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Fundamentos de Modelagem Hidrológica Prof. Benedito Cláudio da Silva Instituto de Recursos Naturais - IRN Universidade Federal de Itajubá – UNIFEI Adaptado de Ruberto Fragoso Júnior

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Fundamentos de Modelagem Hidrológica

Prof. Benedito Cláudio da Silva

Instituto de Recursos Naturais - IRNUniversidade Federal de Itajubá – UNIFEI

Adaptado de Ruberto Fragoso Júnior

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Modelos Hidrológicos

• Por que modelos hidrológicos? O modelo é a representação de algum objeto ou

sistema, numa linguagem ou forma de fácil acesso e uso, com o objetivo de entendê-lo e buscar suas respostas para diferentes entradas.

O modelo deve ser visto como uma ferramenta não um objetivo

Se é possível medir as variáveis hidrológicas por que necessito do modelo?

Se eu disponho de um modelo por que necessito medir a vazão de um rio ou outras variáveis hidrológicas?

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• As limitações básicas dos modelos hidrológicos são a quantidade e a qualidade dos dados hidrológicos, além da dificuldade de formular matematicamente alguns processos e a simplificação do comportamento espacial de variáveis e fenômenos

• • Nenhuma metodologia cria informações

apenas explora melhor os dados existentes

Modelos Hidrológicos

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Terminologia• Risco e incerteza: o risco de ocorrência de uma

determinada variável aleatória é a chance aceita pelo projetista que a variável seja maior que um determinado valor (menor no caso de mínimos). A incerteza refere-se a diferença entre as estatísticas da amostra e da população, que pode ser devido a representatividade da amostra ou devido aos erros de coleta e processamento dos dados da variável aleatória

• Série estacionária ou não-estacionária: uma série é estacionária quando as estatísticas da mesma não se alteram com o tempo. Uma série é não-estacionária no caso contrário.

• Parcimônia: a representação adequada do comportamento de um processo ou um sistema por um modelo com o menor número possível de parâmetros é entendido como o princípio da parcimônia.

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Sistema, modelo e simulação• Sistema é qualquer estrutura, esquema ou

procedimento, real ou abstrato, que num dado tempo de referência interrelaciona-se com uma entrada, causa ou estímulo de energia ou informação, e uma saída, efeito ou resposta de energia ou informação.

SISTEMA

• Exemplos: Bacia hidrográfica, trecho de rio, aqüífero

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Modelos• Modelo é uma representação do comportamento do

sistema tipos de modelos: físicos, analógicos e matemáticos Os modelos analógicos valem-se da analogia das

equações que regem diferentes fenômenos, para modelar no sistema mais conveniente, o processo desejado;

Os modelos matemáticos: são os que representam a

natureza do sistema, através de equações matemáticas,

O modelo físico representa o sistema por um protótipo em escala menor, na maior parte dos casos

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Classificação de Modelo

Memória: é o espaço de tempo, no passado, durante o qual a entrada afeta o estado presente do sistema. Memória zero, para um sistema, significa que a entrada afeta o sistema somente no tempo em que ela ocorre. A memória infinita existe quando o sistema depende de todo o seu passado. Uma memória é finita quando o sistema depende da entrada ocorrida dentro de um período finito no passado.Exemplo: a memória de uma bacia hidrográfica (sistema) a uma determinada precipitação é o tempo que a água leva para infiltrar, percolar e escoar até a seção do rio que delimita a bacia.

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Linearidade Um sistema linear se baseia no princípio da superposição: y1 é

uma entrada do sistema que produz a saída x1. Da mesma forma, a entrada y2 resulta na saída x2 do mesmo sistema. O princípio de superposição é válido quando, a entrada y1+y2 produzir a saída x1 + x2 neste mesmo sistema.

propriedade de homogeneidade: Se existem n entradas no sistema, de tal forma que

y1 = y 2 = y3 .......... = yn

o sistema é linear quando n y1 produz a saída n x1

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Linearidade

MODELO

InIn OutOut

MODELO

In

MODELO

InIn OutOut

MODELO

In Out

MODELO

In Out

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Sistemas lineares e não-lineares

)t(yxAdtdxA .........

dtxdA

dtxdA 011n

1n

n

nn 1n

Matematicamente:

Linear : quando Ai f(X) para i = 1,2,...n

linear invariante: quando Ai f(X,t)

linear variante : quando Ai f(X)

não-linear: quando pelo menos um Ai = f(X,t)

Exemplo: IQ

dtdQK

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Contínuo e Discreto• um sistema é dito contínuo quando os fenômenos são

contínuos no tempo, enquanto que o sistema é discreto quando as mudanças de estado se dão em intervalos discretos.

• Um sistema pode se modificar continuamente, mas para efeito de projeto os registros são efetuados em intervalos de tempo.

