conforme
RDC 0 /2004 ( S ) a “SEGREGAÇÃO - Consiste na separação dos resíduos no
momento e local de sua geração, de acordo com as características físicas, químicas,
biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos”.
Foi questionado aos colaboradores se eles sabiam como deveria ser feito o
acondicionamento correto dos resíduos:
Gráfico 8 – Como deve ser feito o acondicionamento dos resíduos?
Fonte: Autora / 2015
Pré Sensibilização
Dos 38% entrevistados, que corresponde a 12 pessoas, afirmam que a maneira correta
de dispor o resíduo e diretamente na origem, pois assim já coloca no local certo. Já 34% dos
entrevistados, cerca de 11 pessoas, afirmam ser o deposito o local correto de acondicionar o
resíduo, quando referem-se ao deposito querem dizer ao armazenamento externo. 25%,
corresponde a 8 pessoas, afirmam que pelo coletor, ou seja, a pessoa responsável por fazer o
serviço de coleta dos resíduos é o único responsável por acondicionar corretamente os
resíduos. E 3%, cerca de 1 pessoa, diz que o carrinho é o local correto de colocar os resíduos.
Pós Sensibilização
Com a exposição do banner e orientações, 85% dos entrevistados, cerca de 27
pessoas, afirmam que a maneira correta de acomodar os resíduos é diretamente na origem
Pré Sensibilização Pós Sensibilização
Origem 12 27
Deposito 11 3
Carrinho 1 2
Coletor 8 0
38%
85%
34% 9% 3% 6% 25%
0% 0 5
10 15 20 25 30
Nº
Entr
evi
stad
os
O acondicionamento correto dos resíduos (lixo) deve ser efetuado
como?
![Page 55: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/55.jpg)
53
através de recipientes e embalagens especificas, inclusive identificadas conforme cada
resíduos, sempre obedecendo as Normas Brasileiras vigentes, NBR 9191 e NBR 7500 da
ABNT.
Foi perguntado como os colaboradores acham que os resíduos são transportados e eles
responderam:
Gráfico 9 – Como são transportados os resíduos?
Fonte: Autora / 2015
Independente da sensibilização, todos os entrevistados já tinham consciência de como
era feito o transporte dos resíduos do hospital Materno Infantil, até por que conforme
entrevista com diretor administrativo e enfermeira chefe da CCIH, a coleta de resíduo é
terceirizada ha mais de 20 anos na unidade, então todos os colaboradores que ali trabalham
sabem que os resíduos são coletados por empresa terceirizada.
Atualmente a empresa que presta serviço ao Materno Infantil é a mesma que coleta em
todos os hospitais cidade (também coleta o resíduo urbano) tem um veiculo especializado
para realizar a coleta, mas nem sempre foi assim. Conforme relatos, outras empresas já
realizaram as retiradas de resíduos em caminhões tradicionais, ficando os resíduos expostos
causando perigo aos trabalhadores e ao meio ambiente. As dificuldades vão além, pois nem
sempre todos estão devidamente equipados com o equipamento de proteção individual – EPI
e equipamento de proteção coletiva - EPC, situação obrigatória ANVISA (2004).
Foi perguntado se os colaboradores achavam importante o uso de equipamento de
proteção individual e eles responderam:
Pré Sensibilização Pós Sensibilização
Caminhão lixo comum 0 0
Caminhão lixo especializado
32 32
100% 100%
0
5
10
15
20
25
30
35
Nº
Entr
evi
stad
os
Como os resíduos (lixo) são transportados?
![Page 56: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/56.jpg)
54
Gráfico 10 – O uso de EPI é importante para realização de sua atividade?
Fonte: Autora / 2015
Os principais equipamentos de proteção individual são fornecidos pelo hospital
Materno Infantil aos seus colaboradores, é certo que é preciso melhorar, mas é notório que
falta recursos para que o hospital funcione efetivamente. Diante disso, todos os colaboradores
entrevistados acreditam que é de extrema importância o EPI para o desempenho de suas
atividades laborais, pois eles lidam principalmente com rejeitos e esses podem estar
infectados.
Os colaboradores foram indagados com relação a treinamentos ofertados pelo hospital,
com relação a manuseio dos resíduos:
Gráfico 11 – O hospital oferece treinamento?
Fonte: Autora / 2015
Pré Sensibilização Pós Sensibilização
SIM 32 32
NÃO 0 0
100% 100%
0
5
10
15
20
25
30
35
Nº
Entr
evi
stad
os
O uso de EPI é importante para desenvolver as atividades?
Pré Sensibilização Pós Sensibilização
SIM 15 6
NÃO 17 26
47%
19%
53%
81%
0
10
20
30
Nº
Entr
evi
stad
os
Existe treinamento, por parte do hospital, a respeito do manuseio correto dos resíduos
(lixo)?
![Page 57: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/57.jpg)
55
Pré Sensibilização
Dos entrevistados, 53%, que corresponde a 17 pessoas, disseram que sim, possuem
treinamento por parte do hospital a respeito do gerenciamento dos resíduos. Já 47%, cerca de
15 pessoas, afirmam que não receberam nenhum treinamento do hospital com relação a
manuseio adequado do resíduo.
Pós Sensibilização
Após sensibilização, 81% dos entrevistados, cerca de 26 pessoas, afirmaram que de
fato, não receberam nenhum tipo de treinamento com relação ao manuseio de resíduo, ao
gerenciamento correto do mesmo. E ainda 19%, cerca de 6 pessoas, afirmam ter recebido
algum treinamento quanto ao manuseio de resíduo. Em entrevista com a chefe da CCIH, o
que ocorre são conversas informais na admissão, porém como quase não ocorre turnover na
equipe, essa conversa pode ser entendida como um treinamento ou até mesmo esquecida pelos
colaboradores, precisando ser renovada periodicamente.
Ainda foi indagado aos colaboradores se eles achavam importante receber treinamento
por parte do hospital, os mesmos responderam:
Gráfico 12 – Acha importante receber treinamento?
Fonte: Autora / 2015
Todos os entrevistados, independente da sensibilização, acreditam que os treinamentos
são de extrema importância para sua profissão, pois só através da educação acontece o
aprimoramento, vindo de encontro com ANVISA (2006).
Foi perguntado qual o cargo os colaboradores ocupavam dentro do hospital:
0%
100%
0%
12) Você acha importante para sua profissão receber os treinamentos na empresa?
SIM
NÃO
![Page 58: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/58.jpg)
56
Gráfico 13 – Qual seu cargo?
Fonte: Autora / 2015
Dos entrevistados 60%, cerca de 19 pessoas são técnicos, 34%, cerca de 11 pessoas
são serviços gerais e apenas 6%, cerca de 2 pessoas, são enfermeiros. Todos eles lidam
diretamente com os resíduos de todos os grupos. Ficando sem participar da pesquisa aqueles
que lidam apenas com os resíduos do grupo D (comum), pois assim tem se uma amostra que
lida com todos os tipos de resíduos.
