Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará - FAPESPA ... · nome do meu pai é Leonardo da...

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ICAAF 159/2009 00 Fapespa 022/2008 Janeiro, 2011 Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará - FAPESPA DIGITAL ILHA DAS ONÇAS Projeto aprovado no edital 022/2008 do Programa Navega Pará . Informativo do Projeto Tecnologia e Comunicação: Processo de Inclusão Digital na Ilha das Onças

Transcript of Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará - FAPESPA ... · nome do meu pai é Leonardo da...

ICAAF 159/2009

00Fapespa 022/2008

Janeiro, 2011

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará - FAPESPA

Digitalilha

Das Onças

Projeto aprovado no edital 022/2008 do Program

a Navega Pará .

Informativo do ProjetoTecnologia e Comunicação:Processo de Inclusão Digital na Ilha das Onças

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Ilha das Onças Digital é uma publicação do Projeto Tecnologia e Comunicação, financiado pela FAPESPA. É permitida a reprodução de seu conteúdo editorial, desde que mencionada a fonte.

Navegue conoscoentre a Internet e a

Ilha das OnçasFoto

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a Tav

ares

Digital

Informativo do ProjetoTecnologia e Comunicação:

Processo de Inclusão Digital na Ilha das Onçasilha

Das Onças

Editorial

Este Informativo Digital é o resultado da pro-dução tecnológica, textual e fotográfica de 22 alunos ribeirinhos selecionados para o Pro-jeto Tecnologia e Comunicação: Processo de Inclusão Digital da Ilha das Onças, localidade situada no município de Barcarena. O projeto incidiu em três processos pedagógicos diferen-ciados: cursos de informática, fotografia e de produção de texto jornalístico.

A equipe de jornalistas mirins é formada por: Alana Carolini Ferreira Oliveira, Alessandra Amorim Medeiros,

Alesson Anjos Costa, Ana Júlia Teles Medeiros,

Ana Rafaela Oliveira Guedes, Ariel Lima Teixeira,

Carlos Ariel Lima Teixeira, Carolina Santos Fonseca,

Daniel Pereira do Nascimento, Daniele de Nazaré de Souza da Silva,

Erick Edgar, Ester Mayara da Silva Alves, Gislene Medeiros da Silva,Ivana Nascimento de Brito,

Joice Oliveira da Costa, José Mailson de Menezes Silva,

Joycelene do Socorro Araújo Miranda, Juliana do Socorro Araújo Miranda,

Marcilena Teles da Silva, Maria Mercedes Santos de Souza,

Natalia de Oliveira Araujo e Thayane Lopes Teixeira.

Ana Lídia Maracahipe

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁSimão JateneGOVERNADOR

FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DO PARÁMário Ramos RibeiroDIRETOR-PRESIDENTE

ILHA DAS ONÇAS DIGITALPublicação desenvolvida pelos alunos e Professores do Projeto Tecnologia e Comunicação: processo de Inclusão Digital na Ilha das Onças (edital 022/2008)

COORDENADORA GERALAna Lídia da Conceição Ramos Maracahipe

EDITORESAna Lídia Maracahipe e José Sena da Silva Filho

PROJETO GRÁFICOAlunos do projeto, Ana Lídia Maracahipe, Mara Ro-drigues Tavares e Anderson Coelho

FOTO DA CAPAMara Rodrigues Tavares

FOTOSAlunos do Projeto, Mara Rodrigues Tavares, Ander-son Coelho e Fernanda Moreira

PROFESSORESAnderson José da Costa Coelho, Antonia Priscila Fer-nandes Araújo, Israel Tiago Alves da Silva, Jonatas Alves da Silva, Jose Sena da Silva Filho, Maécio Mon-teiro Monteiro, Mara Rodrigues Tavares, Reinaldo Silva Santana e Renato Baena Godinho

COLABORADORESProfª Drª Maria do Socorro Simões, Andréa Furtado, Ednelson Palheta, Fernanda Moreira, Maria de Fáti-ma Teles, Paulo Henrique Gadelha, Suzana Lopes

Universidade Federal do ParáRua Augusto Corrêa, n° 01 – Guamá CEP 66075-110 – Belém –Pará Fone (091) 3201-7629.E-mail: projetoilhadasonç[email protected] www.ilhadasoncas.wordpress.com

Ficou Curioso pra saber

onde fica a Ilha das

Onças?

Belém

Ilha das Onças (Barcarena/PA)

Os primeiros habitantes foram os índios Aruans (...) O historiador Theodoro Braga refere que, antes de 1709, as terras hoje ocupadas pelo Município de Barcarena eram conhecidas pelo nome de Fazenda Gebirié e, mais tarde, como “Missão Geribirié”, de propriedade dos padres jesuítas, antes de converter-se em Freguesia de São Francisco Xavier de Barcarena. Sua história se acha bas-tante vinculada, até os primeiros trinta anos de século XX, aos acontecimentos políticos-administrativos e territoriais do Município de Belém. No Decreto-Lei de nº 2.972, de 31 de março de 1938, a denominação oficial do lugar aparece como Barcarena, considerada simplesmente como distrito da jurisdição de Belém. Pelo Decreto-Lei Estadual nº 3.331, de 31 de outubro de 1938, Barcarena perdeu o território da área do Caeté, em favor do município de Mojú. Somente mediante a promulgação de Decreto-Lei Estadual nº 4.505, de 30 de dezembro de 1943, Barcarena foi reconhecida como Município do Estado do Pará, fixando seus limites e sua localização geográfica. Em 1956, foram reconhecidos como seus distritos Barcarena e Murucupi, com os quais configura seu território até hoje.

Os seus historiadores referem-se que o nome desse município se originou da presença, no assentamento populacional, de uma grande embarcação que havia sido batizada como “Arena”, e à qual os habitantes do lugar chamavam de barca. A junção das duas palavras fez com que a localidade ficasse conhecida como Barcarena.

