Fundamentos de contabilidade i

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FUNDAMENTOS DE CONTABILIDADE I Prof. Esp. Kleber Mantovanelli

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FUNDAMENTOS DE CONTABILIDADE I

Prof. Esp. Kleber Mantovanelli

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INTRODUÇÃO

Breve Histórico:

A história da contabilidade é tão antiga quanto à própria história da civilização. Está ligada às primeiras manifestações humanas da necessidade social de proteção à posse e de perpetuação e interpretação dos fatos ocorridos com o objeto material de que o homem sempre dispôs para alcançar os fins propostos.

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INTRODUÇÃO

Pesquisas arqueológicas descobriram em esculturas, lápides e urnas funerárias: numeração e contabilidade de bens patrimoniais, datados aproximadamente 8.000 a.C, portanto é impossível estabelecer uma data e local concreto do surgimento da contabilidade. Portanto a contabilidade como outras ciências, não houve um inventor ou descobridor, sua origem foi através do desenvolvimento das necessidades coletivas, onde o homem primitivo teve que achar um meio para registrar esses fatos para atender ao crescimento de seus bens.

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INTRODUÇÃO

Deixando a caça, o homem voltou-se à organização da agricultura e do pastoreio. A organização econômica acerca do direito do uso do solo acarretou em separatividade, rompendo a vida comunitária, surgindo divisões e o senso de propriedade. Assim, cada pessoa criava sua riqueza individual.

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INTRODUÇÃO

Ao morrer, o legado deixado por esta pessoa não era dissolvido, mas passado como herança aos filhos ou parentes. A herança recebida dos pais (pater, patris),denominou-se patrimônio. O termo passou a ser utilizado para quaisquer valores, mesmo que estes não tivessem sido herdados.

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INTRODUÇÃO

A origem da Contabilidade está ligada a necessidade de registros do comércio. Há indícios de que as primeiras cidades comerciais eram dos fenícios. A prática do comércio não era exclusiva destes, sendo exercida nas principais cidades da Antiguidade.

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INTRODUÇÃO

A atividade de troca e venda dos comerciantes requeria o acompanhamento das variações de seus bens quando cada transação era efetuada. As trocas de bens e serviços eram seguidas de simples registros ou relatórios sobre o fato. Mas as cobranças de impostos, na Babilônia já se faziam com escritas, embora rudimentares.

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INTRODUÇÃO

À medida que o homem começava a possuir maior quantidade de valores, preocupava-lhe saber quanto poderiam render e qual a forma mais simples de aumentar as suas posses; tais informações não eram de fácil memorização quando já em maior volume, requerendo registros. Foi o pensamento do "futuro" que levou o homem aos primeiros registros a fim de que pudesse conhecer as suas reais possibilidades de uso, de consumo, de produção etc.

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INTRODUÇÃO

É importante lembrarmos que naquele tempo não havia o crédito, ou seja, as compras, vendas e trocas eram à vista. Posteriormente, empregavam-se ramos de árvore assinalados como prova de dívida ou quitação. O desenvolvimento do papiro (papel) e do cálamo (pena de escrever) no Egito antigo facilitou extraordinariamente o registro de informações sobre negócios.

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INTRODUÇÃO

No período medieval, diversas inovações na contabilidade foram introduzidas por governos locais e pela igreja. Mas é somente na Itália que surge o termo Contabilitá.

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INTRODUÇÃO

Podemos resumir a evolução da ciência contábil da seguinte forma:

– Contabilidade do Mundo Antigo- período que se inicia com as primeiras civilizações e vai até 1202 da Era Cristã, quando apareceu o LiberAbaci , da autoria de Leonardo Fibonaci.

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INTRODUÇÃO

– Contabilidade do Mundo Medieval- período que vai de 1202 da Era Cristã até 1494, quando apareceu o Tratactus de Computiset Scripturis (Contabilidade por Partidas Dobradas) de Frei Luca Paciolo, publicado em 1494, enfatizando que à teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos, obra que contribuiu para inserir a contabilidade entre os ramos do conhecimento humano.

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INTRODUÇÃO

– Contabilidade do Mundo Moderno- período que vai de 1494 até 1840, com o aparecimento da Obra "La Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e Pubbliche",da autoria de Franscesco Villa, premiada pelo governo da Áustria. Obra marcante na história da Contabilidade.