Foi indagado ha quanto tempo trabalhavam naquela unidade hospitalar:
Gráfico 14 – Tempo de trabalho no hospital?
Fonte: Autora / 2015
56% dos entrevistados, cerca de 18 pessoas, trabalham no hospital a mais de 3 anos. Já
13%, cerca de 4 pessoas, trabalham entre 2 a 3 anos. Outros 12%, cerca de 4 pessoas,
trabalham entre 1 a 2 anos. E 19%, cerca de 6 pessoas, trabalham a menos de 1 ano no
0%
60%
0% 6%
34%
13) Qual o cargo que ocupa no hospital?
A - Tec. Enfermagem
B - Aux. Enfermagem
C - Enfermeiro(a)
D - Serv. Gerais
0%
19%
12%
13%
56%
14) Há quanto tempo trabalha neste hospital?
Menos de 1 ano
Entre 1 a 2 anos
Entre 2 a 3 anos
Mais de 3 anos
![Page 59: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/59.jpg)
57
hospital. Nota que a maioria trabalha a muito tempo no hospital, tem o local como uma casa e
não pretende migrar de trabalho, mesmo com as limitações amam o que fazem.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A percepção ambiental no seio hospitalar, sobretudo em unidade destinada ao
atendimento de gestantes e crianças no município de Redenção, por parte dos servidores no
que se refere ao zelo pelas regras e cuidados para com a destinação dos resíduos dali
provenientes é de salutar relevância para que se converse a salubridade do ambiente e, por
consequência, a saúde de todos que ali estão inseridos, sejam trabalhadores, sejam pacientes.
Pelo que se analisou, foi possível constatar que não há plano de gerenciamento de
resíduos sólidos de serviço de saúde, bem como, a falta de equipamentos de proteção
individual dos profissionais que ali laboram, além de recipientes próprios para o
acondicionamento de todos os descartes decorrentes dos atendimentos ocorrentes no âmbito
do Hospital Materno Infantil de Redenção.
O eventual descumprimento das normas que regulam o descarte dos resíduos advindos
de uma unidade hospitalar que promove o atendimento de várias pessoas do município de
Redenção e região acaba por traçar os contornos lapidados na presente pesquisa, dando fôlego
aos propósitos inicialmente apresentados.
Diante disso, a aplicação da estratégia de endomarketing sensibilizou os colaboradores
do local pesquisado, para que o gerenciamento dos resíduos sólidos possa ser implementado,
melhorando o ambiente de trabalho e minimizando o volume de material gerado e descartado
ao meio ambiente, pois o conhecimento limitado da equipe hospitalar em relação ao manejo
dos RSS se dá devido a falta de um Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de
Saúde, por não existir o documento devidamente escrito e consequentemente não serem
realizados etapas por leis e normas estabelecidas, deixando assim de realizar treinamentos
para que a educação seja de maneira continuada, promovendo sempre o conhecimento.
Realizada a pesquisa, pode-se cogitar seu proveito tanto pelo Hospital Materno
Infantil, como sugestões e ideias tendentes a melhor gestão e destinação do resíduo
descartado, como pelas demais unidades de saúde no município de Redenção – PA.
![Page 60: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/60.jpg)
58
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANVISA. 2006. Manual de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde.
Disponível em <
http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/manual_gerenciamento_residuos.pdf >.
Acesso em: fevereiro de 2015
ALCÂNTARA, Jaqueline Siqueira. O Endomarketing como técnica interveniente no processo
de acreditação do HU-UFSC e seus reflexos à cultura organizacional. Dissertação de
Administração da Universidade Federal de Santa Catarina.
http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/99272. Acesso em: agosto de 2015.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. Resíduos sólidos:
classificação. (NBR 10004).
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. Sacos plásticos para
acondicionamento do lixo. (NBR 9191).
BARBIERI, José Carlos. Gestão ambiental empresarial: conceitos, modelos e instrumentos.
2 ed. Atual e Ampliada. São Paulo: Saraiva, 2007.
BOONE, Louis E.; KURTZ, David L. Marketing Contemporâneo. São Paulo: Cengage
Learning, 2009.
BRASIL, Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília,
DF: Senado, 1988.
BRASIL. Lei n.º 12.305, de 2 de agosto de 2010. Altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de
1998 e dá outras providências. Disponível em < www.planalto.gov.br >. Acesso em: outubro
de 2013.
BRASIL. Projeto de Lei n.º 425. Da Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Altera a Lei no
9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e dá outras providências. Disponível em <
www.planalto.gov.br >. Acesso em: novembro de 2015.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente – Resíduos Sólidos
http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/resíduos . 2015. Aceso em: setembro de 2015.
BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico. Disponível em <
www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/.../PNSB_2008.pdf >. Acesso em: março de
2015.
BRASIL, Ministério do Meio Ambiente - POLÍTICA NACIONAL DO MEIO
AMBIENTE – Lei No. 6.938/81
![Page 61: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/61.jpg)
59
http://www.mma.gov.br/estruturas/sqa_pnla/_arquivos/46_10112008050406.pdf acesso em
22/10/2015. Acesso em: agosto de 2015.
CALCULO DE DISTANCIA ENTRE CIDADES.
http://distanciacidades.com/calcular?from=Redenção+-
+PA%2C+Brasil&to=Rio+Maria%2C+PA%2C+Brasil. Acesso em: setembro de 2015.
COBRA, Marcos. Administração de Marketing no Brasil. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2009.
CORRÊA LB, LUNARDI VL, SANTOS SSC. Construção do saber sobre resíduos sólidos
de serviços de saúde na formação em saúde. Rev Gaúcha Enferm., Porto Alegre (RS) 2008
dez;29(4):557-64. Repositorio. furg.br/bitstream/handle/1/1855/Construção do saber resíduos
sólidos de serviços de saúde na formação da saúde.pdf?sequence=1. Acesso em: outubro
2015.
COUTINHO. Regina Silva dos Santos, CARVALHO. Audrey Macêdo de. DISCUTIR A
RELAÇÃO: Resíduos de serviço de saúde, impactos ambientais e ação educativa.
Candombá - Revista Virtual, v. 3, n. 2, p. 81–94, jul – dez 2007/ ISSN 1809-0362
http://revistas.unijorge.edu.br/candomba/2007-v3n2/pdfs/AudreyCarvalho2007v3n2.pdf.
Acesso em: outubro 2015.
DIAS, Reinaldo. Gestão Ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. São Paulo:
Atlas, 2006.
DRUCKER, P.F. Administração de instituições sem fins lucrativos: princípios e práticas.
