FRANCE Sindicato STCDE vai eleger Secretária Geral em Paris · Vieira (Musique Classique), Rui...

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Língua. Uma conferência sobre o Português dos negócios vai ter lugar no próximo sábado, dia 11 de abril, na Sor- bonne. 04 Cinema. “Mudar de vida”, o docu- mentário de Pedro Fidalgo e Nelson Guerreiro sobre a vida de José Mário Branco vai ser projetado em Paris. 12 Economia. O Comissário europeu francês Pierre Moscovici esteve em Lisboa e disse que o deficit português pode ficar abaixo dos 3%. 03 GRATUIT Fr FRANCE Edition O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa Edition nº 213 | Série II, du 08 avril 2015 Hebdomadaire Franco-Portugais Lusa / Estela Silva O realizador português morreu com 106 anos “O que pensam do 25 de abril 40 personalidades portuguesas de França” - este é o tema de uma exposição de Mário Cantarinha no Consulado Geral de Portugal em Paris. Sindicato STCDE vai eleger Secretária Geral em Paris A França chora Manoel de Oliveira 13 A 17ª edição da Semana do cinema lusófono de Nice, Cannes, Grasse e Mouans-Sartoux realizou-se na semana passada. 09 05 PUB PUB

Transcript of FRANCE Sindicato STCDE vai eleger Secretária Geral em Paris · Vieira (Musique Classique), Rui...

Língua. Uma conferência sobre oPortuguês dos negócios vai ter lugar nopróximo sábado, dia 11 de abril, na Sor-bonne.

04

Cinema. “Mudar de vida”, o docu-mentário de Pedro Fidalgo e NelsonGuerreiro sobre a vida de José MárioBranco vai ser projetado em Paris.

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Economia. O Comissário europeufrancês Pierre Moscovici esteve emLisboa e disse que o deficit portuguêspode ficar abaixo dos 3%.

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G R A T U I T

FrF R A N C EEdition

O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa

Edition nº 213 | Série II, du 08 avril 2015 Hebdomadaire Franco-Portugais

Lusa / Estela Silva

O realizador português morreu com 106 anos

“O que pensam do 25 de abril 40 personalidades portuguesas de França”- este é o tema de uma exposição de Mário Cantarinha no Consulado Geral de Portugal em Paris.

Sindicato STCDE vai elegerSecretária Geral em Paris

A França choraManoel de Oliveira

13A 17ª edição da Semana do cinemalusófono de Nice, Cannes, Grasse eMouans-Sartoux realizou-se na semanapassada.

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02 Opinião le 08 avril 2015

LusoJornal. Le seul hebdomadaire franco-portugais d’information | Édité par: CCIFP Editions SAS, une société d’édition de la Chambre de commerce et d’industrie franco-portugaise. N°siret:52538833600014 | Represéntée par: Carlos Vinhas Pereira | Directeur: Carlos Pereira | Collaboration: Alfredo Cadete, Alfredo Lima, Ana Catarina Alberto, Angélique David-Quinton, AntónioMarrucho, Aurélio Pinto, Clara Teixeira, Cindy Peixoto (Strasbourg), Conceição Martins, Cristina Branco, Dominique Stoenesco, Duarte Pereira (Cyclisme), Eric Mendes, Henri de Carvalho, InêsVaz (Nantes), Jean-Luc Gonneau (Fado), Joaquim Pereira, Jorge Campos (Lyon), José Manuel dos Santos (Arles), José Paiva (Orléans), Manuel André (Albi) , Manuel Martins, Manuel doNascimento, Maria Fernanda Pinto, Mário Cantarinha, Mário Loureiro, Natércia Gonçalves (Clermont-Ferrand), Nathalie de Oliveira, Nuno Gomes Garcia (Sport), Padre Carlos Caetano, RicardoVieira (Musique Classique), Rui Ribeiro Barata (Strasbourg), Sheila Ferreira (Clermont-Ferrand), Susana Alexandre | Les auteurs d’articles d’opinion prennent la responsabilité de leurs écrits |Agence de presse: Lusa | Photos: Alfredo Lima, António Borga, Mário Cantarinha | Design graphique: Jorge Vilela Design | Impression: Corelio Printing (Belgique) | LusoJornal. 7 avenue de laporte de Vanves, 75014 Paris. Tel.: 01.79.35.10.10. | Publicidade em Portugal: AJBB Network, Arnado Business Center, rua João de Ruão, nº12-1º Escrt 49. 3000-229 Coimbra. Tel.: (+351)239.716.396 / [email protected] | Distribution gratuite | 10.000 exemplaires | Dépôt légal: avril 2015 | ISSN 2109-0173 | [email protected] | www.lusojornal.com

O regresso dos que emigraram?Paulo PiscoDeputado (PS) pelo círculoeleitoral da Europa

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Crónica de opinião

Durante cerca de 3 anos e meio, oGoverno mandou os Portugueses emi-grar. Fê-lo com ligeireza e sem esta-dos de alma, sem qualquer sentidoda história nem dos problemas queestão associados à emigração. Nãofalamos de mera mobilidade, massim de Portugueses que são obriga-dos a partir deixando tudo para trás,sem saber aquilo que o futuro lhes re-serva.Falamos de ruturas familiares e demilhares de famílias com filhos emidade escolar que vão perder um oudois anos para se integrarem no seunovo país de residência e, provavel-mente, comprometer o seu futuroprofissional. Falamos de jovens comuma formação superior que vão tra-balhar nas obras ou fazer limpezas.Falamos de profissionais e investiga-dores muito qualificados, mal pagose sem oportunidades ou possibilidadede progredir em empresas ou na in-vestigação.

Falamos acima de tudo de um paísque não tem sabido dar repostas ade-quadas para criar uma economia di-nâmica, competitiva e criativa capazde proporcionar empregos com boascondições aos seus cidadãos e de cor-rigir os desequilíbrios regionais dopaís. Efetivamente, nada se faz pararepovoar os territórios que estão emperda populacional, o que seria muitoútil para combater a emigração e adesertificação.É ofensiva, por isso, a euforia pró-mi-gratória do Governo, que teve o seumomento de delírio quando o Euro-deputado Paulo Rangel até defendeua criação de uma agência para facili-tar a emigração. Precisamente porquea emigração tem aspetos dramáticosque este Governo nunca compreen-deu, esta euforia acabou por ser re-freada pela indignação generalizadae pelo coro de críticas ao Governo. Oque não impediu uma reincidênciada Ministra das Finanças, que em fi-

nais de fevereiro apelou sem o menorpudor à partida dos jovens desempre-gados com formação.No fundo, faz parte da convicção doGoverno que a emigração é uma opor-tunidade, o que é a maior evidênciada descrença dos próprios membrosdo Governo no país e no povo que go-vernam. Se quem governa não acre-dita no país, como se pode pretenderque acreditem os cidadãos que dia-riamente sofrem com os salários bai-xos, desigualdades, falta dereconhecimento e de possibilidadesde evolução profissional?Surge então um grande debate sobrealgumas medidas para promover o re-gresso dos que tiveram de emigrar, deque tem tido um particular destaqueo Programa VEM, não pela sua eficá-cia, generosidade, abrangência oucondições (que se desconhecem),mas por ser ridículo que se proponhaapenas apoiar 30 ou 40 projetos,quando só durante a vigência deste

Governo emigraram mais de350.000 Portugueses.Acima de tudo, importa explicar ocontexto em que surgem estas pro-postas, que fazem parte do Plano Es-tratégico para as Migrações, que tem5 eixos e 102 medidas. Seguindouma tradição portuguesa de boas prá-ticas em termos de integração de imi-grantes, são-lhe dedicadas 4 eixos e91 medidas, onde se nota um ama-durecimento das propostas, con-corde-se ou não com elas.O mesmo já não acontece com asmedidas dirigidas aos Portugueses re-sidentes no estrangeiro, em que ape-nas 3 têm alguma novidade, sendoque as restantes 8 não têm rigorosa-mente nada a ver com os objetivosanunciados, uma vez que são ummero decalque daquilo que são asorientações da Secretaria de Estadodas Comunidades. Reforço de servi-ços consulares, apoio ao movimentoassociativo, participação cívica e po-

lítica, atração do investimento dosemigrantes, só para dar alguns exem-plo do embuste que são estas medi-das para atrair os que saíram do país.Aliás, estas medidas foram anuncia-das sem qualquer informação adicio-nal sobre as condições para a suaimplementação. Não se sabe que cri-térios serão definidos, quantas pes-soas se pretende abranger e queverbas que lhes serão destinadas.Ficou tudo no ar.É, portanto, uma manobra de propa-ganda que se destina a fazer crer queo país está muito bem e que os quetiveram de emigrar já podem voltar,precisamente agora que começam aaquecer os motores para a campanhaeleitoral que culminará com eleiçõeslegislativas em setembro ou outubro.É, acima de tudo, uma instrumenta-lização descarada das expectativasdos Portugueses, tanto dos que estãono país, como dos que foram empur-rados para a emigração.

Qui veut adopter un Docteur…?Par José MarreiroArtiste peintre

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Chronique d’opinion

Oups! Que vois-je dans le LusoJornaldu 10 décembre, en bonne placedans la rubrique des «opinions». Unebataille, serait-elle sur le point decommencer? Ah!? Un Monsieur, pourne pas le citer, commence très bienson texte et dérape petit à petit au filde l’écriture, sans parler de la fin oùlà, en apothéose, il s’englue complè-tement et revendique ses couleurs…Viva, viva, oui, oui!Oh! Rien de grave, je vous rassure,certainement pour répondre à l’articleédité le 19 novembre et qui parlaitdes moyens mis à notre disposition,«nous les Portugais de secondezone», comme on nous appelle à l’As-semblée de la République, «excusezdu peu»! C’est vrai que moi aussi, jel’ai trouvé peu crédible ce Monsieuret à l’ouest de ce qui se passe sur leterrain, lui aussi avait ses couleurs…Enfin, passons…Mais de quelles sortes de bataillesveulent-ils nous parler concrètement?De celles que se livrent nos bravesDocteurs, juste au moment où lesélections approchent à grands pas…? De quels conflits veulent-ils parlerexactement?Je suis crédule, il y aurait une guerreentre le PS et le PSD? Ah!? Premièresnouvelles, complètement à l’ouest legars, impossible pour moi d’imaginer

une chose pareille, surtout aprèstoutes les tribulations que j’ai pu liredans les différents journaux. Oh! Troisfois rien, je vous rassure… Quequelques millions d’euros qui ont dis-paru, passes droits, favoritismes à toutva et banqueroutes annoncées «pourmieux économiser certainement»,vente de patrimoines à l’étranger, auxétrangers et j’en oublie… Rien d’im-portant je vous dis! «Vraiment pas dequoi écailler une morue».Allons bon! Ce n’est la faute de per-sonne bien sûr, nous le savons bien!«Nous autres qui sommes au sum-mum de l’ingénuité…».Bientôt, un autre Gouvernement s’of-frira à nous, on ne va quand mêmepas reprendre d’anciens tolards toutde même. Pardon! Visiteurs de pri-sons, autant pour moi, autant quefaire se peut…! Ceux-là même qui ontplus d’amis dehors que dedans et qui,ma foi, sont plus blancs, argent com-pris bien sûr!?Oui, ceux-là même…Non, bien sûr! Bientôt, un nouveauPrésident s’offrira à nous, un nouveauPrésident, peut-être moins….moins… comment dire…? Zozoteur.Mais pas aussi zozo qui évitera peut-être le zonzon, lui! Allez savoir!Vous imaginez le nombre de Docteursà la rue, les pauvres, indigents, dému-

nis, sans ressources aucune, aucun«Ministrothon» dans le coin, aucun«Présidothon». Mais que fait le peu-ple? Vite, à vos mouchoirs et surtoutà vos portes monnaies.A ce propos, «Cherche peuple sus-ceptible d’adopter des Docteurs detoutes les couleurs politiques, en dé-tresse grave, aveugles devant les faitset en mal d’amour… Ecrivez vite aujournal qui transmettra».Moi, je ne suis que spectateur, unpauvre spectateur il est vrai, maisavec une carte d’électeur et elle… ellen’a pas de couleur. Moi, je n’assimilepas les idéaux et ceux qui les défen-dent aux couleurs d’un parti, même sicelui-ci se dit blanc comme neige, lesintérêts de chacun viennent ternircette blancheur immaculée.Et c’est bien dommage.Nous, nous savons bien qu’à force detriturer le foie de fameuse morue,l’huile et la bile se mélangent fatale-ment… Désabusé par trop de dis-cours politiques qui se veulentrassurants, nous, les Portugais desquatre coins du monde, nous avonsl’habitude de les voir trouver «tou-jours» un pansement de dernière mi-nute, qui, certes, ne colle plus, maisquelle importance!Nous voyons bien qu’ils ne veulentplus de nous, ils veulent bien des

«émigrés», mais pas les leurs. Les au-tres, ceux des pays «riches», si j’encrois les nouvelles lois. Cette généra-tion n’a déjà que trop donné, ladeuxième et la troisième ne rapporteplus rien, ils le savent tous au vu dece qu’ils font pour nous. Alors, pour-quoi perdre son temps? Argent frais,c’est tout ce qu’ils veulent, pour unemeilleure redistribution! Et on n’enfait pas partie! Voilà ce qu’ils veulent,à voir la grande braderie qui se faitchez nous.Et bien sûr, les prix s’envolent, descontrats sont caduques (EDP), pouraussitôt les remplacer par d’autres,bien plus avantageux pour eux, bienentendu. Les autoroutes sont hors deprix, c’est simple, il n’y a que desplaques minéralogiques étrangèresqui circulent dessus. Sans parler dureste…Pauvres illettrés que nous sommes,manipulés par ceux-là mêmes, ceuxqui n’ont pris aucun risque en restantbien au chaud, ceux que nous avonsaidé en leur temps. Boîtes à fric de-venue élitistes à l’entrée de l’Eu-rope…Alors, Europe ou pas Europe? Notrevélo est si lourd, notre pédalier a sipeu de vitesses. Nous devons arriverà la même date que les autres sur lesChamps Elysées et on m’a déjà volé

ma selle… Maudit tour d’Europe! AuxChamps Elysées certes, on y arriveracertainement, mais pas à ceux aux-quels on pense. Apportez des fleurs…Je crois…Grégaire, nous le sommes devenuspar la force des choses mais qu’al-lons-nous choisir aux élections? Oui,qui allons-nous favoriser et amener aupouvoir cette fois-ci?Un clientéliste, un attentiste, un op-portuniste, un corrompu, un menteur,à fortiori, encore un Docteur incom-pétent certes, mais forcément malin,ça, sans nul doute.En avons-nous le choix? A priori non,mais que cela ne vous empêche pasde penser par vous-même et d’allervoter surtout. Nous sommes de sim-ples gouttes d’eau, issus d’un pays,qui lui, est océanique mais qu’est-cequ’un océan, sinon une multitude degouttes d’eau «insignifiantes», uneforce vive qui peut tout balayer surson passage, ni plus, ni moins.Allez voter comme moi, vous pourrez,vous aurez le droit de le dire autour devous, autour de nous et même dansce journal que je remercie, ce pharequi n’est pas en Alexandrie mais belet bien à Paris. Faites comme moi,surtout… «N’adoptez pas un Docteur‘colorisé’ sans qu’il vous montrepattes blanches»!

03Política

lusojornal.com

emsíntese

Manuel Valls vai a Lisboa no dia 10 de abril

No âmbito da sua visita a Lisboa, oPrimeiro Ministro francês, ManuelValls, terá um encontro com repre-sentantes da comunidade empre-sarial portuguesa, no próximo dia10 de abril, das 9h00 às 10h00, noCentro Cultural de BelémO Primeiro-Ministro Manuel Vallsdará uma breve conferência sobreo tema: “Agir em conjunto para ocrescimento europeu” e, seguida-mente, presidirá a um debate comos participantes.Este evento é organizado com oapoio da CIP (Confederação Empre-sarial de Portugal) cujo Presidente,António Saraiva, irá pronunciar al-gumas palavras de introdução, e daCCILF (Câmara de Comércio e deIndústria Luso-Francesa).A intervenção do Primeiro-Ministroserá feita em francês, com traduçãosimultânea em português.

Estruturas doPSD na Europareúnem em Paris

A reunião anual das estruturas doPSD Emigração na Europa vai terlugar em Paris, no próximo dia 12de abril, organizada pela secção doPSD de Paris. A reunião está pre-vista das 10h30 às 15h30 e terálugar na sede da UMP, em Paris 15.A reunião contará com a presençado Vice Presidente do Partido eCoordenador Permanente da Co-missão Política Nacional, Marco An-tónio Costa e do Secretário-geral doPSD, José Matos Rosa.Da ordem de trabalhos da reunião,consta a análise da situação políticanacional e das Comunidades Portu-guesas e a organização das estru-turas da emigração do PartidoSocial Democrata na Europa.Esta reunião será seguida de umasessão de encerramento que se ini-ciará às 16h00 horas e contará,com a presença de representantesda UMP, membro do Partido Popu-lar Europeu.

Permanência Consular em Annecy foi anulada

A Permanência Consular que oConsulado Geral de Portugal emLyon tinha prevista para Annecy nodia 10 de abril, foi anulada “por ra-zões alheias à nossa vontade” disseao LusoJornal Maria de FátimaMendes, Cônsul-Geral de Portugalem Lyon.

le 08 avril 2015

Comissário europeu acredita que défice português pode ficar abaixo dos 3% em 2015O Comissário europeu dos AssuntosEconómicos e Financeiros, PierreMoscovici, afirmou que o défice dePortugal pode ficar abaixo dos 3% em2015, considerando que cabe ao Par-lamento decidir sobre a necessidadede implementar medidas suplementa-res.Questionado pelo Deputado do PSDAntónio Rodrigues sobre se acreditaque Portugal vai conseguir que o dé-fice orçamental fique abaixo dos 3%em 2015, Pierre Moscovici disse que“sim, há um compromisso de o déficeorçamental não passar dos 3% e essecompromisso deve ser respeitado”.“Se pode ser respeitado? Sim, acredi-tamos que isso pode ser feito. Mas aquestão que se deve colocar é como”é que Portugal pode cumprir estecompromisso, replicou o Comissáriofrancês, acrescentando que, “se issovai exigir esforços suplementares ounão, cabe ao Parlamento decidir”.Em maio, a Comissão Europeia vaiapresentar um novo pacote de reco-mendações específicas a cada país,que terão já como base os programasnacionais de reformas que os Esta-dos Membros terão de apresentar emabril.Na sua intervenção inicial na audição

conjunta nas Comissões parlamenta-res de Assuntos Europeus e de Orça-mento, Finanças e AdministraçãoPública, Pierre Moscovici tinha já

dito que, “em função de eventuaismedidas adicionais, o respeito peloobjetivo de referência para o défice,de 3% em 2015, parece ainda al-

cançável”. No entanto, o Comissáriofrancês reiterou que as últimas pre-visões da Comissão Europeia, dofinal de fevereiro, evidenciam “insu-ficiências significativas” no que serefere ao cumprimento do esforço or-çamental recomendado para 2015.O Governo estima que o défice orça-mental fique nos 2,7% do PIB em2015, duas décimas acima do queficou acordado com os credores in-ternacionais durante o programa deresgate, uma previsão em que Bruxe-las não confia, uma vez que as últi-mas estimativas apontam para umdéfice de 3,2% do PIB no final desteano, o que manteria o país no Proce-dimento de Défices Excessivos.A visita do ex-Ministro das Finançasfrancês a Lisboa enquadrou-se noâmbito do Semestre Europeu de2015 e da definição das prioridadeseuropeias em matéria de assuntoseconómicos e monetários, incluindoo Tratado Orçamental, bem comosobre as propostas da Comissão Eu-ropeia referentes ao Plano de Inves-timento para a Europa e ao FundoEuropeu para Investimentos Estraté-gicos, o “plano Juncker”, que prevêinvestimentos de mais de 300 milmilhões de euros em toda a Europa.

Pierre Moscovici esteve em Lisboa

Passos destaca fundos para os emigrantesinvestirem em PortugalO Primeiro Ministro, Pedro PassosCoelho, destacou na semana pas-sada como “novidade” do programade fundos comunitários 2014-2020a disponibilidade de uma parte do fi-nanciamento para os Emigrantes in-vestirem em Portugal e eventual-mente regressarem, sem referir valo-res.No encerramento de uma conferênciasobre o programa de fundos comuni-tários Portugal 2020, em Oeiras, Pas-sos Coelho afirmou que “Portugalsempre foi um país de diáspora” e,sobre os “últimos anos”, considerou:“Nós tivemos uma intensificaçãodesse movimento emigratório, que sedesviou menos do que muitos pensamdaquilo que é a nossa tendência an-cestral, e moderna”.“Mas, na verdade, aconteceu, e émuito importante que nós tenhamoshoje condições - sobretudo quandoestamos a olhar para os próximos seteanos - de pensar que uma parte do fi-nanciamento de que vamos disporpossa também estar disponível aparaaqueles que, por qualquer razão, pre-cisaram de sair do país, e que veemhoje, com a experiência que adquiri-ram, com o percurso que fizeram,uma oportunidade para investir emPortugal, ou num percurso em Portu-gal, ou para regressar a Portugal”,acrescentou. “Hoje nós temos tam-bém algumas condições para que elespossam candidatar-se, pelo menos naárea do empreendedorismo, ao Portu-gal 2020”, salientou.Passos Coelho apontou esta “elegibi-lidade para Portugueses não residen-tes” como “uma novidade, entre

outras”, do novo programa de fundoscomunitários, num discurso em quecriticou a aplicação destas verbas nopassado e considerou que é preferível“não gastar a gastar mal” o dinheiroproveniente da União Europeia. “Nãoestou com isto a dizer que é preferíveldevolver. É preferível gastar bem e, sefor preciso não gastar para evitar gas-tar mal, eu prefiro não gastar a gastarmal. Se isto acrescentar uma dife-rença sobre o passado eu ficaria satis-feito”, afirmou.

