NIVEIS DE INTERVENSÃO:

PRIMEIRO NÍVEL – MODIFICAÇÃO CIRCUNSCRITA Esta intervenção de primeiro nível se limita ao edifício como realidade individual. Isso pode ser uma boa proposta se você não pretende falar em oposição ou qualquer outro recurso mais livre sobre o edifício. Os significados associados devem manter o principal significado latente, uma vez que se entende que a cena é a protagonista na construção existente. Assim, o autor se limita a deixar o edifício falar se referindo a construção dando o tom de seu discurso mas sempre no propósito de o ajudar a recuperar seu poder de persuasão. Na mezquita de Córdoba se apresenta uma intervenção por parte de Velasquez Bosco, que apesar de ter limites claramente definidos pelo edifício, decide intervir ao mesmo. Esta intersecção, por exemplo é absorvida pela imagem dominante do edifício .Carlo Scarpa também apresenta um exemplo de justaposição com o Castillo Derrotado por propor o diálogo entre o novo e o antigo mediante escolha dos materiais, bem como dos elementos novos propostos. SEGUNDO NÍVEL – MODIFICAÇÃO DO LOCUS

O segundo nível de intervenção fala de ações arquitetônicas em contextos urbanos, onde se afeta o entorno do edifício bem como as edificações construídas. Mudando por tanto as condições do local e seus respectivos sistemas. Este nível de intervenção se expressa como uma modificação de lócus compreendido no conceito expressado na frase de Rossi que define como a “relação Singular e ainda universal entre determinada situação local e edifícios que estão naquele lugar “.

São enquadrados no segundo nivel de intervenção os projetos arquitetônicos em que apesar de não ter por foco a intervenção urbana mostram uma vocação para a modificação das condições urbanas onde se encontra a edificação proposta, a alteração do genius loci.

TERCEIRO NÍVEL – PAUTA DE CONFORMAÇÃO URBANA

O terceiro nível de intervenção é aquele que modifica diretamente o a morfologia de uma fração urbana da cidade, se caracterizando como uma forma muito particular de intervenção, em que a escala de modificação pode ser muito variável. Projetos incluídos neste nível são quase incluídos no conceito urbanístico e pode ser considerado com uma construção da cidade.

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PADRAO DE INTERVENÇÃO

PRIMEIRO PADRÃO - ESTABELECIMENTO DE TECIDO URBANO Reformulação espacial do tecido urbano, levando em conta que este é um sistema de volumes construídos, onde o espaço de atuação são espaços vazios ou intersectores .

Nos vazios do contexto construído, se desenvolve operações de sutura, onde se insere um volume que serve como tecido conjuntivo, aumentando a densidade do construído que repara ou reconstrói a forma do tecido urbano.

Para uma boa intervenção com este padrão, é necessário demonstrar sensibilidade heterotópica e conjuntiva a partir da integração de fragmentos existentes.

SEGUNDO PADRÃO - OCLUSÃO DO ESPAÇO URBANO

Intervir positivamente através de formas de massa (sólidos) para delimitar, para incluir ou fechar espaço

( vazios).

O muro é definido como o limite entre duas realidades formando vácuo e também demarcando o edifício .

Em exemplo de recomposição da San Marco Piazza varanda do Médio da construção dos novos magistrados ,em que se reconhece o espaço da forma urbana como objetivo prioritário, que é o princípio básico do padrão de oclusão.

O problema da contextualização se resolve dando uma relativa continuidade topológica e estilística evidente na obra de Asplun, para o caso em que a Câmara Municipal de Gotemburgo, o interior é " fervorosamente moderno e sem inibição. "

TERCEIRO PADRÃO - CONTINUIDADE DA IMAGEM

Este padrão tem como objetivo melhorar o relacionamento visual que pode ocorrer entre a nova intervenção e a edificação pré- existente, atuando principalmente em questões plásticas .

Como instrumento metodológico, a continuidade estilística tem longa tradição para homologar a estética do antigo e do novo .

Com Projecto Gardella los dee Canal Giudecca é mostrado que o uso do repertório formal do local , pode se resolver o problema da inserção de novas arquiteturas em distritos históricos, tão consolidada como Veneza, utilizando elementos e técnicas modernas.

