Fuga Das Galinhas - Análise

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Universidade: PUC Minas Data da Entrega: Faculdade de Comunicação e Artes Curso: Relações Públicas Turno: Noite Disciplina: Administração em Relações Públicas (3º Período) Professor: José Coelho de Andrade Albino E-mail: [email protected] Aluno Telefone E-mail Arthur Filipe Pires (31) 9402-5941 [email protected] Eduardo Hass da Silva (35) 8800-2110 [email protected] Rodolfo Lucas de Alcantara (31) 8202-4331 rodolfoalcantaradesigner@gmai Saulo Henrique da Cunha M. (31) 9465-7883 [email protected] Victor Costa S. da Matta (31) 9666-5071 [email protected] CORPO PRINCIPAL DO TRABALHO Nome do Filme, Ano e Direção: Fuga das galinhas (2000) Peter Lord e Nick Park Sinopse do Enredo do Filme: (10 linhas) Temática Principal do Filme: (10 linhas – especificar “o que” e “como” na forma de texto corrido) Temáticas Secundárias do Filme: (10 linhas – utilizar tópicos, especificando apenas “o que”) Análise do Filme a partir do(s) Texto(s): (mínimo de 03 e máximo de 05 páginas) ANEXOS Referência Bibliográfica do(s) Texto(s) (ABNT): Idéias Centrais e/ou Conceitos-Chave do(s) Texto(s): (02 páginas – utilizar tópicos, especificando apenas “o que”) INSTRUÇÕES GERIAIS a) Todos os textos devem ser de autoria do aluno. Qualquer uso de citações deverá ser indicada por aspas e apresentação da fonte conforme Normas ABNT. b) Qualquer citação de sites de análise de filmes deverá ser indicada por aspas e apresentação da fonte conforme Normas ABNT. Plágio implicará em nota ZERO. c) A nota da parte escrita do trabalho é do grupo. d) A nota oral considerará dois momentos: a apresentação da correlação filme- textos e o debate, onde os filmes devem ser comparados. e) A nota oral de apresentação do filme levará em consideração a associação pertinente do filme com o texto sugerido para leitura. O aluno que fará a apresentação será sorteado. f) A nota oral do debate será uma nota única para a turma toda e levará em consideração o resultado geral do debate (positivo ou negativo). Entretanto, caso não haja participação efetiva da TURMA, poderá ser feita arguição oral individual, solicitando-se ao aluno que compare os filmes. g) Serão feitas duas chamadas no dia de debate, uma no início da aula e outra ao término do debate. Os alunos que não responderem às referidas chamadas serão

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Análise do filme fuga das galinhas na perspectiva da administração/RH/comunicação

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Universidade:

Universidade: PUC MinasData da Entrega:

Faculdade de Comunicao e Artes

Curso: Relaes PblicasTurno: Noite

Disciplina: Administrao em Relaes Pblicas (3 Perodo)

Professor: Jos Coelho de Andrade AlbinoE-mail: [email protected]

AlunoTelefoneE-mail

Arthur Filipe Pires Ribeiro(31) [email protected]

Eduardo Hass da Silva(35) [email protected]

Rodolfo Lucas de Alcantara A.(31) [email protected]

Saulo Henrique da Cunha M.(31) [email protected]

Victor Costa S. da Matta(31) [email protected]

CORPO PRINCIPAL DO TRABALHO

Nome do Filme, Ano e Direo: Fuga das galinhas (2000) Peter Lord e Nick Park

Sinopse do Enredo do Filme: (10 linhas)

Temtica Principal do Filme: (10 linhas especificar o que e como na forma de texto corrido)

Temticas Secundrias do Filme: (10 linhas utilizar tpicos, especificando apenas o que)

Anlise do Filme a partir do(s) Texto(s): (mnimo de 03 e mximo de 05 pginas)

ANEXOS

Referncia Bibliogrfica do(s) Texto(s) (ABNT):