– Contabilidade do Mundo Científico- período que se inicia em 1840 e continua até os dias de hoje.

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PESSOA FÍSICA E JURÍDICA

Pessoa Física (Natural) - é o ser humano considerado singularmente como sujeito de direitos o obrigações.

Nascimento: de fato - através de parto. legal - através do registro no cartório Civil de Pessoas

Físicas.

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PESSOA FÍSICA E JURÍDICA

Pessoa Jurídica (Existência abstrata) - é a unidade jurídica resultante de uma agrupamento humano organizado, estável, objetivando fins de utilidade pública ou privada, inteiramente distinta dos indivíduos que a compõem, capaz de possuir e exercitar direitos e contrair obrigações. Nascimento: – de fato - pelos atos praticados pelo comerciante de bens

e/ou serviços. – legal - através do registro no órgão competente

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CONCEITO E OBJETIVO DA CONTABILIDADE

Contabilidade é um instrumento da função administrativa que tem como finalidade: controlar o patrimônio, apurar o resultado e prestar informações aos seus usuários.

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CONCEITO E OBJETIVO DA CONTABILIDADE

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CONCEITO E OBJETIVO DA CONTABILIDADE

É o estudo e o controle do patrimônio das entidades (pessoa física e jurídica). Isso é feito por meio dos registros dos fatos e das respectivas demonstrações produzidas.

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CONCEITO E OBJETIVO DA CONTABILIDADE

O objetivo é sempre o patrimônio da entidade, definido como um conjunto de bens, direitos e obrigações, através de registros, demonstrações, análises, diagnósticos, pareceres, tabelas, planilhas e outros meios, tomando sempre como base o patrimônio.

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CAMPO DE ATUAÇÃO DA CONTABILIDADE

A contabilidade é responsável em captar, registrar, acumular, resumir e interpretar os fenômenos que afetam as situações patrimoniais. É aplicável a pessoas físicas e jurídicas, com fins lucrativos ou não e empresas de direito público, independentemente da finalidade ou da atividade destas, porém na prática sua aplicação é muito voltada para empresas, por exigências da legislação comercial e fiscal.

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MERCADO DE TRABALHO DO CONTABILISTA

O contabilista pode exercer as suas atividades na condição de: profissional liberal ou autônomo, em regime de CLT, servidor público, militar, sócio de qualquer tipo de sociedade ou diretor, exercendo as funções de: analista, assessor, assistente, auditor interno ou externo, conselheiro, consultor, educador, escritor, escriturador, fiscal de tributos, legislador, organizador, perito, pesquisador, planejador, professor ou conferencista e revisor. Essas funções poderão ser exercidas em cargos como: chefe, subchefe, diretor, responsável, encarregado, supervisor, gerente ou subgerente.

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ATRIBUIÇÃO PRIVATIVA DO CONTABILISTA

Avaliação de acervos patrimoniais. Apuração do valor patrimonial de participações,

quotas ou ações. Apuração do resultado periódico de quaisquer

entidades, análise e levantamento de balanços. Realização dos planos de determinação das taxas

de depreciação e exaustão dos bens materiais e dos de amortização dos valores imateriais, inclusive de valores diferidos e correções monetárias e reavaliações.

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ATRIBUIÇÃO PRIVATIVA DO CONTABILISTA

Escrituração regular, oficial ou não, de todos os fatos relativos aos patrimônios, por quaisquer métodos.

Classificação dos fatos para registros contábeis, por qualquer processo e respectiva validação dos registros e demonstrações.

Abertura e encerramento de escritas contábeis. Controle de formalização, guarda, manutenção ou

destruição de livros e outros meios de registro contábil.

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ATRIBUIÇÃO PRIVATIVA DO CONTABILISTA

Tradução, em moeda nacional, das demonstrações contábeis originalmente em moeda estrangeira.

Apuração, análise, cálculos e registro de custos em qualquer sistema.

Estudo sobre a destinação do resultado e cálculos do lucro.

Elaboração de orçamentos. Conciliação de contas. Organização dos processos de prestação de contas

das entidades e órgãos públicos.