Fontes: www.cnm.org.br e www.wikipedia.com.br

História de Barcarena

Oi, meu nome é Alesson Anjos, tenho 13 anos, moro na Ilha das Onças, no furo do Nazário. Tenho seis irmãos. O nome do meu pai é Leonardo da Silva Costa e o da minha mãe é Iracema dos Santos Anjos. Moro com meus pais. Eu faço aniversário no dia 17 de setembro. Faço a 6ª série na Escola Laurival Campos Cunha. Tenho um sonho de me tornar um administrador de empresas. As pessoas mais

importantes para mim são os meus pais. Meu sonho é ter um computador. Meu melhor amigo é o Patrick.

Meu nome é Ana Júlia. Tenho 12 anos. Eu sou estudante da Escola Laurival Campos Cunha. Eu sou solteira e moro na Ilha das Onças. Gosto de ir para as festas nos finais de semana. A música que eu mais gosto é a do Tisuname. Eu tenho três irmãos, os nomes deles são: João, José e Cristiano. A minha mãe se chama Antônia e o meu pai

José Vitor. O meu sonho é ser jornalista. Eu quero muito entrevistar o Luan San-tana e o Vitor e Léo.

Me chamo Ana Rafaela e gosto muito de ler livros. Eu gosto da vida aqui na Ilha. Eu sou uma menina muito legal e divertida e acredito que as pessoas me achem as-sim. Meu signo é câncer e eu tenho cinco irmãos. Eles se chamam: Macleisom, Ana Caroline, Ana Cláudia, Júnior e Max Alan. Gosto muito de brincar. Eu acho o meu curso muito legal, os professores também são muito legais. A

professora Ana Lídia é muito engraçada. Não gosto de gente que fala mal dos outros, eu também não falo mal de ninguém. Eu faço a 5ª série e estudo na Es-cola Laurival. Meu sonho é me formar em Medicina. E a pessoa mais importante para mim é meu pai e minha mãe e todos os meus parentes.

Meu nome é Ariel, tenho 13 anos. Eu estou na 6ª série e estudo na Escola Laurival. Eu sou moreno de cabelos pretos e olhos pretos. Eu moro na Madre Deus, com meus pais. Eu gosto de brincar de bola. Eu sonho em ter um computador. Eu quero ser jornalista. Minha mãe é a pes-soa mais importante pra mim. Eu tenho quatro irmãos.

Eu me chamo Alana Carolini, tenho 13 anos, nasci em 1997, no dia 23 de julho. Gosto muito de festa. Gosto de praia. Eu brinco de bola, queimada e vôlei. A minha matéria preferida é História e Educação Física. Faço a 6 ª série. Gosto de ver jogo de futebol. Quando eu vou em festa, gosto de dançar com o marido da minha prima ou com o meu primo, nós dançamos em qualquer festa.

Gosto de ser uma pessoa legal com os outros. Eu trato as pessoas com carinho, mas eu sou estressada.

Oi! Meu nome é Alessandra. Tenho 12 anos. Moro na Ilha das Onças. Gosto de estudar todas as matérias, inclusi-ve matemática. O nome do meu pai é Francisco e o da minha mãe é Sandra. Os nomes dos meus irmãos são: Gefferson, Willian e Wellington. Gosto muito dos meus irmãos, dos meus primos e de toda a minha família.

Meu nome é Carlos Ariel, tenho 11 anos. Eu estudo na Es-cola Laurival, moro no furo Madre Deus, com meus pais e meus irmãos. Gosto de brincar de qualquer coisa, menos brincadeira de mulher. Meu sonho é ter um computador e uma máquina de bater foto. A pessoa mais importante para minha vida é meu pai e minha mãe.

Eu me chamo Carol. Tenho 14 anos. Moro com meus pais no Piramanha. Os nomes dos meus pais são: Cleonice e Luciano e tenho um irmão muito atentado, ele se chama Bruno. Eu gosto de ir em festas nos finais de semana, jogar futebol e ir nas casas das minhas amigas, conversar. Ah! Eu também gosto muito de assistir filmes, só em fi-nais de semana. Eu sou alta. Eu estudo na Escola Laurival

Campos Cunha, faço a 6ª série. Eu ainda não sei o que eu quero ser quando eu for adulta. A pessoa mais importante, em primeiro lugar, é Deus e depois meus pais, é claro. Eu sou vaidosa, gosto de me arrumar bem. Mas eu sou um pouco chata, pois gosto de ver a casa toda arrumada.

Meu nome é Daniel. Eu faço aniversário dia 04 de feverei-ro. O nome do meu pai é Joelsom e da minha mãe é Ros-ilene. Moramos na Ilha das Onças. Meu pai trabalha com açaí e a minha mãe como vendedora de roupa. Eu gosto de jogar. Eu estudo na Escola Laurival. Quando eu termi-nar os estudos, quero fazer um curso de desenhista. Meu maior sonho é morar em Belém e ter uma bicicleta. As

pessoas mais importantes na minha vida é a minha família. Eu gosto de ajudar as pessoas, principalmente a minha família. Eu vou para a igreja nos finais de semana e gosto de passear.

Meu nome é Daniele, tenho 12 anos. Nasci no dia 30 de setembro de 1998. Estudo na Escola Laurival Campos Cunha. Tenho uma irmã, que se chama Dara. Minha mãe se chama Sandra e o meu pai se chama Expedito. Eu gos-to muito de ir as festas, me divirto bastante com minha família e meus amigos. Estou cursando a 6ª série do en-sino fundamental. Eu moro no rio Piramanha, com meus

pais. O meu maior sonho é acabar meus estudos e me formar como professora de português. As pessoas mais importantes para mim são os meus pais.

Meu nome é Edgar. Tenho 10 anos e eu acordava muito cedo para ir pra Belém pegar o carro que ia até o Curro Velho e eu gostava muito do curso de informática.