Idias Centrais e/ou Conceitos-Chave do(s) Texto(s): (02 pginas utilizar tpicos, especificando apenas o que)

INSTRUES GERIAIS

a) Todos os textos devem ser de autoria do aluno. Qualquer uso de citaes dever ser indicada por aspas e apresentao da fonte conforme Normas ABNT.

b) Qualquer citao de sites de anlise de filmes dever ser indicada por aspas e apresentao da fonte conforme Normas ABNT. Plgio implicar em nota ZERO.

c) A nota da parte escrita do trabalho do grupo.

d) A nota oral considerar dois momentos: a apresentao da correlao filme-textos e o debate, onde os filmes devem ser comparados.

e) A nota oral de apresentao do filme levar em considerao a associao pertinente do filme com o texto sugerido para leitura. O aluno que far a apresentao ser sorteado.

f) A nota oral do debate ser uma nota nica para a turma toda e levar em considerao o resultado geral do debate (positivo ou negativo). Entretanto, caso no haja participao efetiva da TURMA, poder ser feita arguio oral individual, solicitando-se ao aluno que compare os filmes.

g) Sero feitas duas chamadas no dia de debate, uma no incio da aula e outra ao trmino do debate. Os alunos que no responderem s referidas chamadas sero penalizados na nota oral, sendo que cada falta implica na perda de 50% da nota.

h) Os critrios de avaliao so clareza, consistncia, emprego correto da teoria estudada e profundidade da anlise. Sugere-se que o aluno faa correlao com outras disciplinas do curso, como, por exemplo, semitica, sociologia, antropologia, cinema, teoria da comunicao etc.

i) Caso o aluno/grupo no comparea ao dia do debate, mas entregue antecipadamente a parte escrita, esta ltima ser considerada. A nota oral ser ZERO.

j) Caso o aluno/grupo comparea ao debate, mas no entregue a parte escrita, ele no ter nenhuma nota, sendo apenas computada sua presena em sala.

k) Plgio total ou parcial de trabalhos de colegas implicar em nota ZERO para ambos, independente de quem copiou de quem ou se apenas um membro do grupo efetuou plgio.

l) Neste semestre, usaremos um grupo (ADM RP Noite 2014B) na minha pgina do facebook para discutirmos cada filme antes do dia do debate. Cada grupo dever apresentar seu filme para o restante da turma, assim como estimular o engajamento de todos na discusso relativa ao mesmo. Sinopse do enredo do filmeNa dcada de 50, numa fazenda em Yorkshire, a galinha Ginger busca incessantemente um meio de conseguir escapar do fim trgico que seus donos reservaram para ela e seus semelhantes. Aps vrias tentativas frustradas, surge na granja o galo Rocky, com uma ambiciosa promessa: ensinar como voar s galinhas. Juntos, os dois arquitetam um plano para conseguir liberdade. No entanto, Rocky e Ginger logo se veem correndo contra o tempo quando a Sra. Tweedy decide que hora de mandar a granja inteira para a o forno. Mas o tempo curto: os Tweedy, donos da fazenda, compraram uma mquina que faz tortas de galinha, que em breve entrar em operao e ir dizimar toda a populao do local, apenas se os galinceos com a ajuda dos outros habitantes do galinheiro conseguirem impedir esse fim trgico.Temtica principal do filmeRetrata a granja como organizao, onde as galinhas tem sua fora de trabalho explorada pelos fazendeiros Tweedy. Ginger, a lder das galinhas, coloca em prtica seus planos para fugir do galinheiro, sempre falhando por culpa de sua gesto ineficaz, que apesar de ser eficiente na parte instrumental no consegue motivar as galinhas a trabalharem em grupo, pois no levava em conta o fator emocional que envolve lidar com uma equipe, motivando-a e dando um sentindo a seu trabalho. Entretanto, Rocky um galo de circo que surge como um lder carismtico para o grupo, como uma fonte motivadora. Quando os donos da granja compram uma mquina de fazer tortas, ameaando a vida de todos na granja, Ginger e Rocky se veem obrigados a trabalhar juntos, fundindo seus mtodos de liderana para comandar o resto das galinhas em prol da construo de um aeroplano, para realizao de sua fuga.Temticas secundrias do filme Perseverana, condicionamento, subestimao da inteligncia. Juno de objetivos comuns