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ATRIBUIÇÃO PRIVATIVA DO CONTABILISTA

Auditoria interna e externa. Perícias contábeis. Organização dos serviços contábeis quanto à

concepção, planejamento e estrutura material, bem como o estabelecimento de fluxograma de processamento, cronogramas, organogramas, modelos e formulários.

Organização e operação dos sistemas de controle patrimonial, inclusive quanto à existência e localização física dos bens.

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ATRIBUIÇÃO PRIVATIVA DO CONTABILISTA

Magistério das disciplinas compreendidas na contabilidade (conforme grau)

Elaboração de declaração de imposto de renda pessoa jurídica.

Dentre outras.

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FINALIDADE DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL

A informação contábil tem a finalidade de controle e planejamento, como meio de: comunicação, motivação e verificação. Deve propiciar informações suficientes sobre a entidade, de modo a facilitar a concretização dos propósitos, entre os quais são indispensáveis a:

Confiabilidade; Tempestividade; Compreensibilidade; Comparabilidade.

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USUÁRIOS DA CONTABILIDADE (INTERNO E EXTERNO)

Acionistas, sócios ou proprietário. Emprestadores de recursos (bancos). Credores em geral (fornecedores). Integrantes do mercado de capitais. Administradores e diretores. Funcionários (departamentos). Fisco. Outros

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PATRIMÔNIO

Uma empresa para desenvolver suas atividades, necessita de aplicações de recursos próprios e de terceiros, que se classificam em: Bens (Materiais e Imateriais), Direitos e Obrigações (Próprios e de Terceiros).

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PATRIMÔNIO

O conjunto de bens e direitos denomina-se de Ativo e a de obrigações de Passivo. Do patrimônio deriva o patrimônio líquido que é composto basicamente pelo capital da empresa (Investimento), acrescido ou diminuído dos lucros ou prejuízos.

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BENS

Tudo o que pode ser avaliado economicamente e que satisfaça necessidades humanas. Podemos classificar em:

Tangíveis, corpóreos, concretos ou materiais; Intangíveis, incorpóreos, abstratos ou imateriais.

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BENS TANGÍVEIS

Tem existência física, existem como "coisa" ou objeto.

numéricos: dinheiro de venda: mercadoria em estoque fixos ou imobilizados: representam os bens

duráveis, com vida útil superior a 12 meses - Imóveis, veículos, máquinas, instalações, equipamentos, móveis e utensílios, etc.

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BENS TANGÍVEIS

de renda: não destinados aos objetivos da empresa - Imóveis destinados à renda ou aluguel.

de consumo: não duráveis ou que são gastos ou consumido no processo. Depois de consumidos, representam despesas - combustíveis e lubrificantes, material de escritório, material de limpeza, etc.

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BENS TANGÍVEIS

Nota: Para classificar corretamente um bem, devemos conhecer:

1. a atividade da pessoa jurídica (comercial, industrial ou prestadora de serviços); 2. a especificação técnica do bem; 3. a utilidade dada ao bem (para venda, consumo ou uso); caso seja para uso, verificar se representa bem durável ou não.

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BENS INTANGÍVEIS

Não possuem existência física, porém "representam uma aplicação de capital indispensável aos objetivos da empresa, e cujo valor reside em direitos de propriedade que são legalmente conferidos aos seus possuidores, como os direitos sobre marcas e patentes, direitos autorais, ponto comercial, fundo de comércio, ações ou quotas do capital de outras empresas, etc.

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DIREITOS

Valores a serem recebidos de terceiros, por vendas a prazo ou valores de nossa propriedade que se encontram em posse de terceiros. (duplicatas a receber, clientes, contas a receber, títulos a receber, notas promissórias a receber, dinheiro depositado no Banco, aplicações financeiras, etc.

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DIREITOS

Vendas a prazo: representam os direitos (valores a receber) decorrente da venda de mercadorias, produtos ou serviços, conforme a atividade da pessoa jurídica;

Propriedade: direito de usar, gozar e dispor livremente de bens (legítimo dono);

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DIREITOS

Posse: detenção de alguma coisa, com o fim de tirar dela alguma utilidade ou proveito;

Direito: ter a propriedade (ser o legítimo dono) e não ter a posse (não estar usando) - imóveis alugados, dinheiro depositado no banco, etc.

Obrigação: ter a posse (uso) e não ter a propriedade (ser o legítimo dono) - inquilino que mora em imóvel alugado, a instituição bancária que está de osso de bens numerários que pertencem a seus clientes.