“Não foi a crise que trouxe aemigração”No dia seguinte, o Primeiro-Ministroafirmou que “não foi a crise quetrouxe a emigração” e que o “saldo lí-

quido” apenas “foi reforçado duranteos anos da crise”, sendo acusado peloPEV de “mentir” e recebendo protes-tos da extrema-esquerda.Estas afirmações de Pedro PassosCoelho foram proferidas no Parla-mento, durante o debate quinzenal,durante uma troca de argumentossobre os dados do desemprego com aDeputada ecologista Heloísa Apolónia.Passos Coelho admitiu não estar total-mente satisfeito com os dados quemostram descida do desemprego,mas notou que “algum sucesso foi re-gistado”, já que a taxa atual é “inferiorà registada no pico da crise, em prin-cípios de 2013”.“Não insista nessa versão de que es-tatisticamente o desemprego só bai-

xou porque houve emigração, porquehouve emigração antes da crise, nãofoi a crise que trouxe a emigração, jáhavia emigração antes da crise, é ver-dade, imagine a senhora Deputada”,afirmou Passos Coelho, motivandoprotestos audíveis das bancadas doPEV, PCP e BE.Em tom irónico, acrescentou: “Ora aíestá outra coisa que a oposição nãosabe, é verdade, os saldos emigrató-rios provam que todos os anos Portu-gal tinha um saldo líquido emigratóriopositivo, que foi reforçado durante osanos da crise, e imagine a senhoraDeputada que apesar disso o empregoaumentou”.“Hoje é dia das mentiras, mas nãoabuse, não abuse por favor, essa daemigração, querendo agora o senhorPrimeiro Ministro desvirtuar total-mente a realidade, dizendo que nodecurso do seu mandato não houvemais picos de emigração, senhor Pri-meiro Ministro, espere, também nãose lembra de ter aconselhado os jo-vens e os professores a emigrar? Não,diz o senhor Primeiro Ministro, mas osPortugueses lembram-se”, afirmou,recebendo igualmente protestos dabancada do PSD.A Deputada do PEV criticou ainda oprograma recentemente lançado peloGoverno para apoiar o regresso deemigrantes portugueses a Portugal:“O que tinham para oferecer eram es-tágios ou apoiar trinta projetos de em-preendedorismo, isto é gozar com aspessoas”. “O senhor não quer encarara realidade, mas não goze, nemminta, mesmo no dia das mentiras”,acrescentou.

Pierre Moscovici em LisboaLusa / Mário Cruz

Primeiro Ministro Pedro Passos CoelhoLusoJornal / Luís Gonçalves

04 Comunidade

A Europa e a situação económica que sevive atualmente na Grécia

Foi no passado mês de março, maisprecisamente no dia 11, que a As-sociação Cultural Portuguesa deStrasbourg (ACPS) organizou umcafé debate em Strasbourg, na sala“Bon Pasteur” sobre o tema: “o quese passa atualmente na Grécia, davitória do Syriza e das possíveis con-sequências dessa vitória em Portu-gal, na França e na Europa”, com apresença das Eurodeputadas MarisaMatias (BE) e Elisa Ferreira (PS).Os objetivos deste encontro eramduplos: por um lado procurou-sepossibilitar aos membros da asso-ciação e de modo mais amplo con-vidar o conjunto da Comunidadelusófona a vir trocar impressõescom as Eurodeputadas, sobre a si-tuação que se vive atualmente naEuropa. Este encontro constituiuuma oportunidade que a associaçãonão queria desperdiçar, para aproxi-mar os Portugueses residentes

nesta área geográfica do leste deFrança com duas das personalida-des políticas que representam osPortugueses junto do ParlamentoEuropeu e que trabalham de formabastante ativa e empenhada na áreada economia à escala europeia.Mais de trinta pessoas estiverampresentes neste encontro e assimpuderam intervir, reagir, colocarquestões e opinar livremente sobreo tema em debate e não só. O en-contro durou cerca de uma hora emeia. Nesse espaço de tempo,falou-se da “difícil” realidade a queo povo grego está confrontado, comas severas políticas de austeridadeque se aplicam naquele país desdeo ano de 2010. Evocou-se ainda al-gumas das consequências que po-derão surgir na Europa secontinuarmos a aplicar ainda maispolíticas de austeridade.Por fim, houve ainda tempo paraquestionar as Eurodeputadas Ma-risa Matias e Elisa Ferreira se são a

favor ou contra em manter o Parla-mento Europeu na cidade de Stras-bourg. Estas foram categóricas aoafirmar que “não faz sentido mantero funcionamento atual”, ou seja,não faz sentido manter duas cida-des para as reuniões parlamentares.Afirmaram que se deveria instalar oParlamento Europeu de forma pe-rene ou em Strasbourg ou em Bru-xelas. Mas deveria acabar-se comestas mudanças constantes que ob-rigam os mais de 700 Eurodeputa-dos e seus respetivos auxiliares aviajar, pelo menos, uma vez por mêsentre Bruxelas e Strasbourg.Esta polémica questão envolve e in-teressa particularmente os cidadãosresidentes na cidade de Strasbourg.A polémica persiste porque os Tra-tados europeus em vigor dão legiti-midade à existência e à perma-nência do Parlamento Europeu emStrasbourg e que se queremos porfim a este modo de operar, é neces-sário alterar a “máquina” chamada

União Europeia, que aos olhos demuitos cidadãos europeus é uma“máquina” demasiado complexa edemasiado desajustada comparati-vamente com as nossas sociedadesatuais.Os organizadores agradeceram aospresentes que demonstraram inte-resse perante a temática em de-bate. “Agradecemos também apresença do Embaixador de Portugaljunto da União Europeia Luís CastroMendes, assim como as Eurodepu-tadas, que desde logo demonstra-ram uma enorme disponibilidade ede forma célere aceitaram o nossoconvite para estarem presentesneste café debate” dizem os organi-zadores.A ACPS explica que já tem váriasideias e temas que gostaria de pro-mover nos próximos meses. Estesencontros são de entrada livre “ehaverá, sempre que for possível, aoferta de um café após cada en-contro”!

Café debate em Strasbourg organizado pela ACPS

Por Rui Ribeiro Barata

Na Sorbonne Nouvelle, em ParisConferência sobre o Português dos negócios

«O português de negócios: que fu-turo?» é o tema de uma conferên-cia organizado por Isabel Oliveira,Diretora do Departamento LEA daSorbonne Nouvelle, e que terálugar no próximo sábado, dia 11 deabril, entre as 10h00 e as 12h00na Salle Bourjac (17 rue de la Sor-bonne, em Paris 5).Os organizadores anunciam a pre-

sença do Secretário de Estado dasComunidades Portuguesas, JoséCesário, que fará a intervenção deabertura e o orador da conferênciaé Carlos Vinhas Pereira, Presidenteda Câmara de Comércio e IndústriaFranco-Portuguesa.“Este encontro pretende avaliar adimensão económica da línguaportuguesa e transmitir uma visãodinâmica do lugar que ela ocupaem França, nomeadamente no que

respeita aos intercâmbios interna-cionais” explicou ao LusoJornalIsabel Oliveira. “Este encontro pre-tende também mostrar o papel queo ensino do português em Françadesempenha no reforço do diálogo,do comércio e dos intercâmbiosculturais. É igualmente uma opor-tunidade ideal para debater asperspetivas de futuro, os projetosatuais e aqueles que deverão serimplementados”.

Isabel Oliveira diz que a Conferên-cia está aberto a todas as pessoas.“Todos os entusiastas e interessa-dos pela língua portuguesa, suapromoção e difusão no mundoestão convidados a estarem pre-sentes neste evento” disse a Dire-tora do Departamento de LEA daSorbonne Nouvelle.

Por Carlos Pereira

A la fin du siècle dernier, j’ai eu unami, mort il y a une quinzaine d’an-nées de la manière dont il avait tou-jours rêvé:- Si j’arrivais à vivre jusqu’à 80 ans,ce serait le top! Mais tout d’uncoup… sans souffrir.- Ouais, lui répondais-je, et tu pensesqu’avec les 2 à 3 litres de rouge quetu bois par jour, les choses se passe-ront comme ça?- Je sais, mais si on m’interdisait deboire ce serait un grand malheur et jet’ai dit que je ne voulais pas souffrir.Et en ajoutant le geste à la parole: le«garrafão» appuyé sur son genoudroit, il remplissait à mon intentionune chope de 33 cl, en contemplant,rêveur, la mousse pétillante de ce vinrouge vif, dont les bulles sautaientcomme des pops cornes dans unepoêle.Dans sa jeunesse, par amour d’une

nana, il avait, à coups de pistolet, en-voyé un rival au cimetière, et écopéde ce fait, 10 ans de tôle.Comme, entretemps, la nana enquestion étant partie avec un autre,il n’a plus jamais voulu entendre par-ler de mariage ou d’autre cohabita-tion quelconque avec la genteféminine. Préférant le célibat, le tra-vail acharné dans l’industrie du liège,le vin rouge et 2 ou 3 amis triés surle volet.Il est né, vécu, mort et enterré dansson Montijo si cher, le seul endroit aumonde où il faisait bon vivre, d’aprèssa conviction profonde.Mais un jour, quand même, à ma de-mande, il est venu en France, plusprécisément à Toulouse, passerquelques jours chez moi. Il lui a sem-blé, avec ce voyage, que le monde,effectivement, était un peu plusgrand qu’il le pensait… mais… plus

tordu aussi!Dès sa descente à la gare de Tou-louse, où je l’ai récupéré, il était danstous ses états. Après un salut presquebanal, comme si on s’était quitté laveille, il m’a débobiné, rouge derage:- Tu sais ce qui m’est arrivé? Dansune gare où il fallait changer detrain, Bayonne je crois, figure-toi queje suis allé aux toilettes pour pisserun coup, et puis, voilà qu’une bonnefemme derrière une vitre me de-mande un franc! Quoi? Un franc!Pourquoi? Il faut payer pour pisser,ici? Ah non, je ne payerai rien dutout. (Vociférations d’un côté et del’autre de la vitre). Et je n’ai paspayé… Bande de voleurs. Pourtantj’en avais des francs dans ma poche.Pour le mettre encore davantage enrage je lui ai dit que s’il aurait cagué,ce serait dix francs!

- Bande de voleurs! marmonnait-iljusqu’à la maison.J’ai toujours gardé précieusement lesouvenir de cette histoire, qui illustrebien, que n’importe où que l’on soie,même en terrain hostile, on doit tou-jours garder notre capacité de rébel-lion, tel quel, même sous les regardsde travers.Puis, dans sa 80ème année, deuxalertes de thrombose, l’ont fait dé-ménager de sa petite maison de 30m2 avec patio et parasol, à l’hôpitalpuis dans une maison de retraite.Quelques mois plus tard, au coursdu repas de midi, à cette grandetable de cantine monacale, sa têteplonge, dans une fraction de se-conde, sur la Feijoada à Alentejanaqui était devant lui. Il était mort.Il s’appelait Manuel da Silva MauCabelo.Paix à son âme.

O senhorio pode denun-ciar o contrato de arren-damento para habitaçãoprópria?

Resposta:

O senhorio pode denunciar o con-trato de duração indeterminada,quando necessite da habitaçãopara ele próprio ou para os seusdescendentes em 1º grau.Porém, o referido direito de de-núncia depende do pagamento domontante equivalente a um anode renda e da verificação dos se-guintes requisitos:- Ser o senhorio proprietário, com-proprietário ou usufrutuário doprédio há mais de dois anos ou,independentemente deste prazo,ter adquirido o prédio por suces-são;- Não ter o senhorio, há mais deum ano, na área dos concelhos deLisboa ou do Porto e seus limítro-fes ou no respetivo concelhoquanto ao resto do País, casa pró-pria que satisfaça as necessidadesde habitação própria ou dos seusdescendentes em 1º grau.Porém, importa contudo referirque nos casos de contratos de ar-rendamento celebrados em dataanterior ao NRAU – Novo Regimedo Arrendamento Urbano (junhode 2006), ainda que se encon-trem preenchidos todos os requi-sitos para a denúncia do contrato,para que aí possa residir, o senho-rio não o poderá fazer, sempre quese verifique alguma das seguintessituações em relação ao arrenda-tário ou subarrendatário autori-zado:- Ter o mesmo idade igual ou su-perior a 65 anos;- Encontrar-se o mesmo em situa-ção de reforma por invalidez abso-luta, ou, não beneficiando depensão de invalidez, sofrer de in-capacidade total para o trabalho.

Rita RibeiroJuristaRua Principal, nº 150Granja2425-013 Monte RealInfos: +351.926.300.365Infos: +33 (0)6.12.601.427

Rubrica jurídica

Monsieur Mau CabeloHenri de CarvalhoÉcrivain à L’Isle Jourdain

[email protected]

Chronique d’opinion

le 08 avril 2015

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05Comunidade

Duas candidatas a Secretária Geral do STCDESindicato dos Trabalhadores Consulares

As duas candidatas ao cargo de Se-cretária-geral do Sindicato dos tra-balhadores consulares têmpreocupações e objetivos seme-lhantes para a Direção daquele or-ganismo, com eleição dos corposgerentes a 11 de abril, em Paris.As eleições para o Sindicato dosTrabalhadores Consulares e dasMissões Diplomáticas (STCDE)terão duas listas, encabeçadas porRosa Teixeira Ribeiro, do ConsuladoGeral de Portugal em Paris, e Ma-nuela Guimarães, funcionária da re-presentação portuguesa na UniãoEuropeia, em Bruxelas.“Nós temos o problema do estatutoprofissional porque temos colegasque estão sujeitos ao regime de 44horas por semana, o que nos parecede todo absurdo. São colegas aoserviço nas residências, essencial-mente Embaixadas, que podem sercozinheiros, pessoal de serviço oumotoristas”, disse Rosa Teixeira Ri-beiro, da lista B. De acordo com acandidata, “em Portugal, os cozi-nheiros e motoristas da Presidênciada República estão sujeitos ao re-gime normal da administração pú-blica, que é de 40 horas”.Esta situação também é uma dasprioridades de Manuela Guimarães

- que lidera a lista A nestas eleiçõessindicais -, que quer ver tambémeste problema rapidamente resol-vido. “Temos de lutar pela reposi-ção dos cortes salariais em todos ospaíses, pela compensação das per-das cambiais, pela perda de poderde compra e por uma tributaçãoadequada ao nível de vida local,que corrija, quer as inadmissíveisdiferenças entre os salários líquidosdisponíveis, quer o desajuste dossalários líquidos relativamente aospraticados nos respetivos paísespara os trabalhadores de outros se-tores”, afirmou ainda Manuela Gui-marães.Rosa Teixeira Ribeiro decidiu, no-meadamente, criar um indicador decusto de vida adaptado à realidadedos trabalhadores consulares e dasmissões diplomáticas de Portugal.“O indicador de custo agora usado,das Nações Unidas, pouco seaplica às nossas categorias de pes-soal. Nós não temos os mesmos sa-lários nem as mesmas funções, nãosomos equiparados nem somosconfrontados com as mesmas rea-lidades”, afirmou a candidata dalista B.Outro ponto considerado prioritáriopara as duas candidatas é o acessoao sistema de segurança social atodos os funcionários consulares.“Ainda temos os trabalhadores doInstituto Camões no estrangeiroque continuam sem estatuto defi-nido”, sublinhou Rosa Teixeira Ri-beiro.Manuela Guimarães referiu que épreciso “denunciar a degradaçãoquotidiana das condições de traba-lho e lutar pela contratação de tra-balhadores em condições dignas enão através de empresas de “callcenter” (medida que já foi aplicadaem alguns Consulados, como noRio de Janeiro, e está em vias deser noutros tantos) ou outras em-presas de serviços.A lista B, segundo Rosa Teixeira Ri-beiro, quer reclamar também acriação de um serviço centralizado

para tratar do IRS dos funcionáriosno estrangeiro, “facilitando o pro-cesso” e “minimizando os erros”.“Queremos que os nossos sóciospossam consultar na internet o es-tado dos seus processos pessoais,por exemplo os recursos em tribu-nal. Cada um deve poder saber atodo o momento como está o seucaso. E poremos a funcionar um‘chat’ sobre questões laborais e ju-rídicas, para que seja mais fácilpara os trabalhadores comunicaremcom o Sindicato”, acrescentou afuncionária consular em Paris.Um dos objetivos de Manuela Gui-marães é também relançar a páginada internet como instrumento deformação, informação e comunica-ção, assim como fazer um acompa-nhamento regular dos postos,valorizar o estatuto de delegaçãosindical e oferecer apoio jurídico.Este Sindicato abriga, segundoRosa Teixeira Ribeiro, funcionáriosadministrativos e técnicos no Mi-nistério dos Negócios Estrangeiros(MNE) no exterior, mas não diplo-matas, que tem um sindicato pró-prio. De acordo com o STCDE, oseleitores podem votar presencial-mente ou através de procuração, nodia 11 de abril, em Paris.

Eleições têm lugar em Paris no dia 11 de abril

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Lista AEncabeçada por Maria Manuela Rodrigues Guimarães

Mesa da Assembleia-GeralJorge Veludo (Consulado Geral emHamburgo), PresidenteMaria Celeste Nantes das Neves(Embaixada em Bruxelas)Maria Teresa Faria Leite Vieira(Consulado Geral em Paris)

Direção NacionalComissão ExecutivaMaria Manuela Guimarães (REPERem Bruxelas), Secretária-GeralAntónio Cardoso Magina (ConsuladoGeral em Zurique)Cristina Maria Aguiar Silvestre Jorge(Consulado Geral em Newark)Fernando Caldeira Marques (Consu-lado Geral em Barcelona)Jorge Abreu e Silva (Consulado Geralem Bordeaux)José António de Campos (Reformado,Bruxelas)Maria de Lurdes Rodrigues (MissãoOCDE em Paris)

Conselho FiscalJoão António de Albuquerque Martins (Embaixada em Madrid),PresidenteAnselmo Monteiro (Missão de OCDE,Paris)José Almeida Marques da Silva(Consulado Geral em Paris)

Direção Regional Europa 2Joaquim António Breia Valentim(Missão OCDE em Paris), PresidenteHervé Victor Fernandes Gaspar(Consulado Geral em Lyon)Jaime António Pinheiro Lopes(Consulado Geral em Marseille)

Lista BEncabeçada por Rosa Teixeira Ribeiro

Mesa da Assembleia-GeralTeresa Ribeiro (NUOI em Genebra),PresidenteLuís Campos (Embaixada em Helsín-quia)Armando Milheirão (Consulado Geralem Boston)

Direção NacionalComissão ExecutivaRosa Teixeira Ribeiro (ConsuladoGeral em Paris), Secretária-GeralAlexandre Vieira (Embaixada emBerna)Helena Martins (Consulado Geral emSão Paulo)António Amorim (Embaixada emParis)Leonel Rebelo (Consulado Geral emParis)Clara Fonseca (Escritório Consularem Sion)Lina Gonçalves (Consulado Geral emLondres)

Conselho FiscalJoão Castro (Consulado Geral em Zurique), PresidenteCíntia Fernandes (Consulado Geralem Goa)Manuel Moreira (Consulado Geral em Valência)

Direção Regional Europa 2Isabel Barradas (Consulado Geral emBordeaux), PresidenteSabino Pereira (Consulado Geral emLyon)Henrique Augusto (Consulado Geralem Strasbourg)

Manuela Guimarães (Lista A)DR

Rosa Maria Teixeira (Lista B)LusoJornal / Carlos Pereira

le 08 avril 2015

06 Comunidade

emsíntese

Produtos portugueses àporta de casa

Há 32 anos que Moisés Borges passavender produtos portugueses de portaa porta. Nos departamentos 24, 46 e47, quem não o conhece?Oriundo de Chaves, Moisés Borgescontinuou a atividade do pai e conti-nua a estar também presente nas Fei-ras de Cahors e Fumel. O resto dasemana percorre estes departamentospara vender bacalhau, vinhos, mas-sas, polvo, queijos, etc. e neste mo-mento da Páscoa, o tradicional Pão deLó muito pedido especialmente pelasgentes do norte de Portugal e não só.Moisés Borges explicou ao LusoJornalque “os Franceses também são clien-tes” e que “cada vez mais compramprodutos portugueses”.Moisés Borges vive com a esposa emVezac, uma localidade a 8 km de Sar-lat, no Périgord negro, assim chamadagraças à trufa que chamam tambémdiamante negro.Mais um Português que construiu umenorme sucesso e que é bastanteapreciado da clientela lusitana.

Conférence d’AnaNavarro Pedro àTours

L’Associa-tion Cultu-r e l l eF r a n c ePortugal37 orga-nise uneC o n f é -rence deAna Na-v a r r oP e d r o ,journaliste,

correspondante à Paris de l’hebdoma-daire portugais Visão, sur le thème «LePortugal: de l’Empire aux marges del’Europe».«Dans son histoire millénaire, le petitpays de la Péninsule Ibérique s’esttrouvé à l’avant-garde de l’aventure eu-ropéenne, pour se retrouver à la périp-hérie de l’Europe. Quels chemins detraverse a pris ce pays?» peut-on liredans la présentation.La Conférence aura lieu à la Salle Ana-tole France, à l’Hôtel de Ville de Tours,le vendredi 10 avril, à 18h30.

Por Delfim da Silva

lusojornal.com

Workshop sobre “Da Ideia à Oportunidade”No sábado dia 28 de março, realizou-se o primeiro workshop “Da Ideia àOportunidade”, organizado pela Asso-ciation des Diplômés Portugais enFrance (AGRAFr), no Consulado Geralde Portugal em Paris.Planeado para pessoas com poucosou nenhuns conhecimentos na áreade gestão empresarial, o objetivodeste workshop foi o de partilhar con-ceitos de como estruturar ideias emoportunidades de negócio. O works-hop contou com dois animadores,Pedro Fernandes, administrador deempresas, e Pedro Sousa, PDG daempresa de sistemas informáticosPlenium.Os participantes do workshop chega-ram ao Consulado de manhã cedo vin-dos de Paris e Versailles, mas tambémde Dijon, Lyon e mesmo de Lisboa,cheios de curiosidade e várias expec-tativas. O dia começou com o discursode abertura feito pela Presidente daAGRAFr, Luísa Semedo, seguido dodiscurso de boas-vindas do CônsulGeral de Portugal em Paris, Pedro

Lourtie.Durante a manhã os animadores for-neceram os conceitos teóricos maispertinentes e de seguida, os partici-pantes ouviram o testemunho dosfundadores da recém-formada startupDataDN, David Graça e Marco Morais,que desenvolveram um motor de pes-quisa inteligente na procura de aloja-mento “LogerMalin.fr”. No seu

testemunho, David e Marco falaramsobre como começaram a sua startup,incluindo a procura de primeirosclientes e deram a conhecer algunsapoios financeiros públicos franceses,disponíveis para futuros empreende-dores.A discussão continuou durante o al-moço de “networking”, no restauranteLisboa Gourmet, privilegiando-se a in-

teração entre animadores, convidadose participantes, que assim tiveramoportunidade de alargar a sua rede decontactos em França.A tarde foi dedicada a trabalho práticoem equipa. Os participantes tiveramoportunidade de testar as suas pró-prias ideias e receber comentáriosconstrutivos dos colegas e animado-res, num ambiente de partilha e coo-peração.No final do dia, o sucesso desteworkshop mediu-se pelo grau elevadode satisfação de todos os participan-tes, que, percebendo que não estãosozinhos, partiram mais confiantesnas suas próprias ideias e capacida-des, e com uma rede de contactos emFrança mais alargada.O próximo evento da AGRAFr será“Um Copo com… Carlos Vinhas Pe-reira”, Presidente da Câmara do Co-mércio e Indústria Franco-Portuguesa,que vai falar sobre “Investimentos Bi-laterais: Práticas e Potencialidades”no sábado dia 11 de abril.agrafr.fr.