Gerenciamento de crise no ambiente organizacional

Solidariedade

Conscincia coletiva

Diviso de trabalho

Presso por resultados

Busca pela liberdade

Confinamento e explorao do trabalho Nome dos textosTexto 11- Teoria das relaes humanas e gesto de pessoasTexto 12 - Captulo 19 Motivao. In: AdministraoTexto 13 - Os sentidos do trabalhoTexto 14 - Sentido do trabalho e racionalidades instrumental e substantivaTexto 15 - Identidade organizacional, no limiar entre o indivduo que produz e

o sujeito trabalhadorTexto 17 - A natureza entra em cena: as organizaes vistas como

organismosTexto 28 - O poder nas organizaes. Poder, cultura e tica nas organizaesTexto 29 - A instituio da violncia nas relaes de trabalhoTexto 30 - O sequestro da subjetividade. In:Anlise crtica das teorias e

prticas organizacionais

Ideias centrais e/ou conceitos chave dos textos

Realizar tarefas que no tem utilidade e nenhum interesse, num ambiente superficial, torna o trabalho absurdo. O trabalho uma atividade que agrega valor a alguma coisa. O processo de trabalho ajuda o indivduo a descobrir e forma sua prpria identidade. Um trabalho tem sentido: se provoca sentimento de realizao e prazeroso na execuo das tarefas; realizado de forma eficiente e leva a um resultado, ou seja, tem utilidade, valorao dos resultados, relevncia dos objetivos; contribui para a sociedade, valorizando valores morais, ticos e espirituais; propicia experincias de relaes humanas satisfatrias (trabalho em equipe); mantm uma carga de trabalho adequada e estimula a aprendizagem. Os significados do trabalho so construdos coletivamente em determinado contexto histrico, econmico e social, e os sentidos so caracterizados por ser uma produo pessoal em funo da assimilao subjetiva/individual dos significados coletivos, a partir de experincias concretas. (Tolfo,2011). O trabalho permite sobrevivncia, segurana e pode possuir tanto caractersticas de racionalidade instrumental como substantiva. As diferentes formas das organizaes na realidade social podem ser explicadas por dois tipos especficos de racionalidade: instrumental e substantiva. A racionalidade instrumental est pautada no clculo utilitrio das consequncias, na busca do xito econmico e do poder, ou seja, supe-se que se a aes das pessoas sejam direcionadas, basicamente, por incentivos econmicos, motivos, utilitaristas, pelo alcance de maior ganho financeiro e de poder.J na racionalidade substantiva, a ao direcionada para autorrealizao, satisfao, julgamento tico, autenticidade, autonomia e valores emancipatrios, como solidariedade, liberdade e bem-estar coletivo. (Serva,1996,1997a,1997b) Nas organizaes, h a presena das duas formas de racionalidade (instrumental e substantiva) na medida que a dinmica do cotidiano das organizaes produtivas implica na presena de ambas. A metfora do organismo demonstra uma forma eficiente de ver o planejamento organizacional, adaptao estratgia das empresas, para fazer com que as organizaes fluam em meio a mudanas e sobrevivam no meio corporativo. Populaes inteiras dentro de uma organizao podem surgir ou desaparecer juntamente com as mudanas dos nichos e dos fluxos de recursos de que elas dependem. A metfora do organismo sugere que diferentes ambientes favorecem diferentes espcies de organizaes baseadas em diferentes mtodos de organizao e que a coerncia com o ambiente o fator de sucesso. Teoria da Hierarquia das Necessidades :contedo que prope que as pessoas so motivadas por cinco categorias de necessidades: fisiolgicas, de segurana, pertencimento, estima e autorrealizao, que existem em uma ordem hierrquica.