• A escolha deste intervalo é função da economia desejada e da precisão dos resultados, que são conflitantes, já que à medida que o intervalo diminui, o custo para medir os dados da computação aumenta em favor da melhoria da precisão dos resultados.

• Exemplos: linígrafo

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Contínuo e Discreto

Tempo

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Concentrado e distribuído• um modelo é concentrado ("lumped") quando não

leva em conta a variabilidade espacial. A precipitação média de uma bacia é um exemplo da integração espacial da variável de entrada. Em geral, os modelos concentrados utilizam somente o tempo como variável independente.

• distribuído (distributed) quando as variáveis e parâmetros do modelo dependem do espaço e/ou do tempo. Em termos matemáticos, a equação diferencial ordinária possui uma variável independente, neste caso, o tempo, e representa um modelo concentrado

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Exemplo

concentrado

distribuído

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Estocástico e determinístico

Se a chance de ocorrência das variáveis é levada em conta, e o conceito de probabilidade é introduzido na formulação do modelo, o processo e o modelo são ditos Estocásticos. Se a chance de ocorrência das variáveis envolvidas no processo é ignorada, e o modelo segue uma lei definida que não a lei das probabilidades, o modelo e os processos são ditos Determinísticos.

Quando uma variável de entrada de um sistema é aleatória, a variável de saída também será aleatória, no entanto o sistema pode ter comportamento determinístico ou representado por um modelo determinístico. Exemplo, a vazão de entrada e saída de um reservatório são variáveis aleatórias, mas a determinação da vazão de saída com base na de entrada e nas características do reservatório é um processo determinístico bem conhecido.

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CaosUm sistema com comportamento aparentemente aleatório também pode ser determinístico. Quando o sistema é não-linear e altamente dependente das suas condições iniciais, a resposta pode apresentar características de uma variável aleatória e passar pelos testes estatísticos e estocásticos. Este processo é denominado na literatura de "caos determinístico".

x (k+1) = r x (k)[ 1 - x(k)]

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Exemplo

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

1.2

0 5 10 15 20 25 30

k

x

Valores da função para: (i) curva pontilhada r=2,5 e xo=0,1; (i) curva cheia r= 3,95 e xo= 0,8

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Conceitual e Empírico• conceitual, quando as funções utilizadas na sua

elaboração levam em consideração os processos físicos. Esta definição é estabelecida para diferenciar os modelos que consideram os processos físicos, dos modelos ditos "caixa-preta".

• Os modelos do tipo "caixa-preta" ou empíricos são aqueles em que se ajustam os valores calculados aos dados observados, através de funções que não têm nenhuma relação com os processos físicos envolvidos.

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Conceitual e Empírico

Peixes

Zoo

Fito

NO3 NH3 Norg

PO4 Porg

Peixes

Zoo

Fito

NO3 NH3 Norg

PO4 Porg

P

Chlo

Chlo a = 2,318.ln(P) R2=0,97

(a) (b)

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Elementos da Modelagem

Funções governantes ou

Variáveis externas Processos

Parâmetros

Parâmetros

Fenômeno de interesse

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Elementos da Modelagem • Fenômeno é um processo físico, que

produz alteração de estado no sistema. Por exemplo, precipitação, evaporação e infiltração são fenômenos;

• Variável é um valor que descreve quantitativamente um fenômeno, variando no espaço e no tempo. Por exemplo, vazão é uma variável que descreve o estado do escoamento;

• Parâmetro é um valor que caracteriza o sistema, o parâmetro também pode variar com o espaço e o tempo. Exemplos de parâmetros são: rugosidade de uma seção de um rio, área de uma bacia hidrográfica e áreas impermeáveis de um bacia.

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Exemplo

QIdtdS

Equação da continuidade

SKQ. Relação entre volume e saída

Derivando a segunda equação e substituindo na primeira, resulta a equação diferencial do modelo

IQdtdQK

Onde K é o parâmetro, Q a variável dependente e de saída e I a variável de entrada

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Etapas da ModelagemDefinição do problema

Simplificação e formulação de hipótese

Dedução do modelo

Resolução do problema

Calibração e validação

Aplicação do modelo

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Etapas da ModelagemDefinição do problema

Simplificação e formulação de hipótese

Dedução do modelo

Resolução do problema

Calibração e validação

Aplicação do modelo

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Etapas da Modelagem

Problemas em Hidrologia

Cheias

Planejamento

EstadosalternativosUsos da águaRegime

hidrológico

Extensão de Séries hidrológica

Floração decianobactérias Eutrofização

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Etapas da ModelagemDefinição do problema

Simplificação e formulação de hipótese

Dedução do modelo

Resolução do problema

Calibração e validação

Aplicação do modelo

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Etapas da Modelagem

Quais são as

variáveis?Quais são

as hipóteses

?Quais são

os processos?

