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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MACHADO DE ASSIS FACULDADES INTEGRADAS MACHADO DE ASSIS
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
ANDRIELI DE OLIVEIRA ANDRIGHETTI
IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE CONTROLE DE ESTOQUE EM EMPRESA DE COMÉRCIO VAREJISTA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Santa Rosa 2015
ANDRIELI DE OLIVEIRA ANDRIGHETTI
IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE CONTROLE DE ESTOQUE EM EMPRESA DE COMÉRCIO VAREJISTA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Relatório de Estágio Supervisionado apresentado às Faculdades Integradas Machado de Assis, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel no Curso de Ciências Contábeis.
Orientadora: Prof.ª Ma. Cátia Guadagnin Rossa
Santa Rosa 2015
ANDRIELI DE OLIVEIRA ANDRIGHETTI
IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE CONTROLE DE ESTOQUE EM EMPRESA DE
COMÉRCIO VAREJISTA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Relatório de Estágio Supervisionado apresentado às Faculdades Integradas Machado de Assis, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel no Curso de Ciências Contábeis.
Banca Examinadora
Profª.Ma. Cátia Guadagnin Rossa - Orientadora
Prof.
Prof.
Santa Rosa, 25 de novembro de 2015.
DEDICATÓRIA
Dedico este estudo para toda a minha FAMÍLIA, alicerce da minha vida, formada por pessoas de que tanto me orgulho.
Em especial a minha MÃE, como uma das maneiras de agradecer por tudo que fez por mim e pelas minhas irmãs, trabalhando incansavelmente para nos propiciar uma excelente educação.
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, quero agradecer a DEUS, pelas bênçãos que derramou sobre mim em toda minha caminhada acadêmica, ajudando a superar os obstáculos e tornando possível a vitória.
A minha família e ao meu namorado que sempre estiveram ao meu lado, incentivando-me nos estudos, mesmo quando as dificuldades se apresentavam.
A minha professora orientadora, Ma. Cátia Guadagnin Rossa, que me auxiliou muito na caminhada acadêmica, na realização deste estudo e na conquista desta vitória.
A todos os professores que fizeram parte desta caminhada, agradeço pela amizade constituída e pelos ensinamentos passados.
MUITO OBRIGADA!
Sem sonhos, a vida não tem brilho. Sem metas, os sonhos não têm alicerces. Sem prioridades, os sonhos não se tornam reais.
Augusto Cury
RESUMO
A pesquisa apresenta a implantação de um sistema de controle de estoque para melhor gestão de compras, em um comércio varejista, o Comércio Noroeste localizado em Tuparendi- RS. Para averiguar se a implantação do sistema de controle de estoque auxiliará na gestão de compras, os dados para a realização do estudo foram obtidos por meio de pesquisas como a aplicada, pois são aplicado os conhecimentos na prática. No que se refere à abordagem do problema, ela se classifica em qualitativa, porque se avalia as situações a partir de vários dados adquiridos que foram necessários para compreender a realidade do que está em estudo; e também é considerada quantitativa, pois foi elaborado um plano do que irá ser desenvolvido na pesquisa. Em relação aos objetivos se classifica em pesquisa exploratória, onde se realiza exposição da situação da empresa. E, além disso, também é considerada como pesquisa descritiva, pois é descrito o resultado do estudo. Já do ponto de vista dos procedimentos técnicos, ela se classifica como pesquisa bibliográfica, porque se utiliza livros de autores como Dias, Fenili, Marconi e Lakatos, Francischini e Gurgel, Martins e Alt. Também se classifica como estudo de caso, pois o estudo efetuado é em um caso específico. Também é classificada como pesquisa documental, pois através dos documentos utilizados para o desenvolvimento do trabalho foi gerada análise. A pesquisa documental de forma indireta foi utilizada, pois valendo-se de notas fiscais de compras, documentos que fornecem informações sobre preço de custo, alíquotas de tributação e a quantidade de itens. A pesquisa bibliográfica utilizou-se de livros para embasar o estudo e para solucionar o problema. Já a pesquisa direta foi feita com documentação direta extensiva, através de questionário semiestruturado ao gestor da empresa. Para explicar o problema em estudo é utilizado o método hipotético- dedutivo, pois é através desse que busca-se prováveis opções para solucioná-lo. Além desses, o método comparativo serve para estudar o problema e, a partir desse, fazer uma análise de possíveis diferenças entre problemas; o método experimental ou empírico, consiste em aplicar os elementos do estudo em influência de variáveis obtendo os resultados que a variável forneceu. O referencial teórico baseia-se em conceito e funções dos estoques; controle de estoque; sistema de informação; sistema de controle de estoque, gestão de compras. Para que os objetivos fossem alcançados fez-se uma pesquisa de como era o sistema de controle de estoque antes da implantação do sistema; como é o funcionamento do sistema de controle escolhido- o Clipp Store; foi efetivada a implantação do sistema na empresa com a apuração das mercadorias que estão no estoque do empreendimento, e também um estudo dos resultados obtidos com a implantação do sistema, concluindo que ele auxilia a empresa no controle de estoque, assim ajudando na melhor gestão de compras, pois através dele pode-se verificar a quantidade de itens de determinada mercadoria que precisa comprar.
Palavras-chave: gestão de compras - sistema de controle de estoque -
controle de estoque.
ABSTRACT
The research paper deals about the enactment of an inventory control system to better purchasing management, in a retail trade, Trade Northwest (Comércio Noroeste) located in Tuparendi- RS. To see if the implementation of inventory control system will assist in purchasing management, the data for the study were obtained through research and applied. It is applied knowledge in practice. As regards the problem of approach, it is classified as qualitative, because it evaluates the conditions acquired from various data that are necessary to understand the reality of what is being studied; as well it is considered quantitative, since a plan was drawn up from which will be developed the research. Regarding the goals ranks in exploratory research, which is performed exposure of the company's situation. Besides this, it is also regarded as descriptive, it describes the study outcome. Since the point of view of the technical procedures, it changes into literature, because there is use of authors such as Dias, Fenili, Marconi and Lakatos, Francischini and Gurgel, Martins and Alt. Also positions as a case study because the study is performed in a specific case. It is also classified as documentary research, as through the documents used for the development of the work was generated analysis. The documentary research was indirectly used, for taking advantage of tax shopping notes, documents that provide information about cost, tax rates and the amount of items. A literature search was done in books published to support the study and to resolve the issue. Since the direct research was done with extensive direct documentation, through semi-structured questionnaire to the company manager. To explain the problem under study is used the hypothetical-deductive method because it is through this that we seek to find options to solve it. In addition, the comparative method is used to study the problem and, from that, to analyze possible differences between problems; experimental or empirical method is to apply the study elements in influence variables getting the results that the variable provided. The theoretical framework is based on concepts and functions of inventories; inventory control; information system; inventory control system, purchasing management. So that the objectives were achieved there was done a research about the inventory control system prior to system deployment; as is the operation of the chosen- Clipp Store control system; there was effective deployment of the system in the company with the determination of the goods that are in stock of the enterprise, and also a study of the results obtained with the system implementation, concluding that it assists the company in inventory control, thus helping in better management shopping, because through it it is possible to check the amount of certain items of goods that need to be bought.
Keywords: purchasing management - stock control system - inventory control.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Ilustração 1 - Tipos de estoques e finalidades. ......................................................... 27
Ilustração 2 - Tipos de recursos e seus significados. ................................................ 30
Ilustração 3 - Capacidade de produção versus estoques. ......................................... 31
Ilustração 4 - Giro de estoque de um determinado item. ........................................... 32
Ilustração 5 - Giro de estoque para vários itens. ....................................................... 32
Ilustração 6 - Cobertura de estoques. ....................................................................... 32
Ilustração 7 - Retorno de Capital. .............................................................................. 33
Ilustração 8 - Documentos do controle de estoque. .................................................. 37
Ilustração 9 - Demanda média no período. ............................................................... 38
Ilustração 10 - Cálculo do estoque virtual.................................................................. 42
Ilustração 11 - Aplicações do sistema de informação. .............................................. 46
Ilustração 12 - Objetivos da função compras. ........................................................... 64
Ilustração 13 - Departamento da empresa. ............................................................... 68
Ilustração 14 - Guia cadastro do tipo de item que irá para o estoque ....................... 76
Ilustração 15 - Guia cadastro de produto no estoque ................................................ 77
Ilustração 16 - Guia adicionais/ observações ............................................................ 81
Ilustração 17 - Produto cadastrado utilizando o conversor de unidades ................... 83
Ilustração 18 - Utilização do assistente de cálculo do preço de venda. .................... 85
Ilustração 19 - Lançamento da nota fiscal de entrada dos produtos cadastrados ..... 86
Ilustração 20 - Incluindo os produtos na nota ............................................................ 87
Ilustração 21 - Tela principal de acesso ao sistema de controle de estoque Clipp
Store ................................................................................................ 88
Ilustração 22 - Cadastro de produtos no estoque no sistema Clipp Store. . .............. 90
Ilustração 23 - Cadastro de fornecedor no sistema Clipp Store. ............................... 92
Ilustração 24 - Nota fiscal de entrada no sistema Clipp Store. .................................. 93
Ilustração 25 - Nota fiscal de entrada no sistema Clipp Store. .................................. 94
Ilustração 26 - Colocando os códigos nos produtos. ................................................. 95
Ilustração 27 - Controle de estoque Clipp Store... ..................................................... 96
Ilustração 28 - Cadastrando clientes no Clipp Store... .............................................. 97
LISTA DE ABREVIAÇÕES, SIGLAS E SÍMBOLOS.
%- por cento
%Cofins -Percentual de COFINS
%IPI- Percentual de Imposto sobre Produto Industrializado
%MVA- Valor em porcentagem referente à Margem de Valor Agregado
%PIS- Percentual de PIS
+- Soma
= - Igual
C - Consumo médio mensal
C- Capital em Estoque
C- Consumo médio do tempo
CC-e- Carta de Correção Eletrônica
CDL/SPC- Sistema de informações das Câmaras de Dirigentes Lojistas
CEP- Código de Endereçamento Postal
CFOP- Código Fiscal de Operações e Prestações
CFOP ECF: Código Fiscal de Operações e Prestações, utilizado para Emissor de
Cupom Fiscal
CFOP NF- Código Fiscal de Operações e Prestações, utilizado para operações na
Nota de Venda.
Cia- Companhia
CNPJ - Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica
Código ANP: Código da Agência Nacional do Petróleo Gás Natural e
Biocombustíveis.
COFINS- Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
CPF- Cadastro de Pessoa Física
CSOSN - Código da Situação da Operação do Simples Nacional.
CST - Código da Situação Tributária
CST COFINS- Código de Substituição Tributária referente à Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social
CST IPI- Código referente à Situação Tributária do IPI
CST PIS- Código de Substituição Tributária referente a Programas de Integração
Social
CX – caixa
D¹ -Demanda em cada período
D2 -Demanda em cada período
DANFE- Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica
DF- Distrito Federal
DM- Demanda média
DRP- Planejamento das Necessidades de Distribuição
E.Mn- Estoque médio,
ECF- Emissor de Cupom Fiscal
EDI- Tecnologia para Transmissão de Dados Eletronicamente
EM- Estoque Médio
Emáx- Máximo de itens em almoxarifado
EPP- Empresa de Pequeno Porte
ERP- Planejamento dos Recursos Empresariais
ES - Estoque de Segurança
ES- Estoque Mínimo ou de Segurança.
Eseg- Estoque de segurança
FCI: Ficha de Conteúdo de Importação:
FEMA - Fundação Educacional Machado de Assis
IAT- Arredondamento ou Truncamento
ICMS – Imposto Sobre Circulação de Mercadoria e Serviços
ICMS subst.- Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços com Substituição
Tributária
IE- Inscrição Estadual
IPI – Imposto sobre Produto Industrializado
IPPT- Indicador de Produção Própria ou de Terceiros
IR – Imposto de Renda
ISS- Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza
JIT- Just In Time
K - Fator de segurança arbitrário
L – Lucro
LC- Lote de Compra
LFE - Livro Fiscal Eletrônico
LTDA- Limitada
MRP I- Planejamento das Necessidades de Materiais
MRP- Planejamento das Necessidades de Materiais
MRPII- Planejamento das Necessidades de Materiais
n - número de períodos
NCM- Nomenclatura Comum MERCOSUL
NF- Nota Fiscal
NFC-e- Nota fiscal ao Consumidor Eletrônica
NF-e - Nota Fiscal Eletrônica
Nº- Número
Org- Organizador
p. - páginas
PCP- Planejamento e Controle de Produção
PDF- Formato de Documento Portátil
PEPS- Primeiro a entrar e o primeiro a sair
PIS- Programas de Integração Social
PP- Ponto de Pedido
Q- Quantidade
Q/2- Quantidade dividido por 2
Qtd - Quantidade
R$- Valor em real
RC- Retorno de Capital investido em estoque
RS- Rio Grande Do Sul
SI- Sistema de Informação
SIG- Sistemas de Informações Gerenciais
Sintegra- Sistema integrado de informações sobre operações interestaduais com
mercadorias e serviços
SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
TR- Tempo de Reposição
UEPS- Último a entrar e primeiro a sair
UN – unidade
US$ - Símbolo da moeda americana
X- Multiplicação
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 15 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TRABALHO .............................................................. 17
1.1 TEMA ................................................................................................................. 17 1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA ................................................................................... 17 1.3 PROBLEMA ........................................................................................................ 17 1.4 OBJETIVOS ........................................................................................................ 18 1.4.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 18 1.4.2 Objetivos Específicos .................................................................................... 18
1.5 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 18 1.6 METODOLOGIA .................................................................................................. 19 1.6.1 Categorização da Pesquisa ........................................................................... 20 1.6.2 Dados Coletados ............................................................................................ 22 1.6.3 Análise e Interpretação dos Dados ............................................................... 23 1.6.4 Apresentação da Organização ...................................................................... 24 2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 25
2.1 CONCEITO E FUNÇÕES DOS ESTOQUES ............................................................ 25 2.2 CONTROLE DE ESTOQUE .................................................................................... 34 2.3 SISTEMA DE INFORMAÇÃO ................................................................................. 43 2.4 SISTEMA DE CONTROLE DE ESTOQUE ............................................................... 52 2.5 GESTÃO DE COMPRAS ........................................................................................ 62 3 DIAGNÓSTICO E ANÁLISE .................................................................................. 70 3.1 DESCRIÇÃO DO CONTROLE DE ESTOQUE DA EMPRESA ........................... 70 3.2 SISTEMA DE INFORMAÇÃO ............................................................................. 73 3.3 IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLE DE ESTOQUE ........................ 89 3.4 RESULTADOS DA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLE DE
ESTOQUE .......................................................................................................... 98 4 RECOMENDAÇÕES ............................................................................................ 101 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 103 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 106
APÊNDICES .......................................................................................................... 109
APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO PARA ENTREVISTA AO GESTOR .................... 110 APÊNDICE B - LISTA DOS PRODUTOS QUE COMPÕEM O ESTOQUE ............. 111 APÊNDICE C - QUESTIONÁRIO PARA ENTREVISTA AO GESTOR DA
EMPRESA UNFER REFERENTE AO FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE CONTROLE............................................................. 118
APÊNDICE D - RELATÓRIO DE ESTOQUE JOÃO FEITEN- EPP......................... 119
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INTRODUÇÃO
Diante do atual cenário econômico, as empresas vêm buscando alternativas
para diminuir os custos. Um dos setores que podem ser melhor gerenciados é o
estoque da empresa, pois, muitas vezes, podem ter uma quantidade elevada de
mercadorias em estoque, isso ocorre devido à falta de controle no momento de
realizar as compras.