São Paulo: Pioneira, 1997.
GOUVEIA, Nelson. Resíduos sólidos urbanos: impactos socioambientais e perspectiva de
manejo sustentável com inclusão social. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 17, n.
6, p. 1503-1510, June 2012 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
81232012000600014&lng=en&nrm=iso>. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-
81232012000600014. Acesso em: novembro de 2015.
KOPP, Mariana de Paula; ARAÚJO, Claudia Affonso Silva; FIGUEIREDO, Kleber Fossati.
Gestão de resíduos sólidos hospitalares: estudo de casos em hospitais do Rio de Janeiro e
de São Paulo. Gestão Contemporânea, Porto Alegre, ano 10, n. 13, p. 71-95, jan/jun. 2013.
Disponível em < http://seer2.fapa.com.br/index.php/arquivo >. Acesso em: fevereiro de 2015.
KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Administração: A bíblia do Marketing. 12 ed. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
KOTLER, Philip. Administração de Marketing: análise, planejamento, implementação e
controle. 5 ed. 9 reimpr. São Paulo: Atlas, 2011.
_______________ . Marketing para organização que não visam lucro. São Paulo: Atlas,
1994.
![Page 62: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/62.jpg)
60
LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing: conceitos, exercícios e casos. 8 ed. São Paulo:
Atlas, 2009.
PFITSCHER, Elisete Dahmer et al. A situação dos hospitais quanto ao gerenciamento dos
aspectos e impactos ambientais. Cad. EBAPE.BR, Rio de Janeiro , v. 5, n. 3, p. 01-
18, Sept. 2007 . Available from
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S167939512007000300007&lng=en
&nrm=iso. Acesso em: novembro 2015.
RABELO, Ana Maria Fernandes. Manejo dos resíduos de hospitais e os riscos ambientais
em Boa Vista, Roraima / Ana Maria Fernandes Rabelo. – Boa Vista, 2008. 132 f. : il.
http://www.bdtd.ufrr.br/tde_arquivos/1/TDE-2009-07-22T134614Z . Acesso em: setembro de
2015.
SANTOS, Ricardo Martiniano dos; SALLES, Mara Telles. Gestão de Marketing para
implantar atividades de gerenciamento de resíduos de serviço de saúde. IX Congresso
Nacional de Excelência em gestão. ISSN 1984-9354. Disponível em <
www.excelenciaemgestao.org/Portals/2/.../cneg9/.../T13_0653_3723.pdf >. Acesso em: março
de 2015.
SOUZA, ACS, et al. Descarte de resíduos infectantes: informações demonstradas e ações
praticadas por estudantes de enfermagem e medicina - Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2015
jan./mar.;17(1):124-30. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5216/ree.v17i1.25181. - doi:
10.5216/ree. v17i1.25181. Aceso em: setembro de 2015.
VERÍSSIMO, Luiz Fernando. Poema O lixo.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=7243. Acesso em março de
2015.
ZENONE, Luiz Claudio. Gestão Estratégica de Marketing: conceitos e técnicas. São Paulo:
Atlas, 2011.
![Page 63: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/63.jpg)
61
APÊNDICE
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE
APÊNDICE A – Questionário para os colaboradores do setor de internação do
Hospital Materno Infantil
1. Você sabe o que é resíduo sólido?
a) ( ) Sim
b) ( ) Não
2. Como o lixo é classificado? Correlacione as colunas
a) (A) Grupo A ( ) Lixo comum
b) (B) Grupo B ( ) Lixo perfuro cortante
c) (C) Grupo C ( ) Lixo químico
d) (D) Grupo D ( ) Lixo radioativo
e) (E) Grupo E ( ) Lixo infectante
3. O Hospital Materno Infantil possui um Programa de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos de Serviço de Saúde – (PGRSS)?
a) ( ) Sim
b) ( ) Não
c) ( ) Está providenciando
d) ( ) Desconheço
4. O Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde, nesta
unidade hospitalar, é composto por quantas etapas?
a) ( ) 10 etapas
b) ( ) 7 etapas
c) ( ) 3 etapas
d) ( ) 1 etapa
5. Na sua opinião, a responsabilidade do hospital quanto aos resíduos produzidos, vai
até:
a) ( ) Armazenamento externo
b) ( ) Destinação final
c) ( ) Coleta externa
d) ( ) Descontaminação
6. Onde os resíduos infectantes são jogados?
a) ( ) Tratados
b) ( ) Terceirizados
c) ( ) Aterros
d) ( ) Lixões
![Page 64: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/64.jpg)
62
7. Qual deve ser o primeiro procedimento para a gestão adequada dos resíduos (lixo)?
a) ( ) Lavar
b) ( ) Transportar
c) ( ) Separar
d) ( ) Limpar
e)
8. O acondicionamento correto dos resíduos (lixo) deve ser efetuado como?
a) ( ) Na origem
b) ( ) No depósito
c) ( ) No carrinho
d) ( ) Pelo coletor
9. Como os resíduos (lixo) são transportados?
a) ( ) Caminhão de lixo comum
b) ( ) Caminhão de lixo especializado
10. O uso de equipamento de proteção individual – EPI é importante para desenvolver as
atividades?
a) ( ) Sim
b) ( ) Não
11. Existe treinamento, por parte do hospital, a respeito do manuseio correto dos resíduos
(lixo)?
a) ( ) Sim
b) ( ) Não
12. Você acha importante para sua profissão receber os treinamentos na empresa?
a) ( ) Sim
b) ( ) Não
13. Qual o cargo que ocupa no hospital?
a) ( ) Técnico de enfermagem
b) ( ) Auxiliar de enfermagem
c) ( ) Enfermeiro (a)
d) ( ) Serviços gerais
14. Há quanto tempo trabalha neste hospital?
a) ( ) Menos de 1 ano
b) ( ) Entre 1 a 2 anos
c) ( ) Entre 2 a 3 anos
d) ( ) Mais de 3 anos
15. Qual sua escolaridade?
a) ( ) Fundamental
b) ( ) Médio
c) ( ) Técnico
d) ( ) Superior
![Page 65: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/65.jpg)
63
APÊNDICE B – Banner exposto no Hospital Materno Infantil
Fonte: Fundação Osvaldo Cruz.
http://www.fiocruz.br/biossegurancahospitalar/dados/material5.htm
![Page 66: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/66.jpg)
64
ANEXO
Anexo 1 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE
Nome: ...........................................................................................................................
Telefone: ....................................... Cargo: ...............................................