Eu me chamo Ester Mayara, moro na Ilha das Onças, con-vivo aqui. Meu sonho é ser médica ou advogada, estou estudando para que meu sonho se realize. Eu estou na fase da adolescência, mas me sinto muito bem morando na Ilha. Quando não tem açaí eu fico triste, porque já me acostumei. Mas não é por causa disso que vamos deixar de viver em alegria, na paz.

P e r f i l

Eu me chamo Gislene Medeiros. Tenho 13 anos e moro na Ilha das Onças. Sou filha de Maria e de Elodio. Gosto de estudar e de ir as festas. Sou muito feliz com minha família. Tenho cinco irmãos. Amo minha mãe e o meu pai. Pra mim eles são as coisas mais sagradas do mundo.

Meu nome é Ivana, tenho 14 anos. Vou contar um pouco da minha vida. Gosto muito de estudar e de sair aos fi-nais de semana. Quando vou para escola tenho que acor-dar cedo. 5:30 da manhã eu tomo café e fico esperando o barco passar. Chegando na escola ficamos esperando o professor.

Meu nome é Joice, tenho 12 anos, moro na Ilha das Onças, estudo na Escola Laurival Campos Cunha. Minha melhor amiga é a Jéssica. Eu tenho olhos verdes. Tenho três irmãos, eles se chamam Cristiano, Adriano e Jhony. Os meus pais se chamam Adilson e Raimunda. Eu faço aniversário no dia 17 de julho. Meu sonho é ser profes-sora ou médica. Meu passatempo é escrever. Eu gosto de

ir pra festa nos finais de semana. As vezes eu fico triste, quando não vou para escola e quando não passo de ano. Eu estou cursando a 5ª série. Se eu pudesse mudar o mundo eu mudaria a violência e a poluição do meio ambiente. Isso é o que eu sou.

Meu nome é José Mailson, tenho 13 anos, estudo na Es-cola Laurival Campos Cunha. Eu sou meio alto, moreno, cabelos pretos. Gosto muito de estudar e de mexer em computador. A minha matéria preferida é arte. Curso a 6ª série. Meu sonho é continuar meus estudos e me formar em técnico em informática. Meu sonho é ter um computador. Moro na Ilha das Onças, no furo Madre

Deus, com meus pais. A pessoa mais importante em minha vida, em primeiro lugar é Deus e em segundo minha mãe e minha família. Eu gosto de brincar no computador.

Oi, meu nome é Joycelene Araújo, tenho 14 aninhos, nasci no dia 25/08/1995. Eu moro no rio Piramanha, fica localizado na Ilha das Onças. Eu pedrdi meu pai com 10 anos. Eu tenho o sonho de ser da Marinha ou da Polícia. Bom, eu tenho vários amigos, gosto de tomar banho de rio, não gosto de andar de casco.

Meu nome é Juliana Araújo, tenho 12 anos, tenho olhos castanhos, cabelos compridos. Me acho bonita. As pes-soas da minha família me acham parecida com a minha mãe. Eu tenho dois irmãos. Um homem e uma mulher. Ele se chama José Diego e ela Joycelene. Eu me divirto nos finais de semana indo para as festas, é o que eu mais gosto de fazer. Eu sou muito feliz, mas muitas vezes eu

fico triste e irritada. Por que falar de mim é fácil, difícil é ser Eu.

Me chamo Marcilena, tenho 12 anos, gosto de uma pes-soa muito especial. Gosto das músicas do Luan Santana e do Justien Bieber, pois eles são meus cantores favoritos.Gosto de arrumar a casa. Estou fazendo à 6 ª série, estudo na escola Laurival Campos Cunha. Moro no Piramanha baixo, com minha família. Meu sonho é ser jornalista, atriz, advogada ou professora. Quando eu for adulta

quero ser atriz. A pessoa mais importante é a minha mãe.

Meu nome é Maria Mercedes, tenho 13 anos. Moro no Furo do Nazário. O nome da minha mãe é Maria do So-corro e o do meu pai é José Milton. O nome da minha avó é Maria do Socorro e o do meu avô é José. O nome do meu irmão é Werbiston e o nome dos outros irmãos por parte de pais: Tedmax, Tafarel, Tarcila, Tarcio. Meu sonho é ser muito feliz e ter um bom emprego. As frutas que eu

mais gosto são a maça e a uva. A minha melhor amiga é a Leonice e a Letícia. O professor que eu mais gosto é o José Carlos. A comida que eu mais gosto é carne assada. Meu time do coração é o Paysandu. Eu estudo na escola Laurival Campos Cunha e estou na 6ª série. Eu moro com meu irmão e minha mãe. O que eu mais gosto de fazer é ir para festa. Quando eu crescer quero ajudar minha família. As pessoas mais importantes para mim são minha mãe e meu irmão.

Meu nome é Natália, tenho 12 anos, moro no rio Pira-manha com os meus pais. Meu pai se chama Alcir e minha mãe Orlandina. Tenho um irmão e duas irmãs. Meu irmão se chama Ronald e minhas irmãs se chamam Rafaela e Camila. Eu moro em uma casa de madeira, com dois quartos, uma sala e uma cozinha. Nos dias de se-mana eu vou para a escola. Nos finais de semana eu vou

para a igreja. Eu sonho em um dia ser médica. Eu estudo na Escola Laurival Campos Cunha e estou cursando a 6ª série. Eu gosto de ir para a casa da Dani, pra gente conversar e brincar de queimada, Boli-boli, vôlei, futebol. As quatro pessoas que eu considero mais importantes são, primeiramente Deus, meus pais e minha colegas.a

Eu me chamoThayane, tenho 13 anos, moro na Ilha das Onças. Eu gosto muito de música sertaneja, principal-mente das músicas do Luan Santana. E também gosto de escrever. O nome do meu pai é José Maria, ele não mora comigo, mas é muito legal. O nome da minha mãe é Nilcilene. Eu gosto muito de escutar música sertaneja. O meu sonho é um dia encontrar com o Justin Bieber.

