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semente moda I design I sustentabilidade edição um I ano um Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

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POR QUE COMPRAR LOCALMENTE?

Coloque seu $ onde seu está

Compre localmente!

Você mantém seu dinheiro na economia local

Valoriza a singularidade da sua comunidade

Contribui para a criação de empregos locais

Você ajuda na preservação do meio ambiente

Encoraja o espírito de comunidade

Você se beneficia e apoia o conhecimento local

Investe no empreendedorismo e nos sonhos das pessoas

No dia 24 de abril de 2013, 1133 pessoas morreram e muitos mais ficaram feridos no desabamento do complexo de fábricasRana Plaza, em Dhaka, Bangladesh. Infelizmente, catástrofes sociais e ambientais acontecem com frequência no universoda moda, em diversos locais do mundo, quase sempre longe dos nossos olhos.

Moda é sobre conexões - com agricultores, designers, costureiros, produtores, consumidores, tecidos, aviamentos,técnicas e tecnologia - e nós perdemos a conexão com o que vestimos: não sabemos a origem ou o destino do que é criadoe produzido, nem as condições e materiais que as roupas são feitas. Precisamos nos reconectar com a moda e mostrarque é possível as empresas serem mais justas, sustentáveis e responsáveis, principalmente porque a moda nos acompanha a vida toda, desde o momento em que nascemos e é uma forte expressão cultural do nosso tempo.

Assim, surgiu o movimento Fashion Revolution Day, para dar um basta à situações degradantes e sujas das quais a modafaz parte. Queremos mais transparência, saber quem fez nossas roupas, em quais condições foram produzidas e quaisimpactos e soluções estão por trás de cada peça.

Esse é um movimento internacional formado por pessoas que se preocupam com o que vestem, que acreditam e buscamuma indústria que seja do bem, que valorize as pessoas, busque preservar os recursos naturais, seja transparentee responsável.

Você também pode participar e ajudar a conscientizar sobre a produção das suas roupas: pergunte para as marcas« quem faz minhas roupas? ». No dia 24.04.2015 vista uma peça do lado avesso, fotografe e compartilhe com ashashtags #insideout #fashionrevolution e #fashionrevolutionbrasil. Acesse o site do movimento, compartilhe ideiase mostre a sua voz!

Outra moda é possível, se cada um de nós fizer a sua parte!

« Nós carregamos a história das pessoas que fazem nossas roupas» (Ali Hewson)

Mais informações: www.fashionrevolution.org

Quemfazminhasroupas

MOVIMENTO FASHION REVOLUTIONQuem faz minhas roupas?

Por que roupas muito baratas não são um bom negócio?

Você certamente já ouviu falar da expressão fast-fashion (ou moda rápida) inventada pelos grandes varejistas. O intutito é vender mais e aumentar os lucros oferecendo muitas novidades ao consumidor e estimulando o desejo e as comprasconstantes.

Mas, no fundo, por que o fast-fashion é um vilão para nossa sociedade e nosso planeta?

Ao optar por trabalhar com fast-fashion, o varejista buscar gastar o mínimo possível com materiais e mão-de-obra,colocar altas taxas de lucro e vender peças à preços mais baixos, para que o consumidor compre sempre em um cicloconstante de consumo. Para se ter uma ideia, em grandes varejistas como a Zara, H&M e Forever 21, o lucro é de 50 a 75%em cada peça.

E quem perde com isso?Todos nós: as matérias-prima - tecidos e aviamentos - são de baixa qualidade e em altíssima quantidade, refletindo emmais extração de recursos naturais com a frequência que a Natureza não consegue acompanhar. Além disso, as peças sãoconfeccionadas em países com péssimas condições de trabalho, como Índia, Bangladesh e China, onde funcionários chegama receber menos de R$ 0,50 por roupa costurada (ou seja, menos de 1% do valor que o varejista paga pela peça)

Achamos que é nosso direito comprar roupas super baratas e continuamos acreditando que está tudo bem. Mas não está.

Que tal fazermos uma reflexão e nos responsabilizarmos pela forma como consumimos? Não se trata de deixar de comprar,mas sim comprar com mais consciência: optar por roupas feitas de forma mais sustentável, com materiais de menor impacto para o planeta, produzidas localmente, naquela loja na cidade ou na feira de criadores independentes, sempreobservando a forma como as peças são confeccionadas e se informando sobre a produção das roupas que você compra. Somos parte de um movimento maior e juntos podemos fazer a diferença.

O fast-fashion está aí, mas é nossa opção fazer parte disso. Queremos mesmo apoiar um estilo de produção que não nosrepresenta?

Por Débora Schmidt Nardello

Sustentabilidade, inclusão social, design, oportunidades e fortalecimento da comunidade - tudo isso nós encontramosna Cooperárvore, uma cooperativa social criada em 2006, em Betim - MG, que cria e produz peças unindo costura,serigrafia e artesanato.

Utilizando como matéria-prima materiais automotivos descartados e doados pela Fiat Automóveis e seus parceiros,como aparas de cintos de segurança e tecidos automotivos, a cooperativa produz diversos artigos, como sacolas, bolsas,mochilas, chaveiros, necessaires, etc. Em oito anos, 220 mil produtos foram comercializados e, desde 2011, reaproveitados17 toneladas de materiais que seriam considerados lixo.

A Cooperárvore é um dos «galhos» do programa Árvore da Vida, no bairro Jardim Teresópolis (programa esse que buscao desenvolvimento da comunidade localizada em frente à fábrica da Fiat em Betim e que desenvolve diversas atividades) e conta com cerca de 18 cooperados que aprendem uma nova profissão, conquistam uma renda mensal e fazem a diferençano ambiente em que vivem, já que o desenvolvimento social e econômico são peças fundamentais na cooperativa. Alémdisso, como tudo é produzido por pessoas da comunidade onde o projeto está instalado, gera o desenvolvimento do localcomo um todo.

São lançadas em média cinco coleções anuais - uma principal e outras para datas comemorativas, como dia das mães,dos pais, dos namorados e das crianças. A coleção de 2015 foi inspirada nos quatro elemento da Natureza: terra, água,fogo e ar, pois na Grécia Antiga eram considerados a origem de todas as coisas e essenciais para a sobrevivência do serhumano. Essa coleção foi lançada na 25º Feira Nacional de Artesanato, na Expominas, em dezembro de 2014;

Para mais informações sobre o projeto é só acessar o site: www.cooperarvore.com.br

COOPERÁRVORE

Berinjela, cebola, tomate, pimentão, alface... logo nos vem à mente uma horta comum, se não fosse pelo fato de todosesses vegetais serem plantados no meio de São Paulo, no teto de um shopping, em meio à paisagem de concreto, como umailha verde entre prédios.

Desde 2012 o Shopping Eldorado, na zona oeste de São Paulo, investe em um projeto de compostagem para dar um destinocorreto aos quase 400 quilos de restos de comida encontrados em sua praça de alimentação diariamente. O lixo orgânico,que antes era todo destinado ao aterro sanitário agora tem parte direcionada para uma horta construída no telhado doshopping.

As sobras de alimentos das quase 10 mil refeições, servidas todos os dias, recebem enzimas específicas para acelerar adecomposição adequada do lixo. Como resultado: um composto que fica parecido com terra, rico em húmus e nutrientesminerais, pronto para ser usado nas plantações.

Numa área de 1000m² são cultivados berinjela, jiló, cebola, pimentões, alface, gengibre, tomate, manjericão, morango,pepino e abrobrinha, que são consumidos pelos próprios funcionários do shopping. Além da grande variedade de legumes,a horta conta também com uma farmácia viva, onde são plantadas hortelã, erva-doce, carquejo, malva, sálvia, alecrim, bálsamo e poejo.

De acordo com os administradores, o objetivo é fazer com que a horta urbana tome conta de toda a área superior e deixea temperatura interna do shopping mais amena, reduzindo os desperdícios com ar condicionado.

A ideia é simples, muito inteligente e de alto impacto para reduzir os resíduos e produzir alimentos de forma sustentávele livre de agrotóxicos, beneficiando a todos, mesmo que indiretamente.

Mais informações no site do shopping: www. shoppingeldorado.com.br

PROJETO TELHADO VERDECOMPOSTAGEM E HORTA NO TELHADO DO SHOPPING ELDORADO

« Não existe beleza na mais fina roupa segera morte e tristeza »

(Gandhi)

SOBREVivemos em um tempo estranho. Ligamos a TV e só vemos notícias ruins.Abrimos o jornal e só há desgraças para ler. Na Internet, um monte deassuntos que só tiram a nossa esperança. Desacreditamos no outro,achamos que o mundo não tem mais jeito.

Mas, por mais que tudo pareça uma bagunça sem fim, há muitas coisasboas acontecendo por aí e uma infinidade de razões para a gente continuaracreditando e fazendo a nossa parte por um mundo melhor.

Pensando em iluminar as pessoas, nasceu essa fanzine. De forma simples,queremos falar sobre moda, design e sustentabilidade, mostrar inovações eboas ideias que as pessoas estão realizando, restaurar a fé no outro, fazerrefletir e propor uma nova forma de enxergar o mundo, onde possamos viver em harmonia com a natureza e com a nossa sociedade. Vamos mostrar que a moda, o design e a sustentabilidade, quando de estão de mãos dadas, nos levam para um universo de possibilidades.

Essa é uma fanzine de notícias boas, para ser lida e compartilhada. Contémaltas doses de ideias e reflexões, muito carinho e cuidado envolvido, e descortina um mundo de possibilidades responsáveis.

Que as próximas páginas iluminem seu dia.Com carinho

Débora + Lusco Fusco

Certo dia, andando pelo Mercado Central da cidade de Teresina, no Piauí, a designer Luly Vianna encontrou faixas pretas no chão e, ao perguntar o que eram, descobriu que se tratavam de câmaras de pneu de caminhão. Ao retornar para São Paulo, procurou o material e viu nele novas possibilidades de criação. Então, depois de muita pesquisa, nasceu a Saissu Design.

Nomeada Saissu, que no original tupi guarani significa amor, a marca cria uma linha incrível de malas, mochilas, pulseiras,cintos e necessaires fabricadas com no mínimo 60% de material reciclado, podendo chegar até 98%, dependendo doproduto. Reciclando borrachas de câmaras de pneu, algodão e garrafas pet, as criações tem uma pegada bem contemporânea,sofisticada e, é claro, responsável. São peças criadas para pessoas que levam em conta as questões ambientais em suas escolhas cotidianas.

A criação começa com os desenhos da Luly e processo produtivo se inicia em parceria com mulheres das comunidades locais, que lavam e hidratam as câmaras de pneu, utilizando um produto à base d´água chamado Finish Repair. Após a hidratação, as câmaras são levadas para oficinas e ONGs parceiras, que fazem a construção do produto. O corte e costura da borracha sãofeitos manualmente - peça por peça - e passam por uma inspeção antes de chegar à loja.

Além da produção ser artesanal, as peças são resistentes e impermeáveis, com acabamentos de alto padrão, provando quepode-se reciclar materiais e transformá-los em produtos de alta durabilidade, unindo design e bom gosto. É a reinvençãodo que seria descartado, lixo repensado de forma totalmente nova e uma forma de reciclar o nosso amanhã.

SAISSU DESIGNTransformação de pneus em acessórios de luxo

Para saber mais sobre a Saissu: www.saissu.com

Showroom: Rua Arthur Frazão, 37, Jardins - São Paulo

Você já parou para pensar na quantidade de embalagens que nós descartamos semanalmente? Nâo? Mas lá em 2005 uma artista chamada Carol começou a questionar o que fazer com seus resíduos domésticos - garrafas, latas, embalagens deshampoos e cremes... O que poderia ser criado de bacana com esses materiais que a maioria das pessoas vê como lixo?

Desse questionamento nasceu a Ecojóias Carol Barreto. Inicialmente as criações foram feitas de garrafa pet dourada de uma edição limitada, depois com latinhas e assim, em 10 anos, foram surgindo criações leves e coloridas, feitas artesanalmenteuma a uma, com 30 a 98% de materiais que seriam descartados, como garrafas pet, latas de alumínio, embalagens plásticasde cosméticos e produtos de limpeza e câmaras de pneu, sempre mesclados com materiais duradouros, como a prata e o aço, para que as peças durem mais, evitando o descarte precoce.

A marca carioca não só cria jóias incríveis, mas também busca a conscientização das pessoas, supreendendo-as com peçasbacanas feitas com o que era visto como lixo, em misturas e combinações inusitadas. Grande parte da matéria-prima vem das próprias clientes, que doam seus resíduos domésticos após entenderem a importância de dar um destino correto à esse material.

Mas como funciona a confecção?O material recebido é limpo com água da chuva reaproveitada ( ), separado por tipo, cor e espessura. Num segundo momentosão feitos desenhos específicos para cada material. As peças são montadas manualmente e as embalagens criadas com papelde revista ou garrafa pet. Além disso, as sobras geradas na produção são separadas e enviadas para reciclagem.

São desenvolvidas duas coleções por ano, mas as peças não saem de linha, assim os clientes podem comprar os modelosno tempo que desejarem. Porém, há algumas edições limitadas, geralmente feitas com algum material promocional ou decor especial.

Para saber mais sobre a Ecojóias Carol Barreto é só acesssar o site: www.carolbarreto.com.br

ECOJÓIAS CAROL BARRETO

COMPRANDO ETICAMENTEEu quero comprar algo:

Eu realmente preciso e vou usar?

Sim Não

Pode ser usado?

Posso comprar com desenvolvimento sustentável?

Sim Não

Sim Não

Compre para durar

reciclado orgânicotrabalho de cooperativa Comércio justo artesanal upcyclingproduzido localmente

Próxima edição desta fanzine:

Contato: [email protected]

Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br

Maio/2015

semente

moda I design I sustentabilidade

edição um I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

semente

moda I design I sustentabilidade

edição um I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

FRENTE TRÁS

COMPRANDO ETICAMENTEEu quero comprar algo:

Eu realmente preciso e vou usar?

Sim Não

Pode ser usado?

Posso comprar com desenvolvimento sustentável?

Sim Não

Sim Não

Compre para durar

reciclado orgânicotrabalho de cooperativa Comércio justo artesanal upcyclingproduzido localmente

SOBRE Vivemos em um tempo estranho. Ligamos a TV e só vemos notícias ruins.Abrimos o jornal e só há desgraças para ler. Na Internet, um monte deassuntos que só tiram a nossa esperança. Desacreditamos no outro,achamos que o mundo não tem mais jeito.

Mas, por mais que tudo pareça uma bagunça sem fim, há muitas coisasboas acontecendo por aí e uma infinidade de razões para a gente continuaracreditando e fazendo a nossa parte por um mundo melhor.

Pensando em iluminar as pessoas, nasceu essa fanzine. De forma simples,queremos falar sobre moda, design e sustentabilidade, mostrar inovações eboas ideias que as pessoas estão realizando, restaurar a fé no outro, fazerrefletir e propor uma nova forma de enxergar o mundo, onde possamos viver em harmonia com a natureza e com a nossa sociedade. Vamos mostrar que a moda, o design e a sustentabilidade, quando estão de mãos dadas, nos levam para um universo de possibilidades.

Essa é uma fanzine de notícias boas, para ser lida e compartilhada. Contémaltas doses de ideias e reflexões, muito carinho e cuidado envolvido, e descortina um mundo de possibilidades responsáveis.

Que as próximas páginas iluminem seu dia. Com carinho

Débora + Lusco Fusco

Por que roupas muito baratas não são um bom negócio?

Por Débora Schmidt Nardello

Numa área de 1000m² são cultivados berinjela, jiló, cebola, pimentões, alface, gengibre, tomate, manjericão, morango, pepino e abobrinha, que são consumidos pelos próprios funcionários do shopping. Além da grande variedade de legumes, a horta conta também com uma farmácia viva, onde são plantadas hortelã, erva-doce, carquejo, malva, sálvia, alecrim, bálsamo e poejo.

De acordo com os administradores, o objetivo é fazer com que a horta urbana tome conta de toda a área superior e deixe a temperatura interna do shopping mais amena, reduzindo os desperdícios com ar condicionado.

A ideia é simples, muito inteligente e de alto impacto para reduzir os resíduos e produzir alimentos de forma sustentável e livre de agrotóxicos, beneficiando a todos, mesmo que indiretamente.

Mais informações no site do shopping: www. shoppingeldorado.com.br

Berinjela, cebola, tomate, pimentão, alface... logo nos vem à mente uma horta comum, se não fosse pelo fato de todos esses vegetais serem plantados no meio de São Paulo, no teto de um shopping, em meio à paisagem de concreto, como uma ilha verde entre prédios.

Desde 2012 o Shopping Eldorado, na Zona Oeste de São Paulo, investe em um projeto de compostagem para dar um destino correto aos quase 400 quilos de restos de comida encontrados em sua praça de alimentação diariamente. O lixo orgânico, que antes era todo destinado ao aterro sanitário agora tem parte direcionada para uma horta construída no telhado do shopping.

As sobras de alimentos das quase 10 mil refeições, servidas todos os dias, recebem enzimas específicas para acelerar a decomposição adequada do lixo. Como resultado: um composto que fica parecido com terra, rico em húmus e nutrientes minerais, pronto para ser usado nas plantações.

PROJETO TELHADO VERDECOMPOSTAGEM E HORTA NO TELHADO DO SHOPPING ELDORADO

Você certamente já ouviu falar da expressão fast-fashion (ou moda rápida) inventada pelos grandes varejistas. O intuito é vender mais e aumentar os lucros oferecendo muitas novidades ao consumidor e estimulando o desejo e as compras constantes.

Mas, no fundo, por que o fast-fashion é um vilão para nossa sociedade e nosso planeta?

Ao optar por trabalhar com fast-fashion, o varejista buscar gastar o mínimo possível com materiais e mão-de-obra, colocar altas taxas de lucro e vender peças à preços mais baixos, para que o consumidor compre sempre em um ciclo constante de consumo. Para se ter uma ideia, em grandes varejistas como a Zara, H&M e Forever 21, o lucro é de 50 a 75% em cada peça.

E quem perde com isso?Todos nós: as matérias-prima - tecidos e aviamentos - são de baixa qualidade e em altíssima quantidade, refletindo em mais extração de recursos naturais com a frequência que a Natureza não consegue acompanhar. Além disso, as peças são confeccionadas em países com péssimas condições de trabalho, como Índia, Bangladesh e China, onde funcionários chegam a receber menos de R$ 0,50 por roupa costurada (ou seja, menos de 1% do valor que o varejista paga pela peça)

Achamos que é nosso direito comprar roupas super baratas e continuamos acreditando que está tudo bem. Mas não está.

Que tal fazermos uma reflexão e nos responsabilizarmos pela forma como consumimos? Não se trata de deixar de comprar, mas sim comprar com mais consciência: optar por roupas feitas de forma mais sustentável, com materiais de menor impacto para o planeta, produzidas localmente, naquela loja na cidade ou na feira de criadores independentes, sempre observando a forma como as peças são confeccionadas e se informando sobre a produção das roupas que você compra. Somos parte de um movimento maior e juntos podemos fazer a diferença.

O fast-fashion está aí, mas é nossa opção fazer parte disso. Queremos mesmo apoiar um estilo de produção que não nos representa?

Sustentabilidade, inclusão social, design, oportunidades e fortalecimento da comunidade - tudo isso nós encontramos na Cooperárvore, uma cooperativa social criada em 2006, em Betim - MG, que cria e produz peças unindo costura, serigrafia e artesanato.

Utilizando como matéria-prima materiais automotivos descartados e doados pela Fiat Automóveis e seusparceiros, como aparas de cintos de segurança e tecidos automotivos, a cooperativa produz diversos artigos, como sacolas, bolsas, mochilas, chaveiros, necessaires, etc. Em oito anos, 220 mil produtos foram comercializados e, desde 2011, reaproveitados 17 toneladas de materiais que seriam considerados lixo.

A Cooperárvore é um dos «galhos» do programa Árvore da Vida, no bairro Jardim Teresópolis (programa esse que busca o desenvolvimento da comunidade localizada em frente à fábrica da Fiat em Betim e que desenvolve diversas atividades) e conta com cerca de 18 cooperados que aprendem uma nova profissão, conquistam uma renda mensal e fazem a diferença no ambiente em que vivem, já que o desenvolvimento social e econômico são peças fundamentais na cooperativa. Além disso, como tudo é produzido por pessoas da comunidade onde o projeto está instalado, gera o desenvolvimento do local como um todo.

São lançadas em média cinco coleções anuais - uma principal e outras para datas comemorativas, como dia das mães, dos pais, dos namorados e das crianças. A coleção de 2015 foi inspirada nos quatro elemento da Natureza: terra, água, fogo e ar, pois na Grécia Antiga eram considerados a origem de todas as coisas e essenciais para a sobrevivência do ser humano. Essa coleção foi lançada na 25º Feira Nacional de Artesanato, na Expominas, em dezembro de 2014;

Para mais informações sobre o projeto é só acessar o site: www.cooperarvore.com.br

COOPERÁRVORE

Para saber mais sobre a Saissu: www.saissu.com

Showroom: Rua Arthur Frazão, 37, Jardins - São Paulo

Certo dia, andando pelo Mercado Central da cidade de Teresina, no Piauí, a designer Luly Vianna encontrou faixas pretas no chão e, ao perguntar o que eram, descobriu que se tratavam de câmaras de pneu decaminhão. Ao retornar para São Paulo, procurou o material e viu nele novas possibilidades de criação.Então, depois de muita pesquisa, nasceu a Saissu Design.

Nomeada Saissu, que no original tupi guarani significa amor, a marca cria uma linha incrível de malas, mochilas, pulseiras, cintos e necessaires fabricadas com no mínimo 60% de material reciclado, podendo chegar até 98%, dependendo do produto. Reciclando borrachas de câmaras de pneu, algodão e garrafas pet, as criações tem uma pegada bem contemporânea, sofisticada e, é claro, responsável. São peças criadas para pessoas que levam em conta as questões ambientais em suas escolhas cotidianas.

A criação começa com os desenhos da Luly e processo produtivo se inicia em parceria com mulheres das comunidades locais, que lavam e hidratam as câmaras de pneu, utilizando um produto à base d´água chamado Finish Repair. Após a hidratação, as câmaras são levadas para oficinas e ONGs parceiras, que fazem a construção do produto. O corte e costura da borracha são feitos manualmente - peça por peça - e passam por uma inspeção antes de chegar à loja.

Além da produção ser artesanal, as peças são resistentes e impermeáveis, com acabamentos de alto padrão, provando que pode-se reciclar materiais e transformá-los em produtos de alta durabilidade, unindo design e bom gosto. É a reinvenção do que seria descartado, lixo repensado de forma totalmente nova e uma forma de reciclar o nosso amanhã.

SAISSU DESIGNTransformação de pneus em acessórios de luxo

POR QUE COMPRAR LOCALMENTE?

Você mantém seu dinheiro na economia local;

Valoriza a singularidade da sua comunidade;

Contribui para a criação de empregos locais;

Você ajuda na preservação do meio ambiente;

Encoraja o espírito de comunidade;

Você se beneficia e apoia o conhecimento local;

Investe no empreendedorismo e nos sonhos das pessoas.

Você já parou para pensar na quantidade de embalagens que nós descartamos semanalmente? Nâo? Mas lá em 2005 uma artista chamada Carol começou a questionar o que fazer com seus resíduos domésticos - garrafas, latas, embalagens de shampoos e cremes... O que poderia ser criado de bacana com esses materiais que a maioria das pessoas vê como lixo?

Desse questionamento nasceu a Ecojóias Carol Barreto. Inicialmente as criações foram feitas de garrafa pet dourada de uma edição limitada, depois com latinhas e assim, em 10 anos, foram surgindo criações leves e coloridas, feitas artesanalmente, uma a uma, com 30 a 98% de materiais que seriam descartados,como garrafas pet, latas de alumínio, embalagens plásticas de cosméticos e produtos de limpeza e câmaras de pneu, sempre mesclados com materiais duradouros, como a prata e o aço, para que as peças durem mais,evitando o descarte precoce.

A marca carioca não só cria jóias incríveis, mas também busca a conscientização das pessoas, surpreendendo-as com peças bacanas feitas com o que era visto como lixo, em misturas e combinações inusitadas. Grande parte da matéria-prima vem das próprias clientes, que doam seus resíduos domésticos após entenderem a importância de dar um destino correto à esse material.

Mas como funciona a confecção?O material recebido é limpo com água da chuva reaproveitada ( ), separado por tipo, cor e espessura. Num segundo momento são feitos desenhos específicos para cada material. As peças são montadas manualmente e as embalagens criadas com papel de revista ou garrafa pet. Além disso, as sobras geradas na produção são separadas e enviadas para reciclagem.

São desenvolvidas duas coleções por ano, mas as peças não saem de linha, assim os clientes podem comprar os modelos quando desejarem. Há, porém, algumas edições limitadas, geralmente feitas com algum material promocional ou de cor especial.

Para saber mais sobre a Ecojóias Carol Barreto é só acesssar o site: www.carolbarreto.com.br

No dia 24 de abril de 2013, 1133 pessoas morreram e muitos mais ficaram feridos no desabamento do ´complexo de fábricas Rana Plaza, em Dhaka, Bangladesh. Infelizmente, catástrofes sociais e ambientais acontecem com frequência no universo da moda, em diversos locais do mundo, quase sempre longe dos nossos olhos.

Moda é sobre conexões - com agricultores, designers, costureiros, produtores, consumidores, tecidos, aviamentos, técnicas e tecnologia - e nós perdemos a conexão com o que vestimos: não sabemos a origem ou o destino do que é criado e produzido, nem as condições e materiais que as roupas são feitas. Precisamos nos reconectar com a moda e mostrar que é possível as empresas serem mais justas, sustentáveis e responsáveis, principalmente porque a moda nos acompanha a vida toda, desde o momento em que nascemos e é uma forte expressão cultural do nosso tempo.

Assim, surgiu o movimento Fashion Revolution Day, para dar um basta à situações degradantes e sujas das quais a moda faz parte. Queremos mais transparência, saber quem fez nossas roupas, em quais condições foram produzidas e quais impactos e soluções estão por trás de cada peça.

Esse é um movimento internacional formado por pessoas que se preocupam com o que vestem, que acreditam e buscam uma indústria que seja do bem, que valorize as pessoas, busque preservar os recursos naturais e seja transparente e responsável.

Você também pode participar e ajudar a conscientizar sobre a produção das suas roupas: pergunte para as marcas« quem faz minhas roupas? ». No dia 24.04.2015 vista uma peça do lado avesso, fotografe e compartilhe com as hashtags #insideout #fashionrevolution e #fashionrevolutionbrasil. Acesse o site do movimento, compartilhe ideias e mostre a sua voz!

Outra moda é possível, se cada um de nós fizer a sua parte!

« Nós carregamos a história das pessoas que fazem nossas roupas» (Ali Hewson)

Mais informações: www.fashionrevolution.org

Quemfazminhasroupas

MOVIMENTO FASHION REVOLUTIONQuem faz minhas roupas?

« Não existe beleza na mais fina roupa segera morte e tristeza »

Próxima edição desta fanzine: Maio/2015

Contato: [email protected]

Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br( Gandhi)

ECOJÓIAS CAROL BARRETO

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Compre localmente!

semente

moda I design I sustentabilidade

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Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

POR QUE COMPRAR LOCALMENTE?

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Encoraja o espírito de comunidade

Você se beneficia e apoia o conhecimento local

Investe no empreendedorismo e nos sonhos das pessoas

No dia 24 de abril de 2013, 1133 pessoas morreram e muitos mais ficaram feridos no desabamento do complexo de fábricasRana Plaza, em Dhaka, Bangladesh. Infelizmente, catástrofes sociais e ambientais acontecem com frequência no universoda moda, em diversos locais do mundo, quase sempre longe dos nossos olhos.

Moda é sobre conexões - com agricultores, designers, costureiros, produtores, consumidores, tecidos, aviamentos,técnicas e tecnologia - e nós perdemos a conexão com o que vestimos: não sabemos a origem ou o destino do que é criadoe produzido, nem as condições e materiais que as roupas são feitas. Precisamos nos reconectar com a moda e mostrarque é possível as empresas serem mais justas, sustentáveis e responsáveis, principalmente porque a moda nos acompanha a vida toda, desde o momento em que nascemos e é uma forte expressão cultural do nosso tempo.

Assim, surgiu o movimento Fashion Revolution Day, para dar um basta à situações degradantes e sujas das quais a modafaz parte. Queremos mais transparência, saber quem fez nossas roupas, em quais condições foram produzidas e quaisimpactos e soluções estão por trás de cada peça.

Esse é um movimento internacional formado por pessoas que se preocupam com o que vestem, que acreditam e buscamuma indústria que seja do bem, que valorize as pessoas, busque preservar os recursos naturais, seja transparentee responsável.

Você também pode participar e ajudar a conscientizar sobre a produção das suas roupas: pergunte para as marcas« quem faz minhas roupas? ». No dia 24.04.2015 vista uma peça do lado avesso, fotografe e compartilhe com ashashtags #insideout #fashionrevolution e #fashionrevolutionbrasil. Acesse o site do movimento, compartilhe ideiase mostre a sua voz!

Outra moda é possível, se cada um de nós fizer a sua parte!

« Nós carregamos a história das pessoas que fazem nossas roupas» (Ali Hewson)

Mais informações: www.fashionrevolution.org

Quemfazminhasroupas

MOVIMENTO FASHION REVOLUTIONQuem faz minhas roupas?

Por que roupas muito baratas não são um bom negócio?

Você certamente já ouviu falar da expressão fast-fashion (ou moda rápida) inventada pelos grandes varejistas. O intutito é vender mais e aumentar os lucros oferecendo muitas novidades ao consumidor e estimulando o desejo e as comprasconstantes.

Mas, no fundo, por que o fast-fashion é um vilão para nossa sociedade e nosso planeta?

Ao optar por trabalhar com fast-fashion, o varejista buscar gastar o mínimo possível com materiais e mão-de-obra,colocar altas taxas de lucro e vender peças à preços mais baixos, para que o consumidor compre sempre em um cicloconstante de consumo. Para se ter uma ideia, em grandes varejistas como a Zara, H&M e Forever 21, o lucro é de 50 a 75%em cada peça.

E quem perde com isso?Todos nós: as matérias-prima - tecidos e aviamentos - são de baixa qualidade e em altíssima quantidade, refletindo emmais extração de recursos naturais com a frequência que a Natureza não consegue acompanhar. Além disso, as peças sãoconfeccionadas em países com péssimas condições de trabalho, como Índia, Bangladesh e China, onde funcionários chegama receber menos de R$ 0,50 por roupa costurada (ou seja, menos de 1% do valor que o varejista paga pela peça)

Achamos que é nosso direito comprar roupas super baratas e continuamos acreditando que está tudo bem. Mas não está.

Que tal fazermos uma reflexão e nos responsabilizarmos pela forma como consumimos? Não se trata de deixar de comprar,mas sim comprar com mais consciência: optar por roupas feitas de forma mais sustentável, com materiais de menor impacto para o planeta, produzidas localmente, naquela loja na cidade ou na feira de criadores independentes, sempreobservando a forma como as peças são confeccionadas e se informando sobre a produção das roupas que você compra. Somos parte de um movimento maior e juntos podemos fazer a diferença.

O fast-fashion está aí, mas é nossa opção fazer parte disso. Queremos mesmo apoiar um estilo de produção que não nosrepresenta?

Por Débora Schmidt Nardello

Sustentabilidade, inclusão social, design, oportunidades e fortalecimento da comunidade - tudo isso nós encontramosna Cooperárvore, uma cooperativa social criada em 2006, em Betim - MG, que cria e produz peças unindo costura,serigrafia e artesanato.

Utilizando como matéria-prima materiais automotivos descartados e doados pela Fiat Automóveis e seus parceiros,como aparas de cintos de segurança e tecidos automotivos, a cooperativa produz diversos artigos, como sacolas, bolsas,mochilas, chaveiros, necessaires, etc. Em oito anos, 220 mil produtos foram comercializados e, desde 2011, reaproveitados17 toneladas de materiais que seriam considerados lixo.

A Cooperárvore é um dos «galhos» do programa Árvore da Vida, no bairro Jardim Teresópolis (programa esse que buscao desenvolvimento da comunidade localizada em frente à fábrica da Fiat em Betim e que desenvolve diversas atividades) e conta com cerca de 18 cooperados que aprendem uma nova profissão, conquistam uma renda mensal e fazem a diferençano ambiente em que vivem, já que o desenvolvimento social e econômico são peças fundamentais na cooperativa. Alémdisso, como tudo é produzido por pessoas da comunidade onde o projeto está instalado, gera o desenvolvimento do localcomo um todo.

São lançadas em média cinco coleções anuais - uma principal e outras para datas comemorativas, como dia das mães,dos pais, dos namorados e das crianças. A coleção de 2015 foi inspirada nos quatro elemento da Natureza: terra, água,fogo e ar, pois na Grécia Antiga eram considerados a origem de todas as coisas e essenciais para a sobrevivência do serhumano. Essa coleção foi lançada na 25º Feira Nacional de Artesanato, na Expominas, em dezembro de 2014;

Para mais informações sobre o projeto é só acessar o site: www.cooperarvore.com.br

COOPERÁRVORE

Berinjela, cebola, tomate, pimentão, alface... logo nos vem à mente uma horta comum, se não fosse pelo fato de todosesses vegetais serem plantados no meio de São Paulo, no teto de um shopping, em meio à paisagem de concreto, como umailha verde entre prédios.

Desde 2012 o Shopping Eldorado, na zona oeste de São Paulo, investe em um projeto de compostagem para dar um destinocorreto aos quase 400 quilos de restos de comida encontrados em sua praça de alimentação diariamente. O lixo orgânico,que antes era todo destinado ao aterro sanitário agora tem parte direcionada para uma horta construída no telhado doshopping.

As sobras de alimentos das quase 10 mil refeições, servidas todos os dias, recebem enzimas específicas para acelerar adecomposição adequada do lixo. Como resultado: um composto que fica parecido com terra, rico em húmus e nutrientesminerais, pronto para ser usado nas plantações.

Numa área de 1000m² são cultivados berinjela, jiló, cebola, pimentões, alface, gengibre, tomate, manjericão, morango,pepino e abrobrinha, que são consumidos pelos próprios funcionários do shopping. Além da grande variedade de legumes,a horta conta também com uma farmácia viva, onde são plantadas hortelã, erva-doce, carquejo, malva, sálvia, alecrim, bálsamo e poejo.

De acordo com os administradores, o objetivo é fazer com que a horta urbana tome conta de toda a área superior e deixea temperatura interna do shopping mais amena, reduzindo os desperdícios com ar condicionado.

A ideia é simples, muito inteligente e de alto impacto para reduzir os resíduos e produzir alimentos de forma sustentávele livre de agrotóxicos, beneficiando a todos, mesmo que indiretamente.

Mais informações no site do shopping: www. shoppingeldorado.com.br

PROJETO TELHADO VERDECOMPOSTAGEM E HORTA NO TELHADO DO SHOPPING ELDORADO

« Não existe beleza na mais fina roupa segera morte e tristeza »

(Gandhi)

SOBREVivemos em um tempo estranho. Ligamos a TV e só vemos notícias ruins.Abrimos o jornal e só há desgraças para ler. Na Internet, um monte deassuntos que só tiram a nossa esperança. Desacreditamos no outro,achamos que o mundo não tem mais jeito.

Mas, por mais que tudo pareça uma bagunça sem fim, há muitas coisasboas acontecendo por aí e uma infinidade de razões para a gente continuaracreditando e fazendo a nossa parte por um mundo melhor.

Pensando em iluminar as pessoas, nasceu essa fanzine. De forma simples,queremos falar sobre moda, design e sustentabilidade, mostrar inovações eboas ideias que as pessoas estão realizando, restaurar a fé no outro, fazerrefletir e propor uma nova forma de enxergar o mundo, onde possamos viver em harmonia com a natureza e com a nossa sociedade. Vamos mostrar que a moda, o design e a sustentabilidade, quando de estão de mãos dadas, nos levam para um universo de possibilidades.

Essa é uma fanzine de notícias boas, para ser lida e compartilhada. Contémaltas doses de ideias e reflexões, muito carinho e cuidado envolvido, e descortina um mundo de possibilidades responsáveis.

Que as próximas páginas iluminem seu dia.Com carinho

Débora + Lusco Fusco

Certo dia, andando pelo Mercado Central da cidade de Teresina, no Piauí, a designer Luly Vianna encontrou faixas pretas no chão e, ao perguntar o que eram, descobriu que se tratavam de câmaras de pneu de caminhão. Ao retornar para São Paulo, procurou o material e viu nele novas possibilidades de criação. Então, depois de muita pesquisa, nasceu a Saissu Design.

Nomeada Saissu, que no original tupi guarani significa amor, a marca cria uma linha incrível de malas, mochilas, pulseiras,cintos e necessaires fabricadas com no mínimo 60% de material reciclado, podendo chegar até 98%, dependendo doproduto. Reciclando borrachas de câmaras de pneu, algodão e garrafas pet, as criações tem uma pegada bem contemporânea,sofisticada e, é claro, responsável. São peças criadas para pessoas que levam em conta as questões ambientais em suas escolhas cotidianas.

A criação começa com os desenhos da Luly e processo produtivo se inicia em parceria com mulheres das comunidades locais, que lavam e hidratam as câmaras de pneu, utilizando um produto à base d´água chamado Finish Repair. Após a hidratação, as câmaras são levadas para oficinas e ONGs parceiras, que fazem a construção do produto. O corte e costura da borracha sãofeitos manualmente - peça por peça - e passam por uma inspeção antes de chegar à loja.

Além da produção ser artesanal, as peças são resistentes e impermeáveis, com acabamentos de alto padrão, provando quepode-se reciclar materiais e transformá-los em produtos de alta durabilidade, unindo design e bom gosto. É a reinvençãodo que seria descartado, lixo repensado de forma totalmente nova e uma forma de reciclar o nosso amanhã.

SAISSU DESIGNTransformação de pneus em acessórios de luxo

Para saber mais sobre a Saissu: www.saissu.com

Showroom: Rua Arthur Frazão, 37, Jardins - São Paulo

Você já parou para pensar na quantidade de embalagens que nós descartamos semanalmente? Nâo? Mas lá em 2005 uma artista chamada Carol começou a questionar o que fazer com seus resíduos domésticos - garrafas, latas, embalagens deshampoos e cremes... O que poderia ser criado de bacana com esses materiais que a maioria das pessoas vê como lixo?

Desse questionamento nasceu a Ecojóias Carol Barreto. Inicialmente as criações foram feitas de garrafa pet dourada de uma edição limitada, depois com latinhas e assim, em 10 anos, foram surgindo criações leves e coloridas, feitas artesanalmenteuma a uma, com 30 a 98% de materiais que seriam descartados, como garrafas pet, latas de alumínio, embalagens plásticasde cosméticos e produtos de limpeza e câmaras de pneu, sempre mesclados com materiais duradouros, como a prata e o aço, para que as peças durem mais, evitando o descarte precoce.

A marca carioca não só cria jóias incríveis, mas também busca a conscientização das pessoas, supreendendo-as com peçasbacanas feitas com o que era visto como lixo, em misturas e combinações inusitadas. Grande parte da matéria-prima vem das próprias clientes, que doam seus resíduos domésticos após entenderem a importância de dar um destino correto à esse material.

Mas como funciona a confecção?O material recebido é limpo com água da chuva reaproveitada ( ), separado por tipo, cor e espessura. Num segundo momentosão feitos desenhos específicos para cada material. As peças são montadas manualmente e as embalagens criadas com papelde revista ou garrafa pet. Além disso, as sobras geradas na produção são separadas e enviadas para reciclagem.

São desenvolvidas duas coleções por ano, mas as peças não saem de linha, assim os clientes podem comprar os modelosno tempo que desejarem. Porém, há algumas edições limitadas, geralmente feitas com algum material promocional ou decor especial.

Para saber mais sobre a Ecojóias Carol Barreto é só acesssar o site: www.carolbarreto.com.br

ECOJÓIAS CAROL BARRETO

COMPRANDO ETICAMENTEEu quero comprar algo:

Eu realmente preciso e vou usar?

Sim Não

Pode ser usado?

Posso comprar com desenvolvimento sustentável?

Sim Não

Sim Não

Compre para durar

reciclado orgânicotrabalho de cooperativa Comércio justo artesanal upcyclingproduzido localmente

Próxima edição desta fanzine:

Contato: [email protected]

Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br

Maio/2015

semente

moda I design I sustentabilidade

edição um I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

semente

moda I design I sustentabilidade

edição um I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

FRENTE TRÁS

COMPRANDO ETICAMENTEEu quero comprar algo:

Eu realmente preciso e vou usar?

Sim Não

Pode ser usado?

Posso comprar com desenvolvimento sustentável?

Sim Não

Sim Não

Compre para durar

reciclado orgânicotrabalho de cooperativa Comércio justo artesanal upcyclingproduzido localmente

SOBRE Vivemos em um tempo estranho. Ligamos a TV e só vemos notícias ruins.Abrimos o jornal e só há desgraças para ler. Na Internet, um monte deassuntos que só tiram a nossa esperança. Desacreditamos no outro,achamos que o mundo não tem mais jeito.

Mas, por mais que tudo pareça uma bagunça sem fim, há muitas coisasboas acontecendo por aí e uma infinidade de razões para a gente continuaracreditando e fazendo a nossa parte por um mundo melhor.

Pensando em iluminar as pessoas, nasceu essa fanzine. De forma simples,queremos falar sobre moda, design e sustentabilidade, mostrar inovações eboas ideias que as pessoas estão realizando, restaurar a fé no outro, fazerrefletir e propor uma nova forma de enxergar o mundo, onde possamos viver em harmonia com a natureza e com a nossa sociedade. Vamos mostrar que a moda, o design e a sustentabilidade, quando estão de mãos dadas, nos levam para um universo de possibilidades.

Essa é uma fanzine de notícias boas, para ser lida e compartilhada. Contémaltas doses de ideias e reflexões, muito carinho e cuidado envolvido, e descortina um mundo de possibilidades responsáveis.

Que as próximas páginas iluminem seu dia. Com carinho

Débora + Lusco Fusco

Por que roupas muito baratas não são um bom negócio?

Por Débora Schmidt Nardello

Numa área de 1000m² são cultivados berinjela, jiló, cebola, pimentões, alface, gengibre, tomate, manjericão, morango, pepino e abobrinha, que são consumidos pelos próprios funcionários do shopping. Além da grande variedade de legumes, a horta conta também com uma farmácia viva, onde são plantadas hortelã, erva-doce, carquejo, malva, sálvia, alecrim, bálsamo e poejo.

De acordo com os administradores, o objetivo é fazer com que a horta urbana tome conta de toda a área superior e deixe a temperatura interna do shopping mais amena, reduzindo os desperdícios com ar condicionado.

A ideia é simples, muito inteligente e de alto impacto para reduzir os resíduos e produzir alimentos de forma sustentável e livre de agrotóxicos, beneficiando a todos, mesmo que indiretamente.

Mais informações no site do shopping: www. shoppingeldorado.com.br

Berinjela, cebola, tomate, pimentão, alface... logo nos vem à mente uma horta comum, se não fosse pelo fato de todos esses vegetais serem plantados no meio de São Paulo, no teto de um shopping, em meio à paisagem de concreto, como uma ilha verde entre prédios.

Desde 2012 o Shopping Eldorado, na Zona Oeste de São Paulo, investe em um projeto de compostagem para dar um destino correto aos quase 400 quilos de restos de comida encontrados em sua praça de alimentação diariamente. O lixo orgânico, que antes era todo destinado ao aterro sanitário agora tem parte direcionada para uma horta construída no telhado do shopping.

As sobras de alimentos das quase 10 mil refeições, servidas todos os dias, recebem enzimas específicas para acelerar a decomposição adequada do lixo. Como resultado: um composto que fica parecido com terra, rico em húmus e nutrientes minerais, pronto para ser usado nas plantações.

PROJETO TELHADO VERDECOMPOSTAGEM E HORTA NO TELHADO DO SHOPPING ELDORADO

Você certamente já ouviu falar da expressão fast-fashion (ou moda rápida) inventada pelos grandes varejistas. O intuito é vender mais e aumentar os lucros oferecendo muitas novidades ao consumidor e estimulando o desejo e as compras constantes.

Mas, no fundo, por que o fast-fashion é um vilão para nossa sociedade e nosso planeta?

Ao optar por trabalhar com fast-fashion, o varejista buscar gastar o mínimo possível com materiais e mão-de-obra, colocar altas taxas de lucro e vender peças à preços mais baixos, para que o consumidor compre sempre em um ciclo constante de consumo. Para se ter uma ideia, em grandes varejistas como a Zara, H&M e Forever 21, o lucro é de 50 a 75% em cada peça.

E quem perde com isso?Todos nós: as matérias-prima - tecidos e aviamentos - são de baixa qualidade e em altíssima quantidade, refletindo em mais extração de recursos naturais com a frequência que a Natureza não consegue acompanhar. Além disso, as peças são confeccionadas em países com péssimas condições de trabalho, como Índia, Bangladesh e China, onde funcionários chegam a receber menos de R$ 0,50 por roupa costurada (ou seja, menos de 1% do valor que o varejista paga pela peça)

Achamos que é nosso direito comprar roupas super baratas e continuamos acreditando que está tudo bem. Mas não está.

Que tal fazermos uma reflexão e nos responsabilizarmos pela forma como consumimos? Não se trata de deixar de comprar, mas sim comprar com mais consciência: optar por roupas feitas de forma mais sustentável, com materiais de menor impacto para o planeta, produzidas localmente, naquela loja na cidade ou na feira de criadores independentes, sempre observando a forma como as peças são confeccionadas e se informando sobre a produção das roupas que você compra. Somos parte de um movimento maior e juntos podemos fazer a diferença.

O fast-fashion está aí, mas é nossa opção fazer parte disso. Queremos mesmo apoiar um estilo de produção que não nos representa?

Sustentabilidade, inclusão social, design, oportunidades e fortalecimento da comunidade - tudo isso nós encontramos na Cooperárvore, uma cooperativa social criada em 2006, em Betim - MG, que cria e produz peças unindo costura, serigrafia e artesanato.

Utilizando como matéria-prima materiais automotivos descartados e doados pela Fiat Automóveis e seusparceiros, como aparas de cintos de segurança e tecidos automotivos, a cooperativa produz diversos artigos, como sacolas, bolsas, mochilas, chaveiros, necessaires, etc. Em oito anos, 220 mil produtos foram comercializados e, desde 2011, reaproveitados 17 toneladas de materiais que seriam considerados lixo.

A Cooperárvore é um dos «galhos» do programa Árvore da Vida, no bairro Jardim Teresópolis (programa esse que busca o desenvolvimento da comunidade localizada em frente à fábrica da Fiat em Betim e que desenvolve diversas atividades) e conta com cerca de 18 cooperados que aprendem uma nova profissão, conquistam uma renda mensal e fazem a diferença no ambiente em que vivem, já que o desenvolvimento social e econômico são peças fundamentais na cooperativa. Além disso, como tudo é produzido por pessoas da comunidade onde o projeto está instalado, gera o desenvolvimento do local como um todo.

São lançadas em média cinco coleções anuais - uma principal e outras para datas comemorativas, como dia das mães, dos pais, dos namorados e das crianças. A coleção de 2015 foi inspirada nos quatro elemento da Natureza: terra, água, fogo e ar, pois na Grécia Antiga eram considerados a origem de todas as coisas e essenciais para a sobrevivência do ser humano. Essa coleção foi lançada na 25º Feira Nacional de Artesanato, na Expominas, em dezembro de 2014;

Para mais informações sobre o projeto é só acessar o site: www.cooperarvore.com.br

COOPERÁRVORE

Para saber mais sobre a Saissu: www.saissu.com

Showroom: Rua Arthur Frazão, 37, Jardins - São Paulo

Certo dia, andando pelo Mercado Central da cidade de Teresina, no Piauí, a designer Luly Vianna encontrou faixas pretas no chão e, ao perguntar o que eram, descobriu que se tratavam de câmaras de pneu decaminhão. Ao retornar para São Paulo, procurou o material e viu nele novas possibilidades de criação.Então, depois de muita pesquisa, nasceu a Saissu Design.

Nomeada Saissu, que no original tupi guarani significa amor, a marca cria uma linha incrível de malas, mochilas, pulseiras, cintos e necessaires fabricadas com no mínimo 60% de material reciclado, podendo chegar até 98%, dependendo do produto. Reciclando borrachas de câmaras de pneu, algodão e garrafas pet, as criações tem uma pegada bem contemporânea, sofisticada e, é claro, responsável. São peças criadas para pessoas que levam em conta as questões ambientais em suas escolhas cotidianas.

A criação começa com os desenhos da Luly e processo produtivo se inicia em parceria com mulheres das comunidades locais, que lavam e hidratam as câmaras de pneu, utilizando um produto à base d´água chamado Finish Repair. Após a hidratação, as câmaras são levadas para oficinas e ONGs parceiras, que fazem a construção do produto. O corte e costura da borracha são feitos manualmente - peça por peça - e passam por uma inspeção antes de chegar à loja.

Além da produção ser artesanal, as peças são resistentes e impermeáveis, com acabamentos de alto padrão, provando que pode-se reciclar materiais e transformá-los em produtos de alta durabilidade, unindo design e bom gosto. É a reinvenção do que seria descartado, lixo repensado de forma totalmente nova e uma forma de reciclar o nosso amanhã.

SAISSU DESIGNTransformação de pneus em acessórios de luxo

POR QUE COMPRAR LOCALMENTE?

Você mantém seu dinheiro na economia local;

Valoriza a singularidade da sua comunidade;

Contribui para a criação de empregos locais;

Você ajuda na preservação do meio ambiente;

Encoraja o espírito de comunidade;

Você se beneficia e apoia o conhecimento local;

Investe no empreendedorismo e nos sonhos das pessoas.

Você já parou para pensar na quantidade de embalagens que nós descartamos semanalmente? Nâo? Mas lá em 2005 uma artista chamada Carol começou a questionar o que fazer com seus resíduos domésticos - garrafas, latas, embalagens de shampoos e cremes... O que poderia ser criado de bacana com esses materiais que a maioria das pessoas vê como lixo?

Desse questionamento nasceu a Ecojóias Carol Barreto. Inicialmente as criações foram feitas de garrafa pet dourada de uma edição limitada, depois com latinhas e assim, em 10 anos, foram surgindo criações leves e coloridas, feitas artesanalmente, uma a uma, com 30 a 98% de materiais que seriam descartados,como garrafas pet, latas de alumínio, embalagens plásticas de cosméticos e produtos de limpeza e câmaras de pneu, sempre mesclados com materiais duradouros, como a prata e o aço, para que as peças durem mais,evitando o descarte precoce.

A marca carioca não só cria jóias incríveis, mas também busca a conscientização das pessoas, surpreendendo-as com peças bacanas feitas com o que era visto como lixo, em misturas e combinações inusitadas. Grande parte da matéria-prima vem das próprias clientes, que doam seus resíduos domésticos após entenderem a importância de dar um destino correto à esse material.

Mas como funciona a confecção?O material recebido é limpo com água da chuva reaproveitada ( ), separado por tipo, cor e espessura. Num segundo momento são feitos desenhos específicos para cada material. As peças são montadas manualmente e as embalagens criadas com papel de revista ou garrafa pet. Além disso, as sobras geradas na produção são separadas e enviadas para reciclagem.