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OBRIGAÇÕES

São dívidas ou compromissos de qualquer espécie ou natureza assumidos perante terceiros, ou bens de terceiros que se encontram em nossa posse (uso) - duplicadas a pagar, notas promissórias a pagar, fornecedores, impostos a recolher, contas a pagar, títulos a pagar, contribuições a recolher, etc.

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DIVISÃO DO PATRIMÔNIO

O patrimônio é dividido em 3 partes:

Ativo (A): consistem nos bens, os direitos e as demais aplicações de recursos controlados pela empresa. Também constituem os ativos os investimentos financeiros ou de qualquer espécie que a empresa fez e títulos públicos ou privados que a empresa tem por receber.

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DIVISÃO DO PATRIMÔNIO

Passivos (P): Passivos compreendem as obrigações financeiras da empresa com o Estado, seus funcionários e com outras empresas.

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DIVISÃO DO PATRIMÔNIO

Patrimônio Líquido (PL) - Passivo não exigível (diferença entre ativo e passivo exigível). Representa as obrigações da entidade para com os sócios ou acionistas (proprietários). Mede ou avalia a situação ou condição da entidade (positiva, negativa ou nula).

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REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO

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REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO

Patrimônio Líquido ou Situação Líquida, é definido como sendo a diferença entre o valor do Ativo e do Passivo de uma entidade, exemplo:

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REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO

A representação quantitativa de uma entidade é conhecida pela expressão Balanço Patrimonial, que é uma das mais importantes demonstrações contábeis, através da qual podemos apurar a situação patrimonial de uma entidade em determinado momento. Possui este nome pois a parte positiva (Ativo) tem que ser igual a parte negativa (Passivo), formando uma espécie de Balança de peso igual, sabendo que o Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações, temos a seguinte representação gráfica do Balanço Patrimonial:

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REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO

Com base nestes dados temos a seguinte equação fundamental do patrimônio:

ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO

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SITUAÇÕES PATRIMONIAIS

Através da equação podemos verificar três tipos de situação líquida:

• Situação Líquida Positiva • Situação Líquida Negativa • Situação Nula

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SITUAÇÃO LÍQUIDA POSITIVA

SITUAÇÃO FAVORÁVEL Ativo > Passivo = Situação ativa ou superavitária, quando os bens e direitos excedem o valor das obrigações exigíveis.

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SITUAÇÃO LÍQUIDA NEGATIVA

SITUAÇÃO DESFAVORÁVEL: Ativo < Passivo = Situação deficitária, passiva ou Passivo a descoberto, quando a os bens e direitos forem menores que as obrigações exigíveis

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SITUAÇÃO NULA

EQUILÍBRIO PERMANENTE: Ativo = Passivo = Situação Neutra, quando os bens e direitos forem iguais às obrigações exigíveis.

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PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE

A observância destes princípios é obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade.

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PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE

Prudência: Não permite que a contabilidade indique a existência de lucros estimados que não venha a corresponder à realidade. Na avaliação dos bens, direitos e obrigações, deve de forma conservadora, em caso de dúvida entre dois valores, escolher para adotar, no ativo o menor valor e no passivo o maior valor.

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PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE

Entidade: O patrimônio da empresa não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários.

Denominador Comum Monetário: A contabilidade somente registrará eventos avaliáveis em moeda corrente do país.

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PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE

Continuidade: Pressupõe que a empresa não será extinta, ou seja, continuará em operação no futuro, por tempo indeterminado, deve ser avaliada e escriturada conforme a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio.

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PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE

Registro pelo Valor Original: Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações, em tempo real e mediante documentação fiscal.

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PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE

Oportunidade: Deve-se haver objetividade, e integridade, nos registros contábeis dos componentes patrimoniais. Independente das causas os registros devem ser feitos em tempo real e de forma clara, com a certeza da ocorrência do fato, apresentando sempre seus aspectos físicos e monetários, para que não ocorra a perda da sua relevância e a falta de confiabilidade na informação.

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PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE

Competência: Consiste no fato em que as receitas e despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem independente de recebimento ou pagamento.

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ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL

A contabilidade, para registrar suas operações, adota o Método das partidas Dobradas.