Quando eu crescer eu gostaria de ser advogada. A pessoa mais importante pra mim é a minha mãe e várias outras pessoas.

Governo do Estado do Pará Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará

Universidade Federal do Pará

P e r f i l

11 Galeria

A Ilha das Onças 14

Cultura 18

20 Educação

10 Processo de Inclusão Digital

22 Meio Ambiente

24 Tecnologia

E muito + 26

R o t e i r o

Processo deInclusão Digital

por Ana Lídia Ramos, José Sena Filho e

Mara Tavares

O objetivo central do projeto Tecnologia e Comunicação: processo de Inclusão Digital na Ilha das Onças era o de uti-lizar o potencial das tecnologias na elaboração de um produto midiático (informativo digital) como meio de integração, so-cialização e trocas de experiên-cias, informação e conhecimen-to dos moradores/estudantes, entre 10 e 14 anos, da Ilha das Onças. É importante destacar que nos meses de realização do projeto, profissionais de diver-sas áreas tentaram dar vida a um projeto que tentou envolver dois processos: o da Inclusão Social e o da Digital. Durante vários meses esses profissionais se debruçaram em planos de aula, ora direcionados a leitura e a produção de textos jornalís-ticos, ora voltados ao processo de inclusão digital nas aulas de

informática básica e ora perpas-sados pela/na leitura e produ-ção imagética das aulas de foto-grafia.

Processo de Inclusão Digital As aulas priorizaram os Conhe-cimentos Básicos de Informáti-ca: a Suíte BrOffice e a Internet Básica.

Produção de textualDesenvolvidas na Escola Muni-cipal Laurival Campus Cunha da Comunidade Ilha das Onças, Furo do Nazário, e no Infocen-tro Curro Velho, as atividades de ensino de leitura e produção de texto jornalístico seguiram metodologias diferenciadas di-vididas em quatro etapas. A pri-meira etapa concentrou aten-ção em atividades de ensino no contexto escolar. A segunda concentrou atenção em ativi-

dades de ensino nos contextos escolar e não escolar. A terceira etapa incidiu na produção de pautas e entrevistas e na apre-sentação dos seguintes tópicos, respondidos durante as aulas: Como são feitos os jornais? De que forma são rastreadas as notícias? Quem as escreve? De onde vem as imagens que nos revelam os fatos? O que pode e o que não pode ser notícia? Enfim, como funciona a reda-ção de um jornal? O que faz o repórter para obter suas notí-cias? Aonde vai? Com que fala? Quem obtém as imagens para as matérias? Todos os textos produzidos são aproveitados? E a última etapa incidiu na se-leção, edição, criação do blog e publicação do material produzi-do ao longo do projeto.

FotografiaAs atividades relacionadas à fo-tografia tiveram os seguintes ei-xos de trabalho: introdução ao olhar fotográfico, características técnicas - operação de câme-ra digital e produção de vídeo (teórica); características técni-cas – operação de câmera digi-tal (prática); sensibilização do olhar; e, noções básicas de foto-jornalismo. Para trabalhar com fotografia se fez necessário pri-meiramente desenvolver uma sensibilidade para o olhar, uma habilidade para leitura de ima-gens, uma vez que elas estão presentes em nosso cotidiano e principalmente nos espaços vir-tuais. Nesse sentido se escolheu trabalhar com o “letramento vi-sual”, partindo do pressuposto de que as imagens podem ser li-das em seus códigos específicos constituindo-se de significados num processo de leitura.

Foto

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Alunos assistem aula de Informática no Infocentro da Fundação Curro Velho (Belém).

Processo de Inclusão

10 Informativo Ilha das Onças Digital

Oficinas de InformáticaGaleria

11 Informativo Ilha das Onças Digital

Oficinas de Produção Textual

12 Informativo Ilha das Onças Digital

Oficinas de Fotografia

13 Informativo Ilha das Onças Digital

A ilha das Onças é um lugar bacana, com-posto por muitos habitantes e vários rios

pequenos. Quem não conhece a Ilha das On-ças quando vier aqui vai adorar o lugar por que tem vários lugares como: sedes onde acontecem festas, bares, mercearias.

As pessoas que moram na Ilha trabalham na colheita do açaí e de várias frutas como: bana-na, jambo, ingá, taperebá, cupuaçu e etc. Mas quando chega o inverno, que acaba com açaí e as frutas, eles não tem em que trabalhar. Mui-tas pessoas sofrem com isso porque acaba o açaí que é o principal meio para eles poderem ganhar dinheiro, para poderem se sustentar. Por uma parte morar na Ilha é bom por outra parte é bem difícil para nós.

Anderson Coelho

por Juliana do Socorro

A vida na Ilha das Onças é muito legal. Tem vá-rios lugares interessantes, a metade é claro, eu não conheço. Aqui tem vários furos. Esses furos são: Bota, Ilhinha, Furo do Nazário. O que mais nós gostamos de comer, eu acho, é açaí, cama-rão, peixe e muitas outras coisas. O que mais nós gostamos de fazer é ir pra festa, andar de casco de barco.

Os lugares que são mais bonitos para visitar é ir para o igarapé, eu acho um lugar interessan-te porque é onde eu moro. E também é legal ir para o igarapé Ilhinha, eu me sinto ótima aqui.

A Ilha das Onças é um lugar super legal. Quem visita a Ilha das Onças sente logo vontade de ficar aqui. Eu gosto muito de morar aqui, eu acho que todo mundo gosta de morar aqui. Eu espero que esse lugar continue lindo, espero que essa beleza nunca acabe. É um lugar onde eu nasci, cresci e espero morrer aqui.

Ela é bonita por que os lugares são bonitos, por que aqui tem várias casas e várias pessoas pobres, mas legais que gostam muito de todos os visitantes. Se os visitantes forem legais com todo mundo eles também serão legais com to-dos os visitantes.