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Convidamos o (a) Sr. (a) a participar da Pesquisa sobre “RESPONSABILIDADE
SOCIOAMBIENTAL: a utilização do endomarketing no auxílio do gerenciamento do
resíduo sólido de serviço de saúde do setor de internação do Hospital Materno Infantil
Dr. Pedro Paulo Barcauí de Redenção – Pa” sob a responsabilidade do (a) pesquisador (a)
Chrystianne Martins de Andrade Mendanha, a qual pretende Sensibilizar os colaboradores do
HOSPITAL MATERNO INFANTIL município de Redenção – PA quanto a importância do
gerenciamento dos resíduos sólidos de serviço de saúde para a preservação de um ambiente de
trabalho limpo e meio ambiente equilibrado.
Sua participação é voluntária e se dará por meio da participação de palestras de orientação
sobre a temática, resolução de questionários de coleta de opinião (esses não serão nominais
com o intuito de preservar a identidade do respondente) e de ações voltadas para o
gerenciamento dos resíduos sólidos do hospital.
Critérios de inclusão do sujeito da pesquisa são que trabalhem no hospital e aceitem
espontaneamente responder a pesquisa e assinar o TCLE.
Critérios de exclusão do sujeito da pesquisa são a desistência da participação da pesquisa e
não assinarem o TCLE.
Os benefícios ao participar da pesquisa é melhorar o Programa de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde (PGRSS) do Hospital Materno Infantil para diminuir o
volume dos resíduos gerados e descartados ao meio ambiente e ter um ambiente de trabalho
mais limpo.
Os riscos decorrentes de sua participação na pesquisa são de que as informações contidas nos
questionários podem ser extraviadas, no entanto o pesquisador compromete-se em guardá-las
![Page 67: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/67.jpg)
65
com o maior sigilo preservando o direito de liberdade de expressão do respondente. Se você
aceitar participar, estará contribuindo para a formação de uma cultura de cuidados
permanentes com preservação da saúde e do meio ambiente.
Se depois de consentir sua participação o Sr. (a) desistir de continuar participando, tem o
direito e a liberdade de retirar seu consentimento em qualquer fase da pesquisa, seja antes ou
depois da coleta dos dados, independente do motivo e sem nenhum prejuízo a sua pessoa. O
(a) Sr. (a) não terá nenhuma despesa e também não receberá nenhuma remuneração. Os
resultados da pesquisa serão analisados e publicados, mas sua identidade não será divulgada,
sendo guardada em sigilo. Para qualquer outra informação, o (a) Sr. (a) poderá entrar em
contato com o pesquisador na FESAR – Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida
no Av. Brasil, 1453, Bairro Alto Paraná, CEP: 68550-325, Redenção, Pará, pelo telefone (94)
(99158-7066).
Consentimento Pós–Informação
Eu,________________________________________________________________, fui
informado sobre o que o pesquisador quer fazer e porque precisa da minha colaboração, e
entendi a explicação. Por isso, eu concordo em participar do projeto, sabendo que não vou
ganhar nada e que posso sair quando quiser. Este documento é emitido em duas vias que serão
ambas assinadas por mim e pelo pesquisador, ficando uma via com cada um de nós.
Data: ___/ ____/ _____
_______________________________________
Assinatura do Participante
Impressão do dedo
polegar
Caso não saiba assinar
_______________________________________
Assinatura do Pesquisador ResponsávelComit de Ética em Pesquisa em Seres umanos do
nstituto de Ci ncias da Saúde da niversidade Federal do Pará (CEP- CS/ FP ) -
Comple o de Sala de ula/ CS – Sala 1 - Campus niversitário, no 01, uamá – CEP:
075-110 - Belém-Pará. Tel/Fax. 3201-7735. E-mail: [email protected].
Anexo 2 - Manejo dos Resíduos sólidos de Saúde
Segundo o Manual de Gerenciamento dos Resíduos de Serviço de Saúde (BRASIL,
2006) o PGRSS não é só um registro de intenções, mas, vai além, pois aborda as condições de
![Page 68: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/68.jpg)
66
implementação e acompanhamento, o que exige diversas providências. A seguir será
apresentada a sequência dos passos para elaboração do PGRSS.
Passo 1 - Identificação do problema
Abrange o reconhecimento do problema e a sinalização positiva da administração para início
do processo.
O que fazer
1- Definir, provisoriamente, um responsável pelas tarefas.
2- Analisar os contextos local, estadual e nacional no qual deverá se inserir o PGRSS, nos
aspectos econômicos, social, político, jurídico etc.
3- Identificar as políticas nacionais em vigor no campo de resíduos sólidos.
4- Levantar o que já é realizado na gestão de resíduos nos serviços públicos, Ongs, grupos de
base, iniciativas locais.
5- Estudar a documentação existente: relatórios internos, literatura sobre o assunto,
estatísticas oficiais, alvarás, autos, licenciamento, etc.
6- Realizar uma avaliação preliminar dos resíduos de serviços de saúde – RSS gerados pelo
estabelecimento e da gestão destes.
7- Mapear todas as áreas do estabelecimento envolvidas com RSS.
8- Elaborar uma estratégia de trabalho.
9- Obter o respaldo da direção da instituição.
10- Discutir com a direção todas as etapas de trabalho.
Resultado do passo 1:
*conhecimento preliminar do problema;
*plano preliminar de trabalho;
*aprovação da Diretoria.
Passo 2 - Definição da equipe de trabalho
Abrange a definição de quem faz o que e como.
O que fazer
![Page 69: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/69.jpg)
67
1- Designar profissional para a elaboração e implantação do PGRSS. Os requisitos para a
função são:
2- Ter registro ativo junto ao seu conselho de classe;
3- Apresentar a Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, ou o Certificado de
Responsabilidade Técnica, ou documento similar quando couber.
4- Compor uma equipe de trabalho, de acordo com a tipificação dos resíduos gerados.
Recomenda-se que a escolha dos membros da equipe deve estar respaldada em:
*formação técnica para as tarefas;
*responsabilidades: qualificações para as atribuições e funções;
*avaliação das competências de cada um e sua melhor utilização.
Resultado do passo 2:
*responsável pelo PGRSS definido;
*equipe de trabalho composta e treinada.
Passo 3 - Mobilização da organização
Abrange o envolvimento da organização para a realização do PGRSS. Objetiva sensibilizar os
funcionários sobre o processo que será iniciado, disseminando informações gerais e
específicas sobre RSS e o PGRSS.
O que fazer
1- Promover reuniões com os vários setores para apresentar a ideia, o possível esquema de
trabalho e o que é esperado de cada unidade.
2- Promover atividades de sensibilização sobre a temática, como, por exemplo, conferências,
oficinas, filmes e outras.
3- Criar formas permanentes de comunicação com os funcionários, como, por exemplo, um
painel que seja regularmente atualizado com informações sobre temáticas ambientais e o
desenvolvimento do PGRSS.
4- Organizar campanhas de sensibilização sobre necessidade do PGRSS.