Uma maneira de fazer com que isso ocorra é implantar um sistema de
controle de estoque, pois através do sistema as compras são concretizadas
conforme a real necessidade do empreendimento, diminuindo a grande
concentração de produtos desnecessários em estoques, assim reduzindo custos e,
além disso, também auxiliam para que não ocorra falta de produtos na empresa.
Implantar o controle de estoque na empresa é indispensável para que ocorra
uma melhor gestão nos negócios, assim a empresa poderá utilizar o sistema para
consultar o que realmente o empresário precisa comprar, e pode verificar se as
mercadorias compradas estão sendo vendidas ou estão ficando no estoque,
auxiliando na gestão de compras, sem fazer com que ocorram compras
desnecessárias.
Pois, realizando compras sem um controle de estoque, a empresa pode
comprar muitas vezes o que não é necessário, ou deixando de fazer aquisição de
itens que estão em falta, e também a quantidade em estoque pode ser insuficiente
para suprir as necessidades dos clientes, até o período que se faça uma nova
aquisição de mercadorias.
Perante o exposto, a pesquisa trata da implantação de sistema de controle de
estoque em empresa de comércio varejista, na empresa Comércio Noroeste, onde a
pesquisa está direcionada para uma melhor gestão de compras. Assim sendo, para
o desenvolvimento da pesquisa, foram realizados estudos sobre o conceito e
funções dos estoques; controle de estoque; sistema de informação; sistema de
controle de estoque; gestão de compras e alguns autores que lecionam sobre os
temas estudados, que são os seguintes: Dias; Ballou; Francischini e Gurgel; Fenili,
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Tenório; Martins e Alt; Marconi e Lakatos; Vianna; Bio; Plantullo,e Hoffmann; Pozo e
Rezende e Abreu.
A pesquisa está estruturada em quatro capítulos. O primeiro apresenta a
contextualização da pesquisa, formada por tema, delimitação do tema, problema,
objetivo geral, objetivos específicos, justificativa, metodologia, dados coletados,
análise e interpretação dos dados e apresentação da organização, dessa forma
explicando de que maneira irá ser desenvolvida a pesquisa e a finalidade do estudo.
E no segundo capítulo, é exposto o referencial teórico, que é utilizado para o
desenvolvimento e comprovação da pesquisa. Sendo assim, foram elencados os
seguintes assuntos: conceito e funções dos estoques; controle de estoque; sistema
de informação; sistema de controle de estoque e gestão de compras.
O terceiro capítulo abrange o diagnóstico e análise, constituído pela descrição
do controle de estoque da empresa; descrição do sistema de informação e a
implantação na empresa Comércio Noroeste do sistema de controle escolhido para
desenvolver a melhor gestão das compras.
Já no quarto capítulo, são realizadas as recomendações para o gestor da
empresa a respeito da continuidade do melhoramento da gestão de compras. Para
finalizar, são apresentadas as conclusões obtidas com o desenvolvimento do
trabalho, as referências utilizadas na elaboração do estudo, os Apêndices, que
contêm os questionários realizados com o gestor da empresa Comércio Noroeste, e
com o gestor da empresa Unfer, que é o vendedor do sistema de controle de
estoque Clipp Store.
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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TRABALHO
A pesquisa encontra-se organizada do seguinte modo: o tema e a delimitação
deste; o problema; os objetivos, os quais estão divididos em: geral e específicos; a
justificativa e, além desses, a metodologia, esta formada pela categorização da
pesquisa, pelos elementos de coleta de dados, análise e interpretação dos dados e
apresentação da organização na qual a pesquisa é elaborada.
O desenvolvimento de todas as etapas descritas é imprescindível para dar
início ao trabalho de pesquisa descrito.
1.1 TEMA
Para a concretização do estudo é imprescindível a identificação do tema a ser
estudado, pois ele é o objeto de pesquisa apresentado de uma forma ampla, o qual
é desenvolvido no trabalho.
O tema proposto para o estudo neste trabalho, que irá ajudar a empresa, é:
implantação de sistema de controle de estoques em empresa de comércio varejista.
1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA
A delimitação do tema é a maneira de definir, de forma clara, o que é
abordado na pesquisa. A finalidade do estudo e a importância do objeto para a
empresa é a implantação do sistema de controle, para auxiliar na gestão de compras
A delimitação do tema é: implantação de sistema de controle de estoques
para melhor gestão de compras na empresa Comércio Noroeste, localizada na
cidade de Tuparendi-RS, no período de julho a outubro de 2015.
1.3 PROBLEMA
Diante do mercado e do cenário competitivo, onde os custos são elevados, é
imprescindível ter uma boa gestão nos negócios, principalmente no que se refere a
estoque, pois, muitas vezes, as mercadorias são compradas sem realmente serem
necessárias, e esse é um problema que o empreendimento apresenta. Perante o
exposto, a empresa expõe uma dificuldade no momento de realizar as compras, pois
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não possui sistema de controle de estoque, o qual auxilia no momento da realização
das compras, eliminando a ocorrência de compras desnecessárias e, além disso,
auxilia também para não deixar faltar produtos em estoque que tem bastante giro.
Sendo assim, o problema abordado neste estudo é: O sistema de controle de
estoques contribuirá para melhoria de gestão de compras na empresa Comércio
Noroeste?
1.4 OBJETIVOS
1.4.1 Objetivo Geral
Através do objetivo geral é que se estabelece o objetivo da pesquisa, os
resultados esperados e a meta a ser alcançada.
A pesquisa elaborada apresenta como objetivo geral: implantar o sistema de
controle de estoques na empresa Comércio Noroeste para melhoria da gestão de
compras.
1.4.2 Objetivos Específicos
Os objetivos específicos apresentam uma forma mais detalhada de cada
processo a ser desenvolvido no trabalho e devem ser elaborados de maneira mais
particularizada, permitindo atingir o objetivo geral. Deste modo os objetivos
específicos são:
a) Descrever o processo de controle de estoque e a atual gestão de compras
da empresa;
b) Pesquisar sobre o sistema de informação e sua utilização;
c) Apurar o estoque físico existente e implantar no sistema escolhido;
d) Identificar os resultados a serem obtidos com a implantação de um
sistema de controle, para a melhor gestão de compras.
1.5 JUSTIFICATIVA
A justificativa compreende a apresentação completa das razões pelas quais
tornam importantes a realização do estudo e as contribuições que irão fornecer à
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empresa em estudo, aos acadêmicos do curso de Ciências Contábeis, para a
instituição FEMA (Fundação Educacional Machado de Assis), comunidade em geral
e, igualmente, para a elaboradora do estudo.
A empresa utiliza as informações do trabalho para melhorias no controle de
estoque para, assim, desenvolver uma melhor gestão de compras, verificar no
sistema implantado o que precisa comprar, pois pode consultar a quantidade de
itens que tem à disposição na empresa através do sistema de controle.
É imprescindível conhecer a importância do controle de estoques nas
empresas para saber, realmente, se as mercadorias compradas estão sendo
vendidas ou estão ficando no estoque, melhorando assim a gestão de compras.
Aos acadêmicos do curso de Ciências Contábeis convêm para adquirir
conhecimento na área de controle de estoques, para melhorar a gestão de compras,
e poderá servir como exemplo para elaborar um trabalho, pois na sua caminhada
acadêmica também irão passar por esse processo de trabalho de pesquisa.
Para a instituição FEMA, representa um trabalho que irá contribuir para a
ampliação de conhecimento e dados de pesquisa para os acadêmicos, e serve como
exemplo para outros trabalhos que irão ser desenvolvidos na instituição.
A comunidade em geral pode obter conhecimento, através do trabalho, para
sanar algumas dúvidas que possam ter em relação ao assunto abordado no estudo
e, consequentemente, melhorar o crescimento da empresa.
E para a acadêmica, alcançar novos conhecimentos e experiência, e põe em
prática os assuntos e teorias abordados no decorrer dos estudos, buscar
informações para auxiliar a empresa a solucionar o problema em questão, adquirir
conhecimento e experiência para a caminhada acadêmica e, além disso, agregar
mais conhecimentos para a vida profissional.
1.6 METODOLOGIA
Durante o desenvolvimento do trabalho são utilizados métodos para fazer
com que ocorra a pesquisa do trabalho, referente ao assunto escolhido, para que
assim os objetivos almejados sejam obtidos.
Através da metodologia é que obtemos informações que irão desenvolver
ações para que os objetivos sejam atingidos de maneira mais concisa, para, assim,
atingir o resultado que se propõe no estudo.
20
Portanto, os tópicos que compõem a metodologia são os seguintes:
categorização da pesquisa; plano de coleta de dados; plano de análise e de
interpretação dos dados e apresentação da organização.
1.6.1 Categorização da Pesquisa
Para um melhor entendimento é imprescindível que ocorra a classificação do
tipo de pesquisa que é abordada no desenvolvimento do trabalho, pois são vários os
enfoques e objetos de estudo que podem ser utilizados na pesquisa, e isso vai
depender de como o pesquisador vai elaborá-lo.
Sobre o assunto expõem Cervo, Bervian e Da Silva: “Cada abordagem ou
busca admite níveis diferentes de aprofundamento e enfoques específicos conforme
o objeto de estudo, os objetivos visados e a qualificação do pesquisador. É natural,
pois, a existência de inumeráveis tipos de pesquisa.” (CERVO; BERVIAN, DA
SILVA, 2007, p.60).
O tipo de pesquisa abordado depende de vários fatores, tais como: o
problema e a natureza. Köche afirma: “O planejamento de uma pesquisa depende
tanto do problema a ser investigado, da sua natureza e situação espaço temporal
em que se encontra, quanto da natureza e nível de conhecimento do investigador.”
(KÖCHE, 2012, p.122).
Quanto a natureza, a pesquisa se classifica em aplicada, pois é aplicado os
conhecimentos na prática, os meios que auxiliaram na solução do problema,
atingindo o objetivo que se propõe. Para Gil: “[...] tem como característica
fundamental o interesse na aplicação, utilização e conseqüências práticas dos
conhecimentos.” (GIL, 2008, p.27).
No que se refere à abordagem do problema, ela se classifica em qualitativa e
quantitativa. Qualitativa, pois se avalia as situações a partir de vários dados
adquiridos que foram necessários para compreender a realidade do que está em
estudo. Vianna confirma o exposto:
Na pesquisa qualitativa você analisará cada situação a partir de dados descritivos, buscando identificar relações, causas, efeitos, consequências, opiniões, significados, categorias e outros aspectos considerados necessários à compreensão da realidade estudada [...].( VIANNA, 2001, p.122).
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E também é considerada quantitativa, pois é desenvolvido um plano do que
irá ser desenvolvido na pesquisa. Sobre o assunto afirma Vianna: “Trabalhará com
propostas de investigação detalhadas nos objetivos e procedimentos de pesquisa,
hipóteses, variáveis, significância estatística, plano estruturado e detalhado dos
procedimentos de trabalho, contagens, medidas.” (VIANNA, 2001, p.122).
Em relação aos objetivos se classifica em pesquisa exploratória, onde se
realiza exposição da situação da empresa. Cervo, Bervian e Da Silva afirmam: “A
pesquisa exploratória realiza descrições precisas da situação e quer descobrir as
relações existentes entre seus elementos componentes.” (CERVO; BERVIAN, DA
SILVA, 2007, p.63).
E, além disso, também é considerada como pesquisa descritiva, pois é
realizada a descrição do que irá ser realizado na pesquisa. Para Gil: “As pesquisas
deste tipo têm como objetivo primordial a descrição das características de
determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre
variáveis.” (GIL, 2008, p.28).
Já do ponto de vista dos procedimentos técnicos, ela se classifica como
pesquisa bibliográfica, porque se utilizam livros, já publicados para desenvolver o
estudo.
Conforme Marconi e Lakatos: “A pesquisa bibliográfica, ou de fontes
secundárias, abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de
estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas,
monografias, teses [...]”. (MARCONI; LAKATOS, 2010, p.166).
Além da pesquisa bibliográfica, também se classifica como estudo de caso,
pois o estudo realizado é em um caso específico. Severino afirma que o estudo de
caso é: “Pesquisa que se concentra no estudo de um caso particular, considerado
representativo de um conjunto de casos análogos, por ele significativamente
representativo”. (SEVERINO, 2007, p.121).
E também é classificada como pesquisa documental no que se refere aos
procedimentos técnicos, porque através dos documentos utilizados para o
desenvolvimento do trabalho é realizada uma análise. Gil confirma o exposto:
A pesquisa documental assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica. A única diferença entre ambas está na natureza das fontes. Enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-
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se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico [...]. (GIL, 2008, p.51).
Logo após obter a categorização da pesquisa, considera-se necessário
realizar o plano de coleta de dados, para esclarecer como transcorre a coleta dos
dados realizada no estudo.
1.6.2 Dados Coletados
Depois de realizada a categorização da pesquisa, deve-se planejar a forma
de coletar os dados. A coleta de dados é uma forma de obter informações no que se
refere a aspectos da realidade, para assim melhor organizar os conhecimentos
adquiridos com a pesquisa.