A essência deste método, universalmente aceito, é que o registro de qualquer operação implica que um débito em uma ou mais contas deve corresponder um crédito equivalente, em uma ou mais contas, de forma que a soma dos valores debitados seja sempre igual à soma dos valores creditados.

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ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL

Em meados do século XV, em San Sepolcro, uma pequena cidade da toscana meridional, nasceu Luca dal Bolgo, professor de matemática. conhecido em sua época por Luca Paciolo, foi o primeiro tratadista de contabilidade por ser frade da ordem dos mínomos de São Francisco, pois com o poder temporal da igreja na idade média, fez com que possuísse vasto patrimônio, necessitando portanto de uma ordenada administração. Em 1494 foi publicado em Veneza sua obra a "Summa de Aritimética, Geometria, Proportioniet Proportienalista", na segunda parte do livro, explica as normas que seguia na prática para a realização da escrituração e não explica o princípio das partidas dobradas, mas como utilizar estas partidas, onde:

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MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS

"Para cada Débito sempre tem um Crédito no mesmo valor e vice

versa".

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DÉBITO E CRÉDITO

Na contabilidade o termo débito e crédito tem somente uma serventia o de aumentar o saldo de uma conta ou de diminuir o saldo de uma conta

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RAZONETE

É a uma representação gráfica em T que auxilia a contabilidade na contabilização dos fatos e atos administrativos e contábeis.

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MECANISMO DE DÉBITO E CRÉDITO

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CONTAS

O patrimônio das empresas está em constante movimento em função dos acontecimentos que ocorrem diariamente. Podemos dividir estes acontecimentos em dois grupos:

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ATOS ADMINISTRATIVOS:

São acontecimentos que ocorrem e que não provocam alterações no Patrimônio ou do Resultado. Exemplo: Assinaturas de contratos, seguros, admissão de funcionários, atendimento cliente ou telefonema, digitação de cartas e ofícios, etc.

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FATOS ADMINISTRATIVOS OU CONTÁBEIS:

São acontecimentos que provocam variações nos valores Patrimoniais, podendo ou não alterar o patrimônio líquido.

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FATOS ADMINISTRATIVOS OU CONTÁBEIS:

Todo fato contábil provoca uma alteração no Balanço da empresa, como característica própria do sistema patrimonial, este varia, ou melhor, dizendo, apresenta mutações patrimoniais, de acordo com a grandeza e complexidade de suas atividades.

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FATOS ADMINISTRATIVOS OU CONTÁBEIS:

Exemplos:

a) Fatos Permutativos: Não alteram o total do Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. Ex. Suponha que ela adquira um veículo por R$ 17.000,00, pagando à vista.

b) b) Fatos Compensativos: Alteram o Ativo e o Passivo, mas não alteram o Patrimônio Líquido. Ex. Suponha que compre Móveis a prazo por R$ 4.000,00.

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FATOS ADMINISTRATIVOS OU CONTÁBEIS:

c) Fatos Modificativas Diminutivos: Diminuem o Patrimônio Líquido. Ex. Suponha que a empresa tenha uma despesa no valor de R$ 500,00 pago à vista.

d) Fatos Modificativos Aumentativos: Aumentam o Patrimônio Líquido. Ex. Suponha que a empresa tenha recebido R$ 10.000,00 em dinheiro, em razão de prestação de serviços.

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FATOS ADMINISTRATIVOS OU CONTÁBEIS:

e) Fatos Mistos ou Compostos: Combinam as alterações anteriores. Na prática, tendem a ser os mais comuns.

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FATOS ADMINISTRATIVOS OU CONTÁBEIS:

Os fatos contábeis deverão ser registrados separadamente, de acordo com a natureza dos mesmos. Pensemos em nosso guarda roupa, quando vamos guardar nossas roupas, separamos por tipo de peça: meias, calças, camisas, camisetas, bermudas, etc, da mesma forma a contabilidade, onde cada tipo de peça será registrado separadamente, conforme sua natureza. Esse tipo de peça é chamado de Conta, que será registrado toda a movimentação ocorrida referente a estes fatos.

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CLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS PATRIMONIAIS E DE VARIAÇÃO DO PATRIMÔNIO

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DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

As demonstrações contábeis são relatórios extraídos da contabilidade após o registro de todos os documentos que fizeram parte do sistema contábil de qualquer entidade (empresa) em um determinado período.