São desenvolvidas duas coleções por ano, mas as peças não saem de linha, assim os clientes podem comprar os modelos quando desejarem. Há, porém, algumas edições limitadas, geralmente feitas com algum material promocional ou de cor especial.

Para saber mais sobre a Ecojóias Carol Barreto é só acesssar o site: www.carolbarreto.com.br

No dia 24 de abril de 2013, 1133 pessoas morreram e muitos mais ficaram feridos no desabamento do ´complexo de fábricas Rana Plaza, em Dhaka, Bangladesh. Infelizmente, catástrofes sociais e ambientais acontecem com frequência no universo da moda, em diversos locais do mundo, quase sempre longe dos nossos olhos.

Moda é sobre conexões - com agricultores, designers, costureiros, produtores, consumidores, tecidos, aviamentos, técnicas e tecnologia - e nós perdemos a conexão com o que vestimos: não sabemos a origem ou o destino do que é criado e produzido, nem as condições e materiais que as roupas são feitas. Precisamos nos reconectar com a moda e mostrar que é possível as empresas serem mais justas, sustentáveis e responsáveis, principalmente porque a moda nos acompanha a vida toda, desde o momento em que nascemos e é uma forte expressão cultural do nosso tempo.

Assim, surgiu o movimento Fashion Revolution Day, para dar um basta à situações degradantes e sujas das quais a moda faz parte. Queremos mais transparência, saber quem fez nossas roupas, em quais condições foram produzidas e quais impactos e soluções estão por trás de cada peça.

Esse é um movimento internacional formado por pessoas que se preocupam com o que vestem, que acreditam e buscam uma indústria que seja do bem, que valorize as pessoas, busque preservar os recursos naturais e seja transparente e responsável.

Você também pode participar e ajudar a conscientizar sobre a produção das suas roupas: pergunte para as marcas« quem faz minhas roupas? ». No dia 24.04.2015 vista uma peça do lado avesso, fotografe e compartilhe com as hashtags #insideout #fashionrevolution e #fashionrevolutionbrasil. Acesse o site do movimento, compartilhe ideias e mostre a sua voz!

Outra moda é possível, se cada um de nós fizer a sua parte!

« Nós carregamos a história das pessoas que fazem nossas roupas» (Ali Hewson)

Mais informações: www.fashionrevolution.org

Quemfazminhasroupas

MOVIMENTO FASHION REVOLUTIONQuem faz minhas roupas?

« Não existe beleza na mais fina roupa segera morte e tristeza »

Próxima edição desta fanzine: Maio/2015

Contato: [email protected]

Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br( Gandhi)

ECOJÓIAS CAROL BARRETO

Coloque seu $ onde seu está

Compre localmente!

semente

moda I design I sustentabilidade

edição um I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

« Não existe beleza na mais fina roupa segera morte e tristeza »

Próxima edição desta fanzine: Maio/2015

Contato: [email protected]

Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br( Gandhi)

POR QUE COMPRAR LOCALMENTE?

Coloque seu $ onde seu está

Compre localmente!

Você mantém seu dinheiro na economia local

Valoriza a singularidade da sua comunidade

Contribui para a criação de empregos locais

Você ajuda na preservação do meio ambiente

Encoraja o espírito de comunidade

Você se beneficia e apoia o conhecimento local

Investe no empreendedorismo e nos sonhos das pessoas

No dia 24 de abril de 2013, 1133 pessoas morreram e muitos mais ficaram feridos no desabamento do complexo de fábricasRana Plaza, em Dhaka, Bangladesh. Infelizmente, catástrofes sociais e ambientais acontecem com frequência no universoda moda, em diversos locais do mundo, quase sempre longe dos nossos olhos.

Moda é sobre conexões - com agricultores, designers, costureiros, produtores, consumidores, tecidos, aviamentos,técnicas e tecnologia - e nós perdemos a conexão com o que vestimos: não sabemos a origem ou o destino do que é criadoe produzido, nem as condições e materiais que as roupas são feitas. Precisamos nos reconectar com a moda e mostrarque é possível as empresas serem mais justas, sustentáveis e responsáveis, principalmente porque a moda nos acompanha a vida toda, desde o momento em que nascemos e é uma forte expressão cultural do nosso tempo.

Assim, surgiu o movimento Fashion Revolution Day, para dar um basta à situações degradantes e sujas das quais a modafaz parte. Queremos mais transparência, saber quem fez nossas roupas, em quais condições foram produzidas e quaisimpactos e soluções estão por trás de cada peça.

Esse é um movimento internacional formado por pessoas que se preocupam com o que vestem, que acreditam e buscamuma indústria que seja do bem, que valorize as pessoas, busque preservar os recursos naturais, seja transparentee responsável.

Você também pode participar e ajudar a conscientizar sobre a produção das suas roupas: pergunte para as marcas« quem faz minhas roupas? ». No dia 24.04.2015 vista uma peça do lado avesso, fotografe e compartilhe com ashashtags #insideout #fashionrevolution e #fashionrevolutionbrasil. Acesse o site do movimento, compartilhe ideiase mostre a sua voz!

Outra moda é possível, se cada um de nós fizer a sua parte!

« Nós carregamos a história das pessoas que fazem nossas roupas» (Ali Hewson)

Mais informações: www.fashionrevolution.org

Quemfazminhasroupas

MOVIMENTO FASHION REVOLUTIONQuem faz minhas roupas?

Por que roupas muito baratas não são um bom negócio?

Você certamente já ouviu falar da expressão fast-fashion (ou moda rápida) inventada pelos grandes varejistas. O intutito é vender mais e aumentar os lucros oferecendo muitas novidades ao consumidor e estimulando o desejo e as comprasconstantes.

Mas, no fundo, por que o fast-fashion é um vilão para nossa sociedade e nosso planeta?

Ao optar por trabalhar com fast-fashion, o varejista buscar gastar o mínimo possível com materiais e mão-de-obra,colocar altas taxas de lucro e vender peças à preços mais baixos, para que o consumidor compre sempre em um cicloconstante de consumo. Para se ter uma ideia, em grandes varejistas como a Zara, H&M e Forever 21, o lucro é de 50 a 75%em cada peça.

E quem perde com isso?Todos nós: as matérias-prima - tecidos e aviamentos - são de baixa qualidade e em altíssima quantidade, refletindo emmais extração de recursos naturais com a frequência que a Natureza não consegue acompanhar. Além disso, as peças sãoconfeccionadas em países com péssimas condições de trabalho, como Índia, Bangladesh e China, onde funcionários chegama receber menos de R$ 0,50 por roupa costurada (ou seja, menos de 1% do valor que o varejista paga pela peça)

Achamos que é nosso direito comprar roupas super baratas e continuamos acreditando que está tudo bem. Mas não está.

Que tal fazermos uma reflexão e nos responsabilizarmos pela forma como consumimos? Não se trata de deixar de comprar,mas sim comprar com mais consciência: optar por roupas feitas de forma mais sustentável, com materiais de menor impacto para o planeta, produzidas localmente, naquela loja na cidade ou na feira de criadores independentes, sempreobservando a forma como as peças são confeccionadas e se informando sobre a produção das roupas que você compra. Somos parte de um movimento maior e juntos podemos fazer a diferença.

O fast-fashion está aí, mas é nossa opção fazer parte disso. Queremos mesmo apoiar um estilo de produção que não nosrepresenta?

Por Débora Schmidt Nardello

Sustentabilidade, inclusão social, design, oportunidades e fortalecimento da comunidade - tudo isso nós encontramosna Cooperárvore, uma cooperativa social criada em 2006, em Betim - MG, que cria e produz peças unindo costura,serigrafia e artesanato.

Utilizando como matéria-prima materiais automotivos descartados e doados pela Fiat Automóveis e seus parceiros,como aparas de cintos de segurança e tecidos automotivos, a cooperativa produz diversos artigos, como sacolas, bolsas,mochilas, chaveiros, necessaires, etc. Em oito anos, 220 mil produtos foram comercializados e, desde 2011, reaproveitados17 toneladas de materiais que seriam considerados lixo.

A Cooperárvore é um dos «galhos» do programa Árvore da Vida, no bairro Jardim Teresópolis (programa esse que buscao desenvolvimento da comunidade localizada em frente à fábrica da Fiat em Betim e que desenvolve diversas atividades) e conta com cerca de 18 cooperados que aprendem uma nova profissão, conquistam uma renda mensal e fazem a diferençano ambiente em que vivem, já que o desenvolvimento social e econômico são peças fundamentais na cooperativa. Alémdisso, como tudo é produzido por pessoas da comunidade onde o projeto está instalado, gera o desenvolvimento do localcomo um todo.

São lançadas em média cinco coleções anuais - uma principal e outras para datas comemorativas, como dia das mães,dos pais, dos namorados e das crianças. A coleção de 2015 foi inspirada nos quatro elemento da Natureza: terra, água,fogo e ar, pois na Grécia Antiga eram considerados a origem de todas as coisas e essenciais para a sobrevivência do serhumano. Essa coleção foi lançada na 25º Feira Nacional de Artesanato, na Expominas, em dezembro de 2014;

Para mais informações sobre o projeto é só acessar o site: www.cooperarvore.com.br

COOPERÁRVORE

Berinjela, cebola, tomate, pimentão, alface... logo nos vem à mente uma horta comum, se não fosse pelo fato de todosesses vegetais serem plantados no meio de São Paulo, no teto de um shopping, em meio à paisagem de concreto, como umailha verde entre prédios.

Desde 2012 o Shopping Eldorado, na zona oeste de São Paulo, investe em um projeto de compostagem para dar um destinocorreto aos quase 400 quilos de restos de comida encontrados em sua praça de alimentação diariamente. O lixo orgânico,que antes era todo destinado ao aterro sanitário agora tem parte direcionada para uma horta construída no telhado doshopping.

As sobras de alimentos das quase 10 mil refeições, servidas todos os dias, recebem enzimas específicas para acelerar adecomposição adequada do lixo. Como resultado: um composto que fica parecido com terra, rico em húmus e nutrientesminerais, pronto para ser usado nas plantações.

Numa área de 1000m² são cultivados berinjela, jiló, cebola, pimentões, alface, gengibre, tomate, manjericão, morango,pepino e abrobrinha, que são consumidos pelos próprios funcionários do shopping. Além da grande variedade de legumes,a horta conta também com uma farmácia viva, onde são plantadas hortelã, erva-doce, carquejo, malva, sálvia, alecrim, bálsamo e poejo.

De acordo com os administradores, o objetivo é fazer com que a horta urbana tome conta de toda a área superior e deixea temperatura interna do shopping mais amena, reduzindo os desperdícios com ar condicionado.

A ideia é simples, muito inteligente e de alto impacto para reduzir os resíduos e produzir alimentos de forma sustentávele livre de agrotóxicos, beneficiando a todos, mesmo que indiretamente.

Mais informações no site do shopping: www. shoppingeldorado.com.br

PROJETO TELHADO VERDECOMPOSTAGEM E HORTA NO TELHADO DO SHOPPING ELDORADO

« Não existe beleza na mais fina roupa segera morte e tristeza »

(Gandhi)

SOBREVivemos em um tempo estranho. Ligamos a TV e só vemos notícias ruins.Abrimos o jornal e só há desgraças para ler. Na Internet, um monte deassuntos que só tiram a nossa esperança. Desacreditamos no outro,achamos que o mundo não tem mais jeito.

Mas, por mais que tudo pareça uma bagunça sem fim, há muitas coisasboas acontecendo por aí e uma infinidade de razões para a gente continuaracreditando e fazendo a nossa parte por um mundo melhor.

Pensando em iluminar as pessoas, nasceu essa fanzine. De forma simples,queremos falar sobre moda, design e sustentabilidade, mostrar inovações eboas ideias que as pessoas estão realizando, restaurar a fé no outro, fazerrefletir e propor uma nova forma de enxergar o mundo, onde possamos viver em harmonia com a natureza e com a nossa sociedade. Vamos mostrar que a moda, o design e a sustentabilidade, quando de estão de mãos dadas, nos levam para um universo de possibilidades.

Essa é uma fanzine de notícias boas, para ser lida e compartilhada. Contémaltas doses de ideias e reflexões, muito carinho e cuidado envolvido, e descortina um mundo de possibilidades responsáveis.

Que as próximas páginas iluminem seu dia.Com carinho

Débora + Lusco Fusco

Certo dia, andando pelo Mercado Central da cidade de Teresina, no Piauí, a designer Luly Vianna encontrou faixas pretas no chão e, ao perguntar o que eram, descobriu que se tratavam de câmaras de pneu de caminhão. Ao retornar para São Paulo, procurou o material e viu nele novas possibilidades de criação. Então, depois de muita pesquisa, nasceu a Saissu Design.

Nomeada Saissu, que no original tupi guarani significa amor, a marca cria uma linha incrível de malas, mochilas, pulseiras,cintos e necessaires fabricadas com no mínimo 60% de material reciclado, podendo chegar até 98%, dependendo doproduto. Reciclando borrachas de câmaras de pneu, algodão e garrafas pet, as criações tem uma pegada bem contemporânea,sofisticada e, é claro, responsável. São peças criadas para pessoas que levam em conta as questões ambientais em suas escolhas cotidianas.

A criação começa com os desenhos da Luly e processo produtivo se inicia em parceria com mulheres das comunidades locais, que lavam e hidratam as câmaras de pneu, utilizando um produto à base d´água chamado Finish Repair. Após a hidratação, as câmaras são levadas para oficinas e ONGs parceiras, que fazem a construção do produto. O corte e costura da borracha sãofeitos manualmente - peça por peça - e passam por uma inspeção antes de chegar à loja.

Além da produção ser artesanal, as peças são resistentes e impermeáveis, com acabamentos de alto padrão, provando quepode-se reciclar materiais e transformá-los em produtos de alta durabilidade, unindo design e bom gosto. É a reinvençãodo que seria descartado, lixo repensado de forma totalmente nova e uma forma de reciclar o nosso amanhã.

SAISSU DESIGNTransformação de pneus em acessórios de luxo

Para saber mais sobre a Saissu: www.saissu.com

Showroom: Rua Arthur Frazão, 37, Jardins - São Paulo

Você já parou para pensar na quantidade de embalagens que nós descartamos semanalmente? Nâo? Mas lá em 2005 uma artista chamada Carol começou a questionar o que fazer com seus resíduos domésticos - garrafas, latas, embalagens deshampoos e cremes... O que poderia ser criado de bacana com esses materiais que a maioria das pessoas vê como lixo?

Desse questionamento nasceu a Ecojóias Carol Barreto. Inicialmente as criações foram feitas de garrafa pet dourada de uma edição limitada, depois com latinhas e assim, em 10 anos, foram surgindo criações leves e coloridas, feitas artesanalmenteuma a uma, com 30 a 98% de materiais que seriam descartados, como garrafas pet, latas de alumínio, embalagens plásticasde cosméticos e produtos de limpeza e câmaras de pneu, sempre mesclados com materiais duradouros, como a prata e o aço, para que as peças durem mais, evitando o descarte precoce.

A marca carioca não só cria jóias incríveis, mas também busca a conscientização das pessoas, supreendendo-as com peçasbacanas feitas com o que era visto como lixo, em misturas e combinações inusitadas. Grande parte da matéria-prima vem das próprias clientes, que doam seus resíduos domésticos após entenderem a importância de dar um destino correto à esse material.

Mas como funciona a confecção?O material recebido é limpo com água da chuva reaproveitada ( ), separado por tipo, cor e espessura. Num segundo momentosão feitos desenhos específicos para cada material. As peças são montadas manualmente e as embalagens criadas com papelde revista ou garrafa pet. Além disso, as sobras geradas na produção são separadas e enviadas para reciclagem.

São desenvolvidas duas coleções por ano, mas as peças não saem de linha, assim os clientes podem comprar os modelosno tempo que desejarem. Porém, há algumas edições limitadas, geralmente feitas com algum material promocional ou decor especial.

Para saber mais sobre a Ecojóias Carol Barreto é só acesssar o site: www.carolbarreto.com.br

ECOJÓIAS CAROL BARRETO

COMPRANDO ETICAMENTEEu quero comprar algo:

Eu realmente preciso e vou usar?

Sim Não

Pode ser usado?

Posso comprar com desenvolvimento sustentável?

Sim Não

Sim Não

Compre para durar

reciclado orgânicotrabalho de cooperativa Comércio justo artesanal upcyclingproduzido localmente

Próxima edição desta fanzine:

Contato: [email protected]

Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br

Maio/2015

semente

moda I design I sustentabilidade

edição um I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

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moda I design I sustentabilidade

edição um I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

FRENTE TRÁS

COMPRANDO ETICAMENTEEu quero comprar algo:

Eu realmente preciso e vou usar?

Sim Não

Pode ser usado?

Posso comprar com desenvolvimento sustentável?

Sim Não

Sim Não

Compre para durar

reciclado orgânicotrabalho de cooperativa Comércio justo artesanal upcyclingproduzido localmente

SOBRE Vivemos em um tempo estranho. Ligamos a TV e só vemos notícias ruins.Abrimos o jornal e só há desgraças para ler. Na Internet, um monte deassuntos que só tiram a nossa esperança. Desacreditamos no outro,achamos que o mundo não tem mais jeito.

Mas, por mais que tudo pareça uma bagunça sem fim, há muitas coisasboas acontecendo por aí e uma infinidade de razões para a gente continuaracreditando e fazendo a nossa parte por um mundo melhor.

Pensando em iluminar as pessoas, nasceu essa fanzine. De forma simples,queremos falar sobre moda, design e sustentabilidade, mostrar inovações eboas ideias que as pessoas estão realizando, restaurar a fé no outro, fazerrefletir e propor uma nova forma de enxergar o mundo, onde possamos viver em harmonia com a natureza e com a nossa sociedade. Vamos mostrar que a moda, o design e a sustentabilidade, quando estão de mãos dadas, nos levam para um universo de possibilidades.

Essa é uma fanzine de notícias boas, para ser lida e compartilhada. Contémaltas doses de ideias e reflexões, muito carinho e cuidado envolvido, e descortina um mundo de possibilidades responsáveis.

Que as próximas páginas iluminem seu dia. Com carinho

Débora + Lusco Fusco

Por que roupas muito baratas não são um bom negócio?

Por Débora Schmidt Nardello

Numa área de 1000m² são cultivados berinjela, jiló, cebola, pimentões, alface, gengibre, tomate, manjericão, morango, pepino e abobrinha, que são consumidos pelos próprios funcionários do shopping. Além da grande variedade de legumes, a horta conta também com uma farmácia viva, onde são plantadas hortelã, erva-doce, carquejo, malva, sálvia, alecrim, bálsamo e poejo.

De acordo com os administradores, o objetivo é fazer com que a horta urbana tome conta de toda a área superior e deixe a temperatura interna do shopping mais amena, reduzindo os desperdícios com ar condicionado.

A ideia é simples, muito inteligente e de alto impacto para reduzir os resíduos e produzir alimentos de forma sustentável e livre de agrotóxicos, beneficiando a todos, mesmo que indiretamente.

Mais informações no site do shopping: www. shoppingeldorado.com.br

Berinjela, cebola, tomate, pimentão, alface... logo nos vem à mente uma horta comum, se não fosse pelo fato de todos esses vegetais serem plantados no meio de São Paulo, no teto de um shopping, em meio à paisagem de concreto, como uma ilha verde entre prédios.

Desde 2012 o Shopping Eldorado, na Zona Oeste de São Paulo, investe em um projeto de compostagem para dar um destino correto aos quase 400 quilos de restos de comida encontrados em sua praça de alimentação diariamente. O lixo orgânico, que antes era todo destinado ao aterro sanitário agora tem parte direcionada para uma horta construída no telhado do shopping.

As sobras de alimentos das quase 10 mil refeições, servidas todos os dias, recebem enzimas específicas para acelerar a decomposição adequada do lixo. Como resultado: um composto que fica parecido com terra, rico em húmus e nutrientes minerais, pronto para ser usado nas plantações.

PROJETO TELHADO VERDECOMPOSTAGEM E HORTA NO TELHADO DO SHOPPING ELDORADO

Você certamente já ouviu falar da expressão fast-fashion (ou moda rápida) inventada pelos grandes varejistas. O intuito é vender mais e aumentar os lucros oferecendo muitas novidades ao consumidor e estimulando o desejo e as compras constantes.

Mas, no fundo, por que o fast-fashion é um vilão para nossa sociedade e nosso planeta?

Ao optar por trabalhar com fast-fashion, o varejista buscar gastar o mínimo possível com materiais e mão-de-obra, colocar altas taxas de lucro e vender peças à preços mais baixos, para que o consumidor compre sempre em um ciclo constante de consumo. Para se ter uma ideia, em grandes varejistas como a Zara, H&M e Forever 21, o lucro é de 50 a 75% em cada peça.

E quem perde com isso?Todos nós: as matérias-prima - tecidos e aviamentos - são de baixa qualidade e em altíssima quantidade, refletindo em mais extração de recursos naturais com a frequência que a Natureza não consegue acompanhar. Além disso, as peças são confeccionadas em países com péssimas condições de trabalho, como Índia, Bangladesh e China, onde funcionários chegam a receber menos de R$ 0,50 por roupa costurada (ou seja, menos de 1% do valor que o varejista paga pela peça)

Achamos que é nosso direito comprar roupas super baratas e continuamos acreditando que está tudo bem. Mas não está.

Que tal fazermos uma reflexão e nos responsabilizarmos pela forma como consumimos? Não se trata de deixar de comprar, mas sim comprar com mais consciência: optar por roupas feitas de forma mais sustentável, com materiais de menor impacto para o planeta, produzidas localmente, naquela loja na cidade ou na feira de criadores independentes, sempre observando a forma como as peças são confeccionadas e se informando sobre a produção das roupas que você compra. Somos parte de um movimento maior e juntos podemos fazer a diferença.

O fast-fashion está aí, mas é nossa opção fazer parte disso. Queremos mesmo apoiar um estilo de produção que não nos representa?

Sustentabilidade, inclusão social, design, oportunidades e fortalecimento da comunidade - tudo isso nós encontramos na Cooperárvore, uma cooperativa social criada em 2006, em Betim - MG, que cria e produz peças unindo costura, serigrafia e artesanato.

Utilizando como matéria-prima materiais automotivos descartados e doados pela Fiat Automóveis e seusparceiros, como aparas de cintos de segurança e tecidos automotivos, a cooperativa produz diversos artigos, como sacolas, bolsas, mochilas, chaveiros, necessaires, etc. Em oito anos, 220 mil produtos foram comercializados e, desde 2011, reaproveitados 17 toneladas de materiais que seriam considerados lixo.

A Cooperárvore é um dos «galhos» do programa Árvore da Vida, no bairro Jardim Teresópolis (programa esse que busca o desenvolvimento da comunidade localizada em frente à fábrica da Fiat em Betim e que desenvolve diversas atividades) e conta com cerca de 18 cooperados que aprendem uma nova profissão, conquistam uma renda mensal e fazem a diferença no ambiente em que vivem, já que o desenvolvimento social e econômico são peças fundamentais na cooperativa. Além disso, como tudo é produzido por pessoas da comunidade onde o projeto está instalado, gera o desenvolvimento do local como um todo.

São lançadas em média cinco coleções anuais - uma principal e outras para datas comemorativas, como dia das mães, dos pais, dos namorados e das crianças. A coleção de 2015 foi inspirada nos quatro elemento da Natureza: terra, água, fogo e ar, pois na Grécia Antiga eram considerados a origem de todas as coisas e essenciais para a sobrevivência do ser humano. Essa coleção foi lançada na 25º Feira Nacional de Artesanato, na Expominas, em dezembro de 2014;

Para mais informações sobre o projeto é só acessar o site: www.cooperarvore.com.br

COOPERÁRVORE

Para saber mais sobre a Saissu: www.saissu.com

Showroom: Rua Arthur Frazão, 37, Jardins - São Paulo

Certo dia, andando pelo Mercado Central da cidade de Teresina, no Piauí, a designer Luly Vianna encontrou faixas pretas no chão e, ao perguntar o que eram, descobriu que se tratavam de câmaras de pneu decaminhão. Ao retornar para São Paulo, procurou o material e viu nele novas possibilidades de criação.Então, depois de muita pesquisa, nasceu a Saissu Design.

Nomeada Saissu, que no original tupi guarani significa amor, a marca cria uma linha incrível de malas, mochilas, pulseiras, cintos e necessaires fabricadas com no mínimo 60% de material reciclado, podendo chegar até 98%, dependendo do produto. Reciclando borrachas de câmaras de pneu, algodão e garrafas pet, as criações tem uma pegada bem contemporânea, sofisticada e, é claro, responsável. São peças criadas para pessoas que levam em conta as questões ambientais em suas escolhas cotidianas.

A criação começa com os desenhos da Luly e processo produtivo se inicia em parceria com mulheres das comunidades locais, que lavam e hidratam as câmaras de pneu, utilizando um produto à base d´água chamado Finish Repair. Após a hidratação, as câmaras são levadas para oficinas e ONGs parceiras, que fazem a construção do produto. O corte e costura da borracha são feitos manualmente - peça por peça - e passam por uma inspeção antes de chegar à loja.

Além da produção ser artesanal, as peças são resistentes e impermeáveis, com acabamentos de alto padrão, provando que pode-se reciclar materiais e transformá-los em produtos de alta durabilidade, unindo design e bom gosto. É a reinvenção do que seria descartado, lixo repensado de forma totalmente nova e uma forma de reciclar o nosso amanhã.

SAISSU DESIGNTransformação de pneus em acessórios de luxo

POR QUE COMPRAR LOCALMENTE?

Você mantém seu dinheiro na economia local;

Valoriza a singularidade da sua comunidade;

Contribui para a criação de empregos locais;

Você ajuda na preservação do meio ambiente;

Encoraja o espírito de comunidade;

Você se beneficia e apoia o conhecimento local;

Investe no empreendedorismo e nos sonhos das pessoas.

Você já parou para pensar na quantidade de embalagens que nós descartamos semanalmente? Nâo? Mas lá em 2005 uma artista chamada Carol começou a questionar o que fazer com seus resíduos domésticos - garrafas, latas, embalagens de shampoos e cremes... O que poderia ser criado de bacana com esses materiais que a maioria das pessoas vê como lixo?

Desse questionamento nasceu a Ecojóias Carol Barreto. Inicialmente as criações foram feitas de garrafa pet dourada de uma edição limitada, depois com latinhas e assim, em 10 anos, foram surgindo criações leves e coloridas, feitas artesanalmente, uma a uma, com 30 a 98% de materiais que seriam descartados,como garrafas pet, latas de alumínio, embalagens plásticas de cosméticos e produtos de limpeza e câmaras de pneu, sempre mesclados com materiais duradouros, como a prata e o aço, para que as peças durem mais,evitando o descarte precoce.

A marca carioca não só cria jóias incríveis, mas também busca a conscientização das pessoas, surpreendendo-as com peças bacanas feitas com o que era visto como lixo, em misturas e combinações inusitadas. Grande parte da matéria-prima vem das próprias clientes, que doam seus resíduos domésticos após entenderem a importância de dar um destino correto à esse material.

Mas como funciona a confecção?O material recebido é limpo com água da chuva reaproveitada ( ), separado por tipo, cor e espessura. Num segundo momento são feitos desenhos específicos para cada material. As peças são montadas manualmente e as embalagens criadas com papel de revista ou garrafa pet. Além disso, as sobras geradas na produção são separadas e enviadas para reciclagem.

São desenvolvidas duas coleções por ano, mas as peças não saem de linha, assim os clientes podem comprar os modelos quando desejarem. Há, porém, algumas edições limitadas, geralmente feitas com algum material promocional ou de cor especial.

Para saber mais sobre a Ecojóias Carol Barreto é só acesssar o site: www.carolbarreto.com.br

No dia 24 de abril de 2013, 1133 pessoas morreram e muitos mais ficaram feridos no desabamento do ´complexo de fábricas Rana Plaza, em Dhaka, Bangladesh. Infelizmente, catástrofes sociais e ambientais acontecem com frequência no universo da moda, em diversos locais do mundo, quase sempre longe dos nossos olhos.

Moda é sobre conexões - com agricultores, designers, costureiros, produtores, consumidores, tecidos, aviamentos, técnicas e tecnologia - e nós perdemos a conexão com o que vestimos: não sabemos a origem ou o destino do que é criado e produzido, nem as condições e materiais que as roupas são feitas. Precisamos nos reconectar com a moda e mostrar que é possível as empresas serem mais justas, sustentáveis e responsáveis, principalmente porque a moda nos acompanha a vida toda, desde o momento em que nascemos e é uma forte expressão cultural do nosso tempo.

Assim, surgiu o movimento Fashion Revolution Day, para dar um basta à situações degradantes e sujas das quais a moda faz parte. Queremos mais transparência, saber quem fez nossas roupas, em quais condições foram produzidas e quais impactos e soluções estão por trás de cada peça.

Esse é um movimento internacional formado por pessoas que se preocupam com o que vestem, que acreditam e buscam uma indústria que seja do bem, que valorize as pessoas, busque preservar os recursos naturais e seja transparente e responsável.

Você também pode participar e ajudar a conscientizar sobre a produção das suas roupas: pergunte para as marcas« quem faz minhas roupas? ». No dia 24.04.2015 vista uma peça do lado avesso, fotografe e compartilhe com as hashtags #insideout #fashionrevolution e #fashionrevolutionbrasil. Acesse o site do movimento, compartilhe ideias e mostre a sua voz!

Outra moda é possível, se cada um de nós fizer a sua parte!

« Nós carregamos a história das pessoas que fazem nossas roupas» (Ali Hewson)

Mais informações: www.fashionrevolution.org

Quemfazminhasroupas

MOVIMENTO FASHION REVOLUTIONQuem faz minhas roupas?

« Não existe beleza na mais fina roupa segera morte e tristeza »

Próxima edição desta fanzine: Maio/2015

Contato: [email protected]

Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br( Gandhi)

ECOJÓIAS CAROL BARRETO

Coloque seu $ onde seu está

Compre localmente!

semente

moda I design I sustentabilidade

edição um I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

« Não existe beleza na mais fina roupa segera morte e tristeza »

Próxima edição desta fanzine: Maio/2015

Contato: [email protected]

Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br

( Gandhi)

COMPRANDO ETICAMENTEEu quero comprar algo:

Eu realmente preciso e vou usar?

Sim Não

Pode ser usado?

Posso comprar com desenvolvimento sustentável?

Sim Não

Sim Não

Compre para durar

reciclado orgânicotrabalho de cooperativa Comércio justo artesanal upcyclingproduzido localmente

Vivemos em um tempo estranho. Ligamos a TV e só vemos notícias ruins. Abrimos o jornal e só há desgraças para ler. Na Internet, um monte deassuntos que só tiram a nossa esperança. Desacreditamos no outro, achamos que o mundo não tem mais jeito.

Mas, por mais que tudo pareça uma bagunça sem fim, há muitas coisas boas acontecendo por aí e uma infinidade de razões para a gente continuaracreditando e fazendo a nossa parte por um mundo melhor.

Pensando em iluminar as pessoas, nasceu essa fanzine. De forma simples, queremos falar sobre moda, design e sustentabilidade, mostrar inovações e boas ideias que as pessoas estão realizando, restaurar a fé no outro, fazer refletir e propor uma nova forma de enxergar o mundo, onde possamos viver em harmonia com a natureza e com a nossa sociedade. Vamos mostrar que a moda, o design e a sustentabilidade, quando estão de mãos dadas, nos levam para um universo de possibilidades.

Essa é uma fanzine de notícias boas, para ser lida e compartilhada. Contém altas doses de ideias e reflexões, muito carinho e cuidado envolvido, e descortina um mundo de possibilidades responsáveis.

Que as próximas páginas iluminem seu dia. Com carinho

Débora + Lusco Fusco

SOBRE

POR QUE COMPRAR LOCALMENTE?

Coloque seu $ onde seu está

Compre localmente!

Você mantém seu dinheiro na economia local

Valoriza a singularidade da sua comunidade

Contribui para a criação de empregos locais

Você ajuda na preservação do meio ambiente

Encoraja o espírito de comunidade

Você se beneficia e apoia o conhecimento local

Investe no empreendedorismo e nos sonhos das pessoas

No dia 24 de abril de 2013, 1133 pessoas morreram e muitos mais ficaram feridos no desabamento do complexo de fábricasRana Plaza, em Dhaka, Bangladesh. Infelizmente, catástrofes sociais e ambientais acontecem com frequência no universoda moda, em diversos locais do mundo, quase sempre longe dos nossos olhos.

Moda é sobre conexões - com agricultores, designers, costureiros, produtores, consumidores, tecidos, aviamentos,técnicas e tecnologia - e nós perdemos a conexão com o que vestimos: não sabemos a origem ou o destino do que é criadoe produzido, nem as condições e materiais que as roupas são feitas. Precisamos nos reconectar com a moda e mostrarque é possível as empresas serem mais justas, sustentáveis e responsáveis, principalmente porque a moda nos acompanha a vida toda, desde o momento em que nascemos e é uma forte expressão cultural do nosso tempo.

Assim, surgiu o movimento Fashion Revolution Day, para dar um basta à situações degradantes e sujas das quais a modafaz parte. Queremos mais transparência, saber quem fez nossas roupas, em quais condições foram produzidas e quaisimpactos e soluções estão por trás de cada peça.

Esse é um movimento internacional formado por pessoas que se preocupam com o que vestem, que acreditam e buscamuma indústria que seja do bem, que valorize as pessoas, busque preservar os recursos naturais, seja transparentee responsável.

Você também pode participar e ajudar a conscientizar sobre a produção das suas roupas: pergunte para as marcas« quem faz minhas roupas? ». No dia 24.04.2015 vista uma peça do lado avesso, fotografe e compartilhe com ashashtags #insideout #fashionrevolution e #fashionrevolutionbrasil. Acesse o site do movimento, compartilhe ideiase mostre a sua voz!

Outra moda é possível, se cada um de nós fizer a sua parte!

« Nós carregamos a história das pessoas que fazem nossas roupas» (Ali Hewson)

Mais informações: www.fashionrevolution.org

Quemfazminhasroupas

MOVIMENTO FASHION REVOLUTIONQuem faz minhas roupas?

Por que roupas muito baratas não são um bom negócio?

Você certamente já ouviu falar da expressão fast-fashion (ou moda rápida) inventada pelos grandes varejistas. O intutito é vender mais e aumentar os lucros oferecendo muitas novidades ao consumidor e estimulando o desejo e as comprasconstantes.

Mas, no fundo, por que o fast-fashion é um vilão para nossa sociedade e nosso planeta?

Ao optar por trabalhar com fast-fashion, o varejista buscar gastar o mínimo possível com materiais e mão-de-obra,colocar altas taxas de lucro e vender peças à preços mais baixos, para que o consumidor compre sempre em um cicloconstante de consumo. Para se ter uma ideia, em grandes varejistas como a Zara, H&M e Forever 21, o lucro é de 50 a 75%em cada peça.

E quem perde com isso?Todos nós: as matérias-prima - tecidos e aviamentos - são de baixa qualidade e em altíssima quantidade, refletindo emmais extração de recursos naturais com a frequência que a Natureza não consegue acompanhar. Além disso, as peças sãoconfeccionadas em países com péssimas condições de trabalho, como Índia, Bangladesh e China, onde funcionários chegama receber menos de R$ 0,50 por roupa costurada (ou seja, menos de 1% do valor que o varejista paga pela peça)

Achamos que é nosso direito comprar roupas super baratas e continuamos acreditando que está tudo bem. Mas não está.

Que tal fazermos uma reflexão e nos responsabilizarmos pela forma como consumimos? Não se trata de deixar de comprar,mas sim comprar com mais consciência: optar por roupas feitas de forma mais sustentável, com materiais de menor impacto para o planeta, produzidas localmente, naquela loja na cidade ou na feira de criadores independentes, sempreobservando a forma como as peças são confeccionadas e se informando sobre a produção das roupas que você compra. Somos parte de um movimento maior e juntos podemos fazer a diferença.

O fast-fashion está aí, mas é nossa opção fazer parte disso. Queremos mesmo apoiar um estilo de produção que não nosrepresenta?

Por Débora Schmidt Nardello

Sustentabilidade, inclusão social, design, oportunidades e fortalecimento da comunidade - tudo isso nós encontramosna Cooperárvore, uma cooperativa social criada em 2006, em Betim - MG, que cria e produz peças unindo costura,serigrafia e artesanato.

Utilizando como matéria-prima materiais automotivos descartados e doados pela Fiat Automóveis e seus parceiros,como aparas de cintos de segurança e tecidos automotivos, a cooperativa produz diversos artigos, como sacolas, bolsas,mochilas, chaveiros, necessaires, etc. Em oito anos, 220 mil produtos foram comercializados e, desde 2011, reaproveitados17 toneladas de materiais que seriam considerados lixo.

A Cooperárvore é um dos «galhos» do programa Árvore da Vida, no bairro Jardim Teresópolis (programa esse que buscao desenvolvimento da comunidade localizada em frente à fábrica da Fiat em Betim e que desenvolve diversas atividades) e conta com cerca de 18 cooperados que aprendem uma nova profissão, conquistam uma renda mensal e fazem a diferençano ambiente em que vivem, já que o desenvolvimento social e econômico são peças fundamentais na cooperativa. Alémdisso, como tudo é produzido por pessoas da comunidade onde o projeto está instalado, gera o desenvolvimento do localcomo um todo.

São lançadas em média cinco coleções anuais - uma principal e outras para datas comemorativas, como dia das mães,dos pais, dos namorados e das crianças. A coleção de 2015 foi inspirada nos quatro elemento da Natureza: terra, água,fogo e ar, pois na Grécia Antiga eram considerados a origem de todas as coisas e essenciais para a sobrevivência do serhumano. Essa coleção foi lançada na 25º Feira Nacional de Artesanato, na Expominas, em dezembro de 2014;

Para mais informações sobre o projeto é só acessar o site: www.cooperarvore.com.br

COOPERÁRVORE

Berinjela, cebola, tomate, pimentão, alface... logo nos vem à mente uma horta comum, se não fosse pelo fato de todosesses vegetais serem plantados no meio de São Paulo, no teto de um shopping, em meio à paisagem de concreto, como umailha verde entre prédios.

Desde 2012 o Shopping Eldorado, na zona oeste de São Paulo, investe em um projeto de compostagem para dar um destinocorreto aos quase 400 quilos de restos de comida encontrados em sua praça de alimentação diariamente. O lixo orgânico,que antes era todo destinado ao aterro sanitário agora tem parte direcionada para uma horta construída no telhado doshopping.

As sobras de alimentos das quase 10 mil refeições, servidas todos os dias, recebem enzimas específicas para acelerar adecomposição adequada do lixo. Como resultado: um composto que fica parecido com terra, rico em húmus e nutrientesminerais, pronto para ser usado nas plantações.

Numa área de 1000m² são cultivados berinjela, jiló, cebola, pimentões, alface, gengibre, tomate, manjericão, morango,pepino e abrobrinha, que são consumidos pelos próprios funcionários do shopping. Além da grande variedade de legumes,a horta conta também com uma farmácia viva, onde são plantadas hortelã, erva-doce, carquejo, malva, sálvia, alecrim, bálsamo e poejo.

De acordo com os administradores, o objetivo é fazer com que a horta urbana tome conta de toda a área superior e deixea temperatura interna do shopping mais amena, reduzindo os desperdícios com ar condicionado.

A ideia é simples, muito inteligente e de alto impacto para reduzir os resíduos e produzir alimentos de forma sustentávele livre de agrotóxicos, beneficiando a todos, mesmo que indiretamente.

Mais informações no site do shopping: www. shoppingeldorado.com.br

PROJETO TELHADO VERDECOMPOSTAGEM E HORTA NO TELHADO DO SHOPPING ELDORADO

« Não existe beleza na mais fina roupa segera morte e tristeza »

(Gandhi)

SOBREVivemos em um tempo estranho. Ligamos a TV e só vemos notícias ruins.Abrimos o jornal e só há desgraças para ler. Na Internet, um monte deassuntos que só tiram a nossa esperança. Desacreditamos no outro,achamos que o mundo não tem mais jeito.

Mas, por mais que tudo pareça uma bagunça sem fim, há muitas coisasboas acontecendo por aí e uma infinidade de razões para a gente continuaracreditando e fazendo a nossa parte por um mundo melhor.

Pensando em iluminar as pessoas, nasceu essa fanzine. De forma simples,queremos falar sobre moda, design e sustentabilidade, mostrar inovações eboas ideias que as pessoas estão realizando, restaurar a fé no outro, fazerrefletir e propor uma nova forma de enxergar o mundo, onde possamos viver em harmonia com a natureza e com a nossa sociedade. Vamos mostrar que a moda, o design e a sustentabilidade, quando de estão de mãos dadas, nos levam para um universo de possibilidades.

Essa é uma fanzine de notícias boas, para ser lida e compartilhada. Contémaltas doses de ideias e reflexões, muito carinho e cuidado envolvido, e descortina um mundo de possibilidades responsáveis.

Que as próximas páginas iluminem seu dia.Com carinho

Débora + Lusco Fusco

Certo dia, andando pelo Mercado Central da cidade de Teresina, no Piauí, a designer Luly Vianna encontrou faixas pretas no chão e, ao perguntar o que eram, descobriu que se tratavam de câmaras de pneu de caminhão. Ao retornar para São Paulo, procurou o material e viu nele novas possibilidades de criação. Então, depois de muita pesquisa, nasceu a Saissu Design.

Nomeada Saissu, que no original tupi guarani significa amor, a marca cria uma linha incrível de malas, mochilas, pulseiras,cintos e necessaires fabricadas com no mínimo 60% de material reciclado, podendo chegar até 98%, dependendo doproduto. Reciclando borrachas de câmaras de pneu, algodão e garrafas pet, as criações tem uma pegada bem contemporânea,sofisticada e, é claro, responsável. São peças criadas para pessoas que levam em conta as questões ambientais em suas escolhas cotidianas.

A criação começa com os desenhos da Luly e processo produtivo se inicia em parceria com mulheres das comunidades locais, que lavam e hidratam as câmaras de pneu, utilizando um produto à base d´água chamado Finish Repair. Após a hidratação, as câmaras são levadas para oficinas e ONGs parceiras, que fazem a construção do produto. O corte e costura da borracha sãofeitos manualmente - peça por peça - e passam por uma inspeção antes de chegar à loja.

Além da produção ser artesanal, as peças são resistentes e impermeáveis, com acabamentos de alto padrão, provando quepode-se reciclar materiais e transformá-los em produtos de alta durabilidade, unindo design e bom gosto. É a reinvençãodo que seria descartado, lixo repensado de forma totalmente nova e uma forma de reciclar o nosso amanhã.

SAISSU DESIGNTransformação de pneus em acessórios de luxo

Para saber mais sobre a Saissu: www.saissu.com

Showroom: Rua Arthur Frazão, 37, Jardins - São Paulo

Você já parou para pensar na quantidade de embalagens que nós descartamos semanalmente? Nâo? Mas lá em 2005 uma artista chamada Carol começou a questionar o que fazer com seus resíduos domésticos - garrafas, latas, embalagens deshampoos e cremes... O que poderia ser criado de bacana com esses materiais que a maioria das pessoas vê como lixo?

Desse questionamento nasceu a Ecojóias Carol Barreto. Inicialmente as criações foram feitas de garrafa pet dourada de uma edição limitada, depois com latinhas e assim, em 10 anos, foram surgindo criações leves e coloridas, feitas artesanalmenteuma a uma, com 30 a 98% de materiais que seriam descartados, como garrafas pet, latas de alumínio, embalagens plásticasde cosméticos e produtos de limpeza e câmaras de pneu, sempre mesclados com materiais duradouros, como a prata e o aço, para que as peças durem mais, evitando o descarte precoce.

A marca carioca não só cria jóias incríveis, mas também busca a conscientização das pessoas, supreendendo-as com peçasbacanas feitas com o que era visto como lixo, em misturas e combinações inusitadas. Grande parte da matéria-prima vem das próprias clientes, que doam seus resíduos domésticos após entenderem a importância de dar um destino correto à esse material.

Mas como funciona a confecção?O material recebido é limpo com água da chuva reaproveitada ( ), separado por tipo, cor e espessura. Num segundo momentosão feitos desenhos específicos para cada material. As peças são montadas manualmente e as embalagens criadas com papelde revista ou garrafa pet. Além disso, as sobras geradas na produção são separadas e enviadas para reciclagem.

São desenvolvidas duas coleções por ano, mas as peças não saem de linha, assim os clientes podem comprar os modelosno tempo que desejarem. Porém, há algumas edições limitadas, geralmente feitas com algum material promocional ou decor especial.

Para saber mais sobre a Ecojóias Carol Barreto é só acesssar o site: www.carolbarreto.com.br

ECOJÓIAS CAROL BARRETO

COMPRANDO ETICAMENTEEu quero comprar algo:

Eu realmente preciso e vou usar?

Sim Não

Pode ser usado?

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Sim Não

Compre para durar

reciclado orgânicotrabalho de cooperativa Comércio justo artesanal upcyclingproduzido localmente

Próxima edição desta fanzine:

Contato: [email protected]

Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br

Maio/2015

semente

moda I design I sustentabilidade

edição um I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

semente

moda I design I sustentabilidade

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FRENTE TRÁS

COMPRANDO ETICAMENTEEu quero comprar algo:

Eu realmente preciso e vou usar?

Sim Não

Pode ser usado?

Posso comprar com desenvolvimento sustentável?

Sim Não

Sim Não

Compre para durar

reciclado orgânicotrabalho de cooperativa Comércio justo artesanal upcyclingproduzido localmente

SOBRE Vivemos em um tempo estranho. Ligamos a TV e só vemos notícias ruins.Abrimos o jornal e só há desgraças para ler. Na Internet, um monte deassuntos que só tiram a nossa esperança. Desacreditamos no outro,achamos que o mundo não tem mais jeito.

Mas, por mais que tudo pareça uma bagunça sem fim, há muitas coisasboas acontecendo por aí e uma infinidade de razões para a gente continuaracreditando e fazendo a nossa parte por um mundo melhor.

Pensando em iluminar as pessoas, nasceu essa fanzine. De forma simples,queremos falar sobre moda, design e sustentabilidade, mostrar inovações eboas ideias que as pessoas estão realizando, restaurar a fé no outro, fazerrefletir e propor uma nova forma de enxergar o mundo, onde possamos viver em harmonia com a natureza e com a nossa sociedade. Vamos mostrar que a moda, o design e a sustentabilidade, quando estão de mãos dadas, nos levam para um universo de possibilidades.

Essa é uma fanzine de notícias boas, para ser lida e compartilhada. Contémaltas doses de ideias e reflexões, muito carinho e cuidado envolvido, e descortina um mundo de possibilidades responsáveis.

Que as próximas páginas iluminem seu dia. Com carinho

Débora + Lusco Fusco

Por que roupas muito baratas não são um bom negócio?

Por Débora Schmidt Nardello

Numa área de 1000m² são cultivados berinjela, jiló, cebola, pimentões, alface, gengibre, tomate, manjericão, morango, pepino e abobrinha, que são consumidos pelos próprios funcionários do shopping. Além da grande variedade de legumes, a horta conta também com uma farmácia viva, onde são plantadas hortelã, erva-doce, carquejo, malva, sálvia, alecrim, bálsamo e poejo.

De acordo com os administradores, o objetivo é fazer com que a horta urbana tome conta de toda a área superior e deixe a temperatura interna do shopping mais amena, reduzindo os desperdícios com ar condicionado.

A ideia é simples, muito inteligente e de alto impacto para reduzir os resíduos e produzir alimentos de forma sustentável e livre de agrotóxicos, beneficiando a todos, mesmo que indiretamente.

Mais informações no site do shopping: www. shoppingeldorado.com.br

Berinjela, cebola, tomate, pimentão, alface... logo nos vem à mente uma horta comum, se não fosse pelo fato de todos esses vegetais serem plantados no meio de São Paulo, no teto de um shopping, em meio à paisagem de concreto, como uma ilha verde entre prédios.

Desde 2012 o Shopping Eldorado, na Zona Oeste de São Paulo, investe em um projeto de compostagem para dar um destino correto aos quase 400 quilos de restos de comida encontrados em sua praça de alimentação diariamente. O lixo orgânico, que antes era todo destinado ao aterro sanitário agora tem parte direcionada para uma horta construída no telhado do shopping.

As sobras de alimentos das quase 10 mil refeições, servidas todos os dias, recebem enzimas específicas para acelerar a decomposição adequada do lixo. Como resultado: um composto que fica parecido com terra, rico em húmus e nutrientes minerais, pronto para ser usado nas plantações.

PROJETO TELHADO VERDECOMPOSTAGEM E HORTA NO TELHADO DO SHOPPING ELDORADO

Você certamente já ouviu falar da expressão fast-fashion (ou moda rápida) inventada pelos grandes varejistas. O intuito é vender mais e aumentar os lucros oferecendo muitas novidades ao consumidor e estimulando o desejo e as compras constantes.

Mas, no fundo, por que o fast-fashion é um vilão para nossa sociedade e nosso planeta?

Ao optar por trabalhar com fast-fashion, o varejista buscar gastar o mínimo possível com materiais e mão-de-obra, colocar altas taxas de lucro e vender peças à preços mais baixos, para que o consumidor compre sempre em um ciclo constante de consumo. Para se ter uma ideia, em grandes varejistas como a Zara, H&M e Forever 21, o lucro é de 50 a 75% em cada peça.

E quem perde com isso?Todos nós: as matérias-prima - tecidos e aviamentos - são de baixa qualidade e em altíssima quantidade, refletindo em mais extração de recursos naturais com a frequência que a Natureza não consegue acompanhar. Além disso, as peças são confeccionadas em países com péssimas condições de trabalho, como Índia, Bangladesh e China, onde funcionários chegam a receber menos de R$ 0,50 por roupa costurada (ou seja, menos de 1% do valor que o varejista paga pela peça)

Achamos que é nosso direito comprar roupas super baratas e continuamos acreditando que está tudo bem. Mas não está.

Que tal fazermos uma reflexão e nos responsabilizarmos pela forma como consumimos? Não se trata de deixar de comprar, mas sim comprar com mais consciência: optar por roupas feitas de forma mais sustentável, com materiais de menor impacto para o planeta, produzidas localmente, naquela loja na cidade ou na feira de criadores independentes, sempre observando a forma como as peças são confeccionadas e se informando sobre a produção das roupas que você compra. Somos parte de um movimento maior e juntos podemos fazer a diferença.

O fast-fashion está aí, mas é nossa opção fazer parte disso. Queremos mesmo apoiar um estilo de produção que não nos representa?

Sustentabilidade, inclusão social, design, oportunidades e fortalecimento da comunidade - tudo isso nós encontramos na Cooperárvore, uma cooperativa social criada em 2006, em Betim - MG, que cria e produz peças unindo costura, serigrafia e artesanato.

Utilizando como matéria-prima materiais automotivos descartados e doados pela Fiat Automóveis e seusparceiros, como aparas de cintos de segurança e tecidos automotivos, a cooperativa produz diversos artigos, como sacolas, bolsas, mochilas, chaveiros, necessaires, etc. Em oito anos, 220 mil produtos foram comercializados e, desde 2011, reaproveitados 17 toneladas de materiais que seriam considerados lixo.

A Cooperárvore é um dos «galhos» do programa Árvore da Vida, no bairro Jardim Teresópolis (programa esse que busca o desenvolvimento da comunidade localizada em frente à fábrica da Fiat em Betim e que desenvolve diversas atividades) e conta com cerca de 18 cooperados que aprendem uma nova profissão, conquistam uma renda mensal e fazem a diferença no ambiente em que vivem, já que o desenvolvimento social e econômico são peças fundamentais na cooperativa. Além disso, como tudo é produzido por pessoas da comunidade onde o projeto está instalado, gera o desenvolvimento do local como um todo.