Para realização da pesquisa é utilizada a forma direta e indireta para coletar
os dados da empresa, para obter melhor embasamento e comprovar os dados aqui
apresentados. Sendo assim, para realizar a coleta de dados foi utilizada
documentação indireta de forma documental e bibliográfica.
A pesquisa documental de forma indireta foi aplicada, pois vale-se de notas
fiscais de compras, documentos que fornecem informações sobre preço de custo,
alíquotas de tributação e a quantidade de itens, documentos adquiridos a partir do
dia 26(vinte e seis), de agosto de 2015 ( dois mil e quinze) até o dia 17 (dezessete),
de outubro de 2015( dois mil e quinze), quando é realizado o término da implantação
do sistema de controle de estoque, todos fornecidos pelo gestor da empresa
Comércio Noroeste.
Além desses documentos, foram adquiridos no dia 19 (dezenove) de agosto
de 2015 (dois mil e quinze), através do Gestor da empresa Unfer, conhecimentos
sobre o sistema de informação implantado- Cilpp Store, desenvolvido pela
Compufour, pois ele é o fornecedor do sistema que será utilizado para realizar a
implantação do sistema de controle de estoque, obtendo a resolução do problema e
alcançando os objetivos almejados.
A pesquisa bibliográfica utiliza-se de livros para realizar o estudo e para
solucionar o problema. Na pesquisa de maneira bibliográfica, utilizam-se livros de
diversos autores, tais como: Vianna, Marconi e Lakatos; Francischini e Gurgel;
Batista; Pozo; Martins e Alt; Dias; Cervo, Bervian e Da Silva; Ballou; Fenili; Slack,
23
Chambers e Johnston, entre outros, todos publicados e que contribuem para a
solução do problema.
Já a pesquisa direta foi feita com documentação direta extensiva, através de
questionários semiestruturados ao gestor da empresa Comércio Noroeste, no dia 15
(quinze) de agosto de 2015 (dois mil e quinze), com algumas questões, tais como: a
forma de controle de estoque que a empresa possui no momento; realização do
processo de compras; os tipos de clientes que a empresa possui, e quais os
produtos que têm no estoque.
A seguir, realizou-se no dia 19 (dezenove) de agosto de 2015 (dois mil e
quinze) uma entrevista com o gestor da empresa Unfer para descrever o
funcionamento do sistema de informação Clipp Store que foi implantado na
empresa, para assim adquirir conhecimento sobre a forma que o sistema opera e
fornece as informações para o gestor e colaboradores.
Desse modo, a coleta de dados utilizada para a concretização da pesquisa é
desenvolvida de forma direta e indireta, as quais buscam de diversas formas obter
informações sobre os dados da empresa. É a parte prática de como é desenvolvida
a arrecadação das informações do empreendimento, obtendo resultados
satisfatórios e a solução do problema. Após coletados os dados, a próxima etapa a
ser desenvolvida é o plano de análise e interpretação de dados, com a finalidade de
obter os melhores resultados.
1.6.3 Análise e Interpretação dos Dados
Para dar continuidade à pesquisa, após ser manuseados os dados e obtidos
os resultados, realizou-se a análise e a interpretação dos dados. A classificação dos
dados está totalmente ligada à análise dos dados. Assim sendo, para explicar o
problema em estudo foi realizado o método hipotético- dedutivo, pois é através
desse método que buscou-se prováveis opções para solucioná-lo. Através dele foi
trabalhado a hipótese de que a implantação de um sistema de controle de estoque
melhorará a gestão de compras.
Além desse, outros métodos que são adotados para a análise e interpretação
dos dados, os quais consistem em: método comparativo, método experimental ou
empírico. O método comparativo serviu para estudar o problema e, a partir desse,
fazer uma análise das diferenças que ocorreram a partir da implantação do sistema
24
de controle na empresa, comparando com a gestão anterior que não fazia a
utilização do sistema anteriormente.
E o método experimental ou empírico, pois consistiu em aplicar os elementos
do estudo em influência de variáveis obtendo os resultados que a variável forneceu,
ou seja, foi feito o estudo de como era a gestão de compras anteriormente, além de
ser estudado o funcionamento do sistema Clipp Store que foi implantado na
empresa. Também foi realizada a contagem física dos itens que estavam em
estoque e realizada a implantação dos mesmos no sistema, e ainda constituiu em
estudar os resultados obtidos com a implantação do sistema.
1.6.4 Apresentação da Organização
O presente estudo realiza-se na empresa Comércio Noroeste, que está
localiza na cidade de Tuparendi- RS (Rio Grande do Sul), fundada no dia
1º(primeiro) de setembro de1997 (um mil novecentos e noventa e sete). A empresa
é do ramo de comércio varejista, e tem como gestor o senhor João Feiten.
A empresa possui, no momento, uma equipe formada por dois funcionários e
um proprietário, para assim atender da melhor forma possível os clientes.
A organização atua como comércio varejista de máquinas e equipamentos
para uso comercial e industrial, além de ser comércio varejista de embalagens em
geral, atendendo a região noroeste do Rio Grande do Sul. O atendimento é realizado
no próprio estabelecimento, na cidade de Tuparendi e também vai até o cliente em
outras cidades.
Cabe destacar que o empreendimento possui vários diferenciais, tais como:
atender bem o cliente; vender produtos de qualidade e vender produtos sempre com
as mais novas tecnologias e inovações disponíveis no mercado.
25
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Para que se possa correlacionar o que está desenvolvido no trabalho com a
teoria é fundamental ter um embasamento teórico, que é feito com citações e
argumentos de autores que já escreveram sobre o assunto, para, assim, poder
confirmar o que está escrito no estudo.
Em vista disso, o referencial teórico representa uma parte essencial no
desenvolvimento do trabalho, porque é através dele que a pesquisa é fundamentada
para uma melhor apresentação à cerca do assunto abordado, confirmando, através
dos autores, que o redigido no desenvolvimento do trabalho tem sentido tanto na
realidade como cientificamente, pois eles possuem conhecimentos na área do tema
que está elaborado o trabalho de pesquisa.
Portanto, os tópicos do referencial teórico trabalhados são os seguintes:
Conceito e funções dos estoques; Controle de estoque; Sistema de informação;
Sistema de Controle de estoque e Gestão de compras.
2.1 CONCEITO E FUNÇÕES DOS ESTOQUES
Os estoques são materiais que a empresa tem à disposição para poder
atender às necessidades da organização. Para Fenili: “Estoque é toda e qualquer
porção armazenada de material, com valor econômico para a organização, que é
reservada para emprego em momento futuro, quando se mostrar necessária às
atividades organizacionais.” (FENILI, 2013, p. 39).
A quantidade de material que a empresa tem à disposição para ser utilizada
de forma a atender às necessidades que a mesma apresentar, é chamado de
estoque.
Estoques são produtos, materiais, adquiridos pela empresa e que
permanecem armazenados nas dependências do empreendimento por um
determinado período sem gerar retorno financeiro, até que sejam comercializados.
Francischini e Gurgel ensinam que: “Define-se estoques como „quaisquer
quantidades de bens físicos que sejam conservados, de forma improdutiva, por
algum intervalo de tempo‟.” (FRANCISCHINI; GURGEL, 2013, p. 91).
Os estoques também são considerados recursos que permanecem guardados
até o momento que precisam ser utilizados. Para Slack, Chambers e Johnston:
26
“Estoque é definido [...] como a acumulação armazenada de recursos materiais em
um sistema de transformação. Algumas vezes, estoque também é utilizado para
descrever qualquer recurso armazenado.” (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON,
2008, p. 381).
Considerado acúmulo de material, estes estoques também são vistos como
algo positivo, pois em determinadas atividades que possuem várias etapas, a posse
de estoque é importante para que não haja falta de material em nenhuma das
etapas a fim de não atrapalhar a linha de produção. Para Corrêa, Gianesi e Caon:
Esses acúmulos de materiais têm uma propriedade fundamental [...], proporcionam independência às fases dos processos de transformação entre as quais se encontram. Quanto maiores os estoques entre as duas fases de um processo de transformação, mais independentes entre si essas fases são, no sentido de que interrupções de uma não acarretam interrupção na outra. (CORRÊA; GIANESI; CAON, 2013, p.29).
Além da importância dos estoques para suprir a linha de produção e garantir
que a mesma ocorra corretamente, as empresas veem os estoques como fonte de
lucro. Doutrina Dias: “A meta principal de uma empresa é, sem dúvida, maximizar o
lucro sobre o capital investido em fábrica e equipamentos, em financiamentos de
vendas, em reserva de caixa e em estoques.” (DIAS, 2008, p. 23).
Para que a meta da empresa seja atingida é importante desenvolver uma
melhor administração do empreendimento no que se refere a estoque, e o objetivo é
fazer que o mesmo seja necessário para desenvolver sua atividade. Ela poderá
utilizar meios que possui para fazer o controle e diminuir o capital investido em
estoques. Sobre o assunto, Francischini e Gurgel afirmam que: “O objetivo é otimizar
o investimento em estoques, aumentando o uso eficiente dos meios internos da
empresa e minimizando as necessidades de capital investido.” (FRANCISCHINI;
GURGEL,2013, p. 92).
Os estoques têm a função de manter a estabilidade da empresa no que se
refere à produção e o atendimento ao consumidor, pois sem itens à disposição para
a fabricação ou fornecimento do produto para o consumidor, a empresa não
consegue desenvolver sua atividade estabelecida, porque com a falta desses itens a
organização não consegue desenvolver suas funções. Para Dias: “Sem estoque é
impossível uma empresa trabalhar, pois ele é o amortecedor entre vários estágios
da produção até a venda final do produto.” (DIAS, 2010, p.15).
27
Para saber a quantidade que precisa ter no estoque, em um determinado
período de tempo, é necessário que se consiga analisar o consumo apresentado
pelo item, para saber quanto comprar e se precisa comprar. Essa análise é
necessária para que os custos sejam reduzidos. Para fazer isto é utilizada a
chamada previsão de estoques. Segundo Fenili:
[...] pensar em previsão de estoques é conseguirmos ter uma visão do consumo de determinado item de material que seja a mais próxima da realidade. Caso haja informações incorretas [...] duas situações podem ocorrer: acentuação de custos de estoques e custos de falta de estoque. (FENILI, 2013, p.52).
Além de adquirir conhecimento sobre a finalidade dos estoques para a
organização, é fundamental saber que existem vários tipos de estoques, e que vai
depender do ramo de atividade em que a organização está inserida. Na Ilustração 1,
Francischini e Gurgel citam os tipos de estoques juntamente com suas finalidades:
Tipos de estoque Finalidades Estoques de matérias- primas materiais e componentes comprados de
fornecedores, armazenados na empresa compradora e que não sofrem nenhum tipo de
processamento. Estoques de materiais em processos materiais e componentes que sofreram pelo
menos um processamento no processo produtivo da empresa compradora e aguardam
utilização posterior. Estoque de produtos auxiliares peças de reposição, materiais de limpeza,
materiais de escritório etc.
Estoque de produtos acabados produtos prontos para a comercialização.
Ilustração 1: Tipos de Estoques e Finalidades. Fonte: Adaptado de Francischini e Gurgel (2013, p. 91).
Cada tipo de estoque, conforme exposto na Ilustração 1, representa uma
finalidade específica para a empresa. Todos os estoques são importantes e
representam um bem para o empreendimento. Martins e Alt confirmam que os
estoques representam uma parte do ativo da empresa (MARTINS; ALT, 2009).
Corrêa, Gianesi e Caon lecionam que os estoques de matérias-primas
representam um dos tipos de estoques, e que sua finalidade é regular as taxas de
suprimentos para aperfeiçoar o processo de transformação. E, ainda, afirmam que o
estoque de produtos acabados representa um dos tipos de estoques, porém
destacam que ele serve como regulador entre as diferenças das taxas de produção
do processo produtivo (CORRÊA; GIANESI; CAON, 2013).
28
Martins e Alt confirmam que os estoques de produtos em processo são os
produtos que não foram acabados, mas que já passaram por alguma etapa de
transformação, e também confirmam o exposto na Ilustração que relata que os
estoques de produtos acabados compreendem aqueles itens que já estão prontos
para chegar ao consumidor final (MARTINS; ALT, 2009).
Para Corrêa, Gianesi e Caon, além dos estoques que são citados por
Francischini e Gurgel, lecionam que os estoques de material semi acabado também
fazem parte dos tipos de estoques e que sua função é regular as prováveis
diferenças que venham ocorrer entre as taxas de produção entre dois equipamentos
subsequentes, constituído por questões de especificação ou por questões
temporárias (CORRÊA; GIANESI; CAON, 2013).
Já para Martins e Alt, além dos tipos de estoques citados na Ilustração,
existem mais três tipos de estoque, que são:
a) Estoques de materiais: sendo aqueles itens que a empresa compra e que
são utilizados no processo produtivo, incluindo os materiais auxiliares,
como os materiais de limpeza e de escritório;
b) Estoque em trânsito: inclui os itens que ainda não chegaram ao destino
final, mas que já foram enviados de uma unidade da fábrica para outra;
c) Estoque em consignação: que corresponde aos materiais que podem ser
devolvidos, caso não sejam vendidos, e sem cobrança de taxas, e até que
não forem vendidos eles continuam sendo do fornecedor (MARTINS; ALT,
2009).
Existem vários tipos de estoques que a empresa pode possuir, vai depender
de qual atividade econômica a mesma pretende desenvolver suas atividades, pois
são vários os ramos empresariais que o gestor pode inserir à empresa, e com isso
os itens que compõem o estoque irão variar. Qualquer um dos tipos de estoques
representa uma finalidade para o empreendimento.
Apesar de apresentar custos para a empresa, muitas organizações,
geralmente, utilizam estoque de mercadorias, o chamado estoque mínimo ou de
segurança, tentando diminuir os custos da manutenção. Sobre o exposto Fenili
afirma, “[...] mesmo se a organização optar por uma política de minimização de
estoques, primando pela economicidade, ainda trabalha-se com o chamado estoque
mínimo ou de segurança, capaz de prover a continuidade do processo de trabalho
[...].” (FENILI, 2013, p.40).
29
A empresa deve procurar trabalhar com o menor estoque possível, porém o
ideal de atuação seria não manter estoques, mas essa alternativa demanda custos
maiores do que os de manutenção para o empreendimento que optar por essa
possibilidade. A respeito do assunto Francischini e Gurgel lecionam: “O problema é
que o custo de manter estoque zero pode ser maior do que o custo de manutenção
de estoque e, embora persiga o ideal de desempenho, uma empresa deve procurar
manter os seus estoques no nível mais baixo possível.” (FRANCISCHINI; GURGEL,
2013, p.93).