Organizado pela AGRAFr no Consulado de Portugal

Cônsul honorário de Orléans na inauguraçãoda “Foire aux Rosiers” de BellegardeA convite do Maire local, Jean-JacquesMalet, Portugal foi o país convidado deHonra para a 26ª edição da “Foire auxRosiers” de Bellegarde, no Loiret, queconheceu a sua primeira edição em1989 e foi inaugurada no sábado, dia4 da abril.Durante três dias, as animações suce-deram-se à volta de Portugal atravésdas várias participações do ranchoRonda Típica de La Chalette-sur-Loinge do grupo folclórico Andorinhas dePortugal de Mantes-la-Ville, das atua-ções dos artistas Joaquim Cena e Fer-nando Martins e as sua dançarinas,das degustações e especialidades dagastronomia portuguesa.A “Foire aux Rosiers” é um aconteci-mento incontornável na região que esteano reuniu 150 expositores em diver-sos domínios de atividade particular-mente dedicados ao domínio floral,jardinagem, habitat, etc. e que anima-

ram o fim de semana Pascal.No ato inaugural esteve presente oCônsul Honorário de Portugal em Or-léans, José de Paiva, assim como oSous-Préfet da região, Paul Laville, a

Deputada do Loiret, Marianne Dubois,o Presidente da Chambre d’Agriculturedo Loiret, Michel Masson, os Presiden-tes da Associação “Foire aux Rosiers”e do “Groupement des Rosiéristes”, os

Presidentes da Associação franco-por-tuguesa do Gâtinais, Fernando Torres,e da Ronda Típica, Gregory David,membros do Conselho municipal e vá-rios Maires e personalidades de locali-dades vizinhas.Vários oradores se sucederam nos dis-cursos inaugurais, sendo de registarum denominador comum por todosrealçado, uma forte homenagem aosPortugueses e a Portugal. O Cônsul Ho-norário salientou que entre Portugal ea França existe uma longa história deamor que não é recente, que vem já doséculo XVIII, em que a Corte portu-guesa falava francês, e que traduz,desde há séculos, por relações cultu-rais, comerciais, económicas de pri-meiro plano.Situada no Loiret, a cerca de 50 km deOrléans, Bellegarde é uma comunacom um passado histórico, rico de umaarquitetura que remonta ao século XII.

Greve na Renault Cacia em AveiroOs trabalhadores da Renault Cacia,em Portugal, entram em greve naquarta-feira da semana passada, poraumentos salariais e contra os contra-tos de trabalho precário.A greve, decidida em plenário e anun-ciada pela Comissão de trabalhadores,teve a duração de 24 horas, abran-gendo todos os turnos.Com 1.016 trabalhadores, a fábricada Renault Cacia, em Aveiro, registouem 2014 um aumento do volume denegócios de 35%, cotando-se entre asmelhores do Grupo Renault, e os tra-balhadores pretendem ver repercuti-dos esses resultados na massasalarial.A Comissão de trabalhadores salientaque o grupo Renault “alcançou todosos seus objetivos no ano de 2014,

sobre os quais a Fábrica de Cacia éparte integrante, sem que seja reco-nhecido o esforço e dedicação” dosseus trabalhadores.Atendendo a que “a maioria dos tra-

balhadores não teve direito a um au-mento salarial condigno, apesar detodo o sacrifício exigido”, e goradas astentativas negociais com a adminis-tração, os trabalhadores decidiram

avançar para a greve, que é tambémde protesto contra “o abuso dos vín-culos precários na empresa”.A fábrica da Renault Cacia, que fa-brica caixas de velocidade e compo-nentes de motor para diversosmodelos da Renault, passou por mo-mentos conturbados em 1997,aquando da reestruturação do grupoque levou ao encerramento de umadas fábricas na Bélgica, altura em quechegou a ser equacionada a transfe-rência da produção da unidade deAveiro para outras fábricas.Após investimentos na modernizaçãodas linhas de produção, a que a Re-nault se havia comprometido com oEstado Português no ano anterior, tor-nou-se das mais produtivas do grupo,exportando a totalidade da produção.

le 08 avril 2015

Paul Lavile, José de Paiva, Marianne Dubois e Jean-Pierre MaletHervé Bonnin

Lusa / Estela Silva

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08 Empresas

lusojornal.com

emsíntese

Les collaborateursde la Banque BCPse mobilisent contre le cancerdu sein

Pour la cinquième année consécu-tive, les collaboratrices de la BanqueBCP participent à «La Parisienne» le13 septembre 2015. L’objectif decette course féminine dans les ruesde Paris est la lutte contre le cancerdu sein. Une nouveauté cette année:la réalisation de dons à titre personneleffectués par les collaborateurs de laBanque BCP en faveur de la Fonda-tion pour la Recherche Médicale.En France, 1 femme sur 8 est tou-chée par cette maladie au cours desa vie.A l’occasion de la journée internatio-nale de la femme, le 8 mars dernier,date de lancement des inscriptionsau sein de la Banque BCP à la course«La Parisienne», Jean-Philippe Diehl,Président du Directoire de la BanqueBCP a offert un ruban rose, symbolede la lutte contre le cancer du sein, àl’ensemble de ses collaborateurs.«Au-delà de l’aspect sportif, La Pari-sienne constitue aussi pour les colla-boratrices de la Banque BCP un actede solidarité par lequel elles contri-buent à la lutte contre le cancer dusein, qui ne cesse de faire des victi-mes» dit un communiqué de la ban-que.Depuis 2011, la Banque BCP est fi-dèle à la Fondation pour la Recher-che Médicale. Cette année, lescollaboratrices et collaborateurs de laBanque BCP se mobilisent à titre per-sonnel afin de réunir des fonds poursoutenir toujours plus cette Fondationdans ses recherches scientifiquespour lutter contre le cancer du sein.Leur don est fait via une page de col-lecte ouverte sur le site de la Fonda-tion pour la Recherche Médicale.

Tony Gama convidado de honrada Academia doBacalhau de Paris

A Academia do Bacalhau de Parisrealizará um jantar-tertúlia na sexta-feira dia 10 de abril, pelas 19h30, noRestaurante Pedra Alta de Pontault-Combault (77).O jantar terá como convidado dehonra o cantor português Tony Gama,reconhecido por cantar com o melhortenor francês de sempre, Luís Ma-riano, e que foi também padrinho du-rante alguns anos do programaTélethon.

Quinta da Pacheca prémio do “Melhor Enoturismo”O “The Wine House Hotel” da Quintada Pacheca, onde o vinho e a vinhaconstituem denominadores comunsde excelência, recebeu na passadaterça-feira, dia 31 de março, uma ele-vada distinção ao ser eleito como “Me-lhor Enoturismo 2015” pelo guia “BoaCama, Boa Mesa” do jornal portuguêsExpresso.O prémio foi entregue por Pinto Balse-mão, fundador do Expresso, numa ce-rimónia que teve lugar no Palácio daAjuda, em Lisboa.Trata-se de uma unidade hoteleiraequipada com 15 quartos, todos dife-rentes. No âmbito das atividades pa-ralelas, promove provas e cursos devinhos de mesa e do Porto, passeiosde barco no Douro, de helicóptero oupedestres mas, especialmente, pro-move uma excelente cozinha portu-guesa ritmada pelo chefe cozinheiroCarlos Pires que leva à mesa os exce-

lentes pratos durienses.O hotel está instalado numa casa tí-pica do século XVIII que foi totalmenterestaurada e adaptada para servir dealojamento enoturístico e que faz parteintegrante da Quinta da Pacheca, pro-priedade com registos desde 1551 euma das marcas nacionais de maiorprestígio, também conhecida por tersido, em 1738, a primeira propriedadea engarrafar vinho de marca própria.A Quinta da Pacheca é, desde 2013,propriedade de Paulo Pereira e Mariado Céu Gonçalves, Portugueses sedia-dos em França, proprietários da em-presa Agribéria, principal importadorade produtos alimentares portuguesesneste país.No ato de entrega do prémio, PauloPereira sublinhou “o orgulho que sen-tia porque este prémio vem reconhecero nosso empenho em ter uma ofertade qualidade no nosso enoturismo”.

Paulo Pereira recebeu o prémio das mãos de Pinto Balsemão

Robes de mariage pour futures mariées

C’est en mai 2014 que la créatrice Ol-ghita Pias s’est installée à Paris avecsa collègue Lúcia Branco pour propo-ser ses créations couture aux futuresmariées, mais aussi à toutes celles quirecherchent une robe de soirée belleet originale.Les deux associées reçoivent leurclientèle avec ou sans rendez-vousdans une boutique feutrée et une am-biance cosy.D’origine espagnole et brésilienne Ol-ghita Pias a quitté le 78 où elle avaitdéjà un magasin pour venir conquérirla capitale de plus près. Avec son amieLúcia Branco, elles décident d’allierleur amitié et savoir-faire. «J’ai tou-jours aimé le dessin et la peinture engénéral, du coup je peux facilementréaliser un croquis et proposer diffé-rents modèles. Ensuite avec Lucianous travaillons sur les différentesétapes jusqu’à la réalisation de la robeavec l’aide des couturières à l’exté-rieur», explique-t-elle au LusoJornal.Que vous souhaitiez une robe tradi-tionnelle, originale, décalée, de cou-leur ou autre, vous aurez la garantie deporter la robe de mariée dont vousavez toujours rêvé. «Chaque modèleest différent et conçu avec des ma-tières nobles telles que les soies, lesdentelles de Calais, le taffetas et biend’autres encore», cite Lúcia branco.Pour les robes de mariée elles sont

faites sur mesure et il faut compter en-viron 3 mois. «La cliente peut soitchoisir dans notre collection et on peutéventuellement modifier un peu selonses envies, soit elle nous dit ce qu’elleveut vraiment et on s’inspirera pourcréer un modèle unique et avec notretouche personnelle». En effet lamarque se veut avant tout créatrice deses propres modèles et non pas copierun modèle déjà existant ailleurs. «Onpeut s’inspirer bien évidemment, cardans le milieu de la mode nous

sommes bien obligées d’être atten-tives autour de nous, mais nous nesouhaitons pas suivre la mode et sestendances car la mode se démodeaussi très vite».Mais sur Paris la concurrence est rudeet la Parisienne est plutôt exigeante,Olghita Pias a su percé dans le mar-ché parisien et séduire les femmes debon goût. «On propose également desrobes de cérémonie, de cocktail et desoirée. Nous vendons également deschaussures pour le mariage ou pour

porter tous les jours, que nous faisonsfabriquer au Portugal et qui sont dequalité et très confortables», souligneLúcia Branco. Qui dit robes et chaus-sures, dit aussi accessoires, la marquevend aussi des bijoux, chapeaux,gants et bien sur des sacs ou po-chettes à accorder avec la tenue. «Jecherche actuellement un créateur debijoux portugais, car je tiens beaucoupà montrer les jolies choses qu’on saitfaire au Portugal», avoue LúciaBranco.Originaire de Montalegre, nord du Por-tugal, Lúcia Branco a décidé de chan-ger de métier et de se consacrer à lamode, «un secteur qui m’a souventattiré». En un an, le bilan est plutôtpositif, la clientèle se fidélise et aussibien les Portugaises que les Fran-çaises franchissent la porte à la re-cherche de la robe de ses rêves. «Celame fait plaisir de voir le succès de noscréations mais aussi de pouvoir tra-vailler avec le Portugal, pays auquelelle est très attachée».Sans aucun doute Olghita de Pias tra-duira vos rêves de son art qui subli-mera avec délicatesse votresilhouette. Laissez-vous enivrer par cecapiteux parfum d’élégance quis’échappe de ses créations intempo-relles!Vous serez accueillie dans l’atelier-boutique du mardi au samedi, de11h00 à 19h00, au 6 rue Mederic,à Paris.

Par Clara Teixeira

Inauguração da Churrasqueira Sintra em LyonA partir do dia 12 de abril, com ainauguração da Churrasqueira Sin-tra, os residentes da região de Lyonpoderão relembrar e reviver os pa-ladares de Portugal. Na ementa:Churrasco de frango, Leitão, Ca-brito, Bacalhau… e os seus acom-panhamentos, para levar ou comerno local. Poderá igualmente deli-ciar-se com pão e pastelaria fresca,da padaria do mesmo nome que seencontra logo ao virar da esquina.Com o apoio do Banque BCP e na

origem deste conceito está o se-nhor Sousa e a senhora Pinto, jácom uma larga experiência de ne-gócio. Ele é uma figura conhecidana região, onde iniciou a sua ca-reira em outubro de 1960, e é umdos mais antigos padeiros de Lyon,premiado já por diversas vezes.A Churrasqueira Sintra acolherá osamadores de grelhados todos osdias, das 11h00 às 15h00 e das19h00 às 21h30, no 125 rue deGerland, em Lyon 7.

le 08 avril 2015

Pinto Balsemão entregou o Prémio a Paulo PereiraDR

François Escriva

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lusojornal.com

Destaque

A França chora a morte de Manoel de Oliveira

Os jornais franceses escreveram na se-mana passada sobre a morte de Ma-noel de Oliveira, com destaque para oLibération que publicou na primeirapágina uma fotografia do cineasta por-tuguês com Chiara Mastroianni nofilme “A Carta”.“A notícia da morte de Manoel de Oli-veira, na quinta-feira da semana pas-sada, aos 106 anos (e meio!), não temnada de surpreendente, a priori, maseste desaparecimento - mais do quequalquer outro de um imenso cineastaamado - dá vertigens porque a longevi-dade, a produtividade e o desconcer-tante vigor das últimas aparições doportuguês centenário tinham semeadonos nossos espíritos a ideia de imorta-lidade”, escreve o diário.O La Croix também chamou à capa “Amorte de Manoel de Oliveira, um gi-gante do cinema”, conhecido por ser“o último cineasta vivo a ter começadoa carreira no tempo do cinema mudo”.O Le Figaro descreveu “um pioneiro dasétima arte portuguesa, que foi durantemuito tempo um artesão solitário, pro-dutor, argumentista, realizador e editordos seus filmes”, relembrando queManoel de Oliveira “atraiu para a suacâmara os atores Mastroianni, De-neuve, Piccoli”.O Le Monde destacava Manoel de Oli-veira, “o decano dos cineastas em ati-vidade” e “um homem excecional cujavitalidade parecia afastar a Morte”.

Homenagem do Cahiers du CinémaO cinema de Manoel de Oliveira “é osentimento de todas as coisas”, se-gundo a revista francesa Cahiers du Ci-nema, que dedicou vários números aorealizador, considerando-o “um dosmaiores artistas da segunda metade doséculo XX”.A Cahiers du Cinéma está atualmentea preparar uma nova homenagem aManoel de Oliveira para sair na ediçãode 9 de maio, disse à Lusa o Chefe deredação da revista Stéphane Delorme.“Estamos a preparar a nossa homena-gem a Manoel de Oliveira. Vamos pu-blicar provavelmente uma entrevistainédita com ele, vamos escrever sobrea sua obra e dedicar-lhe 25 a 30 pági-nas no próximo número. É importantepara nós”, afirmou Stéphane Delorme,precisando que a edição de maio vaicoincidir com o Festival de Cannes.O jornalista lembrou que a Cahiers duCinéma tem uma grande ligação como cineasta português e que o fundadorda revista, André Bazin, “encontrouManoel de Oliveira em 1956, 57 e pu-blicou um artigo em 57”.“Foi muito cedo. Oliveira não era detodo conhecido em Portugal. AndréBazin foi ao Porto, encontrou-se comOliveira, viu o documentário sobre oDouro e ‘O Pintor e A Cidade’. Elessimpatizaram e passearam juntos. Porisso, logo a partir de 1957 há umponto de ligação entre a França e Oli-veira através da Cahiers du Cinéma”,precisou Stéphane Delorme.

Fleur PellerinTambém a Ministra da Cultura fran-cesa prestou homenagem a Manoel deOliveira, considerando-o “um criadorcom uma energia fascinante”. “A ve-

lhice foi para ele a época da colheita,na qual continuou a receber os frutosde toda uma vida de meditação e con-templação, uma vida de poeta”, subli-nhou Fleur Pellerin, num comunicadode condolências, em que manifestatambém o seu pesar à família e amigosdo realizador.Em 2014, Manoel de Oliveira foi con-decorado pelo Presidente da Repúblicafrancês, François Hollande, com as in-sígnias de Grande Oficial da Legião deHonra.Com um currículo de 47 filmes em 90anos de carreira, Manoel de Oliveira erao único dos realizadores no ativo cujacarreira começou ainda no cinemamudo, com “Douro, Faina Fluvial”(1931), e chegou à atualidade com “Ovelho do Restelo”, “uma reflexão sobrea Humanidade”, estreada em dezem-bro passado, por ocasião do 106º ani-versário.Também a Maire de Paris, Anne Hi-dalgo, lamentou o desaparecimento deManoel de Oliveira, lembrando “a obraque marcou profundamente a históriado cinema”.“Soube com emoção do desapareci-mento do realizador Manoel de Oli-veira. Aos 106 anos, foi o autor demais de 50 filmes e o decano mundialdos cineastas em atividade”, afirmouAnne Higaldo, num texto em que re-corda o seu trabalho desde o primeirodocumentário “Douro, faina fluvial”, de1931, até ao último, a curta-metragem“O Velho do Restelo”, rodada em2014.

Gilles JacobO Presidente honorário do Festival deCannes, Gilles Jacob, amigo e admira-dor da arte de Manoel de Oliveira, afir-

mou o seu pesar e disse sentir-se “umórfão”. “Tristeza. O meu querido Ma-noel morreu. Manoel de Oliveira tinha106 anos e eu fiquei órfão como todoo cinema mundial. Ele era um cava-lheiro”, afirma Jacob na sua conta narede social Twitter, noticia a Efe. “Pas-sados os cem anos, tínhamo-nos acos-tumado à ideia de que Manoel nuncadesapareceria”, disse Jacob, de 84anos, que, em 2008, entregou ao rea-lizador português a Palma de Ouro pelacarreira do cineasta português.Fica a obra, é certo, “mas ficou claroque ele também” seria eterno, disseJacob, que, durante seu longo man-dato como selecionador dos filmes doFestival, estreou muitos da “criaçãoprolífica” de Manoel de Oliveira. “Esim, Manoel, voltaste a casa”, disseGilles Jacob, lembrando “o título sim-bólico do belo filme ‘Vou para casa’”que Oliveira rodou com Michel Piccolie Catherine Deneuve.Também o Festival de Cinema de Can-nes homenageou Manoel de Oliveira,afirmando tratar-se de um “cineastaexcecional”, um “artista completo” eum “farol da cultura europeia e mun-dial”.Manoel de Oliveira era “um grandeamigo da Cinemateca Francesa”, es-creveu, em comunicado de imprensa oDiretor-geral da instituição, Serge Tou-biana, num texto intitulado “homena-gem ao nosso amigo”.A Cinemateca Francesa recebeu váriasvezes o realizador. O Diretor da institui-ção descreveu “um grande cineasta”.“Manoel de Oliveira era um paradoxovivo, cineasta das origens, das primei-ras emoções, cineasta culto, refinado,inspirado pela grande literatura (Clau-del, Flaubert, Dostoievski, Madame de

La Fayette, Agustina Bessa-Luís...),autor de grandes filmes romanescos”,escreveu Serge Toubiana.

Jacques LemièreManoel de Oliveira tinha em Françaum público fiel e ajudas financeiraspara os seus filmes, tendo “provavel-mente sido feliz como um Deus emFrança”, disse à Lusa o especialistaJacques Lemière, sociólogo francês es-pecialista em cinema português. “Ma-noel de Oliveira falava sempre noreconhecimento que tinha pela França,não só pelo público que conquistoumas também pelas ajudas financeiras.Por exemplo, o filme ‘Le soulier deSatin’ [1985] foi uma obra direta-mente ajudada pelo Ministério francêsda Cultura”, explicou o professor naUniversidade de Lille 1 à Lusa.“A França tem uma história culturalcom o cinema e a cinefilia e é um paísque sempre tentou reconhecer os gran-des criadores. Era obrigatório o encon-tro com Manoel de Oliveira”, continuouo investigador que esteve pela últimavez com o cineasta português quandofez a apresentação, no Porto, do ter-ceiro volume do catálogo Manoel deOliveira, num encontro promovido peloMuseu de Arte Contemporânea de Ser-ralves.

Mário BarrosoTambém o cineasta português radicadoem Paris Mário Barroso, Diretor de fo-tografia de vários filmes de Manoel deOliveira e ator em “O Velho do Res-telo”, disse à Lusa que “a obra do Ma-noel está feita e essa será parasempre”.“Quem perde imenso são as pessoasque o conheceram muito. Neste mo-

mento, a morte de Manoel de Oliveiraé sobretudo chocante para as pessoasque com ele conviveram, que tinhamcom ele uma relação de amizade, ter-nura, simpatia, respeito. Essa é que éa grande perda. Agora, não sei se o ci-nema perde alguma coisa. O cinema jáganhou muito com ele. O cinema e nóstodos”, afirmou.Mário Barroso, realizador de “O milagresegundo Salomé” (2004), teve “o pri-meiro contacto” com Manoel de Oli-veira quando acabou o curso decinema no Institut des Hautes EtudesCinématographiques, em Paris, em1976, porque “sabia que ele estava afazer o ‘Amor de Perdição’” mas, nessaaltura, não conseguiu integrar aequipa. “Quatro anos mais tarde recebium telefonema dele a propor-me nãopara ser Diretor de fotografia, mas paraser ator no filme ‘Francisca’. Comeceia trabalhar com ele há 34 anos nessefilme. Não sei exatamente quantos fizcom ele, mais de doze parece. Acabá-mos por deixar de trabalhar há unsanos longos, sem nos zangarmos, purae simplesmente porque as nossas vidastomaram outros rumos”, lembrou.Um dos criadores das legendas emfrancês dos filmes Manoel de Oliveira,Simon Bergeaut, disse à Lusa que“morreu um homem mas também de-sapareceu um mundo”. “Os africanosdizem que, quando morre um velhosábio, é uma biblioteca que arde. Coma morte do Manoel de Oliveira é umacinemateca que arde de filmes feitos,de filmes vistos, de filmes pensados ede filmes que eram para se fazerainda”, lamentou o tradutor de 38anos, colaborador do realizador portu-guês, nas duas últimas décadas.Simon Bergeaut começou a trabalharpara o cinema de Manoel de Oliveiraquando foi incumbido de fazer as le-gendas para algumas curtas-metra-gens, para a retrospetiva da obra docineasta organizada pelo Centro Pom-pidou, em 2001, tendo estreitado acolaboração com o realizador desde2007, a partir do filme “Cristóvão Co-lombo - O Enigma”.