São lançadas em média cinco coleções anuais - uma principal e outras para datas comemorativas, como dia das mães, dos pais, dos namorados e das crianças. A coleção de 2015 foi inspirada nos quatro elemento da Natureza: terra, água, fogo e ar, pois na Grécia Antiga eram considerados a origem de todas as coisas e essenciais para a sobrevivência do ser humano. Essa coleção foi lançada na 25º Feira Nacional de Artesanato, na Expominas, em dezembro de 2014;

Para mais informações sobre o projeto é só acessar o site: www.cooperarvore.com.br

COOPERÁRVORE

Para saber mais sobre a Saissu: www.saissu.com

Showroom: Rua Arthur Frazão, 37, Jardins - São Paulo

Certo dia, andando pelo Mercado Central da cidade de Teresina, no Piauí, a designer Luly Vianna encontrou faixas pretas no chão e, ao perguntar o que eram, descobriu que se tratavam de câmaras de pneu decaminhão. Ao retornar para São Paulo, procurou o material e viu nele novas possibilidades de criação.Então, depois de muita pesquisa, nasceu a Saissu Design.

Nomeada Saissu, que no original tupi guarani significa amor, a marca cria uma linha incrível de malas, mochilas, pulseiras, cintos e necessaires fabricadas com no mínimo 60% de material reciclado, podendo chegar até 98%, dependendo do produto. Reciclando borrachas de câmaras de pneu, algodão e garrafas pet, as criações tem uma pegada bem contemporânea, sofisticada e, é claro, responsável. São peças criadas para pessoas que levam em conta as questões ambientais em suas escolhas cotidianas.

A criação começa com os desenhos da Luly e processo produtivo se inicia em parceria com mulheres das comunidades locais, que lavam e hidratam as câmaras de pneu, utilizando um produto à base d´água chamado Finish Repair. Após a hidratação, as câmaras são levadas para oficinas e ONGs parceiras, que fazem a construção do produto. O corte e costura da borracha são feitos manualmente - peça por peça - e passam por uma inspeção antes de chegar à loja.

Além da produção ser artesanal, as peças são resistentes e impermeáveis, com acabamentos de alto padrão, provando que pode-se reciclar materiais e transformá-los em produtos de alta durabilidade, unindo design e bom gosto. É a reinvenção do que seria descartado, lixo repensado de forma totalmente nova e uma forma de reciclar o nosso amanhã.

SAISSU DESIGNTransformação de pneus em acessórios de luxo

POR QUE COMPRAR LOCALMENTE?

Você mantém seu dinheiro na economia local;

Valoriza a singularidade da sua comunidade;

Contribui para a criação de empregos locais;

Você ajuda na preservação do meio ambiente;

Encoraja o espírito de comunidade;

Você se beneficia e apoia o conhecimento local;

Investe no empreendedorismo e nos sonhos das pessoas.

Você já parou para pensar na quantidade de embalagens que nós descartamos semanalmente? Nâo? Mas lá em 2005 uma artista chamada Carol começou a questionar o que fazer com seus resíduos domésticos - garrafas, latas, embalagens de shampoos e cremes... O que poderia ser criado de bacana com esses materiais que a maioria das pessoas vê como lixo?

Desse questionamento nasceu a Ecojóias Carol Barreto. Inicialmente as criações foram feitas de garrafa pet dourada de uma edição limitada, depois com latinhas e assim, em 10 anos, foram surgindo criações leves e coloridas, feitas artesanalmente, uma a uma, com 30 a 98% de materiais que seriam descartados,como garrafas pet, latas de alumínio, embalagens plásticas de cosméticos e produtos de limpeza e câmaras de pneu, sempre mesclados com materiais duradouros, como a prata e o aço, para que as peças durem mais,evitando o descarte precoce.

A marca carioca não só cria jóias incríveis, mas também busca a conscientização das pessoas, surpreendendo-as com peças bacanas feitas com o que era visto como lixo, em misturas e combinações inusitadas. Grande parte da matéria-prima vem das próprias clientes, que doam seus resíduos domésticos após entenderem a importância de dar um destino correto à esse material.

Mas como funciona a confecção?O material recebido é limpo com água da chuva reaproveitada ( ), separado por tipo, cor e espessura. Num segundo momento são feitos desenhos específicos para cada material. As peças são montadas manualmente e as embalagens criadas com papel de revista ou garrafa pet. Além disso, as sobras geradas na produção são separadas e enviadas para reciclagem.

São desenvolvidas duas coleções por ano, mas as peças não saem de linha, assim os clientes podem comprar os modelos quando desejarem. Há, porém, algumas edições limitadas, geralmente feitas com algum material promocional ou de cor especial.

Para saber mais sobre a Ecojóias Carol Barreto é só acesssar o site: www.carolbarreto.com.br

No dia 24 de abril de 2013, 1133 pessoas morreram e muitos mais ficaram feridos no desabamento do ´complexo de fábricas Rana Plaza, em Dhaka, Bangladesh. Infelizmente, catástrofes sociais e ambientais acontecem com frequência no universo da moda, em diversos locais do mundo, quase sempre longe dos nossos olhos.

Moda é sobre conexões - com agricultores, designers, costureiros, produtores, consumidores, tecidos, aviamentos, técnicas e tecnologia - e nós perdemos a conexão com o que vestimos: não sabemos a origem ou o destino do que é criado e produzido, nem as condições e materiais que as roupas são feitas. Precisamos nos reconectar com a moda e mostrar que é possível as empresas serem mais justas, sustentáveis e responsáveis, principalmente porque a moda nos acompanha a vida toda, desde o momento em que nascemos e é uma forte expressão cultural do nosso tempo.

Assim, surgiu o movimento Fashion Revolution Day, para dar um basta à situações degradantes e sujas das quais a moda faz parte. Queremos mais transparência, saber quem fez nossas roupas, em quais condições foram produzidas e quais impactos e soluções estão por trás de cada peça.

Esse é um movimento internacional formado por pessoas que se preocupam com o que vestem, que acreditam e buscam uma indústria que seja do bem, que valorize as pessoas, busque preservar os recursos naturais e seja transparente e responsável.

Você também pode participar e ajudar a conscientizar sobre a produção das suas roupas: pergunte para as marcas« quem faz minhas roupas? ». No dia 24.04.2015 vista uma peça do lado avesso, fotografe e compartilhe com as hashtags #insideout #fashionrevolution e #fashionrevolutionbrasil. Acesse o site do movimento, compartilhe ideias e mostre a sua voz!

Outra moda é possível, se cada um de nós fizer a sua parte!

« Nós carregamos a história das pessoas que fazem nossas roupas» (Ali Hewson)

Mais informações: www.fashionrevolution.org

Quemfazminhasroupas

MOVIMENTO FASHION REVOLUTIONQuem faz minhas roupas?

« Não existe beleza na mais fina roupa segera morte e tristeza »

Próxima edição desta fanzine: Maio/2015

Contato: [email protected]

Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br( Gandhi)

ECOJÓIAS CAROL BARRETO

Coloque seu $ onde seu está

Compre localmente!

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moda I design I sustentabilidade

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Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

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Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br

( Gandhi)

COMPRANDO ETICAMENTEEu quero comprar algo:

Eu realmente preciso e vou usar?

Sim Não

Pode ser usado?

Posso comprar com desenvolvimento sustentável?

Sim Não

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Vivemos em um tempo estranho. Ligamos a TV e só vemos notícias ruins. Abrimos o jornal e só há desgraças para ler. Na Internet, um monte deassuntos que só tiram a nossa esperança. Desacreditamos no outro, achamos que o mundo não tem mais jeito.

Mas, por mais que tudo pareça uma bagunça sem fim, há muitas coisas boas acontecendo por aí e uma infinidade de razões para a gente continuaracreditando e fazendo a nossa parte por um mundo melhor.

Pensando em iluminar as pessoas, nasceu essa fanzine. De forma simples, queremos falar sobre moda, design e sustentabilidade, mostrar inovações e boas ideias que as pessoas estão realizando, restaurar a fé no outro, fazer refletir e propor uma nova forma de enxergar o mundo, onde possamos viver em harmonia com a natureza e com a nossa sociedade. Vamos mostrar que a moda, o design e a sustentabilidade, quando estão de mãos dadas, nos levam para um universo de possibilidades.

Essa é uma fanzine de notícias boas, para ser lida e compartilhada. Contém altas doses de ideias e reflexões, muito carinho e cuidado envolvido, e descortina um mundo de possibilidades responsáveis.

Que as próximas páginas iluminem seu dia. Com carinho

Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Por que roupas muito baratas não são um bom negócio?

Por Débora Schmidt Nardello

Você certamente já ouviu falar da expressão fast-fashion (ou moda rápida) inventada pelos grandes varejistas. O intuito é vender mais e aumentar os lucros oferecendo muitas novidades ao consumidor e estimulando o desejo e as compras constantes.

Mas, no fundo, por que o fast-fashion é um vilão para nossa sociedade e nosso planeta?

Ao optar por trabalhar com fast-fashion, o varejista buscar gastar o mínimo possível com materiais e mão-de-obra, colocar altas taxas de lucro e vender peças à preços mais baixos, para que o consumidor compre sempre em um ciclo constante de consumo. Para se ter uma ideia, em grandes varejistas como a Zara, H&M e Forever 21, o lucro é de 50 a 75% em cada peça.

E quem perde com isso?Todos nós: as matérias-prima - tecidos e aviamentos - são de baixa qualidade e em altíssima quantidade, refletindo em mais extração de recursos naturais com a frequência que a Natureza não consegue acompanhar. Além disso, as peças são confeccionadas em países com péssimas condições de trabalho, como Índia, Bangladesh e China, onde funcionários chegam a receber menos de R$ 0,50 por roupa costurada (ou seja, menos de 1% do valor que o varejista paga pela peça)

Achamos que é nosso direito comprar roupas super baratas e continuamos acreditando que está tudo bem. Mas não está.

Que tal fazermos uma reflexão e nos responsabilizarmos pela forma como consumimos? Não se trata de deixar de comprar, mas sim comprar com mais consciência: optar por roupas feitas de forma mais sustentável, com materiais de menor impacto para o planeta, produzidas localmente, naquela loja na cidade ou na feira de criadores independentes, sempre observando a forma como as peças são confeccionadas e se informando sobre a produção das roupas que você compra. Somos parte de um movimento maior e juntos podemos fazer a diferença.

O fast-fashion está aí, mas é nossa opção fazer parte disso. Queremos mesmo apoiar um estilo de produção que não nos representa?

POR QUE COMPRAR LOCALMENTE?

Coloque seu $ onde seu está

Compre localmente!

Você mantém seu dinheiro na economia local

Valoriza a singularidade da sua comunidade

Contribui para a criação de empregos locais

Você ajuda na preservação do meio ambiente

Encoraja o espírito de comunidade

Você se beneficia e apoia o conhecimento local

Investe no empreendedorismo e nos sonhos das pessoas

No dia 24 de abril de 2013, 1133 pessoas morreram e muitos mais ficaram feridos no desabamento do complexo de fábricasRana Plaza, em Dhaka, Bangladesh. Infelizmente, catástrofes sociais e ambientais acontecem com frequência no universoda moda, em diversos locais do mundo, quase sempre longe dos nossos olhos.

Moda é sobre conexões - com agricultores, designers, costureiros, produtores, consumidores, tecidos, aviamentos,técnicas e tecnologia - e nós perdemos a conexão com o que vestimos: não sabemos a origem ou o destino do que é criadoe produzido, nem as condições e materiais que as roupas são feitas. Precisamos nos reconectar com a moda e mostrarque é possível as empresas serem mais justas, sustentáveis e responsáveis, principalmente porque a moda nos acompanha a vida toda, desde o momento em que nascemos e é uma forte expressão cultural do nosso tempo.

Assim, surgiu o movimento Fashion Revolution Day, para dar um basta à situações degradantes e sujas das quais a modafaz parte. Queremos mais transparência, saber quem fez nossas roupas, em quais condições foram produzidas e quaisimpactos e soluções estão por trás de cada peça.

Esse é um movimento internacional formado por pessoas que se preocupam com o que vestem, que acreditam e buscamuma indústria que seja do bem, que valorize as pessoas, busque preservar os recursos naturais, seja transparentee responsável.

Você também pode participar e ajudar a conscientizar sobre a produção das suas roupas: pergunte para as marcas« quem faz minhas roupas? ». No dia 24.04.2015 vista uma peça do lado avesso, fotografe e compartilhe com ashashtags #insideout #fashionrevolution e #fashionrevolutionbrasil. Acesse o site do movimento, compartilhe ideiase mostre a sua voz!

Outra moda é possível, se cada um de nós fizer a sua parte!

« Nós carregamos a história das pessoas que fazem nossas roupas» (Ali Hewson)

Mais informações: www.fashionrevolution.org

Quemfazminhasroupas

MOVIMENTO FASHION REVOLUTIONQuem faz minhas roupas?

Por que roupas muito baratas não são um bom negócio?

Você certamente já ouviu falar da expressão fast-fashion (ou moda rápida) inventada pelos grandes varejistas. O intutito é vender mais e aumentar os lucros oferecendo muitas novidades ao consumidor e estimulando o desejo e as comprasconstantes.

Mas, no fundo, por que o fast-fashion é um vilão para nossa sociedade e nosso planeta?

Ao optar por trabalhar com fast-fashion, o varejista buscar gastar o mínimo possível com materiais e mão-de-obra,colocar altas taxas de lucro e vender peças à preços mais baixos, para que o consumidor compre sempre em um cicloconstante de consumo. Para se ter uma ideia, em grandes varejistas como a Zara, H&M e Forever 21, o lucro é de 50 a 75%em cada peça.

E quem perde com isso?Todos nós: as matérias-prima - tecidos e aviamentos - são de baixa qualidade e em altíssima quantidade, refletindo emmais extração de recursos naturais com a frequência que a Natureza não consegue acompanhar. Além disso, as peças sãoconfeccionadas em países com péssimas condições de trabalho, como Índia, Bangladesh e China, onde funcionários chegama receber menos de R$ 0,50 por roupa costurada (ou seja, menos de 1% do valor que o varejista paga pela peça)

Achamos que é nosso direito comprar roupas super baratas e continuamos acreditando que está tudo bem. Mas não está.

Que tal fazermos uma reflexão e nos responsabilizarmos pela forma como consumimos? Não se trata de deixar de comprar,mas sim comprar com mais consciência: optar por roupas feitas de forma mais sustentável, com materiais de menor impacto para o planeta, produzidas localmente, naquela loja na cidade ou na feira de criadores independentes, sempreobservando a forma como as peças são confeccionadas e se informando sobre a produção das roupas que você compra. Somos parte de um movimento maior e juntos podemos fazer a diferença.

O fast-fashion está aí, mas é nossa opção fazer parte disso. Queremos mesmo apoiar um estilo de produção que não nosrepresenta?

Por Débora Schmidt Nardello

Sustentabilidade, inclusão social, design, oportunidades e fortalecimento da comunidade - tudo isso nós encontramosna Cooperárvore, uma cooperativa social criada em 2006, em Betim - MG, que cria e produz peças unindo costura,serigrafia e artesanato.

Utilizando como matéria-prima materiais automotivos descartados e doados pela Fiat Automóveis e seus parceiros,como aparas de cintos de segurança e tecidos automotivos, a cooperativa produz diversos artigos, como sacolas, bolsas,mochilas, chaveiros, necessaires, etc. Em oito anos, 220 mil produtos foram comercializados e, desde 2011, reaproveitados17 toneladas de materiais que seriam considerados lixo.

A Cooperárvore é um dos «galhos» do programa Árvore da Vida, no bairro Jardim Teresópolis (programa esse que buscao desenvolvimento da comunidade localizada em frente à fábrica da Fiat em Betim e que desenvolve diversas atividades) e conta com cerca de 18 cooperados que aprendem uma nova profissão, conquistam uma renda mensal e fazem a diferençano ambiente em que vivem, já que o desenvolvimento social e econômico são peças fundamentais na cooperativa. Alémdisso, como tudo é produzido por pessoas da comunidade onde o projeto está instalado, gera o desenvolvimento do localcomo um todo.

São lançadas em média cinco coleções anuais - uma principal e outras para datas comemorativas, como dia das mães,dos pais, dos namorados e das crianças. A coleção de 2015 foi inspirada nos quatro elemento da Natureza: terra, água,fogo e ar, pois na Grécia Antiga eram considerados a origem de todas as coisas e essenciais para a sobrevivência do serhumano. Essa coleção foi lançada na 25º Feira Nacional de Artesanato, na Expominas, em dezembro de 2014;

Para mais informações sobre o projeto é só acessar o site: www.cooperarvore.com.br

COOPERÁRVORE

Berinjela, cebola, tomate, pimentão, alface... logo nos vem à mente uma horta comum, se não fosse pelo fato de todosesses vegetais serem plantados no meio de São Paulo, no teto de um shopping, em meio à paisagem de concreto, como umailha verde entre prédios.

Desde 2012 o Shopping Eldorado, na zona oeste de São Paulo, investe em um projeto de compostagem para dar um destinocorreto aos quase 400 quilos de restos de comida encontrados em sua praça de alimentação diariamente. O lixo orgânico,que antes era todo destinado ao aterro sanitário agora tem parte direcionada para uma horta construída no telhado doshopping.

As sobras de alimentos das quase 10 mil refeições, servidas todos os dias, recebem enzimas específicas para acelerar adecomposição adequada do lixo. Como resultado: um composto que fica parecido com terra, rico em húmus e nutrientesminerais, pronto para ser usado nas plantações.

Numa área de 1000m² são cultivados berinjela, jiló, cebola, pimentões, alface, gengibre, tomate, manjericão, morango,pepino e abrobrinha, que são consumidos pelos próprios funcionários do shopping. Além da grande variedade de legumes,a horta conta também com uma farmácia viva, onde são plantadas hortelã, erva-doce, carquejo, malva, sálvia, alecrim, bálsamo e poejo.

De acordo com os administradores, o objetivo é fazer com que a horta urbana tome conta de toda a área superior e deixea temperatura interna do shopping mais amena, reduzindo os desperdícios com ar condicionado.

A ideia é simples, muito inteligente e de alto impacto para reduzir os resíduos e produzir alimentos de forma sustentávele livre de agrotóxicos, beneficiando a todos, mesmo que indiretamente.

Mais informações no site do shopping: www. shoppingeldorado.com.br

PROJETO TELHADO VERDECOMPOSTAGEM E HORTA NO TELHADO DO SHOPPING ELDORADO

« Não existe beleza na mais fina roupa segera morte e tristeza »

(Gandhi)

SOBREVivemos em um tempo estranho. Ligamos a TV e só vemos notícias ruins.Abrimos o jornal e só há desgraças para ler. Na Internet, um monte deassuntos que só tiram a nossa esperança. Desacreditamos no outro,achamos que o mundo não tem mais jeito.

Mas, por mais que tudo pareça uma bagunça sem fim, há muitas coisasboas acontecendo por aí e uma infinidade de razões para a gente continuaracreditando e fazendo a nossa parte por um mundo melhor.

Pensando em iluminar as pessoas, nasceu essa fanzine. De forma simples,queremos falar sobre moda, design e sustentabilidade, mostrar inovações eboas ideias que as pessoas estão realizando, restaurar a fé no outro, fazerrefletir e propor uma nova forma de enxergar o mundo, onde possamos viver em harmonia com a natureza e com a nossa sociedade. Vamos mostrar que a moda, o design e a sustentabilidade, quando de estão de mãos dadas, nos levam para um universo de possibilidades.

Essa é uma fanzine de notícias boas, para ser lida e compartilhada. Contémaltas doses de ideias e reflexões, muito carinho e cuidado envolvido, e descortina um mundo de possibilidades responsáveis.

Que as próximas páginas iluminem seu dia.Com carinho

Débora + Lusco Fusco

Certo dia, andando pelo Mercado Central da cidade de Teresina, no Piauí, a designer Luly Vianna encontrou faixas pretas no chão e, ao perguntar o que eram, descobriu que se tratavam de câmaras de pneu de caminhão. Ao retornar para São Paulo, procurou o material e viu nele novas possibilidades de criação. Então, depois de muita pesquisa, nasceu a Saissu Design.

Nomeada Saissu, que no original tupi guarani significa amor, a marca cria uma linha incrível de malas, mochilas, pulseiras,cintos e necessaires fabricadas com no mínimo 60% de material reciclado, podendo chegar até 98%, dependendo doproduto. Reciclando borrachas de câmaras de pneu, algodão e garrafas pet, as criações tem uma pegada bem contemporânea,sofisticada e, é claro, responsável. São peças criadas para pessoas que levam em conta as questões ambientais em suas escolhas cotidianas.

A criação começa com os desenhos da Luly e processo produtivo se inicia em parceria com mulheres das comunidades locais, que lavam e hidratam as câmaras de pneu, utilizando um produto à base d´água chamado Finish Repair. Após a hidratação, as câmaras são levadas para oficinas e ONGs parceiras, que fazem a construção do produto. O corte e costura da borracha sãofeitos manualmente - peça por peça - e passam por uma inspeção antes de chegar à loja.

Além da produção ser artesanal, as peças são resistentes e impermeáveis, com acabamentos de alto padrão, provando quepode-se reciclar materiais e transformá-los em produtos de alta durabilidade, unindo design e bom gosto. É a reinvençãodo que seria descartado, lixo repensado de forma totalmente nova e uma forma de reciclar o nosso amanhã.

SAISSU DESIGNTransformação de pneus em acessórios de luxo

Para saber mais sobre a Saissu: www.saissu.com

Showroom: Rua Arthur Frazão, 37, Jardins - São Paulo

Você já parou para pensar na quantidade de embalagens que nós descartamos semanalmente? Nâo? Mas lá em 2005 uma artista chamada Carol começou a questionar o que fazer com seus resíduos domésticos - garrafas, latas, embalagens deshampoos e cremes... O que poderia ser criado de bacana com esses materiais que a maioria das pessoas vê como lixo?

Desse questionamento nasceu a Ecojóias Carol Barreto. Inicialmente as criações foram feitas de garrafa pet dourada de uma edição limitada, depois com latinhas e assim, em 10 anos, foram surgindo criações leves e coloridas, feitas artesanalmenteuma a uma, com 30 a 98% de materiais que seriam descartados, como garrafas pet, latas de alumínio, embalagens plásticasde cosméticos e produtos de limpeza e câmaras de pneu, sempre mesclados com materiais duradouros, como a prata e o aço, para que as peças durem mais, evitando o descarte precoce.

A marca carioca não só cria jóias incríveis, mas também busca a conscientização das pessoas, supreendendo-as com peçasbacanas feitas com o que era visto como lixo, em misturas e combinações inusitadas. Grande parte da matéria-prima vem das próprias clientes, que doam seus resíduos domésticos após entenderem a importância de dar um destino correto à esse material.

Mas como funciona a confecção?O material recebido é limpo com água da chuva reaproveitada ( ), separado por tipo, cor e espessura. Num segundo momentosão feitos desenhos específicos para cada material. As peças são montadas manualmente e as embalagens criadas com papelde revista ou garrafa pet. Além disso, as sobras geradas na produção são separadas e enviadas para reciclagem.

São desenvolvidas duas coleções por ano, mas as peças não saem de linha, assim os clientes podem comprar os modelosno tempo que desejarem. Porém, há algumas edições limitadas, geralmente feitas com algum material promocional ou decor especial.

Para saber mais sobre a Ecojóias Carol Barreto é só acesssar o site: www.carolbarreto.com.br

ECOJÓIAS CAROL BARRETO

COMPRANDO ETICAMENTEEu quero comprar algo:

Eu realmente preciso e vou usar?

Sim Não

Pode ser usado?

Posso comprar com desenvolvimento sustentável?

Sim Não

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Compre para durar

reciclado orgânicotrabalho de cooperativa Comércio justo artesanal upcyclingproduzido localmente

Próxima edição desta fanzine:

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Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br

Maio/2015

semente

moda I design I sustentabilidade

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Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

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FRENTE TRÁS

COMPRANDO ETICAMENTEEu quero comprar algo:

Eu realmente preciso e vou usar?

Sim Não

Pode ser usado?

Posso comprar com desenvolvimento sustentável?

Sim Não

Sim Não

Compre para durar

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Mas, por mais que tudo pareça uma bagunça sem fim, há muitas coisasboas acontecendo por aí e uma infinidade de razões para a gente continuaracreditando e fazendo a nossa parte por um mundo melhor.

Pensando em iluminar as pessoas, nasceu essa fanzine. De forma simples,queremos falar sobre moda, design e sustentabilidade, mostrar inovações eboas ideias que as pessoas estão realizando, restaurar a fé no outro, fazerrefletir e propor uma nova forma de enxergar o mundo, onde possamos viver em harmonia com a natureza e com a nossa sociedade. Vamos mostrar que a moda, o design e a sustentabilidade, quando estão de mãos dadas, nos levam para um universo de possibilidades.

Essa é uma fanzine de notícias boas, para ser lida e compartilhada. Contémaltas doses de ideias e reflexões, muito carinho e cuidado envolvido, e descortina um mundo de possibilidades responsáveis.

Que as próximas páginas iluminem seu dia. Com carinho

Débora + Lusco Fusco

Por que roupas muito baratas não são um bom negócio?

Por Débora Schmidt Nardello

Numa área de 1000m² são cultivados berinjela, jiló, cebola, pimentões, alface, gengibre, tomate, manjericão, morango, pepino e abobrinha, que são consumidos pelos próprios funcionários do shopping. Além da grande variedade de legumes, a horta conta também com uma farmácia viva, onde são plantadas hortelã, erva-doce, carquejo, malva, sálvia, alecrim, bálsamo e poejo.

De acordo com os administradores, o objetivo é fazer com que a horta urbana tome conta de toda a área superior e deixe a temperatura interna do shopping mais amena, reduzindo os desperdícios com ar condicionado.

A ideia é simples, muito inteligente e de alto impacto para reduzir os resíduos e produzir alimentos de forma sustentável e livre de agrotóxicos, beneficiando a todos, mesmo que indiretamente.

Mais informações no site do shopping: www. shoppingeldorado.com.br

Berinjela, cebola, tomate, pimentão, alface... logo nos vem à mente uma horta comum, se não fosse pelo fato de todos esses vegetais serem plantados no meio de São Paulo, no teto de um shopping, em meio à paisagem de concreto, como uma ilha verde entre prédios.

Desde 2012 o Shopping Eldorado, na Zona Oeste de São Paulo, investe em um projeto de compostagem para dar um destino correto aos quase 400 quilos de restos de comida encontrados em sua praça de alimentação diariamente. O lixo orgânico, que antes era todo destinado ao aterro sanitário agora tem parte direcionada para uma horta construída no telhado do shopping.

As sobras de alimentos das quase 10 mil refeições, servidas todos os dias, recebem enzimas específicas para acelerar a decomposição adequada do lixo. Como resultado: um composto que fica parecido com terra, rico em húmus e nutrientes minerais, pronto para ser usado nas plantações.

PROJETO TELHADO VERDECOMPOSTAGEM E HORTA NO TELHADO DO SHOPPING ELDORADO

Você certamente já ouviu falar da expressão fast-fashion (ou moda rápida) inventada pelos grandes varejistas. O intuito é vender mais e aumentar os lucros oferecendo muitas novidades ao consumidor e estimulando o desejo e as compras constantes.

Mas, no fundo, por que o fast-fashion é um vilão para nossa sociedade e nosso planeta?

Ao optar por trabalhar com fast-fashion, o varejista buscar gastar o mínimo possível com materiais e mão-de-obra, colocar altas taxas de lucro e vender peças à preços mais baixos, para que o consumidor compre sempre em um ciclo constante de consumo. Para se ter uma ideia, em grandes varejistas como a Zara, H&M e Forever 21, o lucro é de 50 a 75% em cada peça.

E quem perde com isso?Todos nós: as matérias-prima - tecidos e aviamentos - são de baixa qualidade e em altíssima quantidade, refletindo em mais extração de recursos naturais com a frequência que a Natureza não consegue acompanhar. Além disso, as peças são confeccionadas em países com péssimas condições de trabalho, como Índia, Bangladesh e China, onde funcionários chegam a receber menos de R$ 0,50 por roupa costurada (ou seja, menos de 1% do valor que o varejista paga pela peça)

Achamos que é nosso direito comprar roupas super baratas e continuamos acreditando que está tudo bem. Mas não está.

Que tal fazermos uma reflexão e nos responsabilizarmos pela forma como consumimos? Não se trata de deixar de comprar, mas sim comprar com mais consciência: optar por roupas feitas de forma mais sustentável, com materiais de menor impacto para o planeta, produzidas localmente, naquela loja na cidade ou na feira de criadores independentes, sempre observando a forma como as peças são confeccionadas e se informando sobre a produção das roupas que você compra. Somos parte de um movimento maior e juntos podemos fazer a diferença.

O fast-fashion está aí, mas é nossa opção fazer parte disso. Queremos mesmo apoiar um estilo de produção que não nos representa?

Sustentabilidade, inclusão social, design, oportunidades e fortalecimento da comunidade - tudo isso nós encontramos na Cooperárvore, uma cooperativa social criada em 2006, em Betim - MG, que cria e produz peças unindo costura, serigrafia e artesanato.

Utilizando como matéria-prima materiais automotivos descartados e doados pela Fiat Automóveis e seusparceiros, como aparas de cintos de segurança e tecidos automotivos, a cooperativa produz diversos artigos, como sacolas, bolsas, mochilas, chaveiros, necessaires, etc. Em oito anos, 220 mil produtos foram comercializados e, desde 2011, reaproveitados 17 toneladas de materiais que seriam considerados lixo.

A Cooperárvore é um dos «galhos» do programa Árvore da Vida, no bairro Jardim Teresópolis (programa esse que busca o desenvolvimento da comunidade localizada em frente à fábrica da Fiat em Betim e que desenvolve diversas atividades) e conta com cerca de 18 cooperados que aprendem uma nova profissão, conquistam uma renda mensal e fazem a diferença no ambiente em que vivem, já que o desenvolvimento social e econômico são peças fundamentais na cooperativa. Além disso, como tudo é produzido por pessoas da comunidade onde o projeto está instalado, gera o desenvolvimento do local como um todo.

São lançadas em média cinco coleções anuais - uma principal e outras para datas comemorativas, como dia das mães, dos pais, dos namorados e das crianças. A coleção de 2015 foi inspirada nos quatro elemento da Natureza: terra, água, fogo e ar, pois na Grécia Antiga eram considerados a origem de todas as coisas e essenciais para a sobrevivência do ser humano. Essa coleção foi lançada na 25º Feira Nacional de Artesanato, na Expominas, em dezembro de 2014;

Para mais informações sobre o projeto é só acessar o site: www.cooperarvore.com.br

COOPERÁRVORE

Para saber mais sobre a Saissu: www.saissu.com

Showroom: Rua Arthur Frazão, 37, Jardins - São Paulo

Certo dia, andando pelo Mercado Central da cidade de Teresina, no Piauí, a designer Luly Vianna encontrou faixas pretas no chão e, ao perguntar o que eram, descobriu que se tratavam de câmaras de pneu decaminhão. Ao retornar para São Paulo, procurou o material e viu nele novas possibilidades de criação.Então, depois de muita pesquisa, nasceu a Saissu Design.

Nomeada Saissu, que no original tupi guarani significa amor, a marca cria uma linha incrível de malas, mochilas, pulseiras, cintos e necessaires fabricadas com no mínimo 60% de material reciclado, podendo chegar até 98%, dependendo do produto. Reciclando borrachas de câmaras de pneu, algodão e garrafas pet, as criações tem uma pegada bem contemporânea, sofisticada e, é claro, responsável. São peças criadas para pessoas que levam em conta as questões ambientais em suas escolhas cotidianas.

A criação começa com os desenhos da Luly e processo produtivo se inicia em parceria com mulheres das comunidades locais, que lavam e hidratam as câmaras de pneu, utilizando um produto à base d´água chamado Finish Repair. Após a hidratação, as câmaras são levadas para oficinas e ONGs parceiras, que fazem a construção do produto. O corte e costura da borracha são feitos manualmente - peça por peça - e passam por uma inspeção antes de chegar à loja.

Além da produção ser artesanal, as peças são resistentes e impermeáveis, com acabamentos de alto padrão, provando que pode-se reciclar materiais e transformá-los em produtos de alta durabilidade, unindo design e bom gosto. É a reinvenção do que seria descartado, lixo repensado de forma totalmente nova e uma forma de reciclar o nosso amanhã.

SAISSU DESIGNTransformação de pneus em acessórios de luxo

POR QUE COMPRAR LOCALMENTE?

Você mantém seu dinheiro na economia local;

Valoriza a singularidade da sua comunidade;

Contribui para a criação de empregos locais;

Você ajuda na preservação do meio ambiente;

Encoraja o espírito de comunidade;

Você se beneficia e apoia o conhecimento local;

Investe no empreendedorismo e nos sonhos das pessoas.

Você já parou para pensar na quantidade de embalagens que nós descartamos semanalmente? Nâo? Mas lá em 2005 uma artista chamada Carol começou a questionar o que fazer com seus resíduos domésticos - garrafas, latas, embalagens de shampoos e cremes... O que poderia ser criado de bacana com esses materiais que a maioria das pessoas vê como lixo?

Desse questionamento nasceu a Ecojóias Carol Barreto. Inicialmente as criações foram feitas de garrafa pet dourada de uma edição limitada, depois com latinhas e assim, em 10 anos, foram surgindo criações leves e coloridas, feitas artesanalmente, uma a uma, com 30 a 98% de materiais que seriam descartados,como garrafas pet, latas de alumínio, embalagens plásticas de cosméticos e produtos de limpeza e câmaras de pneu, sempre mesclados com materiais duradouros, como a prata e o aço, para que as peças durem mais,evitando o descarte precoce.

A marca carioca não só cria jóias incríveis, mas também busca a conscientização das pessoas, surpreendendo-as com peças bacanas feitas com o que era visto como lixo, em misturas e combinações inusitadas. Grande parte da matéria-prima vem das próprias clientes, que doam seus resíduos domésticos após entenderem a importância de dar um destino correto à esse material.

Mas como funciona a confecção?O material recebido é limpo com água da chuva reaproveitada ( ), separado por tipo, cor e espessura. Num segundo momento são feitos desenhos específicos para cada material. As peças são montadas manualmente e as embalagens criadas com papel de revista ou garrafa pet. Além disso, as sobras geradas na produção são separadas e enviadas para reciclagem.

São desenvolvidas duas coleções por ano, mas as peças não saem de linha, assim os clientes podem comprar os modelos quando desejarem. Há, porém, algumas edições limitadas, geralmente feitas com algum material promocional ou de cor especial.

Para saber mais sobre a Ecojóias Carol Barreto é só acesssar o site: www.carolbarreto.com.br

No dia 24 de abril de 2013, 1133 pessoas morreram e muitos mais ficaram feridos no desabamento do ´complexo de fábricas Rana Plaza, em Dhaka, Bangladesh. Infelizmente, catástrofes sociais e ambientais acontecem com frequência no universo da moda, em diversos locais do mundo, quase sempre longe dos nossos olhos.

Moda é sobre conexões - com agricultores, designers, costureiros, produtores, consumidores, tecidos, aviamentos, técnicas e tecnologia - e nós perdemos a conexão com o que vestimos: não sabemos a origem ou o destino do que é criado e produzido, nem as condições e materiais que as roupas são feitas. Precisamos nos reconectar com a moda e mostrar que é possível as empresas serem mais justas, sustentáveis e responsáveis, principalmente porque a moda nos acompanha a vida toda, desde o momento em que nascemos e é uma forte expressão cultural do nosso tempo.

Assim, surgiu o movimento Fashion Revolution Day, para dar um basta à situações degradantes e sujas das quais a moda faz parte. Queremos mais transparência, saber quem fez nossas roupas, em quais condições foram produzidas e quais impactos e soluções estão por trás de cada peça.

Esse é um movimento internacional formado por pessoas que se preocupam com o que vestem, que acreditam e buscam uma indústria que seja do bem, que valorize as pessoas, busque preservar os recursos naturais e seja transparente e responsável.

Você também pode participar e ajudar a conscientizar sobre a produção das suas roupas: pergunte para as marcas« quem faz minhas roupas? ». No dia 24.04.2015 vista uma peça do lado avesso, fotografe e compartilhe com as hashtags #insideout #fashionrevolution e #fashionrevolutionbrasil. Acesse o site do movimento, compartilhe ideias e mostre a sua voz!

Outra moda é possível, se cada um de nós fizer a sua parte!

« Nós carregamos a história das pessoas que fazem nossas roupas» (Ali Hewson)

Mais informações: www.fashionrevolution.org

Quemfazminhasroupas

MOVIMENTO FASHION REVOLUTIONQuem faz minhas roupas?

« Não existe beleza na mais fina roupa segera morte e tristeza »

Próxima edição desta fanzine: Maio/2015

Contato: [email protected]

Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br( Gandhi)

ECOJÓIAS CAROL BARRETO

Coloque seu $ onde seu está

Compre localmente!

semente

moda I design I sustentabilidade

edição um I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

« Não existe beleza na mais fina roupa segera morte e tristeza »

Próxima edição desta fanzine: Maio/2015

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Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br

( Gandhi)

COMPRANDO ETICAMENTEEu quero comprar algo:

Eu realmente preciso e vou usar?

Sim Não

Pode ser usado?

Posso comprar com desenvolvimento sustentável?

Sim Não

Sim Não

Compre para durar

reciclado orgânicotrabalho de cooperativa Comércio justo artesanal upcyclingproduzido localmente

Vivemos em um tempo estranho. Ligamos a TV e só vemos notícias ruins. Abrimos o jornal e só há desgraças para ler. Na Internet, um monte deassuntos que só tiram a nossa esperança. Desacreditamos no outro, achamos que o mundo não tem mais jeito.

Mas, por mais que tudo pareça uma bagunça sem fim, há muitas coisas boas acontecendo por aí e uma infinidade de razões para a gente continuaracreditando e fazendo a nossa parte por um mundo melhor.

Pensando em iluminar as pessoas, nasceu essa fanzine. De forma simples, queremos falar sobre moda, design e sustentabilidade, mostrar inovações e boas ideias que as pessoas estão realizando, restaurar a fé no outro, fazer refletir e propor uma nova forma de enxergar o mundo, onde possamos viver em harmonia com a natureza e com a nossa sociedade. Vamos mostrar que a moda, o design e a sustentabilidade, quando estão de mãos dadas, nos levam para um universo de possibilidades.

Essa é uma fanzine de notícias boas, para ser lida e compartilhada. Contém altas doses de ideias e reflexões, muito carinho e cuidado envolvido, e descortina um mundo de possibilidades responsáveis.

Que as próximas páginas iluminem seu dia. Com carinho

Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Por que roupas muito baratas não são um bom negócio?

Por Débora Schmidt Nardello

Você certamente já ouviu falar da expressão fast-fashion (ou moda rápida) inventada pelos grandes varejistas. O intuito é vender mais e aumentar os lucros oferecendo muitas novidades ao consumidor e estimulando o desejo e as compras constantes.

Mas, no fundo, por que o fast-fashion é um vilão para nossa sociedade e nosso planeta?

Ao optar por trabalhar com fast-fashion, o varejista buscar gastar o mínimo possível com materiais e mão-de-obra, colocar altas taxas de lucro e vender peças à preços mais baixos, para que o consumidor compre sempre em um ciclo constante de consumo. Para se ter uma ideia, em grandes varejistas como a Zara, H&M e Forever 21, o lucro é de 50 a 75% em cada peça.

E quem perde com isso?Todos nós: as matérias-prima - tecidos e aviamentos - são de baixa qualidade e em altíssima quantidade, refletindo em mais extração de recursos naturais com a frequência que a Natureza não consegue acompanhar. Além disso, as peças são confeccionadas em países com péssimas condições de trabalho, como Índia, Bangladesh e China, onde funcionários chegam a receber menos de R$ 0,50 por roupa costurada (ou seja, menos de 1% do valor que o varejista paga pela peça)

Achamos que é nosso direito comprar roupas super baratas e continuamos acreditando que está tudo bem. Mas não está.

Que tal fazermos uma reflexão e nos responsabilizarmos pela forma como consumimos? Não se trata de deixar de comprar, mas sim comprar com mais consciência: optar por roupas feitas de forma mais sustentável, com materiais de menor impacto para o planeta, produzidas localmente, naquela loja na cidade ou na feira de criadores independentes, sempre observando a forma como as peças são confeccionadas e se informando sobre a produção das roupas que você compra. Somos parte de um movimento maior e juntos podemos fazer a diferença.

O fast-fashion está aí, mas é nossa opção fazer parte disso. Queremos mesmo apoiar um estilo de produção que não nos representa?

Sustentabilidade, inclusão social, design, oportunidades e fortalecimento da comunidade - tudo isso nós encontramos na Cooperárvore, uma cooperativa social criada em 2006, em Betim - MG, que cria e produz peças unindo costura, serigrafia e artesanato.

Utilizando como matéria-prima materiais automotivos descartados e doados pela Fiat Automóveis e seusparceiros, como aparas de cintos de segurança e tecidos automotivos, a cooperativa produz diversos artigos, como sacolas, bolsas, mochilas, chaveiros, necessaires, etc. Em oito anos, 220 mil produtos foram comercializados e, desde 2011, reaproveitados 17 toneladas de materiais que seriam considerados lixo.

A Cooperárvore é um dos «galhos» do programa Árvore da Vida, no bairro Jardim Teresópolis (programa esse que busca o desenvolvimento da comunidade localizada em frente à fábrica da Fiat em Betim e que desenvolve diversas atividades) e conta com cerca de 18 cooperados que aprendem uma nova profissão, conquistam uma renda mensal e fazem a diferença no ambiente em que vivem, já que o desenvolvimento social e econômico são peças fundamentais na cooperativa. Além disso, como tudo é produzido por pessoas da comunidade onde o projeto está instalado, gera o desenvolvimento do local como um todo.

São lançadas em média cinco coleções anuais - uma principal e outras para datas comemorativas, como dia das mães, dos pais, dos namorados e das crianças. A coleção de 2015 foi inspirada nos quatro elemento da Natureza: terra, água, fogo e ar, pois na Grécia Antiga eram considerados a origem de todas as coisas e essenciais para a sobrevivência do ser humano. Essa coleção foi lançada na 25º Feira Nacional de Artesanato, na Expominas, em dezembro de 2014;

Para mais informações sobre o projeto é só acessar o site: www.cooperarvore.com.br

COOPERÁRVORE

POR QUE COMPRAR LOCALMENTE?

Coloque seu $ onde seu está

Compre localmente!

Você mantém seu dinheiro na economia local

Valoriza a singularidade da sua comunidade

Contribui para a criação de empregos locais

Você ajuda na preservação do meio ambiente

Encoraja o espírito de comunidade

Você se beneficia e apoia o conhecimento local

Investe no empreendedorismo e nos sonhos das pessoas

No dia 24 de abril de 2013, 1133 pessoas morreram e muitos mais ficaram feridos no desabamento do complexo de fábricasRana Plaza, em Dhaka, Bangladesh. Infelizmente, catástrofes sociais e ambientais acontecem com frequência no universoda moda, em diversos locais do mundo, quase sempre longe dos nossos olhos.

Moda é sobre conexões - com agricultores, designers, costureiros, produtores, consumidores, tecidos, aviamentos,técnicas e tecnologia - e nós perdemos a conexão com o que vestimos: não sabemos a origem ou o destino do que é criadoe produzido, nem as condições e materiais que as roupas são feitas. Precisamos nos reconectar com a moda e mostrarque é possível as empresas serem mais justas, sustentáveis e responsáveis, principalmente porque a moda nos acompanha a vida toda, desde o momento em que nascemos e é uma forte expressão cultural do nosso tempo.

Assim, surgiu o movimento Fashion Revolution Day, para dar um basta à situações degradantes e sujas das quais a modafaz parte. Queremos mais transparência, saber quem fez nossas roupas, em quais condições foram produzidas e quaisimpactos e soluções estão por trás de cada peça.

Esse é um movimento internacional formado por pessoas que se preocupam com o que vestem, que acreditam e buscamuma indústria que seja do bem, que valorize as pessoas, busque preservar os recursos naturais, seja transparentee responsável.

Você também pode participar e ajudar a conscientizar sobre a produção das suas roupas: pergunte para as marcas« quem faz minhas roupas? ». No dia 24.04.2015 vista uma peça do lado avesso, fotografe e compartilhe com ashashtags #insideout #fashionrevolution e #fashionrevolutionbrasil. Acesse o site do movimento, compartilhe ideiase mostre a sua voz!

Outra moda é possível, se cada um de nós fizer a sua parte!

« Nós carregamos a história das pessoas que fazem nossas roupas» (Ali Hewson)

Mais informações: www.fashionrevolution.org

Quemfazminhasroupas

MOVIMENTO FASHION REVOLUTIONQuem faz minhas roupas?

Por que roupas muito baratas não são um bom negócio?

Você certamente já ouviu falar da expressão fast-fashion (ou moda rápida) inventada pelos grandes varejistas. O intutito é vender mais e aumentar os lucros oferecendo muitas novidades ao consumidor e estimulando o desejo e as comprasconstantes.

Mas, no fundo, por que o fast-fashion é um vilão para nossa sociedade e nosso planeta?

Ao optar por trabalhar com fast-fashion, o varejista buscar gastar o mínimo possível com materiais e mão-de-obra,colocar altas taxas de lucro e vender peças à preços mais baixos, para que o consumidor compre sempre em um cicloconstante de consumo. Para se ter uma ideia, em grandes varejistas como a Zara, H&M e Forever 21, o lucro é de 50 a 75%em cada peça.

E quem perde com isso?Todos nós: as matérias-prima - tecidos e aviamentos - são de baixa qualidade e em altíssima quantidade, refletindo emmais extração de recursos naturais com a frequência que a Natureza não consegue acompanhar. Além disso, as peças sãoconfeccionadas em países com péssimas condições de trabalho, como Índia, Bangladesh e China, onde funcionários chegama receber menos de R$ 0,50 por roupa costurada (ou seja, menos de 1% do valor que o varejista paga pela peça)

Achamos que é nosso direito comprar roupas super baratas e continuamos acreditando que está tudo bem. Mas não está.

Que tal fazermos uma reflexão e nos responsabilizarmos pela forma como consumimos? Não se trata de deixar de comprar,mas sim comprar com mais consciência: optar por roupas feitas de forma mais sustentável, com materiais de menor impacto para o planeta, produzidas localmente, naquela loja na cidade ou na feira de criadores independentes, sempreobservando a forma como as peças são confeccionadas e se informando sobre a produção das roupas que você compra. Somos parte de um movimento maior e juntos podemos fazer a diferença.

O fast-fashion está aí, mas é nossa opção fazer parte disso. Queremos mesmo apoiar um estilo de produção que não nosrepresenta?

Por Débora Schmidt Nardello

Sustentabilidade, inclusão social, design, oportunidades e fortalecimento da comunidade - tudo isso nós encontramosna Cooperárvore, uma cooperativa social criada em 2006, em Betim - MG, que cria e produz peças unindo costura,serigrafia e artesanato.

Utilizando como matéria-prima materiais automotivos descartados e doados pela Fiat Automóveis e seus parceiros,como aparas de cintos de segurança e tecidos automotivos, a cooperativa produz diversos artigos, como sacolas, bolsas,mochilas, chaveiros, necessaires, etc. Em oito anos, 220 mil produtos foram comercializados e, desde 2011, reaproveitados17 toneladas de materiais que seriam considerados lixo.

A Cooperárvore é um dos «galhos» do programa Árvore da Vida, no bairro Jardim Teresópolis (programa esse que buscao desenvolvimento da comunidade localizada em frente à fábrica da Fiat em Betim e que desenvolve diversas atividades) e conta com cerca de 18 cooperados que aprendem uma nova profissão, conquistam uma renda mensal e fazem a diferençano ambiente em que vivem, já que o desenvolvimento social e econômico são peças fundamentais na cooperativa. Alémdisso, como tudo é produzido por pessoas da comunidade onde o projeto está instalado, gera o desenvolvimento do localcomo um todo.

São lançadas em média cinco coleções anuais - uma principal e outras para datas comemorativas, como dia das mães,dos pais, dos namorados e das crianças. A coleção de 2015 foi inspirada nos quatro elemento da Natureza: terra, água,fogo e ar, pois na Grécia Antiga eram considerados a origem de todas as coisas e essenciais para a sobrevivência do serhumano. Essa coleção foi lançada na 25º Feira Nacional de Artesanato, na Expominas, em dezembro de 2014;

Para mais informações sobre o projeto é só acessar o site: www.cooperarvore.com.br

COOPERÁRVORE

Berinjela, cebola, tomate, pimentão, alface... logo nos vem à mente uma horta comum, se não fosse pelo fato de todosesses vegetais serem plantados no meio de São Paulo, no teto de um shopping, em meio à paisagem de concreto, como umailha verde entre prédios.

Desde 2012 o Shopping Eldorado, na zona oeste de São Paulo, investe em um projeto de compostagem para dar um destinocorreto aos quase 400 quilos de restos de comida encontrados em sua praça de alimentação diariamente. O lixo orgânico,que antes era todo destinado ao aterro sanitário agora tem parte direcionada para uma horta construída no telhado doshopping.

As sobras de alimentos das quase 10 mil refeições, servidas todos os dias, recebem enzimas específicas para acelerar adecomposição adequada do lixo. Como resultado: um composto que fica parecido com terra, rico em húmus e nutrientesminerais, pronto para ser usado nas plantações.

Numa área de 1000m² são cultivados berinjela, jiló, cebola, pimentões, alface, gengibre, tomate, manjericão, morango,pepino e abrobrinha, que são consumidos pelos próprios funcionários do shopping. Além da grande variedade de legumes,a horta conta também com uma farmácia viva, onde são plantadas hortelã, erva-doce, carquejo, malva, sálvia, alecrim, bálsamo e poejo.

De acordo com os administradores, o objetivo é fazer com que a horta urbana tome conta de toda a área superior e deixea temperatura interna do shopping mais amena, reduzindo os desperdícios com ar condicionado.

A ideia é simples, muito inteligente e de alto impacto para reduzir os resíduos e produzir alimentos de forma sustentávele livre de agrotóxicos, beneficiando a todos, mesmo que indiretamente.

Mais informações no site do shopping: www. shoppingeldorado.com.br

PROJETO TELHADO VERDECOMPOSTAGEM E HORTA NO TELHADO DO SHOPPING ELDORADO

« Não existe beleza na mais fina roupa segera morte e tristeza »

(Gandhi)

SOBREVivemos em um tempo estranho. Ligamos a TV e só vemos notícias ruins.Abrimos o jornal e só há desgraças para ler. Na Internet, um monte deassuntos que só tiram a nossa esperança. Desacreditamos no outro,achamos que o mundo não tem mais jeito.

Mas, por mais que tudo pareça uma bagunça sem fim, há muitas coisasboas acontecendo por aí e uma infinidade de razões para a gente continuaracreditando e fazendo a nossa parte por um mundo melhor.

Pensando em iluminar as pessoas, nasceu essa fanzine. De forma simples,queremos falar sobre moda, design e sustentabilidade, mostrar inovações eboas ideias que as pessoas estão realizando, restaurar a fé no outro, fazerrefletir e propor uma nova forma de enxergar o mundo, onde possamos viver em harmonia com a natureza e com a nossa sociedade. Vamos mostrar que a moda, o design e a sustentabilidade, quando de estão de mãos dadas, nos levam para um universo de possibilidades.