Existem motivos para que pelo menos o estoque mínimo seja mantido, mas
também existem as consequências em mantê-lo, analisando o resultado da
empresa. Segundo Pozo, os motivos que levam a manter o estoque mínimo são: a
possibilidade de ocorrer seu uso em um período próximo, também para minimizar os
custos de produção, movimentação e estoques. Para isso devem ser analisados os
objetivos do estoque, que podem ser:
a) Objetivo de custo: que procura tornar menor o custo total, considerando os
três custos incidentes sobre a manutenção de estoque;
b) Objetivo de nível de serviço: que procuram atender todas as solicitações
colocando determinado nível de atendimento, conforme aumenta o
atendimento aumenta os custos para manter os estoques (POZO, 2008).
São vários os motivos que influenciam os gestores a optar por manter
estoque, como o cenário econômico e o mercado. Tudo deve ser analisado e
considerado no momento de adquirir estoques, pois têm os dois lados a observar. Já
para Fenili, os motivos que levam uma organização a trabalhar com estoques são as
seguintes:
Estoques podem proteger as organizações de eventuais oscilações de demanda= uma vez adquirida, a mercadoria torna-se independente de flutuações de demanda. Estoques podem proteger as organizações de eventuais oscilações de mercado= uma vez adquirida, a mercadoria torna-se independente de flutuações do mercado. Estoques podem ser uma oportunidade de investimento=isso ocorre quando, em determinado período, a taxa de aumento do valor financeiro do estoque for maior do que a taxa de aplicação em outros ativos que podem ser obtidos no mercado. Estoques podem proteger de atrasos= [...] desde um problema no transporte das mercadorias, até uma negociação mais prolongada com fornecedores, ou até mesmo uma influência do clima. Grandes estoques podem implicar economia de escala= a aquisição de itens de material em maiores quantidades usualmente implica a prática de
30
preços módicos, se comparando com compras de menores vultos. (FENILI, 2013, p. 40-41).
A utilização dos estoques proporcionam várias vantagens que devem ser
verificadas pelas empresas e levadas em consideração no momento de decidir em
trabalhar ou não com estoques. Além disso, existem razões para que ocorra a
manutenção de estoques, e segundo Slack, Chambers e Johnston são as seguintes:
- para lidar com interrupções ocasionais e não esperadas no fornecimento ou demanda (estoque de proteção, isolador ou de “segurança”); - para lidar com a inabilidade de fabricar todos os produtos simultaneamente (estoque de ciclo); - para lidar com flutuações conhecidas no fornecimento ou demanda (estoque de antecipação); - para lidar com tempos de transporte na rede de suprimentos (estoque no canal de distribuição). (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2008, p.407).
Além de analisar as razões para manter o estoque, é necessário levar em
consideração os possíveis recursos que podem ser consumidos pelos estoques
quando for optado por mantê-los no empreendimento. Para Francischini e Gurgel,
conforme Ilustração 2, o estoque consome alguns recursos, tais como:
Tipos de recursos Significado
Recursos financeiros o valor que a empresa paga pelos itens que possui no estoque, e que poderiam render juros
em aplicações, ou reduzir juros devido a empréstimos.
Espaço no chão da fábrica é uma perda para a empresa devido a ocorrer em pagar aluguéis ou comprar algum espaço
para poder guardar o estoque.
Movimentação desnecessária os estoques ocupam um espaço físico e dificultam a organização do ambiente.
Perdas e danos os estoques podem ser danificados caso não forem utilizados, ou sofrer algum dano no estoque que impossibilita a sua utilização.
Custos para manter os estoques é preciso de um seguro.
Ilustração 2: Tipos de Recursos e seus Significados. Fonte: Adaptado de Francischini e Gurgel (2013).
Segundo o exposto na Ilustração 2, existem cinco tipos de recursos que são
consumidos pelo estoque, cada um apresenta o seu significado no que se refere a
que tipo de gasto consome.
31
A opção por manter estoques nas empresas é uma tarefa que exige muitas
análises. Devem-se levar em consideração vários critérios. Martins e Alt afirmam
que:
Em épocas de alta inflação, manter estoques elevados poderia ser a forma mais adequada de obter grandes lucros, pois a reposição dava-se sempre a preços maiores. Numa economia mais estável e de baixa inflação, isso não é verdadeiro, e uma boa gestão de estoques poderá ser o responsável pelo lucro. (MARTINS; ALT, 2009, p. 198).
A prática da utilização de estoques requer um conhecimento sobre vários
aspectos, cabe ao gestor da empresa adquirir as informações necessárias sobre o
que precisa ser analisado e tomar a decisão mais conveniente para a empresa no
momento.
Para Francischini e Gurgel a gestão de estoques apresenta grande
importância e precisa ter cuidados, principalmente o operacional e o financeiro.
Muitas vezes a empresa não consegue atender o aumento repentino da demanda,
ou por outras vezes o que se tem à disposição não tem demanda suficiente para
utilizar, ficando assim no estoque (FRANCISCHINI; GURGEL, 2013). Conforme
Ilustração 3:
Ilustração 3: Capacidade de Produção Versus Estoques. Fonte: Francischini e Gurgel (2013, p.92).
Como pode-se verificar na Ilustração 3, capacidade de produção versus
estoques, a gestão de estoque é importante para a empresa, pois é nela que estão
associadas a parte operacional e financeira da empresa. Os estoques também
apontam o nível do fluxo de negócios, conforme a mercadoria dá entrada e saída na
empresa ou até mesmo quando permanecem no empreendimento. Para Martins e
Alt:
Os estoques têm a função de funcionar como reguladores do fluxo de negócios. Como a velocidade com que as mercadorias são recebidas [...] é usualmente diferente da velocidade com que são utilizadas [...] por unidade
Necessidades
Da operação industrial e comercial
Gestão de estoque para
conciliar interesses e determinações diversas
Restrições impostas pela necessidade de
concentrar os recursos financeiros no caixa central da empresa
32
de tempo ou saída [...] funcionando como um amortecedor [...] (MARTINS; ALT, 2009, p.168).
Além de funções, o estoque possui indicadores, pelos quais também podem-
se medir os negócios da empresa. Indicadores estes como: o giro de estoque, a
cobertura de estoque e o índice de rotação.
Conforme Fenili, o giro de estoque, que também pode ser chamado de
rotatividade de estoque, é o número de vezes que o estoque de um dos itens que a
empresa possui é renovado, em determinado período. A cobertura de estoques, a
qual também pode ser conhecido como antigiro, é um indicador que tem como
responsabilidade informar o período em que o estoque médio será capaz de atender
à demanda média que, na maioria das vezes, é em dias, e o índice de rotação tem
sentido semelhante ao do giro de estoque (FENILI, 2013). Os indicadores podem ser
obtidos através das Ilustrações 4, 5 e 6:
Giro de estoque: Valor consumido no período Valor do estoque médio no período
Ilustração 4: Giro de Estoque de um Determinado Item. Fonte: Fenili (2013, p.42).
Giro de estoque: Custo da mercadoria vendida no período Custo do estoque médio no período
Ilustração 5: Giro de Estoque para Vários Itens. Fonte: Fenili (2013, p. 42).
Cobertura de estoques (dias): Período (dias)
Giro de estoque
Ilustração 6: Cobertura de Estoques. Fonte: Fenili (2013, p. 43).
Os indicadores são obtidos de acordo com as ilustrações e servem, conforme
o exposto, para que a empresa possa se valer das informações obtidas para melhor
gerenciamento dos estoques, pois é através deles que a empresa saberá se o
estoque no período atenderá à procura pelos itens, e em quanto tempo o estoque
precisa ser renovado.
33
Além dos indicadores de giro de estoque e cobertura de estoque, a avaliação
do retorno de capital investido também deve ser analisada, pois assim saberá como
está a gestão na empresa, e se, realmente, está ocorrendo uma adequada
administração do mesmo. Conforme Pozo:
A avaliação do Retorno de Capital investido em estoque (RC) é baseada no lucro das vendas anuais sobre o capital investido em estoques. Como parâmetro de validade de uma boa administração de estoques, o retorno de capital deve situar-se acima de um coeficiente 1, e quanto maior for o coeficiente melhor será o resultado da gestão de estoques. (POZO, 2008, p. 46).
A função de avaliar o capital investido em estoques se justifica pelo fato de
tomar conhecimento se está sendo desenvolvida uma boa gestão de estoques, se o
que é comprado está tendo saída e trazendo lucro para o gestor, ou se está ficando
em estoque, sem trazer retorno positivo para a organização. A fórmula para
desenvolver o cálculo, conforme Pozo, na llustração 7, é:
RC=Lucro (L): Capital em Estoque (C)
Ilustração 7: Retorno de Capital. Fonte: Pozo (2008, p. 46).
Como observa-se na Ilustração 7, a fórmula demonstra a maneira de se obter
o cálculo do retorno de capital que foi investido no estoque, para assim, conforme
exposto, obter uma análise de como está sendo desenvolvida a administração de
estoques, e fazer possíveis ajustes.
E uma boa gestão de estoques deve zelar pela harmonia entre quatro
departamentos dentro da empresa, que são: compras, produção, vendas e finanças.
Além de designar a quantidade de estoque suficiente para cada área da empresa,
para isso leva-se em conta alguns critérios como: necessidade, restrição, facilidade,
adequação e giro. Para Francischini e Gurgel:
Necessidade – comprar quando necessário, somente a quantidade necessária e não manter estoques do item. Restrição – comprar um lote que atenda às necessidades da empresa durante determinado período de tempo, [...]. Facilidade – manter estoques de matérias-primas suficientes para que a área de Produção possa produzir qualquer item em determinado período de tempo preestabelecido [...].
34
Adequação – manter estoques de produtos acabados suficientes para que determinada porcentagem de clientes seja atendida imediatamente quando ocorrer o pedido. Giro – manter determinado nível de estoque de matérias-primas e de produtos acabados, que possibilite alcançar a meta preestabelecida de giro de estoque total. (FRANCISCHINI; GURGEL, 2013, p. 96-97).
É preciso analisar os critérios antes de optar por qual quantidade de estoque
a ser adquirida, pois a demanda de um setor para outro pode ser diferente. Se os
critérios não forem analisados de maneira correta, podem ocorrer falta de produtos
acabados ou matérias-primas em período de tempo para atender à necessidade dos
clientes. Para que isso não ocorra, as análises devem ser aplicadas para ter um
melhor êxito no momento de efetuar as compras, sem ocasionar possíveis
equívocos em relação à quantidade de estoques.
Sobre o assunto exposto, Dias certifica que: “A administração de estoques
exige que todas as atividades envolvidas com controle de estoques, qualquer que
seja a forma, sejam integradas e controladas num sistema em quantidades e
valores.” (DIAS, 2008, p.24).
Diante dos conceitos abordados, percebe-se que o estoque compreende
todas e quaisquer quantidades de itens que a empresa tem à disposição, de forma
improdutiva por algum período de tempo, até que possam ser utilizadas ou vendidas,
e os estoques estão divididos nos seguintes tipos: estoques de matérias-primas,
estoques de materiais em processos, estoque de produtos auxiliares e estoques de
produtos acabados.
Devido a esses fatores é preciso tomar conhecimento de como funciona o
controle de estoque, como ele pode ser aplicado nas empresas e o que devemos
levar em consideração quando optar por aplicar o sistema de controle.
2.2 CONTROLE DE ESTOQUE
Controlar o estoque é uma maneira de obter informações mais precisas do
que a empresa possui, pois significa conseguir várias informações que possibilitam
verificar se o resultado obtido está dentro do que foi projetado. Francischini e Gurgel
afirmam: “A função de controle de estoques é definida como um fluxo de
informações que permite comparar o resultado real de determinada atividade com
seu resultado planejado.” (FRANCISCHINI; GURGEL, 2013, p. 159).
35
A realização do controle de estoques pode ser concretizada de várias
maneiras, atendendo às condições de serviço e também diminuindo o custo que se
obtém em manter os estoques. Ballou leciona que: “Existem várias formas de
controlar a quantidade em inventário de modo a atender os requisitos de nível de
serviço e ao mesmo tempo minimizar o custo de manutenção do estoque.”
(BALLOU, 2013, p.217).
Para que a empresa faça o controle de estoques precisa levar em
consideração os objetivos principais, desse modo irá desenvolver um excelente
controle. Conforme Dias, são os seguintes:
a)determinar “ o que” deve permanecer em estoque: número de itens; b)determinar “quando” se devem reabastecer os estoques: periodicidade; c)determinar “quanto” de estoque será necessário para um período predeterminado: quantidade de compra; d)acionar o departamento de compras para executar aquisição de estoque: solicitação de compras; e)receber, armazenar e guardar os materiais estocados de acordo com as necessidades; f)controlar os estoques em termos de quantidade e valor; fornecer informações sobre a posição do estoque; g)manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e estados dos materiais estocados; h)identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados. (DIAS, 2010, p. 21).
Para que ocorra e seja realizado um bom controle de estoques, é preciso
seguir os objetivos que esse controle propõe, para assim obter êxito com a utilização
do recurso, e a partir da implantação do controle de estoque, a empresa poderá
utilizar o controle inventário físico, ou seja, a conferência física para ajustar possíveis
contestações.
Referente à utilização do inventário físico, ensina Martins e Alt: “O inventário
físico consiste na contagem física dos itens de estoque. Caso haja diferenças entre
o inventário físico e os registros do controle de estoques, devem ser feitos os ajustes
conforme recomendações contábeis e tributárias.” (MARTINS; ALT, 2009, p.199).
Mas, antes de dispor um sistema de controle, a empresa precisa definir vários
pontos. Segundo expõe Dias, o primeiro está associado aos diversos tipos de
estoque que existem na empresa; o segundo, refere-se à diversidade de critérios
adotados para o nível de estoque que a empresa deve possuir para atender às
necessidades; e o terceiro, é a relação entre o nível do estoque e o que foi preciso
investir (DIAS, 2010).
36
A importância da definição dos pontos para a empresa ter um controle de
estoques é devido à influência que o controle representa para as empresas. Sobre o
assunto, Ballou confirma que:
O controle de estoques exerce influência muito grande na rentabilidade da empresa. Eles absorvem capital que poderia estar sendo investido de outras maneiras. [...], o inventário desvia fundos de outros usos potenciais e tem o mesmo custo de capital que qualquer outro projeto de investimento da companhia. (BALLOU, 2013, p. 208).