Teoria dos Dois Fatores: criada por Frederick Herzberg defende que duas dimenses inteiramente separadas contribuem para o comportamento do empregado no trabalho: fatores higinicos e motivadores. Os fatores higinicos envolvem a presena ou a ausncia das condies de insatisfao, incluindo as condies de trabalho, pagamento, polticas da companhia e relacionamentos interpessoais. Os motivadores, so fatores que influenciam a satisfao no trabalho baseados na satisfao das necessidades de alto nvel, tais como a realizao, o reconhecimento, responsabilidade e oportunidade de crescimento.

Anlise do filme a partir dos textos

A teoria da organizao como um organismo demonstra a incurso tendo base na biologia, desenvolvendo a ideia de que os empregados so pessoas com necessidades complexas que precisam se sentirem satisfeitas para que tenha uma vida plena e saudvel, que atuem com eficincia no ambiente de trabalho. mostrado no filme, a galinha Ginger com a misso de tirar todas as galinhas da granja. A lder a galinha mais inteligente do grupo, porm no recorre aos artifcios necessrios para concluir o servio. As demais galinhas acham que trabalham em equipe porque as outras as escutam, mas no percebem que nunca contam com uma colaborao motivada das demais, que veem, mais no se envolvem. Ginger acaba se frustrando, vendo que as galinhas so apticas, sem nenhum tipo de motivao, porque no tem esperana e no se identificam totalmente com a estratgia. A questo da motivao do trabalho tornou-se to importante quanto s relaes entre indivduos e grupos. As pessoas passam boa parte de suas vidas trabalhando dentro de organizaes, j as organizaes por sua vez, dependem das pessoas para poderem funcionar e alcanar sucesso. Da a necessidade de tornar as organizaes mais conscientes e atentas aos seus funcionrios. De acordo com Morgan (2002), desde a dcada de 60, os pesquisadores em administrao tm dado muita ateno adequao do ambiente de trabalho para aumentar a produtividade e satisfao no trabalho ao mesmo tempo aumentando a eficincia do mesmo e reduzindo o absentesmo e a rotatividade (turn over).Com um carisma e motivando as galinhas, Rocky aparece na granja. Um galo de circo acostumado a empolgar multides. Chega e se estabelece como o novo lder, juntamente com Ginger, alimentando as galinhas com a necessidade que elas estavam precisando: a esperana. Ele logo parte para criar unidade entre as galinhas. Propondo exerccios em grupo, criando um entrosamento entre elas, para que se vejam como um grupo e no um agrupamento. Assim Rocky, atravs destes elementos cotidianos e integradores, consegue fazer as galinhas se motivarem a voar. Coisa que elas nunca fizeram. Isso equivale a sonhar alto. Sonhar com metas ousadas. As organizaes dependem do ambiente criado por seus lderes e de outros fatores de sobrevivncia, da mesma maneira que os seres vivos, ou seja, um elemento deste sistema tem consequncia importante para os demais, ela dependem de um sistema sciotcnico que contm integrao das necessidades dos indivduos e delas mesmas: de uma autorrealizao; encorajamento e comprometimento do empregado; criao de cargos que permitam realizao; responsabilidade e controle pessoal, de reconhecimento pelo bom desempenho, (por exemplo, promoes, prmios de "empregado do ms"); interao com os colegas e possibilidade de atividades sociais e esportivas. Portanto esta metfora oferece uma forma eficiente de ver a estratgia e o planejamento organizacional. Organizaes podem surgir e desaparecer juntamente com as transformaes dos nichos e dos fluxos de recursos que elas dependem e tambm pode-se entender que, como na natureza, a evoluo do mundo corporativo reflete a "sobrevivncia da adaptao", no apenas a sobrevivncia do mais adaptado.O trabalho das galinhas era de botar ovos todos os dias, sob a inspeo rigorosa do Sr. Tweedy. Entretanto, elas eram exploradas e eram degoladas se no produzissem diariamente. O trabalho s havia sentido de sobrevivncia para as galinhas (sem qualquer identificao e interesse/satisfao) e de lucro e produtividade para o dono da granja. Morin (2002) expressa que o interesse do trabalho em si mesmo parece estar associado, por um lado, ao grau de correspondncia entre as exigncias do trabalho e, por outro, ao conjunto de valores, de interesses e de competncias do indivduo. O trabalho da granja no permite realizao, segurana, autonomia, ambies, no cria vnculos positivos e prazer para as galinhas na realizao da tarefa. Quando o galo Rocky se junta a Ginger, formam uma liderana pragmtica e motivacional, que incentiva a interao entre elas, a utilizao de suas habilidades especficas, um senso de trabalho em equipe que permite aos galinceos criarem uma identidade organizacional. Alm disso, permite a criao de um sentido positivo para o trabalho, esse explicado por Andrade (2002) como sendo resultado de um trabalho realizado que proporciona um sentimento de veiculao e que contribui para o grupo no qual o indivduo se insere ou para a sociedade.O filme retrata o cenrio de uma granja onde as galinhas esto submetidas a condies precrias de trabalho para produo dos seus ovos. A dona da granja, Senhora Tweedy, possui uma viso de inovao mercadolgica, ampliar seus negcios alm dos ovos; Assim, toda galinha que no produz ovos dentro das metas, seria executada para fabricao de tortas de frango. Em uma analogia ao mercado real onde aqueles que no produzem o suficiente, demitido.