5- Preparar um questionário para levantar a percepção dos funcionários sobre o meio
ambiente, de forma a identificar eventuais questões chaves relacionada aos resíduos de
serviços de saúde.
![Page 70: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/70.jpg)
68
6- Divulgar os resultados da pesquisa a todos os funcionários, por meio de cartazes, folhetos e
outros meios disponíveis na organização.
Resultado do passo 3:
*conhecimento, por todos os funcionários, da importância de se gerenciar os RSS e do que é o
PGRSS;
*envolvimento dos funcionários na execução, implantação e manutenção do PGRSS.
Passo 4 - Diagnóstico da situação dos Resíduos de Serviço de Saúde (RSS)
Abrange o estudo da situação do estabelecimento em relação aos RSS. A análise identifica as
condições do estabelecimento, as áreas críticas. Fornece os dados necessários para a
implantação do plano de gestão.
O que fazer
Levantamento das atividades
*Proceder ao levantamento de todas as atividades do estabelecimento, com visitas às áreas
administrativas, setores ou unidades especializadas e outras.
Identificação dos resíduos
*Identificar os resíduos, classificados nos grupos definidos - A, B, C, D, E, recicláveis (papel,
plástico, metal, vidro, matéria orgânica). É importante verificar detalhes sobre os tipos de
resíduos, bem como condições específicas em que são gerados no estabelecimento.
Acondicionamento dos resíduos
*Identificar que tipos de recipientes são utilizados como contenedores dos RSS.
*Identificar os tipos de embalagens: sacos, plásticos, bombonas, caixa de papelão, caixa para
perfurocortantes etc.
*Verificar se a quantidade de embalagens é compatível com os resíduos gerados.
Identificar e verificar se existe definição e padronização dos contenedores e embalagens.
*Verificar se estão sendo respeitados os limites de preenchimento dos contenedores e
embalagens.
*Verificar a adequação das embalagens para os resíduos químicos perigosos, em função das
suas propriedades físicas.
*Verificar a existência de acondicionamento em recipiente adequado para os perfurocortantes.
![Page 71: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/71.jpg)
69
*Verificar se os contenedores são de material lavável, resistente à punctura, ruptura e
vazamento, com tampa provida de sistema de abertura, com cantos arredondados e resistentes
ao tombamento.
Coleta e transporte interno
*Verificar se a coleta está sendo feita separadamente de acordo com o grupo de resíduos e
em recipientes específicos a cada grupo de resíduos.
*Descrever as coletas abordando sua forma em função do grupo de resíduos, tipos de
recipientes, carros de coleta, equipe, quantidade, frequência, fluxos de resíduos etc.
*Verificar se o dimensionamento da coleta está adequado ao volume gerado, número de
funcionários disponíveis, número de carros de coletas, equipamentos de proteção individual
EPIs necessários conforme as normas de saúde e segurança do trabalho e demais ferramentas
e utensílios utilizados na coleta.
*Verificar se existe padronização de turnos, horários e frequência de coleta para os diferentes
tipos de resíduos.
*Verificar a técnica do manuseio da coleta: fechamento dos sacos, transporte dos sacos, uso
de EPIs.
*Verificar se o tipo de resíduo está compatível com a cor do saco.
*Verificar se, para o transporte manual, os recipientes estão adequados.
*Verificar o transporte mecânico e uso de carro de coleta.
*Verificar se os carros de coleta estão devidamente identificados com símbolos de segurança.
*Verificar o estado de conservação dos carros de coleta.
Fluxo da coleta interna
*Verificar o traçado e desenhar os roteiros (itinerários) das coletas até o abrigo externo.
*Levantar as frequências, fluxo, nível de ruído e horário das coletas.
*Levantar e sistematizar as características de cada roteiro para os diversos resíduos.
*Verificar a compatibilidade de roteiros previamente definidos para cada tipo de resíduos e
horários das coletas em função da distribuição de roupas, alimentos e medicamentos, períodos
de visita ou de maior fluxo de pessoas ou de atividades.
Quantificação dos RSS
*Levantar a quantidade de cada tipo de resíduo gerado por setor, por meio de volume ou
pesagem;
*Estabelecer um período de coleta dos dados, ou seja, turno/dia/semana/mês.
Armazenamento interno e externo
*Verificar as condições de armazenamento existentes.
![Page 72: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/72.jpg)
70
*Verificar o armazenamento dos resíduos de acordo com a regra de segregação por tipo de
resíduo.
*Verificar se as embalagens com resíduos estão contidas em recipientes devidamente
fechados.
*Verificar se o número de contenedores é compatível com a quantidade e tipos de resíduos
gerados.
*Verificar se os ambientes disponíveis para guarda temporária atendem aos requisitos
mínimos de dimensionamento, equipamentos e segurança.
*Verificar se as salas de resíduos e abrigos estão compatíveis com tipos de resíduos gerados e
sua quantidade.
*Verificar como é efetuada a limpeza do ambiente de armazenamento interno e externo.
*Verificar como é realizado o processo de coleta externa.
*Verificar quais os tipos de contenedores existentes no abrigo de resíduos.
*Verificar se a construção do local de armazenamento externo é exclusiva para resíduos.
*Verificar se os abrigos possuem símbolo de identificação, em local de fácil visualização, de
acordo com a natureza do resíduo.
*Verificar a existência de abrigos com separação para os diferentes tipos de resíduos.
*Verificar o armazenamento dos resíduos químicos perigosos considerando as medidas de
segurança recomendadas.
*Verificar a existência de resíduos sem identificação.
*Verificar se o abrigo de resíduo químico do grupo B perigoso está projetado, construído e é
operado de acordo com as normas de segurança e higiene.
*Verificar para onde está sendo encaminhado o efluente da lavagem do abrigo e da área de
higienização.
Área de higienização
*Verificar se o abrigo possui área de higienização para carros de coleta interna e demais
equipamentos utilizados, dotada de ventilação, cobertura, iluminação artificial, ponto de água
(preferencialmente quente e sob pressão), piso impermeável, drenagem e ralo sifonado.
Coleta e transporte externo
*Verificar quais são as empresas coletoras e se as mesmas emitem certificação de
conformidade com as orientações do órgão de limpeza urbana.
*Verificar o sistema de coleta adotado, se em contenedores basculháveis mecanicamente ou
manualmente, frequência de coleta, se ocorre disponibilização dos contenedores pela
empresa.
![Page 73: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/73.jpg)
71
*Verificar os tipos de veículos utilizados de acordo com sua adequação às normas.
*Verificar se o veículo possui sistema de contenção para líquidos.
*Verificar o procedimento da coleta pelos funcionários da equipe de coleta, quanto ao
rompimento de sacos, liberação de líquidos ou contaminação do ambiente.