A realização do controle também faz parte do planejamento, sendo assim, as
medidas tomadas na produção devem estar de acordo com o que já está planejado.
Conforme Pozo: “A função do controle, como parte integrante do sistema de
planejamento, é fazer a avaliação das ações que estão sendo desenvolvidas no
processo produtivo e compará-las com o planejado.” (POZO, 2008, p.116).
O controle de estoque tem como finalidade auxiliar as empresas a aperfeiçoar
o investimento que é realizado nos estoques, pois através dele que o dinheiro
utilizado para aquisição de estoques é melhor utilizado, ou seja, sem ocorrer a
realização de compras desnecessárias. Dias confirma o exposto: “O objetivo [...] é
otimizar o investimento em estoques, aumentando o uso eficiente dos meios internos
da empresa, minimizando as necessidades de capital investido.” (DIAS, 2010, p.24).
Outra preocupação dos gestores em realizar um melhor controle dos produtos
em estoque diz respeito a não deixar faltar produtos para seus clientes, atender da
melhor forma possível os seus clientes, e isso é visto como um diferencial no
mercado competitivo. Martins e Alt doutrinam: “Atender aos clientes na hora certa,
com a quantidade certa e requerida, tem sido o objetivo da maioria das
empresas.[...] a rapidez e presteza na distribuição das mercadorias assumem [...]
uma vantagem competitiva.”(MARTINS; ALT, 2009, p.173)
E esse controle de estoque precisa de informações e documentos que
possibilitam que ele seja garantido de maneira eficiente. Para que haja razão para
implantar o sistema de controle, as informações devem ser precisas e
documentadas sem que seja necessário introduzir uma burocracia. Sobre o assunto
exposto Francischini e Gurgel afirmam:
Para que o controle de estoque seja eficaz, é necessário que o fluxo de informações seja adequado e documentado. Assim, alguns documentos padronizados devem ser implantados para que isso seja possível, sem
37
introduzir uma burocracia desnecessária. (FRANCISCHINI; GURGEL, 2013, p.160).
O autor ainda expõe, na Ilustração 8, sobre os documentos e a função de
controle de estoque que existem nas empresas:
Documento De Para Função
Requisição de Compra
Estoque Compras Solicitar a aquisição de determinado item para a reposição do estoque.
Requisição de Fabricação
Estoque Produção Solicitar a fabricação de determinado item para a reposição do estoque.
Pedido de Cotação
Compras Fornecedores Solicitar informações sobre as condições de fornecimento de determinado item
(preço, prazo etc.).
Proposta ou Cotação
Fornecedores Compras Informar à empresa compradora as condições de fornecimento.
Pedido de Compra
Compras Fornecedor Solicitar a entrega de item ao fornecedor que melhor atender às condições de
fornecimento.
Nota Fiscal Fornecedor Estoque Formalizar, por meio de um documento legal, a entrega do pedido de compra.
Requisição de Material
Usuário Estoque Formalizar o pedido de retirada de determinada quantidade de um item em
estoque para consumo da empresa.
Ilustração 8: Documentos do Controle de Estoque. Fonte: Adaptado de Francischini e Gurgel (2013, p.159).
Esses documentos, conforme Ilustração 8, são importantes para que
aconteça a realização do controle de estoque, pois cada um apresenta uma função
específica na empresa, uma vez que quanto mais informações confiáveis à
disposição melhor será o desenvolvimento do controle de estoque na empresa.
Para fazer a apresentação do estoque que a empresa possui, além de levar
em consideração os documentos que são utilizados para o controle de estoques, é
preciso realizar uma associação com a prática na empresa, pois a quantidade de
estoque pode variar devido a vários fatores. Segundo Dias, o ciclo dos fatores, no
decorrer do mês, não é constante, pois os consumos de matéria-prima são variáveis,
os prazos de entrega dos fornecedores podem existir falhas de operação e a
remessa de material pode ser rejeitada (DIAS, 2010).
Para obter a demanda média ou consumo médio, no período analisado, existe
uma fórmula para que ocorra a realização do cálculo. Sobre o assunto exposto,
Francischini e Gurgel afirmam que: “A demanda média ou consumo médio no
38
período é estimada pela fórmula:” (FRANCISCHINI; GURGEL, 2013, p.162) [grifo
dos autores).
A fórmula para obtenção do consumo médio é demonstrada, conforme
Francischini e Gurgel, na Ilustração 9:
DM = D¹+ D²+... Dn
n
Ilustração 9: Demanda Média no Período. Fonte: Francischini e Gurgel (2013).
A fórmula demonstrada na Ilustração 9, auxilia no controle da demanda média
de itens, para melhor controle de estoques.O significado da fórmula que está
demonstrada, segundo Francischini e Gurgel, é a seguinte: DM demanda média, D¹
demanda em cada período e o n significa número de períodos (FRANCISCHINI;
GURGEL, 2013).
A maneira que poderá controlar estoques que possui mais de um item é a
utilização da classificação ABC. Segundo Slack, Chambers e Johnston, “Em
qualquer estoque que contenha mais de um item em estoque, alguns itens serão
mais importantes para a organização do que outros.” (SLACK, CHAMBERS,
JOHNSTON, 2008, p. 402).
A utilização da classificação ABC tem um objetivo o qual se refere aos custos,
para após as análises dos itens poderem optar por qual sistema de controle de
estoque optar. Conforme Corrêa e Corrêa:
O objetivo é definir grupos para os quais diferentes sistemas de controle de estoque serão mais apropriados, resultando em um sistema total mais eficiente em custos. Usam-se, dessa forma, sistemas mais caros de operar que permitem um controle mais rigoroso para controlar itens mais importantes, enquanto sistemas mais baratos de operar e menos rigorosos são utilizados para itens menos “importantes” (em valor de uso). (CORRÊA; CORRÊA, 2008, p.540).
O controle dos itens que compõe o estoque e possui maior significado para a
empresa, quando utilizando o sistema ABC, para Slack, Chambers e Johnston é
realizado da seguinte maneira:
Itens classe A são os 20% de itens de alto valor que representam cerca de 80% do valor total do estoque.
39
Itens classe B são aqueles de valor médio, usualmente os seguintes 30% dos itens que representam cerca de 10% do valor total. Itens classe C são itens de baixo valor que, apesar de compreender cerca de 50% do total de tipos de itens estocados, provavelmente representam somente cerca de 10% do valor total de itens estocados. (SLACK, CHAMBERS, JOHNSTON, 2008, p.402).
Além do sistema ABC, que é utilizado por algumas empresas para demonstrar
os itens que possui no estoque, existe outra maneira de representar a evolução do
estoque que é a chamada curva dente- de- serra, segundo Francischini e Gurgel:
Uma das maneiras de representar a evolução do estoque em uma empresa é por um gráfico em que no eixo x colocamos o tempo e no eixo y, a quantidade em estoque, [...] existem dois períodos distintos: período de Consumo do Estoque e período de Reposição do Estoque. (FRANCISCHINI; GURGEL, 2013, p. 161).
O período de reposição se refere ao tempo em que o produto vai demorar
para estar à disposição, ele vai desde o momento em que é realizado o pedido de
compras até a elaboração do produto. Sobre o assunto Pozo leciona:
Quando emitimos um pedido de compra, decorre um espaço de tempo que vai desde o momento de sua solicitação no almoxarifado, colocação do pedido de compra e passando pelo processo de fabricação em nosso fornecedor até o momento em que recebemos e o lote estiver liberado para produção [...]. (POZO, 2008, p. 64).
Para calcular o tempo de reposição deve ser analisado cada procedimento
que vai ocorrer até a chegada do item no empreendimento, que começa a ser
analisado a partir do momento em que o setor responsável pelo controle de
estoques avisa o setor de compras até depois de o item estar pronto e passar pelo
controle da qualidade. O tempo de reposição, conforme afirmam Francischini e
Gurgel, é a soma dos tempos de cada uma das etapas a seguir:
Constatar a necessidade de reposição pelo Almoxarifado. Informar a área de compras da necessidade de reposição. Contatar os fornecedores para obter as propostas de fornecimento por
meio de cotações, licitações etc., ou outro meio adequado. Emitir o Pedido de Compra. Cumprir o prazo de entrega pelo fornecedor: fabricação, separação e
expedição do pedido feito. Transportar o item comprado do fornecedor até o comprador. Desembaraços alfandegários, quando necessários. Realizar os procedimentos adequados de inspeção e ensaios pelo
Controle da Qualidade, quando necessários. (FRANCISCHINI; GURGEL, 2013, p.163).
40
O cálculo do tempo de reposição se faz necessário, pois são várias as etapas
a seguir para o produto estar à disposição, e em cada uma é necessário um tempo.
Outra maneira de controlar o estoque é o chamado estoque de segurança, em que
uma determinada quantia de itens permanece no estoque para prováveis variações
que venham a ocorrer.
Segundo Pozo: “Também conhecido por estoque mínimo ou estoque reserva,
é uma quantidade de peças que tem que existir no estoque com a função de cobrir
as possíveis variações no sistema [...].” (POZO, 2008, p. 67). Para que não ocorra
algum imprevisto referente à quantidade de itens que está à disposição na empresa,
é possível ter um estoque mínimo que pode ser utilizado se algo que não está
previsto ocorrer, como uma grande demanda e um possível atraso na entrega.
Para Francischini e Gurgel as falhas que mais ocorrem no procedimento de
reposição advêm em três fundamentais pontos, que são:
Aumento repentino da demanda- aumentos não previstos da demanda do item em estoque [...].
Demora no procedimento do Pedido de Compra- falhas no sistema de informações do Almoxarifado ou da área de Compras podem incorrer em demoras excessivas na expedição do pedido.
Atrasos de entrega pelo fornecedor- o fornecedor nem sempre tem condições de cumprir seus prazos de entrega em virtude de problemas no seu sistema de produção, transporte ou dependência de liberação alfandegária. (FRANCISCHINI; GURGEL, 2013, p.164).
A importância de tomar conhecimento das possíveis falhas é devido à
utilização do estoque de segurança, ou estoque mínimo como também pode ser
chamado. Fazendo as análises necessárias, será possível atender às possíveis
demandas que poderão acontecer, sem que a reposição seja prejudicada.
A fórmula simples, segundo Dias, para o cálculo do estoque mínimo, é a
seguinte: E.Mn= C x K , em que E.Mn significa estoque médio, C é o consumo médio
mensal e K é o fator de segurança arbitrário contra um risco de ruptura (DIAS,
2010).
Outra maneira de controlar o estoque é o chamado estoque máximo, onde se
faz o cálculo, como o próprio nome diz, para saber o máximo de itens que devem
permanecer no almoxarifado. Sobre o exposto, Fenili afirma que: “é o máximo de
itens em almoxarifado. É igual à soma do estoque de segurança com o lote de
compra. Emáx= ES+ LC” (FENILI, 2013, p. 67).
41
Controlar o estoque significa também saber a quantidade de estoque médio
que a organização deve ter à disposição, observando as entradas e saídas dos
itens. Segundo Francischini e Gurgel, a fórmula utilizada para a realização do
cálculo é a seguinte: EM=Q/2+ Eseg ( FRANCISCHINI; GURGEL, 2013). O autor
ainda traz o significado da fórmula que é empregada para conseguir o obter o
estoque médio:
O estoque médio é um parâmetro útil que resume as transações de entradas e saídas de determinado item do estoque. Tomando-se uma curva dente-de-serra, com todas as suas simplificações, em que, ao atingir o Estoque de Segurança (Eseg),as reposições são feitas imediatamente por meio da entrada de uma quantidade Q, [...]. (FRANCISCHINI; GURGEL, 2013, p.173).
O controle de estoque, tanto o estoque médio, estoque máximo e o estoque
mínimo, é essencial para a organização obter um melhor controle do que tem à
disposição no estoque. Conforme citado, cada um tem uma fórmula para chegar ao
resultado de cada tipo de estoque.
Além desses tipos de controle pode ser realizado o cálculo do ponto de
pedido, que é outra maneira de controlar o estoque, pois é através dele que saberá
qual o momento de realizar um novo pedido. Sobre o ponto de pedido afirma Fenili:
É a quantidade de um determinado produto em estoque que, sempre que atingida, deve provocar um novo pedido de compra. Esta quantidade garante a continuidade do processo produtivo até que chegue o Lote de Compra (durante o Tempo de Reposição) PP= (C X TR)+ ES, onde C= consumo médio do tempo TR= tempo de reposição ES= estoque mínimo ou de segurança. (FENILI, 2013, p. 66).
O cálculo do ponto de pedido fornece à empresa um melhor controle de
quando devem ser efetuadas as compras de materiais ou produtos que compõem os
estoques para que não ocorra a descontinuidade da produção e também a falta de
produtos finais para fornecer aos clientes, assim obtendo uma melhor gestão de
compras para o empreendimento.
O chamado estoque virtual também é uma maneira de controlar o estoque e
auxilia no momento do cálculo do pedido de compra. Segundo Francischini e Gurgel:
“Outro conceito importante que devemos levar em consideração ao calcular o
momento de fazer um novo pedido de compra ou de fabricação é o de estoque
42
virtual, que é calculado da seguinte maneira.” (FRANCISCHINI; GURGEL, 2013,
p.171). Conforme Ilustração 10:
Estoque virtual = Estoque físico- Consumo empenhado+
+ Entregas pendentes- Estoque em inspeção
Ilustração 10: Cálculo do Estoque Virtual. Fonte: Francischini e Gurgel (2013, p.171).
De acordo com a Ilustração 10, essa é a maneira de realizar o cálculo para
obter o estoque virtual, que é um auxiliar na realização do pedido de compra ou de
produção. São várias as maneiras de controle de estoque, conforme exposto pelos
autores. Cada cálculo deve ser realizado e analisado para que no estoque tenham
itens suficientes para o desenvolvimento da atividade econômica de cada
empreendimento.
E, além disso, também pode-se avaliar os estoques através das
organizações. Segundo Fenili, são três os métodos de avaliação de estoque que
mais são aplicados nas organizações: o custo médio; PEPS, que é o primeiro que
entra e o primeiro que sai, e UEPS, que é o último que entra e o primeiro que sai
(FENILI, 2013).