O sonho de liberdade das galinhas se tornam ainda mais almejado a partir disso, pois agora esto sujeitas a violncia no cotidiano do seu trabalho, assim as galinhas esto unidas para o planejamento da fuga do trabalho exacerbado e da degola, passando desapercebidas pelo vigia e seus ces de guarda tambm, pois como cita Arendt (1994, p.35), a forma extrema de poder todos contra um; a forma extrema de violncia um contra todos. E esta ltima nunca possvel sem instrumentos. Trate-se de dois tipos de violncia, fsica, que manifestada atravs da intensificao do ritmo de trabalho e da violncia psquica, que a explorao dos aspectos psicolgicos do trabalhador para que no seja morto (demitido). A banalizao do mal acontece quando a galinha Ginger v uma de suas companheiras sendo levada para o quartinho e sendo executada, algo que choca e faz com que a conscientize para permanecer na sua luta intensa pela fuga do cativeiro.

Milagrosamente, o galo Rocky, que trabalhava no circo, cai no cativeiro da granja e confundido com um galo voador. Em troca da sua proteo, ele aceita o acordo para exercer uma funo a qual no era capacitado, instrutor de voo. E a partir da refm do sequestro de subjetividade, que quando o indivduo passa a estabelecer padres de conduta para ser aceito em seu meio e para aliviar a tenso estabelecida com a sociedade. sobre essa perspectiva que nas relaes de trabalho, que tambm so relaes de poder e no s de produo, h uma busca por produzir um modo moral de ser, apto a corresponder expectativa de uma aceitao social e aliviar as repreenses originais. (Faria, 2007, p.48).Este sequestro de subjetividade o leva ao chamado poder condicionado, que exercido mediante a mudana de uma convico, de crena. subjetivo, pois nem os que o exercem e nem os que se sujeitam esto necessariamente cientes de seu exerccio, podendo se dar de forma explcita (pela educao e persuaso) ou implcita (pela cultura), ainda que o explcito possa ser transmudado gradualmente em implcito, de forma a torn-lo casa vez mais aceitvel. Ou seja, Rocky cativou as galinhas do galinheiro, com a inteno de se tornar aceitvel naquele meio e com a sua ajuda passou at ele mesmo acreditar que era possvel coloc-las para fora dali.