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DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Essas demonstrações servirão para expressar a situação patrimonial da empresa, auxiliando assim os diversos usuários no processo de tomada de decisão. As demonstrações contábeis deverão obedecer aos critérios e formas expostos na Lei 6.404/76, posteriormente alteradas pelas Lei 11.638/07 e Lei 11.941/09, onde estão estabelecidas quais as demonstrações que deverão ser elaboradas pelas empresas, sejam de capital aberto ou não.

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DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

As informações sobre a posição financeira da empresa podem ser obtidas basicamente através da análise do Balanço Patrimonial. Que é uma demonstração contábil que tem por objetivo mostrar a situação financeira e patrimonial de uma entidade numa determinada data, representando, portanto, uma posição estática da mesma.

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BALANÇO PATRIMONIAL

O balanço patrimonial é uma demonstração contábil estática, pois, evidencia a situação patrimonial da empresa na data de sua elaboração, do balanço patrimonial extrai-se as informações sobre a situação financeira da empresa.

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BALANÇO PATRIMONIAL

No balanço patrimonial, as contas são classificadas segundo o grau de liquidez, isto é, equacidade de solvência ou capacidade para pagamento de dívidas e obrigações, necessitando de bens numerários para fazer frente a esses compromissos. Assim um bem ou direito, quanto mais próximo estiver de se transformar em dinheiro, maior liquidez possuirá.

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BALANÇO PATRIMONIAL

Esta demonstração que tem por objetivo expressar os elementos financeiros e patrimoniais de uma entidade, através da apresentação ordenada de suas aplicações de recursos e das origens desses recursos.

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BALANÇO PATRIMONIAL

O Balanço Patrimonial é constituído pelo:

Ativo compreende os bens, os direitos e as demais aplicações de recursos controlados pela entidade, capazes de gerar benefícios econômicos futuros, originados de eventos ocorridos.

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BALANÇO PATRIMONIAL

Passivo compreende as origens de recursos representados pelas obrigações para com terceiros, resultantes de eventos ocorridos que exigirão ativos para a sua liquidação.

Patrimônio Líquido compreende os recursos próprios da Entidade, e seu valor é a diferença positiva entre o valor do Ativo e o valor do Passivo.

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ATIVO

O ativo é composto pelos grupos do:

Ativo Circulante; e Ativo não Circulante

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ATIVO CIRCULANTE

Os Ativos Circulantes são as aplicações de curto prazo (Valores e Direitos), Considera-se de curto prazo aqueles direitos vencíveis no prazo de ano, contado a partir da data do levantamento dos Balancetes mensais e dos Balanços Patrimoniais.

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ATIVO CIRCULANTE

Na empresa cujo ciclo operacional tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo deste ciclo. Raramente, porém, é usado esta classificação mais extensa, de forma que, como padrão, pode-se adotar a classificação das contas como circulante se forem realizáveis ou exigíveis no prazo de 1 (um) ano.

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ATIVO CIRCULANTE

É Composto de: Caixa e Equivalentes de Caixa são as Disponibilidades e

as Aplicações em Títulos e Valores Mobiliários livremente negociados no mercado de capitais por intermédio de instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, Isto é, são os recursos financeiros que se encontram à disposição imediata da Entidade, compreendendo os meios de pagamento em moeda e em outras espécies, os depósitos bancários à vista e os títulos escriturais com liquidez imediata, Títulos Escriturais são aqueles registrados (custodiados na forma eletrônica) em Sistemas de Registro e Liquidação Financeira de Títulos e Valores Mobiliários,

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ATIVO CIRCULANTE

Direitos, Créditos ou Clientes são títulos de crédito (duplicatas, notas promissórias), quaisquer valores mobiliários e os outros direitos contra Clientes, Os Direitos ou Créditos estão subdivididos em Clientes - Créditos a Receber, Créditos Vencidos a Liquidar e Outros Créditos,

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ATIVO CIRCULANTE

Estoques e Créditos Tributários - Estoques são os valores referentes às exigências de produtos acabados, produtos em elaboração, matérias-primas, mercadorias, materiais de consumo, serviços em andamento e outros valores relacionados às atividades objeto da Entidade, Entre os Créditos Tributários estão os tributos a compensar, incidentes sobre os estoques de produtos ou mercadorias para revenda, entre outros,