Essa é uma fanzine de notícias boas, para ser lida e compartilhada. Contémaltas doses de ideias e reflexões, muito carinho e cuidado envolvido, e descortina um mundo de possibilidades responsáveis.

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Débora + Lusco Fusco

Certo dia, andando pelo Mercado Central da cidade de Teresina, no Piauí, a designer Luly Vianna encontrou faixas pretas no chão e, ao perguntar o que eram, descobriu que se tratavam de câmaras de pneu de caminhão. Ao retornar para São Paulo, procurou o material e viu nele novas possibilidades de criação. Então, depois de muita pesquisa, nasceu a Saissu Design.

Nomeada Saissu, que no original tupi guarani significa amor, a marca cria uma linha incrível de malas, mochilas, pulseiras,cintos e necessaires fabricadas com no mínimo 60% de material reciclado, podendo chegar até 98%, dependendo doproduto. Reciclando borrachas de câmaras de pneu, algodão e garrafas pet, as criações tem uma pegada bem contemporânea,sofisticada e, é claro, responsável. São peças criadas para pessoas que levam em conta as questões ambientais em suas escolhas cotidianas.

A criação começa com os desenhos da Luly e processo produtivo se inicia em parceria com mulheres das comunidades locais, que lavam e hidratam as câmaras de pneu, utilizando um produto à base d´água chamado Finish Repair. Após a hidratação, as câmaras são levadas para oficinas e ONGs parceiras, que fazem a construção do produto. O corte e costura da borracha sãofeitos manualmente - peça por peça - e passam por uma inspeção antes de chegar à loja.

Além da produção ser artesanal, as peças são resistentes e impermeáveis, com acabamentos de alto padrão, provando quepode-se reciclar materiais e transformá-los em produtos de alta durabilidade, unindo design e bom gosto. É a reinvençãodo que seria descartado, lixo repensado de forma totalmente nova e uma forma de reciclar o nosso amanhã.

SAISSU DESIGNTransformação de pneus em acessórios de luxo

Para saber mais sobre a Saissu: www.saissu.com

Showroom: Rua Arthur Frazão, 37, Jardins - São Paulo

Você já parou para pensar na quantidade de embalagens que nós descartamos semanalmente? Nâo? Mas lá em 2005 uma artista chamada Carol começou a questionar o que fazer com seus resíduos domésticos - garrafas, latas, embalagens deshampoos e cremes... O que poderia ser criado de bacana com esses materiais que a maioria das pessoas vê como lixo?

Desse questionamento nasceu a Ecojóias Carol Barreto. Inicialmente as criações foram feitas de garrafa pet dourada de uma edição limitada, depois com latinhas e assim, em 10 anos, foram surgindo criações leves e coloridas, feitas artesanalmenteuma a uma, com 30 a 98% de materiais que seriam descartados, como garrafas pet, latas de alumínio, embalagens plásticasde cosméticos e produtos de limpeza e câmaras de pneu, sempre mesclados com materiais duradouros, como a prata e o aço, para que as peças durem mais, evitando o descarte precoce.

A marca carioca não só cria jóias incríveis, mas também busca a conscientização das pessoas, supreendendo-as com peçasbacanas feitas com o que era visto como lixo, em misturas e combinações inusitadas. Grande parte da matéria-prima vem das próprias clientes, que doam seus resíduos domésticos após entenderem a importância de dar um destino correto à esse material.

Mas como funciona a confecção?O material recebido é limpo com água da chuva reaproveitada ( ), separado por tipo, cor e espessura. Num segundo momentosão feitos desenhos específicos para cada material. As peças são montadas manualmente e as embalagens criadas com papelde revista ou garrafa pet. Além disso, as sobras geradas na produção são separadas e enviadas para reciclagem.

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Para saber mais sobre a Ecojóias Carol Barreto é só acesssar o site: www.carolbarreto.com.br

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moda I design I sustentabilidade

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COMPRANDO ETICAMENTEEu quero comprar algo:

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SOBRE Vivemos em um tempo estranho. Ligamos a TV e só vemos notícias ruins.Abrimos o jornal e só há desgraças para ler. Na Internet, um monte deassuntos que só tiram a nossa esperança. Desacreditamos no outro,achamos que o mundo não tem mais jeito.

Mas, por mais que tudo pareça uma bagunça sem fim, há muitas coisasboas acontecendo por aí e uma infinidade de razões para a gente continuaracreditando e fazendo a nossa parte por um mundo melhor.

Pensando em iluminar as pessoas, nasceu essa fanzine. De forma simples,queremos falar sobre moda, design e sustentabilidade, mostrar inovações eboas ideias que as pessoas estão realizando, restaurar a fé no outro, fazerrefletir e propor uma nova forma de enxergar o mundo, onde possamos viver em harmonia com a natureza e com a nossa sociedade. Vamos mostrar que a moda, o design e a sustentabilidade, quando estão de mãos dadas, nos levam para um universo de possibilidades.

Essa é uma fanzine de notícias boas, para ser lida e compartilhada. Contémaltas doses de ideias e reflexões, muito carinho e cuidado envolvido, e descortina um mundo de possibilidades responsáveis.

Que as próximas páginas iluminem seu dia. Com carinho

Débora + Lusco Fusco

Por que roupas muito baratas não são um bom negócio?

Por Débora Schmidt Nardello

Numa área de 1000m² são cultivados berinjela, jiló, cebola, pimentões, alface, gengibre, tomate, manjericão, morango, pepino e abobrinha, que são consumidos pelos próprios funcionários do shopping. Além da grande variedade de legumes, a horta conta também com uma farmácia viva, onde são plantadas hortelã, erva-doce, carquejo, malva, sálvia, alecrim, bálsamo e poejo.

De acordo com os administradores, o objetivo é fazer com que a horta urbana tome conta de toda a área superior e deixe a temperatura interna do shopping mais amena, reduzindo os desperdícios com ar condicionado.

A ideia é simples, muito inteligente e de alto impacto para reduzir os resíduos e produzir alimentos de forma sustentável e livre de agrotóxicos, beneficiando a todos, mesmo que indiretamente.

Mais informações no site do shopping: www. shoppingeldorado.com.br

Berinjela, cebola, tomate, pimentão, alface... logo nos vem à mente uma horta comum, se não fosse pelo fato de todos esses vegetais serem plantados no meio de São Paulo, no teto de um shopping, em meio à paisagem de concreto, como uma ilha verde entre prédios.

Desde 2012 o Shopping Eldorado, na Zona Oeste de São Paulo, investe em um projeto de compostagem para dar um destino correto aos quase 400 quilos de restos de comida encontrados em sua praça de alimentação diariamente. O lixo orgânico, que antes era todo destinado ao aterro sanitário agora tem parte direcionada para uma horta construída no telhado do shopping.

As sobras de alimentos das quase 10 mil refeições, servidas todos os dias, recebem enzimas específicas para acelerar a decomposição adequada do lixo. Como resultado: um composto que fica parecido com terra, rico em húmus e nutrientes minerais, pronto para ser usado nas plantações.

PROJETO TELHADO VERDECOMPOSTAGEM E HORTA NO TELHADO DO SHOPPING ELDORADO

Você certamente já ouviu falar da expressão fast-fashion (ou moda rápida) inventada pelos grandes varejistas. O intuito é vender mais e aumentar os lucros oferecendo muitas novidades ao consumidor e estimulando o desejo e as compras constantes.

Mas, no fundo, por que o fast-fashion é um vilão para nossa sociedade e nosso planeta?

Ao optar por trabalhar com fast-fashion, o varejista buscar gastar o mínimo possível com materiais e mão-de-obra, colocar altas taxas de lucro e vender peças à preços mais baixos, para que o consumidor compre sempre em um ciclo constante de consumo. Para se ter uma ideia, em grandes varejistas como a Zara, H&M e Forever 21, o lucro é de 50 a 75% em cada peça.

E quem perde com isso?Todos nós: as matérias-prima - tecidos e aviamentos - são de baixa qualidade e em altíssima quantidade, refletindo em mais extração de recursos naturais com a frequência que a Natureza não consegue acompanhar. Além disso, as peças são confeccionadas em países com péssimas condições de trabalho, como Índia, Bangladesh e China, onde funcionários chegam a receber menos de R$ 0,50 por roupa costurada (ou seja, menos de 1% do valor que o varejista paga pela peça)

Achamos que é nosso direito comprar roupas super baratas e continuamos acreditando que está tudo bem. Mas não está.

Que tal fazermos uma reflexão e nos responsabilizarmos pela forma como consumimos? Não se trata de deixar de comprar, mas sim comprar com mais consciência: optar por roupas feitas de forma mais sustentável, com materiais de menor impacto para o planeta, produzidas localmente, naquela loja na cidade ou na feira de criadores independentes, sempre observando a forma como as peças são confeccionadas e se informando sobre a produção das roupas que você compra. Somos parte de um movimento maior e juntos podemos fazer a diferença.

O fast-fashion está aí, mas é nossa opção fazer parte disso. Queremos mesmo apoiar um estilo de produção que não nos representa?

Sustentabilidade, inclusão social, design, oportunidades e fortalecimento da comunidade - tudo isso nós encontramos na Cooperárvore, uma cooperativa social criada em 2006, em Betim - MG, que cria e produz peças unindo costura, serigrafia e artesanato.

Utilizando como matéria-prima materiais automotivos descartados e doados pela Fiat Automóveis e seusparceiros, como aparas de cintos de segurança e tecidos automotivos, a cooperativa produz diversos artigos, como sacolas, bolsas, mochilas, chaveiros, necessaires, etc. Em oito anos, 220 mil produtos foram comercializados e, desde 2011, reaproveitados 17 toneladas de materiais que seriam considerados lixo.

A Cooperárvore é um dos «galhos» do programa Árvore da Vida, no bairro Jardim Teresópolis (programa esse que busca o desenvolvimento da comunidade localizada em frente à fábrica da Fiat em Betim e que desenvolve diversas atividades) e conta com cerca de 18 cooperados que aprendem uma nova profissão, conquistam uma renda mensal e fazem a diferença no ambiente em que vivem, já que o desenvolvimento social e econômico são peças fundamentais na cooperativa. Além disso, como tudo é produzido por pessoas da comunidade onde o projeto está instalado, gera o desenvolvimento do local como um todo.

São lançadas em média cinco coleções anuais - uma principal e outras para datas comemorativas, como dia das mães, dos pais, dos namorados e das crianças. A coleção de 2015 foi inspirada nos quatro elemento da Natureza: terra, água, fogo e ar, pois na Grécia Antiga eram considerados a origem de todas as coisas e essenciais para a sobrevivência do ser humano. Essa coleção foi lançada na 25º Feira Nacional de Artesanato, na Expominas, em dezembro de 2014;

Para mais informações sobre o projeto é só acessar o site: www.cooperarvore.com.br

COOPERÁRVORE

Para saber mais sobre a Saissu: www.saissu.com

Showroom: Rua Arthur Frazão, 37, Jardins - São Paulo

Certo dia, andando pelo Mercado Central da cidade de Teresina, no Piauí, a designer Luly Vianna encontrou faixas pretas no chão e, ao perguntar o que eram, descobriu que se tratavam de câmaras de pneu decaminhão. Ao retornar para São Paulo, procurou o material e viu nele novas possibilidades de criação.Então, depois de muita pesquisa, nasceu a Saissu Design.

Nomeada Saissu, que no original tupi guarani significa amor, a marca cria uma linha incrível de malas, mochilas, pulseiras, cintos e necessaires fabricadas com no mínimo 60% de material reciclado, podendo chegar até 98%, dependendo do produto. Reciclando borrachas de câmaras de pneu, algodão e garrafas pet, as criações tem uma pegada bem contemporânea, sofisticada e, é claro, responsável. São peças criadas para pessoas que levam em conta as questões ambientais em suas escolhas cotidianas.

A criação começa com os desenhos da Luly e processo produtivo se inicia em parceria com mulheres das comunidades locais, que lavam e hidratam as câmaras de pneu, utilizando um produto à base d´água chamado Finish Repair. Após a hidratação, as câmaras são levadas para oficinas e ONGs parceiras, que fazem a construção do produto. O corte e costura da borracha são feitos manualmente - peça por peça - e passam por uma inspeção antes de chegar à loja.

Além da produção ser artesanal, as peças são resistentes e impermeáveis, com acabamentos de alto padrão, provando que pode-se reciclar materiais e transformá-los em produtos de alta durabilidade, unindo design e bom gosto. É a reinvenção do que seria descartado, lixo repensado de forma totalmente nova e uma forma de reciclar o nosso amanhã.

SAISSU DESIGNTransformação de pneus em acessórios de luxo

POR QUE COMPRAR LOCALMENTE?

Você mantém seu dinheiro na economia local;

Valoriza a singularidade da sua comunidade;

Contribui para a criação de empregos locais;

Você ajuda na preservação do meio ambiente;

Encoraja o espírito de comunidade;

Você se beneficia e apoia o conhecimento local;

Investe no empreendedorismo e nos sonhos das pessoas.

Você já parou para pensar na quantidade de embalagens que nós descartamos semanalmente? Nâo? Mas lá em 2005 uma artista chamada Carol começou a questionar o que fazer com seus resíduos domésticos - garrafas, latas, embalagens de shampoos e cremes... O que poderia ser criado de bacana com esses materiais que a maioria das pessoas vê como lixo?

Desse questionamento nasceu a Ecojóias Carol Barreto. Inicialmente as criações foram feitas de garrafa pet dourada de uma edição limitada, depois com latinhas e assim, em 10 anos, foram surgindo criações leves e coloridas, feitas artesanalmente, uma a uma, com 30 a 98% de materiais que seriam descartados,como garrafas pet, latas de alumínio, embalagens plásticas de cosméticos e produtos de limpeza e câmaras de pneu, sempre mesclados com materiais duradouros, como a prata e o aço, para que as peças durem mais,evitando o descarte precoce.

A marca carioca não só cria jóias incríveis, mas também busca a conscientização das pessoas, surpreendendo-as com peças bacanas feitas com o que era visto como lixo, em misturas e combinações inusitadas. Grande parte da matéria-prima vem das próprias clientes, que doam seus resíduos domésticos após entenderem a importância de dar um destino correto à esse material.

Mas como funciona a confecção?O material recebido é limpo com água da chuva reaproveitada ( ), separado por tipo, cor e espessura. Num segundo momento são feitos desenhos específicos para cada material. As peças são montadas manualmente e as embalagens criadas com papel de revista ou garrafa pet. Além disso, as sobras geradas na produção são separadas e enviadas para reciclagem.

São desenvolvidas duas coleções por ano, mas as peças não saem de linha, assim os clientes podem comprar os modelos quando desejarem. Há, porém, algumas edições limitadas, geralmente feitas com algum material promocional ou de cor especial.

Para saber mais sobre a Ecojóias Carol Barreto é só acesssar o site: www.carolbarreto.com.br

No dia 24 de abril de 2013, 1133 pessoas morreram e muitos mais ficaram feridos no desabamento do ´complexo de fábricas Rana Plaza, em Dhaka, Bangladesh. Infelizmente, catástrofes sociais e ambientais acontecem com frequência no universo da moda, em diversos locais do mundo, quase sempre longe dos nossos olhos.

Moda é sobre conexões - com agricultores, designers, costureiros, produtores, consumidores, tecidos, aviamentos, técnicas e tecnologia - e nós perdemos a conexão com o que vestimos: não sabemos a origem ou o destino do que é criado e produzido, nem as condições e materiais que as roupas são feitas. Precisamos nos reconectar com a moda e mostrar que é possível as empresas serem mais justas, sustentáveis e responsáveis, principalmente porque a moda nos acompanha a vida toda, desde o momento em que nascemos e é uma forte expressão cultural do nosso tempo.

Assim, surgiu o movimento Fashion Revolution Day, para dar um basta à situações degradantes e sujas das quais a moda faz parte. Queremos mais transparência, saber quem fez nossas roupas, em quais condições foram produzidas e quais impactos e soluções estão por trás de cada peça.

Esse é um movimento internacional formado por pessoas que se preocupam com o que vestem, que acreditam e buscam uma indústria que seja do bem, que valorize as pessoas, busque preservar os recursos naturais e seja transparente e responsável.

Você também pode participar e ajudar a conscientizar sobre a produção das suas roupas: pergunte para as marcas« quem faz minhas roupas? ». No dia 24.04.2015 vista uma peça do lado avesso, fotografe e compartilhe com as hashtags #insideout #fashionrevolution e #fashionrevolutionbrasil. Acesse o site do movimento, compartilhe ideias e mostre a sua voz!

Outra moda é possível, se cada um de nós fizer a sua parte!

« Nós carregamos a história das pessoas que fazem nossas roupas» (Ali Hewson)

Mais informações: www.fashionrevolution.org

Quemfazminhasroupas

MOVIMENTO FASHION REVOLUTIONQuem faz minhas roupas?

« Não existe beleza na mais fina roupa segera morte e tristeza »

Próxima edição desta fanzine: Maio/2015

Contato: [email protected]

Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br( Gandhi)

ECOJÓIAS CAROL BARRETO

Coloque seu $ onde seu está

Compre localmente!

semente

moda I design I sustentabilidade

edição um I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

« Não existe beleza na mais fina roupa segera morte e tristeza »

Próxima edição desta fanzine: Maio/2015

Contato: [email protected]

Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br

( Gandhi)

COMPRANDO ETICAMENTEEu quero comprar algo:

Eu realmente preciso e vou usar?

Sim Não

Pode ser usado?

Posso comprar com desenvolvimento sustentável?

Sim Não

Sim Não

Compre para durar

reciclado orgânicotrabalho de cooperativa Comércio justo artesanal upcyclingproduzido localmente

Vivemos em um tempo estranho. Ligamos a TV e só vemos notícias ruins. Abrimos o jornal e só há desgraças para ler. Na Internet, um monte deassuntos que só tiram a nossa esperança. Desacreditamos no outro, achamos que o mundo não tem mais jeito.

Mas, por mais que tudo pareça uma bagunça sem fim, há muitas coisas boas acontecendo por aí e uma infinidade de razões para a gente continuaracreditando e fazendo a nossa parte por um mundo melhor.

Pensando em iluminar as pessoas, nasceu essa fanzine. De forma simples, queremos falar sobre moda, design e sustentabilidade, mostrar inovações e boas ideias que as pessoas estão realizando, restaurar a fé no outro, fazer refletir e propor uma nova forma de enxergar o mundo, onde possamos viver em harmonia com a natureza e com a nossa sociedade. Vamos mostrar que a moda, o design e a sustentabilidade, quando estão de mãos dadas, nos levam para um universo de possibilidades.

Essa é uma fanzine de notícias boas, para ser lida e compartilhada. Contém altas doses de ideias e reflexões, muito carinho e cuidado envolvido, e descortina um mundo de possibilidades responsáveis.

Que as próximas páginas iluminem seu dia. Com carinho

Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Por que roupas muito baratas não são um bom negócio?

Por Débora Schmidt Nardello

Você certamente já ouviu falar da expressão fast-fashion (ou moda rápida) inventada pelos grandes varejistas. O intuito é vender mais e aumentar os lucros oferecendo muitas novidades ao consumidor e estimulando o desejo e as compras constantes.

Mas, no fundo, por que o fast-fashion é um vilão para nossa sociedade e nosso planeta?

Ao optar por trabalhar com fast-fashion, o varejista buscar gastar o mínimo possível com materiais e mão-de-obra, colocar altas taxas de lucro e vender peças à preços mais baixos, para que o consumidor compre sempre em um ciclo constante de consumo. Para se ter uma ideia, em grandes varejistas como a Zara, H&M e Forever 21, o lucro é de 50 a 75% em cada peça.

E quem perde com isso?Todos nós: as matérias-prima - tecidos e aviamentos - são de baixa qualidade e em altíssima quantidade, refletindo em mais extração de recursos naturais com a frequência que a Natureza não consegue acompanhar. Além disso, as peças são confeccionadas em países com péssimas condições de trabalho, como Índia, Bangladesh e China, onde funcionários chegam a receber menos de R$ 0,50 por roupa costurada (ou seja, menos de 1% do valor que o varejista paga pela peça)

Achamos que é nosso direito comprar roupas super baratas e continuamos acreditando que está tudo bem. Mas não está.

Que tal fazermos uma reflexão e nos responsabilizarmos pela forma como consumimos? Não se trata de deixar de comprar, mas sim comprar com mais consciência: optar por roupas feitas de forma mais sustentável, com materiais de menor impacto para o planeta, produzidas localmente, naquela loja na cidade ou na feira de criadores independentes, sempre observando a forma como as peças são confeccionadas e se informando sobre a produção das roupas que você compra. Somos parte de um movimento maior e juntos podemos fazer a diferença.

O fast-fashion está aí, mas é nossa opção fazer parte disso. Queremos mesmo apoiar um estilo de produção que não nos representa?

Sustentabilidade, inclusão social, design, oportunidades e fortalecimento da comunidade - tudo isso nós encontramos na Cooperárvore, uma cooperativa social criada em 2006, em Betim - MG, que cria e produz peças unindo costura, serigrafia e artesanato.

Utilizando como matéria-prima materiais automotivos descartados e doados pela Fiat Automóveis e seusparceiros, como aparas de cintos de segurança e tecidos automotivos, a cooperativa produz diversos artigos, como sacolas, bolsas, mochilas, chaveiros, necessaires, etc. Em oito anos, 220 mil produtos foram comercializados e, desde 2011, reaproveitados 17 toneladas de materiais que seriam considerados lixo.

A Cooperárvore é um dos «galhos» do programa Árvore da Vida, no bairro Jardim Teresópolis (programa esse que busca o desenvolvimento da comunidade localizada em frente à fábrica da Fiat em Betim e que desenvolve diversas atividades) e conta com cerca de 18 cooperados que aprendem uma nova profissão, conquistam uma renda mensal e fazem a diferença no ambiente em que vivem, já que o desenvolvimento social e econômico são peças fundamentais na cooperativa. Além disso, como tudo é produzido por pessoas da comunidade onde o projeto está instalado, gera o desenvolvimento do local como um todo.

São lançadas em média cinco coleções anuais - uma principal e outras para datas comemorativas, como dia das mães, dos pais, dos namorados e das crianças. A coleção de 2015 foi inspirada nos quatro elemento da Natureza: terra, água, fogo e ar, pois na Grécia Antiga eram considerados a origem de todas as coisas e essenciais para a sobrevivência do ser humano. Essa coleção foi lançada na 25º Feira Nacional de Artesanato, na Expominas, em dezembro de 2014;

Para mais informações sobre o projeto é só acessar o site: www.cooperarvore.com.br

COOPERÁRVORE

POR QUE COMPRAR LOCALMENTE?

Você mantém seu dinheiro na economia local;

Valoriza a singularidade da sua comunidade;

Contribui para a criação de empregos locais;

Você ajuda na preservação do meio ambiente;

Encoraja o espírito de comunidade;

Você se beneficia e apoia o conhecimento local;

Investe no empreendedorismo e nos sonhos das pessoas.

Coloque seu $ onde seu está

Compre localmente!

POR QUE COMPRAR LOCALMENTE?

Coloque seu $ onde seu está

Compre localmente!

Você mantém seu dinheiro na economia local

Valoriza a singularidade da sua comunidade

Contribui para a criação de empregos locais

Você ajuda na preservação do meio ambiente

Encoraja o espírito de comunidade

Você se beneficia e apoia o conhecimento local

Investe no empreendedorismo e nos sonhos das pessoas

No dia 24 de abril de 2013, 1133 pessoas morreram e muitos mais ficaram feridos no desabamento do complexo de fábricasRana Plaza, em Dhaka, Bangladesh. Infelizmente, catástrofes sociais e ambientais acontecem com frequência no universoda moda, em diversos locais do mundo, quase sempre longe dos nossos olhos.

Moda é sobre conexões - com agricultores, designers, costureiros, produtores, consumidores, tecidos, aviamentos,técnicas e tecnologia - e nós perdemos a conexão com o que vestimos: não sabemos a origem ou o destino do que é criadoe produzido, nem as condições e materiais que as roupas são feitas. Precisamos nos reconectar com a moda e mostrarque é possível as empresas serem mais justas, sustentáveis e responsáveis, principalmente porque a moda nos acompanha a vida toda, desde o momento em que nascemos e é uma forte expressão cultural do nosso tempo.

Assim, surgiu o movimento Fashion Revolution Day, para dar um basta à situações degradantes e sujas das quais a modafaz parte. Queremos mais transparência, saber quem fez nossas roupas, em quais condições foram produzidas e quaisimpactos e soluções estão por trás de cada peça.

Esse é um movimento internacional formado por pessoas que se preocupam com o que vestem, que acreditam e buscamuma indústria que seja do bem, que valorize as pessoas, busque preservar os recursos naturais, seja transparentee responsável.

Você também pode participar e ajudar a conscientizar sobre a produção das suas roupas: pergunte para as marcas« quem faz minhas roupas? ». No dia 24.04.2015 vista uma peça do lado avesso, fotografe e compartilhe com ashashtags #insideout #fashionrevolution e #fashionrevolutionbrasil. Acesse o site do movimento, compartilhe ideiase mostre a sua voz!

Outra moda é possível, se cada um de nós fizer a sua parte!

« Nós carregamos a história das pessoas que fazem nossas roupas» (Ali Hewson)

Mais informações: www.fashionrevolution.org

Quemfazminhasroupas

MOVIMENTO FASHION REVOLUTIONQuem faz minhas roupas?

Por que roupas muito baratas não são um bom negócio?

Você certamente já ouviu falar da expressão fast-fashion (ou moda rápida) inventada pelos grandes varejistas. O intutito é vender mais e aumentar os lucros oferecendo muitas novidades ao consumidor e estimulando o desejo e as comprasconstantes.

Mas, no fundo, por que o fast-fashion é um vilão para nossa sociedade e nosso planeta?

Ao optar por trabalhar com fast-fashion, o varejista buscar gastar o mínimo possível com materiais e mão-de-obra,colocar altas taxas de lucro e vender peças à preços mais baixos, para que o consumidor compre sempre em um cicloconstante de consumo. Para se ter uma ideia, em grandes varejistas como a Zara, H&M e Forever 21, o lucro é de 50 a 75%em cada peça.

E quem perde com isso?Todos nós: as matérias-prima - tecidos e aviamentos - são de baixa qualidade e em altíssima quantidade, refletindo emmais extração de recursos naturais com a frequência que a Natureza não consegue acompanhar. Além disso, as peças sãoconfeccionadas em países com péssimas condições de trabalho, como Índia, Bangladesh e China, onde funcionários chegama receber menos de R$ 0,50 por roupa costurada (ou seja, menos de 1% do valor que o varejista paga pela peça)

Achamos que é nosso direito comprar roupas super baratas e continuamos acreditando que está tudo bem. Mas não está.

Que tal fazermos uma reflexão e nos responsabilizarmos pela forma como consumimos? Não se trata de deixar de comprar,mas sim comprar com mais consciência: optar por roupas feitas de forma mais sustentável, com materiais de menor impacto para o planeta, produzidas localmente, naquela loja na cidade ou na feira de criadores independentes, sempreobservando a forma como as peças são confeccionadas e se informando sobre a produção das roupas que você compra. Somos parte de um movimento maior e juntos podemos fazer a diferença.

O fast-fashion está aí, mas é nossa opção fazer parte disso. Queremos mesmo apoiar um estilo de produção que não nosrepresenta?

Por Débora Schmidt Nardello

Sustentabilidade, inclusão social, design, oportunidades e fortalecimento da comunidade - tudo isso nós encontramosna Cooperárvore, uma cooperativa social criada em 2006, em Betim - MG, que cria e produz peças unindo costura,serigrafia e artesanato.

Utilizando como matéria-prima materiais automotivos descartados e doados pela Fiat Automóveis e seus parceiros,como aparas de cintos de segurança e tecidos automotivos, a cooperativa produz diversos artigos, como sacolas, bolsas,mochilas, chaveiros, necessaires, etc. Em oito anos, 220 mil produtos foram comercializados e, desde 2011, reaproveitados17 toneladas de materiais que seriam considerados lixo.

A Cooperárvore é um dos «galhos» do programa Árvore da Vida, no bairro Jardim Teresópolis (programa esse que buscao desenvolvimento da comunidade localizada em frente à fábrica da Fiat em Betim e que desenvolve diversas atividades) e conta com cerca de 18 cooperados que aprendem uma nova profissão, conquistam uma renda mensal e fazem a diferençano ambiente em que vivem, já que o desenvolvimento social e econômico são peças fundamentais na cooperativa. Alémdisso, como tudo é produzido por pessoas da comunidade onde o projeto está instalado, gera o desenvolvimento do localcomo um todo.

São lançadas em média cinco coleções anuais - uma principal e outras para datas comemorativas, como dia das mães,dos pais, dos namorados e das crianças. A coleção de 2015 foi inspirada nos quatro elemento da Natureza: terra, água,fogo e ar, pois na Grécia Antiga eram considerados a origem de todas as coisas e essenciais para a sobrevivência do serhumano. Essa coleção foi lançada na 25º Feira Nacional de Artesanato, na Expominas, em dezembro de 2014;

Para mais informações sobre o projeto é só acessar o site: www.cooperarvore.com.br

COOPERÁRVORE

Berinjela, cebola, tomate, pimentão, alface... logo nos vem à mente uma horta comum, se não fosse pelo fato de todosesses vegetais serem plantados no meio de São Paulo, no teto de um shopping, em meio à paisagem de concreto, como umailha verde entre prédios.

Desde 2012 o Shopping Eldorado, na zona oeste de São Paulo, investe em um projeto de compostagem para dar um destinocorreto aos quase 400 quilos de restos de comida encontrados em sua praça de alimentação diariamente. O lixo orgânico,que antes era todo destinado ao aterro sanitário agora tem parte direcionada para uma horta construída no telhado doshopping.

As sobras de alimentos das quase 10 mil refeições, servidas todos os dias, recebem enzimas específicas para acelerar adecomposição adequada do lixo. Como resultado: um composto que fica parecido com terra, rico em húmus e nutrientesminerais, pronto para ser usado nas plantações.

Numa área de 1000m² são cultivados berinjela, jiló, cebola, pimentões, alface, gengibre, tomate, manjericão, morango,pepino e abrobrinha, que são consumidos pelos próprios funcionários do shopping. Além da grande variedade de legumes,a horta conta também com uma farmácia viva, onde são plantadas hortelã, erva-doce, carquejo, malva, sálvia, alecrim, bálsamo e poejo.

De acordo com os administradores, o objetivo é fazer com que a horta urbana tome conta de toda a área superior e deixea temperatura interna do shopping mais amena, reduzindo os desperdícios com ar condicionado.

A ideia é simples, muito inteligente e de alto impacto para reduzir os resíduos e produzir alimentos de forma sustentávele livre de agrotóxicos, beneficiando a todos, mesmo que indiretamente.

Mais informações no site do shopping: www. shoppingeldorado.com.br

PROJETO TELHADO VERDECOMPOSTAGEM E HORTA NO TELHADO DO SHOPPING ELDORADO

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SOBREVivemos em um tempo estranho. Ligamos a TV e só vemos notícias ruins.Abrimos o jornal e só há desgraças para ler. Na Internet, um monte deassuntos que só tiram a nossa esperança. Desacreditamos no outro,achamos que o mundo não tem mais jeito.

Mas, por mais que tudo pareça uma bagunça sem fim, há muitas coisasboas acontecendo por aí e uma infinidade de razões para a gente continuaracreditando e fazendo a nossa parte por um mundo melhor.

Pensando em iluminar as pessoas, nasceu essa fanzine. De forma simples,queremos falar sobre moda, design e sustentabilidade, mostrar inovações eboas ideias que as pessoas estão realizando, restaurar a fé no outro, fazerrefletir e propor uma nova forma de enxergar o mundo, onde possamos viver em harmonia com a natureza e com a nossa sociedade. Vamos mostrar que a moda, o design e a sustentabilidade, quando de estão de mãos dadas, nos levam para um universo de possibilidades.

Essa é uma fanzine de notícias boas, para ser lida e compartilhada. Contémaltas doses de ideias e reflexões, muito carinho e cuidado envolvido, e descortina um mundo de possibilidades responsáveis.

Que as próximas páginas iluminem seu dia.Com carinho

Débora + Lusco Fusco

Certo dia, andando pelo Mercado Central da cidade de Teresina, no Piauí, a designer Luly Vianna encontrou faixas pretas no chão e, ao perguntar o que eram, descobriu que se tratavam de câmaras de pneu de caminhão. Ao retornar para São Paulo, procurou o material e viu nele novas possibilidades de criação. Então, depois de muita pesquisa, nasceu a Saissu Design.

Nomeada Saissu, que no original tupi guarani significa amor, a marca cria uma linha incrível de malas, mochilas, pulseiras,cintos e necessaires fabricadas com no mínimo 60% de material reciclado, podendo chegar até 98%, dependendo doproduto. Reciclando borrachas de câmaras de pneu, algodão e garrafas pet, as criações tem uma pegada bem contemporânea,sofisticada e, é claro, responsável. São peças criadas para pessoas que levam em conta as questões ambientais em suas escolhas cotidianas.

A criação começa com os desenhos da Luly e processo produtivo se inicia em parceria com mulheres das comunidades locais, que lavam e hidratam as câmaras de pneu, utilizando um produto à base d´água chamado Finish Repair. Após a hidratação, as câmaras são levadas para oficinas e ONGs parceiras, que fazem a construção do produto. O corte e costura da borracha sãofeitos manualmente - peça por peça - e passam por uma inspeção antes de chegar à loja.

Além da produção ser artesanal, as peças são resistentes e impermeáveis, com acabamentos de alto padrão, provando quepode-se reciclar materiais e transformá-los em produtos de alta durabilidade, unindo design e bom gosto. É a reinvençãodo que seria descartado, lixo repensado de forma totalmente nova e uma forma de reciclar o nosso amanhã.

SAISSU DESIGNTransformação de pneus em acessórios de luxo

Para saber mais sobre a Saissu: www.saissu.com

Showroom: Rua Arthur Frazão, 37, Jardins - São Paulo

Você já parou para pensar na quantidade de embalagens que nós descartamos semanalmente? Nâo? Mas lá em 2005 uma artista chamada Carol começou a questionar o que fazer com seus resíduos domésticos - garrafas, latas, embalagens deshampoos e cremes... O que poderia ser criado de bacana com esses materiais que a maioria das pessoas vê como lixo?

Desse questionamento nasceu a Ecojóias Carol Barreto. Inicialmente as criações foram feitas de garrafa pet dourada de uma edição limitada, depois com latinhas e assim, em 10 anos, foram surgindo criações leves e coloridas, feitas artesanalmenteuma a uma, com 30 a 98% de materiais que seriam descartados, como garrafas pet, latas de alumínio, embalagens plásticasde cosméticos e produtos de limpeza e câmaras de pneu, sempre mesclados com materiais duradouros, como a prata e o aço, para que as peças durem mais, evitando o descarte precoce.

A marca carioca não só cria jóias incríveis, mas também busca a conscientização das pessoas, supreendendo-as com peçasbacanas feitas com o que era visto como lixo, em misturas e combinações inusitadas. Grande parte da matéria-prima vem das próprias clientes, que doam seus resíduos domésticos após entenderem a importância de dar um destino correto à esse material.

Mas como funciona a confecção?O material recebido é limpo com água da chuva reaproveitada ( ), separado por tipo, cor e espessura. Num segundo momentosão feitos desenhos específicos para cada material. As peças são montadas manualmente e as embalagens criadas com papelde revista ou garrafa pet. Além disso, as sobras geradas na produção são separadas e enviadas para reciclagem.

São desenvolvidas duas coleções por ano, mas as peças não saem de linha, assim os clientes podem comprar os modelosno tempo que desejarem. Porém, há algumas edições limitadas, geralmente feitas com algum material promocional ou decor especial.

Para saber mais sobre a Ecojóias Carol Barreto é só acesssar o site: www.carolbarreto.com.br

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Eu realmente preciso e vou usar?

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www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

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Compre para durar

reciclado orgânicotrabalho de cooperativa Comércio justo artesanal upcyclingproduzido localmente

SOBRE Vivemos em um tempo estranho. Ligamos a TV e só vemos notícias ruins.Abrimos o jornal e só há desgraças para ler. Na Internet, um monte deassuntos que só tiram a nossa esperança. Desacreditamos no outro,achamos que o mundo não tem mais jeito.

Mas, por mais que tudo pareça uma bagunça sem fim, há muitas coisasboas acontecendo por aí e uma infinidade de razões para a gente continuaracreditando e fazendo a nossa parte por um mundo melhor.

Pensando em iluminar as pessoas, nasceu essa fanzine. De forma simples,queremos falar sobre moda, design e sustentabilidade, mostrar inovações eboas ideias que as pessoas estão realizando, restaurar a fé no outro, fazerrefletir e propor uma nova forma de enxergar o mundo, onde possamos viver em harmonia com a natureza e com a nossa sociedade. Vamos mostrar que a moda, o design e a sustentabilidade, quando estão de mãos dadas, nos levam para um universo de possibilidades.

Essa é uma fanzine de notícias boas, para ser lida e compartilhada. Contémaltas doses de ideias e reflexões, muito carinho e cuidado envolvido, e descortina um mundo de possibilidades responsáveis.

Que as próximas páginas iluminem seu dia. Com carinho

Débora + Lusco Fusco

Por que roupas muito baratas não são um bom negócio?

Por Débora Schmidt Nardello

Numa área de 1000m² são cultivados berinjela, jiló, cebola, pimentões, alface, gengibre, tomate, manjericão, morango, pepino e abobrinha, que são consumidos pelos próprios funcionários do shopping. Além da grande variedade de legumes, a horta conta também com uma farmácia viva, onde são plantadas hortelã, erva-doce, carquejo, malva, sálvia, alecrim, bálsamo e poejo.

De acordo com os administradores, o objetivo é fazer com que a horta urbana tome conta de toda a área superior e deixe a temperatura interna do shopping mais amena, reduzindo os desperdícios com ar condicionado.

A ideia é simples, muito inteligente e de alto impacto para reduzir os resíduos e produzir alimentos de forma sustentável e livre de agrotóxicos, beneficiando a todos, mesmo que indiretamente.

Mais informações no site do shopping: www. shoppingeldorado.com.br

Berinjela, cebola, tomate, pimentão, alface... logo nos vem à mente uma horta comum, se não fosse pelo fato de todos esses vegetais serem plantados no meio de São Paulo, no teto de um shopping, em meio à paisagem de concreto, como uma ilha verde entre prédios.

Desde 2012 o Shopping Eldorado, na Zona Oeste de São Paulo, investe em um projeto de compostagem para dar um destino correto aos quase 400 quilos de restos de comida encontrados em sua praça de alimentação diariamente. O lixo orgânico, que antes era todo destinado ao aterro sanitário agora tem parte direcionada para uma horta construída no telhado do shopping.

As sobras de alimentos das quase 10 mil refeições, servidas todos os dias, recebem enzimas específicas para acelerar a decomposição adequada do lixo. Como resultado: um composto que fica parecido com terra, rico em húmus e nutrientes minerais, pronto para ser usado nas plantações.

PROJETO TELHADO VERDECOMPOSTAGEM E HORTA NO TELHADO DO SHOPPING ELDORADO

Você certamente já ouviu falar da expressão fast-fashion (ou moda rápida) inventada pelos grandes varejistas. O intuito é vender mais e aumentar os lucros oferecendo muitas novidades ao consumidor e estimulando o desejo e as compras constantes.

Mas, no fundo, por que o fast-fashion é um vilão para nossa sociedade e nosso planeta?

Ao optar por trabalhar com fast-fashion, o varejista buscar gastar o mínimo possível com materiais e mão-de-obra, colocar altas taxas de lucro e vender peças à preços mais baixos, para que o consumidor compre sempre em um ciclo constante de consumo. Para se ter uma ideia, em grandes varejistas como a Zara, H&M e Forever 21, o lucro é de 50 a 75% em cada peça.

E quem perde com isso?Todos nós: as matérias-prima - tecidos e aviamentos - são de baixa qualidade e em altíssima quantidade, refletindo em mais extração de recursos naturais com a frequência que a Natureza não consegue acompanhar. Além disso, as peças são confeccionadas em países com péssimas condições de trabalho, como Índia, Bangladesh e China, onde funcionários chegam a receber menos de R$ 0,50 por roupa costurada (ou seja, menos de 1% do valor que o varejista paga pela peça)

Achamos que é nosso direito comprar roupas super baratas e continuamos acreditando que está tudo bem. Mas não está.

Que tal fazermos uma reflexão e nos responsabilizarmos pela forma como consumimos? Não se trata de deixar de comprar, mas sim comprar com mais consciência: optar por roupas feitas de forma mais sustentável, com materiais de menor impacto para o planeta, produzidas localmente, naquela loja na cidade ou na feira de criadores independentes, sempre observando a forma como as peças são confeccionadas e se informando sobre a produção das roupas que você compra. Somos parte de um movimento maior e juntos podemos fazer a diferença.

O fast-fashion está aí, mas é nossa opção fazer parte disso. Queremos mesmo apoiar um estilo de produção que não nos representa?

Sustentabilidade, inclusão social, design, oportunidades e fortalecimento da comunidade - tudo isso nós encontramos na Cooperárvore, uma cooperativa social criada em 2006, em Betim - MG, que cria e produz peças unindo costura, serigrafia e artesanato.

Utilizando como matéria-prima materiais automotivos descartados e doados pela Fiat Automóveis e seusparceiros, como aparas de cintos de segurança e tecidos automotivos, a cooperativa produz diversos artigos, como sacolas, bolsas, mochilas, chaveiros, necessaires, etc. Em oito anos, 220 mil produtos foram comercializados e, desde 2011, reaproveitados 17 toneladas de materiais que seriam considerados lixo.

A Cooperárvore é um dos «galhos» do programa Árvore da Vida, no bairro Jardim Teresópolis (programa esse que busca o desenvolvimento da comunidade localizada em frente à fábrica da Fiat em Betim e que desenvolve diversas atividades) e conta com cerca de 18 cooperados que aprendem uma nova profissão, conquistam uma renda mensal e fazem a diferença no ambiente em que vivem, já que o desenvolvimento social e econômico são peças fundamentais na cooperativa. Além disso, como tudo é produzido por pessoas da comunidade onde o projeto está instalado, gera o desenvolvimento do local como um todo.

São lançadas em média cinco coleções anuais - uma principal e outras para datas comemorativas, como dia das mães, dos pais, dos namorados e das crianças. A coleção de 2015 foi inspirada nos quatro elemento da Natureza: terra, água, fogo e ar, pois na Grécia Antiga eram considerados a origem de todas as coisas e essenciais para a sobrevivência do ser humano. Essa coleção foi lançada na 25º Feira Nacional de Artesanato, na Expominas, em dezembro de 2014;

Para mais informações sobre o projeto é só acessar o site: www.cooperarvore.com.br

COOPERÁRVORE

Para saber mais sobre a Saissu: www.saissu.com

Showroom: Rua Arthur Frazão, 37, Jardins - São Paulo

Certo dia, andando pelo Mercado Central da cidade de Teresina, no Piauí, a designer Luly Vianna encontrou faixas pretas no chão e, ao perguntar o que eram, descobriu que se tratavam de câmaras de pneu decaminhão. Ao retornar para São Paulo, procurou o material e viu nele novas possibilidades de criação.Então, depois de muita pesquisa, nasceu a Saissu Design.

Nomeada Saissu, que no original tupi guarani significa amor, a marca cria uma linha incrível de malas, mochilas, pulseiras, cintos e necessaires fabricadas com no mínimo 60% de material reciclado, podendo chegar até 98%, dependendo do produto. Reciclando borrachas de câmaras de pneu, algodão e garrafas pet, as criações tem uma pegada bem contemporânea, sofisticada e, é claro, responsável. São peças criadas para pessoas que levam em conta as questões ambientais em suas escolhas cotidianas.

A criação começa com os desenhos da Luly e processo produtivo se inicia em parceria com mulheres das comunidades locais, que lavam e hidratam as câmaras de pneu, utilizando um produto à base d´água chamado Finish Repair. Após a hidratação, as câmaras são levadas para oficinas e ONGs parceiras, que fazem a construção do produto. O corte e costura da borracha são feitos manualmente - peça por peça - e passam por uma inspeção antes de chegar à loja.

Além da produção ser artesanal, as peças são resistentes e impermeáveis, com acabamentos de alto padrão, provando que pode-se reciclar materiais e transformá-los em produtos de alta durabilidade, unindo design e bom gosto. É a reinvenção do que seria descartado, lixo repensado de forma totalmente nova e uma forma de reciclar o nosso amanhã.

SAISSU DESIGNTransformação de pneus em acessórios de luxo

POR QUE COMPRAR LOCALMENTE?

Você mantém seu dinheiro na economia local;

Valoriza a singularidade da sua comunidade;

Contribui para a criação de empregos locais;

Você ajuda na preservação do meio ambiente;

Encoraja o espírito de comunidade;

Você se beneficia e apoia o conhecimento local;

Investe no empreendedorismo e nos sonhos das pessoas.

Você já parou para pensar na quantidade de embalagens que nós descartamos semanalmente? Nâo? Mas lá em 2005 uma artista chamada Carol começou a questionar o que fazer com seus resíduos domésticos - garrafas, latas, embalagens de shampoos e cremes... O que poderia ser criado de bacana com esses materiais que a maioria das pessoas vê como lixo?

Desse questionamento nasceu a Ecojóias Carol Barreto. Inicialmente as criações foram feitas de garrafa pet dourada de uma edição limitada, depois com latinhas e assim, em 10 anos, foram surgindo criações leves e coloridas, feitas artesanalmente, uma a uma, com 30 a 98% de materiais que seriam descartados,como garrafas pet, latas de alumínio, embalagens plásticas de cosméticos e produtos de limpeza e câmaras de pneu, sempre mesclados com materiais duradouros, como a prata e o aço, para que as peças durem mais,evitando o descarte precoce.

A marca carioca não só cria jóias incríveis, mas também busca a conscientização das pessoas, surpreendendo-as com peças bacanas feitas com o que era visto como lixo, em misturas e combinações inusitadas. Grande parte da matéria-prima vem das próprias clientes, que doam seus resíduos domésticos após entenderem a importância de dar um destino correto à esse material.

Mas como funciona a confecção?O material recebido é limpo com água da chuva reaproveitada ( ), separado por tipo, cor e espessura. Num segundo momento são feitos desenhos específicos para cada material. As peças são montadas manualmente e as embalagens criadas com papel de revista ou garrafa pet. Além disso, as sobras geradas na produção são separadas e enviadas para reciclagem.

São desenvolvidas duas coleções por ano, mas as peças não saem de linha, assim os clientes podem comprar os modelos quando desejarem. Há, porém, algumas edições limitadas, geralmente feitas com algum material promocional ou de cor especial.

Para saber mais sobre a Ecojóias Carol Barreto é só acesssar o site: www.carolbarreto.com.br

No dia 24 de abril de 2013, 1133 pessoas morreram e muitos mais ficaram feridos no desabamento do ´complexo de fábricas Rana Plaza, em Dhaka, Bangladesh. Infelizmente, catástrofes sociais e ambientais acontecem com frequência no universo da moda, em diversos locais do mundo, quase sempre longe dos nossos olhos.

Moda é sobre conexões - com agricultores, designers, costureiros, produtores, consumidores, tecidos, aviamentos, técnicas e tecnologia - e nós perdemos a conexão com o que vestimos: não sabemos a origem ou o destino do que é criado e produzido, nem as condições e materiais que as roupas são feitas. Precisamos nos reconectar com a moda e mostrar que é possível as empresas serem mais justas, sustentáveis e responsáveis, principalmente porque a moda nos acompanha a vida toda, desde o momento em que nascemos e é uma forte expressão cultural do nosso tempo.

Assim, surgiu o movimento Fashion Revolution Day, para dar um basta à situações degradantes e sujas das quais a moda faz parte. Queremos mais transparência, saber quem fez nossas roupas, em quais condições foram produzidas e quais impactos e soluções estão por trás de cada peça.

Esse é um movimento internacional formado por pessoas que se preocupam com o que vestem, que acreditam e buscam uma indústria que seja do bem, que valorize as pessoas, busque preservar os recursos naturais e seja transparente e responsável.

Você também pode participar e ajudar a conscientizar sobre a produção das suas roupas: pergunte para as marcas« quem faz minhas roupas? ». No dia 24.04.2015 vista uma peça do lado avesso, fotografe e compartilhe com as hashtags #insideout #fashionrevolution e #fashionrevolutionbrasil. Acesse o site do movimento, compartilhe ideias e mostre a sua voz!

Outra moda é possível, se cada um de nós fizer a sua parte!

« Nós carregamos a história das pessoas que fazem nossas roupas» (Ali Hewson)

Mais informações: www.fashionrevolution.org

Quemfazminhasroupas

MOVIMENTO FASHION REVOLUTIONQuem faz minhas roupas?

« Não existe beleza na mais fina roupa segera morte e tristeza »

Próxima edição desta fanzine: Maio/2015

Contato: [email protected]

Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br( Gandhi)

ECOJÓIAS CAROL BARRETO

Coloque seu $ onde seu está

Compre localmente!

semente

moda I design I sustentabilidade

edição um I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

« Não existe beleza na mais fina roupa segera morte e tristeza »

Próxima edição desta fanzine: Maio/2015

Contato: [email protected]

Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br

( Gandhi)

COMPRANDO ETICAMENTEEu quero comprar algo:

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Pode ser usado?

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reciclado orgânicotrabalho de cooperativa Comércio justo artesanal upcyclingproduzido localmente

Vivemos em um tempo estranho. Ligamos a TV e só vemos notícias ruins. Abrimos o jornal e só há desgraças para ler. Na Internet, um monte deassuntos que só tiram a nossa esperança. Desacreditamos no outro, achamos que o mundo não tem mais jeito.

Mas, por mais que tudo pareça uma bagunça sem fim, há muitas coisas boas acontecendo por aí e uma infinidade de razões para a gente continuaracreditando e fazendo a nossa parte por um mundo melhor.

Pensando em iluminar as pessoas, nasceu essa fanzine. De forma simples, queremos falar sobre moda, design e sustentabilidade, mostrar inovações e boas ideias que as pessoas estão realizando, restaurar a fé no outro, fazer refletir e propor uma nova forma de enxergar o mundo, onde possamos viver em harmonia com a natureza e com a nossa sociedade. Vamos mostrar que a moda, o design e a sustentabilidade, quando estão de mãos dadas, nos levam para um universo de possibilidades.

Essa é uma fanzine de notícias boas, para ser lida e compartilhada. Contém altas doses de ideias e reflexões, muito carinho e cuidado envolvido, e descortina um mundo de possibilidades responsáveis.

Que as próximas páginas iluminem seu dia. Com carinho

Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Por que roupas muito baratas não são um bom negócio?

Por Débora Schmidt Nardello

Você certamente já ouviu falar da expressão fast-fashion (ou moda rápida) inventada pelos grandes varejistas. O intuito é vender mais e aumentar os lucros oferecendo muitas novidades ao consumidor e estimulando o desejo e as compras constantes.

Mas, no fundo, por que o fast-fashion é um vilão para nossa sociedade e nosso planeta?