A Vida na Ilha das Onças

Cotidiano ribeirinho

O casco é mais um exemplo de transporte

Realidade Ribeirinha

Rabeta é um barco que é apro-priado pra carrera, é veloz. E muitas vezes ao inv és de colo-car no motor o diesel eles colo-cam um rabudo, que na loja é chamado de rabeta. O casco é pequeno e cabe poucas pessoas e e é mais apropriado para remar. É tipo de madeira talhada e queimada para fazer o casco.

(por Ariel Lima)

A Rabeta é um dos principais transportes da Ilha

Economia Ribeirinha

O Açaí é uma das principais fon-tes de renda dos moradores da Ilha das Onças, além de ser uma das frutas mais consumidas por essa população.

por Gislene Medeiros

A Ilha das Onças

14 Informativo Ilha das Onças Digital

Foto: Anderson Coelho e Fernanda Moreira

EntrevistasConheça os barqueiros da ilha

por Carolina Santos

seu nome é Klebson edson anjo da silva, ele tem 23 anos de ida-de e é barqueiro da esCola lauri-val Cunha. Conheça a profissão dele.

Repórter: Você é morador da Ilha das Onças? Klebson: Sim.

Repórter: Qual é o trajeto que você faz todos os dias?Klebson: Alto do Piramanha e Furo do Nazário.

Repórter: A quanto tempo você traba-lha?Klebson: um ano e meio.

Repórter: Quais as outras fontes de renda?Klebson: o açaí, a pesca com matapi.

Repórter: Quantos alunos você traz? Klebson: 21 alunos.

Repórter: Esse barco é seu? Quem é o dono?Klebson: Não. É o Raimundo.

Repórter: Como é o nome do barco?Klebson: Crispim

Repórter: Quais as formas que você encontra para se divertir?Klebson: festas e jogos de fu-tebol.

Repórter: Você pretende continuar os estudos?Klebson: Não.

por José Mailson

denildo Cruz nasCimento é um dos barqueiros da esCola lauri-val Campos Cunha e Contou um pouCo do seu dia-a-dia na entre-vista que voCê vai ler a seguir.

Repórter: Qual sua idade?Denildo: 18 anos.

Repórter: Onde você mora?Denildo: moro na Ilha das On-ças Furo Madre de Deus.

Repórter: Com quantos alunos você trabalha? Denildo: 22 alunos

Repórter: Quanto tempo você traba-lha com os alunos? Denildo: três meses.

Repórter: Qual o nome do seu barco?Denildo: Cristal.

Repórter: Quais as suas outras fontes de renda?Denildo: tiro açaí.

Repórter: Você pretende estudar e se formar para arrumar outro emprego?Denildo: quem sabe um dia.

Repórter: Você já presenciou algum acidente no barco?Denildo: não.

Repórter: Quais são suas formas de se divertir ?Denildo: jogar bola.

Obrigado!

A história de Jocivan

por Marcilena Teles

Conheça a história de joCivan, barqueiro da esCola laurival Campos Cunha.

Jocivan Cardoso Lucas tem 22 anos, mora na Araraquara, trabalha na Escola Laurival Campos Cunha como bar-queiro.

Ele sofreu um acidente de barco quando estava indo a escola. Da casa de Jocivan até a escola tem aproxima-damente 01 hora e meia.

Os alunos que ele embarca são da Araraquara, Pirama-nha e do Furo do Nazário. Ele se diverte apesar de tudo. A quantidade de alu-nos que ele embarca é de aproximadamente 22 alu-nos. O barco que Jocivan trabalha não é dele. O bar-co é chamado de Morena da Ilha.

Jocivan ainda não terminou seus estudos e também não pretende estudar para arru-mar um outro emprego. O tempo que ele está traba-lhando na Morena da Ilha tem aproximadamente 04 meses de trabalho.

Barco de transporte de alunos

Foto: Anderson Coelho e Fernanda Moreira

A Ilha das Onças

16 Informativo Ilha das Onças Digital

Foto

: Mar

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ares

Ser mulher na Ilha das Onças é tão especial, no entanto todas sabem o que é morar

na Ilha das Onças. Eu sou uma moradora e estou na fase da pré-adolescência.

Nós sabemos da convivência, como no caso da dona Maria Raimunda, pois fizemos uma entrevista com ela. Ela mora aqui na Ilha das Onças há 65 anos e ela lembra que aqui era muito difícil pra eles viajarem de barco, como hoje.

As mulheres de antigamente não tinham tantas coisas como agora tem. Dona Maria conta que não tinha tanta violência, como existe agora, violência contra mulher adulta, a adoles-

cente e a criança. Não é só aqui que existe violência.

Mas a mulher que conviveu anos e anos na Ilha das Onças sabe o que é ser mulher. Muitas não querem morar em outro lugar, porque já se acostuma-ram a viver na Ilha das Onças. Muitas já se acostumaram com o açaí, o camarão, não só com isso, mas com várias outras coisas. Você mulher, que mora em Belém, que nunca veio de viagem de barco conhecer a Ilha das Onças, não tenha medo de vir, sabemos um pou-co do que é ser mulher na Ilha das Onças. Não tenha medo por que não tem onça nenhu-ma aqui, se divirta enquanto a tempo.

Eu vou falar um pouco de Mim!

Eu me chamo Ester Mayara, moro na Ilha das Onças, con-vivo aqui. Meu sonho é ser médica ou advogada, estou estudando para que meu so-nho se realize. Eu estou na fase da adolescência, mas me sinto muito bem morando na Ilha. Quando não tem açaí eu fico triste, porque já me acos-tumei. Mas não é por causa disso que vamos deixar de viver em alegria, na paz, mas tudo isso é para uma mulher trabalhadora.