O método UEPS, conforme Dias: “[...] considera que devem em primeiro lugar
sair as últimas peças que deram entrada no estoque, o que faz com que o saldo seja
avaliado ao preço das últimas entradas.” (DIAS, 2010, p.134). Sobre o método
PEPS, Martins e Alt lecionam que: “[...] analisa-se o estoque pela ordem cronológica
das entradas dos materiais. Sai o material que foi estocado em primeiro lugar, sendo
substituído pela mesma ordem cronológica em que foi recebido.” (MARTINS; ALT,
2009, p. 216-217).
Ainda em relação aos métodos de avaliar os estoques, Fenili traz as principais
características do método de avaliação chamado custo médio ou média ponderada
móvel. Nesse método adota-se um preço médio entre todas as entradas e saídas, e
atua como um moderador de preços, minimizando as eventuais flutuações (FENILI,
2013).
Os registros pelas avaliações feitas entre os métodos de avaliação de
estoque objetivam o controle de capital aplicado, entre outros, o que influencia no
resultado da empresa. Conforme Martins e Alt:
43
Os registros de estoque tem como objetivo controlar o volume físico de materiais, como também a quantidade de capital aplicada.Normalmente, o inventário físico anual realiza a avaliação do estoque em termos de preço, proporcionando uma avaliação exata do material estocado e informações financeiras atualizadas. Essa avaliação influi diretamente no resultado da empresa. (MARTINS; ALT, 2009, p. 216).
Os estoques também podem ser controlados por sistemas de informação, que
possuem programas com funções que auxiliam no controle de estoques. Sobre o
assunto Slack, Chambers e Johnston afirmam que:
O estoque é usualmente gerenciado por meio de sistemas de informação computadorizados sofisticados, que têm algumas funções: de maneira mais importante, a atualização dos registros de estoque, a geração de pedidos, a geração de relatórios de status de estoque e a previsão de demanda. (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2008, p. 408).
São várias as maneiras de controlar os estoques. Todas têm uma importância
significativa e uma finalidade para a organização, inclusive o sistema de informação
computadorizado, que apresenta funções de uma importância significativa, como por
exemplo, informações sobre o estoque, que são gerenciadas frequentemente por
esses sistemas.
2.3 SISTEMA DE INFORMAÇÃO
O sistema de informação é utilizado para melhor gestão dos negócios da
empresa, através dele os dados são mais confiáveis e podem ser utilizados na
tomada de decisões. Para Turban e Volonino: “Um sistema de informação (SI)
coleta, processa, armazena e dissemina informações para fins ou objetivos
específicos.” (TURBAN; VOLONINO, 2013, p.8).
A definição de sistema de informação pode ser entendida, conforme Bio “[...]
pelo conjunto de relatórios, normalmente produzido por um Departamento de
Informática, que [...] administra os recursos de processamento de dados capazes de
receber os dados das várias áreas da empresa e transformá-los em informações [...]”
(BIO, 2008, p.28).
E, além dessa definição, o sistema também pode ser considerado, conforme
expõe Tenório: “[...] „é um conjunto de componentes inter-relacionados,
desenvolvidos para coletar, processar, armazenar e distribuir informação para
44
facilitar a coordenação, o controle, a análise, a visualização e o processo
decisório‟[...].” (TENÓRIO, 2007, p.36).
Os sistemas de informação são utilizados para apoiar na tomada de decisão e
de organização da empresa. Laudon e Laudon afirmam que um sistema de
informação pode ser definido tecnicamente como:
[...] um conjunto de componentes inter- relacionados que coletam (ou recuperam), processam, armazenam e distribuem informações destinadas a apoiar a tomada de decisões, a coordenação e o controle de uma organização. [...] também auxiliam os gerentes e trabalhadores a analisar problemas, visualizar assuntos complexos e criar novos produtos. (LAUDON; LAUDON, 2010, p.12).
Portanto, o sistema de informação através de dados gera informações
importantes para a empresa, e com isso auxilia o processo de tomada de decisões,
e através delas os objetivos da empresa são atingidos.
O sistema de informação em uma empresa é aquele que serve para auxiliar
no momento de resolver os problemas mais básicos, além de proporcionar a solução
daqueles problemas que são considerados mais complexos, ambos importantes
para um processo decisório. Côrtes leciona:
No que se refere aos sistemas de informação, em uma empresa, verificam-se desde aqueles destinados à resolução de problemas operacionais básicos [...] até sistemas mais complexos que permitem a análise de cenários, e são utilizados na tomada de decisões estratégicas [...]. (CÔRTES, 2008, p.103).
Rezende afirma sobre a utilização dos sistemas: “Os sistemas de informação
podem constituir-se em ferramentas de solução de problemas na organização.”
(REZENDE, 2010, p.15).
Os sistemas podem ser classificados, conforme o problema organizacional,
em sistemas de nível estratégico, sistemas táticos, sistemas de conhecimento e
sistemas operacionais. Batista confirma: “Dentro do contexto de processos
gerenciais, os sistemas podem ser classificados de acordo com o problema
organizacional que ajudam a resolver [...].” (BATISTA, 2006, p.39). Ainda, para o
mesmo autor, as características dos sistemas são as seguintes:
sistemas de nível estratégico: pois as informações geradas por eles são utilizadas para traçar e/ ou verificar os planejamentos estratégicos da organização.
45
sistemas táticos: usados para controlar ou medir os planejamentos operacionais da empresa e definir as táticas ou metas a serem cumpridas.
sistemas de conhecimento: transmitem conhecimento e informações entre os departamentos.
sistemas operacionais: aumentam a produtividade das tarefas dos profissionais de todos os departamentos que manipulem e introduzem as informações no sistema. (BATISTA, 2006, p. 39).
Os sistemas de informação, conforme a sua classificação, possuem
características diferentes, cada um deles apresenta uma finalidade para a empresa,
atendendo os diferentes setores, e assim visando a um melhor desenvolvimento da
organização.
O objetivo para a utilização do sistema de informação, segundo Batista, é:
“[...] usar os sistemas de informações é a criação de um ambiente empresarial em
que as informações sejam confiáveis e possam fluir na estrutura organizacional.”
(BATISTA, 2012, p. 54).
O sistema é um mecanismo que os gestores podem utilizar para melhor
gerenciar os seus empreendimentos e, através dele, se obtêm informações mais
precisas que auxiliam no controle. Ele possui quatro funções básicas. Conforme
Turban e Volonino, as funções básicas são as seguintes:
Entrada. Dados e informações sobre as transações de negócios são capturados ou coletados por escâneres em pontos de venda e sites e são recebidos por dispositivos de entrada.
Processamento. Os dados são transformados, convertidos e analisados para o armazenamento ou transferência para um dispositivo de saída.
Saída. Dados, informações, relatórios e outros elementos são disseminados para telas digitais ou em papel, enviados como áudio ou transferidos para outros SIs por redes de comunicação.
Feedback. Um mecanismo de retorno monitora e controla essas operações. (TURBAN; VOLONINO, 2013, p.8).
Para ser um sistema de informação, não precisa, necessariamente, a
utilização da tecnologia da informação. Rezende doutrina que “Todo sistema,
usando ou não recursos de Tecnologia da Informação, que manipula e gera
informação, pode ser genericamente considerado Sistema de Informação.”
(REZENDE, 1999 apud REZENDE; ABREU, 2013, p. 38).
O sistema de informação deve atender às necessidades que a empresa
apresenta, mas não, necessariamente, deve utilizar os recursos da tecnologia da
informação, qualquer tipo de sistema deve abranger as reais carências de
informações que o empreendimento possui, com o intuito de auxiliar na gestão do
46
empreendimento.
Segundo Bio, as aplicações que são utilizadas com maior frequência para o
planejamento e controle operacional, juntamente com as áreas em que o sistema de
informação é utilizado, são demonstradas na Ilustração 11:
Ilustração 11: Aplicações do Sistema de Informação. Fonte: Adaptado de Bio (2008, p. 55).
Segundo exposto na Ilustração, o sistema é utilizado em várias áreas da
empresa, cada uma delas transmite uma importante informação para a empresa, e
isso é proporcionado através do sistema de informação que a empresa tem à
disposição, pois eles contribuem com todas as áreas que a empresa possui.
As informações geradas através das aplicações do sistema de informação
colaboram para que a empresa seja mais competitiva devido às diversas
informações obtidas, podendo desenvolver um melhor gerenciamento do
Áreas na empresa que são utilizados o sistema de informação
Aplicações do sistema de informação
Previsão de vendas sistema que auxilia a tomada de decisões para determinação do plano de vendas. É de
fundamental importância no planejamento, uma vez que a alocação de recursos de toda a
empresa é função do plano de vendas. [...], as previsões de vendas representam a premissa
interna predominante no planejamento.
Previsões de vendas x planejamento de produção e materiais
integração e detalhamento dos planos de vendas e produção e materiais [...].
Orçamentos o sistema orçamentário, se bem projetado, envolve toda a organização e produz
informações que refletem quantitativamente as decisões tomadas no planejamento.
Custos o sistema de custos coleta e processa os dados sobre utilização de materiais, mão-de-obra,
equipamentos, despesas gerais, referentes à transformação dos insumos em produtos, bens
ou serviços.Gera informações que permitem medir desempenho, eficiência, produtividade, desperdícios, margens de contribuição etc.
Contabilidade o sistema contábil coleta e processa os dados monetários sobre todas as transações (vendas, compras, pagamentos, recebimentos, despesas
etc.). Como registra os fatos administrativos efetivamente ocorridos, pode relatar resultados
reais.
Planejamento e controle de caixa: previsões e acompanhamento dos fluxos de caixa.
47
empreendimento. Para Martins e Alt: “A gestão do fluxo de informações passa a
ter um caráter estratégico na obtenção da vantagem competitiva, objetivo final de
qualquer empresa. A melhoria da eficácia da utilização da informação passa a ser
uma preocupação de todos os colaboradores [...].” (MARTINS; ALT, 2009, p. 37)
[grifo do autor).
Além da vantagem competitiva adquirida através das informações, existem
outros benefícios que as empresas buscam obter utilizando os sistemas de
informação. Rezende e Abreu destacam os seguintes:
suporte à tomada de decisão profícua;
valor agregado ao produto ( bens e serviços);
melhor serviço e vantagens competitivas;
produtos de melhor qualidade;
oportunidade de negócios e aumento da rentabilidade;
mais segurança nas informações, menos erros, mais precisão;
aperfeiçoamento nos sistemas, eficiência, eficácia, efetividade, produtividade;
carga de trabalho reduzida;
redução de custos e desperdícios;
controle das operações etc. (REZENDE; ABREU, 2013, p. 42).
Para desenvolver as funções que se propõe o sistema de informação é
utilizado metodologias de informática. Segundo Turban e Volonino: “O sistema de
informação utiliza tecnologia computacional e redes para desempenhar algumas ou
todas suas tarefas.” (TURBAN; VOLONINO, 2013, p. 9).
A tecnologia utilizada para o desenvolvimento do sistema não é a única
perspectiva que deve ser analisada para o sistema ter êxito na sua implantação.
Batista afirma que os computadores não são os únicos itens que compõem o
sistema, mas que ele é o instrumento com maior eficiência para manusear os dados
que a empresa apresenta, e deve ser implantado com base em três perspectivas, o
qual destaca sendo a organização, tecnologia e pessoas, assim terá um sistema
implantado (BATISTA, 2012).
Atualmente, segundo Rezende e Abreu, os sistemas de informação
apresentam as seguintes características: grande volume de dados e informações;
complexidade de processamentos; muitos clientes e/ ou usuários envolvidos;
contexto abrangente, mutável e dinâmico; interligação de diversas técnicas e
tecnologias; suporte à tomada de decisões empresariais e auxílio na qualidade,
produtividade e competitividade organizacional. E para receber essas características
48
é preciso desenvolver planejamento, organização e qualidade nos sistemas de
informação (REZENDE; ABREU, 2013).
Além das características citadas, o sistema de informação possui
componentes básicos que são necessários para o seu desenvolvimento. De acordo
com Turban e Volonino são os seguintes:
Hardware é um conjunto de dispositivos como processador, monitor, teclado e impressora.
Software é um conjunto de aplicativos ou programas que instruem o hardware a processar os dados ou outros insumos, como comandos de voz.
Dados são uma parte essencial processada pelo sistema e, se necessário, armazenados em um banco de dados ou outro sistema de armazenamento.
Rede é um sistema de telecomunicação que conecta o hardware por fio, sem fio ou por uma combinação dos dois.
Procedimentos são uma série de instruções sobre como combinar os componentes citados de modo a processar informação e gerar a saída desejada.
Pessoas são os indivíduos que trabalham com o sistema, interagem com ele ou utilizam sua saída. (TURBAN; VOLONINO, 2013, p. 9).
Os sistemas de informação, além de servir como auxiliar para a tomada de
decisões dos gestores, favorecem também outros níveis. Segundo Rezende e
Abreu: “A utilização e a gestão da informação em seus diversos níveis (estratégico,
tático e operacional) favorecerão as decisões, as soluções e a satisfação dos
clientes, externos e internos.” (REZENDE; ABREU, 2013, p. 43).
Os estoques, na sua grande maioria, são gerenciados por sistemas
computadorizados, o que possibilita um melhor controle de estoques, pois o sistema
de informação favorece nas decisões que devem ser tomadas na empresa, pois são
utilizados em diversos níveis. E, além disso, são vários os sistemas disponíveis para
o comércio escolher e optar para realizar o controle. Slack, Chambers e Johnston
afirmam sobre o exposto:
A maioria dos estoques, de qualquer tamanho significativo, é gerenciada por sistemas computadorizados. Muitos sistemas comerciais de controle de estoque estão disponíveis, apesar de eles terem certas funções em comum. (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2008, p. 406).
Além da utilização dos sistemas para o controle de estoques, a tecnologia
também está sendo usada como um diferencial competitivo nas organizações,
melhorando as maneiras de realizar um negócio, não somente sendo utilizado como
49
aliado administrativo. Através da tecnologia você pode realizar uma maneira
diferenciada de negócios. Sobre o assunto exposto Batista confirma:
O uso da tecnologia da informação como aliada definiu a base para a concretização dos controles e das modificações estruturais da organização. [...] não é mais considerada como um acessório administrativo, e sim uma peça fundamental para a competitividade feroz do mercado atual, inclusive revolucionando e evoluindo as formas de se fazer negócios. (BATISTA, 2012, p. 247).