Ao optar por trabalhar com fast-fashion, o varejista buscar gastar o mínimo possível com materiais e mão-de-obra, colocar altas taxas de lucro e vender peças à preços mais baixos, para que o consumidor compre sempre em um ciclo constante de consumo. Para se ter uma ideia, em grandes varejistas como a Zara, H&M e Forever 21, o lucro é de 50 a 75% em cada peça.

E quem perde com isso?Todos nós: as matérias-prima - tecidos e aviamentos - são de baixa qualidade e em altíssima quantidade, refletindo em mais extração de recursos naturais com a frequência que a Natureza não consegue acompanhar. Além disso, as peças são confeccionadas em países com péssimas condições de trabalho, como Índia, Bangladesh e China, onde funcionários chegam a receber menos de R$ 0,50 por roupa costurada (ou seja, menos de 1% do valor que o varejista paga pela peça)

Achamos que é nosso direito comprar roupas super baratas e continuamos acreditando que está tudo bem. Mas não está.

Que tal fazermos uma reflexão e nos responsabilizarmos pela forma como consumimos? Não se trata de deixar de comprar, mas sim comprar com mais consciência: optar por roupas feitas de forma mais sustentável, com materiais de menor impacto para o planeta, produzidas localmente, naquela loja na cidade ou na feira de criadores independentes, sempre observando a forma como as peças são confeccionadas e se informando sobre a produção das roupas que você compra. Somos parte de um movimento maior e juntos podemos fazer a diferença.

O fast-fashion está aí, mas é nossa opção fazer parte disso. Queremos mesmo apoiar um estilo de produção que não nos representa?

Sustentabilidade, inclusão social, design, oportunidades e fortalecimento da comunidade - tudo isso nós encontramos na Cooperárvore, uma cooperativa social criada em 2006, em Betim - MG, que cria e produz peças unindo costura, serigrafia e artesanato.

Utilizando como matéria-prima materiais automotivos descartados e doados pela Fiat Automóveis e seusparceiros, como aparas de cintos de segurança e tecidos automotivos, a cooperativa produz diversos artigos, como sacolas, bolsas, mochilas, chaveiros, necessaires, etc. Em oito anos, 220 mil produtos foram comercializados e, desde 2011, reaproveitados 17 toneladas de materiais que seriam considerados lixo.

A Cooperárvore é um dos «galhos» do programa Árvore da Vida, no bairro Jardim Teresópolis (programa esse que busca o desenvolvimento da comunidade localizada em frente à fábrica da Fiat em Betim e que desenvolve diversas atividades) e conta com cerca de 18 cooperados que aprendem uma nova profissão, conquistam uma renda mensal e fazem a diferença no ambiente em que vivem, já que o desenvolvimento social e econômico são peças fundamentais na cooperativa. Além disso, como tudo é produzido por pessoas da comunidade onde o projeto está instalado, gera o desenvolvimento do local como um todo.

São lançadas em média cinco coleções anuais - uma principal e outras para datas comemorativas, como dia das mães, dos pais, dos namorados e das crianças. A coleção de 2015 foi inspirada nos quatro elemento da Natureza: terra, água, fogo e ar, pois na Grécia Antiga eram considerados a origem de todas as coisas e essenciais para a sobrevivência do ser humano. Essa coleção foi lançada na 25º Feira Nacional de Artesanato, na Expominas, em dezembro de 2014;

Para mais informações sobre o projeto é só acessar o site: www.cooperarvore.com.br

COOPERÁRVORE

POR QUE COMPRAR LOCALMENTE?

Você mantém seu dinheiro na economia local;

Valoriza a singularidade da sua comunidade;

Contribui para a criação de empregos locais;

Você ajuda na preservação do meio ambiente;

Encoraja o espírito de comunidade;

Você se beneficia e apoia o conhecimento local;

Investe no empreendedorismo e nos sonhos das pessoas.

Coloque seu $ onde seu está

Compre localmente!

No dia 24 de abril de 2013, 1133 pessoas morreram e muitos mais ficaram feridos no desabamento do ´complexo de fábricas Rana Plaza, em Dhaka, Bangladesh. Infelizmente, catástrofes sociais e ambientais acontecem com frequência no universo da moda, em diversos locais do mundo, quase sempre longe dos nossos olhos.

Moda é sobre conexões - com agricultores, designers, costureiros, produtores, consumidores, tecidos, aviamentos, técnicas e tecnologia - e nós perdemos a conexão com o que vestimos: não sabemos a origem ou o destino do que é criado e produzido, nem as condições e materiais que as roupas são feitas. Precisamos nos reconectar com a moda e mostrar que é possível as empresas serem mais justas, sustentáveis e responsáveis, principalmente porque a moda nos acompanha a vida toda, desde o momento em que nascemos e é uma forte expressão cultural do nosso tempo.

Assim, surgiu o movimento Fashion Revolution Day, para dar um basta à situações degradantes e sujas das quais a moda faz parte. Queremos mais transparência, saber quem fez nossas roupas, em quais condições foram produzidas e quais impactos e soluções estão por trás de cada peça.

Esse é um movimento internacional formado por pessoas que se preocupam com o que vestem, que acreditam e buscam uma indústria que seja do bem, que valorize as pessoas, busque preservar os recursos naturais e seja transparente e responsável.

Você também pode participar e ajudar a conscientizar sobre a produção das suas roupas: pergunte para as marcas« quem faz minhas roupas? ». No dia 24.04.2015 vista uma peça do lado avesso, fotografe e compartilhe com as hashtags #insideout #fashionrevolution e #fashionrevolutionbrasil. Acesse o site do movimento, compartilhe ideias e mostre a sua voz!

Outra moda é possível, se cada um de nós fizer a sua parte!

« Nós carregamos a história das pessoas que fazem nossas roupas» (Ali Hewson)

Mais informações: www.fashionrevolution.org

Quemfazminhasroupas

MOVIMENTO FASHION REVOLUTIONQuem faz minhas roupas?

POR QUE COMPRAR LOCALMENTE?

Coloque seu $ onde seu está

Compre localmente!

Você mantém seu dinheiro na economia local

Valoriza a singularidade da sua comunidade

Contribui para a criação de empregos locais

Você ajuda na preservação do meio ambiente

Encoraja o espírito de comunidade

Você se beneficia e apoia o conhecimento local

Investe no empreendedorismo e nos sonhos das pessoas

No dia 24 de abril de 2013, 1133 pessoas morreram e muitos mais ficaram feridos no desabamento do complexo de fábricasRana Plaza, em Dhaka, Bangladesh. Infelizmente, catástrofes sociais e ambientais acontecem com frequência no universoda moda, em diversos locais do mundo, quase sempre longe dos nossos olhos.

Moda é sobre conexões - com agricultores, designers, costureiros, produtores, consumidores, tecidos, aviamentos,técnicas e tecnologia - e nós perdemos a conexão com o que vestimos: não sabemos a origem ou o destino do que é criadoe produzido, nem as condições e materiais que as roupas são feitas. Precisamos nos reconectar com a moda e mostrarque é possível as empresas serem mais justas, sustentáveis e responsáveis, principalmente porque a moda nos acompanha a vida toda, desde o momento em que nascemos e é uma forte expressão cultural do nosso tempo.

Assim, surgiu o movimento Fashion Revolution Day, para dar um basta à situações degradantes e sujas das quais a modafaz parte. Queremos mais transparência, saber quem fez nossas roupas, em quais condições foram produzidas e quaisimpactos e soluções estão por trás de cada peça.

Esse é um movimento internacional formado por pessoas que se preocupam com o que vestem, que acreditam e buscamuma indústria que seja do bem, que valorize as pessoas, busque preservar os recursos naturais, seja transparentee responsável.

Você também pode participar e ajudar a conscientizar sobre a produção das suas roupas: pergunte para as marcas« quem faz minhas roupas? ». No dia 24.04.2015 vista uma peça do lado avesso, fotografe e compartilhe com ashashtags #insideout #fashionrevolution e #fashionrevolutionbrasil. Acesse o site do movimento, compartilhe ideiase mostre a sua voz!

Outra moda é possível, se cada um de nós fizer a sua parte!

« Nós carregamos a história das pessoas que fazem nossas roupas» (Ali Hewson)

Mais informações: www.fashionrevolution.org

Quemfazminhasroupas

MOVIMENTO FASHION REVOLUTIONQuem faz minhas roupas?

Por que roupas muito baratas não são um bom negócio?

Você certamente já ouviu falar da expressão fast-fashion (ou moda rápida) inventada pelos grandes varejistas. O intutito é vender mais e aumentar os lucros oferecendo muitas novidades ao consumidor e estimulando o desejo e as comprasconstantes.

Mas, no fundo, por que o fast-fashion é um vilão para nossa sociedade e nosso planeta?

Ao optar por trabalhar com fast-fashion, o varejista buscar gastar o mínimo possível com materiais e mão-de-obra,colocar altas taxas de lucro e vender peças à preços mais baixos, para que o consumidor compre sempre em um cicloconstante de consumo. Para se ter uma ideia, em grandes varejistas como a Zara, H&M e Forever 21, o lucro é de 50 a 75%em cada peça.

E quem perde com isso?Todos nós: as matérias-prima - tecidos e aviamentos - são de baixa qualidade e em altíssima quantidade, refletindo emmais extração de recursos naturais com a frequência que a Natureza não consegue acompanhar. Além disso, as peças sãoconfeccionadas em países com péssimas condições de trabalho, como Índia, Bangladesh e China, onde funcionários chegama receber menos de R$ 0,50 por roupa costurada (ou seja, menos de 1% do valor que o varejista paga pela peça)

Achamos que é nosso direito comprar roupas super baratas e continuamos acreditando que está tudo bem. Mas não está.

Que tal fazermos uma reflexão e nos responsabilizarmos pela forma como consumimos? Não se trata de deixar de comprar,mas sim comprar com mais consciência: optar por roupas feitas de forma mais sustentável, com materiais de menor impacto para o planeta, produzidas localmente, naquela loja na cidade ou na feira de criadores independentes, sempreobservando a forma como as peças são confeccionadas e se informando sobre a produção das roupas que você compra. Somos parte de um movimento maior e juntos podemos fazer a diferença.

O fast-fashion está aí, mas é nossa opção fazer parte disso. Queremos mesmo apoiar um estilo de produção que não nosrepresenta?

Por Débora Schmidt Nardello

Sustentabilidade, inclusão social, design, oportunidades e fortalecimento da comunidade - tudo isso nós encontramosna Cooperárvore, uma cooperativa social criada em 2006, em Betim - MG, que cria e produz peças unindo costura,serigrafia e artesanato.

Utilizando como matéria-prima materiais automotivos descartados e doados pela Fiat Automóveis e seus parceiros,como aparas de cintos de segurança e tecidos automotivos, a cooperativa produz diversos artigos, como sacolas, bolsas,mochilas, chaveiros, necessaires, etc. Em oito anos, 220 mil produtos foram comercializados e, desde 2011, reaproveitados17 toneladas de materiais que seriam considerados lixo.

A Cooperárvore é um dos «galhos» do programa Árvore da Vida, no bairro Jardim Teresópolis (programa esse que buscao desenvolvimento da comunidade localizada em frente à fábrica da Fiat em Betim e que desenvolve diversas atividades) e conta com cerca de 18 cooperados que aprendem uma nova profissão, conquistam uma renda mensal e fazem a diferençano ambiente em que vivem, já que o desenvolvimento social e econômico são peças fundamentais na cooperativa. Alémdisso, como tudo é produzido por pessoas da comunidade onde o projeto está instalado, gera o desenvolvimento do localcomo um todo.

São lançadas em média cinco coleções anuais - uma principal e outras para datas comemorativas, como dia das mães,dos pais, dos namorados e das crianças. A coleção de 2015 foi inspirada nos quatro elemento da Natureza: terra, água,fogo e ar, pois na Grécia Antiga eram considerados a origem de todas as coisas e essenciais para a sobrevivência do serhumano. Essa coleção foi lançada na 25º Feira Nacional de Artesanato, na Expominas, em dezembro de 2014;

Para mais informações sobre o projeto é só acessar o site: www.cooperarvore.com.br

COOPERÁRVORE

Berinjela, cebola, tomate, pimentão, alface... logo nos vem à mente uma horta comum, se não fosse pelo fato de todosesses vegetais serem plantados no meio de São Paulo, no teto de um shopping, em meio à paisagem de concreto, como umailha verde entre prédios.

Desde 2012 o Shopping Eldorado, na zona oeste de São Paulo, investe em um projeto de compostagem para dar um destinocorreto aos quase 400 quilos de restos de comida encontrados em sua praça de alimentação diariamente. O lixo orgânico,que antes era todo destinado ao aterro sanitário agora tem parte direcionada para uma horta construída no telhado doshopping.

As sobras de alimentos das quase 10 mil refeições, servidas todos os dias, recebem enzimas específicas para acelerar adecomposição adequada do lixo. Como resultado: um composto que fica parecido com terra, rico em húmus e nutrientesminerais, pronto para ser usado nas plantações.

Numa área de 1000m² são cultivados berinjela, jiló, cebola, pimentões, alface, gengibre, tomate, manjericão, morango,pepino e abrobrinha, que são consumidos pelos próprios funcionários do shopping. Além da grande variedade de legumes,a horta conta também com uma farmácia viva, onde são plantadas hortelã, erva-doce, carquejo, malva, sálvia, alecrim, bálsamo e poejo.

De acordo com os administradores, o objetivo é fazer com que a horta urbana tome conta de toda a área superior e deixea temperatura interna do shopping mais amena, reduzindo os desperdícios com ar condicionado.

A ideia é simples, muito inteligente e de alto impacto para reduzir os resíduos e produzir alimentos de forma sustentávele livre de agrotóxicos, beneficiando a todos, mesmo que indiretamente.

Mais informações no site do shopping: www. shoppingeldorado.com.br

PROJETO TELHADO VERDECOMPOSTAGEM E HORTA NO TELHADO DO SHOPPING ELDORADO

« Não existe beleza na mais fina roupa segera morte e tristeza »

(Gandhi)

SOBREVivemos em um tempo estranho. Ligamos a TV e só vemos notícias ruins.Abrimos o jornal e só há desgraças para ler. Na Internet, um monte deassuntos que só tiram a nossa esperança. Desacreditamos no outro,achamos que o mundo não tem mais jeito.

Mas, por mais que tudo pareça uma bagunça sem fim, há muitas coisasboas acontecendo por aí e uma infinidade de razões para a gente continuaracreditando e fazendo a nossa parte por um mundo melhor.

Pensando em iluminar as pessoas, nasceu essa fanzine. De forma simples,queremos falar sobre moda, design e sustentabilidade, mostrar inovações eboas ideias que as pessoas estão realizando, restaurar a fé no outro, fazerrefletir e propor uma nova forma de enxergar o mundo, onde possamos viver em harmonia com a natureza e com a nossa sociedade. Vamos mostrar que a moda, o design e a sustentabilidade, quando de estão de mãos dadas, nos levam para um universo de possibilidades.

Essa é uma fanzine de notícias boas, para ser lida e compartilhada. Contémaltas doses de ideias e reflexões, muito carinho e cuidado envolvido, e descortina um mundo de possibilidades responsáveis.

Que as próximas páginas iluminem seu dia.Com carinho

Débora + Lusco Fusco

Certo dia, andando pelo Mercado Central da cidade de Teresina, no Piauí, a designer Luly Vianna encontrou faixas pretas no chão e, ao perguntar o que eram, descobriu que se tratavam de câmaras de pneu de caminhão. Ao retornar para São Paulo, procurou o material e viu nele novas possibilidades de criação. Então, depois de muita pesquisa, nasceu a Saissu Design.

Nomeada Saissu, que no original tupi guarani significa amor, a marca cria uma linha incrível de malas, mochilas, pulseiras,cintos e necessaires fabricadas com no mínimo 60% de material reciclado, podendo chegar até 98%, dependendo doproduto. Reciclando borrachas de câmaras de pneu, algodão e garrafas pet, as criações tem uma pegada bem contemporânea,sofisticada e, é claro, responsável. São peças criadas para pessoas que levam em conta as questões ambientais em suas escolhas cotidianas.

A criação começa com os desenhos da Luly e processo produtivo se inicia em parceria com mulheres das comunidades locais, que lavam e hidratam as câmaras de pneu, utilizando um produto à base d´água chamado Finish Repair. Após a hidratação, as câmaras são levadas para oficinas e ONGs parceiras, que fazem a construção do produto. O corte e costura da borracha sãofeitos manualmente - peça por peça - e passam por uma inspeção antes de chegar à loja.

Além da produção ser artesanal, as peças são resistentes e impermeáveis, com acabamentos de alto padrão, provando quepode-se reciclar materiais e transformá-los em produtos de alta durabilidade, unindo design e bom gosto. É a reinvençãodo que seria descartado, lixo repensado de forma totalmente nova e uma forma de reciclar o nosso amanhã.

SAISSU DESIGNTransformação de pneus em acessórios de luxo

Para saber mais sobre a Saissu: www.saissu.com

Showroom: Rua Arthur Frazão, 37, Jardins - São Paulo

Você já parou para pensar na quantidade de embalagens que nós descartamos semanalmente? Nâo? Mas lá em 2005 uma artista chamada Carol começou a questionar o que fazer com seus resíduos domésticos - garrafas, latas, embalagens deshampoos e cremes... O que poderia ser criado de bacana com esses materiais que a maioria das pessoas vê como lixo?

Desse questionamento nasceu a Ecojóias Carol Barreto. Inicialmente as criações foram feitas de garrafa pet dourada de uma edição limitada, depois com latinhas e assim, em 10 anos, foram surgindo criações leves e coloridas, feitas artesanalmenteuma a uma, com 30 a 98% de materiais que seriam descartados, como garrafas pet, latas de alumínio, embalagens plásticasde cosméticos e produtos de limpeza e câmaras de pneu, sempre mesclados com materiais duradouros, como a prata e o aço, para que as peças durem mais, evitando o descarte precoce.

A marca carioca não só cria jóias incríveis, mas também busca a conscientização das pessoas, supreendendo-as com peçasbacanas feitas com o que era visto como lixo, em misturas e combinações inusitadas. Grande parte da matéria-prima vem das próprias clientes, que doam seus resíduos domésticos após entenderem a importância de dar um destino correto à esse material.

Mas como funciona a confecção?O material recebido é limpo com água da chuva reaproveitada ( ), separado por tipo, cor e espessura. Num segundo momentosão feitos desenhos específicos para cada material. As peças são montadas manualmente e as embalagens criadas com papelde revista ou garrafa pet. Além disso, as sobras geradas na produção são separadas e enviadas para reciclagem.

São desenvolvidas duas coleções por ano, mas as peças não saem de linha, assim os clientes podem comprar os modelosno tempo que desejarem. Porém, há algumas edições limitadas, geralmente feitas com algum material promocional ou decor especial.

Para saber mais sobre a Ecojóias Carol Barreto é só acesssar o site: www.carolbarreto.com.br

ECOJÓIAS CAROL BARRETO

COMPRANDO ETICAMENTEEu quero comprar algo:

Eu realmente preciso e vou usar?

Sim Não

Pode ser usado?

Posso comprar com desenvolvimento sustentável?

Sim Não

Sim Não

Compre para durar

reciclado orgânicotrabalho de cooperativa Comércio justo artesanal upcyclingproduzido localmente

Próxima edição desta fanzine:

Contato: [email protected]

Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br

Maio/2015

semente

moda I design I sustentabilidade

edição um I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

semente

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Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

FRENTE TRÁS

COMPRANDO ETICAMENTEEu quero comprar algo:

Eu realmente preciso e vou usar?

Sim Não

Pode ser usado?

Posso comprar com desenvolvimento sustentável?

Sim Não

Sim Não

Compre para durar

reciclado orgânicotrabalho de cooperativa Comércio justo artesanal upcyclingproduzido localmente

SOBRE Vivemos em um tempo estranho. Ligamos a TV e só vemos notícias ruins.Abrimos o jornal e só há desgraças para ler. Na Internet, um monte deassuntos que só tiram a nossa esperança. Desacreditamos no outro,achamos que o mundo não tem mais jeito.

Mas, por mais que tudo pareça uma bagunça sem fim, há muitas coisasboas acontecendo por aí e uma infinidade de razões para a gente continuaracreditando e fazendo a nossa parte por um mundo melhor.

Pensando em iluminar as pessoas, nasceu essa fanzine. De forma simples,queremos falar sobre moda, design e sustentabilidade, mostrar inovações eboas ideias que as pessoas estão realizando, restaurar a fé no outro, fazerrefletir e propor uma nova forma de enxergar o mundo, onde possamos viver em harmonia com a natureza e com a nossa sociedade. Vamos mostrar que a moda, o design e a sustentabilidade, quando estão de mãos dadas, nos levam para um universo de possibilidades.

Essa é uma fanzine de notícias boas, para ser lida e compartilhada. Contémaltas doses de ideias e reflexões, muito carinho e cuidado envolvido, e descortina um mundo de possibilidades responsáveis.

Que as próximas páginas iluminem seu dia. Com carinho

Débora + Lusco Fusco

Por que roupas muito baratas não são um bom negócio?

Por Débora Schmidt Nardello

Numa área de 1000m² são cultivados berinjela, jiló, cebola, pimentões, alface, gengibre, tomate, manjericão, morango, pepino e abobrinha, que são consumidos pelos próprios funcionários do shopping. Além da grande variedade de legumes, a horta conta também com uma farmácia viva, onde são plantadas hortelã, erva-doce, carquejo, malva, sálvia, alecrim, bálsamo e poejo.

De acordo com os administradores, o objetivo é fazer com que a horta urbana tome conta de toda a área superior e deixe a temperatura interna do shopping mais amena, reduzindo os desperdícios com ar condicionado.

A ideia é simples, muito inteligente e de alto impacto para reduzir os resíduos e produzir alimentos de forma sustentável e livre de agrotóxicos, beneficiando a todos, mesmo que indiretamente.

Mais informações no site do shopping: www. shoppingeldorado.com.br

Berinjela, cebola, tomate, pimentão, alface... logo nos vem à mente uma horta comum, se não fosse pelo fato de todos esses vegetais serem plantados no meio de São Paulo, no teto de um shopping, em meio à paisagem de concreto, como uma ilha verde entre prédios.

Desde 2012 o Shopping Eldorado, na Zona Oeste de São Paulo, investe em um projeto de compostagem para dar um destino correto aos quase 400 quilos de restos de comida encontrados em sua praça de alimentação diariamente. O lixo orgânico, que antes era todo destinado ao aterro sanitário agora tem parte direcionada para uma horta construída no telhado do shopping.

As sobras de alimentos das quase 10 mil refeições, servidas todos os dias, recebem enzimas específicas para acelerar a decomposição adequada do lixo. Como resultado: um composto que fica parecido com terra, rico em húmus e nutrientes minerais, pronto para ser usado nas plantações.

PROJETO TELHADO VERDECOMPOSTAGEM E HORTA NO TELHADO DO SHOPPING ELDORADO

Você certamente já ouviu falar da expressão fast-fashion (ou moda rápida) inventada pelos grandes varejistas. O intuito é vender mais e aumentar os lucros oferecendo muitas novidades ao consumidor e estimulando o desejo e as compras constantes.

Mas, no fundo, por que o fast-fashion é um vilão para nossa sociedade e nosso planeta?

Ao optar por trabalhar com fast-fashion, o varejista buscar gastar o mínimo possível com materiais e mão-de-obra, colocar altas taxas de lucro e vender peças à preços mais baixos, para que o consumidor compre sempre em um ciclo constante de consumo. Para se ter uma ideia, em grandes varejistas como a Zara, H&M e Forever 21, o lucro é de 50 a 75% em cada peça.

E quem perde com isso?Todos nós: as matérias-prima - tecidos e aviamentos - são de baixa qualidade e em altíssima quantidade, refletindo em mais extração de recursos naturais com a frequência que a Natureza não consegue acompanhar. Além disso, as peças são confeccionadas em países com péssimas condições de trabalho, como Índia, Bangladesh e China, onde funcionários chegam a receber menos de R$ 0,50 por roupa costurada (ou seja, menos de 1% do valor que o varejista paga pela peça)

Achamos que é nosso direito comprar roupas super baratas e continuamos acreditando que está tudo bem. Mas não está.

Que tal fazermos uma reflexão e nos responsabilizarmos pela forma como consumimos? Não se trata de deixar de comprar, mas sim comprar com mais consciência: optar por roupas feitas de forma mais sustentável, com materiais de menor impacto para o planeta, produzidas localmente, naquela loja na cidade ou na feira de criadores independentes, sempre observando a forma como as peças são confeccionadas e se informando sobre a produção das roupas que você compra. Somos parte de um movimento maior e juntos podemos fazer a diferença.

O fast-fashion está aí, mas é nossa opção fazer parte disso. Queremos mesmo apoiar um estilo de produção que não nos representa?

Sustentabilidade, inclusão social, design, oportunidades e fortalecimento da comunidade - tudo isso nós encontramos na Cooperárvore, uma cooperativa social criada em 2006, em Betim - MG, que cria e produz peças unindo costura, serigrafia e artesanato.

Utilizando como matéria-prima materiais automotivos descartados e doados pela Fiat Automóveis e seusparceiros, como aparas de cintos de segurança e tecidos automotivos, a cooperativa produz diversos artigos, como sacolas, bolsas, mochilas, chaveiros, necessaires, etc. Em oito anos, 220 mil produtos foram comercializados e, desde 2011, reaproveitados 17 toneladas de materiais que seriam considerados lixo.

A Cooperárvore é um dos «galhos» do programa Árvore da Vida, no bairro Jardim Teresópolis (programa esse que busca o desenvolvimento da comunidade localizada em frente à fábrica da Fiat em Betim e que desenvolve diversas atividades) e conta com cerca de 18 cooperados que aprendem uma nova profissão, conquistam uma renda mensal e fazem a diferença no ambiente em que vivem, já que o desenvolvimento social e econômico são peças fundamentais na cooperativa. Além disso, como tudo é produzido por pessoas da comunidade onde o projeto está instalado, gera o desenvolvimento do local como um todo.

São lançadas em média cinco coleções anuais - uma principal e outras para datas comemorativas, como dia das mães, dos pais, dos namorados e das crianças. A coleção de 2015 foi inspirada nos quatro elemento da Natureza: terra, água, fogo e ar, pois na Grécia Antiga eram considerados a origem de todas as coisas e essenciais para a sobrevivência do ser humano. Essa coleção foi lançada na 25º Feira Nacional de Artesanato, na Expominas, em dezembro de 2014;

Para mais informações sobre o projeto é só acessar o site: www.cooperarvore.com.br

COOPERÁRVORE

Para saber mais sobre a Saissu: www.saissu.com

Showroom: Rua Arthur Frazão, 37, Jardins - São Paulo

Certo dia, andando pelo Mercado Central da cidade de Teresina, no Piauí, a designer Luly Vianna encontrou faixas pretas no chão e, ao perguntar o que eram, descobriu que se tratavam de câmaras de pneu decaminhão. Ao retornar para São Paulo, procurou o material e viu nele novas possibilidades de criação.Então, depois de muita pesquisa, nasceu a Saissu Design.

Nomeada Saissu, que no original tupi guarani significa amor, a marca cria uma linha incrível de malas, mochilas, pulseiras, cintos e necessaires fabricadas com no mínimo 60% de material reciclado, podendo chegar até 98%, dependendo do produto. Reciclando borrachas de câmaras de pneu, algodão e garrafas pet, as criações tem uma pegada bem contemporânea, sofisticada e, é claro, responsável. São peças criadas para pessoas que levam em conta as questões ambientais em suas escolhas cotidianas.

A criação começa com os desenhos da Luly e processo produtivo se inicia em parceria com mulheres das comunidades locais, que lavam e hidratam as câmaras de pneu, utilizando um produto à base d´água chamado Finish Repair. Após a hidratação, as câmaras são levadas para oficinas e ONGs parceiras, que fazem a construção do produto. O corte e costura da borracha são feitos manualmente - peça por peça - e passam por uma inspeção antes de chegar à loja.

Além da produção ser artesanal, as peças são resistentes e impermeáveis, com acabamentos de alto padrão, provando que pode-se reciclar materiais e transformá-los em produtos de alta durabilidade, unindo design e bom gosto. É a reinvenção do que seria descartado, lixo repensado de forma totalmente nova e uma forma de reciclar o nosso amanhã.

SAISSU DESIGNTransformação de pneus em acessórios de luxo

POR QUE COMPRAR LOCALMENTE?

Você mantém seu dinheiro na economia local;

Valoriza a singularidade da sua comunidade;

Contribui para a criação de empregos locais;

Você ajuda na preservação do meio ambiente;

Encoraja o espírito de comunidade;

Você se beneficia e apoia o conhecimento local;

Investe no empreendedorismo e nos sonhos das pessoas.

Você já parou para pensar na quantidade de embalagens que nós descartamos semanalmente? Nâo? Mas lá em 2005 uma artista chamada Carol começou a questionar o que fazer com seus resíduos domésticos - garrafas, latas, embalagens de shampoos e cremes... O que poderia ser criado de bacana com esses materiais que a maioria das pessoas vê como lixo?

Desse questionamento nasceu a Ecojóias Carol Barreto. Inicialmente as criações foram feitas de garrafa pet dourada de uma edição limitada, depois com latinhas e assim, em 10 anos, foram surgindo criações leves e coloridas, feitas artesanalmente, uma a uma, com 30 a 98% de materiais que seriam descartados,como garrafas pet, latas de alumínio, embalagens plásticas de cosméticos e produtos de limpeza e câmaras de pneu, sempre mesclados com materiais duradouros, como a prata e o aço, para que as peças durem mais,evitando o descarte precoce.

A marca carioca não só cria jóias incríveis, mas também busca a conscientização das pessoas, surpreendendo-as com peças bacanas feitas com o que era visto como lixo, em misturas e combinações inusitadas. Grande parte da matéria-prima vem das próprias clientes, que doam seus resíduos domésticos após entenderem a importância de dar um destino correto à esse material.

Mas como funciona a confecção?O material recebido é limpo com água da chuva reaproveitada ( ), separado por tipo, cor e espessura. Num segundo momento são feitos desenhos específicos para cada material. As peças são montadas manualmente e as embalagens criadas com papel de revista ou garrafa pet. Além disso, as sobras geradas na produção são separadas e enviadas para reciclagem.

São desenvolvidas duas coleções por ano, mas as peças não saem de linha, assim os clientes podem comprar os modelos quando desejarem. Há, porém, algumas edições limitadas, geralmente feitas com algum material promocional ou de cor especial.

Para saber mais sobre a Ecojóias Carol Barreto é só acesssar o site: www.carolbarreto.com.br

No dia 24 de abril de 2013, 1133 pessoas morreram e muitos mais ficaram feridos no desabamento do ´complexo de fábricas Rana Plaza, em Dhaka, Bangladesh. Infelizmente, catástrofes sociais e ambientais acontecem com frequência no universo da moda, em diversos locais do mundo, quase sempre longe dos nossos olhos.

Moda é sobre conexões - com agricultores, designers, costureiros, produtores, consumidores, tecidos, aviamentos, técnicas e tecnologia - e nós perdemos a conexão com o que vestimos: não sabemos a origem ou o destino do que é criado e produzido, nem as condições e materiais que as roupas são feitas. Precisamos nos reconectar com a moda e mostrar que é possível as empresas serem mais justas, sustentáveis e responsáveis, principalmente porque a moda nos acompanha a vida toda, desde o momento em que nascemos e é uma forte expressão cultural do nosso tempo.

Assim, surgiu o movimento Fashion Revolution Day, para dar um basta à situações degradantes e sujas das quais a moda faz parte. Queremos mais transparência, saber quem fez nossas roupas, em quais condições foram produzidas e quais impactos e soluções estão por trás de cada peça.

Esse é um movimento internacional formado por pessoas que se preocupam com o que vestem, que acreditam e buscam uma indústria que seja do bem, que valorize as pessoas, busque preservar os recursos naturais e seja transparente e responsável.

Você também pode participar e ajudar a conscientizar sobre a produção das suas roupas: pergunte para as marcas« quem faz minhas roupas? ». No dia 24.04.2015 vista uma peça do lado avesso, fotografe e compartilhe com as hashtags #insideout #fashionrevolution e #fashionrevolutionbrasil. Acesse o site do movimento, compartilhe ideias e mostre a sua voz!

Outra moda é possível, se cada um de nós fizer a sua parte!

« Nós carregamos a história das pessoas que fazem nossas roupas» (Ali Hewson)

Mais informações: www.fashionrevolution.org

Quemfazminhasroupas

MOVIMENTO FASHION REVOLUTIONQuem faz minhas roupas?

« Não existe beleza na mais fina roupa segera morte e tristeza »

Próxima edição desta fanzine: Maio/2015

Contato: [email protected]

Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br( Gandhi)

ECOJÓIAS CAROL BARRETO

Coloque seu $ onde seu está

Compre localmente!

semente

moda I design I sustentabilidade

edição um I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

« Não existe beleza na mais fina roupa segera morte e tristeza »

Próxima edição desta fanzine: Maio/2015

Contato: [email protected]

Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br

( Gandhi)

Vivemos em um tempo estranho. Ligamos a TV e só vemos notícias ruins. Abrimos o jornal e só há desgraças para ler. Na Internet, um monte deassuntos que só tiram a nossa esperança. Desacreditamos no outro, achamos que o mundo não tem mais jeito.

Mas, por mais que tudo pareça uma bagunça sem fim, há muitas coisas boas acontecendo por aí e uma infinidade de razões para a gente continuaracreditando e fazendo a nossa parte por um mundo melhor.

Pensando em iluminar as pessoas, nasceu essa fanzine. De forma simples, queremos falar sobre moda, design e sustentabilidade, mostrar inovações e boas ideias que as pessoas estão realizando, restaurar a fé no outro, fazer refletir e propor uma nova forma de enxergar o mundo, onde possamos viver em harmonia com a natureza e com a nossa sociedade. Vamos mostrar que a moda, o design e a sustentabilidade, quando estão de mãos dadas, nos levam para um universo de possibilidades.

Essa é uma fanzine de notícias boas, para ser lida e compartilhada. Contém altas doses de ideias e reflexões, muito carinho e cuidado envolvido, e descortina um mundo de possibilidades responsáveis.

Que as próximas páginas iluminem seu dia. Com carinho

Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Por que roupas muito baratas não são um bom negócio?

Por Débora Schmidt Nardello

Você certamente já ouviu falar da expressão fast-fashion (ou moda rápida) inventada pelos grandes varejistas. O intuito é vender mais e aumentar os lucros oferecendo muitas novidades ao consumidor e estimulando o desejo e as compras constantes.

Mas, no fundo, por que o fast-fashion é um vilão para nossa sociedade e nosso planeta?

Ao optar por trabalhar com fast-fashion, o varejista buscar gastar o mínimo possível com materiais e mão-de-obra, colocar altas taxas de lucro e vender peças à preços mais baixos, para que o consumidor compre sempre em um ciclo constante de consumo. Para se ter uma ideia, em grandes varejistas como a Zara, H&M e Forever 21, o lucro é de 50 a 75% em cada peça.

E quem perde com isso?Todos nós: as matérias-prima - tecidos e aviamentos - são de baixa qualidade e em altíssima quantidade, refletindo em mais extração de recursos naturais com a frequência que a Natureza não consegue acompanhar. Além disso, as peças são confeccionadas em países com péssimas condições de trabalho, como Índia, Bangladesh e China, onde funcionários chegam a receber menos de R$ 0,50 por roupa costurada (ou seja, menos de 1% do valor que o varejista paga pela peça)

Achamos que é nosso direito comprar roupas super baratas e continuamos acreditando que está tudo bem. Mas não está.

Que tal fazermos uma reflexão e nos responsabilizarmos pela forma como consumimos? Não se trata de deixar de comprar, mas sim comprar com mais consciência: optar por roupas feitas de forma mais sustentável, com materiais de menor impacto para o planeta, produzidas localmente, naquela loja na cidade ou na feira de criadores independentes, sempre observando a forma como as peças são confeccionadas e se informando sobre a produção das roupas que você compra. Somos parte de um movimento maior e juntos podemos fazer a diferença.

O fast-fashion está aí, mas é nossa opção fazer parte disso. Queremos mesmo apoiar um estilo de produção que não nos representa?

Sustentabilidade, inclusão social, design, oportunidades e fortalecimento da comunidade - tudo isso nós encontramos na Cooperárvore, uma cooperativa social criada em 2006, em Betim - MG, que cria e produz peças unindo costura, serigrafia e artesanato.

Utilizando como matéria-prima materiais automotivos descartados e doados pela Fiat Automóveis e seusparceiros, como aparas de cintos de segurança e tecidos automotivos, a cooperativa produz diversos artigos, como sacolas, bolsas, mochilas, chaveiros, necessaires, etc. Em oito anos, 220 mil produtos foram comercializados e, desde 2011, reaproveitados 17 toneladas de materiais que seriam considerados lixo.

A Cooperárvore é um dos «galhos» do programa Árvore da Vida, no bairro Jardim Teresópolis (programa esse que busca o desenvolvimento da comunidade localizada em frente à fábrica da Fiat em Betim e que desenvolve diversas atividades) e conta com cerca de 18 cooperados que aprendem uma nova profissão, conquistam uma renda mensal e fazem a diferença no ambiente em que vivem, já que o desenvolvimento social e econômico são peças fundamentais na cooperativa. Além disso, como tudo é produzido por pessoas da comunidade onde o projeto está instalado, gera o desenvolvimento do local como um todo.

São lançadas em média cinco coleções anuais - uma principal e outras para datas comemorativas, como dia das mães, dos pais, dos namorados e das crianças. A coleção de 2015 foi inspirada nos quatro elemento da Natureza: terra, água, fogo e ar, pois na Grécia Antiga eram considerados a origem de todas as coisas e essenciais para a sobrevivência do ser humano. Essa coleção foi lançada na 25º Feira Nacional de Artesanato, na Expominas, em dezembro de 2014;

Para mais informações sobre o projeto é só acessar o site: www.cooperarvore.com.br

COOPERÁRVORE

POR QUE COMPRAR LOCALMENTE?

Você mantém seu dinheiro na economia local;

Valoriza a singularidade da sua comunidade;

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Encoraja o espírito de comunidade;

Você se beneficia e apoia o conhecimento local;

Investe no empreendedorismo e nos sonhos das pessoas.

Coloque seu $ onde seu está

Compre localmente!

No dia 24 de abril de 2013, 1133 pessoas morreram e muitos mais ficaram feridos no desabamento do ´complexo de fábricas Rana Plaza, em Dhaka, Bangladesh. Infelizmente, catástrofes sociais e ambientais acontecem com frequência no universo da moda, em diversos locais do mundo, quase sempre longe dos nossos olhos.

Moda é sobre conexões - com agricultores, designers, costureiros, produtores, consumidores, tecidos, aviamentos, técnicas e tecnologia - e nós perdemos a conexão com o que vestimos: não sabemos a origem ou o destino do que é criado e produzido, nem as condições e materiais que as roupas são feitas. Precisamos nos reconectar com a moda e mostrar que é possível as empresas serem mais justas, sustentáveis e responsáveis, principalmente porque a moda nos acompanha a vida toda, desde o momento em que nascemos e é uma forte expressão cultural do nosso tempo.

Assim, surgiu o movimento Fashion Revolution Day, para dar um basta à situações degradantes e sujas das quais a moda faz parte. Queremos mais transparência, saber quem fez nossas roupas, em quais condições foram produzidas e quais impactos e soluções estão por trás de cada peça.

Esse é um movimento internacional formado por pessoas que se preocupam com o que vestem, que acreditam e buscam uma indústria que seja do bem, que valorize as pessoas, busque preservar os recursos naturais e seja transparente e responsável.

Você também pode participar e ajudar a conscientizar sobre a produção das suas roupas: pergunte para as marcas« quem faz minhas roupas? ». No dia 24.04.2015 vista uma peça do lado avesso, fotografe e compartilhe com as hashtags #insideout #fashionrevolution e #fashionrevolutionbrasil. Acesse o site do movimento, compartilhe ideias e mostre a sua voz!

Outra moda é possível, se cada um de nós fizer a sua parte!

« Nós carregamos a história das pessoas que fazem nossas roupas» (Ali Hewson)

Mais informações: www.fashionrevolution.org

Quemfazminhasroupas

MOVIMENTO FASHION REVOLUTIONQuem faz minhas roupas?

Berinjela, cebola, tomate, pimentão, alface... logo nos vem à mente uma horta comum, se não fosse pelo fato de todos esses vegetais serem plantados no meio de São Paulo, no teto de um shopping, em meio à paisagem de concreto, como uma ilha verde entre prédios.

Desde 2012 o Shopping Eldorado, na Zona Oeste de São Paulo, investe em um projeto de compostagem para dar um destino correto aos quase 400 quilos de restos de comida encontrados em sua praça de alimentação diariamente. O lixo orgânico, que antes era todo destinado ao aterro sanitário agora tem parte direcionada para uma horta construída no telhado do shopping.

As sobras de alimentos das quase 10 mil refeições, servidas todos os dias, recebem enzimas específicas para acelerar a decomposição adequada do lixo. Como resultado: um composto que fica parecido com terra, rico em húmus e nutrientes minerais, pronto para ser usado nas plantações.

PROJETO TELHADO VERDECOMPOSTAGEM E HORTA NO TELHADO DO SHOPPING ELDORADO Numa área de 1000m² são cultivados berinjela, jiló, cebola, pimentões, alface, gengibre, tomate,

manjericão, morango, pepino e abobrinha, que são consumidos pelos próprios funcionários do shopping. Além da grande variedade de legumes, a horta conta também com uma farmácia viva, onde são plantadas hortelã, erva-doce, carquejo, malva, sálvia, alecrim, bálsamo e poejo.

De acordo com os administradores, o objetivo é fazer com que a horta urbana tome conta de toda a área superior e deixe a temperatura interna do shopping mais amena, reduzindo os desperdícios com ar condicionado.

A ideia é simples, muito inteligente e de alto impacto para reduzir os resíduos e produzir alimentos de forma sustentável e livre de agrotóxicos, beneficiando a todos, mesmo que indiretamente.

Mais informações no site do shopping: www. shoppingeldorado.com.br

COMPRANDO ETICAMENTEEu quero comprar algo:

Eu realmente preciso e vou usar?

Sim Não

Pode ser usado?

Posso comprar com desenvolvimento sustentável?

Sim Não

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Compre para durar

reciclado orgânicotrabalho de cooperativa Comércio justo artesanal upcyclingproduzido localmente

ECOJÓIAS CAROL BARRETO

Você já parou para pensar na quantidade de embalagens que nós descartamos semanalmente? Nâo? Mas lá em 2005 uma artista chamada Carol começou a questionar o que fazer com seus resíduos domésticos - garrafas, latas, embalagens de shampoos e cremes... O que poderia ser criado de bacana com esses materiais que a maioria das pessoas vê como lixo?

Desse questionamento nasceu a Ecojóias Carol Barreto. Inicialmente as criações foram feitas de garrafa pet dourada de uma edição limitada, depois com latinhas e assim, em 10 anos, foram surgindo criações leves e coloridas, feitas artesanalmente, uma a uma, com 30 a 98% de materiais que seriam descartados,como garrafas pet, latas de alumínio, embalagens plásticas de cosméticos e produtos de limpeza e câmaras de pneu, sempre mesclados com materiais duradouros, como a prata e o aço, para que as peças durem mais,evitando o descarte precoce.

A marca carioca não só cria jóias incríveis, mas também busca a conscientização das pessoas, surpreendendo-as com peças bacanas feitas com o que era visto como lixo, em misturas e combinações inusitadas. Grande parte da matéria-prima vem das próprias clientes, que doam seus resíduos domésticos após entenderem a importância de dar um destino correto à esse material.

Mas como funciona a confecção?O material recebido é limpo com água da chuva reaproveitada ( ), separado por tipo, cor e espessura. Num segundo momento são feitos desenhos específicos para cada material. As peças são montadas manualmente e as embalagens criadas com papel de revista ou garrafa pet. Além disso, as sobras geradas na produção são separadas e enviadas para reciclagem.

São desenvolvidas duas coleções por ano, mas as peças não saem de linha, assim os clientes podem comprar os modelos quando desejarem. Há, porém, algumas edições limitadas, geralmente feitas com algum material promocional ou de cor especial.

Para saber mais sobre a Ecojóias Carol Barreto é só acesssar o site: www.carolbarreto.com.br

Certo dia, andando pelo Mercado Central da cidade de Teresina, no Piauí, a designer Luly Vianna encontrou faixas pretas no chão e, ao perguntar o que eram, descobriu que se tratavam de câmaras de pneu decaminhão. Ao retornar para São Paulo, procurou o material e viu nele novas possibilidades de criação.Então, depois de muita pesquisa, nasceu a Saissu Design.

Nomeada Saissu, que no original tupi guarani significa amor, a marca cria uma linha incrível de malas, mochilas, pulseiras, cintos e necessaires fabricadas com no mínimo 60% de material reciclado, podendo chegar até 98%, dependendo do produto. Reciclando borrachas de câmaras de pneu, algodão e garrafas pet, as criações tem uma pegada bem contemporânea, sofisticada e, é claro, responsável. São peças criadas para pessoas que levam em conta as questões ambientais em suas escolhas cotidianas.

A criação começa com os desenhos da Luly e processo produtivo se inicia em parceria com mulheres das comunidades locais, que lavam e hidratam as câmaras de pneu, utilizando um produto à base d´água chamado Finish Repair. Após a hidratação, as câmaras são levadas para oficinas e ONGs parceiras, que fazem a construção do produto. O corte e costura da borracha são feitos manualmente - peça por peça - e passam por uma inspeção antes de chegar à loja.

Além da produção ser artesanal, as peças são resistentes e impermeáveis, com acabamentos de alto padrão, provando que pode-se reciclar materiais e transformá-los em produtos de alta durabilidade, unindo design e bom gosto. É a reinvenção do que seria descartado, lixo repensado de forma totalmente nova e uma forma de reciclar o nosso amanhã.

SAISSU DESIGNTransformação de pneus em acessórios de luxo

Para saber mais sobre a Saissu: www.saissu.com

Showroom: Rua Arthur Frazão, 37, Jardins - São Paulo

Reprodução: @saissudesign

Reprodução: @saissudesign

POR QUE COMPRAR LOCALMENTE?

Coloque seu $ onde seu está

Compre localmente!

Você mantém seu dinheiro na economia local

Valoriza a singularidade da sua comunidade

Contribui para a criação de empregos locais

Você ajuda na preservação do meio ambiente

Encoraja o espírito de comunidade

Você se beneficia e apoia o conhecimento local

Investe no empreendedorismo e nos sonhos das pessoas

No dia 24 de abril de 2013, 1133 pessoas morreram e muitos mais ficaram feridos no desabamento do complexo de fábricasRana Plaza, em Dhaka, Bangladesh. Infelizmente, catástrofes sociais e ambientais acontecem com frequência no universoda moda, em diversos locais do mundo, quase sempre longe dos nossos olhos.

Moda é sobre conexões - com agricultores, designers, costureiros, produtores, consumidores, tecidos, aviamentos,técnicas e tecnologia - e nós perdemos a conexão com o que vestimos: não sabemos a origem ou o destino do que é criadoe produzido, nem as condições e materiais que as roupas são feitas. Precisamos nos reconectar com a moda e mostrarque é possível as empresas serem mais justas, sustentáveis e responsáveis, principalmente porque a moda nos acompanha a vida toda, desde o momento em que nascemos e é uma forte expressão cultural do nosso tempo.

Assim, surgiu o movimento Fashion Revolution Day, para dar um basta à situações degradantes e sujas das quais a modafaz parte. Queremos mais transparência, saber quem fez nossas roupas, em quais condições foram produzidas e quaisimpactos e soluções estão por trás de cada peça.

Esse é um movimento internacional formado por pessoas que se preocupam com o que vestem, que acreditam e buscamuma indústria que seja do bem, que valorize as pessoas, busque preservar os recursos naturais, seja transparentee responsável.

Você também pode participar e ajudar a conscientizar sobre a produção das suas roupas: pergunte para as marcas« quem faz minhas roupas? ». No dia 24.04.2015 vista uma peça do lado avesso, fotografe e compartilhe com ashashtags #insideout #fashionrevolution e #fashionrevolutionbrasil. Acesse o site do movimento, compartilhe ideiase mostre a sua voz!

Outra moda é possível, se cada um de nós fizer a sua parte!

« Nós carregamos a história das pessoas que fazem nossas roupas» (Ali Hewson)

Mais informações: www.fashionrevolution.org

Quemfazminhasroupas

MOVIMENTO FASHION REVOLUTIONQuem faz minhas roupas?

Por que roupas muito baratas não são um bom negócio?

Você certamente já ouviu falar da expressão fast-fashion (ou moda rápida) inventada pelos grandes varejistas. O intutito é vender mais e aumentar os lucros oferecendo muitas novidades ao consumidor e estimulando o desejo e as comprasconstantes.

Mas, no fundo, por que o fast-fashion é um vilão para nossa sociedade e nosso planeta?

Ao optar por trabalhar com fast-fashion, o varejista buscar gastar o mínimo possível com materiais e mão-de-obra,colocar altas taxas de lucro e vender peças à preços mais baixos, para que o consumidor compre sempre em um cicloconstante de consumo. Para se ter uma ideia, em grandes varejistas como a Zara, H&M e Forever 21, o lucro é de 50 a 75%em cada peça.

E quem perde com isso?Todos nós: as matérias-prima - tecidos e aviamentos - são de baixa qualidade e em altíssima quantidade, refletindo emmais extração de recursos naturais com a frequência que a Natureza não consegue acompanhar. Além disso, as peças sãoconfeccionadas em países com péssimas condições de trabalho, como Índia, Bangladesh e China, onde funcionários chegama receber menos de R$ 0,50 por roupa costurada (ou seja, menos de 1% do valor que o varejista paga pela peça)

Achamos que é nosso direito comprar roupas super baratas e continuamos acreditando que está tudo bem. Mas não está.

Que tal fazermos uma reflexão e nos responsabilizarmos pela forma como consumimos? Não se trata de deixar de comprar,mas sim comprar com mais consciência: optar por roupas feitas de forma mais sustentável, com materiais de menor impacto para o planeta, produzidas localmente, naquela loja na cidade ou na feira de criadores independentes, sempreobservando a forma como as peças são confeccionadas e se informando sobre a produção das roupas que você compra. Somos parte de um movimento maior e juntos podemos fazer a diferença.

O fast-fashion está aí, mas é nossa opção fazer parte disso. Queremos mesmo apoiar um estilo de produção que não nosrepresenta?

Por Débora Schmidt Nardello

Sustentabilidade, inclusão social, design, oportunidades e fortalecimento da comunidade - tudo isso nós encontramosna Cooperárvore, uma cooperativa social criada em 2006, em Betim - MG, que cria e produz peças unindo costura,serigrafia e artesanato.

Utilizando como matéria-prima materiais automotivos descartados e doados pela Fiat Automóveis e seus parceiros,como aparas de cintos de segurança e tecidos automotivos, a cooperativa produz diversos artigos, como sacolas, bolsas,mochilas, chaveiros, necessaires, etc. Em oito anos, 220 mil produtos foram comercializados e, desde 2011, reaproveitados17 toneladas de materiais que seriam considerados lixo.

A Cooperárvore é um dos «galhos» do programa Árvore da Vida, no bairro Jardim Teresópolis (programa esse que buscao desenvolvimento da comunidade localizada em frente à fábrica da Fiat em Betim e que desenvolve diversas atividades) e conta com cerca de 18 cooperados que aprendem uma nova profissão, conquistam uma renda mensal e fazem a diferençano ambiente em que vivem, já que o desenvolvimento social e econômico são peças fundamentais na cooperativa. Alémdisso, como tudo é produzido por pessoas da comunidade onde o projeto está instalado, gera o desenvolvimento do localcomo um todo.