No discurso ideolgico, o narcisismo, o amor pela imagem de si mesmo que antes era o motor propulsor para suas investidas e que criava a imagem de capaz e poderoso, agora ferido com o afrontamento de autoanlise que mostra suas limitaes. (CODO et al. 1998, p.150). Isto o que define o comportamento de Rocky at revelar que ele no sabia voar. Porm o sequestro de subjetividade, o leva a um sentimento de ser insubstituvel, e de valorizao da importncia, fazendo com que transmita uma sensao de segurana, o que o torna cada vez mais motivado a participar do plano de fuga.Dos lderes e gestores do filme, temos o a dona da granja que pensa apenas no capital e fazer com que seus negcios crescessem sem se importar com os colaboradores, no fazendo papel de lder e sim de apenas gerente. Por parte das galinhas, a galinha Ginger, que elaborava os planos com a ajuda das estatsticas que lhe eram dada. O galo Rocky possui tambm se destaca como lder durante o filme. Ambos possuem caractersticas de lder porem demonstradas de maneiras diferente, por exemplo, dispe de certa superioridade mental, de algum conhecimento ou de algum saber especial para convencer os outros ou para persuadi-los a alterar suas concepes e convices, corresponde a capacidade de transmitir ideias e propsitos, inspirar valores, induzir opinies, aliciar expectativas, instigar, insuflar e incitar outros a realizar determinadas aes.

importante ressaltar que o fato de ocupar grandes cargos no se faz um lder, o exemplo da Senhora Tweedy, j citada, e do galo Fowler, que mesmo sendo o principal do galinheiro, apenas estava cuidando para que a produo continuasse acontecendo e no se preocupando com o que as galinhas queriam, porque mesmo sendo um veterano de voo, nunca antes havia oferecido ajuda com o plano, ao contrrio, se preocupava somente com a ordem do cativeiro, exercendo assim o papel de gestor das operarias. Como explica Srour em Poder, cultura e tica, nas organizaes (1998): A liderana transcende cargos ou posies formais, no carece de institucionalizao, fruto da sintonia espontnea e informal estabelecida entre lderes e seguidores [] A fora do lder, portanto, depende de sua capacidade de convencer seguidores e de catalisar seus anseios [] o lder funciona como mentor que semeia orientaes e no como o chefe, que d ordens.

Seguindo o modelo Toyotismo, sob a liderana de Ginger elas conseguem construir um avio e voar para fora do cativeiro, antes que a senhora Tweedy as levem para mquina de tortas. E passam a viver em uma sociedade que almejavam chegar.

Referncias BibliogrficasANDRADE, S. P. C de. TOLFO, S. da R., DELLANGNELO, E. H. L. Sentido do trabalho e racionalidades instrumental e substantiva. In: Revista de Administrao Contempornea. Rio de Janeiro, v.16, n.2, mar./abr., 2002, p.206.ARENDT, Hannah. Sobre a violncia. Rio de Janeiro: Relume Dumar, 1994.FARIA, J. H de. MENEGHETTI, F. K. O seqestro da subjetividade. In: FARIA, J. H de (Org.). Anlise crtica das teorias e prticas organizacionais. So Paulo: Atlas, 2007, Cap.2 p.45-67.MORGAN, Gareth. Imagens da Organizao: edio executiva. 2. Ed So Paulo: Atlas, 2002.

MORIN, E. M. Os sentidos do trabalho.In: Era Executivo. So Paulo, v.1, n.1, ago./set./out., 2002, p.74.SERVA, M. (1996).Racionalidade e organizaes: o fenmeno das organizaes substantivas(Tese de doutorado). Fundao Getlio Vargas, So Paulo, SP, Brasil.SERVA, M. (1997a). A racionalidade substantiva demonstrada na prtica administrativa.Revista de Administrao de Empresas, 37(2),18-30.

SERVA, M. (1997b). Abordagem substantiva e ao comunicativa: uma complementaridade proveitosa para a teoria das organizaes.Revista de Administrao Pblica, 31(2),108-134.TOLFO, S. R., & Piccinini, V. (2007). Sentidos e significados do trabalho: explorando conceitos, variveis e estudos empricos brasileiros [Edio Especial].Psicologia & Sociedade, 19,38-46.