Claudia Cardinale e Michael LonsdaleOs atores Claudia Cardinale e MichaelLonsdale, duas das estrelas que parti-ciparam na última longa-metragem deManoel de Oliveira “O Gebo e a Som-bra” (2012), disseram à Lusa que per-deram “um amigo”.Claudia Cardinale contou que está“muito triste e que, apesar da idade deManoel de Oliveira, não estava à esperaque partisse assim”. A atriz prestes afazer 77 anos, descreveu como foi con-vidada para participar no filme: “Foiextraordinário. Eu estava no Festival deVeneza, ele foi ao palco e disse que euera a sua atriz favorita. Fiquei tão con-tente que lhe mandei um bilhete parao hotel a agradecer. De imediato, eleconvidou-me para o filme”.O ator francês Michael Lonsdale tam-bém contou à Lusa que “foi porqueMichel Piccoli não podia participar”em “O Gebo e a Sombra” que foi pararao filme. “Sempre tinha sonhado tra-balhar com o Manoel de Oliveira masnunca se tinha proporcionado. O meusonho realizou-se e tenho uma lem-brança muito ternurenta e muito deli-cada”.

O mais velho realizador do mundo morreu com 106 anos

Com Carina Branco, Lusa

Aquilino Ferreira pintou Manoel de OliveiraAquilino Ferreira, artista português longos anos residenteem França, ao saber do falecimento do grande cineasta Ma-noel de Oliveira, num daqueles desejos súbitos de pôr sobrepapel as suas emoções, fez o retrato dele utilizando a téc-nica começada aquando o seu regresso a Portugal, pinturaa café, ou seja uma nova linguagem pictural, nascida da suarelação com o teatro, a rádio e o cinema que fixaram as re-gras de harmonia que predominam agora nas suas obras.As suas pinturas têm uma grande beleza e um bom gostoespecial, como um “sépia-café”.

Lusa / Ricardo Castelo

le 08 avril 2015

10 Cultura

emsíntese

“Somnambule” deCarlos K. Debritovient d’être édité

A editora francesa L’Harmattan acabade publicar “Somnambule” de CarlosK. Debrito, na coleção “Ecritures”.Inserindo-se no género “Literatura epsicanálise”, o autor português põeem destaque o quotidiano e a fragili-dade do protagonista. “Guillaume, nasua solidão parisiense, recorda certosmomentos da sua vida. Um dia comotantos outros, um domingo, que lhepermite de se ver e de se rever na suafragilidade psíquica e na sua tor-menta pessoal. As recordações, asmelhores como as mais frustrantes,cruzam-se, assim, de uma forma de-sorganizada e sem verdadeiro fio con-dutor. Mas o seu monólogo íntimotraduz, apesar do seu pensamentodesordenado, a dimensão única dasua personalidade.Carlos K. Debrito chama-nos à aten-ção, à medida que o dia se esgota emcompanhia de Guillaume, que a exis-tência humana toma por vezes rostosdiferentes daqueles que podíamosesperar. “E a compreensão de outrasformas de estar no mundo exige umesforço de inteligência e de empatia”.Finalmente, um pôr-do-sol em Ca-bourg, numa viagem de iniciação àvida, restitui a esperança à persona-gem e embeleza a sua visão domundo.O autor é natural de Braga, onde nas-ceu em 1952 e frequentou o Liceu Sáde Miranda. É licenciado pela Facul-dade de Medicina de Lisboa, exerceua sua profissão no Hospital Júlio deMatos entre 1984 e 1989, sendoatualmente médico psiquiatra doshospitais, em França e vivendo emParis. É autor de vários ensaios publi-cados em Portugal pela Antígona eprefaciou diferentes obras políticas eliterárias. Colabora regularmente comrevistas científicas da sua especiali-dade, em Portugal (“Revista de Psi-quiatria”) e em França (“L’InformationPsychiatrique”). “Retour à Lisbonne”foi o primeiro romance de Carlos K.Debrito, editado em finais de 2008(L’Harmattan). Uma viagem interior,uma ida e volta, que nos conduz sin-gularmente, através das de Lisboa aBruxelas e a Paris. O tema constituiuma verdadeira deambulação euro-peia, uma especial procura de iden-tidade. A descrição de cada passo éassim acompanhada pela reflexão in-telectual e, sobretudo, pela dimensãoafetiva que daí resulta.

Por Clara Teixeira

lusojornal.com

Pedro Cantinho Pereira conta a históriados “Malgré nous” na Alsace

Publicado em finais de 2013 em Por-tugal, “A Sombra da Guerra - A Histó-ria de Paul Freundlich” de PedroCantinho Pereira, tem agora a sua tra-dução em francês nas edições L’Har-mattan: “Un ‘Malgré nous’ dansl’engrenage nazi - les sacrifiés de l’his-toire”.O livro constitui uma homenagem aopovo alsaciano incorporado à força noexército alemão durante a II GuerraMundial, os “Malgré nous”. O autorportuguês baseou-se na história verí-dica de Paul Freundlich, cuja vidaficou traumatizada.A Segunda Guerra Mundial vai defacto mudar a vida do jovem alsacianoPaul, arrastando-o para um ciclonevermelho de sangue e sofrimento. Umcenário onde milhões de soldados anó-nimos se esfumaram em cinzas, le-vando com eles sofrimentosincomensuráveis e inconfessáveis, eonde os agressores, quantas vezes, setransformaram em vítimas dos seuspróprios atos, impelidos pelas circuns-tâncias, pelo instinto de sobrevivênciaou, simplesmente, por obscuras pul-sões primárias.“Após um encontro com Paul em Por-tugal, no Algarve, através de um amigoque tínhamos em comum, transformo-me igualmente em sujeito dessamesma catarse. Na realidade quandoo encontrei ele emocionou-se muitocontando alguns períodos da sua vidaque o perturbaram profundamente atéhoje”, começa por explicar ao LusoJor-nal Pedro Cantinho Pereira. O autorestabeleceu um paralelismo com osPortugueses na Guerra Colonial. “Evo-

quei ao mesmo tempo os milhares dejovens Portugueses que foram para oUltramar combater contra a sua von-tade. Eu tive a sorte de escapar àGuerra Colonial. Pergunto-me a mimpróprio o que teria sido de mim se ti-vesse ido? Qual seria o impacto daGuerra em mim e na minha vida”? Aorelatar a história de Paul, o autor re-flete sobre o seu próprio passado, asua não-guerra e o destino dos ho-

mens.Pedro Cantinho Pereira veio paraFrança em 1975, onde trabalhoucomo professor de português e estu-dou na Universidade de Strasbourg,tendo concluído cursos superiores emEstudos Franceses, Sociologia, Estu-dos Europeus e um DEA em Históriada Integração Europeia. Entre 1989 e1993 trabalhou no serviço de ensinoda Embaixada de Portugal em Paris,

tendo depois regressado a Portugal,para ser professor em Portimão eLagos. Em 2002, doutorou-se em His-tória pela Universidade de Paris I(Panthéon-Sorbonne). “Tenho uma re-lação forte com a França, foi um paísonde vivi muitos anos e onde vou re-gularmente e com o qual me identi-fico”, declara ao LusoJornal.Pedro Cantinho Pereira conta com vá-rios textos, em diversas publicações,relacionados com a identidade euro-peia, a adesão de Portugal à Comuni-dade Europeia, o Plano Marshall, oTratado de Londres, entre outros.As memórias indeléveis da guerra, gra-vadas no âmago do ser, teimam emmanifestar-se nos momentos mais im-prováveis. Os Alsacianos chamados naépoca de ‘Malgré nous’ não tinhamoutra opção do que a de aceitar ircombater do lado alemão, senão cor-riam o risco de serem fuzilados ou depôr as famílias em perigo. “Eles nãose sentiam alemães e sabiam quecombatiam do lado errado”, refere. Oautor concluiu admitindo que quandovivia em França “senti que esta ques-tão do povo alsaciano que oscilouentre o domínio francês e o alemão,ainda é uma questão latente, poucoabordada, como se de certa forma in-comodasse os Franceses”.Segundo o autor, Paul Freundlich jácom 92 anos, aguardava ansiosa-mente esta publicação em francês,tradução esta feita pelo próprio escritorportuguês. Quem sabe se uma tradu-ção em inglês ou em alemão poderávir a ser publicada brevemente?No mês de junho o autor estará pre-sente na Alsace para apresentar asua obra.

Autor publica tradução para francês do seu livro

Por Clara Teixeira

«Le voyageur»: le nouveau roman d’Olivier Mendes«Le voyageur», le nouveau romand’Olivier Mendes vient d’être publiédébut avril, chez Next Indé. Un romand’initiation et d’apprentissage, richeen péripéties. Embarquez dans cetteaventure au style vif et captivant quitient en haleine de la première jusqu’àla dernière page! Des descriptions ba-roques, une ambiance lugubre et unsombre présage, le 1er novembre1755, date à laquelle un mémorableséisme, suivi d’un tsunami et d’incen-dies, détruit toute la ville de Lisboa.Pourtant Tony refuse de quitter sonvillage natal pour la grande capitale.Or c’est dans sa nouvelle demeure,ouverte sur l’océan Atlantique, que deterribles secrets, des personnagesd’ailleurs et d’autrefois et des aven-tures des plus fantastiques l’atten-dent. Un autre monde ouvre sesportails pour le précipiter sur les che-mins inconnus d’une lutte sans mercientre le bien et le mal. Où le mènent-ils? Qui sont ceux qui s’emparent desa vie, lui deviennent chers, agrandis-sent sa famille? Sera-t-il trahi? Et lessecrets gardés lui seront-ils un jour ré-vélés?

Olivier Mendes réussit à nous menersur des sentiers autrement inexplora-bles d’une main de maître, nous plon-geant dans le passé de celui qui a misun terme à ses pérégrinations et àceux du jeune héros arrivé à destina-tion. Deux hommes, deux destins. Lepassé contre l’avenir. L’amour sincèreface à la haine et à la ruse...

Il y a un an, Olivier Mendes avait écritson premier roman policier, «L’Etoiledu São Gabriel», une surprenanteaventure au cœur du Portugal. «Etantun grand amateur de livres policiers jem’étais lancé dans ce genre-là, maisfinalement le genre romanesque etfantastique me convient encore plus»,déclare-t-il au LusoJornal.

Six mois ont été nécessaires pourécrire ce roman après avoir aban-donné un autre déjà commencé.L’auteur d’origine portugaise espèreséduire plus facilement les lecteursavec ce livre, «le premier s’est vendudifficilement, quand on n’est pasconnu, les temps sont difficiles», re-connait-il. Mais sa persévérance et saprésence au Salon du Livre à Paris età Bruxelles l’an dernier, l’ont amené àrencontrer beaucoup de lecteurs et àse faire connaître plus rapidement.Né en 1974, Olivier Mendes est à lafois professionnel de l’informatique etauteur romancier. Il jongle entre sesdeux visages. Au quotidien, il exercele métier de chef de projet multimédiaet profite de son temps libre pourécrire des nouvelles et des romans,mais aussi des articles pour la pressespécialisée informatique. «Écrire agitsur moi comme un antidote qui soignele stress d’un métier parfois trop exi-geant».En vente depuis le 4 avril sur Amazonen version numérique et papier il serasur le réseau de ventes à partir dumois de mai prochain.

http://.oliviermendes.fr

Par Clara Teixeira

Pedro Cantinho Pereira, autorDR

le 08 avril 2015

Olivier Mendes, auteurDR

Todas as semanas, estamos ao seu lado

Cultura 11

Un livre pour découvrir Fernando Pessoa

Michel Chandeigne a présenté jeudidernier, le 2 avril, a Consulat Géné-ral du Portugal à Paris, le livre«JE(UX)», une petite anthologie deFernando Pessoa illustrée par Ghis-laine Herbéra. L’illustratrice étaitégalement présente, ainsi que l’édi-teur Michel Chandeigne, qui a faitdes lectures (en français) avec JoanaGomes (en portugais).Pedro Lourtie, le Consul Général duPortugal, qui a fait l’introduction dela session, a profité pour remercierMichel Chandeigne «pour tout ceque vous faites pour la culture por-tugaise et pour la culture lusophoneen général». Michel Chandeigne estéditeur, mais il est également le pro-priétaire de la Librairie portugaise etbrésilienne de Paris.Fernando Pessoa est l’auteur portu-gais le plus connu en France et,selon Michel Chandeigne, certaine-ment le plus vendu. «Le Livre del’intranquilité a dépassé les100.000 exemplaires vendus enFrance, ce qui est un chiffre vertigi-neux».«Sa poésie est aussi très connue,puisqu’il est le seul poète européen,non Français, du XXème siècle quiait intégré la collection La Pleiade,qui a déjà vendu 11.000 exem-plaires de cette ouvrage. C’est l’édi-tion la plus complète au monde de

Fernando Pessoa. Même au Portugalil n’y a pas une collection aussi com-plète. De reste, la France a fait unaccueil très particulier à FernandoPessoa et si on regarde parmis les387 traductions disponibles actuel-lement en France de littérature por-tugaise, plus d’une cinquantaine cesont des œuvres de Fernando Pes-soa» explique l’éditeur.Michel Chandeigne a dit que «celafait longtemps que nous voulionspublier un livre de Fernando Pes-soa». Il a, lui-même, participé auxtraductions chez Christian Bour-

geois, entre 1986 et 1990. «Nousaurions pu publier quelques petitstextes, mais nous avons conclu quecela ne servait pas l’œuvre de Pes-soa». Il a tout de même fait une ex-ception pour une série de courtsmétrages que Fernando Pessoa aécrit pour le cinéma et qui ont étéédités aux éditions Chandeigne.L’éditeur justifie ce livre car les deuxbiographies de Fernando Pessoa enfrançais, sont toutes les deux épui-sées. «Quand un client vient à la li-brairie et nous dit qu’il souhaitedécouvrir l’œuvre de Fernando Pes-

soa, et nous demande par où com-mencer, le problème c’est que Pes-soa a plusieurs buts, et qu’ils sonttous aussi intéressants les uns queles autres. Mais il n’y avait pas depetit livre qui aborde l’ensemble dela vie et de l’œuvre de Pessoa defaçon accessible». C’est donc chosefaite.Et pourquoi ce titre, entre le Je et leJeux? «Chez Pessoa, on a parfoisl’impression d’une prose, d’une poé-sie, métaphysique, assez triste, mar-quée par des problématiques assezlourdes,… Mais pas du tout. Ce qui

m’a toujours frappé chez FernandoPessoa, c’est son humour, son sensde l’humour constant. Et il le dit: ‘Opoeta é um fingidor’. Si on ne com-prend pas cet humour de Pessoa, onpasse à côté de toute une partie deson œuvre» explique Michel Chan-deigne.Joana Gomes, qui a fait un Mémoiresur l’ironie et l’humour de FernandoPessoa rajoute que «tout le mondede mon entourage avait une idéeassez lourde de Fernando Pessoa,mais moi, depuis toute petite, jem’amusais toujours en le lisant,même avec mes amis, on trouvait çadrôle. J’aime bien ses jeux qui fontqu’il prenne toujours une distancepar rapport à ce qu’il écrit». JoanaGomes cite d’ailleurs l’auteur quandil a écrit: «je n’ai jamais été sérieux,je ne fais que rigoler».«JE(UX)» est une édition bilinguepour tous ceux qui veulent découvrirFernando Pessoa. «Il s’adresse toutparticulièrement à tous les bi-lingues, aux enfants des couplesmixes - en librairie, c’est une partietrès importante de nos clients - auxgens qui sont entre deux cultures.Ce livre répond donc à toute une so-ciologie franco-portugaise» expliqueMichel Chandeigne. Mais c’est aussiune belle idée de cadeau. Pour lesFrançais qui ne connaissent pas en-core Pessoa, mais également pourles Portugais du Portugal.

Michel Chandeigne a présenté “JE(UX)” au Consulat du Portugal

Par Mário Cantarinha

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LusoJornal / Mário Cantarinha

le 08 avril 2015

12 Cultura

lusojornal.com

“Changer de Vie” vai ser exibido em Paris

O documentário “Mudar de Vida - avida e a obra de José Mário Branco”vai ser exibido em Paris por ocasiãodas comemorações do 25 de Abril de1974. Esta longa metragem realizadapor Pedro Fidalgo e Nelson Guerreiroretrata a história do cantor, compositore poeta da Revolução, para quem “acantiga é uma arma”. Um filme de ho-menagem a um dos homens e vozesde Abril, com imagens e textos inédi-tos da época e um olhar retrospetivo eatual ao mesmo tempo.José Mário Branco cedo conheceu atortura e prisão por se opor ao regimede Salazar. Em 1963 foge da guerracolonial e da polícia política e exila-seem França onde cresce como uma dasmaiores vozes de intervenção contra oregime. As suas canções circulavamclandestinamente entre as mãos dosestudantes e militantes em Portugal,tal como as de Zeca Afonso com quemcolaborou imensamente.O filme “Changer de Vie”, original emportuguês mas legendado em francês,vai ocupar os écrans do cinema LaClef, 34 rue Daubenton, em Paris 5, apartir das 20h00, no próximo dia 24de abril. Um documentário reconhe-cido e premiado já que integrou a se-leção oficial de vários festivais decinema independente como o Indie-Lisboa e o Festival de Cinema Luso-Brasileiro, mas também o Festival

MuviLisboa (onde ganhou o prémio dopúblico e o grande prémio do CanalQ). A entrada tem um custo de 6,50€e depois da exibição do filme segue-se um debate na presença de um dosrealizadores, Pedro Fidalgo.A exibição de “Changer de Vie” emParis insere-se no programa de um fimde semana organizado pela associaçãoMemória Viva em homenagem aos ho-mens que deixaram Portugal no tempodo salazarismo. Nesta época mais de100.000 jovens deixaram o país embusca de melhores condições de vida,fugindo da perseguição da PIDE e deuma ida para a guerra em Angola, Mo-

çambique ou na Guiné-Bissau. Al-guns, os politicamente mais ativos, re-gressaram a Portugal depois daRevolução tendo desempenhado umpapel histórico fundamental nos tem-pos do PREC. Este fim de semana de“Homenagem aos Desertores” pre-tende assim falar destes homens sobreos quais muita coisa ainda está por do-cumentar.Assim, no dia 25 de abril, sábado, estáigualmente prevista a projeção deduas curtas metragens de José Vieirasobre a emigração no tempo da guerracolonial. “Les chants du déserteurs” e“Un aller simple” serão exibidos às

18h00 na Casa Poblano, na rue Lavoi-sier, em Montreuil (metro Robes-pierre). Segue-se depois um debate às19h00 moderado pelo historiador Vic-tor Pereira, com a participação do rea-lizador e de outros intervenientes. Aentrada é gratuita e a noite terminacom um jantar de convívio organizadopela associação (18 euros por pessoa)e para o qual a inscrição é obrigatória.Saiba mais sobre o programa das co-memorações organizadas pela Asso-ciação Memória Viva nas redes sociaisou em:

http://memoria-viva.fr/

Um documentário sobre a vida e a obra de José Mário Branco

Por Ana Catarina Alberto

«Saramago et l’Alentejo: entre réalité et fiction»

Une vraie table ronde sur le livre«Saramago et l’Alentejo: entre réa-lité et fiction» de Maria GracieteBesse, a eu lieu au Lusofolie’s, àParis, où bon nombre d’intervenantsissus de plusieurs horizons - ensei-gnement, vie associative, politique,arts, etc. - a pu échanger sur le livreécrit à partir de deux ouvrages deJosé Saramago: “Relevé de terre” et“Pérégrinations portugaises”.Accompagnant Maria GracieteBesse, qui occupe la Chaire de Por-tugais à la Sorbonne, auteur de celivre et de beaucoup d’autres de cri-tiques littéraires, ainsi que plusieurs

ouvrages de poésie et fiction, étaitAnny Romand, très connue artisteinterprète de cinéma, théâtre, télé-vision, qui connaissant très bienJosé Saramago (entre autres auteursportugais) avec qui elle a travaillé,nous a fait une très belle présenta-tion.Cet après midi littéraire à l’espaceLusofolie’s plein à craquer, où JoãoHeitor, maître des lieux, a assuréson traditionnel accueil sympa-thique et complice, nous a donnéune vraie occasion d’écouter et dedonner nos impressions, participantainsi dans la grande marche qui estla divulgation de la culture portu-gaise en langue française.

Par Maria Fernanda Pinto

Un mois d’avril culturel à Bordeaux

Diverses activités culturelles ont lieuau mois d’avril à Bordeaux, organi-sées par le Lectorat de Portugais Ca-mões de l’Université BordeauxMontaigne.Après avoir démarré le 1er avril avecl’atelier de lecture de romans «hypercontemporains», rendez-vous le 14avril à l’Institut Cervantes, de 14h00à 16h00, où une table ronde sur «Lesavant-gardes au Portugal, de la Frag-mentation des formes à la Multiplicitédes langages» sera tenue par AnaMaria Binet, professeur des Universi-

tés. Un peu plus tard, à 18h00, cesera au tour du Musée d’Aquitained’accueillir la Conférence animée tou-jours par Ana Maria Binet, «CalousteGulbenkian: une sucess story armé-nienne». Calouste Sarkis Gulbenkianest né à Scutari en 1869 au seind’une famille arménienne et est mortà Lisboa en juillet 1995. Sa vie estun vrai roman où il a joué plusieurspersonnages devenant très riche sur-tout grâce au pétrole et laissant sa for-tune à une fondation, dont le siègeest à Lisboa, ville où il s’installa en1942 et jusqu’à la fin de la guerre.Le lendemain, le 15 avril, de 13h30

à 15h30, sera organisé un atelier delecture avec Cécile Jacquey, docto-rante en études lusophones sur «Larencontre entre mondes occidental etamérindien dans les romans ‘NoveNoites’ de Bernardo Carvalho et ‘Ha-bitante Irreal’ de Paulo Scott’». Cesrencontres bimensuelles entre mem-bres du GIRLUFI et étudiants autourde la littérature hyper contemporainede langue portugaise se veulent unespace d’échanges sur les romanspubliés à partir de 2000 en Afriquelusophone, au Portugal et au Brésil.Le samedi 18 avril, en partenariatavec l’Association Sol de Portugal et

dans le cadre de la 22ème édition de«Portugal d’Avril», ce sera à Pessacque l’atelier culinaire aura lieu «EntreSaveurs et Savoirs» avec Maria AnaVaz de Almada. Confiserie Monasti-que Portugaise (produits uniquementa base d’oeuf): «Doce de ovos», «Fiosde ovos», «Papos de Anjo». L’impor-tance de la confiserie au Portugal estcertainement due aux couvents etmonastères qui se sont répandusdans tout le pays.Finalement, le 25 avril, la commémo-ration historique se réalisera avec unepublication vidéo sur le réseau socialdu Lectorat de Portugais.