*Verificar o uso de EPIs pelos funcionários da empresa.
Tratamento
*Verificar se o estabelecimento possui tratamento prévio ou tratamento interno ou se o
serviço é terceirizado.
*Verificar quais são os tipos de tratamento dispensados aos resíduos.
*Verificar se os resíduos do grupo A, que requerem tratamento prévio à disposição final,
estão sendo tratados em equipamentos adequados e licenciados e quais não estão sendo
tratados.
*Identificar as empresas tratadoras de resíduos de serviços de saúde e se as mesmas emitem
certificação de conformidade com as orientações do órgão ambiental.
*Verificar se as empresas terceirizadas que cuidam do tratamento dos resíduos estão
licenciadas pelo órgão ambiental.
*Verificar quais resíduos químicos perigosos estão sendo submetidos a tratamento, quais
estão sendo dispostos em aterro, e quais estão sendo submetidos a processo de reutilização,
recuperação ou reciclagem.
*Verificar a existência de rede coletora com tratamento de esgoto.
*Verificar o processo para decaimento de rejeitos radioativos (se houver).
Disposição final
*Verificar quais os tipos de disposição final existentes.
*Caso a disposição final seja o aterro sanitário ou célula especial de RSS, verificar se os
mesmos possuem licenciamento ambiental.
Política de gestão ambiental
*Verificar a existência de política de gestão ambiental no estabelecimento.
*Verificar a existência de gestão de riscos ambientais.
*Verificar a existência de Sistema de Gestão Ambiental - SGA.
*Verificar a necessidade de adequação do espaço físico do estabelecimento para atender
normas, legislações e facilitar o correto gerenciamento dos RSS.
Capacitação e treinamento
![Page 74: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/74.jpg)
72
*Levantar cursos, treinamentos e campanhas voltados a todos os envolvidos no
gerenciamento, bem como suas frequências, onde o foco é a questão ambiental
(abastecimento de água, resíduos sólidos, esgotos, poluição do ar, sustentabilidade e outros).
Avaliação global dos dados levantados
*Elaborar um relatório baseado em fatos comprobatórios e na pesquisam realizada seguindo
os passos acima listados.
*Abordar, no relatório, as seguintes questões: a descrição de todos os procedimentos
relacionados à gestão dos RSS; os aspectos problemáticos; as referências às legislações,
regulamentos, normas etc.
*Apresentar formalmente o relatório de diagnóstico ao gestor do estabelecimento para o
esclarecimento de dúvidas e ajustes pertinentes.
Resultado do passo 4:
*Relatório contendo a análise da situação atual do serviço de saúde quanto à gestão dos RSS e
identificação de situações críticas, semicríticas e não críticas.
Passo 5 - Definição de metas, objetivos, período de implantação e ações básicas.
Corresponde à organização e sistematização de informações e ações que serão a base para a
implantação contínua do PGRSS.
O que fazer
*Delimitar o quadro de intervenção e a dotação financeira preliminar para a sequência dos
trabalhos.
Decidir quais as metas a serem atingidas.
*Indicar o momento adequado para se dar início à execução do plano e definir cronograma.
*Construir os objetivos que levarão ao atingimento das metas.
*Dimensionar a equipe de trabalho, relacionando número de empregados, cargos, formação e
responsabilidade técnica.
*Dimensionar espaços necessários, materiais e equipamentos.
A finalidade principal do PGRSS é estabelecer as condições necessárias para a
segurança do processo de manejo dos resíduos. Outras finalidades específicas de cada
![Page 75: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/75.jpg)
73
estabelecimento podem ser nomeadas, para cumprir as metas que forem estipuladas. Abaixo,
exemplos de objetivos:
*Criar práticas de minimização dos resíduos.
*Substituir os materiais perigosos, sempre que possível, por outros de menor periculosidade.
*Reduzir a quantidade e a periculosidade dos resíduos.
*Propiciar a participação e envolvimento dos funcionários do estabelecimento.
*Atrelar ao gerenciamento um trabalho de responsabilidade, corresponsabilidade e
responsabilidade social.
*Conhecer a realidade local ou regional da coleta, tratamento e disposição final dos resíduos
sólidos.
*Conhecer os diferentes tipos de resíduos gerados nas várias áreas de um estabelecimento
prestador de serviços de saúde, propiciando a diminuição dos riscos à saúde e a preservação
do meio ambiente, por meio de medidas preventivas e efetivas.
*Criar coleta seletiva de materiais recicláveis.
*Criar o manual de boas práticas em manejo dos resíduos sólidos.
*Criar procedimentos básicos e adequados para o correto gerenciamento dos resíduos sólidos.
*Criar procedimentos de auditoria interna e supervisão.
*Melhorar as medidas de segurança e higiene no trabalho.
*Minimizar os riscos sanitários e ambientais derivados dos resíduos sólidos (contaminação do
solo, água, catadores etc.).
*Desenvolver um trabalho de prevenção contra os riscos potenciais decorrentes do manuseio
dos resíduos sólidos, com o pessoal da coleta.
Investimentos econômico-financeiros
*Relacionar e quantificar os investimentos necessários para a implantação e avaliação do
PGRSS.
Cronograma de implantação e execução do PGRSS
*Ordenar as propostas de ação em função de sua prioridade.
*Definir, para todas, o que fazer, quando e como.
*Definir os recursos necessários para implantar as ações, como compra de contenedores e
outras que não dependem de obras.
*Elaborar projetos para as obras civis necessárias, de acordo com especificações técnicas e
orientações de normas técnicas do Ministério do Trabalho, do órgão de vigilância, do órgão
![Page 76: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/76.jpg)
74
de controle ambiental e da legislação sanitária e ambiental em vigor, assim como das normas
e padrões estabelecidos pelos serviços públicos (por exemplo, de água e esgoto).
*Obter, dos órgãos públicos, aprovação para construção de abrigos, ampliação de sala de
resíduos, tratamento e outras obras estabelecidas no plano de ação.
*Obter os recursos necessários.
Resultado do passo 5:
*metas, objetivos e período de realização do PGRSS definidos;
*relatório contendo todas as ações propostas, com indicação de recursos e tempo para
implantação.
Passo 6 - Elaboração do PGRSS
Abrange o plano para o gerenciamento contínuo dos resíduos de serviços de saúde.
O que fazer
*Hierarquizar os problemas diagnosticados, verificando: sua gravidade ou urgência; os custos
de sua resolução (financeiros, humanos e materiais); o prazo e o esforço necessários para isso;
a facilidade de envolvimento da organização no processo de mudança.
*Verificar a efetividade dos programas de prevenção ambiental e promoção da saúde
existente.
*Seguir um roteiro para a construção do plano de acordo com as legislações sanitárias e
ambientais.
Dados sobre o estabelecimento
*Informar os dados gerais do estabelecimento.