Sobre o assunto de diferencial de competitividade utilizando a tecnologia,
Rezende e Abreu lecionam:
A informação deve ser considerada como diferencial de negócios quando proporciona alternativas de lucratividade e retornos profícuos para a empresa, seja sedimentando atuações, implementando os atuais negócios, seja, ainda, criando novas oportunidades de negócios. (REZENDE; ABREU, 2013, p.43-44).
O uso da tecnologia visa auxiliar o administrativo e, além disso, também é
considerado um diferencial competitivo, pois cria uma maneira diferenciada de fazer
negócios, porque o mercado atual evoluiu muito na maneira de fazer transações
comerciais.
Para que ocorra um melhor entendimento do processo de gerência, pode ser,
por exemplo, classificar o processo em categorias, segundo BIO: “[...], um
entendimento mais amplo do papel dos sistemas no processo de gerência pode ser
facilitado, classificando-os em categorias, em função dos seus propósitos
fundamentais.” (BIO, 2008, p. 37)
Sobre os sistemas de informações gerenciais (SIG), Oliveira destaca a sua
definição afirmando que ele: “[...] é o processo de transformação de dados em
informações que são utilizadas na estrutura decisória da empresa, proporcionando,
ainda, a sustentação administrativa para otimizar os resultados esperados.
(OLIVEIRA, 2012, p. 26).
Já para Bio as categorias dos sistemas são classificadas em dois grupos
principais, os quais são: sistemas de apoio às operações e os sistemas de apoio à
gestão (BIO, 2008). A classificação do sistema de informação pode ser variada, mas
todos contribuem para um melhor desenvolvimento das atividades na organização.
Rezende confirma o exposto: “Os sistemas de informação podem ser classificados
de diversas formas. Essas classificações visam contribuir para as atividades de
50
planejamento, desenvolvimento ou aquisição de soluções para as organizações.”
(REZENDE, 2010, p.18).
Para Turban e Volonino: “Sistemas de informação podem ser classificados em
duas categorias, com base no tipo genérico de suporte que eles oferecem: suporte
de gestão ou suporte operacional.” (TURBAN; VOLONINO, 2013, p.35).
Independente do tipo de categoria de informação, é importante que os dados
gerados pelo sistema de informação sejam seguros para que a empresa utilize- os
sem que ocorra algo que ocasiona prejuízo. Sobre o exposto, afirma Batista:
Na era da informação, a importância da segurança dos dados é uma característica especial para os sistemas de informação. Muitas empresas não dão a devida importância a esse fator até o primeiro acidente que resulta em algum prejuízo considerável. (BATISTA, 2012, p. 234).
As informações que são proporcionadas pelo sistema, independente do tipo
de categoria, devem ser feitas de maneira eficiente para que possam ser utilizadas
de forma correta na organização.
A informação gerada pelo sistema deve ser confiável, para que possam ser
empregadas de forma correta, pois a empresa utiliza-se desses dados para realizar
as suas atividades. As características de cada categoria fornecida pelo sistema de
informação, segundo BIO, são as seguintes: “Os „sistemas de apoio às operações‟
são tipicamente sistemas processados de transações, ou seja, são redes de
procedimentos rotineiros que servem para o processamento de transações
recorrentes.” (BIO, 2008, p.37).
O objetivo do sistema de informação não se diferencia quando altera a
classificação dos sistemas, pois o seu objetivo é auxiliar nos processos de tomada
de decisões. Conforme Rezende:
Os sistemas de informações, independentemente de seu nível ou classificação, objetivam auxiliar os processos de tomada de decisões na organização. Se os sistemas de informação não se propuserem a atender a esse objetivo, sua existência não será significativa para a organização. (REZENDE, 2010, p.14).
Ainda sobre as características das categorias, Bio expõe que: “Os sistemas
de apoio à gestão não são orientados para o processamento de transações
rotineiras, mas existem especificamente para auxiliar processos decisórios.” (BIO,
2008, p.38).
51
Batista confirma que a informação é a base para a tomada de decisão e o
resultado das ações que ocorrem com a decisão escolhida, e podem ser
classificadas em informações operacionais e informações gerenciais ou estratégicas
(BATISTA, 2012). Além disso, o autor expõe sobre as características dos tipos de
informações:
informações operacionais:geradas pelas operações constantes na empresa, em seu nível operacional, e adquiridas pelos componentes do controle interno. Seu principal objetivo é manter a empresa funcionando e conhecer sua evolução diária. São informações geradas, por exemplo, na emissão de uma nota fiscal de saída de produtos ou serviços;
informações gerenciais ou estratégicas: utilizadas especificamente para a tomada de decisão. As decisões inerentes ao processo de planejamento, ao controle, à formulação, ao acompanhamento de políticas e à interpretação de resultados requerem informações adequadas. Outra característica desse tipo de informação é que diferentes níveis de gerência necessitam de diferentes tipos de informação gerencial. (BATISTA, 2012, p. 55).
Todas as informações devem ser levadas em consideração no momento da
tomada de decisão nas organizações. As informações operacionais dizem respeito
sobre o que acontece constantemente na empresa, e as informações gerenciais ou
estratégicas são mais focadas para a tomada de decisões, interpretação de dados e
informações.
Slack, Chambers e Johnston afirmam que, apesar de existir vários tipos de
sistemas comerciais que controlam os estoques, eles possuem algumas funções
iguais, incluindo: atualizar registros de estoques, gerar pedidos, gerar registros de
estoque e prever (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2008). Os sistemas de
informação atuam com diversas funções na empresa, segundo Rezende e Abreu,
procuram atuar como:
ferramentas para exercer o funcionamento das empresas e de sua intrincada abrangência e complexidade;
instrumentos que possibilitam uma avaliação analítica e, quando necessária, sintética das empresas;
facilitadores dos processos internos e externos com suas respectivas intensidades e relações;
meios para suportar a qualidade, produtividade e inovação tecnológica organizacional;
geradores de modelos de informações para auxiliar os processos decisórios empresariais;
produtores de informações oportunas e geradoras de conhecimento;
52
valores agregados e complementares à modernidade, perenidade, lucratividade, competitividade e inteligência empresarial ou organizacional.( REZENDE; ABREU, 2013, p. 8-9).
Portanto, as informações são grandes auxiliares para o funcionamento da
empresa. O sistema ajuda em todos os setores que a compõem, tudo o que envolve
o negócio da empresa, o desenvolvimento econômico, auxiliando nas decisões a
serem tomadas.
Segundo Plantullo e Hoffmann: “Os sistemas de informações podem auxiliar a
realização de recursos estratégicos para as organizações. Destaca-se que estas
decisões preparam as organizações para enfrentar as futuras condições de
competição nos mercados.” (PLANTULLO; HOFFMANN, 2013, p.91).
Por conseguinte, o sistema de informação é um auxiliar de grande relevância,
pois através dele a organização pode estar melhor preparada para enfrentar a
competitividade que pode vir a ocorrer no mercado e, através do sistema, poder
controlar melhor a empresa com os dados fornecidos pelo sistema de informação.
2.4 SISTEMA DE CONTROLE DE ESTOQUE
Os sistemas de controle de estoques são muito importantes para as
organizações, auxiliando na gestão, pois através deles pode-se verificar a
quantidade de estoque que precisa ter a disposição, sem afetar a produção e
contribuindo para a redução de custos. Dias confirma o exposto: “Dimensionar e
controlar os estoques é um tema importante e preocupante. Descobrir fórmulas para
reduzir estoques sem afetar o processo produtivo e sem o crescimento dos custos
[...]” (DIAS, 2010, p.104).
Existem sistemas de controle de estoque, entre eles tem o chamado sistema
Kardex, que ainda é utilizado em algumas organizações para controlar os estoques,
ainda que existam sistemas de informática que realizam esse controle, ele continua
sendo utilizado. Conforme Ballou:
Existe ainda significativo número de organizações que continuam a manter seus registros de estoques em fichas e que processam seus pedidos e análises de inventário manualmente. Está prática permanece, não porque não existem sistemas informatizados disponíveis, mas porque a administração está feita com o desempenho do sistema manual. (BALLOU, 2013, p. 229).
53
O sistema Kardex, que é uma forma de conservar registros de estoques em
fichas, é ainda utilizado por algumas empresas. Mesmo que existam sistemas de
informação que realizem esse controle, ele ainda é empregado para realizar o
controle de estoque de forma manual.
Outro sistema utilizado para controlar os estoques é o chamado sistema de
duas gavetas. Esse sistema é semelhante ao sistema de ponto de ressuprimento,
mas usado para itens mais simples, e também é usado de forma mais visual, que é
também o que diferencia esse sistema do ponto de ressuprimento. Sobre o exposto
Corrêa e Corrêa lecionam:
[...] Funciona de forma similar ao sistema de ponto de ressuprimento, mas é usado de forma mais visual e, em geral, para itens mais simples. Define-se uma quantidade para ser o ponto de reposição (demanda média durante o lead time mais o estoque de segurança). Essa é a quantidade de material correspondente a uma “gaveta” [...]. Duas gavetas, em geral iguais, portarão o item em questão. Inicia-se com ambas cheias e usam-se só itens de uma gaveta. Quando os itens dessa gaveta terminam e se começa a utilizar os itens da segunda gaveta, este é o ponto em que se dispara o ressuprimento da quantidade de itens referente a “uma gaveta”. (CORRÊA; CORRÊA, 2008, p. 535).
O sistema de duas gavetas, como citado, é semelhante com o ponto de
ressuprimento, com alguns diferencias, entre eles pode-se destacar que o ponto de
ressuprimento utiliza a análise do estoque mínimo obtido através do cruzamento de
informações. Segundo Sacomeno et al é:
[...] o momento de apresentação do pedido de compra do material, obtido do cruzamento da curva de estoque com o nível de ressuprimento. O nível de ressuprimento é o nível mínimo de estoque necessário para garantir que o material chegue antes do fim do estoque [...]. (SACOMENO et al, 2004, p. 148).
Conforme o exposto, o ponto de ressuprimento e o sistema de duas gavetas
são parecidos, pois no sistema de duas gavetas é através da utilização dos
materiais, na segunda gaveta que é utilizado o ponto de ressuprimento, e o ponto de
ressuprimento é obtido através do cruzamento de dados.
O sistema de máximos e mínimos é utilizado para realizar o controle de
estoques no que se refere à dificuldade de obter a quantidade de reposição de
estoques, que vai variar conforme o tempo e o consumo, pois o consumo é difícil de
ser determinado. Conforme Dias: “Pelas dificuldades para determinação do consumo
54
e pelas variações do tempo de reposição é que usamos o sistema de máximos e
mínimos, também chamado de sistema de quantidades fixas.” (DIAS, 2010, p. 108).
O autor ainda destaca que o sistema consiste em:
a) determinação dos consumos previstos para o item desejado; b) fixação do período de consumo previsto em a; c) cálculo do ponto de pedido em função do tempo de reposição do item
pelo fornecedor; d) cálculos dos estoques mínimos e máximos; e e) cálculo dos lotes de compra. (DIAS, 2010, p.108).
O sistema de máximos e mínimos incide em realizar cálculos para uma
melhor análise dos itens que precisam estar em estoque para a realização da
produção. Fenili destaca três dos itens em que consiste o sistema de máximos e
mínimos, com suas finalidades:
a) Lote de compra: refere-se à quantidade de item de material que está
destacado de forma específica no pedido de compras;
b) Estoque mínimo ou de segurança: diz respeito a um estoque adicional, que
é capaz de cobrir eventuais atrasos no tempo de reposição, um aumento
que possa ocorrer no consumo ou até um possível cancelamento do lote de
compra;
c) Estoque máximo: consiste na quantidade máxima de itens em estoque, que
é obtida com a soma do estoque de segurança e o lote de compra.
(FENILI, 2013).
Além desse sistema, existe a possibilidade da empresa realizar o controle de
estoques através do chamado sistema de revisão periódica, é outra forma que pode
ser utilizada para obter um controle de estoque. Dias confirma:
Por esse sistema, o material é reposto periodicamente em ciclos de tempo iguais, chamados períodos de revisão, [...]. A quantidade pedida será a necessidade da demanda do próximo período. Considera-se também um estoque mínimo ou de segurança e ele deve ser dimensionado de forma que previna o consumo acima do normal e os atrasos de entrega durante o período de revisão e o tempo de reposição. (DIAS, 2010, p. 108).
Nesse sistema, a reposição dos itens no estoque será feita em períodos de
revisão, e essas quantidades que serão pedidas referem-se à necessidade de
demanda para o próximo período. E, além disso, também é considerado um estoque
55
mínimo, para precaver-se de que ocorra um possível aumento no consumo, e assim
não faltará nenhum item para fornecer a seus clientes.
Martins e Alt afirmam que para aplicar esse modelo, é preciso, em primeiro
lugar, determinar o lote econômico de compras e o intervalo entre pedidos e deverá
também fixar o estoque de segurança (MARTINS; ALT, 2009). Já para Corrêa e
Corrêa, as características do sistema de revisão periódica, que se destacam, são as
seguintes:
[...] é mais fácil e barato de operar (não exige a verificação do saldo do estoque a cada movimentação) e não assume, em princípio, que a demanda seja constante. Entretanto, os riscos associados a faltas são normalmente maiores, dado que as revisões de níveis de estoque se dão a intervalos fixos. O sistema fica menos capaz de responder rapidamente a aumentos de demanda repentinos. Isso faz com que o uso de reposição periódica esteja, em geral, associado a níveis mais altos de estoques de segurança [...]. [...] os sistemas do tipo de revisão periódica sejam normalmente escolhidos para gerenciar itens de menor valor e menor custo de armazenagem, [...]. (CORRÊA; CORRÊA, 2008, p. 539).
É no sistema de revisões periódicas que verifica-se quanto deve ser reposto
de estoque do item analisado, mas ocorre uma dificuldade na aplicação desse
método. Conforme Dias, a dificuldade é no que se refere a determinar o período
entre as revisões, pois são vários os aspectos que devem ser analisados, os quais
destacam-se as seguintes:
a) Uma periodicidade baixa entre as revisões pode ocasionar um aumento no
custo de estocagem devido a um estoque médio alto;
b) Uma periodicidade alta entre as revisões pode gerar um aumento no custo
de pedido e também risco de ruptura devido um baixo estoque médio.
(DIAS, 2010).
Também a respeito do sistema de revisões periódicas, cabe destacar,
segundo Corrêa e Corrêa, sobre a forma de funcionamento do sistema, [...]