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ATIVO CIRCULANTE

Outros Valores e Bens são os valores não relacionados à atividade fim da entidade, ou seja, são os valores que não se relacionam diretamente ao objeto social da entidade,

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ATIVO CIRCULANTE

Despesas Antecipadas ou Despesas de Exercícios Seguintes são as aplicações em gastos que tenham realização no curso do período subsequente à data do balancete mensal e do balanço patrimonial,

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ATIVO NÃO CIRCULANTE

São incluídos neste grupo todos os bens de permanência duradoura, destinados ao funcionamento normal da sociedade e do seu empreendimento, assim como os direitos exercidos com essa finalidade.

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ATIVO NÃO CIRCULANTE

O Ativo Não Circulante será composto dos seguintes subgrupos:

Realizável a Longo Prazo Investimentos Imobilizado Intangível

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REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

De uma forma geral, são classificáveis no Realizável a Longo Prazo contas da mesma natureza das do Ativo Circulante, que, todavia, tenham sua realização certa ou provável após o término do exercício seguinte, o que, normalmente, significa realização num prazo superior a um ano a partir do próprio balanço.

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REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

Os direitos não derivados de vendas, e adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro da empresa, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da empresa, serão classificados no Realizável a Longo Prazo.

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REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

Empresas Coligadas: Consideram-se coligadas, nos termos da Lei, as sociedades quando uma participa com 10% ou mais do capital da outra, sem controlá-la.

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REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

Empresas Controladas: Consideram-se controladas, nos termos da Lei, as sociedades nas quais a controladora, diretamente ou através de controladas:

a) é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais, e

b) tenha poder de eleger a maioria dos administradores.

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REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

Exemplos de contas:

Títulos a Receber Depósitos Judiciais Adiantamentos a Sócios Adiantamentos a Acionistas Empréstimos a Coligadas Empréstimos a Controladas

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INVESTIMENTOS

No subgrupo Investimentos do Ativo Não Circulante devem ser classificadas as participações societárias permanentes, assim entendidas as importâncias aplicadas na aquisição de ações e outros títulos de participação societária, com a intenção de mantê-las em caráter permanente, seja para se obter o controle societário, seja por interesses econômicos, entre eles, como fonte permanente de renda.

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INVESTIMENTOS

Exemplos:

Ações de Controladas Ações de Coligadas Ações de Outras Empresas Obras de Arte Terrenos e Imóveis para utilização futura Imóveis destinados à Renda

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IMOBILIZADO

O Imobilizado é formado pelo conjunto de bens e direitos necessários à manutenção das atividades da empresa, caracterizados por apresentar-se na forma tangível (edifícios, máquinas, etc.). O imobilizado abrange, também, os custos das benfeitorias realizadas em bens locados ou arrendados.

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IMOBILIZADO

O ativo imobilizado é um agrupamento de ativos de natureza e uso semelhantes nas operações da entidade. São exemplos de classes individuais:

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IMOBILIZADO

terrenos; terrenos e edifícios; máquinas; navios; aviões; veículos a motor; móveis e utensílios; e equipamentos de escritório.

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INTANGÍVEL

Os ativos intangíveis compreendem o leque de bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.

Trata-se de um desmembramento do ativo imobilizado, que, a partir da vigência da Lei 11.638/2007, ou seja, a partir de 01.01.2008, passa a contar apenas com bens corpóreos de uso permanente.

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INTANGÍVEL

Como exemplos temos: os direitos de exploração de serviços

públicos mediante concessão ou permissão do Poder Público,

marcas e patentes, softwares e fundo de comércio adquirido.

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PASSIVO

O passivo é composto pelos grupos do:

Passivo Circulante; Passivo Não Circulante Patrimônio Líquido

Capital de Terceiros

Capital Próprio

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PASSIVO CIRCULANTE

Neste grupo são escrituradas as obrigações da entidade, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não-circulante, quando se vencerem no exercício seguinte. No caso de o ciclo operacional da empresa ter duração maior que a do exercício social, a concepção terá por base o prazo desse ciclo.