*Informar os componentes da equipe e/ou empresa que elabora e implementa o PGRSS, com
identificação da ART e números de registro dos conselhos de classe, quando for o caso.
*Informar a caracterização do estabelecimento.
*Informar quais são as atividades e serviços predominantes no estabelecimento.
Caracterização dos aspectos ambientais Abastecimento de água
*Informar qual o sistema de abastecimento (rede pública ou solução alternativa - poço,
caminhão-pipa etc.). No caso de poço, informar a licença de uso e outorga.
*Informar se existe aplicação de produtos químicos na água para o abastecimento.
*Informar se existe o controle interno ou externo de qualidade da água.
![Page 77: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/77.jpg)
75
Efluentes líquidos
*Informar a forma de esgotamento sanitário dos efluentes.
*Informar se existe tratamento ou não dos efluentes no estabelecimento ou na rede coletora.
Emissões gasosas
*Informar se existe geração de vapores e gases, identificar e localizar os pontos de geração.
Tipos e quantidades de resíduos gerados
*Identificar e quantificar os tipos de resíduos gerados ou a serem gerados no estabelecimento
em cada setor (unidade).
Segregação
*Informar as formas de segregação que serão adotadas para os grupos A, B, C, D, incluindo
os recicláveis, e E.
*Informar quais os equipamentos de proteção individual (EPIs) e equipamentos de proteção
coletivo (EPCs) a serem utilizados.
Tipo de acondicionamento
*Descrever os tipos de acondicionamento que serão adotados em função dos grupos de
resíduos, suas quantidades diárias e mensais.
*Identificar a forma de acondicionamento que será adotada para a segregação proposta.
*Informar quais os EPIs e EPCs necessários.
*Descrever como e onde serão acondicionados os resíduos dos grupos A, B, C, D e E,
considerando os tipos de contenedores, sacos plásticos, bombonas, salas de resíduos, abrigo e
suas identificações em função do tipo de resíduos nas áreas internas e externas do
estabelecimento.
*Informar as cores e símbolos padronizados para cada tipo de resíduos.
Coleta e transporte interno dos RSS Coleta interna.
*Informar o método de coleta e transporte que será adotado.
*Descrever as formas de coleta em função dos grupos de resíduos, tipos de recipientes, carros
de coleta, equipe, frequência e roteiros adotados.
*Informar se a coleta adotará o armazenamento temporário.
Determinar a rotina e frequência de coleta para cada unidade ou setor do estabelecimento.
*Informar os EPIs e EPCs utilizados para realizar a coleta do resíduo.
*Informar como serão higienizados os carros coletores, produtos utilizados e frequência.
Roteiros de coleta
*Determinar os roteiros de coleta, de acordo com o volume de resíduos gerados por tipo de
grupo. Informar a rotina e frequência de coleta para cada unidade ou setor do estabelecimento.
![Page 78: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/78.jpg)
76
Transporte interno
*Informar como serão os transportes internos de resíduos, se separadamente em carros ou
recipientes coletores específicos a cada grupo de resíduos.
*Definir os tipos e quantidade de carros coletores que serão utilizados para o transporte de
cada grupo de resíduos, capacidade dos carros, identificação, cores etc.
Armazenamento temporário dos RSS
*Caso seja adotado, identificar a localização, tipos de resíduos a serem armazenados,
frequência de coleta.
*Informar os tipos e quantidades de coletores para a guarda temporária de resíduos e as
sinalizações para identificação dessas áreas.
*Informar como serão higienizado esses espaços e frequência de limpeza.
Armazenamento para a coleta externa dos RSS
*Informar a quantidade de contenedores a ser utilizada para cada grupo de RSS, capacidade
volumétrica de cada um e disposição na área.
*Informar a rotina do armazenamento externo do estabelecimento de saúde.
*Descrever a rotina de recepção dos RSS das coletas internas.
*Informar como são higienizados o abrigo, os contenedores, carros coletores e com que
frequência.
*Informar os EPIs e EPCs a serem utilizados.
Coleta e transporte externo dos RSS
*Informar se a coleta externa é realizada pelo setor público ou empresa contratada ou sob
concessão.
*Informar o tipo de veículo utilizado para o transporte.
Informar a rotina e frequência de coleta externa do estabelecimento para os diferentes tipos de
resíduos gerados.
*Informar o destino dos resíduos coletados, por tipo.
*Anexar os documentos comprobatórios (licenças, alvarás e outros) das empresas coletoras,
dos transbordos, quando houver.
Tratamento dos RSS
*Descrever o tratamento interno para os resíduos, especificados por tipo de resíduo.
*Descrever o sistema de decaimento de rejeitos radioativos.
*Descrever os tipos de tratamento externo adotados para cada grupo de resíduos e quais os
equipamentos e instalações de apoio, incluindo os seguintes aspectos: tecnologias de
tratamento adotadas; nome da empresa responsável pela operação do sistema; localização das
![Page 79: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/79.jpg)
77
unidades de tratamento, endereço e telefone; responsável técnico pelo sistema de tratamento,
nome, RG, profissão e registro profissional.
*Informar os EPIs e EPCs necessários.
*Anexar os documentos comprobatórios (licenças, alvarás, documentos de monitoramento
definidos pelo órgão ambiental) dos sistemas e tecnologias adotados.
Disposição final dos RSS
*Informar as formas de disposição final dos RSS e especificar por tipo de resíduos.
*Informar quais as empresas que executam a disposição final dos RSS.
*Anexar os documentos comprobatórios (licença ambiental, documentos de monitoramento,
definidos pelo órgão ambiental) de que a empresa está apta a realizar o serviço.
*Indicar a localização das unidades de disposição final adotadas para cada grupo de resíduos e
seus respectivos responsáveis técnicos (nome, RG, profissão, registro profissional, empresa
ou instituição responsável e telefone).
Outras avaliações de riscos
*Informar o mapa de risco do estabelecimento, se houver.
Serviços especializados
*Informar se o estabelecimento possui SESMT, CIPA, PPRA e PCMSO.
Recursos humanos, CCIH, Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA),
Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho
(SESMT) e Comissão de Biossegurança
*Abordar as inter-relações entre as diversas estruturas existentes no estabelecimento (CCHI,
CIPA etc.).
*Fazer um resumo das responsabilidades e qualificações de cada um.
Capacitação
*Descrever as capacitações a serem realizadas, nas formas iniciais e de educação continuada.
Controle de insetos e roedores
*Informar e descrever as medidas preventivas e corretivas do programa de controle de insetos
e roedores.
Situações de emergência e de acidentes
*Descrever as ações a serem adotadas em situações de emergência e acidentes. Por exemplo:
procedimento adotado em caso de derramamento, greve de funcionários etc.