A mulher cozinheira, que tra-balha em casa de família se dedica muito para que sua comida fique bem gostosa. A mulher lavadeira se dedi-ca bastante na lavagem, para que a roupa fique limpa e cheirosa. Não devemos dei-xar de conviver por causa de besteira. Hoje muitas mulhe-res estão morrendo porque se deixam levar pela vida, mui-tas estão na vida do tráfico de drogas, acertos de contas, etc. Não deixa que sua vida se torne uma coisa onde você não tenha saída. Hoje não de-vemos confiar naquelas pes-soas que não conhecemos e muitas pessoas que conhece-mos não têm um bom cará-ter, muitas pessoas convivem com traficantes. Nós mulheres devemos saber com quem es-tamos lidando, não se jogue em uma vida onde não have-rá saída, isso vai ser triste para você. Mulher, escute o que eu te digo.

“As mulheres de antigamente não tinham tantas coisas como agora tem.” E atualmente como é

por Ester Mayara

Foto

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Ser Mulher na Ilha das Onças

Cultura

18 Informativo Ilha das Onças Digital

Educação

Educação para Quem Quer

Aqui na Ilha das Onças tem aluno que gosta de estudar e tem aluno

que não gosta.

Os alunos que não gostam fi-cam matando aula, ficam do lado de fora da sala de aula fa-zendo outras coisas como es-cutar música e outras fazendo uma entrevista com o Igor, o aluno gazeteiro. Ele disse que mata aula por que não gosta de estudar e ele acha chato as aulas e os professores tam-bém. Ele também informou que quer ser astronauta.

Como ele vai conseguir isso se ele não estuda? Se ele não es-

tuda, ele nunca vai conseguir alcançar seu objetivo e nunca vai se tornar um astronauta, o sonho dele.

Nós também entrevistamos o aluno Robson, que gosta de estudar.

Robson disse no seu depoi-mento que ele já matou aula algumas vezes mas se arre-pendeu e disse que ele adora estudar. Disse que o estudo é muito importante na vida dos jovens e adolescentes e que o estudo serve para ser alguém na vida, ter um emprego digno e importante, concluiu Robson.

por Alisson Costa

A Escola Laurival Campos Cunha

A escola é localizada na Ilha das Onças, furo do Nazá-

rio. As proximidades da baia do Guajará. A escola é pintada de azul, branco e vermelho.

Ela é grande, tem 10 salas e tem mais ou menos 500 alunos, em geral. Tem alunos desde 05 anos estudando. Ela ainda não tem diretora só tem vice-diretora.

Nós alunos chegamos a escola de barco, pago pela prefeitura de Barcarena.

Tem aula de manhã, tarde e noi-te. De manhã tem até a 6ª série, a tarde até o 2º ano e a noite tem da 6ª ao 3º ano.

A escola é super movimentada por pessoas de Barcarena. Os professores são quase todos de Belém. A escola é muito bem limpa pois os funcionários são super experientes.

Aqui na escola pode estudar as pessoas de todos os anos.

A biblioteca tem livros de todos os tipos e de todas as séries.

Na secretaria trabalham mais ou menos 07 pessoas.

O ensino daqui é muito bom. Os professores são super legais e eu gosto de estudar aqui na Es-cola Laurival.

por Ana Júlia Teles

Dia-a-dia de umestudante

por Ariel Lima e Carlos Ariel

Eu e meus irmãos acorda-mos cedo, escovamos nos-so dente, tomamos café e vestimos nossa roupa e ficamos esperando o bar-queiro vim nos buscar. Va-mos conversando sobre o fim de semana, etc. Até que nos chegamos na escola e ficamos esperando os pro-fessores chegarem. Eles não vem logo para a sala, eles vão tomar café. Até que os outros alunos che-gam e nos vamos para sala estudar. Na realidade são três professores e as vezes quatro por dia. E muitas ve-zes muitos faltam, mas nós estudamos e nove e meia toca a sirene para meren-dar. E depois voltamos no-vamente para a sala e onze e meia toca sirene para irmos embora. Para cada lugar tem um barco para levar os alunos e eu e meus irmãos vamos no barco Co-mandante Renan. Quando chegamos em casa tro-camos de roupa e vamos almoçar. Depois eu e meu irmão Carlos, os outros ir-mão mais novos ficam em casa, vamos ajudar nosso pai na tiração de açaí. Ao chegarmos do mato, va-mos fazer o dever de casa e depois de terminado o de-ver de casa vamos passear de canoa, vamos na casa da vovó e do vovô. Chega a noite e vamos vê televisão, o papai liga o motor seis horas e desliga oito horas e vamos dormir.

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Conviver com a natureza é o mesmo que trabalhar com ela. Por que na na-

tureza a gente se diverte muito, como ir pra escola, pra festa com os amigos, pra praia e etc.

Na natureza os rios que nós con-vivemos são muito poluídos. Quando a maré está de lançante o rio corre muito forte. As pes-soas da Ilha das Onças jogam muito lixo nos rios, por isso fica poluído.

Em Belém, as pessoas não têm como tomar banho no rio, só em chuveiro. Por que elas não convivem com água suja e nem com cheiro ruim. Muitas pessoas têm vontade de morar na Ilha das Onças pra saber se ela está bem ou não. Já as pessoas daqui da Ilha das Onças querem morar em Belém. Na ilha das Onças tem muitas pessoas que bebem

o açaí de almoço, no jantar, enfim em quase todas as re-feições. Mas quando chega no mês de janeiro e fevereiro, chegam os meses mais chu-vosos e pobres que existem.

Na natureza tem muitas plan-tas bonitas, animais bonitos e engraçados. As pessoas tomam banho várias vezes ao dia, porque o calor é muito forte e tem muita gente que passa mal, como os senhores mais idosos.