Par Clara Teixeira

le 08 avril 2015

“Olga”, de Fernando Morais

« C e t t eh i s t o i r eme fas-cine etme tour-m e n t ed e p u i smon ado-lescence,du tempsoù j’en-t e n d a i s

mon père parler de Filinto Müllercomme de l’homme qui avait fait‘cadeau’ à Hitler de la femme deLuis Carlos Prestes, Olga, juivecommuniste, alors enceinte desept mois», écrit Fernando Moraisen introduction de son récit.Publié au Brésil en 1985, sous letitre «Olga. A vida de Olga BenarioPrestes», où il eut un grand suc-cès, puis au Portugal en 1991, ettraduit en français également en1991, le titre complet de ce livrequi vient de sortir aux éditionsChandeigne est «Olga. Allemande,juive, révolutionnaire. Berlin, Mos-cou, Rio de Janeiro, Ravens-brück» (traduction d’AntoineAlbuca, revue, préfacée et anno-tée par Gérard Siary).Née en 1908 à Munich, Olga Be-nario rejoint très tôt les JeunessesCommunistes. À 20 ans, à Berlin,elle défraie la chronique en orga-nisant l’évasion de son camaradeet amant Otto Braun, en plein tri-bunal. Ils se réfugient à Moscou,où, après une formation politiqueet militaire, Olga se voit chargéed’escorter au Brésil le leader com-muniste Luis Carlos Prestes (le«Chevalier de l’Espérance») afinde faire tomber la dictature de Var-gas. Olga Benario épousera LuisCarlos Prestes. Mais la tentative derenverser le régime (l’«Intentonacomunista») échoue et conduitOlga en prison, où elle apprendqu’elle est enceinte. Malgré l’inter-diction de déportation, elle est li-vrée par le Gouvernementbrésilien à la Gestapo qui la mèneà Ravensbrück, puis à Bernburg,où elle est gazée.Fernando Morais est né dans leMinas Gerais, en 1946. Journa-liste depuis 1961, il a travaillé pourde nombreux journaux brésiliens.Dans les années 1980-90 il aexercé des responsabilités poli-tiques dans l’État de São Paulo. Ilest l’auteur de plusieurs docu-mentaires, dont «Cinco dias queabalaram o Brasil», sur le suicidedu Président brésilien Getúlio Var-gas et d’une biographie de PauloCoelho. Publié dans plus de vingtpays, le livre «Olga» fut adapté aucinéma en 2004 par Jayme Mon-jardim.

Um livro por semana

DominiqueStoenesco

Un livre par semaine

José Mário BrancoLusa / Manuel de Almeida

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Cultura

emsíntese

«Ausência» deChico Teixeira areçu le «GrandPrix Coup deCœur» du Festival Cinélatino deToulouse

Le Festival Cinélatino, 27ème Ren-contres de Toulouse, qui s’est déroulédu 19 au 29 mars vient de révéler laliste des Prix. 12 Longs-Métrages iné-dits en France et dix court-métrageconcouraient cette année.Dans la Compétition Fiction, le«Grand Prix Coup de Cœur», a été at-tribué à «Ausência» de Chico Teixeira(Brésil), «À 14 ans, Serginho se doitd’être l’énergie vitale du foyer familialquitté par son père et délaissé parune mère déprimée. Alors qu’il n’apas encore vécu son adolescence etdans un contexte socio-économiquedifficile, il doit, seul, assumer des res-ponsabilités d’adulte». Chico Teixeira,économiste de formation, débute à latélévision. Devenu documentariste in-dépendant il a réalisé plusieurs courtset un long-métrage.Dans la compétition Court-Métrage, le«Prix Signis» a été emporté par la fic-tion «João Heleno dos Brito» de NecoTabosa (2014), «un western feijoada.Un hommage déjanté à Lennon».La réalisation de la Brésilienne LetíciaSimões, «Tout sera de la couleur quetu préfères» a obtenu le «Prix Docu-mentaire». «Avec Rodrigo de SouzaLeão, ça déméninge. Mort en 2009,le poète fut aussi peintre et musicien,défricheur de musique et vidéo élec-troniques. Il vécut dans l’entremêle-ment de son art et de sa maladie». Lajeune cinéaste signe-là son secondLong-Métrage documentaire.Les Rencontres ont été créées par uncollectif d’associations de solidaritéavec l’Amérique Latine. En 1991, lecollectif décide de créer un orga-nisme s’occupant spécifiquement ducinéma, l’ARCALT - Association desRencontres Cinémas d'Amérique La-tine de Toulouse - son objectif étantd’aider et de défendre les cinémasd’Amérique Latine: mieux les faireconnaître, diffuser et distribuer enFrance. Les Rencontres sont deve-nues un lieu de débat, d’échange etde découverte.

Par Clara Teixeira

Semaine du cinéma lusophone a animéNice, Cannes, Grasse et Mouans-Sartoux

Dans le cadre des rencontres descultures de langue portugaise, 4salles de Cinéma classées d’art etessai - celles du Mercury à Nice,MJC à Cannes, Le Studio à Grasseet La Strada à Mouans-Sartoux -ont accueilli du 25 au 31 mars la17ème Semaine du Cinéma Lusop-hone.Organisée par l’Espace de Commu-nication Lusophone, sous la direc-tion de son Président Pedro daNóbrega, son fondateur et vice-Pré-sident João da Fonseca, l’associa-tion Casa di Cabo Verde etl’association Festival TransMéditer-ranée, cette manifestation a offertà un public averti et ravi, la décou-verte de 7 films longs-métragesdenses, accessibles, aux talentsconfirmés ou prometteurs, et auxqualités artistiques sûres.L’ouverture de ce Festival sanscompétition s’est faite au CollègeInternational Joseph Vernier deNice, qui abrite la Section Interna-tionale de Portugais de Nice, avecle Lycée du Parc Impérial. Lesgroupes Rancho folklorique deSaint Laurent-du-Var et d’Antibes,de Batuque et de Funana de laCasa di Cabo Verde, assurèrentl’ambiance colorée et musicale dece lancement.Le Brésil, l’Angola et le Portugalont l’avantage de présenter plus ai-sément leurs films à l’étrangerparce que pouvant assurer finan-cièrement leurs sous-titrages. LeMozambique, la Guinée-Bissau, leTimor, les îles de São Tomé e Prín-cipe et dans une moindre mesurele Cap Vert éprouvent beaucoupplus de difficultés à diffuser leursréalisations cinématographiques enversion originale seule.Le Brésil donc, avec un film d’ani-

mation «Le Garçon et le Monde»(«O Menino e Mundo») réalisé parAlê Abreu, sur l’histoire d’un petitgarçon qui, partant à la recherchede son père, quitte son village etdécouvre un monde fantastiqueanimé par des animaux-machineset des êtres étranges. Graphismeaérien, coloré, épuré, structurétransportant le spectateur dans larêverie et l’imaginaire de l’enfant.Puis «Fleurs Rares» («FloresRaras») de Bruno Barreto, sur l’his-toire fabuleuse d’amour entre lapoétesse américaine Elizabeth Bis-hop et l’architecte-designer brési-lienne Lota de Macedo Soares.Dans un Rio des années 1950, trèsavant-gardiste sur les plans littérai-res, urbanistiques, et dans un cer-cle très restreint sur le planrelationnel et tant qu’il n’est pastrop affiché, homosexuel. Décors,dialogues, costumes, coiffures,maquillages du film tout à fait enphase de ces années-là. Sans ou-blier des séquences sur le Parc Fla-mengo et ses éclairages de lune.Un registre tout autre «Hautes Ter-res» de Marie-Pierre Brêtas, jour-naliste, mariée à l’artiste-peintrebrésilien Marcos Brêtas, réalisateurde l’affiche du film. Ce documen-taire, tourné dans le Nordeste duBrésil en 5 étapes, sur une périodede 4 ans, porte à l’écran la vie dif-ficile, audacieuse, courageuse etdéterminée des paysans luttantpour leurs droits à cultiver des ter-res pas encore à eux et pour leurpropre survie. De l’apprentissagede l’auto-gérance avec l’aide duMST - Mouvement des Sans-Terres- où les femmes discutent, déci-dent et les hommes sous les effortsphysiques intenses et répétés, ten-tent d’arracher à la terre aride dequoi nourrir leurs familles. En at-tendant des aides financières de

l’Etat, qui tardent à venir malgréles promesses des Politiques.Puis «São Bernardo» de Léon Hirs-zman, réalisé en 1972 en 35 mmmais transcrit sous forme numéri-que. Redécouvert en projection àNantes en 2012, cette histoirebelle quant aux prises de vue épu-rées et dure quant au fond du récit,retrace la vie d’un ancien ouvrieragricole qui, suite à des tractationsmalhonnêtes, acquiert les terressur lesquelles il avait autrefois tra-vaillé. Tout en poursuivant et main-tenant la corruption, lesmaltraitances et sous-payant sesouvriers. Marié à Madalena, plusinstruite que lui, Paulo Honório nesupportera pas ses idées de justiceet d’émancipation. Film adapté duroman de Graciliano Ramos. Un in-tervenant de choix à l’issue de laprojection à Mouans Sartoux: l’an-cien Directeur du Département dePortugais de la Faculté des Lettresde Nice, Carlos Maciel. Ont étéclairement et simplement expriméspar lui, des pans sociaux, histori-ques, cinématographiques et poli-tiques du Brésil autour des années1930.L’Angola ensuite, avec un docu-mentaire poignant, tourné parDulce Fernandes, «Lettres d’An-gola» («Cartas de Angola»). La réa-lisatrice portugaise née en Angola,s’interroge sur son identité suiteaux découvertes de lettres en-voyées à leurs familles de volontai-res cubains partis en Afrique aiderun pays frère et défendre sa nou-velle indépendance.Difficile pour elle de leur arracherdes mots, des souvenirs qui nes’étalent pas. Alors que le regardbrûle de parler. Leurs histoiresmarquant le début de la fin del’apartheid.Enfin deux films portugais. Le pre-

mier «Le Diable a pétri» («O pãoque a Diabo amassou») de JoséVieira. Adsamo est un village qui vadisparaître. Perdus là-haut dans lamontagne quelque part dans le sudde l’Europe, ses derniers habitantsont lutté contre la misère de cemonde rural en refusant le salariatet l’asservissement, pour restermaîtres de leur journée de travail,de la liberté d’organisation de leursvies.Et le clou de ce Festival reste «laVengeance d’une Femme» («A Vin-gança de uma Mulher») réalisé parRita Azevedo Gomes et surtout in-terprété magnifiquement par RitaDurão, sans occulter le talent desautres personnages du film. 16 an-nées de réflexions pour que mû-risse un tel projet entre lespremières lectures sur une plagedes «Diaboliques de Barbey d’Au-revilly» et l’aboutissement cinéma-tographique de ses interprétations.Entièrement tournées en studio,ces mises en scènes inspirées duthéâtre tragique, sont impeccablesde justesse, de répliques traduitesou imaginées dans le ton du récit,sans oublier les éclairages intimis-tes. Avec, heureusement, un pas-sage éclair de dureté sur certainesséquences indispensables à lacompréhension de la Vengeance dela duchesse d’Arcos de Sierra-Leone à bafouer l’orgueil et l’hon-neur de son époux meurtrier«grand d’Espagne à plusieurs gran-desses». En se livrant à une prosti-tution effrénée.Trois réalisatrices invitées s’étaientdéplacées pour, pas seulement pré-senter leurs films, mais prolongeravec des mots, leurs mots, les ki-lomètres de pellicule. Ce qui mon-tre bien, que le dernier coup demanivelle donné, il reste encoretant à dire.

Festival organisé par l’Espace de communication lusophone

Par Gracianne Bancon

João da Fonseca avec deux des realisatricesLusoJornal / Gracianne Bancon

Pedro da Nóbrega avec une des realisatricesLusoJornal / Gracianne Bancon

le 08 avril 2015

14 Cultura

emsíntese

José Alberto Reiscomemora o 25de Abril em BlancMesnil

Na sexta-feira 24 de abril, às20h00, vai ter lugar no Théâtre 9,no Blanc Mesnil, um concerto quemarca mais um aniversário da Re-volução dos Cravos.O espetáculo começa às 20h00com a intervenção do humoristaJosé Cruz e continua depois comJosé Alberto Reis e os seus músi-cos.José Alberto Reis promete cantaralguns dos temas que marcaram asua carreira de “cantor romântico”como por exemplo “Amo-te”, “Se-tembro”, “Perdoa-me”... assimcomo três temas inéditos em fran-cês.O evento tem iniciativa em Karinedo Nascimento, uma Portuguesaque integra a equipa técnica desteteatro municipal de Blanc Mesnil.“O Maire UMP Thierry Meignen eo vereador com o pelouro da cul-tura, Karim Boumedjane, aderiramde imediato ao projeto” explica Ka-rine do Nascimento ao LusoJornal.Théâtre 9, 1-5 place de la libéra-tion, Le Blanc Mesnil (93).

Renata Rosacanta no MuséeQuai Branly

A cantora brasileira Renata Rosacanta no próximo domingo, dia 12de abril, no Musée Quai Branly emParis e depois regressa a Françadurante todo o mês de julho parauma digressão que passa por vá-rias cidades e vários festivais deverão.Custa definir Renata Rosa. É can-tora, compositora, rabequeira eatriz, estudou Letras e Fonoaudio-logia na Universidade de S. Pauloe Música com habilitação emCanto na Universidade Livre deMúsica Tom Jobim também emSão Paulo.Uma das mais premiadas cantorasinternacionalmente - recebeu oChoc de l’Année 2004, maior Pré-mio dado à Música do Mundo,pelo Le Monde de la Musique,pelo seu primeiro CD “Zunido daMata” e o Prémio da Música Bra-sileira 2009 como Melhor CantoraRegional pelo seu segundo CD“Manto dos Sonhos”.Desde 2003, Renata Rosa já seapresentou em mais de 180 cenasna Europa, de Festivais de Músicado Mundo à importantes cenas deJazz, com destaque para o Museudo Louvre, Théâtre des Bouffes duNord e Théâtre de la Ville (Paris),e os Festivais Jazz a Nancy ouJazz sur les Pommiers, emFrança.

lusojornal.com

Nice: Carlos Lopes chante pour oublier...

A l’occasion de la 17ème Semaine duCinéma Lusophone, pour illustrer lapartie musicale, était invité le Capver-dien Carlos Lopes et ses musiciens àse produire le samedi 28 mars à l’au-ditorium, assez intimiste, de la Média-thèque Louis Nucera de Nice (06).Avec la complicité de son bassiste ar-rangeur Matthieu Eskenazi, CarlosLopes vient d’enregistrer son premieralbum à Paris intitulé «Kanta passkece» (Chanter pour oublier). Il pré-voit de le sortir d’ici le mois de sep-tembre. Il s’agit d’un mélange demusiques traditionnelles capver-diennes et de soul.Originaire de l’île de Santiago, au CapVert, plus précisément du village PicoBurmedju, Carlos a aujourd’hui toutjuste 30 ans. Très entouré dans sa pe-tite enfance par ses deux grand-mèressurnommées «mama», il commenceà chanter dès l’âge de 7 ans en fre-donnant des chansons entendues à laradio, écoutant des vinyles de reggaeque ses oncles lui ramenaient d’Eu-rope. Puis arrivé en France à 10 ans,

il découvre la soul musique noireaméricaine à travers Otis Redding,Marvin Gaye, etc…A 16 ans, il prend ses premiers coursde chant lyrique, en cours particulier,puis entre au Conservatoire de Nicepour travailler les musiques actuelles,le chant lyrique et le jazz, tout en s’ini-tiant au piano-jazz.La prestation de presque deux heuresdonnée ce jour-là à Nice a chauffé lasalle remplie de mélomanes et de cu-

rieux de ce genre musical.Sur scène, à la guitare Rodrigo Viano,à la basse et directeur musical Mat-thieu Eskenazi, à la batterie CédricLedonne et l’invité du jour, Jean-LucDanna. Cela fait deux ans qu’ils seproduisent régulièrement dans dessalles parisiennes.Dans sa musique, Carlos Lopes s’ins-pire des rythmes dits traditionnelscomme le batuko, la morna et le fu-nana qui laissent une large place aux

danses entraînantes et rythméescréoles. «Chaque chanson est pourmoi une manière de voyager dansmon enfance. Je suis toujours en trainde faire le lien entre ce que j’ai vécuau Cap Vert enfant, et ce que je vis au-jourd’hui et ce que j’aimerais vivre de-main» explique le chanteur. «Dans lalangue imaginaire dans laquelle jem’exprime parfois, j’ai l’impressiond’avoir un lien direct avec mes ancê-tres. Il s’agit d’une langue basée surdes sentiments, des émotions teintéespar des mélodies».Mais le créole est sa langue mater-nelle. «J’aime lui donner une formemoderne, tout en utilisant un vocabu-laire ancestral qui tend à disparaitreaujourd’hui».«Dans mes chansons je parle essen-tiellement de l’amour, du doute, de lanostalgie, de la politique, des slamsque j’aime bien intégrer au milieud’une chanson...» dit Carlos Lopes auLusoJornal. «J’aime sublimer, rendreles choses belles. Je veux rêver et fairerêver les autres, alors je vous donnerendez-vous peut être aujourd’hui oudemain, ici ou ailleurs».

Dans le cadre de la Semaine du Cinéma Lusophone

Par Gracianne Bancon

“Quero ser feliz” é o novo single de Johnny

Depois do sucesso do seu primeiroálbum “A minha história”, o cantorromântico Johnny volta com doisnovos singles. “Quero ser feliz” e“Volta” são as duas novas canções doartista que abrem a porta para o lan-çamento de um novo disco de origi-nais, previsto para finais deste ano.A canção “Quero ser feliz”, que já sepode ouvir na internet e nas rádios, éum tema ritmado e alegre com umestilo ligeiramente diferente do queconhecíamos do seu primeiro traba-lho. Em conversa com o LusoJornal,Johnny conta que o seu “primeirodisco era baseado numa história quetinha vivido e cada canção era quasecomo um capítulo dessa história.

Este novo álbum vai ser diferente,com canções mais “mexidas”, masmantendo sempre o lado romântico.O segundo single que está prestes asair, “Volta” é, por isso mesmo, uma

balada romântica.Artista por inteiro, compositor, letristae intérprete, Johnny quer alcançarum novo nível com o lançamento dosegundo disco: “Neste trabalho ha-

verá canções românticas mas tam-bém canções que falam de outros as-suntos, de seguir o que querermos ede lutarmos pela nossa vida”.O seu maior objetivo é poder conti-nuar sempre a fazer música. “Talvezdaqui a dez anos gostasse de sermais reconhecido e de ‘ter algumnome’, mas se não for não é grave. Apartir do momento em que possafazer música, isso é o mais impor-tante para mim!”, contou ao LusoJor-nal.Em relação a concertos, Johnnyconta que está “à espera de algumasconfirmações” mas há datas previs-tas para Portugal, França, Bélgica eLuxemburgo. Entretanto, o seu pri-meiro disco pode ser adquirido naslojas Fnac em Portugal.

O cantor vai editar o seu segundo álbum ainda este ano

Por Ana Catarina Alberto

Manuel Campos: Um Português em Festa

Manuel Campos acaba de editar o seuterceiro álbum intitulado “Um Portuguêsem Festa” (EGT/Wagram Music) com13 temas, numa mistura de “ritmosquentes” de Portugal com sons eletroatuais. O álbum surge na sequência detrês singles “Chiri Ben”, “Papaya” e“Kuku Duro” que passaram bastantenas rádios não apenas em França, comotambém em Portugal.Com a saída do novo álbum, ManuelCampos lança também um novo single“Elle me dit” que é aliás o tema de aber-tura do CD e que promete ser “um doshits da primavera 2015”.Manuel Campos nasceu em Neuilly-sur-Seine, há apenas 20 anos, mas sempreguardou uma ligação muito grande comPortugal, tendo acompanhado os pais

todos os anos de férias. Com apenas 13anos de idade cantou pela primeira vezem público, mas a sua paixão pela can-ção surgiu quando, aos 7 anos de idade,descobriu Tony Carreira na televisão.Desde então, uma ideia pairava na ca-beça: encontrar o seu ídolo.Quando ganhou o concurso Tony FanTour 2009, ganhou também a oportuni-

dade de cantar com o artista, nomeada-mente na Festa franco-portuguesa dePontault-Combault, onde cantou paracerca de 30.000 pessoas ao lado deTony Carreira. “Foi um momento único,que nunca mais esquecerei. Desde pe-quenino que sonhava com esse mo-mento” conta.Em 2011, Manuel Campos lança o seu

primeiro álbum “Diz-me tudo Amor”, re-sultado de três anos de composição edi-tados pela Vidisco, em Portugal. Mas em2012 decide sobretudo impor-se emFrança.É então que lança um primeiro singlechamado “Chiri Ben”, que por sua vezintegrou uma compilação intitulada“Portugal on the floor” com dois discoseditados pela Wagram Music em julhode 2013. Os resultados foram encoraja-dores, mas curiosamente, foi em Portu-gal que o tema se impôs mais nasrádios. Pouco tempo depois, em marçode 2014, Manuel Campos lançou “Pa-paya” e dois meses depois saiu “KukuDuro (Dança)”, um tema de sucesso du-rante várias semanas, em vários países,como por exemplo o Canadá, a Coreiado Sul, a Finlândia, a Islândia, Israel,entre outros.