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PASSIVO CIRCULANTE

Exemplos: Salários a Pagar Fornecedores Encargos Sociais a Pagar Empréstimos a Pagar Impostos e Taxas a Recolher Adiantamentos Recebidos Participações e Gratificações a Pagar

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PASSIVO NÃO CIRCULANTE

No passivo não circulante são classificadas os compromissos assumidos pela empresa, que terão vencimentos após o término do exercício social seguinte ao da apuração em questão.

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PASSIVO NÃO CIRCULANTE

Devido a esse critério de maturidade, essas obrigações são denominadas de “passivos de longo prazo”.

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PASSIVO NÃO CIRCULANTE

Neste grupo são escrituradas as obrigações da entidade, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não-circulante, quando se vencerem após o exercício seguinte. No caso de o ciclo operacional da empresa ter duração maior que a do exercício social, a concepção terá por base o prazo desse ciclo.

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PASSIVO NÃO CIRCULANTE

Exemplos de contas: Empréstimo e Financiamentos de longo

prazo; Contas a pagar a fornecedores de longo

prazo; Contingências trabalhistas de longo

prazo; Obrigações tributárias diferidas;

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PASSIVO NÃO CIRCULANTE

Provisões de longo prazo; Outras dívidas de longo prazo; Receitas diferidas de longo prazo

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PATRIMÔNIO LÍQUIDO

O Patrimônio Líquido incorpora todos os recursos próprios da empresa, pertencentes a seus proprietários (sócios ou acionistas).

Representa a identidade contábil, medida pela diferença entre o total do ativo menos os grupos do passivo (passivo circulante e passivo não circulante).

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PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Exemplos de contas:

Capital Social; Reservas de Capital; Ajustes de Avaliação Patrimonial; Reservas de Lucros; Ações em Tesouraria; Prejuízos Acumulados.

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DRE – DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DE EXERCÍCIOS

A DRE é uma demonstração contábil dinâmica pois acumula valores de todo período, é composto por contas de caráter transitório, ou seja, contas de receitas e despesas. Essa demonstração consiste num confronto entre receitas e despesas, se as receitas foram maiores, o resultado será lucro, ao passo que se as despesas foram maiores o resultado será o prejuízo. Tanto o lucro como os prejuízos serão incorporados no balanço Patrimonial no grupo do Patrimônio Líquido através da conta de lucros acumulados ou prejuízos acumulados.

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DRE – DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DE EXERCÍCIOS

Por tanto, a DRE mostra a situação econômica da empresa, ou seja capacidade de gerar lucros, enquanto o Balanço Patrimonial demonstra a situação financeira da empresa, ou seja, capacidade de pagamento. O balanço patrimonial deve ser apresentado juntamente com a DRE pois os dois se complementam, pois o balanço demonstra a situação financeira e a DRE a situação econômica da empresa.

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RECEITAS

Entende-se por receita a entrada de elementos para o ativo, sob a forma de dinheiro ou direitos a receber, correspondentes, normalmente, à venda de mercadorias, produtos ou à prestação de serviços. Uma receita também pode derivar de juros sobre depósitos ou títulos ou de outros ganhos eventuais.

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DESPESAS

Entende-se por despesas, o consumo de bens ou serviços, que, direta ou indiretamente, ajuda a produzir uma receita. Diminuindo o Ativo ou aumentando o Passivo, uma despesas é realizada com a finalidade de se obter uma receita cujo o valor se espera seja superior à diminuição que provoca no Patrimônio Líquido.

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TRATAMENTO CONTÁBIL DAS CONTAS DE RESULTADO

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TRATAMENTO CONTÁBIL DAS CONTAS DE RESULTADO

CMV = Custo de Mercadoria VendidaCMV = Ei + C - Ef

Onde

Ei = Estoque InicialC = ComprasEf = Estoque Final

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Exemplo: Monte a DRE a partir das contas abaixo relacionadas:

Despesas de aluguel 2.000 Despesas com encargos sociais 3.500 Despesas com ICMS 9.600 Vendas 80.000 Despesas Com IRPJ 3.600 CMV 24.000 Despesas com Salários 5.000 Receitas Eventuais 2.000 Despesas com Cofins 2.400 Despesas com CSSL 2.100

• Despesas com PIS 520• Despesas com Energia 1.500• Despesas com Juros 2.600• Despesas com Impostos e Taxas 1.900• Despesas com Água 400• Despesas com Telefone 800

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