Identificação e locação em esquemas ou fluxogramas
Informar os locais de geração de resíduos por grupo, os fluxos e os roteiros a serem
executados por tipo de resíduos, locais de armazenamento, contenedores etc.
![Page 80: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/80.jpg)
78
Indicadores de execução e avaliação
*Especificar o que se quer avaliar, quais as mudanças propostas e mensuráveis, levando em
conta o objetivo ou resultado fixado.
*Informar quais os indicadores para acompanhar a execução/ implementação do PGRSS e
medição do impacto do plano, ANVISA no 306/04).
*Especificar a fonte de informação ou o meio de coleta da informação necessária para a
avaliação.
Validação
*Após a redação de todo o plano, obter a validação deste pelo gestor do estabelecimento ou
instituição.
Resultado do passo 6:
*PGRSS elaborado;
*Forma de avaliação definida;
*Documento contendo relatório validado pelo gestor.
Passo 7 - Implementação do PGRSS
Abrange as ações para a implementação do PGRSS, com base no documento contendo o
plano validado pelo gestor do estabelecimento ou instituição.
O que fazer
*Estabelecer, das ações, procedimentos e rotinas concebidos no PGRSS, os prioritários,
indispensáveis ao início da operação.
*Estabelecer um plano de contingência até que todas as ações necessárias para implantar o
plano estejam prontas.
*Executar as obras planejadas.
*Fazer o acompanhamento estratégico e operacional das ações.
Resultado do passo 7:
*PGRSS implantado.
Passo 8 - Avaliação do PGRSS
Estabelece os períodos e formas de avaliação do PGRSS, de acordo com indicadores.
![Page 81: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/81.jpg)
79
O que fazer
*Verificar se os resultados esperados foram ou serão atingidos e, se existirem diferenças,
quais as razões.
*Verificar se outros indicadores, com melhor desempenho e mais pertinentes que os
estabelecidos, podem ser utilizados na continuidade do plano.
*Elaborar um quadro de acompanhamento apontando o resultado da avaliação.
*Propor adaptações ao PGRSS, onde for necessário, considerando a avaliação feita e outras
auditorias internas e externas.
*Discutir com a equipe e o setor responsável pelas adaptações propostas e considerá-las no
orçamento.
Resultado do passo 8:
*PGRSS avaliado;
*Modificações, adaptações e redefinições;
*Propostas implantadas
Anexo 3 - INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO
PARÁ - ICS/
![Page 82: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/82.jpg)
80
PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP
DADOS DO PROJETO DE PESQUISA Título da Pesquisa: RESPONSABILIDADE
SOCIOAMBIENTAL: a utilização do endomarketing no auxílio
do gerenciamento dos resíduos sólidos de serviço de saúde Pesquisador: Chrystianne Martins
de Andrade Mendanha
Área Temática: Versão: 1 CAAE: 44671915.9.0000.0018 Instituição
Proponente:Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Pará - ICS/ UFPA
Patrocinador Principal: Financiamento Próprio
DADOS DO PARECER Número do Parecer: 1.054.399
Data da Relatoria: 26/05/2015
Apresentação do Projeto:
O meio ambiente está sobrecarregado devido ao descarte de lixo que vem sofrendo cujo os
rejeitos são provenientes da construção civil, indústrias e claro, do consumo exacerbado das
pessoas, mas existe um tipo de lixo que deve receber atenção especial que é o resíduo do
serviço de saúde.Esse material possui um alto índice de contaminação quando não manuseado
e destinado da maneira correta, a quantidade gerada de resíduos sólidos de serviço de saúde –
RSSS não é considerado grande, isso com relação a geração dos resíduos sólidos urbanos, gira
em torno de 1 % a 3 %, mas o potencial de risco de comprometimento é enorme, conforme
Manual de gerenciamento de resíduos sólidos de serviço de saúde da ANVISA, portanto é
primordial, falar e sensibilizar pessoas que lidam, diariamente, com esse tipo de resíduo.
Pensando nisso, a presente pesquisa,visa observar como é realizado o gerenciamento dos
RSSS no Hospital Materno Infantil Dr. Pedro Paulo Barcauí, no setor de internação, situado
na
cidade de Redenção-PA, para então aplicar um questionário com os colaboradores do setor,
para verificar qual a percepção deles com relação a gestão desses resíduos, para então, propor
uma estratégia de marketing na modalidade de endomarketing, valendo-se de palestras, de
cartazes,símbolos e painel informativos, bem como sensibilizá-los dos benefícios de um
gerenciamento adequado, para auxiliá-los na gestão dos resíduos e assim diminuir o volume
de material gerado e
![Page 83: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/83.jpg)
81
Continuação do Parecer: 1.054.399
consequentemente, disposto no meio ambiente, gerando um ambiente de trabalho mais limpo.
Objetivo da Pesquisa:
Objetivo Primário: Buscar a minimizarão da geração dos resíduos sólidos do serviço de
saúde utilizando a estratégia de marketing na modalidade endomarketing Objetivo
Secundário: Diagnosticar, por meio de questionário, a percepção dos colaboradores do
Hospital Materno Infantil, quanto ao gerenciamento dos resíduos sólidos de serviço de
saúde;Realizar ações de sensibilização e orientação utilizando a estratégia de
endomarketing;Avaliar, por meio de questionário, a percepção dos colaboradores acerca das
ações realizadas.
Avaliação dos Riscos e Benefícios:
Riscos: são de que as informações contidas nos questionários podem ser extraviadas, no
entanto o pesquisador compromete-se em guardá-las com o maior sigilo preservando o direito
de liberdade de expressão do respondente. Benefícios: melhorar o Programa de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde (PGRSS) do Hospital Materno
Infantil para diminuir o volume dos resíduos gerados e descartados ao meio ambiente e ter um
ambiente de trabalho mais limpo.
Comentários e Considerações sobre a Pesquisa:
O protocolo apresentado dispõe de metodologia e critérios definidos conforme resolução
466/12 do CNS/MS.
Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória:
Os termos apresentados contemplam os sugeridos pelo Sistema CEP/CONEP.
Recomendações:
Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações:
Diante do exposto somos pela aprovação do protocolo. Este é nosso parecer, SMJ.
Situação do Parecer:
Aprovado
Necessita Apreciação da CONEP:
Não
Considerações Finais a critério do CEP:
BELEM, 07 de Maio de 2015
Assinado por:
Wallace Raimundo Araujo dos Santos (Coordenador)
![Page 84: Foto de página inteira - ppgcma.propesp.ufpa.brppgcma.propesp.ufpa.br › ARQUIVOS › Dissertações... · A Secretaria de Saúde do município de Redenção, na pessoa do secretario](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022060401/5f0e3e067e708231d43e4b92/html5/thumbnails/84.jpg)