São lançadas em média cinco coleções anuais - uma principal e outras para datas comemorativas, como dia das mães,dos pais, dos namorados e das crianças. A coleção de 2015 foi inspirada nos quatro elemento da Natureza: terra, água,fogo e ar, pois na Grécia Antiga eram considerados a origem de todas as coisas e essenciais para a sobrevivência do serhumano. Essa coleção foi lançada na 25º Feira Nacional de Artesanato, na Expominas, em dezembro de 2014;

Para mais informações sobre o projeto é só acessar o site: www.cooperarvore.com.br

COOPERÁRVORE

Berinjela, cebola, tomate, pimentão, alface... logo nos vem à mente uma horta comum, se não fosse pelo fato de todosesses vegetais serem plantados no meio de São Paulo, no teto de um shopping, em meio à paisagem de concreto, como umailha verde entre prédios.

Desde 2012 o Shopping Eldorado, na zona oeste de São Paulo, investe em um projeto de compostagem para dar um destinocorreto aos quase 400 quilos de restos de comida encontrados em sua praça de alimentação diariamente. O lixo orgânico,que antes era todo destinado ao aterro sanitário agora tem parte direcionada para uma horta construída no telhado doshopping.

As sobras de alimentos das quase 10 mil refeições, servidas todos os dias, recebem enzimas específicas para acelerar adecomposição adequada do lixo. Como resultado: um composto que fica parecido com terra, rico em húmus e nutrientesminerais, pronto para ser usado nas plantações.

Numa área de 1000m² são cultivados berinjela, jiló, cebola, pimentões, alface, gengibre, tomate, manjericão, morango,pepino e abrobrinha, que são consumidos pelos próprios funcionários do shopping. Além da grande variedade de legumes,a horta conta também com uma farmácia viva, onde são plantadas hortelã, erva-doce, carquejo, malva, sálvia, alecrim, bálsamo e poejo.

De acordo com os administradores, o objetivo é fazer com que a horta urbana tome conta de toda a área superior e deixea temperatura interna do shopping mais amena, reduzindo os desperdícios com ar condicionado.

A ideia é simples, muito inteligente e de alto impacto para reduzir os resíduos e produzir alimentos de forma sustentávele livre de agrotóxicos, beneficiando a todos, mesmo que indiretamente.

Mais informações no site do shopping: www. shoppingeldorado.com.br

PROJETO TELHADO VERDECOMPOSTAGEM E HORTA NO TELHADO DO SHOPPING ELDORADO

« Não existe beleza na mais fina roupa segera morte e tristeza »

(Gandhi)

SOBREVivemos em um tempo estranho. Ligamos a TV e só vemos notícias ruins.Abrimos o jornal e só há desgraças para ler. Na Internet, um monte deassuntos que só tiram a nossa esperança. Desacreditamos no outro,achamos que o mundo não tem mais jeito.

Mas, por mais que tudo pareça uma bagunça sem fim, há muitas coisasboas acontecendo por aí e uma infinidade de razões para a gente continuaracreditando e fazendo a nossa parte por um mundo melhor.

Pensando em iluminar as pessoas, nasceu essa fanzine. De forma simples,queremos falar sobre moda, design e sustentabilidade, mostrar inovações eboas ideias que as pessoas estão realizando, restaurar a fé no outro, fazerrefletir e propor uma nova forma de enxergar o mundo, onde possamos viver em harmonia com a natureza e com a nossa sociedade. Vamos mostrar que a moda, o design e a sustentabilidade, quando de estão de mãos dadas, nos levam para um universo de possibilidades.

Essa é uma fanzine de notícias boas, para ser lida e compartilhada. Contémaltas doses de ideias e reflexões, muito carinho e cuidado envolvido, e descortina um mundo de possibilidades responsáveis.

Que as próximas páginas iluminem seu dia.Com carinho

Débora + Lusco Fusco

Certo dia, andando pelo Mercado Central da cidade de Teresina, no Piauí, a designer Luly Vianna encontrou faixas pretas no chão e, ao perguntar o que eram, descobriu que se tratavam de câmaras de pneu de caminhão. Ao retornar para São Paulo, procurou o material e viu nele novas possibilidades de criação. Então, depois de muita pesquisa, nasceu a Saissu Design.

Nomeada Saissu, que no original tupi guarani significa amor, a marca cria uma linha incrível de malas, mochilas, pulseiras,cintos e necessaires fabricadas com no mínimo 60% de material reciclado, podendo chegar até 98%, dependendo doproduto. Reciclando borrachas de câmaras de pneu, algodão e garrafas pet, as criações tem uma pegada bem contemporânea,sofisticada e, é claro, responsável. São peças criadas para pessoas que levam em conta as questões ambientais em suas escolhas cotidianas.

A criação começa com os desenhos da Luly e processo produtivo se inicia em parceria com mulheres das comunidades locais, que lavam e hidratam as câmaras de pneu, utilizando um produto à base d´água chamado Finish Repair. Após a hidratação, as câmaras são levadas para oficinas e ONGs parceiras, que fazem a construção do produto. O corte e costura da borracha sãofeitos manualmente - peça por peça - e passam por uma inspeção antes de chegar à loja.

Além da produção ser artesanal, as peças são resistentes e impermeáveis, com acabamentos de alto padrão, provando quepode-se reciclar materiais e transformá-los em produtos de alta durabilidade, unindo design e bom gosto. É a reinvençãodo que seria descartado, lixo repensado de forma totalmente nova e uma forma de reciclar o nosso amanhã.

SAISSU DESIGNTransformação de pneus em acessórios de luxo

Para saber mais sobre a Saissu: www.saissu.com

Showroom: Rua Arthur Frazão, 37, Jardins - São Paulo

Você já parou para pensar na quantidade de embalagens que nós descartamos semanalmente? Nâo? Mas lá em 2005 uma artista chamada Carol começou a questionar o que fazer com seus resíduos domésticos - garrafas, latas, embalagens deshampoos e cremes... O que poderia ser criado de bacana com esses materiais que a maioria das pessoas vê como lixo?

Desse questionamento nasceu a Ecojóias Carol Barreto. Inicialmente as criações foram feitas de garrafa pet dourada de uma edição limitada, depois com latinhas e assim, em 10 anos, foram surgindo criações leves e coloridas, feitas artesanalmenteuma a uma, com 30 a 98% de materiais que seriam descartados, como garrafas pet, latas de alumínio, embalagens plásticasde cosméticos e produtos de limpeza e câmaras de pneu, sempre mesclados com materiais duradouros, como a prata e o aço, para que as peças durem mais, evitando o descarte precoce.

A marca carioca não só cria jóias incríveis, mas também busca a conscientização das pessoas, supreendendo-as com peçasbacanas feitas com o que era visto como lixo, em misturas e combinações inusitadas. Grande parte da matéria-prima vem das próprias clientes, que doam seus resíduos domésticos após entenderem a importância de dar um destino correto à esse material.

Mas como funciona a confecção?O material recebido é limpo com água da chuva reaproveitada ( ), separado por tipo, cor e espessura. Num segundo momentosão feitos desenhos específicos para cada material. As peças são montadas manualmente e as embalagens criadas com papelde revista ou garrafa pet. Além disso, as sobras geradas na produção são separadas e enviadas para reciclagem.

São desenvolvidas duas coleções por ano, mas as peças não saem de linha, assim os clientes podem comprar os modelosno tempo que desejarem. Porém, há algumas edições limitadas, geralmente feitas com algum material promocional ou decor especial.

Para saber mais sobre a Ecojóias Carol Barreto é só acesssar o site: www.carolbarreto.com.br

ECOJÓIAS CAROL BARRETO

COMPRANDO ETICAMENTEEu quero comprar algo:

Eu realmente preciso e vou usar?

Sim Não

Pode ser usado?

Posso comprar com desenvolvimento sustentável?

Sim Não

Sim Não

Compre para durar

reciclado orgânicotrabalho de cooperativa Comércio justo artesanal upcyclingproduzido localmente

Próxima edição desta fanzine:

Contato: [email protected]

Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br

Maio/2015

semente

moda I design I sustentabilidade

edição um I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

semente

moda I design I sustentabilidade

edição um I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

FRENTE TRÁS

COMPRANDO ETICAMENTEEu quero comprar algo:

Eu realmente preciso e vou usar?

Sim Não

Pode ser usado?

Posso comprar com desenvolvimento sustentável?

Sim Não

Sim Não

Compre para durar

reciclado orgânicotrabalho de cooperativa Comércio justo artesanal upcyclingproduzido localmente

SOBRE Vivemos em um tempo estranho. Ligamos a TV e só vemos notícias ruins.Abrimos o jornal e só há desgraças para ler. Na Internet, um monte deassuntos que só tiram a nossa esperança. Desacreditamos no outro,achamos que o mundo não tem mais jeito.

Mas, por mais que tudo pareça uma bagunça sem fim, há muitas coisasboas acontecendo por aí e uma infinidade de razões para a gente continuaracreditando e fazendo a nossa parte por um mundo melhor.

Pensando em iluminar as pessoas, nasceu essa fanzine. De forma simples,queremos falar sobre moda, design e sustentabilidade, mostrar inovações eboas ideias que as pessoas estão realizando, restaurar a fé no outro, fazerrefletir e propor uma nova forma de enxergar o mundo, onde possamos viver em harmonia com a natureza e com a nossa sociedade. Vamos mostrar que a moda, o design e a sustentabilidade, quando estão de mãos dadas, nos levam para um universo de possibilidades.

Essa é uma fanzine de notícias boas, para ser lida e compartilhada. Contémaltas doses de ideias e reflexões, muito carinho e cuidado envolvido, e descortina um mundo de possibilidades responsáveis.

Que as próximas páginas iluminem seu dia. Com carinho

Débora + Lusco Fusco

Por que roupas muito baratas não são um bom negócio?

Por Débora Schmidt Nardello

Numa área de 1000m² são cultivados berinjela, jiló, cebola, pimentões, alface, gengibre, tomate, manjericão, morango, pepino e abobrinha, que são consumidos pelos próprios funcionários do shopping. Além da grande variedade de legumes, a horta conta também com uma farmácia viva, onde são plantadas hortelã, erva-doce, carquejo, malva, sálvia, alecrim, bálsamo e poejo.

De acordo com os administradores, o objetivo é fazer com que a horta urbana tome conta de toda a área superior e deixe a temperatura interna do shopping mais amena, reduzindo os desperdícios com ar condicionado.

A ideia é simples, muito inteligente e de alto impacto para reduzir os resíduos e produzir alimentos de forma sustentável e livre de agrotóxicos, beneficiando a todos, mesmo que indiretamente.

Mais informações no site do shopping: www. shoppingeldorado.com.br

Berinjela, cebola, tomate, pimentão, alface... logo nos vem à mente uma horta comum, se não fosse pelo fato de todos esses vegetais serem plantados no meio de São Paulo, no teto de um shopping, em meio à paisagem de concreto, como uma ilha verde entre prédios.

Desde 2012 o Shopping Eldorado, na Zona Oeste de São Paulo, investe em um projeto de compostagem para dar um destino correto aos quase 400 quilos de restos de comida encontrados em sua praça de alimentação diariamente. O lixo orgânico, que antes era todo destinado ao aterro sanitário agora tem parte direcionada para uma horta construída no telhado do shopping.

As sobras de alimentos das quase 10 mil refeições, servidas todos os dias, recebem enzimas específicas para acelerar a decomposição adequada do lixo. Como resultado: um composto que fica parecido com terra, rico em húmus e nutrientes minerais, pronto para ser usado nas plantações.

PROJETO TELHADO VERDECOMPOSTAGEM E HORTA NO TELHADO DO SHOPPING ELDORADO

Você certamente já ouviu falar da expressão fast-fashion (ou moda rápida) inventada pelos grandes varejistas. O intuito é vender mais e aumentar os lucros oferecendo muitas novidades ao consumidor e estimulando o desejo e as compras constantes.

Mas, no fundo, por que o fast-fashion é um vilão para nossa sociedade e nosso planeta?

Ao optar por trabalhar com fast-fashion, o varejista buscar gastar o mínimo possível com materiais e mão-de-obra, colocar altas taxas de lucro e vender peças à preços mais baixos, para que o consumidor compre sempre em um ciclo constante de consumo. Para se ter uma ideia, em grandes varejistas como a Zara, H&M e Forever 21, o lucro é de 50 a 75% em cada peça.

E quem perde com isso?Todos nós: as matérias-prima - tecidos e aviamentos - são de baixa qualidade e em altíssima quantidade, refletindo em mais extração de recursos naturais com a frequência que a Natureza não consegue acompanhar. Além disso, as peças são confeccionadas em países com péssimas condições de trabalho, como Índia, Bangladesh e China, onde funcionários chegam a receber menos de R$ 0,50 por roupa costurada (ou seja, menos de 1% do valor que o varejista paga pela peça)

Achamos que é nosso direito comprar roupas super baratas e continuamos acreditando que está tudo bem. Mas não está.

Que tal fazermos uma reflexão e nos responsabilizarmos pela forma como consumimos? Não se trata de deixar de comprar, mas sim comprar com mais consciência: optar por roupas feitas de forma mais sustentável, com materiais de menor impacto para o planeta, produzidas localmente, naquela loja na cidade ou na feira de criadores independentes, sempre observando a forma como as peças são confeccionadas e se informando sobre a produção das roupas que você compra. Somos parte de um movimento maior e juntos podemos fazer a diferença.

O fast-fashion está aí, mas é nossa opção fazer parte disso. Queremos mesmo apoiar um estilo de produção que não nos representa?

Sustentabilidade, inclusão social, design, oportunidades e fortalecimento da comunidade - tudo isso nós encontramos na Cooperárvore, uma cooperativa social criada em 2006, em Betim - MG, que cria e produz peças unindo costura, serigrafia e artesanato.

Utilizando como matéria-prima materiais automotivos descartados e doados pela Fiat Automóveis e seusparceiros, como aparas de cintos de segurança e tecidos automotivos, a cooperativa produz diversos artigos, como sacolas, bolsas, mochilas, chaveiros, necessaires, etc. Em oito anos, 220 mil produtos foram comercializados e, desde 2011, reaproveitados 17 toneladas de materiais que seriam considerados lixo.

A Cooperárvore é um dos «galhos» do programa Árvore da Vida, no bairro Jardim Teresópolis (programa esse que busca o desenvolvimento da comunidade localizada em frente à fábrica da Fiat em Betim e que desenvolve diversas atividades) e conta com cerca de 18 cooperados que aprendem uma nova profissão, conquistam uma renda mensal e fazem a diferença no ambiente em que vivem, já que o desenvolvimento social e econômico são peças fundamentais na cooperativa. Além disso, como tudo é produzido por pessoas da comunidade onde o projeto está instalado, gera o desenvolvimento do local como um todo.

São lançadas em média cinco coleções anuais - uma principal e outras para datas comemorativas, como dia das mães, dos pais, dos namorados e das crianças. A coleção de 2015 foi inspirada nos quatro elemento da Natureza: terra, água, fogo e ar, pois na Grécia Antiga eram considerados a origem de todas as coisas e essenciais para a sobrevivência do ser humano. Essa coleção foi lançada na 25º Feira Nacional de Artesanato, na Expominas, em dezembro de 2014;

Para mais informações sobre o projeto é só acessar o site: www.cooperarvore.com.br

COOPERÁRVORE

Para saber mais sobre a Saissu: www.saissu.com

Showroom: Rua Arthur Frazão, 37, Jardins - São Paulo

Certo dia, andando pelo Mercado Central da cidade de Teresina, no Piauí, a designer Luly Vianna encontrou faixas pretas no chão e, ao perguntar o que eram, descobriu que se tratavam de câmaras de pneu decaminhão. Ao retornar para São Paulo, procurou o material e viu nele novas possibilidades de criação.Então, depois de muita pesquisa, nasceu a Saissu Design.

Nomeada Saissu, que no original tupi guarani significa amor, a marca cria uma linha incrível de malas, mochilas, pulseiras, cintos e necessaires fabricadas com no mínimo 60% de material reciclado, podendo chegar até 98%, dependendo do produto. Reciclando borrachas de câmaras de pneu, algodão e garrafas pet, as criações tem uma pegada bem contemporânea, sofisticada e, é claro, responsável. São peças criadas para pessoas que levam em conta as questões ambientais em suas escolhas cotidianas.

A criação começa com os desenhos da Luly e processo produtivo se inicia em parceria com mulheres das comunidades locais, que lavam e hidratam as câmaras de pneu, utilizando um produto à base d´água chamado Finish Repair. Após a hidratação, as câmaras são levadas para oficinas e ONGs parceiras, que fazem a construção do produto. O corte e costura da borracha são feitos manualmente - peça por peça - e passam por uma inspeção antes de chegar à loja.

Além da produção ser artesanal, as peças são resistentes e impermeáveis, com acabamentos de alto padrão, provando que pode-se reciclar materiais e transformá-los em produtos de alta durabilidade, unindo design e bom gosto. É a reinvenção do que seria descartado, lixo repensado de forma totalmente nova e uma forma de reciclar o nosso amanhã.

SAISSU DESIGNTransformação de pneus em acessórios de luxo

POR QUE COMPRAR LOCALMENTE?

Você mantém seu dinheiro na economia local;

Valoriza a singularidade da sua comunidade;

Contribui para a criação de empregos locais;

Você ajuda na preservação do meio ambiente;

Encoraja o espírito de comunidade;

Você se beneficia e apoia o conhecimento local;

Investe no empreendedorismo e nos sonhos das pessoas.

Você já parou para pensar na quantidade de embalagens que nós descartamos semanalmente? Nâo? Mas lá em 2005 uma artista chamada Carol começou a questionar o que fazer com seus resíduos domésticos - garrafas, latas, embalagens de shampoos e cremes... O que poderia ser criado de bacana com esses materiais que a maioria das pessoas vê como lixo?

Desse questionamento nasceu a Ecojóias Carol Barreto. Inicialmente as criações foram feitas de garrafa pet dourada de uma edição limitada, depois com latinhas e assim, em 10 anos, foram surgindo criações leves e coloridas, feitas artesanalmente, uma a uma, com 30 a 98% de materiais que seriam descartados,como garrafas pet, latas de alumínio, embalagens plásticas de cosméticos e produtos de limpeza e câmaras de pneu, sempre mesclados com materiais duradouros, como a prata e o aço, para que as peças durem mais,evitando o descarte precoce.

A marca carioca não só cria jóias incríveis, mas também busca a conscientização das pessoas, surpreendendo-as com peças bacanas feitas com o que era visto como lixo, em misturas e combinações inusitadas. Grande parte da matéria-prima vem das próprias clientes, que doam seus resíduos domésticos após entenderem a importância de dar um destino correto à esse material.

Mas como funciona a confecção?O material recebido é limpo com água da chuva reaproveitada ( ), separado por tipo, cor e espessura. Num segundo momento são feitos desenhos específicos para cada material. As peças são montadas manualmente e as embalagens criadas com papel de revista ou garrafa pet. Além disso, as sobras geradas na produção são separadas e enviadas para reciclagem.

São desenvolvidas duas coleções por ano, mas as peças não saem de linha, assim os clientes podem comprar os modelos quando desejarem. Há, porém, algumas edições limitadas, geralmente feitas com algum material promocional ou de cor especial.

Para saber mais sobre a Ecojóias Carol Barreto é só acesssar o site: www.carolbarreto.com.br

No dia 24 de abril de 2013, 1133 pessoas morreram e muitos mais ficaram feridos no desabamento do ´complexo de fábricas Rana Plaza, em Dhaka, Bangladesh. Infelizmente, catástrofes sociais e ambientais acontecem com frequência no universo da moda, em diversos locais do mundo, quase sempre longe dos nossos olhos.

Moda é sobre conexões - com agricultores, designers, costureiros, produtores, consumidores, tecidos, aviamentos, técnicas e tecnologia - e nós perdemos a conexão com o que vestimos: não sabemos a origem ou o destino do que é criado e produzido, nem as condições e materiais que as roupas são feitas. Precisamos nos reconectar com a moda e mostrar que é possível as empresas serem mais justas, sustentáveis e responsáveis, principalmente porque a moda nos acompanha a vida toda, desde o momento em que nascemos e é uma forte expressão cultural do nosso tempo.

Assim, surgiu o movimento Fashion Revolution Day, para dar um basta à situações degradantes e sujas das quais a moda faz parte. Queremos mais transparência, saber quem fez nossas roupas, em quais condições foram produzidas e quais impactos e soluções estão por trás de cada peça.

Esse é um movimento internacional formado por pessoas que se preocupam com o que vestem, que acreditam e buscam uma indústria que seja do bem, que valorize as pessoas, busque preservar os recursos naturais e seja transparente e responsável.

Você também pode participar e ajudar a conscientizar sobre a produção das suas roupas: pergunte para as marcas« quem faz minhas roupas? ». No dia 24.04.2015 vista uma peça do lado avesso, fotografe e compartilhe com as hashtags #insideout #fashionrevolution e #fashionrevolutionbrasil. Acesse o site do movimento, compartilhe ideias e mostre a sua voz!

Outra moda é possível, se cada um de nós fizer a sua parte!

« Nós carregamos a história das pessoas que fazem nossas roupas» (Ali Hewson)

Mais informações: www.fashionrevolution.org

Quemfazminhasroupas

MOVIMENTO FASHION REVOLUTIONQuem faz minhas roupas?

« Não existe beleza na mais fina roupa segera morte e tristeza »

Próxima edição desta fanzine: Maio/2015

Contato: [email protected]

Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br( Gandhi)

ECOJÓIAS CAROL BARRETO

Coloque seu $ onde seu está

Compre localmente!

semente

moda I design I sustentabilidade

edição um I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

« Não existe beleza na mais fina roupa segera morte e tristeza »

Próxima edição desta fanzine: Maio/2015

Contato: [email protected]

Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br

( Gandhi)

Vivemos em um tempo estranho. Ligamos a TV e só vemos notícias ruins. Abrimos o jornal e só há desgraças para ler. Na Internet, um monte deassuntos que só tiram a nossa esperança. Desacreditamos no outro, achamos que o mundo não tem mais jeito.

Mas, por mais que tudo pareça uma bagunça sem fim, há muitas coisas boas acontecendo por aí e uma infinidade de razões para a gente continuaracreditando e fazendo a nossa parte por um mundo melhor.

Pensando em iluminar as pessoas, nasceu essa fanzine. De forma simples, queremos falar sobre moda, design e sustentabilidade, mostrar inovações e boas ideias que as pessoas estão realizando, restaurar a fé no outro, fazer refletir e propor uma nova forma de enxergar o mundo, onde possamos viver em harmonia com a natureza e com a nossa sociedade. Vamos mostrar que a moda, o design e a sustentabilidade, quando estão de mãos dadas, nos levam para um universo de possibilidades.

Essa é uma fanzine de notícias boas, para ser lida e compartilhada. Contém altas doses de ideias e reflexões, muito carinho e cuidado envolvido, e descortina um mundo de possibilidades responsáveis.

Que as próximas páginas iluminem seu dia. Com carinho

Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Por que roupas muito baratas não são um bom negócio?

Por Débora Schmidt Nardello

Você certamente já ouviu falar da expressão fast-fashion (ou moda rápida) inventada pelos grandes varejistas. O intuito é vender mais e aumentar os lucros oferecendo muitas novidades ao consumidor e estimulando o desejo e as compras constantes.

Mas, no fundo, por que o fast-fashion é um vilão para nossa sociedade e nosso planeta?

Ao optar por trabalhar com fast-fashion, o varejista buscar gastar o mínimo possível com materiais e mão-de-obra, colocar altas taxas de lucro e vender peças à preços mais baixos, para que o consumidor compre sempre em um ciclo constante de consumo. Para se ter uma ideia, em grandes varejistas como a Zara, H&M e Forever 21, o lucro é de 50 a 75% em cada peça.

E quem perde com isso?Todos nós: as matérias-prima - tecidos e aviamentos - são de baixa qualidade e em altíssima quantidade, refletindo em mais extração de recursos naturais com a frequência que a Natureza não consegue acompanhar. Além disso, as peças são confeccionadas em países com péssimas condições de trabalho, como Índia, Bangladesh e China, onde funcionários chegam a receber menos de R$ 0,50 por roupa costurada (ou seja, menos de 1% do valor que o varejista paga pela peça)

Achamos que é nosso direito comprar roupas super baratas e continuamos acreditando que está tudo bem. Mas não está.

Que tal fazermos uma reflexão e nos responsabilizarmos pela forma como consumimos? Não se trata de deixar de comprar, mas sim comprar com mais consciência: optar por roupas feitas de forma mais sustentável, com materiais de menor impacto para o planeta, produzidas localmente, naquela loja na cidade ou na feira de criadores independentes, sempre observando a forma como as peças são confeccionadas e se informando sobre a produção das roupas que você compra. Somos parte de um movimento maior e juntos podemos fazer a diferença.

O fast-fashion está aí, mas é nossa opção fazer parte disso. Queremos mesmo apoiar um estilo de produção que não nos representa?

Sustentabilidade, inclusão social, design, oportunidades e fortalecimento da comunidade - tudo isso nós encontramos na Cooperárvore, uma cooperativa social criada em 2006, em Betim - MG, que cria e produz peças unindo costura, serigrafia e artesanato.

Utilizando como matéria-prima materiais automotivos descartados e doados pela Fiat Automóveis e seusparceiros, como aparas de cintos de segurança e tecidos automotivos, a cooperativa produz diversos artigos, como sacolas, bolsas, mochilas, chaveiros, necessaires, etc. Em oito anos, 220 mil produtos foram comercializados e, desde 2011, reaproveitados 17 toneladas de materiais que seriam considerados lixo.

A Cooperárvore é um dos «galhos» do programa Árvore da Vida, no bairro Jardim Teresópolis (programa esse que busca o desenvolvimento da comunidade localizada em frente à fábrica da Fiat em Betim e que desenvolve diversas atividades) e conta com cerca de 18 cooperados que aprendem uma nova profissão, conquistam uma renda mensal e fazem a diferença no ambiente em que vivem, já que o desenvolvimento social e econômico são peças fundamentais na cooperativa. Além disso, como tudo é produzido por pessoas da comunidade onde o projeto está instalado, gera o desenvolvimento do local como um todo.

São lançadas em média cinco coleções anuais - uma principal e outras para datas comemorativas, como dia das mães, dos pais, dos namorados e das crianças. A coleção de 2015 foi inspirada nos quatro elemento da Natureza: terra, água, fogo e ar, pois na Grécia Antiga eram considerados a origem de todas as coisas e essenciais para a sobrevivência do ser humano. Essa coleção foi lançada na 25º Feira Nacional de Artesanato, na Expominas, em dezembro de 2014;

Para mais informações sobre o projeto é só acessar o site: www.cooperarvore.com.br

COOPERÁRVORE

POR QUE COMPRAR LOCALMENTE?

Você mantém seu dinheiro na economia local;

Valoriza a singularidade da sua comunidade;

Contribui para a criação de empregos locais;

Você ajuda na preservação do meio ambiente;

Encoraja o espírito de comunidade;

Você se beneficia e apoia o conhecimento local;

Investe no empreendedorismo e nos sonhos das pessoas.

Coloque seu $ onde seu está

Compre localmente!

No dia 24 de abril de 2013, 1133 pessoas morreram e muitos mais ficaram feridos no desabamento do ´complexo de fábricas Rana Plaza, em Dhaka, Bangladesh. Infelizmente, catástrofes sociais e ambientais acontecem com frequência no universo da moda, em diversos locais do mundo, quase sempre longe dos nossos olhos.

Moda é sobre conexões - com agricultores, designers, costureiros, produtores, consumidores, tecidos, aviamentos, técnicas e tecnologia - e nós perdemos a conexão com o que vestimos: não sabemos a origem ou o destino do que é criado e produzido, nem as condições e materiais que as roupas são feitas. Precisamos nos reconectar com a moda e mostrar que é possível as empresas serem mais justas, sustentáveis e responsáveis, principalmente porque a moda nos acompanha a vida toda, desde o momento em que nascemos e é uma forte expressão cultural do nosso tempo.

Assim, surgiu o movimento Fashion Revolution Day, para dar um basta à situações degradantes e sujas das quais a moda faz parte. Queremos mais transparência, saber quem fez nossas roupas, em quais condições foram produzidas e quais impactos e soluções estão por trás de cada peça.

Esse é um movimento internacional formado por pessoas que se preocupam com o que vestem, que acreditam e buscam uma indústria que seja do bem, que valorize as pessoas, busque preservar os recursos naturais e seja transparente e responsável.

Você também pode participar e ajudar a conscientizar sobre a produção das suas roupas: pergunte para as marcas« quem faz minhas roupas? ». No dia 24.04.2015 vista uma peça do lado avesso, fotografe e compartilhe com as hashtags #insideout #fashionrevolution e #fashionrevolutionbrasil. Acesse o site do movimento, compartilhe ideias e mostre a sua voz!

Outra moda é possível, se cada um de nós fizer a sua parte!

« Nós carregamos a história das pessoas que fazem nossas roupas» (Ali Hewson)

Mais informações: www.fashionrevolution.org

Quemfazminhasroupas

MOVIMENTO FASHION REVOLUTIONQuem faz minhas roupas?

ECOJÓIAS CAROL BARRETO

Você já parou para pensar na quantidade de embalagens que nós descartamos semanalmente? Nâo? Mas lá em 2005 uma artista chamada Carol começou a questionar o que fazer com seus resíduos domésticos - garrafas, latas, embalagens de shampoos e cremes... O que poderia ser criado de bacana com esses materiais que a maioria das pessoas vê como lixo?

Desse questionamento nasceu a Ecojóias Carol Barreto. Inicialmente as criações foram feitas de garrafa pet dourada de uma edição limitada, depois com latinhas e assim, em 10 anos, foram surgindo criações leves e coloridas, feitas artesanalmente, uma a uma, com 30 a 98% de materiais que seriam descartados,como garrafas pet, latas de alumínio, embalagens plásticas de cosméticos e produtos de limpeza e câmaras de pneu, sempre mesclados com materiais duradouros, como a prata e o aço, para que as peças durem mais,evitando o descarte precoce.

A marca carioca não só cria jóias incríveis, mas também busca a conscientização das pessoas, surpreendendo-as com peças bacanas feitas com o que era visto como lixo, em misturas e combinações inusitadas. Grande parte da matéria-prima vem das próprias clientes, que doam seus resíduos domésticos após entenderem a importância de dar um destino correto à esse material.

Mas como funciona a confecção?O material recebido é limpo com água da chuva reaproveitada ( ), separado por tipo, cor e espessura. Num segundo momento são feitos desenhos específicos para cada material. As peças são montadas manualmente e as embalagens criadas com papel de revista ou garrafa pet. Além disso, as sobras geradas na produção são separadas e enviadas para reciclagem.

São desenvolvidas duas coleções por ano, mas as peças não saem de linha, assim os clientes podem comprar os modelos quando desejarem. Há, porém, algumas edições limitadas, geralmente feitas com algum material promocional ou de cor especial.

Para saber mais sobre a Ecojóias Carol Barreto é só acesssar o site: www.carolbarreto.com.br

Certo dia, andando pelo Mercado Central da cidade de Teresina, no Piauí, a designer Luly Vianna encontrou faixas pretas no chão e, ao perguntar o que eram, descobriu que se tratavam de câmaras de pneu decaminhão. Ao retornar para São Paulo, procurou o material e viu nele novas possibilidades de criação.Então, depois de muita pesquisa, nasceu a Saissu Design.

Nomeada Saissu, que no original tupi guarani significa amor, a marca cria uma linha incrível de malas, mochilas, pulseiras, cintos e necessaires fabricadas com no mínimo 60% de material reciclado, podendo chegar até 98%, dependendo do produto. Reciclando borrachas de câmaras de pneu, algodão e garrafas pet, as criações tem uma pegada bem contemporânea, sofisticada e, é claro, responsável. São peças criadas para pessoas que levam em conta as questões ambientais em suas escolhas cotidianas.

A criação começa com os desenhos da Luly e processo produtivo se inicia em parceria com mulheres das comunidades locais, que lavam e hidratam as câmaras de pneu, utilizando um produto à base d´água chamado Finish Repair. Após a hidratação, as câmaras são levadas para oficinas e ONGs parceiras, que fazem a construção do produto. O corte e costura da borracha são feitos manualmente - peça por peça - e passam por uma inspeção antes de chegar à loja.

Além da produção ser artesanal, as peças são resistentes e impermeáveis, com acabamentos de alto padrão, provando que pode-se reciclar materiais e transformá-los em produtos de alta durabilidade, unindo design e bom gosto. É a reinvenção do que seria descartado, lixo repensado de forma totalmente nova e uma forma de reciclar o nosso amanhã.

SAISSU DESIGNTransformação de pneus em acessórios de luxo

Para saber mais sobre a Saissu: www.saissu.com

Showroom: Rua Arthur Frazão, 37, Jardins - São Paulo

Berinjela, cebola, tomate, pimentão, alface... logo nos vem à mente uma horta comum, se não fosse pelo fato de todos esses vegetais serem plantados no meio de São Paulo, no teto de um shopping, em meio à paisagem de concreto, como uma ilha verde entre prédios.

Desde 2012 o Shopping Eldorado, na Zona Oeste de São Paulo, investe em um projeto de compostagem para dar um destino correto aos quase 400 quilos de restos de comida encontrados em sua praça de alimentação diariamente. O lixo orgânico, que antes era todo destinado ao aterro sanitário agora tem parte direcionada para uma horta construída no telhado do shopping.

As sobras de alimentos das quase 10 mil refeições, servidas todos os dias, recebem enzimas específicas para acelerar a decomposição adequada do lixo. Como resultado: um composto que fica parecido com terra, rico em húmus e nutrientes minerais, pronto para ser usado nas plantações.

PROJETO TELHADO VERDECOMPOSTAGEM E HORTA NO TELHADO DO SHOPPING ELDORADO Numa área de 1000m² são cultivados berinjela, jiló, cebola, pimentões, alface, gengibre, tomate,

manjericão, morango, pepino e abobrinha, que são consumidos pelos próprios funcionários do shopping. Além da grande variedade de legumes, a horta conta também com uma farmácia viva, onde são plantadas hortelã, erva-doce, carquejo, malva, sálvia, alecrim, bálsamo e poejo.

De acordo com os administradores, o objetivo é fazer com que a horta urbana tome conta de toda a área superior e deixe a temperatura interna do shopping mais amena, reduzindo os desperdícios com ar condicionado.

A ideia é simples, muito inteligente e de alto impacto para reduzir os resíduos e produzir alimentos de forma sustentável e livre de agrotóxicos, beneficiando a todos, mesmo que indiretamente.

Mais informações no site do shopping: www. shoppingeldorado.com.br

COMPRANDO ETICAMENTEEu quero comprar algo:

Eu realmente preciso e vou usar?

Sim Não

Pode ser usado?

Posso comprar com desenvolvimento sustentável?

Sim Não

Sim Não

Compre para durar

reciclado orgânicotrabalho de cooperativa Comércio justo artesanal upcyclingproduzido localmente

Reprodução: @saissudesign

POR QUE COMPRAR LOCALMENTE?

Coloque seu $ onde seu está

Compre localmente!

Você mantém seu dinheiro na economia local

Valoriza a singularidade da sua comunidade

Contribui para a criação de empregos locais

Você ajuda na preservação do meio ambiente

Encoraja o espírito de comunidade

Você se beneficia e apoia o conhecimento local

Investe no empreendedorismo e nos sonhos das pessoas

No dia 24 de abril de 2013, 1133 pessoas morreram e muitos mais ficaram feridos no desabamento do complexo de fábricasRana Plaza, em Dhaka, Bangladesh. Infelizmente, catástrofes sociais e ambientais acontecem com frequência no universoda moda, em diversos locais do mundo, quase sempre longe dos nossos olhos.

Moda é sobre conexões - com agricultores, designers, costureiros, produtores, consumidores, tecidos, aviamentos,técnicas e tecnologia - e nós perdemos a conexão com o que vestimos: não sabemos a origem ou o destino do que é criadoe produzido, nem as condições e materiais que as roupas são feitas. Precisamos nos reconectar com a moda e mostrarque é possível as empresas serem mais justas, sustentáveis e responsáveis, principalmente porque a moda nos acompanha a vida toda, desde o momento em que nascemos e é uma forte expressão cultural do nosso tempo.

Assim, surgiu o movimento Fashion Revolution Day, para dar um basta à situações degradantes e sujas das quais a modafaz parte. Queremos mais transparência, saber quem fez nossas roupas, em quais condições foram produzidas e quaisimpactos e soluções estão por trás de cada peça.

Esse é um movimento internacional formado por pessoas que se preocupam com o que vestem, que acreditam e buscamuma indústria que seja do bem, que valorize as pessoas, busque preservar os recursos naturais, seja transparentee responsável.

Você também pode participar e ajudar a conscientizar sobre a produção das suas roupas: pergunte para as marcas« quem faz minhas roupas? ». No dia 24.04.2015 vista uma peça do lado avesso, fotografe e compartilhe com ashashtags #insideout #fashionrevolution e #fashionrevolutionbrasil. Acesse o site do movimento, compartilhe ideiase mostre a sua voz!

Outra moda é possível, se cada um de nós fizer a sua parte!

« Nós carregamos a história das pessoas que fazem nossas roupas» (Ali Hewson)

Mais informações: www.fashionrevolution.org

Quemfazminhasroupas

MOVIMENTO FASHION REVOLUTIONQuem faz minhas roupas?

Por que roupas muito baratas não são um bom negócio?

Você certamente já ouviu falar da expressão fast-fashion (ou moda rápida) inventada pelos grandes varejistas. O intutito é vender mais e aumentar os lucros oferecendo muitas novidades ao consumidor e estimulando o desejo e as comprasconstantes.

Mas, no fundo, por que o fast-fashion é um vilão para nossa sociedade e nosso planeta?

Ao optar por trabalhar com fast-fashion, o varejista buscar gastar o mínimo possível com materiais e mão-de-obra,colocar altas taxas de lucro e vender peças à preços mais baixos, para que o consumidor compre sempre em um cicloconstante de consumo. Para se ter uma ideia, em grandes varejistas como a Zara, H&M e Forever 21, o lucro é de 50 a 75%em cada peça.

E quem perde com isso?Todos nós: as matérias-prima - tecidos e aviamentos - são de baixa qualidade e em altíssima quantidade, refletindo emmais extração de recursos naturais com a frequência que a Natureza não consegue acompanhar. Além disso, as peças sãoconfeccionadas em países com péssimas condições de trabalho, como Índia, Bangladesh e China, onde funcionários chegama receber menos de R$ 0,50 por roupa costurada (ou seja, menos de 1% do valor que o varejista paga pela peça)

Achamos que é nosso direito comprar roupas super baratas e continuamos acreditando que está tudo bem. Mas não está.

Que tal fazermos uma reflexão e nos responsabilizarmos pela forma como consumimos? Não se trata de deixar de comprar,mas sim comprar com mais consciência: optar por roupas feitas de forma mais sustentável, com materiais de menor impacto para o planeta, produzidas localmente, naquela loja na cidade ou na feira de criadores independentes, sempreobservando a forma como as peças são confeccionadas e se informando sobre a produção das roupas que você compra. Somos parte de um movimento maior e juntos podemos fazer a diferença.

O fast-fashion está aí, mas é nossa opção fazer parte disso. Queremos mesmo apoiar um estilo de produção que não nosrepresenta?

Por Débora Schmidt Nardello

Sustentabilidade, inclusão social, design, oportunidades e fortalecimento da comunidade - tudo isso nós encontramosna Cooperárvore, uma cooperativa social criada em 2006, em Betim - MG, que cria e produz peças unindo costura,serigrafia e artesanato.

Utilizando como matéria-prima materiais automotivos descartados e doados pela Fiat Automóveis e seus parceiros,como aparas de cintos de segurança e tecidos automotivos, a cooperativa produz diversos artigos, como sacolas, bolsas,mochilas, chaveiros, necessaires, etc. Em oito anos, 220 mil produtos foram comercializados e, desde 2011, reaproveitados17 toneladas de materiais que seriam considerados lixo.

A Cooperárvore é um dos «galhos» do programa Árvore da Vida, no bairro Jardim Teresópolis (programa esse que buscao desenvolvimento da comunidade localizada em frente à fábrica da Fiat em Betim e que desenvolve diversas atividades) e conta com cerca de 18 cooperados que aprendem uma nova profissão, conquistam uma renda mensal e fazem a diferençano ambiente em que vivem, já que o desenvolvimento social e econômico são peças fundamentais na cooperativa. Alémdisso, como tudo é produzido por pessoas da comunidade onde o projeto está instalado, gera o desenvolvimento do localcomo um todo.

São lançadas em média cinco coleções anuais - uma principal e outras para datas comemorativas, como dia das mães,dos pais, dos namorados e das crianças. A coleção de 2015 foi inspirada nos quatro elemento da Natureza: terra, água,fogo e ar, pois na Grécia Antiga eram considerados a origem de todas as coisas e essenciais para a sobrevivência do serhumano. Essa coleção foi lançada na 25º Feira Nacional de Artesanato, na Expominas, em dezembro de 2014;

Para mais informações sobre o projeto é só acessar o site: www.cooperarvore.com.br

COOPERÁRVORE

Berinjela, cebola, tomate, pimentão, alface... logo nos vem à mente uma horta comum, se não fosse pelo fato de todosesses vegetais serem plantados no meio de São Paulo, no teto de um shopping, em meio à paisagem de concreto, como umailha verde entre prédios.

Desde 2012 o Shopping Eldorado, na zona oeste de São Paulo, investe em um projeto de compostagem para dar um destinocorreto aos quase 400 quilos de restos de comida encontrados em sua praça de alimentação diariamente. O lixo orgânico,que antes era todo destinado ao aterro sanitário agora tem parte direcionada para uma horta construída no telhado doshopping.

As sobras de alimentos das quase 10 mil refeições, servidas todos os dias, recebem enzimas específicas para acelerar adecomposição adequada do lixo. Como resultado: um composto que fica parecido com terra, rico em húmus e nutrientesminerais, pronto para ser usado nas plantações.

Numa área de 1000m² são cultivados berinjela, jiló, cebola, pimentões, alface, gengibre, tomate, manjericão, morango,pepino e abrobrinha, que são consumidos pelos próprios funcionários do shopping. Além da grande variedade de legumes,a horta conta também com uma farmácia viva, onde são plantadas hortelã, erva-doce, carquejo, malva, sálvia, alecrim, bálsamo e poejo.

De acordo com os administradores, o objetivo é fazer com que a horta urbana tome conta de toda a área superior e deixea temperatura interna do shopping mais amena, reduzindo os desperdícios com ar condicionado.

A ideia é simples, muito inteligente e de alto impacto para reduzir os resíduos e produzir alimentos de forma sustentávele livre de agrotóxicos, beneficiando a todos, mesmo que indiretamente.

Mais informações no site do shopping: www. shoppingeldorado.com.br

PROJETO TELHADO VERDECOMPOSTAGEM E HORTA NO TELHADO DO SHOPPING ELDORADO

« Não existe beleza na mais fina roupa segera morte e tristeza »

(Gandhi)

SOBREVivemos em um tempo estranho. Ligamos a TV e só vemos notícias ruins.Abrimos o jornal e só há desgraças para ler. Na Internet, um monte deassuntos que só tiram a nossa esperança. Desacreditamos no outro,achamos que o mundo não tem mais jeito.

Mas, por mais que tudo pareça uma bagunça sem fim, há muitas coisasboas acontecendo por aí e uma infinidade de razões para a gente continuaracreditando e fazendo a nossa parte por um mundo melhor.

Pensando em iluminar as pessoas, nasceu essa fanzine. De forma simples,queremos falar sobre moda, design e sustentabilidade, mostrar inovações eboas ideias que as pessoas estão realizando, restaurar a fé no outro, fazerrefletir e propor uma nova forma de enxergar o mundo, onde possamos viver em harmonia com a natureza e com a nossa sociedade. Vamos mostrar que a moda, o design e a sustentabilidade, quando de estão de mãos dadas, nos levam para um universo de possibilidades.

Essa é uma fanzine de notícias boas, para ser lida e compartilhada. Contémaltas doses de ideias e reflexões, muito carinho e cuidado envolvido, e descortina um mundo de possibilidades responsáveis.

Que as próximas páginas iluminem seu dia.Com carinho

Débora + Lusco Fusco

Certo dia, andando pelo Mercado Central da cidade de Teresina, no Piauí, a designer Luly Vianna encontrou faixas pretas no chão e, ao perguntar o que eram, descobriu que se tratavam de câmaras de pneu de caminhão. Ao retornar para São Paulo, procurou o material e viu nele novas possibilidades de criação. Então, depois de muita pesquisa, nasceu a Saissu Design.

Nomeada Saissu, que no original tupi guarani significa amor, a marca cria uma linha incrível de malas, mochilas, pulseiras,cintos e necessaires fabricadas com no mínimo 60% de material reciclado, podendo chegar até 98%, dependendo doproduto. Reciclando borrachas de câmaras de pneu, algodão e garrafas pet, as criações tem uma pegada bem contemporânea,sofisticada e, é claro, responsável. São peças criadas para pessoas que levam em conta as questões ambientais em suas escolhas cotidianas.

A criação começa com os desenhos da Luly e processo produtivo se inicia em parceria com mulheres das comunidades locais, que lavam e hidratam as câmaras de pneu, utilizando um produto à base d´água chamado Finish Repair. Após a hidratação, as câmaras são levadas para oficinas e ONGs parceiras, que fazem a construção do produto. O corte e costura da borracha sãofeitos manualmente - peça por peça - e passam por uma inspeção antes de chegar à loja.

Além da produção ser artesanal, as peças são resistentes e impermeáveis, com acabamentos de alto padrão, provando quepode-se reciclar materiais e transformá-los em produtos de alta durabilidade, unindo design e bom gosto. É a reinvençãodo que seria descartado, lixo repensado de forma totalmente nova e uma forma de reciclar o nosso amanhã.

SAISSU DESIGNTransformação de pneus em acessórios de luxo

Para saber mais sobre a Saissu: www.saissu.com

Showroom: Rua Arthur Frazão, 37, Jardins - São Paulo

Você já parou para pensar na quantidade de embalagens que nós descartamos semanalmente? Nâo? Mas lá em 2005 uma artista chamada Carol começou a questionar o que fazer com seus resíduos domésticos - garrafas, latas, embalagens deshampoos e cremes... O que poderia ser criado de bacana com esses materiais que a maioria das pessoas vê como lixo?

Desse questionamento nasceu a Ecojóias Carol Barreto. Inicialmente as criações foram feitas de garrafa pet dourada de uma edição limitada, depois com latinhas e assim, em 10 anos, foram surgindo criações leves e coloridas, feitas artesanalmenteuma a uma, com 30 a 98% de materiais que seriam descartados, como garrafas pet, latas de alumínio, embalagens plásticasde cosméticos e produtos de limpeza e câmaras de pneu, sempre mesclados com materiais duradouros, como a prata e o aço, para que as peças durem mais, evitando o descarte precoce.

A marca carioca não só cria jóias incríveis, mas também busca a conscientização das pessoas, supreendendo-as com peçasbacanas feitas com o que era visto como lixo, em misturas e combinações inusitadas. Grande parte da matéria-prima vem das próprias clientes, que doam seus resíduos domésticos após entenderem a importância de dar um destino correto à esse material.

Mas como funciona a confecção?O material recebido é limpo com água da chuva reaproveitada ( ), separado por tipo, cor e espessura. Num segundo momentosão feitos desenhos específicos para cada material. As peças são montadas manualmente e as embalagens criadas com papelde revista ou garrafa pet. Além disso, as sobras geradas na produção são separadas e enviadas para reciclagem.

São desenvolvidas duas coleções por ano, mas as peças não saem de linha, assim os clientes podem comprar os modelosno tempo que desejarem. Porém, há algumas edições limitadas, geralmente feitas com algum material promocional ou decor especial.

Para saber mais sobre a Ecojóias Carol Barreto é só acesssar o site: www.carolbarreto.com.br

ECOJÓIAS CAROL BARRETO

COMPRANDO ETICAMENTEEu quero comprar algo:

Eu realmente preciso e vou usar?

Sim Não

Pode ser usado?

Posso comprar com desenvolvimento sustentável?

Sim Não

Sim Não

Compre para durar

reciclado orgânicotrabalho de cooperativa Comércio justo artesanal upcyclingproduzido localmente

Próxima edição desta fanzine:

Contato: [email protected]

Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br

Maio/2015

semente

moda I design I sustentabilidade

edição um I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

semente

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Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

FRENTE TRÁS

COMPRANDO ETICAMENTEEu quero comprar algo:

Eu realmente preciso e vou usar?

Sim Não

Pode ser usado?

Posso comprar com desenvolvimento sustentável?

Sim Não

Sim Não

Compre para durar

reciclado orgânicotrabalho de cooperativa Comércio justo artesanal upcyclingproduzido localmente

SOBRE Vivemos em um tempo estranho. Ligamos a TV e só vemos notícias ruins.Abrimos o jornal e só há desgraças para ler. Na Internet, um monte deassuntos que só tiram a nossa esperança. Desacreditamos no outro,achamos que o mundo não tem mais jeito.

Mas, por mais que tudo pareça uma bagunça sem fim, há muitas coisasboas acontecendo por aí e uma infinidade de razões para a gente continuaracreditando e fazendo a nossa parte por um mundo melhor.

Pensando em iluminar as pessoas, nasceu essa fanzine. De forma simples,queremos falar sobre moda, design e sustentabilidade, mostrar inovações eboas ideias que as pessoas estão realizando, restaurar a fé no outro, fazerrefletir e propor uma nova forma de enxergar o mundo, onde possamos viver em harmonia com a natureza e com a nossa sociedade. Vamos mostrar que a moda, o design e a sustentabilidade, quando estão de mãos dadas, nos levam para um universo de possibilidades.

Essa é uma fanzine de notícias boas, para ser lida e compartilhada. Contémaltas doses de ideias e reflexões, muito carinho e cuidado envolvido, e descortina um mundo de possibilidades responsáveis.

Que as próximas páginas iluminem seu dia. Com carinho

Débora + Lusco Fusco

Por que roupas muito baratas não são um bom negócio?

Por Débora Schmidt Nardello

Numa área de 1000m² são cultivados berinjela, jiló, cebola, pimentões, alface, gengibre, tomate, manjericão, morango, pepino e abobrinha, que são consumidos pelos próprios funcionários do shopping. Além da grande variedade de legumes, a horta conta também com uma farmácia viva, onde são plantadas hortelã, erva-doce, carquejo, malva, sálvia, alecrim, bálsamo e poejo.

De acordo com os administradores, o objetivo é fazer com que a horta urbana tome conta de toda a área superior e deixe a temperatura interna do shopping mais amena, reduzindo os desperdícios com ar condicionado.

A ideia é simples, muito inteligente e de alto impacto para reduzir os resíduos e produzir alimentos de forma sustentável e livre de agrotóxicos, beneficiando a todos, mesmo que indiretamente.

Mais informações no site do shopping: www. shoppingeldorado.com.br

Berinjela, cebola, tomate, pimentão, alface... logo nos vem à mente uma horta comum, se não fosse pelo fato de todos esses vegetais serem plantados no meio de São Paulo, no teto de um shopping, em meio à paisagem de concreto, como uma ilha verde entre prédios.