Por Carlos Pereira

le 08 avril 2015

LusoJornal / Gracianne Bancon

Cultura 15

Moonspell envoûte le Trabendo

Venus présenter leur nouvel album,Extinct, les portugais Moonspellétaient de retour à Paris, pour unconcert mémorable au Trabendo.Première partie intense avec les grecsSceptic Flesh, autre figure importantedans l’univers Metal.Extinct, entré directement à la pre-mière place des ventes de disques auPortugal, était largement à l’honneur,le set étant agrémenté de plusieursclassiques. Le disque se penche surl’extinction des différentes formes devie.Dans une salle comble, les retrou-vailles avec leur public parisien démar-rent sur Breathe. Le côté gothique estbien présent, le chant de Fernandorappelant celui de ses débuts, et onnote un petit côté oriental sur la mélo-die amené par des orchestrations ara-bisantes.S’ensuit le tubesque Extinct, titre épo-nyme au refrain épique et entraînant.Moonspell ne connait pas de fron-tières, et le groupe entretien un rapportde proximité avec leur vaste commu-nauté de fans. Lesquels ont apportéces derniers jours leur soutien massifau guitariste Ricardo Amorim, qui ve-nait de perdre son père. En vrai guitarhero, il a régalé le public avec le talentet la sobriété qu’on lui connaît.Pedro Paixão a délaissé sa guitare pourmieux s’occuper des claviers, tantôt

doom, tantôt avec des clins d’œil exo-tiques ce soir.La section rythmique composée dubassiste Aries et du batteur Mike Gas-par fait boom à l’intérieur de noscorps, ce dernier s’acharnant avec lafougue habituelle sur ses fûts et chauf-fant la foule en délire. Comme dirait

mon voisin de droite: «ça décolle leslip!»Le charismatique Fernando Ribeiro al-terne entre voix claire, murmures etvoix gutturale, plus solide que jamais.Une bête scène!Opium fait toujours mouche, avec lepassage en portugais du poème de

Fernando Pessoa, scandé par la foule.The Last of Us, le 1er single de l’al-bum, est déjà dans la mémoire collec-tive.Le punchy Em Nome do Medo, tou-jours aussi efficace en live, prouve quela langue de Camões se conjugue àmerveille avec cet univers.

Alma Mater est sûrement l’un desprincipaux hymnes du quintet lusita-nien. Un drapeau portugais valse fiè-rement au-dessus des têtes devant lascène. C’est donc logique qu’ils termi-nent ainsi leur set. Mais un Trabendoen crescendo en redemande.L’encore - bref et épais - démarre avecune chanson en français. Celle qui clô-ture l’album: La Baphomette. Am-biance cabaret, Fernando chante enfrançais sur un ton théâtral et bur-lesque. L’Ovni de la soirée. Et le grandfinal devait se faire sur le rassembleurFull Moon Madness: «Somos memó-rias de lobos que rasgam a pele. Lobosque foram homens e o tornarão a ser,ou talvez memórias de homens que in-sistem em não rasgar a pele. Homensque procuram ser lobos, mas que ja-mais o tornarão a ser...»Assister à un évènement de la sorte estune expérience émotionnelle et phy-sique à vivre. Certes, les codes vesti-mentaires (le noir est de mise, eyeliner,t-shirts à l’effigie du groupe, avec sou-vent des citations en portugais ou enlatin) et même comportementaux sontbien reconnaissables dans le Metal,avec ici un penchant Dark Metal. Maisle public de Moonspell est de plus enplus hétérogène, traversant déjà plu-sieurs générations.Après deux décennies, Moonspelln’est décidément pas en voie d’extinc-tion. Ce n’est qu’un recommence-ment!

Le groupe portugais est venu jouer à Paris

Par Patrick Caseiro

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Miguel Torres-Perez

le 08 avril 2015

16 Cultura

lusojornal.com

40 Personalidades portuguesas de FrançaO que eles pensam do 25 de Abril?

O fotógrafo Mário Cantarinha vai exporuma série de 40 fotografias de perso-nalidades da Comunidade portuguesade França, no Consulado Geral de Por-tugal em Paris, com textos sobre o 25de Abril de 1974. A exposição vai serinaugurada na próxima terça-feira, dia14 de abril.A ideia surgiu no ano passado e inicial-mente tratava-se de um “Dossier espe-cial” que foi publicado no LusoJornalcom textos e fotografias de 40 “perso-nalidades” da Comunidade portuguesa:20 homens e 20 mulheres. “Claro quenão podíamos escolher toda a gente,por isso fizemos uma seleção, com aequipa de redação do LusoJornal, com20 Homens e 20 Mulheres a quem pe-dimos um texto sobre o 25 de Abril de1974” explica Mário Cantarinha ao Lu-soJornal.O trabalho foi publicado na edição

n°170 (Série II) do LusoJornal, de 23de abril de 2014, 40 anos depois daRevolução dos Cravos. “Este Dossierespecial teve uma boa aceitação por-que os textos eram interessantes. Algu-mas das pessoas que convidámosviveram o 25 de Abril do interior, outrosjá nasceram depois e outros ainda vi-veram-no à distância” explica CarlosPereira, Diretor do LusoJornal. “Correutão bem que pensámos que era impor-tante que dali fosse feita uma exposi-ção, mas a oportunidade só surgiuquase um ano depois, com a cumplici-dade do Consulado Geral de Portugalem Paris”.Com efeito, aquilo que inicialmente po-deria ser apenas uma “simples” galeriade imagens com pequenas frases daspersonalidades escolhidas, acabou porse transformar num viveiro profundo detestemunhos sobre esta efeméride.

Integram a exposição o sociólogo Al-bano Cordeiro, o Presidente do ColetivoAristides de Sousa Mendes em FrançaManuel Dias, a Diretora da Casa de Por-tugal André de Gouveia Ana Paixão, aapresentadora de televisão KarineLima, as escultoras Leonor Luís e Isa-bel Meyrelles, a Presidente da Galeriade Arte Portugal Presente Maria Fer-nanda Pinto, o poeta Rogério do Carmo,as escritoras Altina Ribeiro e Alice Ma-chado, os fadistas Manuel Miranda,Shina, Conceição Guadalupe e JenyferRainho, os cantores Elena Correia eTony Gama, a fotógrafa Cristina Branco,o historiador Manuel do Nascimento, olivreiro e fundador do Lusofolie’s JoãoHeitor, as folcloristas Maria Pinto e Ju-dite da Cruz, os dirigentes associativosDeolinda Oliveira, José Cardina, JoséBatista de Matos, Mário Castilho e JoséBarros, os Deputados Marie Christine

Pires e Carlos Gonçalves, os autarcasCristina Semblano, Nathalie de Oli-veira, Hermano Sanches Ruivo e PauloMarques, os militantes políticos AldaPereira Lemaître e Aurélio Pinto, o Côn-sul honorário de Portugal José de Paiva,os jornalistas Artur Silva e Abílio Lacei-ras, os empresários Carlos Vinhas Pe-reira e Antónia Gonçalves, assim comoo Presidente da Academia do Bacalhaude Paris Carlos Ferreira.Mais do que ver a exposição deles noConsulado de Portugal, com fotografiasde Mário Cantarinha, o autor convida àleitura dos textos que cada um delesescreveu.

Exposição a partir do dia 14 de abrilConsulado Geral de Portugal em Paris6 rue Georges Berger75017 ParisMetro: Monceau ou Malhesherbes

Exposição no Consulado Geral de Portugal em Paris

Alunos da Associação de Courbevoie – La Garenne visitaram a Fundação Calouste GulbenkianA Associação Cultural Portuguesa deCourbevoie - La Garenne levou umgrupo de alunos para uma visita àFundação Calouste Gulbenkian no sá-bado passado, dia 4 de abril. JoséSousa, o Presidente da Associação so-licitou um autocarro à autarquia elevou os alunos dos cursos de portu-guês em visita ao Centro cultural do39 avenue de la Tour Maubourg, nacapital.“Tenho feito um esforço grande,desde que assumi a Presidência daassociação, para que o número dealunos inscritos aumente” disse aoLusoJornal o Presidente José Sousa.“Este ano temos muito mais alunosdo que no ano passado e já começa-mos a receber inscrições para o pró-ximo ano” garantiu.Mas José Sousa não quer apenas queos alunos aprendam português, querque tenham também “sempre que tal

seja possível” atividades extra-escola-res de enriquecimento pessoal. Daí tersurgido a ideia de visitar o Centro Cul-tural Calouste Gulbenkian. “Nenhum

dos alunos conhecia a Gulbenkian,nenhum sabia que a Gulbenkian tinhauma delegação em Paris, por isso de-cidimos vir cá com eles”.

Foi Maria-Arlette Darbord, a responsá-vel pela Biblioteca que os acolheu.“Encontramos aqui uma grande sim-patia, vieram cá propositadamente aosábado para nos acolher e para mos-trar a Gulbenkian, tivemos uma visitaguiada, foi muito bem” comentouJosé Sousa.José Sousa fez-se acompanhar pelosdois professores de português: SóniaMalveiro que é colocada pela Coorde-nação do Ensino de Português e Pa-trick Caseiro que é professor do grupode alunos adultos que aprendem por-tuguês na associação. No total foramquase 30 alunos que visitaram (“comvisita guiada”) a exposição Pliure,descobriram a Biblioteca da Gulben-kian e no fim, assistiram a uma “aula”dada pelo Jornalista Carlos Pereira,Diretor do LusoJornal, com “histórias”sobre a relação entre a França e Por-tugal.

le 08 avril 2015

Jácome Ratton,émigrant françaisau Portugal

Jacques Ratton est né en 1736 àMonêtier-les-Bains, en France. Il arejoint ses parents qui étaient partisau Portugal, à Porto, où ils avaient dela famille aussi. Il est devenu un in-dustriel luso-français du XVIII et XIXsiècles et aussi Député du Tribunalde la “Real Junta do Comércio, Agri-cultura, Fábricas e Navegação”.En 1758 il s’est marié avec Ana Isa-bel Clamouse, fille du Consul deFrance à Porto et en 1762, pendantla fameuse Guerre des Sept Ans,Jacques Ratton a demandé la natu-ralisation portugaise.Dans le cadre des politiques de l’en-couragement industriel de Pombal,en 1764, Jácome Ratton projette etcrée plusieurs usines: teinturerie,chita (tissu pas cher), papier et deuxde chapeaux à Elvas et Lisboa; enmême temps il a investi dans les sa-lines d’Alcochete et dans la planta-tion d’arbres exotiques. C’est lui quia introduit l’eucalyptus au Portugal.Et en 1789 il a crée aussi une filaturede coton à Tomar, première au Por-tugal à utiliser la nouvelle technologiede la révolution industriel: la ma-chine à vapeur.Par son énorme activité en bénéficedu royaume, en 1788 il fut aussianobli à l’instigation de son protec-teur, le Marquis de Pombal. PromuGentilhomme (Fidalgo) de la MaisonRoyale et Chevalier de l’Ordre duChrist. Il fit construire le Palácio Rat-ton qui abrite aujourd’hui, la CourConstitutionnelle et la Cour Suprêmedu Portugal.Avec le début des Invasions Napo-léoniennes, malgré son éloignementde Junot, on l’a classé de «collabo-rationniste» avec les occupants etenvoyé en prison aux Açores. Já-come Ratton, s’exile à Londresjusqu’en 1816, puis à Lisboa où ilest décédé. Il a aussi publié un pré-cieux document sur les faits vécusau Portugal de (1747-1810), ac-compagné de ses réflexions surcette époque, des renseignementspour ses enfants (Londres, imprimépar H. Bryer, Bridge Street, Black-friars, 1813).

Affinités

Maria FernandaPinto

Historiques

LusoJornal / Carlos Pereira

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Associações

emsíntese

David Dany promove o Festival franco-portuguêsde Rieumes

O cantor português radicado em Tou-louse David Dany, que também é pre-sidente da Associação franco-por-tuguesa de Rieumes, vai organizar aprimeira edição do Festival franco-por-tuguês de Rieumes, no próximo dia 19de abril. O artista passou aliás recen-temente no canal de televisão local,Télé Toulouse, onde foi entrevistadopor Greg Lamazeres. Esta quarta-feira,dia O de abril é entrevistado na rádioFrance Bleu Toulouse.No Festival franco-português do dia19 de abril, vão participar os artistasLos Diablos, os grupos de folclore Tri-canas de Toulouse e Violetas de Tou-louse, o grupo Bombo-Folie, o DuoMaravilhas, a cantora francesa Ma-rine e o próprio David Dany.

Solidariedade em Tempo de Quaresma

A Comunidade portuguesa de Auteuilde Paris 16 organizou uma campa-nha de solidariedade em tempo deQuaresma, com o objetivo de ajudarcrianças carenciadas da Obra de FreiGil, em Vila Praia de Mira, em Portu-gal.O apelo feito a toda a Comunidadepara contribuírem com bens alimen-tares, surtiu um efeito muito positivo,tendo-se conseguido angariar diver-sos bens alimentares.A intenção desta iniciativa e de outrasque a Comunidade portuguesa deParis 16 desenvolve ao longo do ano,é que estas crianças não passem di-ficuldades, nomeadamente, cuida-dos de saúde, fome e frio.“O sucesso desta campanha solidáriasó foi possível graças ao contributo egenerosidade de toda a Comuni-dade” dizem os organizadores.No final da Eucaristia dominical dopassado dia 29 de março, foram pro-feridas palavras de agradecimento atodos os que contribuíram para obem-estar destas crianças. O BancoBPI também se aliou a esta causanobre.

Por Paula Martins

Baile de Páscoa em Saint Priest

As associações portuguesas de St.Priest Juventude do Alto Minho e deFeyzin ACPF, organizaram um Baile daPáscoa no sábado dia 4 de abril, naSalle de la Concorde, em St. Priest.Para animar o serão, os organizadoresconvidaram o grupo de Leonel Costa eo cantor Fernando Correia Marques,vindo especialmente de Portugal.Foi um serão musical onde o artista demúsica popular Fernando Correia Mar-ques agradou ao seu numeroso pú-blico, e também aqueles que odescobriram nesta noite de festa quese prolongou pela noite fora.Delphine da Rocha e Manuel Amorimos Presidentes das duas coletividades,ficaram satisfeitos com o decorrer e aafluência do público para este evento,que marca data na região de Lyon

desde já há muitos anos.“Este ano decidimos organizar esteevento juntos, aqui em St. Priest, ci-dade vizinha de Feyzin, onde tambéma Comunidade portuguesa que aí re-side é muito numerosa” explicou aoLusoJornal Delphine da Rocha, Presi-dente da ACPF de Feyzin. “Esta salaestava disponível e com o PresidenteManuel Amorim preparámos este pro-jeto que se concretiza para o prazerdos nossos sócios e amigos”.A próxima atividade da ACPF de Fey-zin vai decorrer no sábado, dia 25 deabril, com uma conferência do jorna-lista Miguel Pinheiro, com o tema “Anoite mais longa”.Quanto à associação Juventude doAlto Minho de St. Priest, a próxima ati-vidade será o seu Festival de folcloreagendado para o sábado, dia 16 demaio.

Organizado pelas associações portuguesas de St. Priest e de Feyzin

Por Jorge Campos

Argenteuil: Fête de Pâques avec José Malhoa

Dimanche dernier, l’association Agoraa organisé sa traditionnelle Fête de Pâ-ques dans la salle Jean Vilar, à Argen-teuil (95), avec les animations d’undéfilé folklorique l’après-midi puis,pour clore, le soir, un bal animé par lechanteur José Malhoa et l’orchestreHexagone.C’est le Président de l’associationAgora qui a expliqué que cela faisait15 ans maintenant que l’associationorganise annuellement cette traditionde Pâques. «Les gens veulent danser,ils aiment cela et réclament de la mu-sique, alors comme d’habitude cetteannée nous avions plusieurs artistes».C’est donc au son de Maria Celeste,Celerico, Chico e Tubarão que la salles’est doucement remplie. «Auparavanton attirait beaucoup de monde, lasalle était toujours pleine, dernière-ment on constate que les gens sontmoins assidus, peut-être dû à la crise.Mais on a malgré tout passé une très

bonne soirée».Mais le soir, José Malhoa déjà trèsconnu de la salle Jean Vilar, a con-vaincu une fois de plus par son talent.Le chanteur s’est montré très satisfaità la fin de la soirée. «C’est vrai qu’il est

impressionnant de voir autant demonde réuni dans cette salle. Les gensaiment les bons spectacles et les bonsartistes et il est normal que noussoyons à la hauteur et de proposer desnouvelles choses» dit José Malhoa au

LusoJornal.Le chanteur populaire a chanté quel-ques titres de son nouveau CD. «Jesuis ravi de voir que les gens le con-naissent déjà bien et ont vite adhéré».José Malhoa a reconnu que c’est unbonheur, après tant d’années de car-rière, de plaire toujours autant.Bien avant l’été, il sera de nouveau enFrance programmé sur plusieurs lieux.Le 30 mai l’association organisera sonGala international de danse, quicompte avec la collaboration de la mu-nicipalité. «Comme habituellementnous aurons la participation des villesjumelées avec Argenteuil. Un gala au-tour de la danse, pas de la danse por-tugaise, c’est plusieurs types dedanse, écossaise, de salon, de cabaret,contemporaine», etc. Avec le Portugalbien qu’il n’y ait pas de jumelage,«c’est des échanges, puis notre asso-ciation avec nos danses modernes, fla-menco et hip hop», conclut Enrico deRosa au LusoJornal. Près de 1.000personnes seront attendues ce jour-là.

Par Mário Cantarinha

Domingo de Páscoa em Lyon

A Comunidade católica portuguesa daregião de Lyon celebrou a liturgia dodomingo de Páscoa na Paróquia de S.Nome de Jesus. O Capelão da Comu-nidade, José Luís de Almeida, que étambém pároco desta Paróquia emLyon 6, acolheu uma assembleiamuito numerosa com cerca de quatrocentenas de fiéis para festejarem aressurreição de Jesus Cristo.Na região de Lyon, na “Grande Me-trópole”, a Comunidade portuguesaconta com cerca de quarenta mil pes-soas que aí residem. Este número au-mentou sensivelmente nos últimoscinco anos onde uma vaga de novosimigrantes veio procurar trabalho.A frequentação das missas e a parti-cipação na vida espiritual pela Comu-nidade também aumentaram e

“caras novas” vieram juntar-se aosgrupos já existentes. Os dois gruposcorais existentes contam hoje cercade 20 elementos cada um, e a ani-mação das Eucaristias dominicais e asua frequentação tem aumentado nostrês pontos da cidade de Lyon.No final da Eucaristia Pascal, o PadreJosé Luís de Almeida deu a beijar a“cruz florida”, tradição do norte dePortugal, de Minho a Trás-os-Montes,de onde é oriunda a maior parte dosPortugueses na região de Lyon.“Estão abertas as inscrições para apreparação da Crisma. A formaçãoterá início no correr do mês de se-tembro e terminará no mês de junhode 2016, com a cerimónia daCrisma. As datas serão divulgadasmais tarde e com mais precisão” ex-plicou ao LusoJornal o Padre JoséLuís de Almeida.

Por Jorge Campos

le 08 avril 2015

Álvaro Rito

LusoJornal / Mário Cantarinha

Padre José Luís de Almeida e a cruz floridaLusoJornal / Jorge Campos

18 Desporto

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emsíntese

Elisabete Jacintosobressaiu no Rallye des Gazelles

A Portuguesa Elisabete Jacinto,acompanhada pela navegadora BelgaFrance Clèves, completou a sua sé-tima participação na 25ª edição doRallye Aïcha des Gazelles, que come-çou em Nice, no sul da França e ter-minou 1.300 km mais longe, emMarrocos, numa competição 100%feminina.Inscrita pelo quarto ano consecutivo,na equipa Volkswagen Vehicules Uti-litaires, a piloto portuguesa faz um ba-lanço bastante positivo da prova: “Estaprova é um grande desafio. Este ano,com a criação da categoria Expert, asua dificuldade e complexidade forammuito maiores. Esta edição foi umadas melhores que já fiz a todos os ní-veis. Tanto em termos de condução,como de navegação fizemos umaprova exímia e conseguimos ultrapas-sar todos os obstáculos. Infelizmente,já no fim da prova, tivemos uma difi-culdade de navegação que nos retirouas hipóteses de alcançar um bom re-sultado. Apesar deste infortúnio gosteiimenso de fazer esta prova, porque foirealmente desafiante. Eu e a Francetrabalhámos muito bem e temosconsciência que fizemos um rali es-petacular”, contou Elisabete Jacintono final da cerimónia de entrega deprémios que decorreu em Essaouira.

Benzema diz queCristiano Ronaldo“é um fenómeno”

O avançado internacional francêsBenzema salientou na semana pas-sada que Cristiano Ronaldo “é um fe-nómeno”, depois de o jogadorportuguês marcar cinco dos novegolos com que o Real Madrid bateu oGranada (9-1), na Liga espanhola defutebol.“Ronaldo é um fenómeno, ajudasempre a equipa. Estou muito feliz porele, porque o merece”, referiu no finalo francês.O internacional luso marcou aos 30,36, 38, 54 e 89 minutos, naquele quefoi um registo inédito na sua carreira -cinco golos num jogo - e que o fez ul-trapassar Lionel Messi na lista dosmelhores marcadores da Liga espa-nhola, com 36 golos, contra 32.

Portugal venceu o 1º Campeonato Europeude Andebol INAS frente à França

Portugal sagrou-se Campeão Europeude Andebol INAS, no fim de semanapassado, ao vencer a França por 27-10.O jogo da final do 1º Campeonato eu-ropeu da modalidade, realizado emFafe, contou com a presença do Se-cretário de Estado do Desporto, Emí-dio Guerreio, que se congratulou coma realização de um Campeonatodesta natureza, em Fafe. “O desportoé uma porta para a inclusão. Temosvindo a desafiar as várias Federaçõesdesportivas do país a incluir o des-

porto adaptado e a realização desteCampeonato é um sinal claro de queos representantes das mesmas estãoatentas à importância de inclusão dodesporto adaptado”, disse, lem-brando que Portugal é pioneiro nestaárea. “É muito bom percebermos queestamos mais avançados que outrospaíses no que ao desporto adaptadodiz respeito. Este Campeonato é tam-bém mais uma forma de partilhar asnossas boas práticas ao nível despor-tivo”.Da mesma opinião partilhou o Verea-

dor do desporto na Câmara Municipalde Fafe, Pompeu Martins, que sa-lientou a importância da realizaçãode um evento como este em Fafe,sendo o andebol uma referência noconcelho. “Foi para nós um orgulhoreceber este Campeonato. Fafe éuma terra onde se respira andebol eé também uma terra que tem feitoum caminho bonito no andebol”.Depois de uma semana de Campeo-nato, Pompeu Martins fez um ba-lanço positivo da iniciativa,lembrando que uma das prioridades

da autarquia é a aposta no des-porto. “Foi uma semana intensa,mas com um balanço muito posi-tivo. Recebemos aqui um evento in-ternacional que nos enche deorgulho. O desporto é uma das nos-sas prioridades e o desporto de in-clusão faz parte das nossasobrigações. Devemos estar ao ladode quem precisa”.Portugal sai vencedor do primeirocampeonato europeu de andebolinas, tendo a França sido segundaclassificada e a Polónia terceira.

