Frederico, o poeta

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Frederico o poeta Frederico era diferente Dos seus quatro irmãos! Os seus irmãos Trabalhavam como toda a gente. Eles apanhavam Milho, trigo, palha e nozes. Mal eles sonhavam Que Frederico ouvia vozes Interiores. Essas vozes Diziam-lhe que ele era poeta. Eram vozes de profeta Que o ensinavam a escrever poesia. Frederico sentia Que os dias de inverno Para ele eram um inferno. Então resolveu recolher Raios de sol. Está-se mesmo a ver Que o sol Servia para tornar Os dias frios e escuros de inverno Em sonhos para ele amar E dar luz a todos Para conhecerem o que é belo e moderno. Os modos

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Na sequência da exploração da história Frederico, tivemos a participação de um dos encarregados de educação com este poema exemplar.

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Frederico o poeta

Frederico era diferente

Dos seus quatro irmãos!

Os seus irmãos

Trabalhavam como toda a gente.

Eles apanhavam

Milho, trigo, palha e nozes.

Mal eles sonhavam

Que Frederico ouvia vozes

Interiores.

Essas vozes

Diziam-lhe que ele era poeta.

Eram vozes de profeta

Que o ensinavam a escrever poesia.

Frederico sentia

Que os dias de inverno

Para ele eram um inferno.

Então resolveu recolher

Raios de sol.

Está-se mesmo a ver

Que o sol

Servia para tornar

Os dias frios e escuros de inverno

Em sonhos para ele amar

E dar luz a todos

Para conhecerem o que é belo e moderno.

Os modos

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Na alma dos seus irmãos

Eram agrestes,

Pois eles só conheciam

Trabalhos campestres.

Frederico transformava

Assim os dias cinzentos

Em dias de luz e muita cor.

Frederico tinha bom coração

E queria acabar com os lamentos

E dar muito amor

A todos os humanos da sua condição.

Frederico juntava

Com muito jeito as palavras.

Ele cantava, ele gritava

Com muita vontade

Para soltar as amarras

Que oprimiam as almas.

Ele desejava ver a liberdade

A arder em chamas

Nas almas das pessoas.

Ele queria que só houvesse verdade

Para que todas as almas fossem boas.

Os irmãos de Frederico achavam

Estranho o seu comportamento.

Frederico sabia o que pensavam

E revelou-lhes então o seu encanto.

Cantou-lhes este poema

E ficaram a saber que era poeta.

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Desvendou assim o problema

E os seus irmãos acharam que era profeta.

A partir de então

Frederico com a sua poesia

Aquecia-lhes o coração

E espargia neles uma luz que luzia

Resplandecente, pois agora a vida era alegria.

Luís Lameiras ( pai da aluna do 1º ano, Lara)