Desde 2012 o Shopping Eldorado, na Zona Oeste de São Paulo, investe em um projeto de compostagem para dar um destino correto aos quase 400 quilos de restos de comida encontrados em sua praça de alimentação diariamente. O lixo orgânico, que antes era todo destinado ao aterro sanitário agora tem parte direcionada para uma horta construída no telhado do shopping.

As sobras de alimentos das quase 10 mil refeições, servidas todos os dias, recebem enzimas específicas para acelerar a decomposição adequada do lixo. Como resultado: um composto que fica parecido com terra, rico em húmus e nutrientes minerais, pronto para ser usado nas plantações.

PROJETO TELHADO VERDECOMPOSTAGEM E HORTA NO TELHADO DO SHOPPING ELDORADO

Você certamente já ouviu falar da expressão fast-fashion (ou moda rápida) inventada pelos grandes varejistas. O intuito é vender mais e aumentar os lucros oferecendo muitas novidades ao consumidor e estimulando o desejo e as compras constantes.

Mas, no fundo, por que o fast-fashion é um vilão para nossa sociedade e nosso planeta?

Ao optar por trabalhar com fast-fashion, o varejista buscar gastar o mínimo possível com materiais e mão-de-obra, colocar altas taxas de lucro e vender peças à preços mais baixos, para que o consumidor compre sempre em um ciclo constante de consumo. Para se ter uma ideia, em grandes varejistas como a Zara, H&M e Forever 21, o lucro é de 50 a 75% em cada peça.

E quem perde com isso?Todos nós: as matérias-prima - tecidos e aviamentos - são de baixa qualidade e em altíssima quantidade, refletindo em mais extração de recursos naturais com a frequência que a Natureza não consegue acompanhar. Além disso, as peças são confeccionadas em países com péssimas condições de trabalho, como Índia, Bangladesh e China, onde funcionários chegam a receber menos de R$ 0,50 por roupa costurada (ou seja, menos de 1% do valor que o varejista paga pela peça)

Achamos que é nosso direito comprar roupas super baratas e continuamos acreditando que está tudo bem. Mas não está.

Que tal fazermos uma reflexão e nos responsabilizarmos pela forma como consumimos? Não se trata de deixar de comprar, mas sim comprar com mais consciência: optar por roupas feitas de forma mais sustentável, com materiais de menor impacto para o planeta, produzidas localmente, naquela loja na cidade ou na feira de criadores independentes, sempre observando a forma como as peças são confeccionadas e se informando sobre a produção das roupas que você compra. Somos parte de um movimento maior e juntos podemos fazer a diferença.

O fast-fashion está aí, mas é nossa opção fazer parte disso. Queremos mesmo apoiar um estilo de produção que não nos representa?

Sustentabilidade, inclusão social, design, oportunidades e fortalecimento da comunidade - tudo isso nós encontramos na Cooperárvore, uma cooperativa social criada em 2006, em Betim - MG, que cria e produz peças unindo costura, serigrafia e artesanato.

Utilizando como matéria-prima materiais automotivos descartados e doados pela Fiat Automóveis e seusparceiros, como aparas de cintos de segurança e tecidos automotivos, a cooperativa produz diversos artigos, como sacolas, bolsas, mochilas, chaveiros, necessaires, etc. Em oito anos, 220 mil produtos foram comercializados e, desde 2011, reaproveitados 17 toneladas de materiais que seriam considerados lixo.

A Cooperárvore é um dos «galhos» do programa Árvore da Vida, no bairro Jardim Teresópolis (programa esse que busca o desenvolvimento da comunidade localizada em frente à fábrica da Fiat em Betim e que desenvolve diversas atividades) e conta com cerca de 18 cooperados que aprendem uma nova profissão, conquistam uma renda mensal e fazem a diferença no ambiente em que vivem, já que o desenvolvimento social e econômico são peças fundamentais na cooperativa. Além disso, como tudo é produzido por pessoas da comunidade onde o projeto está instalado, gera o desenvolvimento do local como um todo.

São lançadas em média cinco coleções anuais - uma principal e outras para datas comemorativas, como dia das mães, dos pais, dos namorados e das crianças. A coleção de 2015 foi inspirada nos quatro elemento da Natureza: terra, água, fogo e ar, pois na Grécia Antiga eram considerados a origem de todas as coisas e essenciais para a sobrevivência do ser humano. Essa coleção foi lançada na 25º Feira Nacional de Artesanato, na Expominas, em dezembro de 2014;

Para mais informações sobre o projeto é só acessar o site: www.cooperarvore.com.br

COOPERÁRVORE

Para saber mais sobre a Saissu: www.saissu.com

Showroom: Rua Arthur Frazão, 37, Jardins - São Paulo

Certo dia, andando pelo Mercado Central da cidade de Teresina, no Piauí, a designer Luly Vianna encontrou faixas pretas no chão e, ao perguntar o que eram, descobriu que se tratavam de câmaras de pneu decaminhão. Ao retornar para São Paulo, procurou o material e viu nele novas possibilidades de criação.Então, depois de muita pesquisa, nasceu a Saissu Design.

Nomeada Saissu, que no original tupi guarani significa amor, a marca cria uma linha incrível de malas, mochilas, pulseiras, cintos e necessaires fabricadas com no mínimo 60% de material reciclado, podendo chegar até 98%, dependendo do produto. Reciclando borrachas de câmaras de pneu, algodão e garrafas pet, as criações tem uma pegada bem contemporânea, sofisticada e, é claro, responsável. São peças criadas para pessoas que levam em conta as questões ambientais em suas escolhas cotidianas.

A criação começa com os desenhos da Luly e processo produtivo se inicia em parceria com mulheres das comunidades locais, que lavam e hidratam as câmaras de pneu, utilizando um produto à base d´água chamado Finish Repair. Após a hidratação, as câmaras são levadas para oficinas e ONGs parceiras, que fazem a construção do produto. O corte e costura da borracha são feitos manualmente - peça por peça - e passam por uma inspeção antes de chegar à loja.

Além da produção ser artesanal, as peças são resistentes e impermeáveis, com acabamentos de alto padrão, provando que pode-se reciclar materiais e transformá-los em produtos de alta durabilidade, unindo design e bom gosto. É a reinvenção do que seria descartado, lixo repensado de forma totalmente nova e uma forma de reciclar o nosso amanhã.

SAISSU DESIGNTransformação de pneus em acessórios de luxo

POR QUE COMPRAR LOCALMENTE?

Você mantém seu dinheiro na economia local;

Valoriza a singularidade da sua comunidade;

Contribui para a criação de empregos locais;

Você ajuda na preservação do meio ambiente;

Encoraja o espírito de comunidade;

Você se beneficia e apoia o conhecimento local;

Investe no empreendedorismo e nos sonhos das pessoas.

Você já parou para pensar na quantidade de embalagens que nós descartamos semanalmente? Nâo? Mas lá em 2005 uma artista chamada Carol começou a questionar o que fazer com seus resíduos domésticos - garrafas, latas, embalagens de shampoos e cremes... O que poderia ser criado de bacana com esses materiais que a maioria das pessoas vê como lixo?

Desse questionamento nasceu a Ecojóias Carol Barreto. Inicialmente as criações foram feitas de garrafa pet dourada de uma edição limitada, depois com latinhas e assim, em 10 anos, foram surgindo criações leves e coloridas, feitas artesanalmente, uma a uma, com 30 a 98% de materiais que seriam descartados,como garrafas pet, latas de alumínio, embalagens plásticas de cosméticos e produtos de limpeza e câmaras de pneu, sempre mesclados com materiais duradouros, como a prata e o aço, para que as peças durem mais,evitando o descarte precoce.

A marca carioca não só cria jóias incríveis, mas também busca a conscientização das pessoas, surpreendendo-as com peças bacanas feitas com o que era visto como lixo, em misturas e combinações inusitadas. Grande parte da matéria-prima vem das próprias clientes, que doam seus resíduos domésticos após entenderem a importância de dar um destino correto à esse material.

Mas como funciona a confecção?O material recebido é limpo com água da chuva reaproveitada ( ), separado por tipo, cor e espessura. Num segundo momento são feitos desenhos específicos para cada material. As peças são montadas manualmente e as embalagens criadas com papel de revista ou garrafa pet. Além disso, as sobras geradas na produção são separadas e enviadas para reciclagem.

São desenvolvidas duas coleções por ano, mas as peças não saem de linha, assim os clientes podem comprar os modelos quando desejarem. Há, porém, algumas edições limitadas, geralmente feitas com algum material promocional ou de cor especial.

Para saber mais sobre a Ecojóias Carol Barreto é só acesssar o site: www.carolbarreto.com.br

No dia 24 de abril de 2013, 1133 pessoas morreram e muitos mais ficaram feridos no desabamento do ´complexo de fábricas Rana Plaza, em Dhaka, Bangladesh. Infelizmente, catástrofes sociais e ambientais acontecem com frequência no universo da moda, em diversos locais do mundo, quase sempre longe dos nossos olhos.

Moda é sobre conexões - com agricultores, designers, costureiros, produtores, consumidores, tecidos, aviamentos, técnicas e tecnologia - e nós perdemos a conexão com o que vestimos: não sabemos a origem ou o destino do que é criado e produzido, nem as condições e materiais que as roupas são feitas. Precisamos nos reconectar com a moda e mostrar que é possível as empresas serem mais justas, sustentáveis e responsáveis, principalmente porque a moda nos acompanha a vida toda, desde o momento em que nascemos e é uma forte expressão cultural do nosso tempo.

Assim, surgiu o movimento Fashion Revolution Day, para dar um basta à situações degradantes e sujas das quais a moda faz parte. Queremos mais transparência, saber quem fez nossas roupas, em quais condições foram produzidas e quais impactos e soluções estão por trás de cada peça.

Esse é um movimento internacional formado por pessoas que se preocupam com o que vestem, que acreditam e buscam uma indústria que seja do bem, que valorize as pessoas, busque preservar os recursos naturais e seja transparente e responsável.

Você também pode participar e ajudar a conscientizar sobre a produção das suas roupas: pergunte para as marcas« quem faz minhas roupas? ». No dia 24.04.2015 vista uma peça do lado avesso, fotografe e compartilhe com as hashtags #insideout #fashionrevolution e #fashionrevolutionbrasil. Acesse o site do movimento, compartilhe ideias e mostre a sua voz!

Outra moda é possível, se cada um de nós fizer a sua parte!

« Nós carregamos a história das pessoas que fazem nossas roupas» (Ali Hewson)

Mais informações: www.fashionrevolution.org

Quemfazminhasroupas

MOVIMENTO FASHION REVOLUTIONQuem faz minhas roupas?

« Não existe beleza na mais fina roupa segera morte e tristeza »

Próxima edição desta fanzine: Maio/2015

Contato: [email protected]

Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br( Gandhi)

ECOJÓIAS CAROL BARRETO

Coloque seu $ onde seu está

Compre localmente!

semente

moda I design I sustentabilidade

edição um I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

« Não existe beleza na mais fina roupa segera morte e tristeza »

Próxima edição desta fanzine: Maio/2015

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Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br

( Gandhi)

COMPRANDO ETICAMENTEEu quero comprar algo:

Eu realmente preciso e vou usar?

Sim Não

Pode ser usado?

Posso comprar com desenvolvimento sustentável?

Sim Não

Sim Não

Compre para durar

reciclado orgânicotrabalho de cooperativa Comércio justo artesanal upcyclingproduzido localmente

Vivemos em um tempo estranho. Ligamos a TV e só vemos notícias ruins. Abrimos o jornal e só há desgraças para ler. Na Internet, um monte deassuntos que só tiram a nossa esperança. Desacreditamos no outro, achamos que o mundo não tem mais jeito.

Mas, por mais que tudo pareça uma bagunça sem fim, há muitas coisas boas acontecendo por aí e uma infinidade de razões para a gente continuaracreditando e fazendo a nossa parte por um mundo melhor.

Pensando em iluminar as pessoas, nasceu essa fanzine. De forma simples, queremos falar sobre moda, design e sustentabilidade, mostrar inovações e boas ideias que as pessoas estão realizando, restaurar a fé no outro, fazer refletir e propor uma nova forma de enxergar o mundo, onde possamos viver em harmonia com a natureza e com a nossa sociedade. Vamos mostrar que a moda, o design e a sustentabilidade, quando estão de mãos dadas, nos levam para um universo de possibilidades.

Essa é uma fanzine de notícias boas, para ser lida e compartilhada. Contém altas doses de ideias e reflexões, muito carinho e cuidado envolvido, e descortina um mundo de possibilidades responsáveis.

Que as próximas páginas iluminem seu dia. Com carinho

Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Por que roupas muito baratas não são um bom negócio?

Por Débora Schmidt Nardello

Você certamente já ouviu falar da expressão fast-fashion (ou moda rápida) inventada pelos grandes varejistas. O intuito é vender mais e aumentar os lucros oferecendo muitas novidades ao consumidor e estimulando o desejo e as compras constantes.

Mas, no fundo, por que o fast-fashion é um vilão para nossa sociedade e nosso planeta?

Ao optar por trabalhar com fast-fashion, o varejista buscar gastar o mínimo possível com materiais e mão-de-obra, colocar altas taxas de lucro e vender peças à preços mais baixos, para que o consumidor compre sempre em um ciclo constante de consumo. Para se ter uma ideia, em grandes varejistas como a Zara, H&M e Forever 21, o lucro é de 50 a 75% em cada peça.

E quem perde com isso?Todos nós: as matérias-prima - tecidos e aviamentos - são de baixa qualidade e em altíssima quantidade, refletindo em mais extração de recursos naturais com a frequência que a Natureza não consegue acompanhar. Além disso, as peças são confeccionadas em países com péssimas condições de trabalho, como Índia, Bangladesh e China, onde funcionários chegam a receber menos de R$ 0,50 por roupa costurada (ou seja, menos de 1% do valor que o varejista paga pela peça)

Achamos que é nosso direito comprar roupas super baratas e continuamos acreditando que está tudo bem. Mas não está.

Que tal fazermos uma reflexão e nos responsabilizarmos pela forma como consumimos? Não se trata de deixar de comprar, mas sim comprar com mais consciência: optar por roupas feitas de forma mais sustentável, com materiais de menor impacto para o planeta, produzidas localmente, naquela loja na cidade ou na feira de criadores independentes, sempre observando a forma como as peças são confeccionadas e se informando sobre a produção das roupas que você compra. Somos parte de um movimento maior e juntos podemos fazer a diferença.

O fast-fashion está aí, mas é nossa opção fazer parte disso. Queremos mesmo apoiar um estilo de produção que não nos representa?

Sustentabilidade, inclusão social, design, oportunidades e fortalecimento da comunidade - tudo isso nós encontramos na Cooperárvore, uma cooperativa social criada em 2006, em Betim - MG, que cria e produz peças unindo costura, serigrafia e artesanato.

Utilizando como matéria-prima materiais automotivos descartados e doados pela Fiat Automóveis e seusparceiros, como aparas de cintos de segurança e tecidos automotivos, a cooperativa produz diversos artigos, como sacolas, bolsas, mochilas, chaveiros, necessaires, etc. Em oito anos, 220 mil produtos foram comercializados e, desde 2011, reaproveitados 17 toneladas de materiais que seriam considerados lixo.

A Cooperárvore é um dos «galhos» do programa Árvore da Vida, no bairro Jardim Teresópolis (programa esse que busca o desenvolvimento da comunidade localizada em frente à fábrica da Fiat em Betim e que desenvolve diversas atividades) e conta com cerca de 18 cooperados que aprendem uma nova profissão, conquistam uma renda mensal e fazem a diferença no ambiente em que vivem, já que o desenvolvimento social e econômico são peças fundamentais na cooperativa. Além disso, como tudo é produzido por pessoas da comunidade onde o projeto está instalado, gera o desenvolvimento do local como um todo.

São lançadas em média cinco coleções anuais - uma principal e outras para datas comemorativas, como dia das mães, dos pais, dos namorados e das crianças. A coleção de 2015 foi inspirada nos quatro elemento da Natureza: terra, água, fogo e ar, pois na Grécia Antiga eram considerados a origem de todas as coisas e essenciais para a sobrevivência do ser humano. Essa coleção foi lançada na 25º Feira Nacional de Artesanato, na Expominas, em dezembro de 2014;

Para mais informações sobre o projeto é só acessar o site: www.cooperarvore.com.br

COOPERÁRVORE

POR QUE COMPRAR LOCALMENTE?

Você mantém seu dinheiro na economia local;

Valoriza a singularidade da sua comunidade;

Contribui para a criação de empregos locais;

Você ajuda na preservação do meio ambiente;

Encoraja o espírito de comunidade;

Você se beneficia e apoia o conhecimento local;

Investe no empreendedorismo e nos sonhos das pessoas.

Coloque seu $ onde seu está

Compre localmente!

No dia 24 de abril de 2013, 1133 pessoas morreram e muitos mais ficaram feridos no desabamento do ´complexo de fábricas Rana Plaza, em Dhaka, Bangladesh. Infelizmente, catástrofes sociais e ambientais acontecem com frequência no universo da moda, em diversos locais do mundo, quase sempre longe dos nossos olhos.

Moda é sobre conexões - com agricultores, designers, costureiros, produtores, consumidores, tecidos, aviamentos, técnicas e tecnologia - e nós perdemos a conexão com o que vestimos: não sabemos a origem ou o destino do que é criado e produzido, nem as condições e materiais que as roupas são feitas. Precisamos nos reconectar com a moda e mostrar que é possível as empresas serem mais justas, sustentáveis e responsáveis, principalmente porque a moda nos acompanha a vida toda, desde o momento em que nascemos e é uma forte expressão cultural do nosso tempo.

Assim, surgiu o movimento Fashion Revolution Day, para dar um basta à situações degradantes e sujas das quais a moda faz parte. Queremos mais transparência, saber quem fez nossas roupas, em quais condições foram produzidas e quais impactos e soluções estão por trás de cada peça.

Esse é um movimento internacional formado por pessoas que se preocupam com o que vestem, que acreditam e buscam uma indústria que seja do bem, que valorize as pessoas, busque preservar os recursos naturais e seja transparente e responsável.

Você também pode participar e ajudar a conscientizar sobre a produção das suas roupas: pergunte para as marcas« quem faz minhas roupas? ». No dia 24.04.2015 vista uma peça do lado avesso, fotografe e compartilhe com as hashtags #insideout #fashionrevolution e #fashionrevolutionbrasil. Acesse o site do movimento, compartilhe ideias e mostre a sua voz!

Outra moda é possível, se cada um de nós fizer a sua parte!

« Nós carregamos a história das pessoas que fazem nossas roupas» (Ali Hewson)

Mais informações: www.fashionrevolution.org

Quemfazminhasroupas

MOVIMENTO FASHION REVOLUTIONQuem faz minhas roupas?

ECOJÓIAS CAROL BARRETO

Você já parou para pensar na quantidade de embalagens que nós descartamos semanalmente? Nâo? Mas lá em 2005 uma artista chamada Carol começou a questionar o que fazer com seus resíduos domésticos - garrafas, latas, embalagens de shampoos e cremes... O que poderia ser criado de bacana com esses materiais que a maioria das pessoas vê como lixo?

Desse questionamento nasceu a Ecojóias Carol Barreto. Inicialmente as criações foram feitas de garrafa pet dourada de uma edição limitada, depois com latinhas e assim, em 10 anos, foram surgindo criações leves e coloridas, feitas artesanalmente, uma a uma, com 30 a 98% de materiais que seriam descartados,como garrafas pet, latas de alumínio, embalagens plásticas de cosméticos e produtos de limpeza e câmaras de pneu, sempre mesclados com materiais duradouros, como a prata e o aço, para que as peças durem mais,evitando o descarte precoce.

A marca carioca não só cria jóias incríveis, mas também busca a conscientização das pessoas, surpreendendo-as com peças bacanas feitas com o que era visto como lixo, em misturas e combinações inusitadas. Grande parte da matéria-prima vem das próprias clientes, que doam seus resíduos domésticos após entenderem a importância de dar um destino correto à esse material.

Mas como funciona a confecção?O material recebido é limpo com água da chuva reaproveitada ( ), separado por tipo, cor e espessura. Num segundo momento são feitos desenhos específicos para cada material. As peças são montadas manualmente e as embalagens criadas com papel de revista ou garrafa pet. Além disso, as sobras geradas na produção são separadas e enviadas para reciclagem.

São desenvolvidas duas coleções por ano, mas as peças não saem de linha, assim os clientes podem comprar os modelos quando desejarem. Há, porém, algumas edições limitadas, geralmente feitas com algum material promocional ou de cor especial.

Para saber mais sobre a Ecojóias Carol Barreto é só acesssar o site: www.carolbarreto.com.br

Certo dia, andando pelo Mercado Central da cidade de Teresina, no Piauí, a designer Luly Vianna encontrou faixas pretas no chão e, ao perguntar o que eram, descobriu que se tratavam de câmaras de pneu decaminhão. Ao retornar para São Paulo, procurou o material e viu nele novas possibilidades de criação.Então, depois de muita pesquisa, nasceu a Saissu Design.

Nomeada Saissu, que no original tupi guarani significa amor, a marca cria uma linha incrível de malas, mochilas, pulseiras, cintos e necessaires fabricadas com no mínimo 60% de material reciclado, podendo chegar até 98%, dependendo do produto. Reciclando borrachas de câmaras de pneu, algodão e garrafas pet, as criações tem uma pegada bem contemporânea, sofisticada e, é claro, responsável. São peças criadas para pessoas que levam em conta as questões ambientais em suas escolhas cotidianas.

A criação começa com os desenhos da Luly e processo produtivo se inicia em parceria com mulheres das comunidades locais, que lavam e hidratam as câmaras de pneu, utilizando um produto à base d´água chamado Finish Repair. Após a hidratação, as câmaras são levadas para oficinas e ONGs parceiras, que fazem a construção do produto. O corte e costura da borracha são feitos manualmente - peça por peça - e passam por uma inspeção antes de chegar à loja.

Além da produção ser artesanal, as peças são resistentes e impermeáveis, com acabamentos de alto padrão, provando que pode-se reciclar materiais e transformá-los em produtos de alta durabilidade, unindo design e bom gosto. É a reinvenção do que seria descartado, lixo repensado de forma totalmente nova e uma forma de reciclar o nosso amanhã.

SAISSU DESIGNTransformação de pneus em acessórios de luxo

Para saber mais sobre a Saissu: www.saissu.com

Showroom: Rua Arthur Frazão, 37, Jardins - São Paulo

Berinjela, cebola, tomate, pimentão, alface... logo nos vem à mente uma horta comum, se não fosse pelo fato de todos esses vegetais serem plantados no meio de São Paulo, no teto de um shopping, em meio à paisagem de concreto, como uma ilha verde entre prédios.

Desde 2012 o Shopping Eldorado, na Zona Oeste de São Paulo, investe em um projeto de compostagem para dar um destino correto aos quase 400 quilos de restos de comida encontrados em sua praça de alimentação diariamente. O lixo orgânico, que antes era todo destinado ao aterro sanitário agora tem parte direcionada para uma horta construída no telhado do shopping.

As sobras de alimentos das quase 10 mil refeições, servidas todos os dias, recebem enzimas específicas para acelerar a decomposição adequada do lixo. Como resultado: um composto que fica parecido com terra, rico em húmus e nutrientes minerais, pronto para ser usado nas plantações.

PROJETO TELHADO VERDECOMPOSTAGEM E HORTA NO TELHADO DO SHOPPING ELDORADO Numa área de 1000m² são cultivados berinjela, jiló, cebola, pimentões, alface, gengibre, tomate,

manjericão, morango, pepino e abobrinha, que são consumidos pelos próprios funcionários do shopping. Além da grande variedade de legumes, a horta conta também com uma farmácia viva, onde são plantadas hortelã, erva-doce, carquejo, malva, sálvia, alecrim, bálsamo e poejo.

De acordo com os administradores, o objetivo é fazer com que a horta urbana tome conta de toda a área superior e deixe a temperatura interna do shopping mais amena, reduzindo os desperdícios com ar condicionado.

A ideia é simples, muito inteligente e de alto impacto para reduzir os resíduos e produzir alimentos de forma sustentável e livre de agrotóxicos, beneficiando a todos, mesmo que indiretamente.

Mais informações no site do shopping: www. shoppingeldorado.com.br

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Contribui para a criação de empregos locais

Você ajuda na preservação do meio ambiente

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Você se beneficia e apoia o conhecimento local

Investe no empreendedorismo e nos sonhos das pessoas

No dia 24 de abril de 2013, 1133 pessoas morreram e muitos mais ficaram feridos no desabamento do complexo de fábricasRana Plaza, em Dhaka, Bangladesh. Infelizmente, catástrofes sociais e ambientais acontecem com frequência no universoda moda, em diversos locais do mundo, quase sempre longe dos nossos olhos.

Moda é sobre conexões - com agricultores, designers, costureiros, produtores, consumidores, tecidos, aviamentos,técnicas e tecnologia - e nós perdemos a conexão com o que vestimos: não sabemos a origem ou o destino do que é criadoe produzido, nem as condições e materiais que as roupas são feitas. Precisamos nos reconectar com a moda e mostrarque é possível as empresas serem mais justas, sustentáveis e responsáveis, principalmente porque a moda nos acompanha a vida toda, desde o momento em que nascemos e é uma forte expressão cultural do nosso tempo.

Assim, surgiu o movimento Fashion Revolution Day, para dar um basta à situações degradantes e sujas das quais a modafaz parte. Queremos mais transparência, saber quem fez nossas roupas, em quais condições foram produzidas e quaisimpactos e soluções estão por trás de cada peça.

Esse é um movimento internacional formado por pessoas que se preocupam com o que vestem, que acreditam e buscamuma indústria que seja do bem, que valorize as pessoas, busque preservar os recursos naturais, seja transparentee responsável.

Você também pode participar e ajudar a conscientizar sobre a produção das suas roupas: pergunte para as marcas« quem faz minhas roupas? ». No dia 24.04.2015 vista uma peça do lado avesso, fotografe e compartilhe com ashashtags #insideout #fashionrevolution e #fashionrevolutionbrasil. Acesse o site do movimento, compartilhe ideiase mostre a sua voz!

Outra moda é possível, se cada um de nós fizer a sua parte!

« Nós carregamos a história das pessoas que fazem nossas roupas» (Ali Hewson)

Mais informações: www.fashionrevolution.org

Quemfazminhasroupas

MOVIMENTO FASHION REVOLUTIONQuem faz minhas roupas?

Por que roupas muito baratas não são um bom negócio?

Você certamente já ouviu falar da expressão fast-fashion (ou moda rápida) inventada pelos grandes varejistas. O intutito é vender mais e aumentar os lucros oferecendo muitas novidades ao consumidor e estimulando o desejo e as comprasconstantes.

Mas, no fundo, por que o fast-fashion é um vilão para nossa sociedade e nosso planeta?

Ao optar por trabalhar com fast-fashion, o varejista buscar gastar o mínimo possível com materiais e mão-de-obra,colocar altas taxas de lucro e vender peças à preços mais baixos, para que o consumidor compre sempre em um cicloconstante de consumo. Para se ter uma ideia, em grandes varejistas como a Zara, H&M e Forever 21, o lucro é de 50 a 75%em cada peça.

E quem perde com isso?Todos nós: as matérias-prima - tecidos e aviamentos - são de baixa qualidade e em altíssima quantidade, refletindo emmais extração de recursos naturais com a frequência que a Natureza não consegue acompanhar. Além disso, as peças sãoconfeccionadas em países com péssimas condições de trabalho, como Índia, Bangladesh e China, onde funcionários chegama receber menos de R$ 0,50 por roupa costurada (ou seja, menos de 1% do valor que o varejista paga pela peça)

Achamos que é nosso direito comprar roupas super baratas e continuamos acreditando que está tudo bem. Mas não está.

Que tal fazermos uma reflexão e nos responsabilizarmos pela forma como consumimos? Não se trata de deixar de comprar,mas sim comprar com mais consciência: optar por roupas feitas de forma mais sustentável, com materiais de menor impacto para o planeta, produzidas localmente, naquela loja na cidade ou na feira de criadores independentes, sempreobservando a forma como as peças são confeccionadas e se informando sobre a produção das roupas que você compra. Somos parte de um movimento maior e juntos podemos fazer a diferença.

O fast-fashion está aí, mas é nossa opção fazer parte disso. Queremos mesmo apoiar um estilo de produção que não nosrepresenta?

Por Débora Schmidt Nardello

Sustentabilidade, inclusão social, design, oportunidades e fortalecimento da comunidade - tudo isso nós encontramosna Cooperárvore, uma cooperativa social criada em 2006, em Betim - MG, que cria e produz peças unindo costura,serigrafia e artesanato.

Utilizando como matéria-prima materiais automotivos descartados e doados pela Fiat Automóveis e seus parceiros,como aparas de cintos de segurança e tecidos automotivos, a cooperativa produz diversos artigos, como sacolas, bolsas,mochilas, chaveiros, necessaires, etc. Em oito anos, 220 mil produtos foram comercializados e, desde 2011, reaproveitados17 toneladas de materiais que seriam considerados lixo.

A Cooperárvore é um dos «galhos» do programa Árvore da Vida, no bairro Jardim Teresópolis (programa esse que buscao desenvolvimento da comunidade localizada em frente à fábrica da Fiat em Betim e que desenvolve diversas atividades) e conta com cerca de 18 cooperados que aprendem uma nova profissão, conquistam uma renda mensal e fazem a diferençano ambiente em que vivem, já que o desenvolvimento social e econômico são peças fundamentais na cooperativa. Alémdisso, como tudo é produzido por pessoas da comunidade onde o projeto está instalado, gera o desenvolvimento do localcomo um todo.

São lançadas em média cinco coleções anuais - uma principal e outras para datas comemorativas, como dia das mães,dos pais, dos namorados e das crianças. A coleção de 2015 foi inspirada nos quatro elemento da Natureza: terra, água,fogo e ar, pois na Grécia Antiga eram considerados a origem de todas as coisas e essenciais para a sobrevivência do serhumano. Essa coleção foi lançada na 25º Feira Nacional de Artesanato, na Expominas, em dezembro de 2014;

Para mais informações sobre o projeto é só acessar o site: www.cooperarvore.com.br

COOPERÁRVORE

Berinjela, cebola, tomate, pimentão, alface... logo nos vem à mente uma horta comum, se não fosse pelo fato de todosesses vegetais serem plantados no meio de São Paulo, no teto de um shopping, em meio à paisagem de concreto, como umailha verde entre prédios.

Desde 2012 o Shopping Eldorado, na zona oeste de São Paulo, investe em um projeto de compostagem para dar um destinocorreto aos quase 400 quilos de restos de comida encontrados em sua praça de alimentação diariamente. O lixo orgânico,que antes era todo destinado ao aterro sanitário agora tem parte direcionada para uma horta construída no telhado doshopping.

As sobras de alimentos das quase 10 mil refeições, servidas todos os dias, recebem enzimas específicas para acelerar adecomposição adequada do lixo. Como resultado: um composto que fica parecido com terra, rico em húmus e nutrientesminerais, pronto para ser usado nas plantações.

Numa área de 1000m² são cultivados berinjela, jiló, cebola, pimentões, alface, gengibre, tomate, manjericão, morango,pepino e abrobrinha, que são consumidos pelos próprios funcionários do shopping. Além da grande variedade de legumes,a horta conta também com uma farmácia viva, onde são plantadas hortelã, erva-doce, carquejo, malva, sálvia, alecrim, bálsamo e poejo.

De acordo com os administradores, o objetivo é fazer com que a horta urbana tome conta de toda a área superior e deixea temperatura interna do shopping mais amena, reduzindo os desperdícios com ar condicionado.

A ideia é simples, muito inteligente e de alto impacto para reduzir os resíduos e produzir alimentos de forma sustentávele livre de agrotóxicos, beneficiando a todos, mesmo que indiretamente.

Mais informações no site do shopping: www. shoppingeldorado.com.br

PROJETO TELHADO VERDECOMPOSTAGEM E HORTA NO TELHADO DO SHOPPING ELDORADO

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SOBREVivemos em um tempo estranho. Ligamos a TV e só vemos notícias ruins.Abrimos o jornal e só há desgraças para ler. Na Internet, um monte deassuntos que só tiram a nossa esperança. Desacreditamos no outro,achamos que o mundo não tem mais jeito.

Mas, por mais que tudo pareça uma bagunça sem fim, há muitas coisasboas acontecendo por aí e uma infinidade de razões para a gente continuaracreditando e fazendo a nossa parte por um mundo melhor.

Pensando em iluminar as pessoas, nasceu essa fanzine. De forma simples,queremos falar sobre moda, design e sustentabilidade, mostrar inovações eboas ideias que as pessoas estão realizando, restaurar a fé no outro, fazerrefletir e propor uma nova forma de enxergar o mundo, onde possamos viver em harmonia com a natureza e com a nossa sociedade. Vamos mostrar que a moda, o design e a sustentabilidade, quando de estão de mãos dadas, nos levam para um universo de possibilidades.

Essa é uma fanzine de notícias boas, para ser lida e compartilhada. Contémaltas doses de ideias e reflexões, muito carinho e cuidado envolvido, e descortina um mundo de possibilidades responsáveis.

Que as próximas páginas iluminem seu dia.Com carinho

Débora + Lusco Fusco

Certo dia, andando pelo Mercado Central da cidade de Teresina, no Piauí, a designer Luly Vianna encontrou faixas pretas no chão e, ao perguntar o que eram, descobriu que se tratavam de câmaras de pneu de caminhão. Ao retornar para São Paulo, procurou o material e viu nele novas possibilidades de criação. Então, depois de muita pesquisa, nasceu a Saissu Design.

Nomeada Saissu, que no original tupi guarani significa amor, a marca cria uma linha incrível de malas, mochilas, pulseiras,cintos e necessaires fabricadas com no mínimo 60% de material reciclado, podendo chegar até 98%, dependendo doproduto. Reciclando borrachas de câmaras de pneu, algodão e garrafas pet, as criações tem uma pegada bem contemporânea,sofisticada e, é claro, responsável. São peças criadas para pessoas que levam em conta as questões ambientais em suas escolhas cotidianas.

A criação começa com os desenhos da Luly e processo produtivo se inicia em parceria com mulheres das comunidades locais, que lavam e hidratam as câmaras de pneu, utilizando um produto à base d´água chamado Finish Repair. Após a hidratação, as câmaras são levadas para oficinas e ONGs parceiras, que fazem a construção do produto. O corte e costura da borracha sãofeitos manualmente - peça por peça - e passam por uma inspeção antes de chegar à loja.

Além da produção ser artesanal, as peças são resistentes e impermeáveis, com acabamentos de alto padrão, provando quepode-se reciclar materiais e transformá-los em produtos de alta durabilidade, unindo design e bom gosto. É a reinvençãodo que seria descartado, lixo repensado de forma totalmente nova e uma forma de reciclar o nosso amanhã.

SAISSU DESIGNTransformação de pneus em acessórios de luxo

Para saber mais sobre a Saissu: www.saissu.com

Showroom: Rua Arthur Frazão, 37, Jardins - São Paulo

Você já parou para pensar na quantidade de embalagens que nós descartamos semanalmente? Nâo? Mas lá em 2005 uma artista chamada Carol começou a questionar o que fazer com seus resíduos domésticos - garrafas, latas, embalagens deshampoos e cremes... O que poderia ser criado de bacana com esses materiais que a maioria das pessoas vê como lixo?

Desse questionamento nasceu a Ecojóias Carol Barreto. Inicialmente as criações foram feitas de garrafa pet dourada de uma edição limitada, depois com latinhas e assim, em 10 anos, foram surgindo criações leves e coloridas, feitas artesanalmenteuma a uma, com 30 a 98% de materiais que seriam descartados, como garrafas pet, latas de alumínio, embalagens plásticasde cosméticos e produtos de limpeza e câmaras de pneu, sempre mesclados com materiais duradouros, como a prata e o aço, para que as peças durem mais, evitando o descarte precoce.

A marca carioca não só cria jóias incríveis, mas também busca a conscientização das pessoas, supreendendo-as com peçasbacanas feitas com o que era visto como lixo, em misturas e combinações inusitadas. Grande parte da matéria-prima vem das próprias clientes, que doam seus resíduos domésticos após entenderem a importância de dar um destino correto à esse material.

Mas como funciona a confecção?O material recebido é limpo com água da chuva reaproveitada ( ), separado por tipo, cor e espessura. Num segundo momentosão feitos desenhos específicos para cada material. As peças são montadas manualmente e as embalagens criadas com papelde revista ou garrafa pet. Além disso, as sobras geradas na produção são separadas e enviadas para reciclagem.

São desenvolvidas duas coleções por ano, mas as peças não saem de linha, assim os clientes podem comprar os modelosno tempo que desejarem. Porém, há algumas edições limitadas, geralmente feitas com algum material promocional ou decor especial.

Para saber mais sobre a Ecojóias Carol Barreto é só acesssar o site: www.carolbarreto.com.br

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Mas, por mais que tudo pareça uma bagunça sem fim, há muitas coisasboas acontecendo por aí e uma infinidade de razões para a gente continuaracreditando e fazendo a nossa parte por um mundo melhor.

Pensando em iluminar as pessoas, nasceu essa fanzine. De forma simples,queremos falar sobre moda, design e sustentabilidade, mostrar inovações eboas ideias que as pessoas estão realizando, restaurar a fé no outro, fazerrefletir e propor uma nova forma de enxergar o mundo, onde possamos viver em harmonia com a natureza e com a nossa sociedade. Vamos mostrar que a moda, o design e a sustentabilidade, quando estão de mãos dadas, nos levam para um universo de possibilidades.

Essa é uma fanzine de notícias boas, para ser lida e compartilhada. Contémaltas doses de ideias e reflexões, muito carinho e cuidado envolvido, e descortina um mundo de possibilidades responsáveis.

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Débora + Lusco Fusco

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Por Débora Schmidt Nardello

Numa área de 1000m² são cultivados berinjela, jiló, cebola, pimentões, alface, gengibre, tomate, manjericão, morango, pepino e abobrinha, que são consumidos pelos próprios funcionários do shopping. Além da grande variedade de legumes, a horta conta também com uma farmácia viva, onde são plantadas hortelã, erva-doce, carquejo, malva, sálvia, alecrim, bálsamo e poejo.

De acordo com os administradores, o objetivo é fazer com que a horta urbana tome conta de toda a área superior e deixe a temperatura interna do shopping mais amena, reduzindo os desperdícios com ar condicionado.

A ideia é simples, muito inteligente e de alto impacto para reduzir os resíduos e produzir alimentos de forma sustentável e livre de agrotóxicos, beneficiando a todos, mesmo que indiretamente.

Mais informações no site do shopping: www. shoppingeldorado.com.br

Berinjela, cebola, tomate, pimentão, alface... logo nos vem à mente uma horta comum, se não fosse pelo fato de todos esses vegetais serem plantados no meio de São Paulo, no teto de um shopping, em meio à paisagem de concreto, como uma ilha verde entre prédios.

Desde 2012 o Shopping Eldorado, na Zona Oeste de São Paulo, investe em um projeto de compostagem para dar um destino correto aos quase 400 quilos de restos de comida encontrados em sua praça de alimentação diariamente. O lixo orgânico, que antes era todo destinado ao aterro sanitário agora tem parte direcionada para uma horta construída no telhado do shopping.

As sobras de alimentos das quase 10 mil refeições, servidas todos os dias, recebem enzimas específicas para acelerar a decomposição adequada do lixo. Como resultado: um composto que fica parecido com terra, rico em húmus e nutrientes minerais, pronto para ser usado nas plantações.

PROJETO TELHADO VERDECOMPOSTAGEM E HORTA NO TELHADO DO SHOPPING ELDORADO

Você certamente já ouviu falar da expressão fast-fashion (ou moda rápida) inventada pelos grandes varejistas. O intuito é vender mais e aumentar os lucros oferecendo muitas novidades ao consumidor e estimulando o desejo e as compras constantes.

Mas, no fundo, por que o fast-fashion é um vilão para nossa sociedade e nosso planeta?

Ao optar por trabalhar com fast-fashion, o varejista buscar gastar o mínimo possível com materiais e mão-de-obra, colocar altas taxas de lucro e vender peças à preços mais baixos, para que o consumidor compre sempre em um ciclo constante de consumo. Para se ter uma ideia, em grandes varejistas como a Zara, H&M e Forever 21, o lucro é de 50 a 75% em cada peça.

E quem perde com isso?Todos nós: as matérias-prima - tecidos e aviamentos - são de baixa qualidade e em altíssima quantidade, refletindo em mais extração de recursos naturais com a frequência que a Natureza não consegue acompanhar. Além disso, as peças são confeccionadas em países com péssimas condições de trabalho, como Índia, Bangladesh e China, onde funcionários chegam a receber menos de R$ 0,50 por roupa costurada (ou seja, menos de 1% do valor que o varejista paga pela peça)

Achamos que é nosso direito comprar roupas super baratas e continuamos acreditando que está tudo bem. Mas não está.

Que tal fazermos uma reflexão e nos responsabilizarmos pela forma como consumimos? Não se trata de deixar de comprar, mas sim comprar com mais consciência: optar por roupas feitas de forma mais sustentável, com materiais de menor impacto para o planeta, produzidas localmente, naquela loja na cidade ou na feira de criadores independentes, sempre observando a forma como as peças são confeccionadas e se informando sobre a produção das roupas que você compra. Somos parte de um movimento maior e juntos podemos fazer a diferença.

O fast-fashion está aí, mas é nossa opção fazer parte disso. Queremos mesmo apoiar um estilo de produção que não nos representa?

Sustentabilidade, inclusão social, design, oportunidades e fortalecimento da comunidade - tudo isso nós encontramos na Cooperárvore, uma cooperativa social criada em 2006, em Betim - MG, que cria e produz peças unindo costura, serigrafia e artesanato.

Utilizando como matéria-prima materiais automotivos descartados e doados pela Fiat Automóveis e seusparceiros, como aparas de cintos de segurança e tecidos automotivos, a cooperativa produz diversos artigos, como sacolas, bolsas, mochilas, chaveiros, necessaires, etc. Em oito anos, 220 mil produtos foram comercializados e, desde 2011, reaproveitados 17 toneladas de materiais que seriam considerados lixo.

A Cooperárvore é um dos «galhos» do programa Árvore da Vida, no bairro Jardim Teresópolis (programa esse que busca o desenvolvimento da comunidade localizada em frente à fábrica da Fiat em Betim e que desenvolve diversas atividades) e conta com cerca de 18 cooperados que aprendem uma nova profissão, conquistam uma renda mensal e fazem a diferença no ambiente em que vivem, já que o desenvolvimento social e econômico são peças fundamentais na cooperativa. Além disso, como tudo é produzido por pessoas da comunidade onde o projeto está instalado, gera o desenvolvimento do local como um todo.

São lançadas em média cinco coleções anuais - uma principal e outras para datas comemorativas, como dia das mães, dos pais, dos namorados e das crianças. A coleção de 2015 foi inspirada nos quatro elemento da Natureza: terra, água, fogo e ar, pois na Grécia Antiga eram considerados a origem de todas as coisas e essenciais para a sobrevivência do ser humano. Essa coleção foi lançada na 25º Feira Nacional de Artesanato, na Expominas, em dezembro de 2014;

Para mais informações sobre o projeto é só acessar o site: www.cooperarvore.com.br

COOPERÁRVORE

Para saber mais sobre a Saissu: www.saissu.com

Showroom: Rua Arthur Frazão, 37, Jardins - São Paulo

Certo dia, andando pelo Mercado Central da cidade de Teresina, no Piauí, a designer Luly Vianna encontrou faixas pretas no chão e, ao perguntar o que eram, descobriu que se tratavam de câmaras de pneu decaminhão. Ao retornar para São Paulo, procurou o material e viu nele novas possibilidades de criação.Então, depois de muita pesquisa, nasceu a Saissu Design.

Nomeada Saissu, que no original tupi guarani significa amor, a marca cria uma linha incrível de malas, mochilas, pulseiras, cintos e necessaires fabricadas com no mínimo 60% de material reciclado, podendo chegar até 98%, dependendo do produto. Reciclando borrachas de câmaras de pneu, algodão e garrafas pet, as criações tem uma pegada bem contemporânea, sofisticada e, é claro, responsável. São peças criadas para pessoas que levam em conta as questões ambientais em suas escolhas cotidianas.

A criação começa com os desenhos da Luly e processo produtivo se inicia em parceria com mulheres das comunidades locais, que lavam e hidratam as câmaras de pneu, utilizando um produto à base d´água chamado Finish Repair. Após a hidratação, as câmaras são levadas para oficinas e ONGs parceiras, que fazem a construção do produto. O corte e costura da borracha são feitos manualmente - peça por peça - e passam por uma inspeção antes de chegar à loja.

Além da produção ser artesanal, as peças são resistentes e impermeáveis, com acabamentos de alto padrão, provando que pode-se reciclar materiais e transformá-los em produtos de alta durabilidade, unindo design e bom gosto. É a reinvenção do que seria descartado, lixo repensado de forma totalmente nova e uma forma de reciclar o nosso amanhã.

SAISSU DESIGNTransformação de pneus em acessórios de luxo

POR QUE COMPRAR LOCALMENTE?

Você mantém seu dinheiro na economia local;

Valoriza a singularidade da sua comunidade;

Contribui para a criação de empregos locais;

Você ajuda na preservação do meio ambiente;

Encoraja o espírito de comunidade;

Você se beneficia e apoia o conhecimento local;

Investe no empreendedorismo e nos sonhos das pessoas.

Você já parou para pensar na quantidade de embalagens que nós descartamos semanalmente? Nâo? Mas lá em 2005 uma artista chamada Carol começou a questionar o que fazer com seus resíduos domésticos - garrafas, latas, embalagens de shampoos e cremes... O que poderia ser criado de bacana com esses materiais que a maioria das pessoas vê como lixo?

Desse questionamento nasceu a Ecojóias Carol Barreto. Inicialmente as criações foram feitas de garrafa pet dourada de uma edição limitada, depois com latinhas e assim, em 10 anos, foram surgindo criações leves e coloridas, feitas artesanalmente, uma a uma, com 30 a 98% de materiais que seriam descartados,como garrafas pet, latas de alumínio, embalagens plásticas de cosméticos e produtos de limpeza e câmaras de pneu, sempre mesclados com materiais duradouros, como a prata e o aço, para que as peças durem mais,evitando o descarte precoce.

A marca carioca não só cria jóias incríveis, mas também busca a conscientização das pessoas, surpreendendo-as com peças bacanas feitas com o que era visto como lixo, em misturas e combinações inusitadas. Grande parte da matéria-prima vem das próprias clientes, que doam seus resíduos domésticos após entenderem a importância de dar um destino correto à esse material.

Mas como funciona a confecção?O material recebido é limpo com água da chuva reaproveitada ( ), separado por tipo, cor e espessura. Num segundo momento são feitos desenhos específicos para cada material. As peças são montadas manualmente e as embalagens criadas com papel de revista ou garrafa pet. Além disso, as sobras geradas na produção são separadas e enviadas para reciclagem.

São desenvolvidas duas coleções por ano, mas as peças não saem de linha, assim os clientes podem comprar os modelos quando desejarem. Há, porém, algumas edições limitadas, geralmente feitas com algum material promocional ou de cor especial.

Para saber mais sobre a Ecojóias Carol Barreto é só acesssar o site: www.carolbarreto.com.br

No dia 24 de abril de 2013, 1133 pessoas morreram e muitos mais ficaram feridos no desabamento do ´complexo de fábricas Rana Plaza, em Dhaka, Bangladesh. Infelizmente, catástrofes sociais e ambientais acontecem com frequência no universo da moda, em diversos locais do mundo, quase sempre longe dos nossos olhos.

Moda é sobre conexões - com agricultores, designers, costureiros, produtores, consumidores, tecidos, aviamentos, técnicas e tecnologia - e nós perdemos a conexão com o que vestimos: não sabemos a origem ou o destino do que é criado e produzido, nem as condições e materiais que as roupas são feitas. Precisamos nos reconectar com a moda e mostrar que é possível as empresas serem mais justas, sustentáveis e responsáveis, principalmente porque a moda nos acompanha a vida toda, desde o momento em que nascemos e é uma forte expressão cultural do nosso tempo.

Assim, surgiu o movimento Fashion Revolution Day, para dar um basta à situações degradantes e sujas das quais a moda faz parte. Queremos mais transparência, saber quem fez nossas roupas, em quais condições foram produzidas e quais impactos e soluções estão por trás de cada peça.

Esse é um movimento internacional formado por pessoas que se preocupam com o que vestem, que acreditam e buscam uma indústria que seja do bem, que valorize as pessoas, busque preservar os recursos naturais e seja transparente e responsável.

Você também pode participar e ajudar a conscientizar sobre a produção das suas roupas: pergunte para as marcas« quem faz minhas roupas? ». No dia 24.04.2015 vista uma peça do lado avesso, fotografe e compartilhe com as hashtags #insideout #fashionrevolution e #fashionrevolutionbrasil. Acesse o site do movimento, compartilhe ideias e mostre a sua voz!

Outra moda é possível, se cada um de nós fizer a sua parte!

« Nós carregamos a história das pessoas que fazem nossas roupas» (Ali Hewson)

Mais informações: www.fashionrevolution.org

Quemfazminhasroupas

MOVIMENTO FASHION REVOLUTIONQuem faz minhas roupas?

« Não existe beleza na mais fina roupa segera morte e tristeza »

Próxima edição desta fanzine: Maio/2015

Contato: [email protected]

Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br( Gandhi)

ECOJÓIAS CAROL BARRETO

Coloque seu $ onde seu está

Compre localmente!

semente

moda I design I sustentabilidade

edição um I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

« Não existe beleza na mais fina roupa segera morte e tristeza »

Próxima edição desta fanzine: Maio/2015

Contato: [email protected]

Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br

( Gandhi)

Vivemos em um tempo estranho. Ligamos a TV e só vemos notícias ruins. Abrimos o jornal e só há desgraças para ler. Na Internet, um monte deassuntos que só tiram a nossa esperança. Desacreditamos no outro, achamos que o mundo não tem mais jeito.

Mas, por mais que tudo pareça uma bagunça sem fim, há muitas coisas boas acontecendo por aí e uma infinidade de razões para a gente continuaracreditando e fazendo a nossa parte por um mundo melhor.

Pensando em iluminar as pessoas, nasceu essa fanzine. De forma simples, queremos falar sobre moda, design e sustentabilidade, mostrar inovações e boas ideias que as pessoas estão realizando, restaurar a fé no outro, fazer refletir e propor uma nova forma de enxergar o mundo, onde possamos viver em harmonia com a natureza e com a nossa sociedade. Vamos mostrar que a moda, o design e a sustentabilidade, quando estão de mãos dadas, nos levam para um universo de possibilidades.

Essa é uma fanzine de notícias boas, para ser lida e compartilhada. Contém altas doses de ideias e reflexões, muito carinho e cuidado envolvido, e descortina um mundo de possibilidades responsáveis.

Que as próximas páginas iluminem seu dia. Com carinho

Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Por que roupas muito baratas não são um bom negócio?

Por Débora Schmidt Nardello

Você certamente já ouviu falar da expressão fast-fashion (ou moda rápida) inventada pelos grandes varejistas. O intuito é vender mais e aumentar os lucros oferecendo muitas novidades ao consumidor e estimulando o desejo e as compras constantes.

Mas, no fundo, por que o fast-fashion é um vilão para nossa sociedade e nosso planeta?