Em esse padrão, a imagem externa é mais importante do que as supostas lealdades tipológicas.

Rafael Moneo enfrenta este problema com uma persistente dimensão crítica e dialética, compreendendo a crítica como uma revisão do pensamento moderno e de vanguarda, e dialética como a coexistência entre a nova arquitetura e lugar.

QUARTO PADRÃO – RECRIAÇÃO DE FORMAS TIPOLÓGICAS

" Padrão que se opõe a uma revogação da memória. Neste arquivo como experiência , surgem as referências que permitem construir mentalmente a estrutura dos tipos arquitetônicos. Estes afloram por associações intelectuais do projetista ,sendo consciente ou inconscientemente um impulso relacional que incita a recorrer as condições locais" .

"Desde o princípio da construção da cidade, colocando os sólidos a serviço da forma espacial urbana, evidencia sutis referências tipológicas e figurativas de alguns elementos arquitetônicos que,mesmo aceitando a historicidade veiculante , não renunciaram ao seu direito de modernidade ".

Em seu Museu da História Alemã de Berlim, Rossi recorre a múltiplas tipologias carregadas de nostalgia buscando afirmação e negação da moral histórica de um povo . Aqui primeiro é o significado histórico e tipológico, depois a análise da função.

QUINTO PADRÃO - COLISÃO DE ESTRUTURAS FORMAIS

O choque e a descrença com o construído, onde os valores estão no novo /novidade .

Isto torna-se importante como o advento vanguardas plásticas , onde é proposto oposições formais de estilo, escala e / ou tipologias contra ordenação prevalente.

Exemplo : Centre Pompidou

“No tecido estrutural, a perturbação proposta visa confirmar a ordem do existente, de uma maneira complexa, porém enérgica, mas talvez com força com o propósito harmonizante . " Detmar Grotzabtch .

" A colisão de estruturas formais que acompanham a rivalidade , enquanto que a congruência é a expressão de uma conformidade com o real construído. "

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ATITUDES FRENTE AO CONTEXTO

A) ARQUITETURA DESCONTEXTUALIZADA

Displicência com o entorno e falta de significado contextual ;

Ignore o diálogo com o entorno e só a perfeição técnica possui credito da profecia arquitetônica.

B) ARQUITETURA DE CONTRASTAÇÃO

Eu me recuso a colaborar formalmente com a continuidade mais ou menos homogênea do contexto;

Destina-se a expressar a descontinuidade como uma expressão cultural, agitando qualquer vínculo emocional ou fixação morfológica com o passado.

C) ARQUITETURA HISTÓRICA

Historicismo como adoção de uma consciência renovada da continuidade, expressada na persistência de características figurativas e estilísticas dentro da cultura material do lugar;

O resultado é obtido através da reprodução /mimesis e reinterpretação /analogia.

D) ARQUITETURA FOUCLÓRICA

Reprodução padrões antropológicos, ligados a campos culturais pré-industriais , e portanto em franco processo crepuscular ;

Os arquitetos se vêem forçados a criar um falso estilo vernacular como conseqüência do capitalismo e da democracia.

" Mimesis é praticada pela máscara e falsificação. "

E) ARQUITETURA DE BASE TIPOLÓGICA

"A existência de uma arquitetura capaz de aludir a parâmetros estruturais consolidados (...) sem assim ser concluido um mimetismo figurativo.”

F) ARQUITETURA DO FRAGMENTO

"As ações básicas do fragmento ( ... ) são teoricamente fundamentadas no reconhecimento dos princípios de multiplicidade. “ De acordo com Tafuri " um dos instrumentos típicos desse experimentalismo arquitetônico consiste na montagem e remontagem de vários códigos diversos e distantes entre si ideais historicamente . "

Estimula uma relação fracamente estruturada de uma ordem heterotópica vinculado a capacidade do arquiteto como criador de uma colagem sem o apoio metodológico.

G) ARQUITETURA CONTEXTUAIS

" É aquela que sem o uso de recursos superficiais de mimese,tampouco de analogia direta , estabelece uma rara simbiose com o contexto, prolongando ou revitalizando -o mediante um esforço de indagação formal

orientado a partir do próprio contexto , tratando de salvar o conflito entre a individualidade dos objetos e as leis estabelecidas ao construir a cidade . "