Essa é a minha

proposta!!!

Simplificações e formulação de hipóteses

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Etapas da ModelagemSimplificações e formulação de hipóteses

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Etapas da ModelagemSimplificações e formulação de hipóteses

Produção

Luz Temperatura Nutrientes

Taxa constante

NkN

NN

20TTmaxT G

Hk

eef781,2

e

21

L

NTLP NTP TP tetanconsP

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Etapas da ModelagemSimplificações e formulação de hipóteses

Nº de parâmetros

ComplexidadeAproximação

Nº ótimo de parâmetros

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Etapas da ModelagemDefinição do problema

Simplificação e formulação de hipótese

Dedução do modelo

Resolução do problema

Calibração e validação

Aplicação do modelo

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Modelos Qualidade Água e Hidrodinâmica

Derivado aplicação Leias de Conservação

Propriedades conservativas intrínsecas internasmomentum, calor energia, massa água, massa contaminantes

Prediz:Mudanças em propriedades conservativas;Mudanças estado sistema resulta de mudanças em uma ou mais propriedades intrínsecas.

Conservação de EnergiaBalanço Calor e EvaporaçãoRelações de mistura

Conservação de MassaMassa água na hidrodinâmica e transporteMassa materiais dissolvidos ou suspensos na águaBalanço massa expandido para incluir mudanças

cinéticas

Conservação de MomentoÁgua: movimentoÁgua: Fluxo

Acumulação Líquida = Transporte Fonte/Sumidouro (transformações)

Fluxo Propriedades Conservativas devido movimento água (advecção,

mistura turbulenta, difusão)

Funções Forçantes

As Leis da Natureza!!

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Etapas da ModelagemDedução do modelo matemático

consumoproduçãohA

AZgKA1rA

dtdA

az

emortalidadocrescimentZmhA

AZgedtdZ

za

zz

Modelo conceitual

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Etapas da ModelagemDedução do modelo matemático

Parâmetro Descrição Valor Unidade

R Taxa de crescimento do fitoplâncton 0,5 dia-1

K Capacidade máxima de biomassa algal 10 mg.l-1

gz Taxa de consumo algal pelo zooplâncton 0,6 dia-1

Há Coeficiente de meia-saturação para o consumo de algas 0,4 mg.l-1

ez Eficiência de conversão de biomassa algal para zooplanctônica 0,6 -

mz Taxa de mortalidade do zooplâncton 0,15 dia-1

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Etapas da ModelagemDefinição do problema

Simplificação e formulação de hipótese

Dedução do modelo

Resolução do problema

Calibração e validação

Aplicação do modelo

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Etapas da ModelagemResolução do problema

Solução das equações diferenciais através de um método numérico:

Métodosanalíticos Métodos

numéricos

EulerDiferenças

finitasElementos

Finitos

Elementosde contorno

Runge-Kutta

Método dosCoeficientes

Não-determinados

Transformadasde

Laplace

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Etapas da ModelagemResolução do problema

Discretização temporal

Discretização espacial

Método numérico

x

y

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Etapas da ModelagemResolução do problema

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Etapas da ModelagemDefinição do problema

Simplificação e formulação de hipótese

Dedução do modelo

Resolução do problema

Calibração e validação

Aplicação do modelo

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Etapas da ModelagemCalibração e validação do modelo

ObservadoCalculado

Período de calibração Período de validação

A

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Etapas da ModelagemCalibração e validação do modelo

Coeficientes Equação1

Coeficiente de determinação de Nash-Sutcliffe (R2)

2

ObsObs

2CalObs2

tYtY

tYtY1R

Erro médio padrão (RMSE) N

tYtYRMSE2

CalObs

Erro médio padrão invertido (RMSEI)

NtY

1tY

1

RMSEI

2

CalObs

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Etapas da ModelagemDefinição do problema

Simplificação e formulação de hipótese

Dedução do modelo

Resolução do problema

Calibração e validação

Aplicação do modelo

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Etapas da ModelagemAplicação do modelo

0 200 400 600 800 10000

2

4

6

8

10

Tempo (dias)

AZ

K

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Simulação• Simulação é o processo de utilização do modelo. Na

simulação existe, em geral, três fases que são classificadas como estimativa ou ajuste, verificação e previsão.

• A estimativa dos parâmetros é a fase da simulação onde os parâmetros devem ser determinados.

• A verificação é a simulação do modelo com os parâmetros estimados onde se verifica a validade do ajuste realizado.

• A previsão é a simulação do sistema pelo modelo com parâmetros ajustados para quantificação de sua respostas a diferentes entradas

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Simulação

Modelo Estimativa(ajuste)

Existem Uso

Verificação

Existem Uso

Previsão

Existem UsoDados deentrada

x x x x x x

Parâmetros ? ? x x x xDados de saída x x x ? ? ?