Ao optar por trabalhar com fast-fashion, o varejista buscar gastar o mínimo possível com materiais e mão-de-obra, colocar altas taxas de lucro e vender peças à preços mais baixos, para que o consumidor compre sempre em um ciclo constante de consumo. Para se ter uma ideia, em grandes varejistas como a Zara, H&M e Forever 21, o lucro é de 50 a 75% em cada peça.

E quem perde com isso?Todos nós: as matérias-prima - tecidos e aviamentos - são de baixa qualidade e em altíssima quantidade, refletindo em mais extração de recursos naturais com a frequência que a Natureza não consegue acompanhar. Além disso, as peças são confeccionadas em países com péssimas condições de trabalho, como Índia, Bangladesh e China, onde funcionários chegam a receber menos de R$ 0,50 por roupa costurada (ou seja, menos de 1% do valor que o varejista paga pela peça)

Achamos que é nosso direito comprar roupas super baratas e continuamos acreditando que está tudo bem. Mas não está.

Que tal fazermos uma reflexão e nos responsabilizarmos pela forma como consumimos? Não se trata de deixar de comprar, mas sim comprar com mais consciência: optar por roupas feitas de forma mais sustentável, com materiais de menor impacto para o planeta, produzidas localmente, naquela loja na cidade ou na feira de criadores independentes, sempre observando a forma como as peças são confeccionadas e se informando sobre a produção das roupas que você compra. Somos parte de um movimento maior e juntos podemos fazer a diferença.

O fast-fashion está aí, mas é nossa opção fazer parte disso. Queremos mesmo apoiar um estilo de produção que não nos representa?

Sustentabilidade, inclusão social, design, oportunidades e fortalecimento da comunidade - tudo isso nós encontramos na Cooperárvore, uma cooperativa social criada em 2006, em Betim - MG, que cria e produz peças unindo costura, serigrafia e artesanato.

Utilizando como matéria-prima materiais automotivos descartados e doados pela Fiat Automóveis e seusparceiros, como aparas de cintos de segurança e tecidos automotivos, a cooperativa produz diversos artigos, como sacolas, bolsas, mochilas, chaveiros, necessaires, etc. Em oito anos, 220 mil produtos foram comercializados e, desde 2011, reaproveitados 17 toneladas de materiais que seriam considerados lixo.

A Cooperárvore é um dos «galhos» do programa Árvore da Vida, no bairro Jardim Teresópolis (programa esse que busca o desenvolvimento da comunidade localizada em frente à fábrica da Fiat em Betim e que desenvolve diversas atividades) e conta com cerca de 18 cooperados que aprendem uma nova profissão, conquistam uma renda mensal e fazem a diferença no ambiente em que vivem, já que o desenvolvimento social e econômico são peças fundamentais na cooperativa. Além disso, como tudo é produzido por pessoas da comunidade onde o projeto está instalado, gera o desenvolvimento do local como um todo.

São lançadas em média cinco coleções anuais - uma principal e outras para datas comemorativas, como dia das mães, dos pais, dos namorados e das crianças. A coleção de 2015 foi inspirada nos quatro elemento da Natureza: terra, água, fogo e ar, pois na Grécia Antiga eram considerados a origem de todas as coisas e essenciais para a sobrevivência do ser humano. Essa coleção foi lançada na 25º Feira Nacional de Artesanato, na Expominas, em dezembro de 2014;

Para mais informações sobre o projeto é só acessar o site: www.cooperarvore.com.br

COOPERÁRVORE

POR QUE COMPRAR LOCALMENTE?

Você mantém seu dinheiro na economia local;

Valoriza a singularidade da sua comunidade;

Contribui para a criação de empregos locais;

Você ajuda na preservação do meio ambiente;

Encoraja o espírito de comunidade;

Você se beneficia e apoia o conhecimento local;

Investe no empreendedorismo e nos sonhos das pessoas.

Coloque seu $ onde seu está

Compre localmente!

No dia 24 de abril de 2013, 1133 pessoas morreram e muitos mais ficaram feridos no desabamento do ´complexo de fábricas Rana Plaza, em Dhaka, Bangladesh. Infelizmente, catástrofes sociais e ambientais acontecem com frequência no universo da moda, em diversos locais do mundo, quase sempre longe dos nossos olhos.

Moda é sobre conexões - com agricultores, designers, costureiros, produtores, consumidores, tecidos, aviamentos, técnicas e tecnologia - e nós perdemos a conexão com o que vestimos: não sabemos a origem ou o destino do que é criado e produzido, nem as condições e materiais que as roupas são feitas. Precisamos nos reconectar com a moda e mostrar que é possível as empresas serem mais justas, sustentáveis e responsáveis, principalmente porque a moda nos acompanha a vida toda, desde o momento em que nascemos e é uma forte expressão cultural do nosso tempo.

Assim, surgiu o movimento Fashion Revolution Day, para dar um basta à situações degradantes e sujas das quais a moda faz parte. Queremos mais transparência, saber quem fez nossas roupas, em quais condições foram produzidas e quais impactos e soluções estão por trás de cada peça.

Esse é um movimento internacional formado por pessoas que se preocupam com o que vestem, que acreditam e buscam uma indústria que seja do bem, que valorize as pessoas, busque preservar os recursos naturais e seja transparente e responsável.

Você também pode participar e ajudar a conscientizar sobre a produção das suas roupas: pergunte para as marcas« quem faz minhas roupas? ». No dia 24.04.2015 vista uma peça do lado avesso, fotografe e compartilhe com as hashtags #insideout #fashionrevolution e #fashionrevolutionbrasil. Acesse o site do movimento, compartilhe ideias e mostre a sua voz!

Outra moda é possível, se cada um de nós fizer a sua parte!

« Nós carregamos a história das pessoas que fazem nossas roupas» (Ali Hewson)

Mais informações: www.fashionrevolution.org

Quemfazminhasroupas

MOVIMENTO FASHION REVOLUTIONQuem faz minhas roupas?

ECOJÓIAS CAROL BARRETO

Você já parou para pensar na quantidade de embalagens que nós descartamos semanalmente? Nâo? Mas lá em 2005 uma artista chamada Carol começou a questionar o que fazer com seus resíduos domésticos - garrafas, latas, embalagens de shampoos e cremes... O que poderia ser criado de bacana com esses materiais que a maioria das pessoas vê como lixo?

Desse questionamento nasceu a Ecojóias Carol Barreto. Inicialmente as criações foram feitas de garrafa pet dourada de uma edição limitada, depois com latinhas e assim, em 10 anos, foram surgindo criações leves e coloridas, feitas artesanalmente, uma a uma, com 30 a 98% de materiais que seriam descartados,como garrafas pet, latas de alumínio, embalagens plásticas de cosméticos e produtos de limpeza e câmaras de pneu, sempre mesclados com materiais duradouros, como a prata e o aço, para que as peças durem mais,evitando o descarte precoce.

A marca carioca não só cria jóias incríveis, mas também busca a conscientização das pessoas, surpreendendo-as com peças bacanas feitas com o que era visto como lixo, em misturas e combinações inusitadas. Grande parte da matéria-prima vem das próprias clientes, que doam seus resíduos domésticos após entenderem a importância de dar um destino correto à esse material.

Mas como funciona a confecção?O material recebido é limpo com água da chuva reaproveitada ( ), separado por tipo, cor e espessura. Num segundo momento são feitos desenhos específicos para cada material. As peças são montadas manualmente e as embalagens criadas com papel de revista ou garrafa pet. Além disso, as sobras geradas na produção são separadas e enviadas para reciclagem.

São desenvolvidas duas coleções por ano, mas as peças não saem de linha, assim os clientes podem comprar os modelos quando desejarem. Há, porém, algumas edições limitadas, geralmente feitas com algum material promocional ou de cor especial.

Para saber mais sobre a Ecojóias Carol Barreto é só acesssar o site: www.carolbarreto.com.br

Certo dia, andando pelo Mercado Central da cidade de Teresina, no Piauí, a designer Luly Vianna encontrou faixas pretas no chão e, ao perguntar o que eram, descobriu que se tratavam de câmaras de pneu decaminhão. Ao retornar para São Paulo, procurou o material e viu nele novas possibilidades de criação.Então, depois de muita pesquisa, nasceu a Saissu Design.

Nomeada Saissu, que no original tupi guarani significa amor, a marca cria uma linha incrível de malas, mochilas, pulseiras, cintos e necessaires fabricadas com no mínimo 60% de material reciclado, podendo chegar até 98%, dependendo do produto. Reciclando borrachas de câmaras de pneu, algodão e garrafas pet, as criações tem uma pegada bem contemporânea, sofisticada e, é claro, responsável. São peças criadas para pessoas que levam em conta as questões ambientais em suas escolhas cotidianas.

A criação começa com os desenhos da Luly e processo produtivo se inicia em parceria com mulheres das comunidades locais, que lavam e hidratam as câmaras de pneu, utilizando um produto à base d´água chamado Finish Repair. Após a hidratação, as câmaras são levadas para oficinas e ONGs parceiras, que fazem a construção do produto. O corte e costura da borracha são feitos manualmente - peça por peça - e passam por uma inspeção antes de chegar à loja.

Além da produção ser artesanal, as peças são resistentes e impermeáveis, com acabamentos de alto padrão, provando que pode-se reciclar materiais e transformá-los em produtos de alta durabilidade, unindo design e bom gosto. É a reinvenção do que seria descartado, lixo repensado de forma totalmente nova e uma forma de reciclar o nosso amanhã.

SAISSU DESIGNTransformação de pneus em acessórios de luxo

Para saber mais sobre a Saissu: www.saissu.com

Showroom: Rua Arthur Frazão, 37, Jardins - São Paulo

Berinjela, cebola, tomate, pimentão, alface... logo nos vem à mente uma horta comum, se não fosse pelo fato de todos esses vegetais serem plantados no meio de São Paulo, no teto de um shopping, em meio à paisagem de concreto, como uma ilha verde entre prédios.

Desde 2012 o Shopping Eldorado, na Zona Oeste de São Paulo, investe em um projeto de compostagem para dar um destino correto aos quase 400 quilos de restos de comida encontrados em sua praça de alimentação diariamente. O lixo orgânico, que antes era todo destinado ao aterro sanitário agora tem parte direcionada para uma horta construída no telhado do shopping.

As sobras de alimentos das quase 10 mil refeições, servidas todos os dias, recebem enzimas específicas para acelerar a decomposição adequada do lixo. Como resultado: um composto que fica parecido com terra, rico em húmus e nutrientes minerais, pronto para ser usado nas plantações.

PROJETO TELHADO VERDECOMPOSTAGEM E HORTA NO TELHADO DO SHOPPING ELDORADO Numa área de 1000m² são cultivados berinjela, jiló, cebola, pimentões, alface, gengibre, tomate,

manjericão, morango, pepino e abobrinha, que são consumidos pelos próprios funcionários do shopping. Além da grande variedade de legumes, a horta conta também com uma farmácia viva, onde são plantadas hortelã, erva-doce, carquejo, malva, sálvia, alecrim, bálsamo e poejo.

De acordo com os administradores, o objetivo é fazer com que a horta urbana tome conta de toda a área superior e deixe a temperatura interna do shopping mais amena, reduzindo os desperdícios com ar condicionado.

A ideia é simples, muito inteligente e de alto impacto para reduzir os resíduos e produzir alimentos de forma sustentável e livre de agrotóxicos, beneficiando a todos, mesmo que indiretamente.

Mais informações no site do shopping: www. shoppingeldorado.com.br

COMPRANDO ETICAMENTEEu quero comprar algo:

Eu realmente preciso e vou usar?

Sim Não

Pode ser usado?

Posso comprar com desenvolvimento sustentável?

Sim Não

Sim Não

Compre para durar

reciclado orgânicotrabalho de cooperativa Comércio justo artesanal upcyclingproduzido localmente

POR QUE COMPRAR LOCALMENTE?

Coloque seu $ onde seu está

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Você mantém seu dinheiro na economia local

Valoriza a singularidade da sua comunidade

Contribui para a criação de empregos locais

Você ajuda na preservação do meio ambiente

Encoraja o espírito de comunidade

Você se beneficia e apoia o conhecimento local

Investe no empreendedorismo e nos sonhos das pessoas

No dia 24 de abril de 2013, 1133 pessoas morreram e muitos mais ficaram feridos no desabamento do complexo de fábricasRana Plaza, em Dhaka, Bangladesh. Infelizmente, catástrofes sociais e ambientais acontecem com frequência no universoda moda, em diversos locais do mundo, quase sempre longe dos nossos olhos.

Moda é sobre conexões - com agricultores, designers, costureiros, produtores, consumidores, tecidos, aviamentos,técnicas e tecnologia - e nós perdemos a conexão com o que vestimos: não sabemos a origem ou o destino do que é criadoe produzido, nem as condições e materiais que as roupas são feitas. Precisamos nos reconectar com a moda e mostrarque é possível as empresas serem mais justas, sustentáveis e responsáveis, principalmente porque a moda nos acompanha a vida toda, desde o momento em que nascemos e é uma forte expressão cultural do nosso tempo.

Assim, surgiu o movimento Fashion Revolution Day, para dar um basta à situações degradantes e sujas das quais a modafaz parte. Queremos mais transparência, saber quem fez nossas roupas, em quais condições foram produzidas e quaisimpactos e soluções estão por trás de cada peça.

Esse é um movimento internacional formado por pessoas que se preocupam com o que vestem, que acreditam e buscamuma indústria que seja do bem, que valorize as pessoas, busque preservar os recursos naturais, seja transparentee responsável.

Você também pode participar e ajudar a conscientizar sobre a produção das suas roupas: pergunte para as marcas« quem faz minhas roupas? ». No dia 24.04.2015 vista uma peça do lado avesso, fotografe e compartilhe com ashashtags #insideout #fashionrevolution e #fashionrevolutionbrasil. Acesse o site do movimento, compartilhe ideiase mostre a sua voz!

Outra moda é possível, se cada um de nós fizer a sua parte!

« Nós carregamos a história das pessoas que fazem nossas roupas» (Ali Hewson)

Mais informações: www.fashionrevolution.org

Quemfazminhasroupas

MOVIMENTO FASHION REVOLUTIONQuem faz minhas roupas?

Por que roupas muito baratas não são um bom negócio?

Você certamente já ouviu falar da expressão fast-fashion (ou moda rápida) inventada pelos grandes varejistas. O intutito é vender mais e aumentar os lucros oferecendo muitas novidades ao consumidor e estimulando o desejo e as comprasconstantes.

Mas, no fundo, por que o fast-fashion é um vilão para nossa sociedade e nosso planeta?

Ao optar por trabalhar com fast-fashion, o varejista buscar gastar o mínimo possível com materiais e mão-de-obra,colocar altas taxas de lucro e vender peças à preços mais baixos, para que o consumidor compre sempre em um cicloconstante de consumo. Para se ter uma ideia, em grandes varejistas como a Zara, H&M e Forever 21, o lucro é de 50 a 75%em cada peça.

E quem perde com isso?Todos nós: as matérias-prima - tecidos e aviamentos - são de baixa qualidade e em altíssima quantidade, refletindo emmais extração de recursos naturais com a frequência que a Natureza não consegue acompanhar. Além disso, as peças sãoconfeccionadas em países com péssimas condições de trabalho, como Índia, Bangladesh e China, onde funcionários chegama receber menos de R$ 0,50 por roupa costurada (ou seja, menos de 1% do valor que o varejista paga pela peça)

Achamos que é nosso direito comprar roupas super baratas e continuamos acreditando que está tudo bem. Mas não está.

Que tal fazermos uma reflexão e nos responsabilizarmos pela forma como consumimos? Não se trata de deixar de comprar,mas sim comprar com mais consciência: optar por roupas feitas de forma mais sustentável, com materiais de menor impacto para o planeta, produzidas localmente, naquela loja na cidade ou na feira de criadores independentes, sempreobservando a forma como as peças são confeccionadas e se informando sobre a produção das roupas que você compra. Somos parte de um movimento maior e juntos podemos fazer a diferença.

O fast-fashion está aí, mas é nossa opção fazer parte disso. Queremos mesmo apoiar um estilo de produção que não nosrepresenta?

Por Débora Schmidt Nardello

Sustentabilidade, inclusão social, design, oportunidades e fortalecimento da comunidade - tudo isso nós encontramosna Cooperárvore, uma cooperativa social criada em 2006, em Betim - MG, que cria e produz peças unindo costura,serigrafia e artesanato.

Utilizando como matéria-prima materiais automotivos descartados e doados pela Fiat Automóveis e seus parceiros,como aparas de cintos de segurança e tecidos automotivos, a cooperativa produz diversos artigos, como sacolas, bolsas,mochilas, chaveiros, necessaires, etc. Em oito anos, 220 mil produtos foram comercializados e, desde 2011, reaproveitados17 toneladas de materiais que seriam considerados lixo.

A Cooperárvore é um dos «galhos» do programa Árvore da Vida, no bairro Jardim Teresópolis (programa esse que buscao desenvolvimento da comunidade localizada em frente à fábrica da Fiat em Betim e que desenvolve diversas atividades) e conta com cerca de 18 cooperados que aprendem uma nova profissão, conquistam uma renda mensal e fazem a diferençano ambiente em que vivem, já que o desenvolvimento social e econômico são peças fundamentais na cooperativa. Alémdisso, como tudo é produzido por pessoas da comunidade onde o projeto está instalado, gera o desenvolvimento do localcomo um todo.

São lançadas em média cinco coleções anuais - uma principal e outras para datas comemorativas, como dia das mães,dos pais, dos namorados e das crianças. A coleção de 2015 foi inspirada nos quatro elemento da Natureza: terra, água,fogo e ar, pois na Grécia Antiga eram considerados a origem de todas as coisas e essenciais para a sobrevivência do serhumano. Essa coleção foi lançada na 25º Feira Nacional de Artesanato, na Expominas, em dezembro de 2014;

Para mais informações sobre o projeto é só acessar o site: www.cooperarvore.com.br

COOPERÁRVORE

Berinjela, cebola, tomate, pimentão, alface... logo nos vem à mente uma horta comum, se não fosse pelo fato de todosesses vegetais serem plantados no meio de São Paulo, no teto de um shopping, em meio à paisagem de concreto, como umailha verde entre prédios.

Desde 2012 o Shopping Eldorado, na zona oeste de São Paulo, investe em um projeto de compostagem para dar um destinocorreto aos quase 400 quilos de restos de comida encontrados em sua praça de alimentação diariamente. O lixo orgânico,que antes era todo destinado ao aterro sanitário agora tem parte direcionada para uma horta construída no telhado doshopping.

As sobras de alimentos das quase 10 mil refeições, servidas todos os dias, recebem enzimas específicas para acelerar adecomposição adequada do lixo. Como resultado: um composto que fica parecido com terra, rico em húmus e nutrientesminerais, pronto para ser usado nas plantações.

Numa área de 1000m² são cultivados berinjela, jiló, cebola, pimentões, alface, gengibre, tomate, manjericão, morango,pepino e abrobrinha, que são consumidos pelos próprios funcionários do shopping. Além da grande variedade de legumes,a horta conta também com uma farmácia viva, onde são plantadas hortelã, erva-doce, carquejo, malva, sálvia, alecrim, bálsamo e poejo.

De acordo com os administradores, o objetivo é fazer com que a horta urbana tome conta de toda a área superior e deixea temperatura interna do shopping mais amena, reduzindo os desperdícios com ar condicionado.

A ideia é simples, muito inteligente e de alto impacto para reduzir os resíduos e produzir alimentos de forma sustentávele livre de agrotóxicos, beneficiando a todos, mesmo que indiretamente.

Mais informações no site do shopping: www. shoppingeldorado.com.br

PROJETO TELHADO VERDECOMPOSTAGEM E HORTA NO TELHADO DO SHOPPING ELDORADO

« Não existe beleza na mais fina roupa segera morte e tristeza »

(Gandhi)

SOBREVivemos em um tempo estranho. Ligamos a TV e só vemos notícias ruins.Abrimos o jornal e só há desgraças para ler. Na Internet, um monte deassuntos que só tiram a nossa esperança. Desacreditamos no outro,achamos que o mundo não tem mais jeito.

Mas, por mais que tudo pareça uma bagunça sem fim, há muitas coisasboas acontecendo por aí e uma infinidade de razões para a gente continuaracreditando e fazendo a nossa parte por um mundo melhor.

Pensando em iluminar as pessoas, nasceu essa fanzine. De forma simples,queremos falar sobre moda, design e sustentabilidade, mostrar inovações eboas ideias que as pessoas estão realizando, restaurar a fé no outro, fazerrefletir e propor uma nova forma de enxergar o mundo, onde possamos viver em harmonia com a natureza e com a nossa sociedade. Vamos mostrar que a moda, o design e a sustentabilidade, quando de estão de mãos dadas, nos levam para um universo de possibilidades.

Essa é uma fanzine de notícias boas, para ser lida e compartilhada. Contémaltas doses de ideias e reflexões, muito carinho e cuidado envolvido, e descortina um mundo de possibilidades responsáveis.

Que as próximas páginas iluminem seu dia.Com carinho

Débora + Lusco Fusco

Certo dia, andando pelo Mercado Central da cidade de Teresina, no Piauí, a designer Luly Vianna encontrou faixas pretas no chão e, ao perguntar o que eram, descobriu que se tratavam de câmaras de pneu de caminhão. Ao retornar para São Paulo, procurou o material e viu nele novas possibilidades de criação. Então, depois de muita pesquisa, nasceu a Saissu Design.

Nomeada Saissu, que no original tupi guarani significa amor, a marca cria uma linha incrível de malas, mochilas, pulseiras,cintos e necessaires fabricadas com no mínimo 60% de material reciclado, podendo chegar até 98%, dependendo doproduto. Reciclando borrachas de câmaras de pneu, algodão e garrafas pet, as criações tem uma pegada bem contemporânea,sofisticada e, é claro, responsável. São peças criadas para pessoas que levam em conta as questões ambientais em suas escolhas cotidianas.

A criação começa com os desenhos da Luly e processo produtivo se inicia em parceria com mulheres das comunidades locais, que lavam e hidratam as câmaras de pneu, utilizando um produto à base d´água chamado Finish Repair. Após a hidratação, as câmaras são levadas para oficinas e ONGs parceiras, que fazem a construção do produto. O corte e costura da borracha sãofeitos manualmente - peça por peça - e passam por uma inspeção antes de chegar à loja.

Além da produção ser artesanal, as peças são resistentes e impermeáveis, com acabamentos de alto padrão, provando quepode-se reciclar materiais e transformá-los em produtos de alta durabilidade, unindo design e bom gosto. É a reinvençãodo que seria descartado, lixo repensado de forma totalmente nova e uma forma de reciclar o nosso amanhã.

SAISSU DESIGNTransformação de pneus em acessórios de luxo

Para saber mais sobre a Saissu: www.saissu.com

Showroom: Rua Arthur Frazão, 37, Jardins - São Paulo

Você já parou para pensar na quantidade de embalagens que nós descartamos semanalmente? Nâo? Mas lá em 2005 uma artista chamada Carol começou a questionar o que fazer com seus resíduos domésticos - garrafas, latas, embalagens deshampoos e cremes... O que poderia ser criado de bacana com esses materiais que a maioria das pessoas vê como lixo?

Desse questionamento nasceu a Ecojóias Carol Barreto. Inicialmente as criações foram feitas de garrafa pet dourada de uma edição limitada, depois com latinhas e assim, em 10 anos, foram surgindo criações leves e coloridas, feitas artesanalmenteuma a uma, com 30 a 98% de materiais que seriam descartados, como garrafas pet, latas de alumínio, embalagens plásticasde cosméticos e produtos de limpeza e câmaras de pneu, sempre mesclados com materiais duradouros, como a prata e o aço, para que as peças durem mais, evitando o descarte precoce.

A marca carioca não só cria jóias incríveis, mas também busca a conscientização das pessoas, supreendendo-as com peçasbacanas feitas com o que era visto como lixo, em misturas e combinações inusitadas. Grande parte da matéria-prima vem das próprias clientes, que doam seus resíduos domésticos após entenderem a importância de dar um destino correto à esse material.

Mas como funciona a confecção?O material recebido é limpo com água da chuva reaproveitada ( ), separado por tipo, cor e espessura. Num segundo momentosão feitos desenhos específicos para cada material. As peças são montadas manualmente e as embalagens criadas com papelde revista ou garrafa pet. Além disso, as sobras geradas na produção são separadas e enviadas para reciclagem.

São desenvolvidas duas coleções por ano, mas as peças não saem de linha, assim os clientes podem comprar os modelosno tempo que desejarem. Porém, há algumas edições limitadas, geralmente feitas com algum material promocional ou decor especial.

Para saber mais sobre a Ecojóias Carol Barreto é só acesssar o site: www.carolbarreto.com.br

ECOJÓIAS CAROL BARRETO

COMPRANDO ETICAMENTEEu quero comprar algo:

Eu realmente preciso e vou usar?

Sim Não

Pode ser usado?

Posso comprar com desenvolvimento sustentável?

Sim Não

Sim Não

Compre para durar

reciclado orgânicotrabalho de cooperativa Comércio justo artesanal upcyclingproduzido localmente

Próxima edição desta fanzine:

Contato: [email protected]

Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br

Maio/2015

semente

moda I design I sustentabilidade

edição um I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

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www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

FRENTE TRÁS

COMPRANDO ETICAMENTEEu quero comprar algo:

Eu realmente preciso e vou usar?

Sim Não

Pode ser usado?

Posso comprar com desenvolvimento sustentável?

Sim Não

Sim Não

Compre para durar

reciclado orgânicotrabalho de cooperativa Comércio justo artesanal upcyclingproduzido localmente

SOBRE Vivemos em um tempo estranho. Ligamos a TV e só vemos notícias ruins.Abrimos o jornal e só há desgraças para ler. Na Internet, um monte deassuntos que só tiram a nossa esperança. Desacreditamos no outro,achamos que o mundo não tem mais jeito.

Mas, por mais que tudo pareça uma bagunça sem fim, há muitas coisasboas acontecendo por aí e uma infinidade de razões para a gente continuaracreditando e fazendo a nossa parte por um mundo melhor.

Pensando em iluminar as pessoas, nasceu essa fanzine. De forma simples,queremos falar sobre moda, design e sustentabilidade, mostrar inovações eboas ideias que as pessoas estão realizando, restaurar a fé no outro, fazerrefletir e propor uma nova forma de enxergar o mundo, onde possamos viver em harmonia com a natureza e com a nossa sociedade. Vamos mostrar que a moda, o design e a sustentabilidade, quando estão de mãos dadas, nos levam para um universo de possibilidades.

Essa é uma fanzine de notícias boas, para ser lida e compartilhada. Contémaltas doses de ideias e reflexões, muito carinho e cuidado envolvido, e descortina um mundo de possibilidades responsáveis.

Que as próximas páginas iluminem seu dia. Com carinho

Débora + Lusco Fusco

Por que roupas muito baratas não são um bom negócio?

Por Débora Schmidt Nardello

Numa área de 1000m² são cultivados berinjela, jiló, cebola, pimentões, alface, gengibre, tomate, manjericão, morango, pepino e abobrinha, que são consumidos pelos próprios funcionários do shopping. Além da grande variedade de legumes, a horta conta também com uma farmácia viva, onde são plantadas hortelã, erva-doce, carquejo, malva, sálvia, alecrim, bálsamo e poejo.

De acordo com os administradores, o objetivo é fazer com que a horta urbana tome conta de toda a área superior e deixe a temperatura interna do shopping mais amena, reduzindo os desperdícios com ar condicionado.

A ideia é simples, muito inteligente e de alto impacto para reduzir os resíduos e produzir alimentos de forma sustentável e livre de agrotóxicos, beneficiando a todos, mesmo que indiretamente.

Mais informações no site do shopping: www. shoppingeldorado.com.br

Berinjela, cebola, tomate, pimentão, alface... logo nos vem à mente uma horta comum, se não fosse pelo fato de todos esses vegetais serem plantados no meio de São Paulo, no teto de um shopping, em meio à paisagem de concreto, como uma ilha verde entre prédios.

Desde 2012 o Shopping Eldorado, na Zona Oeste de São Paulo, investe em um projeto de compostagem para dar um destino correto aos quase 400 quilos de restos de comida encontrados em sua praça de alimentação diariamente. O lixo orgânico, que antes era todo destinado ao aterro sanitário agora tem parte direcionada para uma horta construída no telhado do shopping.

As sobras de alimentos das quase 10 mil refeições, servidas todos os dias, recebem enzimas específicas para acelerar a decomposição adequada do lixo. Como resultado: um composto que fica parecido com terra, rico em húmus e nutrientes minerais, pronto para ser usado nas plantações.

PROJETO TELHADO VERDECOMPOSTAGEM E HORTA NO TELHADO DO SHOPPING ELDORADO

Você certamente já ouviu falar da expressão fast-fashion (ou moda rápida) inventada pelos grandes varejistas. O intuito é vender mais e aumentar os lucros oferecendo muitas novidades ao consumidor e estimulando o desejo e as compras constantes.

Mas, no fundo, por que o fast-fashion é um vilão para nossa sociedade e nosso planeta?

Ao optar por trabalhar com fast-fashion, o varejista buscar gastar o mínimo possível com materiais e mão-de-obra, colocar altas taxas de lucro e vender peças à preços mais baixos, para que o consumidor compre sempre em um ciclo constante de consumo. Para se ter uma ideia, em grandes varejistas como a Zara, H&M e Forever 21, o lucro é de 50 a 75% em cada peça.

E quem perde com isso?Todos nós: as matérias-prima - tecidos e aviamentos - são de baixa qualidade e em altíssima quantidade, refletindo em mais extração de recursos naturais com a frequência que a Natureza não consegue acompanhar. Além disso, as peças são confeccionadas em países com péssimas condições de trabalho, como Índia, Bangladesh e China, onde funcionários chegam a receber menos de R$ 0,50 por roupa costurada (ou seja, menos de 1% do valor que o varejista paga pela peça)

Achamos que é nosso direito comprar roupas super baratas e continuamos acreditando que está tudo bem. Mas não está.

Que tal fazermos uma reflexão e nos responsabilizarmos pela forma como consumimos? Não se trata de deixar de comprar, mas sim comprar com mais consciência: optar por roupas feitas de forma mais sustentável, com materiais de menor impacto para o planeta, produzidas localmente, naquela loja na cidade ou na feira de criadores independentes, sempre observando a forma como as peças são confeccionadas e se informando sobre a produção das roupas que você compra. Somos parte de um movimento maior e juntos podemos fazer a diferença.

O fast-fashion está aí, mas é nossa opção fazer parte disso. Queremos mesmo apoiar um estilo de produção que não nos representa?

Sustentabilidade, inclusão social, design, oportunidades e fortalecimento da comunidade - tudo isso nós encontramos na Cooperárvore, uma cooperativa social criada em 2006, em Betim - MG, que cria e produz peças unindo costura, serigrafia e artesanato.

Utilizando como matéria-prima materiais automotivos descartados e doados pela Fiat Automóveis e seusparceiros, como aparas de cintos de segurança e tecidos automotivos, a cooperativa produz diversos artigos, como sacolas, bolsas, mochilas, chaveiros, necessaires, etc. Em oito anos, 220 mil produtos foram comercializados e, desde 2011, reaproveitados 17 toneladas de materiais que seriam considerados lixo.

A Cooperárvore é um dos «galhos» do programa Árvore da Vida, no bairro Jardim Teresópolis (programa esse que busca o desenvolvimento da comunidade localizada em frente à fábrica da Fiat em Betim e que desenvolve diversas atividades) e conta com cerca de 18 cooperados que aprendem uma nova profissão, conquistam uma renda mensal e fazem a diferença no ambiente em que vivem, já que o desenvolvimento social e econômico são peças fundamentais na cooperativa. Além disso, como tudo é produzido por pessoas da comunidade onde o projeto está instalado, gera o desenvolvimento do local como um todo.

São lançadas em média cinco coleções anuais - uma principal e outras para datas comemorativas, como dia das mães, dos pais, dos namorados e das crianças. A coleção de 2015 foi inspirada nos quatro elemento da Natureza: terra, água, fogo e ar, pois na Grécia Antiga eram considerados a origem de todas as coisas e essenciais para a sobrevivência do ser humano. Essa coleção foi lançada na 25º Feira Nacional de Artesanato, na Expominas, em dezembro de 2014;

Para mais informações sobre o projeto é só acessar o site: www.cooperarvore.com.br

COOPERÁRVORE

Para saber mais sobre a Saissu: www.saissu.com

Showroom: Rua Arthur Frazão, 37, Jardins - São Paulo

Certo dia, andando pelo Mercado Central da cidade de Teresina, no Piauí, a designer Luly Vianna encontrou faixas pretas no chão e, ao perguntar o que eram, descobriu que se tratavam de câmaras de pneu decaminhão. Ao retornar para São Paulo, procurou o material e viu nele novas possibilidades de criação.Então, depois de muita pesquisa, nasceu a Saissu Design.

Nomeada Saissu, que no original tupi guarani significa amor, a marca cria uma linha incrível de malas, mochilas, pulseiras, cintos e necessaires fabricadas com no mínimo 60% de material reciclado, podendo chegar até 98%, dependendo do produto. Reciclando borrachas de câmaras de pneu, algodão e garrafas pet, as criações tem uma pegada bem contemporânea, sofisticada e, é claro, responsável. São peças criadas para pessoas que levam em conta as questões ambientais em suas escolhas cotidianas.

A criação começa com os desenhos da Luly e processo produtivo se inicia em parceria com mulheres das comunidades locais, que lavam e hidratam as câmaras de pneu, utilizando um produto à base d´água chamado Finish Repair. Após a hidratação, as câmaras são levadas para oficinas e ONGs parceiras, que fazem a construção do produto. O corte e costura da borracha são feitos manualmente - peça por peça - e passam por uma inspeção antes de chegar à loja.

Além da produção ser artesanal, as peças são resistentes e impermeáveis, com acabamentos de alto padrão, provando que pode-se reciclar materiais e transformá-los em produtos de alta durabilidade, unindo design e bom gosto. É a reinvenção do que seria descartado, lixo repensado de forma totalmente nova e uma forma de reciclar o nosso amanhã.

SAISSU DESIGNTransformação de pneus em acessórios de luxo

POR QUE COMPRAR LOCALMENTE?

Você mantém seu dinheiro na economia local;

Valoriza a singularidade da sua comunidade;

Contribui para a criação de empregos locais;

Você ajuda na preservação do meio ambiente;

Encoraja o espírito de comunidade;

Você se beneficia e apoia o conhecimento local;

Investe no empreendedorismo e nos sonhos das pessoas.

Você já parou para pensar na quantidade de embalagens que nós descartamos semanalmente? Nâo? Mas lá em 2005 uma artista chamada Carol começou a questionar o que fazer com seus resíduos domésticos - garrafas, latas, embalagens de shampoos e cremes... O que poderia ser criado de bacana com esses materiais que a maioria das pessoas vê como lixo?

Desse questionamento nasceu a Ecojóias Carol Barreto. Inicialmente as criações foram feitas de garrafa pet dourada de uma edição limitada, depois com latinhas e assim, em 10 anos, foram surgindo criações leves e coloridas, feitas artesanalmente, uma a uma, com 30 a 98% de materiais que seriam descartados,como garrafas pet, latas de alumínio, embalagens plásticas de cosméticos e produtos de limpeza e câmaras de pneu, sempre mesclados com materiais duradouros, como a prata e o aço, para que as peças durem mais,evitando o descarte precoce.

A marca carioca não só cria jóias incríveis, mas também busca a conscientização das pessoas, surpreendendo-as com peças bacanas feitas com o que era visto como lixo, em misturas e combinações inusitadas. Grande parte da matéria-prima vem das próprias clientes, que doam seus resíduos domésticos após entenderem a importância de dar um destino correto à esse material.

Mas como funciona a confecção?O material recebido é limpo com água da chuva reaproveitada ( ), separado por tipo, cor e espessura. Num segundo momento são feitos desenhos específicos para cada material. As peças são montadas manualmente e as embalagens criadas com papel de revista ou garrafa pet. Além disso, as sobras geradas na produção são separadas e enviadas para reciclagem.

São desenvolvidas duas coleções por ano, mas as peças não saem de linha, assim os clientes podem comprar os modelos quando desejarem. Há, porém, algumas edições limitadas, geralmente feitas com algum material promocional ou de cor especial.

Para saber mais sobre a Ecojóias Carol Barreto é só acesssar o site: www.carolbarreto.com.br

No dia 24 de abril de 2013, 1133 pessoas morreram e muitos mais ficaram feridos no desabamento do ´complexo de fábricas Rana Plaza, em Dhaka, Bangladesh. Infelizmente, catástrofes sociais e ambientais acontecem com frequência no universo da moda, em diversos locais do mundo, quase sempre longe dos nossos olhos.

Moda é sobre conexões - com agricultores, designers, costureiros, produtores, consumidores, tecidos, aviamentos, técnicas e tecnologia - e nós perdemos a conexão com o que vestimos: não sabemos a origem ou o destino do que é criado e produzido, nem as condições e materiais que as roupas são feitas. Precisamos nos reconectar com a moda e mostrar que é possível as empresas serem mais justas, sustentáveis e responsáveis, principalmente porque a moda nos acompanha a vida toda, desde o momento em que nascemos e é uma forte expressão cultural do nosso tempo.

Assim, surgiu o movimento Fashion Revolution Day, para dar um basta à situações degradantes e sujas das quais a moda faz parte. Queremos mais transparência, saber quem fez nossas roupas, em quais condições foram produzidas e quais impactos e soluções estão por trás de cada peça.

Esse é um movimento internacional formado por pessoas que se preocupam com o que vestem, que acreditam e buscam uma indústria que seja do bem, que valorize as pessoas, busque preservar os recursos naturais e seja transparente e responsável.

Você também pode participar e ajudar a conscientizar sobre a produção das suas roupas: pergunte para as marcas« quem faz minhas roupas? ». No dia 24.04.2015 vista uma peça do lado avesso, fotografe e compartilhe com as hashtags #insideout #fashionrevolution e #fashionrevolutionbrasil. Acesse o site do movimento, compartilhe ideias e mostre a sua voz!

Outra moda é possível, se cada um de nós fizer a sua parte!

« Nós carregamos a história das pessoas que fazem nossas roupas» (Ali Hewson)

Mais informações: www.fashionrevolution.org

Quemfazminhasroupas

MOVIMENTO FASHION REVOLUTIONQuem faz minhas roupas?

« Não existe beleza na mais fina roupa segera morte e tristeza »

Próxima edição desta fanzine: Maio/2015

Contato: [email protected]

Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br( Gandhi)

ECOJÓIAS CAROL BARRETO

Coloque seu $ onde seu está

Compre localmente!

semente

moda I design I sustentabilidade

edição um I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

« Não existe beleza na mais fina roupa segera morte e tristeza »

Próxima edição desta fanzine: Maio/2015

Contato: [email protected]

Mais informações: www.lojaluscofusco.com.br

( Gandhi)

Vivemos em um tempo estranho. Ligamos a TV e só vemos notícias ruins. Abrimos o jornal e só há desgraças para ler. Na Internet, um monte deassuntos que só tiram a nossa esperança. Desacreditamos no outro, achamos que o mundo não tem mais jeito.

Mas, por mais que tudo pareça uma bagunça sem fim, há muitas coisas boas acontecendo por aí e uma infinidade de razões para a gente continuaracreditando e fazendo a nossa parte por um mundo melhor.

Pensando em iluminar as pessoas, nasceu essa fanzine. De forma simples, queremos falar sobre moda, design e sustentabilidade, mostrar inovações e boas ideias que as pessoas estão realizando, restaurar a fé no outro, fazer refletir e propor uma nova forma de enxergar o mundo, onde possamos viver em harmonia com a natureza e com a nossa sociedade. Vamos mostrar que a moda, o design e a sustentabilidade, quando estão de mãos dadas, nos levam para um universo de possibilidades.

Essa é uma fanzine de notícias boas, para ser lida e compartilhada. Contém altas doses de ideias e reflexões, muito carinho e cuidado envolvido, e descortina um mundo de possibilidades responsáveis.

Que as próximas páginas iluminem seu dia. Com carinho

Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Por que roupas muito baratas não são um bom negócio?

Por Débora Schmidt Nardello

Você certamente já ouviu falar da expressão fast-fashion (ou moda rápida) inventada pelos grandes varejistas. O intuito é vender mais e aumentar os lucros oferecendo muitas novidades ao consumidor e estimulando o desejo e as compras constantes.

Mas, no fundo, por que o fast-fashion é um vilão para nossa sociedade e nosso planeta?

Ao optar por trabalhar com fast-fashion, o varejista buscar gastar o mínimo possível com materiais e mão-de-obra, colocar altas taxas de lucro e vender peças à preços mais baixos, para que o consumidor compre sempre em um ciclo constante de consumo. Para se ter uma ideia, em grandes varejistas como a Zara, H&M e Forever 21, o lucro é de 50 a 75% em cada peça.

E quem perde com isso?Todos nós: as matérias-prima - tecidos e aviamentos - são de baixa qualidade e em altíssima quantidade, refletindo em mais extração de recursos naturais com a frequência que a Natureza não consegue acompanhar. Além disso, as peças são confeccionadas em países com péssimas condições de trabalho, como Índia, Bangladesh e China, onde funcionários chegam a receber menos de R$ 0,50 por roupa costurada (ou seja, menos de 1% do valor que o varejista paga pela peça)

Achamos que é nosso direito comprar roupas super baratas e continuamos acreditando que está tudo bem. Mas não está.

Que tal fazermos uma reflexão e nos responsabilizarmos pela forma como consumimos? Não se trata de deixar de comprar, mas sim comprar com mais consciência: optar por roupas feitas de forma mais sustentável, com materiais de menor impacto para o planeta, produzidas localmente, naquela loja na cidade ou na feira de criadores independentes, sempre observando a forma como as peças são confeccionadas e se informando sobre a produção das roupas que você compra. Somos parte de um movimento maior e juntos podemos fazer a diferença.

O fast-fashion está aí, mas é nossa opção fazer parte disso. Queremos mesmo apoiar um estilo de produção que não nos representa?

Sustentabilidade, inclusão social, design, oportunidades e fortalecimento da comunidade - tudo isso nós encontramos na Cooperárvore, uma cooperativa social criada em 2006, em Betim - MG, que cria e produz peças unindo costura, serigrafia e artesanato.

Utilizando como matéria-prima materiais automotivos descartados e doados pela Fiat Automóveis e seusparceiros, como aparas de cintos de segurança e tecidos automotivos, a cooperativa produz diversos artigos, como sacolas, bolsas, mochilas, chaveiros, necessaires, etc. Em oito anos, 220 mil produtos foram comercializados e, desde 2011, reaproveitados 17 toneladas de materiais que seriam considerados lixo.

A Cooperárvore é um dos «galhos» do programa Árvore da Vida, no bairro Jardim Teresópolis (programa esse que busca o desenvolvimento da comunidade localizada em frente à fábrica da Fiat em Betim e que desenvolve diversas atividades) e conta com cerca de 18 cooperados que aprendem uma nova profissão, conquistam uma renda mensal e fazem a diferença no ambiente em que vivem, já que o desenvolvimento social e econômico são peças fundamentais na cooperativa. Além disso, como tudo é produzido por pessoas da comunidade onde o projeto está instalado, gera o desenvolvimento do local como um todo.

São lançadas em média cinco coleções anuais - uma principal e outras para datas comemorativas, como dia das mães, dos pais, dos namorados e das crianças. A coleção de 2015 foi inspirada nos quatro elemento da Natureza: terra, água, fogo e ar, pois na Grécia Antiga eram considerados a origem de todas as coisas e essenciais para a sobrevivência do ser humano. Essa coleção foi lançada na 25º Feira Nacional de Artesanato, na Expominas, em dezembro de 2014;

Para mais informações sobre o projeto é só acessar o site: www.cooperarvore.com.br

COOPERÁRVORE

POR QUE COMPRAR LOCALMENTE?

Você mantém seu dinheiro na economia local;

Valoriza a singularidade da sua comunidade;

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Encoraja o espírito de comunidade;

Você se beneficia e apoia o conhecimento local;

Investe no empreendedorismo e nos sonhos das pessoas.

Coloque seu $ onde seu está

Compre localmente!

No dia 24 de abril de 2013, 1133 pessoas morreram e muitos mais ficaram feridos no desabamento do ´complexo de fábricas Rana Plaza, em Dhaka, Bangladesh. Infelizmente, catástrofes sociais e ambientais acontecem com frequência no universo da moda, em diversos locais do mundo, quase sempre longe dos nossos olhos.

Moda é sobre conexões - com agricultores, designers, costureiros, produtores, consumidores, tecidos, aviamentos, técnicas e tecnologia - e nós perdemos a conexão com o que vestimos: não sabemos a origem ou o destino do que é criado e produzido, nem as condições e materiais que as roupas são feitas. Precisamos nos reconectar com a moda e mostrar que é possível as empresas serem mais justas, sustentáveis e responsáveis, principalmente porque a moda nos acompanha a vida toda, desde o momento em que nascemos e é uma forte expressão cultural do nosso tempo.

Assim, surgiu o movimento Fashion Revolution Day, para dar um basta à situações degradantes e sujas das quais a moda faz parte. Queremos mais transparência, saber quem fez nossas roupas, em quais condições foram produzidas e quais impactos e soluções estão por trás de cada peça.

Esse é um movimento internacional formado por pessoas que se preocupam com o que vestem, que acreditam e buscam uma indústria que seja do bem, que valorize as pessoas, busque preservar os recursos naturais e seja transparente e responsável.

Você também pode participar e ajudar a conscientizar sobre a produção das suas roupas: pergunte para as marcas« quem faz minhas roupas? ». No dia 24.04.2015 vista uma peça do lado avesso, fotografe e compartilhe com as hashtags #insideout #fashionrevolution e #fashionrevolutionbrasil. Acesse o site do movimento, compartilhe ideias e mostre a sua voz!

Outra moda é possível, se cada um de nós fizer a sua parte!

« Nós carregamos a história das pessoas que fazem nossas roupas» (Ali Hewson)

Mais informações: www.fashionrevolution.org

Quemfazminhasroupas

MOVIMENTO FASHION REVOLUTIONQuem faz minhas roupas?

ECOJÓIAS CAROL BARRETO

Você já parou para pensar na quantidade de embalagens que nós descartamos semanalmente? Nâo? Mas lá em 2005 uma artista chamada Carol começou a questionar o que fazer com seus resíduos domésticos - garrafas, latas, embalagens de shampoos e cremes... O que poderia ser criado de bacana com esses materiais que a maioria das pessoas vê como lixo?

Desse questionamento nasceu a Ecojóias Carol Barreto. Inicialmente as criações foram feitas de garrafa pet dourada de uma edição limitada, depois com latinhas e assim, em 10 anos, foram surgindo criações leves e coloridas, feitas artesanalmente, uma a uma, com 30 a 98% de materiais que seriam descartados,como garrafas pet, latas de alumínio, embalagens plásticas de cosméticos e produtos de limpeza e câmaras de pneu, sempre mesclados com materiais duradouros, como a prata e o aço, para que as peças durem mais,evitando o descarte precoce.

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Mas como funciona a confecção?O material recebido é limpo com água da chuva reaproveitada ( ), separado por tipo, cor e espessura. Num segundo momento são feitos desenhos específicos para cada material. As peças são montadas manualmente e as embalagens criadas com papel de revista ou garrafa pet. Além disso, as sobras geradas na produção são separadas e enviadas para reciclagem.

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Para saber mais sobre a Ecojóias Carol Barreto é só acesssar o site: www.carolbarreto.com.br

Certo dia, andando pelo Mercado Central da cidade de Teresina, no Piauí, a designer Luly Vianna encontrou faixas pretas no chão e, ao perguntar o que eram, descobriu que se tratavam de câmaras de pneu decaminhão. Ao retornar para São Paulo, procurou o material e viu nele novas possibilidades de criação.Então, depois de muita pesquisa, nasceu a Saissu Design.

Nomeada Saissu, que no original tupi guarani significa amor, a marca cria uma linha incrível de malas, mochilas, pulseiras, cintos e necessaires fabricadas com no mínimo 60% de material reciclado, podendo chegar até 98%, dependendo do produto. Reciclando borrachas de câmaras de pneu, algodão e garrafas pet, as criações tem uma pegada bem contemporânea, sofisticada e, é claro, responsável. São peças criadas para pessoas que levam em conta as questões ambientais em suas escolhas cotidianas.

A criação começa com os desenhos da Luly e processo produtivo se inicia em parceria com mulheres das comunidades locais, que lavam e hidratam as câmaras de pneu, utilizando um produto à base d´água chamado Finish Repair. Após a hidratação, as câmaras são levadas para oficinas e ONGs parceiras, que fazem a construção do produto. O corte e costura da borracha são feitos manualmente - peça por peça - e passam por uma inspeção antes de chegar à loja.

Além da produção ser artesanal, as peças são resistentes e impermeáveis, com acabamentos de alto padrão, provando que pode-se reciclar materiais e transformá-los em produtos de alta durabilidade, unindo design e bom gosto. É a reinvenção do que seria descartado, lixo repensado de forma totalmente nova e uma forma de reciclar o nosso amanhã.

SAISSU DESIGNTransformação de pneus em acessórios de luxo

Para saber mais sobre a Saissu: www.saissu.com

Showroom: Rua Arthur Frazão, 37, Jardins - São Paulo

Berinjela, cebola, tomate, pimentão, alface... logo nos vem à mente uma horta comum, se não fosse pelo fato de todos esses vegetais serem plantados no meio de São Paulo, no teto de um shopping, em meio à paisagem de concreto, como uma ilha verde entre prédios.

Desde 2012 o Shopping Eldorado, na Zona Oeste de São Paulo, investe em um projeto de compostagem para dar um destino correto aos quase 400 quilos de restos de comida encontrados em sua praça de alimentação diariamente. O lixo orgânico, que antes era todo destinado ao aterro sanitário agora tem parte direcionada para uma horta construída no telhado do shopping.

As sobras de alimentos das quase 10 mil refeições, servidas todos os dias, recebem enzimas específicas para acelerar a decomposição adequada do lixo. Como resultado: um composto que fica parecido com terra, rico em húmus e nutrientes minerais, pronto para ser usado nas plantações.

PROJETO TELHADO VERDECOMPOSTAGEM E HORTA NO TELHADO DO SHOPPING ELDORADO Numa área de 1000m² são cultivados berinjela, jiló, cebola, pimentões, alface, gengibre, tomate,

manjericão, morango, pepino e abobrinha, que são consumidos pelos próprios funcionários do shopping. Além da grande variedade de legumes, a horta conta também com uma farmácia viva, onde são plantadas hortelã, erva-doce, carquejo, malva, sálvia, alecrim, bálsamo e poejo.

De acordo com os administradores, o objetivo é fazer com que a horta urbana tome conta de toda a área superior e deixe a temperatura interna do shopping mais amena, reduzindo os desperdícios com ar condicionado.

A ideia é simples, muito inteligente e de alto impacto para reduzir os resíduos e produzir alimentos de forma sustentável e livre de agrotóxicos, beneficiando a todos, mesmo que indiretamente.

Mais informações no site do shopping: www. shoppingeldorado.com.br

COMPRANDO ETICAMENTEEu quero comprar algo:

Eu realmente preciso e vou usar?

Sim Não

Pode ser usado?

Posso comprar com desenvolvimento sustentável?

Sim Não

Sim Não

Compre para durar

reciclado orgânicotrabalho de cooperativa Comércio justo artesanal upcyclingproduzido localmente