As lanchas que levam pas-sageiro pra Belém e pra Bar-carena são grandes e passam de hora em hora pelo furo do Nazário e pela baia da Bar-carena. Pra banda da manhã não chove, mas pra banda da tarde chove. Essa é a história da Ilhas das Onças e de como conviver com a natureza.

por Marcilena Teles

Poluição dos Rios

Normalmente a gente convive com um rio muito sujo, devido a falta de conscientização das pessoas. Não das pessoas que moram aqui, mas também de todos, por que as pessoas daqui jogam todo o lixo que acumula nas suas casas e também as fo-cas que passam seus banheiros despejando tudo na água e mui-tos passageiros que jogam lixo na água. Quando a maré invade entra muito lixo no terreiro na escola e depois que a maré seca é possível ver o lixo ao redor da escola. Mas nem todo lixo que fica ao redor da escola é trazido pela água. Boa parte é jogado pelos alunos que ao invés de jogarem na lixeira jogam no ter-reiro da escola e depois quando a maré a invadir ela leva tudo pro rio.

Essa ação do ser humano preju-dica muito a vida de todos e principalmente dos peixes que acabam morrendo. Muitas pes-soas da Ilha sobrevivem da pes-ca, se as pessoas não pararem de jogar lixo nos rios, daqui há alguns anos os peixes irão sumir, os rios irão secar e vai ser im-possível conviver sem água, em um planeta tão grande. As pes-soas utilizam a água para várias tarefas do dia-a-dia, algumas utilizam a água do rio para be-ber, mas outras mandam buscar no cafezal, devido a água está muito contaminada. Na minha opinião eu acho que as pessoas deveriam dar mais valor a água que tem, por que muitas pes-soas vem enfrentando muitas secas em alguns lugares a falta de água muito grande. Aqui tem um rio enorme com peixes e ca-marões, mas se as pessoas não pararem de jogar lixo nos rios tudo vai sumir.

por Natália Oliveira

A natureza como fonte de renda e de moradia

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Convivendo com a natureza

Meio Ambiente

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Foto: Anderson Coelho e Fernanda Moreira

por José Mailson

As Tecnologias na Ilha das Onças

A Ilha das Onças não tinha muitas tecnolo-gias. As pessoas não

usavam grupos geradores, não utilizavam televisão, nem celulares, era tudo sem tecno-logia. A única coisa que exis-tia era lamparina, etc. Nesse tempo essas coisas eram mui-to úteis nas vidas das pesso-as. Agora tudo mudou, pois existem várias tecnologias. A Ilha mudou completamente existem várias tecnologias.

Grupos geradores

Esta tecnologia é uma das tecnologias mais úteis porque os utensílios que existem nas casas d a s pessoas são ge-radas a energia. Para poder as-sistir televisão ou colocar o celular na carga e até

para bater açaí as pessoas precisam do gerador. Senão tivesse o motor não se podia bater açaí.

A máquina de bater açaí

Esta máquina é uma tecno-logia muito boa para a vida das pessoas. As pessoas tiram o açaí e quan-do chega a hora de jantar colo-cam o motor pra funcio-nar e ligam a máquina para bater o

seu açaí. A máquina também é uma

fonte de renda para as pes-soas porque elas batem o açaí e ven-dem para outras pes-

soas.

Aparelho celular

Esta também é uma das tec-nologias mais úteis nas vidas das pessoas porque o celular faz ligação, envia mensagem e da até para escutar música. E também para fazer alguma chamada de emergência as pessoas usam o celular para ligar. Já aconteceu caso de alguém adoecer ou ter filho e o celular ajudar a ligar para o hospital.

A televisão e o aparelho de DVD

A televisão é uma ótima tec-nologia. Pela televisão as pessoas podem saber de vá-

rias notícias. Podem ser novelas, um filme. Pelo

aparelho de DVD as pessoas têm

como ver fil-mes, como

intermé -dio da te-levisão.

A tecno-logia tam-

bém é uma forma de se loco-

mover. Tem gente que faz rabeta. A rabeta para bar-co é um pequeno motor que as pessoas usam em barcos, etc. Essas tecnologias ajudam muito as pessoas.

Tecnologia

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por Joice Oliveira

No dia 01 de outubro de 2009 eu fui operada de apendicite no pronto socorro da 14. No dia que começava a minha 4ª avaliação. Eu passei 05 dias no hospital da 14. No dia 06 de outu-bro eu fiquei de alta. Eu vim para casa e comia bem, eu dormia bem. Mas passou alguns dias e eu já não comia e não dormia. Meus pais me levaram ao hospital do povo e eu me tratei e fiquei com saúde. Eu votei as aulas e eu fiquei muito feliz e meus cole-gas também.

Aventura do meu dia-a-dia

por Maria Mercedes

Eu me acordo 06h30 e vou logo tomar banho e escovar os dentes. Depois que me visto penteio os meus cabelos e coloca brincos, pulseiras, anel, etc. Depois que eu faço tudo isso eu fico esperando a lancha. O barco que eu vou para a escola se chama Morena da Ilha. O meu barqueiro é super legal. Depois que eu chego na escola eu e minha melhor amiga Thayane ficamos an-dando de um lado para o outro e comprando bombons. O professor que nós mais gostamos na escola é o professor José Carlos, de portu-guês. Eu não merendo o lanche da escola, eu e a Thayane compramos hot dog para merendar. Eu acho os meninos muito chatos, alguns são legais. As meninas muito metidas e outras muito antipáticas e outras muito legais.

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c o t i d i a n o

27 Informativo Ilha das Onças Digital

P a i s a g e n s

28 Informativo Ilha das Onças Digital

E s p a ç o s

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E q u i p e

Competência, eis a palavra que melhor qualifica a pro-fessora voluntária de produção textual, Maria de Fátima. Ela é graduanda em Letras e durante vários meses mos-trou o quanto gosta de ser educadora contribuindo com a formação de todos os alunos do projeto.

Renato é graduado em Arquitetura, pela UFPA. Mas também é conhecido pela sua dedicação e responsabi-lidade. Além de tudo isso, durante aulas de informática mostrou o quanto entende de tecnologia.