*Uso: indica se a informação é utilizada na simulação.

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Ajuste

Estimativa sem dados históricos - quando não existem dados sobre as variáveis do sistema, pode-se estimar os valores dos parâmetros baseando-se em informações das características físicas do sistemaAjuste por tentativas: é o processo em que existindo valores das variáveis de entrada e saída, são obtidos por tentativas os parâmetros que melhor representem os valores observados através do modelo utilizado.Ajuste por otimização: utiliza os mesmos dados do processo por tentativa, mas por métodos matemáticos otimiza uma função objetiva que retrata a diferença entre os dados observados e calculados pelo modelo.Amostragem: os valores dos parâmetros são obtidos através de medições específicas no sistema.

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VerificaçãoA verificação é a fase da simulação em que o modelo,

calibrado anteriormente, é verificado com outros dados.

• As fases de ajuste e verificação devem ser representativas da fase de aplicação, caso contrário não possuem utilidade

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Previsão e aplicação• Os limites de uso das fases anteriores devem respeitar a etapa de

aplicação do modelo;• a fase de aplicação pode sofrer correções para compatibilizar com

este cenário;• o ajuste parte do princípio de estacionariedade. Caso isto não ocorra

o modelo deve permitir sua adaptabilidade aos novos cenários.

oceano

A

B

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Modelos de Gerenciamento• Modelos de comportamento: são modelos

utilizados para descrever o comportamento de um sistema. O modelo é utilizado para prognosticar a resposta de um sistema sujeito a diferentes entradas ou devido a modificações nas suas características.

• Modelos de otimização: estão preocupados com as melhores soluções, a nível de projeto, de um sistema específico.

• Modelos de planejamento: simulam condições globais de um sistema maior.

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Nome Tipo Estrutura Características UsosPrecipitação-Vazão determinístico;

empírico;Conceitual

Comportamento calcula a vazão de uma bacia apartir da precipitação

extensão de séries de vazão;dimensionamento; previsão emtempo atual, avaliação do usoda terra

Vazão-Vazão determinístico:empírico;conceitual

calcula a vazão de uma seção apartir de um ponto a montante

extensão de séries de vazões;dimensionamento; previsão decheia

Geração estocásticade vazão

estocástico calcula a vazão com base nascaracterísticas da série histórica

dimensionamento do volumede um reservatório

Fluxo saturado determinístico determina o movimento, vazãopotencial de águas subterrâneas àpartir de dados de realimentação,bombeamento,etc

capacidade de bombeamento;nível do lençol freático;iteração rio-aqüífero,etc

Hidrodinâmico determinístico sintetiza vazões em rios e rede decanais

simulação de alterações dosistema; efeitos de escoamentode jusante

Qualidade de Águade rios ereservatórios

determinístico simula a concentração deparâmetros de qualidade da água

impacto de efluentes;eutrofização de reservatórios;condições ambientais

Rede de canais econdutos

determinístico Comportamento eotimização

otimiza o diâmetro dos condutos everifica as condições de projeto

rede abastecimento de água;rede de irrigação

operação dereservatórios

estocástico,determinístico

determina a operação ótima desistemas de reservatórios

usos múltiplos

planejamento egestão de sistemasmúltiplos

estocástico,determinístico

Comportamento,otimização eplanejamento

simula condições de projeto eoperação de sistemas (usa váriosmodelos)

Reservatórios, canais, estaçõesde tratamento, irrigação,navegação fluvial, etc

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Avaliação e equacionamento: definiçãodo problema, objetivos e justificativa

Representação do sistema: escolha dosmodelos para atender os objetivos

Modelos:•hidrológicos•hidráulicos•meio ambiente•planejamento

Técnicas matemáticas•métodos numéricos•otimização•estatística•geoprocessamento

Coleta eanálise dosdados eparâmetros

Simulação

Modelo

Ajuste eVerificação Previsão dos

cenários

AnáliseEconômicaSocial eAmbiental

Tomada deDecisão

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Evolução do modelos hidrológicos

• Início com o computador e década de 50• os modelos distribuídos na década de 70-80• a evolução com o GIS e a integração espacial com a

modelagem física;• limitação da escala• a relação dos modelos hidrológicos e meteorológicos.

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Escala dos processos na bacia

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Usos dos modelos hidrológicos

Tipos de usos• Extensão de séries hidrológicas;• planejamento e projeto de sistemas hídricos• previsão tempo real• avaliação do impacto das modificações dos sistemas

hídricos.

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Áreas de aplicação• Usos dos recursos hídricos: abastecimento de água, energia,

irrigação, navegação,etc• impactos sobre a população: controle de inundações• impactos no meio ambiente: desmatamento, qualidade da

água, etc.