Seleção portuguesa derrotou a França por 27-10 na final

Le Créteil/Lusitanos s’impose à Duvauchelle

Malgré une hécatombe de forfaits of-fensifs, le Créteil/Lusitanos a livré uneprestation valeureuse qui lui a permisde s’imposer d’une courte tête face àOrléans, vendredi dernier, le 3 avril.Mais le petit avantage donné par lebut de Cheikh Ndoye sera certaine-ment d’une grande importance envue du maintien en Ligue 2. En effet,en s’imposant face à Orléans, lesCristoliens restent à leur 13èmeplace mais ils prennent trois lon-gueurs sur un concurrent direct et sepostent 7 points au dessus de la zone

rouge avant leur déplacement à So-chaux (7ème) vendredi prochain.Handicapés par une cascade de for-faits offensifs et douchés par la pluie,les Cristoliens ont, malgré les circons-tances difficiles, livré une prestationcourageuse couronnée de succès. Al’image de Baba Sylla, titularisé enLigue 2 pour la première fois de sacarrière, le Créteil/Lusitanos s’est bat-tue et n’a rien lâché.Pourtant, les Cristoliens ont été se-coués d’entrée par un très bon coup-franc de Bendjaloud Youssouf déviésur la barre transversale par Yann Ker-boriou, avant de s’adjuger une légèredomination sur cette première pé-riode. Baba Sylla s’est d’abord vu re-fuser un but pour un télescopagedéfensif où il n’était pourtant pourrien (16 min) avant d’apporter unepierre précieuse à la construction dusuccès cristolien. Lancé vers le butadverse, le réserviste a décroché uncorner (33 min) qui a permis à Jean-Michel Lesage de déposer le ballonsur la tête de Cheikh Ndoye pour l’ou-verture du score (1-0, 34 min). Ins-crivant là son 9ème but de la saison,son 30ème sous les couleurs dumaillot francilien, le n°17 duCréteil/Lusitanos a mis fin à 404 mi-nutes de disette offensive à Duvau-chelle et offert le but de la victoirecristolienne.Au retour des vestiaires, les hommesde Thierry Froger frôlent de peu l’es-

tocade mais Maxime Brillault sup-pléera deux fois d’affilée son gardiensur sa ligne de but en repoussant letir de Baby Sylla puis celui de Jean-Michel Lesage qui avait bien suivi(47 min). Ce KO évité, l’US Orléansreprend progressivement du poil de labête. Il faudra toute la vigilance deVincent Di Bartolomeo (51 min) et lesbons réflexes de Yann Kerboriou surun coup franc (52 min) et surtout uneénorme parade sur Gauthier Pinaud,finalement sifflé hors-jeu (77 min)pour que le Créteil/Lusitanos assuresa victoire. Car même si les Béliersavaient pu mettre fin au suspense surun beau mouvement collectif initiépar le dédoublement puis le centre deMarvin Esor. Mais la reprise de Jean-Michel Lesage ne s’avèrera finale-

ment pas assez précise (56 min).Le score n’évoluera donc plus et leCréteil/Lusitanos renoue donc avec lesuccès à domicile! En panne offen-sive depuis 404 minutes de jeu surleur pelouse et sevrés de victoire de-puis le 23 janvier (Créteil/Lusitanos1-0 Laval), les Val-de-Marnais sig-nent, face à un concurrent direct pourle maintien, un succès important. Caren dépit d’un classement inchangé(13ème) et d’un écart identique avecla zone rouge (7 points), le Créteil/Lu-sitanos engrange trois précieux pointsqui portent son total à 36 unités et lerapprochent un peu plus du main-tien. Le club tentera de se rapprocherun peu plus de la barre fatidique des42 points vendredi prochain, lors dedéplacement à Sochaux (7ème).

Ligue 2

Par Joel Gomes

le 08 avril 2015

Créteil/Lusitanos 1-0 OrléansStade Dominique-DuvauchelleSpectateurs: 2.221Arbitres: Johan HamelCréteil/Lusitanos: Kerboriou; Esor, DiBartolomeo, Diedhiou, Ilunga; Genest(Tribeau, 75 min), Ndoye, Seck,Montaroup; Lesage (c) (Lafon, 87min), Sylla (Haïdara, 90+2 min). En-traîneur: Thierry Froger.Orléans: Renault; Pinaud, Afougou,Brillault, Sidibé; Youssouf (Loriot, 46min), Ligoule, Delonglée, Glombard(Chérif, 73 min); Maah, Benmeziane(Louisy-Daniel, 63 min). Entraîneur:Olivier Frapolli.But Créteil/Lusitanos: Ndoye (34min).

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20 Desporto

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Les Lusitanos de St Maur ne capitalisent pas

En déplacement dans le 93, au BlancMesnil, les Lusitanos de Saint Maurpouvaient prendre le large au classe-ment après la défaite de la réserve cris-tolienne à Issy-les-Moulineaux (1-0).Battus 2 buts à 0, les hommes d’Adé-rito Moreira ont connu un petit coupd’arrêt vers leur course pour la montéeen CFA 2.Les Lusitanos n’ont pas réussi la passede trois lors de la 22ème journée de DH.En déplacement sur le terrain du BlancMesnil, la formation de Saint Maur n’apas connu son troisième succès consé-cutif après leurs deux victoires convain-cantes face au Red Star B (4-0) et le FCMelun (3-0). Défait au match aller 3buts à 1 au Stade Chéron, il était écritque Blanc Mesnil chercherait à prendresa revanche sur Saint Maur qui avaitl’occasion de s’envoler au classementaprès la défaite de la réserve deCréteil/Lusitanos, la veille, face au FCIssy d’António Tavares (1-0). Mais dèsles premières minutes, on sent que les

Blanc-Mesnilois sont très motivés àl’idée de s’offrir le leader de DH. Enface, les Saint-Mauriens manquentcruellement d’inspiration en attaque etde sérénité derrière. Néanmoins, leBlanc Mesnil n’arrive qu’à amener ledanger dans la surface adverse surcoups de pied arrêtés. Le jeu se montre

haché et le rythme pas assez soutenupour offrir un véritable spectacle sur leterrain. A la pause, le score nul et viergeest finalement logique.Dès le retour des vestiaires, les Lusita-nos se font même surprendre sur lespremières réelles occasions de BlancMesnil. A la réception, au second po-

teau, d’une frappe manquée d’un par-tenaire, Ibrahima Goundiam ne man-que pas l’opportunité d’ouvrir la marqueà la 55ème minute (1-0).Derrière, la rencontre ne se résumeraqu’à une course contre la montre pourSaint Maur qui tentera vainement de re-venir au score sur les rares tentatives de

Jony Ramos, Sitou Ayi ou Paulino Tava-res. Dans les dernières secondes dumatch, Bryan Pointeau viendra mêmeachever les Lusitanos avec un dernierbut anecdotique (2-0, 94 min). A l’issuede la rencontre, Adérito Moreira n’a pasmâché ses mots sur ce match sans deson équipe. “C’est un coup d’arrêt aprèsdeux victoires consécutives mais c’estlogique. C’est l’histoire de ce Cham-pionnat”. Avant de rajouter: “Il ne fau-dra rien lâcher et se battre jusqu’aubout. Toutefois, on a encore notre destinentre les mains. On a 5 points sur Cré-teil et sur Versailles qui revient dans lecoup. En plus, on va les rencontrer. Çava permettre de rester mobilisé. Mais jesens que les joueurs veulent aller aubout”.Saint Maur reste le leader de la DH etconserve toujours 5 unités d’avancesur ses deux dauphins, Créteil/Lusita-nos B et Versailles, qui a profité de sonnul face au Red Star B (0-0) pour s’in-viter définitivement à la lutte pour lamontée qui s’annonce passionnantejusqu’au bout.

Division d’honneur

Par Eric Mendes

le 08 avril 2015

Ligue 1: Lyon e Paris Saint-Germain na luta pelo título

No passado fim de semana a lutapela vitória no Campeonato francêsreduziu-se a dois candidatos: Lyone Paris Saint Germain. Na 31ª jor-nada, o “clássico” francês entre oMarseille e o Paris Saint Germainacabou com uma vitória dos Pari-sienses por 3-2 no estádio Vélo-drome em Marseille. O PSG fica noprimeiro lugar com 62 pontos,mais um do que o Lyon que venceuo Guingamp por 3-1. O Marseilleparece estar fora da corrida vistoque está agora a 5 pontos do lídere está ameaçado pelo Monaco quetem três pontos de atraso sobre osmarselheses.O Monaco empatou a uma bolafrente ao Saint Étienne, mas po-

derá igualar o Marseille visto quetem um jogo em atraso frente aoMontpellier. O LusoJornal faloucom três dos quatro Portuguesesque estão no clube monegasco:Leonardo Jardim, Ricardo Carvalhoe Bernardo Silva.

LusoJornal: O objetivo é apurar-separa a Liga dos Campeões?Leonardo Jardim: Precisamos deconsolidar a quarta posição mascom certeza que estamos sempre aolhar para os primeiros lugares.Mas primeiro temos de fazer onosso trabalho.

LusoJornal: O que nos pode dizerdos jogadores portugueses?Leonardo Jardim: O Ricardo [ndr:Carvalho] e o Moutinho [ndr: João]

estão em boa forma. O Bernardo[ndr: Silva] tem tido um percursointeressante. Vem de uma expe-riência na segunda liga e hoje emdia está a jogar na primeira divisãofrancesa. Está a evoluir. Eu sótenho é de ajudar o Bernardo a pro-gredir.

LusoJornal: No Monaco tem umjovem português, Gil Dias?Leonardo Jardim: É um jovem quetem 17 anos. Joga com os sub-19do Monaco e por vezes tambémjoga com a equipa B no CFA. Temalgumas experiências com aequipa principal, mas ele não estátodos os dias connosco. É umjovem com potencial que o clubeadquiriu. Ainda tem algum tempopara chegar ao nível que nós espe-

ramos dele.

Ricardo Carvalho, defesa-central, eBernardo Silva, avançado, tambémabordaram os objetivos do clube.Ricardo Cavalho: Nós pensamosque para nós e para o clube, é im-portante estar no pódio. Este anoestamos a jogar a Liga dos Cam-peões e tem sido importante paratodo o grupo. Queremos no pró-ximo estar presentes novamente naLiga dos Campeões, mas para issoé preciso fazer o nosso trabalho naLiga.Bernardo Silva: O nosso objetivo éestar nos três primeiros. Estamosmais próximos e estamos felizescom essa situação.

O jovem avançado também falou

do novo estatuto que tem emFrança.Bernardo Silva: Quando cheguei,cheguei com o objetivo de jogar.Sabia que era uma equipa muitocompetitiva com excelentes joga-dores, mas tinha esse objetivo dejogar. Felizmente estou a conseguiralcançar o meu objetivo. No Ben-fica não apostaram muito em mim,aqui apostam, reconhecem o meutrabalho e estou feliz com isso. Éverdade que em Portugal só jogueina segunda liga e aqui dão-me ovalor que acho que mereço e querocontinuar.

De referir que esta sexta-feira, dia10 de abril, o Monaco desloca-seao terreno do Caen, 12° na tabelaclassificativa.

Por Marco Martins

Futebol: Cabo Verde é o primeiro PALOP a vencer Portugal

No Estoril, no estádio António Coimbrada Mota, e perante 8.000 espetadores,a Seleção caboverdiana venceu por 2-0 a Seleção portuguesa, num jogo ami-gável e de solidariedade. As receitas,50.000 euros, foram revertidas para osdeslocados da Ilha do Fogo, vítimas daerupção vulcânica. Um jogo que aca-bou por ser histórico visto que CaboVerde é o primeiro PALOP (País Afri-cano de Língua Oficial Portuguesa), avencer Portugal.Os golos dos Tubarões Azuis foramapontados por Odaïr Fortes, avançadodo Reims, e por Gege, defesa do Marí-timo. Do lado de Cabo Verde, quatro“Franceses” atuaram: Odaïr Fortes(Reims), Júlio Tavares (Dijon), StevenFortes (Le Havre) e Ryan Mendes(Lille). Os dois primeiros foram titula-

res. Do lado de Portugal, dois “France-ses” foram titulares e fizeram as es-treias com a camisola das Quinas: oguarda-redes Anthony Lopes (Lyon) e oavançado Bernardo Silva (Monaco). Denotar igualmente a presença no meio-campo português de Adrien Silva,médio do Sporting CP e Lusodescen-dente, que nasceu em Angoulême.No fim do encontro, o LusoJornal faloucom os intervenientes.

LusoJornal: O que significa esta vitó-ria?Héldon (Avançado e Capitão de CaboVerde): Tem um significado especialpor ser histórico e também por ser umjogo de solidariedade para uma dasnossas ilhas. Foi uma vitória impor-tante. Acho que fizemos um bom jogoe a vitória é justa.

LusoJornal: Foi uma vitória surpreen-dente?Nivaldo (Defesa de Cabo Verde): Nãofoi uma surpresa para nós, mas sabía-mos a dificuldades que íamos ter, ape-sar de toda a gente dizer que era asegunda equipa de Portugal. Mas nãoera segunda equipa porque Portugaltem bons jogadores e mostrou que temuma boa equipa. Quanto a nós, fize-mos um bom resultado na primeiraparte e soubemos aguentar na segundaparte. Foi uma boa vitória. Defendemosbem e saímos bem em contra-ataque.Fizemos um bom jogo. Estas duas vi-tórias [ndr: 2-0 frente ao Belenenses e2-0 frente a Portugal] dão moral paraas competições que estão a chegar[ndr: Apuramento para o CampeonatoAfricano das Nações de 2017 e para oCampeonato do Mundo de 2018].

LusoJornal: Um jogo importante tantopela vitória como pelo facto de ser umencontro de solidariedade?Marco Soares (Médio de Cabo Verdeque não jogou frente a Portugal devidoa uma lesão): Foi uma excelente vitóriade todo o povo caboverdiano. Nós, jo-gadores, sentimos a força do todo o pú-blico caboverdiano que estava nasbancadas. Agradecemos todo o públicoque esteve presente nas bancadas por-que apoiou uma causa nobre. Pensoque dignificámos dentro do campo aspessoas da Ilha do Fogo que sofrerame tenho a certamente que estão felizescom esta vitória que foi para elas.Quanto aos objetivos de Cabo Verde,são o apuramento para o CAN-2017 ealcançar o primeiro apuramento paraum Mundial, em 2018. Esperemoscontinuar na senda das vitórias para al-cançar os nossos objetivos.

LusoJornal: Uma estreia azarada?Bernardo Silva (Avançado de Portu-gal e do Monaco): Estou muito con-tente porque o objetivo de qualquerjogador é chegar à Seleção principal.Consegui fazer a minha primeira in-ternacionalização, estou muito felize é um orgulho representar o nossopaís. Individualmente estou satis-feito da minha exibição, mas é óbvioque o resultado não foi o melhor. Omais importante para a equipa eraganhar o jogo e nesse aspeto claroque não estamos contentes.

De referir que ao terceiro jogo entreas duas Seleções, Cabo Verde con-segue vencer pela primeira vez. Nosdois primeiros, igualmente disputa-dos em território luso, Cabo Verdeperdeu por 4-1 em 2006 e empatoua zero em 2010.

Por Marco Martins

Lusitanos de Saint Maur / EM

lusojornal.com

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Portugal faz história no Sul de França

Antes de se deslocar à cidade tarnaisede Gaillac para medir forças com a Es-cócia, os sub-18 portugueses tinhamsofrido uma pesada derrota, 85-5, emMontauban, frente à Inglaterra.Antes do encontro o LusoJornal faloucom Carlos Amado da Silva, Presidenteda Federação Portuguesa de Râguebi.

LusoJornal: Os jovens “Lobos” ficaramafetados com a derrota no primeirojogo?Carlos Amado: De forma alguma, é anossa quarta participação consecutivana competição, e nós estamos aquipara aprender, tanto em termos des-portivos como de organização. Repareque Portugal está incluído no grupo deElite, juntamente com a Inglaterra, Ir-landa, França, Escócia, País de Galese Irlanda, e a par da Geórgia, somos osúnicos países que não participam noTorneio das 6 Nações. Os miúdos in-gleses são praticamente profissionais,e é muito complicado para Portugal decompetir com jovens que nascerampraticamente a jogar râguebi.

LusoJornal: Que meios tem a Federa-ção para desenvolver o râguebi em Por-tugal?Carlos Amado: Apesar da falta deapoios que são comuns em Portugalem relação a todas as modalidades,

nós contamos com 60 clubes reparti-dos pelo país inteiro, 7.000 licencia-dos e cerca de 40.000 miúdos nasescolas de râguebi. Somos poucos,mas trabalhamos bem, com alma ecom coração.

LusoJornal: Depois de 6 dias em terrasfrancesas, como tem corrido a vossaestadia?Carlos Amado: Estou na França há 8dias, e não só por causa do Campeo-nato da Europa sub-18, estou a visitarjogadores lusodescendentes. A nossaequipa principal de seniores dependemuito destes atletas, metade da Sele-ção nacional é constituída por jogado-res que evoluem em França. Emtermos globais, fomos bem recebidos,as pessoas são simpáticas, no entanto,no que diz respeito às infraestruturas,esperava sinceramente outra coisa deum país como a França, estou umpouco desiludido nesse sentido.

LusoJornal: A Federação de râguebitem capacidade para organizar estetipo de evento?Carlos Amado: Portugal vai organizaro Campeonato da Europa sub-18, naPáscoa de 2016, desta vez com 32nações e não com 24, como atéagora. É a nossa vez de mostrar àNação do Râguebi, a nossa capaci-dade em organizar e receber um tor-neio desta dimensão.

LusoJornal: A próxima Taça doMundo de seniores tem lugar noJapão em 2019. Depois da sua pri-meira e única participação em2007, acha que estes jovens estãopreparados para enfrentar o apura-mento?Carlos Amado: Estamos a trabalharnesse sentido, a nossa esperança éenorme. E já agora, se me permite,queria deixar aqui uma mensagemaos Portugueses, filhos de pais Por-tugueses, que praticam râguebi naFrança, entrem em contacto com aFederação, estamos absolutamenteabertos à vinda desses jogadores,temos todo o interesse em reforçar anossa Seleção em vista do apura-mento para o Japão.

Na região Midi-Pyrénées, Escócia ePortugal subiram ao relvado de Gail-lac, na terça-feira dia 31 de março,debaixo de um tempo mais parecidocom o clima escocês do que o por-tuguês. No final do tempo regula-mentar o resultado era atípico paraum jogo de râguebi, 0-0. Os Lobi-nhos que tinham resistido aos assal-tos do cardo escocês durante 70minutos, foram mais hábeis no de-sempate por pontapés aos postes,Portugal bateu a equipa escocesapor 3-2.Momento inesquecível nas hostes lu-sitanas, o LusoJornal recolheu aovivo a emoção do Coordenador dasSeleções, Henrique Garcia.

LusoJornal: E um dia histórico para orâguebi português?Henrique Garcia:Sim, Portugal fez his-tória. Foi um jogo muito difícil para nós,os nossos jogadores bateram-se de umaforma inexcedível durante 70 minutos,foi realmente um jogo histórico para orâguebi português, nunca nenhumaSeleção sub-18 tinha vencido um jogoneste Grupo de Elite. Um abraço e umgrande obrigado, para a Comunidadeportuguesa da região que nos temapoiado e ajudado a resolver os proble-mas logísticos com os quais estamosconfrontados desde a nossa chegada.

No sábado, dia 4 de abril, em Toulouse,às 11h00 da manhã, Portugal e Paísde Gales lutaram para o 5º lugar. Os jo-vens “Lobos” ainda fizeram uma graci-nha: aos 2 minutos estavam emvantagem, 3-0, depois da transforma-ção de uma penalidade. A partir daí, aequipa galesa tomou conta do con-fronto, devido sobretudo à sua maior ro-tina de jogo. Portugal foi justamentepremiado pela sua qualidade técnica eo seu desempenho com um ensaio nosúltimos instantes, fixando o resultadofinal em 38-8. A sexta posição, sobre8 equipas, assenta bem à equipa Lusa,que deixou Toulouse fazendo história,mas acima de tudo é de realçar a pos-tura, a lealdade, a combatividade e oorgulho que eles demonstraram em de-fender as cores de Portugal.

Campeonato da Europa de Râguebi sub-18 / Grupo de Elite

Por Manuel André

Rugby: Les auvergnats battent Arcos de ValdevezLe 28 mars dernier, l’équipe derugby des moins de 26 ans du Co-mité d’Auvergne s’est rendu auPortugal à l’occasion d’un matchcontre l’équipe locale de la villed’Arcos de Valdevez. Sponsor del’équipement des rugbymans au-vergnats, la Banque BCP a tenu àles soutenir et les accompagner.L’équipe française a gagné 46-15,mais il s’agissait surtout de prépa-rer le match des quarts de finaledu Championnat de France. Cet

échange sportif et humain a ététrès convivial où un «bon esprit»régnait entre les deux équipes. Leprochain match a eu lieu le 5 avrilà Cusset, dans l’Allier, à 45 km deClermont-Ferrand, où ils ont ren-contré l’équipe de la région Pro-vence-Alpes-Côte d’Azur.L’équipe d’Arcos de Valdevez vien-dra jouer en septembre 2015 pourla Coupe du monde de rugby, àcette occasion de nombreux portu-gais pourront venir soutenir le club

portugais créé en 1981.Une réception officielle a été don-née par le Maire de la ville d’Arcosde Valdevez, et parmi les convivesil y avait l’équipe Auvergnate, lesreprésentants du Comité d’Au-vergne, le Président du club local,Filipe Machado, Pierre Vieira, leDirecteur de l’agence Banque BCPde Clermont-Ferrand, accompagnéde son client António Portelinha,qui est également sponsor del’équipe auvergnate.

le 08 avril 2015

País de Gales-Portugal: um jogo de putos, com postura de homensLusoJornal / Manuel André

Le Sporting Club de Pariss’impose en BourgogneSamedi dernier, le 4 avril, pour leurdéplacement en Bourgogne (21),les Parisiens se sont nettement im-posés 6-2 face à l’ASL Clénay.Sérieux et appliqués, les quadru-ples Champions de France se ren-daient la tâche facile dans unesalle réputée dure à jouer et me-naient 2-0 à la mi-temps sur desjolis mouvements collectifs.Rarement inquiété, le portier serbeJova Tosic, titularisé suite à la bles-sure de Djamel Haroun contractéecette semaine à l’entraînement,démontrait toute sa valeur en ef-fectuant les quelques arrêts néces-saires.Enfin c’est le très en vue KamelHamdoud qui mettait tout lemonde d’accord avec son hat-tricket cette merveilleuse tête en pleine

lucarne.Avec ce 16ème succès de la sai-son, le club de la capitale reste lea-der de la D1 futsal avec 4 pointsd’avance sur Douai Gayant, sondauphin, à qui il rendra visite le sa-medi 18 avril pour les quarts de fi-nale de la Coupe nationale.