Graduando em Letras pela UFPA, Reinaldo, também conhecido como Guaxe, atua na área de audiovisual. Foi por isso que por vários meses trabalhou nas aulas de fo-tografia, levando alegria e dinamicidade as suas aulas.

Decidida a colaborar com ações voltadas as questões sociais e culturais, a fotógrafa Fernanda Moreira não perdeu tempo e entrou como volutária do Projeto Tec-nologia e Comunicação. Foi assim que por alguns meses registrou e intergiu com todos os alunos do projeto.

Anderson é formado em Letras, além disso, é um dos fotógrafos mais criativos e competentes da cidade de Belém. Nos meses de realização do projeto, ele trouxe excelentes contribuições para formação humana e edu-cacional dos alunos do projeto.

A Jornalista Suzana Lopes misturou muita dedicação, competência, responsabilidade e amor nas aulas que ministrou volutariamente no projeto.

Maécio é conhedido pelos brilhantes trabalhos gráfi-cos que elabora. Mas para os alunos do projeto ele será lembrado como o professor que mostrou as inúmeras ferramentas e possibilidades da Internet.

Em tempos de convergência digital as palavras de ordem são: interatividade, mobilidade e conectividade. E esses foram alguns dos temas tratados pelo brilhante Tiago, professor de infomática do projeto. Tiago é, também, um dos mais talentosos profissionais do estado.

Uma das formas mais diretas de atuar na sociedade é tentar garantir ao maior número de pessoas o direito a informação. Essa é a ideologia que impulsiona Paulo Henrique, estudante de Jornalismo da UFPA, que duran-te vários meses atuou como voluntário do projeto.

Ana Lídia possui Pós-graduação em Letras. Atualmente é aluna do curso de Comunicação Social da UFPA. Coor-denou o projeto, com a ajuda de vários profissionais, é só então pôde entender a dimensão dos problemas sociais que assolam a realidade ribeirinha.

Quando falam de Mara Tavares duas palavras se repe-tem: talento e sensibilidade. Ela é graduada em Letras e graduanda de Jornalismo. Profissional e dedicada, du-rante alguns meses ela encarou o desafio de mediar o curso de fotografia no projeto.

Estilo e carisma são algumas características de José Sena. Além disso, ele é uma pessoa decididamente apai-xonada pela docência. Mesmo em uma época, na qual as ideologias parecem perdidas, Sena, como é conheci-do, é adepto de uma grande causa: a educação.

Jonatas é formado em Letras e é movido por ideolo-gias. Uma delas reside na melhoria da educação. E foi acreditando nisso, que ele se dedicou a tornar o projeto uma realidade significativa na vida dos 22 alunos duran-te as aulas de produção textual.

Estudante de Letras pela UFPA, Antônia Priscila possui curso Técnico de Comunicação Social. Na universidade atua como bolsista CNPq no projeto IFNOPAP. Além disso, é voluntária da Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Belém. Trabalhou no projeto como monitora.

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O b r i g a d o !

Como não podíamos esquecer de ninguém, criamos este espaço como um meio e um modo de declarar nosso MEGA/ULTRA/GIGA OBRIGADO a todas as pessoas e Instituições que transformaram o projeto Tecnologia e Comunicação em realidade. São elas:

Profª Maria do Socorro Simões (UFPA),

Andréa Furtado (UFPA),

Profª Odilene de Menezes Silva (Escola Laurival Cunha),

Fundação Curro Velho (Infocentro),

IFNOPAP/ Campus Flutuante (UFPA),

Profª Rosa Brasil (UFPA),

José Rodolfo dos Reis Silva,

Leonardo Baima (UFPA),

Érika de Aquino (UFPA),

Elissandra Cristina Batista (UFPA),

Robson Ruas (UFPA),

Raphael Brito (UFPA),

Pedro Henrique Tomaz Maia (UFPA),

Andreza Santos da Silva (UFPA),

Daniel Prestes (UFPA),

Faculdade de Comunicação Social (UFPA),

Seu Pedrinho (UFPA) e

Todos aqueles que participaram do Projeto.

O Projeto Tecnologia e Comunicação foi concebido após inúme-ros exemplos de ações educacionais, ambientais e culturais coorde-nados pela Professora Maria do Socorro Simões, em comunidades ribeirinhas. E a execução só foi possível graças ao apoio diário da Pro-fessora Odilene, na época vice-diretora da Escola Laurival Cunha.

PerfilMaria do Socorro Simões (esq.)É professora da UFPA, coordenadora do Projeto IFNOPAP (O imaginário nas formas narrativas orais populares da Amazônia pa-raense). É a idealizadora do Programa Cam-pus Flutuante que dará origem ao primeiro Campus Universitário Flutuante do Brasil.

Odilene de Menezes Silva (dir.) É professora e moradora da Ilha das Onças. Dedicada e responsável, ela foi uma das principais colaboradoras para o sucesso do Projeto.

E x e m p l o s

de Vida

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁSimão Jatene

GOVERNADOR

FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DO PARÁMário Ramos Ribeiro

DIRETOR-PRESIDENTE

ILHA DAS ONÇAS DIGITALPublicação desenvolvida pelos alunos e Professores do Projeto Tecnologia e Comunicação: processo de

Inclusão Digital na Ilha das Onças (edital 022/2008)

COORDENADORA GERALAna Lídia da Conceição Ramos Maracahipe

APOIOUniversidade Federal do ParáIFNOPAP/Campus Flutuante

Rua Augusto Corrêa, n° 01 – Guamá CEP 66075-110 – Belém –Pará

Fone (091) 3201-7629.

INFORMAÇÕESE-mail: projetoilhadasonç[email protected]

www.ilhadasoncas.wordpress.com

Realização Apoio

t e c n O l O g i a c O m u n i c a ç ã O

Processo de Inclusão Digital na Ilha das Onças

Governo do Estado do Pará Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará

Universidade Federal do ParáIFNOPAP/Campus Flutuante