22 Tempo Livre

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Misericórdia

Ao longo dos séculos o Domingoapós a Páscoa conheceu muitosnomes…O título “Festa de Quasímodo” (quea alguns recordará o trágico perso-nagem criado por Victor Hugo) evo-cava as primeiras palavras latinas daantífona de entrada daquele dia:Quasi modo geniti infantes…(«Como crianças recém-nascidas…»).Muitos ainda se referem a este diacomo “Domingo in Albis”, porqueantigamente os adultos batizadosdurante a Vigília Pascal, apresenta-vam-se ao bispo, uma semana de-pois, com as suas vestes cândidas –in albis vestibus – para mostraremque se esforçavam por viver/mantera pureza recebida no batismo.Há várias outras denominações (Do-mingo da Oitava de Páscoa, Pas-coela, Domingo de São Tomé, etc.)mas a mais recente tem apenasquinze anos: Domingo da Divina Mi-sericórdia. Durante o grande jubileudo ano 2000, o Papa João Paulo IIinstituiu a festa da Divina Misericór-dia, após a canonização da freira emística polaca Santa Faustina Ko-walska.Nas palavras da própria santa: «oamor de Deus é a flor e a misericór-dia é o fruto»! Mas esta devoção nãose explica apenas com os textos e avida de Faustina, a “apóstola da Di-vina Misericórdia”. Ela encontra asua raiz no Novo Testamento, talcomo nos recorda a primeira epístolade São Pedro: «Bendito seja Deus,Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo,que, na sua grande misericórdia, nosfez renascer, pela ressurreição deJesus Cristo de entre os mortos, parauma esperança viva, para uma he-rança que não se corrompe, nem semancha, nem desaparece».Contudo, não nos esqueçamos: qualé a melhor maneira de louvar a mi-sericórdia de Deus? Testemunhando-a aos irmãos!

P. Carlos Caetanopadrecarloscaetano.blogspot.com

Sugestão de missa em português:Cathédrale St Spire14 rue du Cloître Saint Spire91100 Corbeil-Essonne

Missa em português aos domingos,às 9h30

boanotícia

Jusqu’au 12 avril Exposition «Pliure» Prologue (la part du feu).Œuvres de Marcel Duchamp, Vitaly Halbers-tadt, Alain Resnais, Sol LeWitt, DayanitaSingh, Geoffrey Chaucer, Lourdes Castro,Lawrence Weiner, Lewis Carrol, William Mor-ris, Richard Long, Michael Snow, Olafur Elias-son, John Latham, Denis Diderot, Jean LeRond d’Alembert, Francesca Woodman, Al-brecht Dürer, François Truffaut, Edward Ru-scha, Jean-Luc Godard, Bruce Nauman,Maria Helena Vieira da Silva, Rui Chafes, Raf-faella della Olga, Helena Almeida, Robert Fil-liou, Christian Boltanski, Wolf Vostell etClaude Closky. Commissaire: Paulo Pires doVale. Les lundi, mercredi, jeudi et vendredi,de 9h00 à 18h00, le samedi et dimanche,de 11h00 à 18h00. A la Fondation CalousteGulbenkian, Délégation de Paris, 39 bd de laTour Maubourg, à Paris 7.

Jusqu’au 15 avril «Nossa Gente, Nosso Povo» exposition de Re-nato Amisy et António Cançado de Araújo,dans le cadre de la Biennale des Cultures duMonde, à la MJC Centre Culturel Louise Mi-chel, place Jules Ferry, à Ambérieux-en-Bugey (01). Lundi, mardi, jeudi et vendredi,de 14h00 à 20h00, le mercredi de 9h30 à12h00 et le samedi de 9h00 à 12h00.Fermé le dimanche.

Du 17 au 30 avril Exposition "L'art de l'Azulejo au Portugal", or-ganisé par l’association O Sol de Portugaldans le cadre de “Le Portugal d’Avril”. Hallde la Mairie de Pessac, place de la V Répu-blique, à Pessac (33).

Du 3 avril au 3 mai Exposition Photo de la Mer – Arte Xâvega,pêche en mer traditionnelle au Portugal, parJacques Hamel à l’Etang du duc, à Vannes(56). Entrée libre.

Du 4 avril au 4 mai Exposition «Machado de Assis, le sorcier deRio». Salle Gilbert Gaillard, 2 rue Saint Pierre,à Clermont-Ferrand (63). Entrée libre.

Du 30 avril au 11 mai Exposition de peintures de Jean Marc Emery(huiles sur toiles représentant la plage de Na-zaré, au Portugal). Galerie Artitude, VillageSuisse, 4 avenue Paul Déroulède, à Paris 15.

Le mercredi 8 avril, 19h30 Lídia Jorge dans le cadre du festival Rencontresde Littérature ibéro-américaine de Paris -‘Conversations Fictives’. Un projet crée et orga-nisé par le réalisateur et dramaturge IgnasiDuarte, au Consulat Général du Portugal, 6 rueGeorges Berger, à Paris 17.

Le vendredi 10 avril, 19h00 Conférence et dégustation de vins portugais parles professeurs Philippe Roudié et Eric Thomas,suivie d’une dégustation, organisée par l’asso-ciation O Sol de Portugal, dans le cadre de «Por-tugal d’Avril». Salle Jacques Ellul du Centre JeanEustache, 7 rue des Poilus, à Pessac (33).

Le vendredi 10 avril, 18h30 Conférence «Portugal de l’Empire aux margesde l’Europe – Quel chemins de traverse a prisce pays?» avec Ana Navarro Pedro, journalistepour l’hebdomadaire Visão, organisée par l’As-sociation Culturelle France Portugal. Salle Ana-tole France, Mairie de Tours, à Tours (37).Entrée libre. Infos: 06.83.27.31.15.

Le vendredi 10 avril, 19h30 Rencontre avec Lídia Jorge, auteure de «LesMémorables», animée par Les Filles du Loir.Maison de la Poésie, Passage Molière, 157 rueSaint Martin, à Paris 3.

Le samedi 11 avril, 10h00 Conférence sur «Le portugais des affaires enFrance: quel devenir?» avec la participation du

Secrétaire d’Etat aux Communautés Portu-gaises, José Cesário, et du Président de laChambre du Commerce et d’Industrie Franco-Portugaise, Carlos Vinhas Pereira. Salle Bourjac,17 rue de la Sorbonne, à Paris 05.

Le samedi 11 avril 11h00 Conférence sur la morue par Valdemar Félixet l’enseignante Ana Maria Torres, suivied’une dégustation de spécialités de morue àpartir de 12h00, organisée par l’associationO Sol de Portugal, dans le cadre de «Portugald’Avril». Salle Jacques Ellul du Centre JeanEustache, 7 rue des Poilus, à Pessac (33).

Le dimanche 12 avril, 16h00 Lecture, concert, atelier autour du «Bestiairefabuleux du Brésil» (Ed. Chandeigne), suivid’un atelier avec Ghislaine Herbéra. En par-tenariat avec le Festival Raccord(s). QuaiBranly, Salon Jacques Kerchache, 37 quaiBranly, à Paris 7.

Le mardi 14 avril, 18h00 Conférence sur «Nação crioula de JoséEduardo Agualusa: une fiction de la lusopho-nie» par Agnès Levécot, à la Fondation Ca-louste Gulbenkian, 39 boulevard de la TourMaubourg, à Paris 07.

Le jeudi 16 avril, 18h30 Présentation du livre «La Suggia» sur lavioloncelliste Guilhermina Suggia, deHenri Gourdin, à la Fondation CalousteGulbenkian, 39 boulevard de la Tour Mau-bourg, à Paris 07.

Le samedi 11 avril, 19h30 Soirée Glauber Rocha avec la projection de«Antonio das mortes» et «Le Dieu noir et lediable blond», films présentés par PalomaRocha, fille de Glauber Rocha. Dans le cadred’une rétrospective du cinéma brésilien à laCinémathèque Française, 51 rue de Bercy, àParis 12.

Le lundi 13 avril, 19h00 Projection et débat autour du film «VidasSecas» de Nelson Pereira dos Santos (adap-tation du roman de Graciliano Ramos «ViesArides») suivie d’une table-ronde avec laproductrice Lucy Barreto, le traducteur Ma-thieu Dosse, Michel Riaudel et PatrickStraumann. Cinema l’Arlequin, 76 rue deRennes, à Paris 06.

Le vendredi 17 avril, 17h00 Projection de deux films autour du footballbrésilien «Garrincha, alegria do povo» (surMané Garrincha) et «Subterraneos do Fute-bol» de Maurice Capovila. Dans le cadred’une rétrospective du cinéma brésilien à laCinémathèque Française, 51 rue de Bercy, àParis 12.

Le vendredi 17 avril, 20h00 Projection de «A minuit je posséderai tonâme» de José Mojica Marins, suivi de «Maré-cage noir» de Rodrigo Aragão. Dans le cadred’une rétrospective du cinéma brésilien à laCinémathèque Française, 51 rue de Bercy, àParis 12.

Le samedi 18 avril, 19h30 Soirée gala de lancement de l’association Gé-nérations Portugal, avec la projection d’un do-cumentaire sur l’histoire des Portugais deSaint Maur. Salle des fêtes de la Mairie deSaint Maur, place Charles de Gaulle, à SaintMaur-des-Fossés (94). Infos: 06.16.66.18.76.

Le samedi 18 avril, 21h30 Projection en avant-première de «Permanên-cia» de Leonardo Lacca. Dans le cadre d’unerétrospective du cinéma brésilien à la Ciné-mathèque Française, 51 rue de Bercy, àParis 12.

Le dimanche 19 avril, 19h00 Projection en avant-première de «Obra» deGregorio Graziosi, présenté par le réalisateur(sous réserve) et sa comédienne, Lola Peploe.

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EXPOSITIONS

CONFÉRENCES

CINEMA

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le 08 avril 2015

23Tempo livre

Dans le cadre d’une rétrospective du cinémabrésilien à la Cinémathèque Française, 51 ruede Bercy, à Paris 12.

Le dimanche 19 avril, 21h00 Projection en avant-première de Casa Grandede Fellipe Barbosa. Dans le cadre d’une rétros-pective du cinéma brésilien à la CinémathèqueFrançaise, 51 rue de Bercy, à Paris 12.

Le lundi 20 avril, 20h30 Regards contemporains français sur le Brésil,«Des ombres dans la maison» de Justine Trieten sa présence. Dans le cadre d’une rétrospec-tive du cinéma brésilien à la CinémathèqueFrançaise, 51 rue de Bercy, à Paris 12.

Le mercredi 22 avril, 19h00 Regards contemporains français sur le Brésil,«Oba Oba Oba» de Benjamin Rassat, en sa pré-sence. Dans le cadre d’une rétrospective du ci-néma brésilien à la Cinémathèque Française,51 rue de Bercy, à Paris 12.

Le jeudi 23 avril, 20h30 Regards contemporains français sur le Brésil:«Largo do machado» d’Antoine Page, en pré-sence du réalisateur. Dans le cadre d’une rétros-pective du cinéma brésilien à la CinémathèqueFrançaise, 51 rue de Bercy, à Paris 12.

Le vendredi 24 avril, 20h00 Projection du film «Changer de vie», sur la vieet l’œuvre de José Mário Branco, réalisé parPedro Fidalgo et Nelson Guerreiro, suivi d’undébat avec le ou les réalisateurs, au Cinéma LaClef, 34 rue Daubenton, à Paris 05.

Les jeudis, 20h00 «Olá!» ‘one man show’ de l’humoriste José Cruzau Café-Théâtre Le Lieu, 41 rue de Trévise, àParis 9. Infos: 01.47.70.09.69.

Le samedi 25 avril, 20h00 Le dimanche 26 avril, 16h00Le Portugal du rire, avec les humoristes PedroNeves, João Seabra, Jaimão, FernandoRocha, Miguel 7 Estacas et Quim Roscas &Zeca Estacionâncio, organisé par l’associa-tion Os Tugas de Sartouville, au ThéâtreJacques Brel, à Sartrouville (78). Infos: 06.83.78.41.89.

Le samedi 11 avril Dîner fado avec Alves de Oliveira et LúciaAraújo, accompagnés par Manuel Miranda(guitarra) et Flaviano Ramos (viola). Restau-

rant Vila Real, 272 rue du Maréchal Leclerc,à Saint Maurice (94). Infos: 01.45.11.24.42.

Le dimanche 12 avril, 12h30 Déjeuner-Fado avec Augusto Ramos, accom-pagné par Miguel Raposo (guitarra) et Fabri-cio Rodriguez (viola), organisé parl’association Ibérica – Centre culturel Ibériquedu Nord. Peña – sede Ibérica, 160 arrière,rue des Martyrs de la Résistance, allée desjardins, à Seclin (59). Infos: 07.89.82.65.77.

Le vendredi 17 avril Fado avec Carlos Neto, accompagné par JoséRodrigues (guitarra) et Flaviano Ramos (viola),plus artiste invitée: Conceição Guadalupe.Casa Saudade, 20 rue du Général Leclerc, àVersailles (78). Infos: 01.30.21.23.43.

Le vendredi 17 avril Soirée de Fado de Coimbra avec Alves de Oli-veira, accompagné à la guitare portugaise parManuel Miranda et aux guitares classiquespar Pompeu Gomes et Casimiro Silva, avecune invitée surprise. Organisée par l’associa-tion Gaivoita. Lusofolie’s, 57 av. Dausmesnil,à Paris 12.

Le dimanche 12 avril Concert de la Brésilienne Renata Rosa “En-cantações” au Musée du Quai Branly, à Paris.

Le dimanche 12 avril, 16h00 Concert «de l’Opéra au Fado» avec Mieko Ka-miya (soprano) et Akina Kanazawa (piano) auLusofolie’s, 57 avenue Daumesnil, à Paris12. Infos: 09.84.39.61.21.

Le jeudi 17 avril, à 21h00 Jazz: Yannick Lopes (accordéon et guitarre)avec Johan Renard (violon) et Rémy Yulzari(contrebasse) au Théâtre la Vieille Grille, 1 ruePuits de l’Ermite, à Paris 5.

Le mercredi 18 avril, 20h30 Concert de «Guitare en tous ses éclats» avecYannick Lopes (guitare) et Yohann Lopes (ac-cordéon). Œuvres de Bach, Llobet Dolès,Pujol-Vilarrubi, Barrios-Mangore, Dyens etLopes. Internat d’Excellence Jean Zay, 10 ruedu Docteur Blanche, à Paris 16.

Le samedi 25 avril, 20h00 Concert de Paco Bandeira et ses musiciensen honneur du 25 Avril 1974, organisé parTertúlia das Concertines. Espace Malraux, àGeispolsheim (67). Infos: 03.88.68.90.12.

Le samedi 11 avril, 19h00 Dîner dansant animé par Carlos Pires, orga-nisé par l’Amicale des Travailleurs sansFrontières. Salle Louis Aragon, rue Francisde Préssensé, à Bezons (78). Infos: 01.39.81.80.33.

Le samedi 11 avril, 21h30 Spectacle de Joël Matias, bal animé parBanda Almeida, organisé par l’associa-tion Nova Geração. Salle Gérard Forgues,complexe sportif, à Lons (64).

Le samedi 11 avril, 21h00 Soirée dansante avec Banda Latina, or-ganisée par l’Association Luso Culturelledu Pays Fertois. Salle Polyvalente, alléeJumelage, à La Ferté-sous-Jouarre (77).

Le vendredi 17 avril, 21h00 Canaval brésilien du printemps, Fêted’Aristão, avec Rosa de Samba Zabumba+ Musiciens brésiliens et généralistes. AuBalajo, 9 rue de Lappe, à Paris 11.

Le samedi 18 avril, 20h30 Dîner-dansant animé par José Cunha, or-ganisé par le Centre Pastoral Portugaisd’Argenteuil. Salle Jean Vilar n°2, boule-vard Héloïse, à Argenteuil (95). Infos: 06.72.26.23.44.

Le samedi 18 avril, 21h00 Fête d’anniversaire de l’émission Voz dePortugal sur IDFM, animée par plusieursartistes avec quelques surprises. ThéâtrePierre Fresnay, Espace Yvonne Prin-temps, 3 rue St Flaive, à Ermont (95).

Le samedi 18 avril, 19h30 Dîner dansant animé par Carlos Pires etson orchestre. La Rose des Sables, ZALes Campanules, à Neauphlette (78).Infos: 06.14.33.96.68.

Le dimanche 19 avril Premier Festival Franco-Portugais avecLos Diablos, les groupes Les Violettes deToulouse, As Tricanas de Toulouse etBombo-Folies, le Duo Maravilhas, et leschanteurs Marine et David Dany, àRieumes (31).

Le dimanche 19 avril, 15h00 Festival et démonstrations de danses mo-dernes, organisé par le Centre PastoralPortugais d’Argenteuil. Salle Jean Vilar,boulevard Héloïse, à Argenteuil (95). Entrée libre.

Le vendredi 24 avril, 20h00 Spectacle commémoratif de la Révolu-tion du 25 avril avec l’humoriste JoséCruz et le chanteur romantique José Al-berto Reis et ses musiciens. Au Théâtre9, 1-5 place de la libération, Le BlancMesnil (93).

Le samedi 25 avril, 20h00 “Le Portugal du rire” avec Pedro Neves,João Seabra, Fernando Rocha, Miguel 7Estacas, Quim Roscas & Zeca Estacio-nâncio, organisé par l’association OsTugas de Sartrouville en partenariat avecle restaurant Os Estrelas. Places limitées.Théâtre Jacques Brel, à Sartrouville (78).Infos: 06.83.78.41.89.

Le samedi 25 avril, 21h00 «Avril au Portugal» avec Carlos Pires etson orchestre, ainsi que la chanteusePaula Soares. Organisé par l’Associationdes Portugais Unis avec Tous de la Valléede Montmorency. Salle Paul Nicolas, 27route de Margency, à Montmorency (95).Infos: 06.19.98.19.25.

Le samedi 25 avril, 21h00 Spectacle de Mike da Gaita et bal animé parle groupe Fantasia. Dôner dansant organisépar l’association AEDCRE de Villabé. EspaceCulturel La Villa, rue JC Guillemot, à Villabé(91). Infos: 06.80.98.71.21.

Le samedi 25 avril, 21h00 Bal du 15ème anniversaire de l’AmicaleFranco-Portugaise de Clamart animé par legroupe Enigma. Salle des Fêtes Municipale,place Jules Hunebelle, à Clamart (92). Pos-sibilité de déjeuner. Infos: 06.22.41.19.23.

Le samedi 25 avril, 21h00 Soirée fado avec Cristina Batista et NelsonDuarte accompagnés de Acácio Branquinhoet António Reis, organisée par le CentreFranco-Portugais de Bourges. Théâtre SaintBonnet, à Bourges (18). Infos: 06.50.72.51.64.

Le samedi 25 avril, 21h00 Festa da Liberdade avec le duo Cantar Por-tugal et les chanteurs de fado Jenyfer Rainhoet Joaquim Campos. Restaurant La Barraca,90 boulevard Maxime Gorki, à Villejuif(94). Infos: 01.46.78.78.78.

Le samedi 25 avril, 21h00 Spectacle de Paula Soares et de Carlos Pireset son orchestre, organisé par l’Associationdes Portugais Unis avec Tous de la Vallée deMontmorency. Salle Paul Nicolas, 27 routede Margency, à Eaubonne (95). Infos: 06.19.98.19.25.

Le samedi 2 mai, 20h00 Dîner-spectacle avec Helena Correia etSonya, ainsi que leurs danseuses, avec laparticipation de Laura da Silva, Kathleen etSerge, organisé par l’Association AmizadePortuguesa de Saint Fargeau Ponthierry.Salle de Fêtes, place du bel-air, à Pringy(77). Infos: 07.86.08.19.71.

Le dimanche 12 avril, 14h00 Festival de folklore avec la participation desgroupes Províncias de Portugal de Fresnes,Flores do Campo de Plessis-Trévisse, Aldeiasdo Minho de Draveil, Flores da Madeira deOrmesson, Estrelas de Versailles de Franceet Primavera de Créteil, organisé par l’Asso-ciation Franco-Portugaise Culturelle et Spor-tive de Créteil. Paroisse Saint Christophe, 15rue Octave du Mesnil, à Créteil (94). Entrée libre. Infos: 06.29.51.11.84.

Le dimanche 26 avril, 14h00 Festival folklorique avec les groupes Infantilet Adulte de Soisy, Os Lusitanos de SaintCyr-l’Ecole, Roda do Alto Paiva d’Orsay, Es-trelas do Norte de Mitry-Mory, Flores da Ma-deira d’Ormesson-sur-Marne, Danças eCantares d’Almeirim de Levallois-Perret,Casa do Povo de Serzadelo (Guimarães) etle groupe de Bombos de Soisy-sous-Mont-morency. Organisé par l’Association des Por-tugais Unis avec Tous de la Vallée deMontmorency. Salle Paul Nicolas, 27 routede Margency, à Eaubonne (95). Infos: 06.19.98.19.25.

Le dimanche 26 avril, 12h00 Festival de folklore avec 5 groupes folklo-riques portugais dans le cadre du 15ème an-niversaire de l’Amicale Franco-Portugaise deClamart. Salle des Fêtes Municipale, placeJules Hunebelle, à Clamart (92). Possibilitéde déjeuner. Infos: 06.22.41.19.23.

Le dimanche 19 avril, 15h00 Tournoi de Sueca organisé par l’Associationfolklorique Juventude portuguesa de Paris7. Salle C3B, 54 rue Emeriau, à Paris 15.

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LJ 213-II

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Nelson Costa naRádio Enghien

No próximo sábado, dia 11 de abril,o convidado do programa ‘Voz dePortugal’ da rádio Enghien, é NelsonCosta para apresentação do seu novotrabalho.No sábado seguinte, dia 18 de abril,haverá um programa especial sobrea festa do 31° aniversário de Voz dePortugal IDFM.O programa tem lugar aos sábados,das 14h30 às 16h30, e pode ser ou-vido na região norte de Paris em FM98,0 ou por internet em:idfm98.fr.

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