“periodicamente, verifica-se o nível de estoque do item e, baseado no nível de
estoque encontrado, determina-se a quantidade a ser ressuprida, de modo que, ao
recebê-la, seja atingido um nível de estoques predeterminado.” (CORRÊA;
CORRÊA, 2008, p. 537).
A utilização do sistema de revisões periódicas deve ser analisada antes de
ser empregado nas empresas, pois deve ser verificado todos os possíveis riscos que
pode ocorrer com o uso desse sistema no empreendimento. Conforme citado, esse
56
sistema é utilizado para fazer a reposição de itens em estoques através de revisões
em períodos fixos, o que faz com que esse sistema seja utilizado, na maioria das
vezes, em itens de menor valor e que ocasionam menor custo de armazenagem.
Além dos sistemas já citados, temos o chamado Just in Time, que quando é
aplicado de forma adequada reduz ou elimina os desperdícios que ocorrem na
empresa, mais precisamente na realização das compras, produção e em qualquer
atividade que está ligada com a atividade produtiva. Pozo confirma que:
A filosofia Just In Time (JIT), quando aplicada adequadamente, reduz ou elimina a maior parte dos desperdícios que ocorrem nas compras, produção, distribuição e atividades de apoio à produção e de qualquer atividade produtiva. Isso é feito utilizando-se os três componentes básicos: fluxo, qualidade e envolvimento dos funcionários. (POZO, 2008, p. 129).
Para que seja desenvolvido o sistema Just in time, é utilizado alguns
componentes básicos, que são: o fluxo, a qualidade e o envolvimento dos
funcionários, fazendo com que os desperdícios sejam reduzidos. Ballou leciona
sobre a ideia do Just in time:
A ideia do just-in-time é suprir produtos para linha de produção, depósito ou cliente apenas quando eles são necessários. Se as necessidades de material ou produtos e os tempos de ressuprimento são conhecidos com certeza, pode-se evitar o uso de estoques. Os lotes são pedidos apenas nas quantidades suficientes para atender o consumo com antecedência de apenas um tempo de ressuprimento. Este conceito [...] é conhecido como cálculo das necessidades. (BALLOU, 2013, p. 226).
Conforme o exposto, a ideia do sistema just in time é suprir as necessidades
apenas quando forem necessárias e nas quantidades que sejam imprescindíveis
para atender o consumo, e com isso é conhecido como cálculo das necessidades.
Cada sistema possui objetivos que se destacam, e no sistema just in time, segundo
Dias, são as seguintes:
minimização dos prazos de fabricação dos produtos finais, mantendo-se inventários mínimos;
redução contínua dos níveis de inventário através do enfrentamento dos problemas da manufatura;
redução dos tempos de preparação de máquina, a fim de flexibilizar a produção;
redução ao mínimo do tamanho dos lotes fabricados, buscando sempre o lote igual à unidade;
liberação para a produção através do conceito de “puxar” estoques, ao invés de “empurrar”, em antecipação à demanda;
57
flexibilidade da manufatura pela redução dos tamanhos dos lotes, tempos de preparação e tempo de processo. (DIAS, 2010, p. 123).
Os objetivos do sistema são todos importantes, e para que eles sejam
atingidos é preciso que ocorra um desempenho da produção, cada um deve realizar
as suas funções com muita exatidão. Slack, Chambers e Johnston destacam os
desempenhos que a produção deve realizar, sendo eles: a qualidade; velocidade;
confiabilidade e a flexibilidade (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2008).
Várias análises devem ser realizadas antes de desenvolver o sistema Just in
time nas empresas, isso deve ser praticado para obter certificação de que essa
técnica vai ser vantajosa, pois são vários aspectos que devem ser levados em
consideração para certificar-se da exatidão do sistema. Conforme Ballou, a técnica
vai ser vantajosa quando:
(1) os produtos têm alto valor unitário e necessitam de alto nível de controle, (2) as necessidades ou demandas são conhecidas com alto grau de certeza, (3) os tempos de reposição são pequenos e conhecidos e (4) não há benefício econômico em suprir-se com quantidades maiores que as requeridas. (BALLOU, 2013, p. 228).
A empresa que pretende desenvolver a técnica do sistema Just in time deve
fazer um levantamento de alguns dados para verificar se essa técnica irá ser de
grande valia para a empresa que pretende optar por essa técnica na sua empresa.
Mas, se esta técnica não for favorável para a empresa, existe também o sistema
ERP, que significa planejamento dos recursos empresariais, e é um sistema de
informação que torna mais fácil o fluxo de informações entre todas as atividades da
empresa.
Conforme Batista: “Um sistema ERP, que é o correspondente em português
para Planejamento dos Recursos Empresariais, é uma arquitetura de sistemas de
informação que facilita o fluxo de informações entre todas as atividades da empresa
[...]” (BATISTA, 2006, p.115). Plantullo e Hoffmann confirmam o exposto por Batista,
e acrescentam que o sistema ERP é:
[...] uma arquitetura de software que facilita o fluxo de informações em todas as atividades organizacionais. Um banco de dados central opera em uma plataforma comum, consolidando as diversas operações do negócio em um só ambiente computacional. (PLANTULLO; HOFFMAN, 2013, p. 101).
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O sistema ERP é um sistema de informação que auxilia no controle de
estoque e torna mais fácil as informações entre todas as atividades da empresa,
pois possui um banco de dados que armazena todos os registros que ocorrem no
empreendimento diariamente, processando os dados que se referem tanto a funções
empresarias quanto às operacionais.
Rezende e Abreu afirmam sobre o assunto exposto: “A tecnologia ERP e seus
recursos, ao processar os dados quotidianos das funções empresariais
operacionais, possibilita integração de suas informações interdependentes.”
(REZENDE; ABREU, 2013, p.193). O desenvolvimento e a implantação desse
sistema, para Batista, podem ter duas abordagens que se diferenciam: a funcional e
a sistêmica. Cada uma apresenta suas características diferenciadas, sendo elas:
funcional: promove a modulação por departamentos principais, normalmente ligados aos subsistemas da empresa, como finanças, controladoria, marketing e vendas, aquisições e compras, produção, recursos humanos etc.;
sistêmica: promove a modulação baseada no fluxo de trabalho e no nível de responsabilidade do processo decisório, normalmente dividido em sistema de operações transacionais, sistema de informação gerencial, sistema de suporte à decisão de suporte executivo. (BATISTA, 2012, p.163).
A implantação do sistema ERP, conforme Tenório, em organização de
serviços, passa não apenas pela preparação de trabalhadores da área de suporte
em informática, mas também para trabalhadores que estão em constante contato
com os clientes (TENÓRIO, 2007).
O sistema ERP auxilia a organização em todas as fases do negócio, desde o
desenvolvimento do produto até o atendimento com o cliente, e as atividades
desenvolvidas por esse sistema são executadas por um software, e que isso deriva
dos sistemas de MRP auxiliando nas oportunidades fornecidas pelo mercado em
que está inserido. Sobre o assunto Batista confirma que:
O ERP normalmente é um conjunto de atividades executadas por um software multimodular para auxiliar a organização nas fases de negócio, incluindo desenvolvimento de produto, compra de itens, manutenção de inventários, contato com os fornecedores, atendimento ao cliente. Suas heranças vêm dos sistemas de MRP, sendo uma evolução natural na maneira como a organização visualiza suas oportunidades de negócio e interage com o mercado no qual se encontra. (BATISTA, 2006, p. 116).
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O sistema ERP, utilizado nas organizações, trouxe vários benefícios.
Utilizando-se desse sistema as organizações possuem um melhor desenvolvimento
dos negócios, pois ele auxilia em todas as fases que a organização possui. Para
Fenili os benefícios do sistema ERP são os seguintes:
integração e padronização de informações que se estendem em unidades geograficamente dispersas;
desenvolve-se uma base de dados única, sem a redundância típica dos sistemas legados anteriores, como o MRP. Há, assim, maior segurança na informação obtida;
possibilita melhor gestão de pedidos e maior integração com fornecedores;
a aquisição de um sistema de ERP “pronto” (ainda que customizável) usualmente é menos custosa do que o desenvolvimento interno de uma arquitetura de sistemas automatizados igualmente eficientes e integrados;
o sistema ERP permite que a empresa automatize seus processos, minimizando erros e custos associados. (FENILI, 2013, p. 101).
A implantação do sistema ERP traz vários benefícios para as organizações, e
as heranças desse sistema, conforme citado, derivam de sistema MRP. Dias afirma
que MRP: “[...], é um sistema que estabelece uma série de procedimentos e regras
de decisão, de modo a atender às necessidades de produção numa sequência de
tempo logicamente determinada para cada item componente do produto final.”
(DIAS, 2010, p.110).
O sistema MRP tem como objetivo ajudar a comprar e fabricar somente o
necessário, evitando, assim, o acúmulo de estoques. Corrêa, Gianesi e Caon
confirmam o exposto:
[...], o objetivo do sistema MRP é ajudar a produzir e comprar apenas o necessário e apenas no momento necessário (no último momento possível), visando eliminar estoques, gerando uma série de “encontros marcados” entre componentes de um mesmo nível, para operações de fabricação ou montagem. (CORRÊA; GIANESI; CAON, 2013, p.131).
Já para Pozo, o processo de utilização do MRP não visa apenas o tempo e a
quantidade correta a se comprar, para ele o MRP alcança vários objetivos, que são:
determinar as exigências especificadas no plano mestre de produção, para ter os materiais certos nas quantidades certas e disponíveis no momento certo para atender à demanda de mercado;
com base no lead time, calcular os períodos em que cada componente deve estar disponível, determinando o que, quando, quanto e o momento de receber os materiais. Manter as prioridades
60
reconhecendo todas as variáveis que ocorrem constantemente no mercado, com fornecedores e clientes. (POZO, 2008, p. 121).
São vários os objetivos que a utilização do sistema MRP tem nas empresas e,
além disso, é importante saber o que significa a sigla MRP. Segundo Slack,
Chambers e Johnston o MRP é original da década de 60 e as letras queriam dizer:
materials requirements planing, que em português significa planejamento das
necessidades de materiais, e agora são chamados de MRP I (SLACK; CHAMBERS;
JOHNSTON, 2008).
Para Corrêa e Corrêa, a dificuldade de encontrar empresas que utilizam bem
o sistema MRP não está na lógica nem mesmo no aplicativo escolhido. O software
escolhido deve ser de qualidade, é necessário para o bom desenvolvimento do
sistema, mas não é suficiente, ele deve estar unido a três condições ligadas ao
processo de implantação do sistema, os quais são:
a) o comprometimento da alta direção com os objetivos da implantação;
b) o treinamento intensivo e continuado em todos os níveis;
c) gerenciamento adequado do processo de implantação (CORRÊA;
CORRÊA, 2008).
Para que o sistema MRP, quando implantado, tenha bom êxito, deverá ter o
comprometimento de alta direção com os objetivos da implantação. O treinamento
intensivo e continuado em todos os níveis e o gerenciamento adequado do processo
de implantação devem estar ligados com o sistema, pois somente instalar o sistema
não basta, deve ocorrer um trabalho de todos para que ocorra um bom
desenvolvimento para a organização.
O conceito de MRP I mudou para MRP II durante os anos de 80 e 90, o qual
permite que ocorra a avaliação das implicações da demanda que ocorrerá no futuro
em duas áreas da empresa, as quais são: a engenharia e a área financeira. Slack,
Chambers e Johnston afirmam:
Durante os anos de 80 e 90, o sistema e o conceito do planejamento das necessidades de materiais expandiram-se e foram integrados a outras partes da empresa. Essa versão ampliada do MRP é conhecida atualmente como Planejamento dos Recursos de Manufatura (Manufacturing Resource Planning), ou MRP II. O MRP II permite que as empresas avaliem as implicações da futura demanda nas áreas financeira e de engenharia da empresa, assim como analisem as implicações quanto à necessidade de materiais. (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2008, p. 450).
61
O sistema MRP II tem mais funções que o sistema MRP I, ou MRP, como
assim também era chamado, envolvendo mais fatores, além dos que já possuíam no
MRP I, conforme Pozo: “O MRP II vai muito além do MRP, pois, além dos cálculos
de disponibilidade e capacidade, determina uma hierarquia de ações e decisões,
objetivando um plano global de atendimento assertivo das necessidades do cliente.”
(POZO, 2008, p. 120).
O sistema MRP II diferencia-se também do sistema MRP I quanto às decisões
que auxiliam a empresa. Segundo Corrêa, Gianesi e Caon as diferenças são as
seguintes:
O MRP II diferencia-se do MRP pelo tipo de decisão de planejamento que orienta; enquanto o MRP orienta decisões de o que, quanto e quando produzir e comprar, o MRP II engloba também as decisões referentes a como produzir, ou seja, com que recursos, [...].”(CORRÊA; GIANESI; CAON, 2013, p. 133).
O MRP II, conforme leciona Dias, pode ser considerado como uma ferramenta
de planejamento estratégico em áreas, as quais são: área da logística, manufatura,
marketing e finanças. E, além disso, serve como auxílio na definição dos fluxos e
estratégias de estocagem dentro do sistema logístico e é favorável nas análises de
cenários (DIAS, 2010).
Por fim, temos o também chamado DRP, que algumas empresas têm utilizado
em integração com o sistema MRP II, e estão obtendo sucesso. Dias confirma o
exposto:
[...], algumas empresas têm tido sucesso na integração do MRP II com o DRP. Para alocação do inventário, o DRP baseia-se na previsão de demanda e no programa-mestre de produção. O MRP II disponibiliza os materiais para a linha de produção ou montagem e o DRP, então, aloca os produtos finais através dos canais de distribuição. (DIAS, 2010, p. 121).
Em vista disso, são vários os sistemas de controle de estoques que a
empresa pode optar para realizar o controle de estoques nas organizações, basta
fazer a análise de qual deles será o mais vantajoso para cada empreendimento.
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2.5 GESTÃO DE COMPRAS
A função de compras tem papel importante nas organizações, pois representa
uma estratégia nos negócios, uma vez que pode ser considerado um centro de
lucros, já que quando se realiza uma compra estão sendo utilizados recursos
financeiros. Sobre o exposto afirmam Martins e Alt:
A gestão da aquisição - a conhecida função de compras - assume papel verdadeiramente estratégico nos negócios de hoje em face do volume de recursos, principalmente financeiros, envolvidos, deixando cada vez mais pra trás a visão preconceituosa de que era uma atividade burocrática e repetitiva, um centro de despesas e não um centro de lucros. (MARTINS; ALT, 2009, p.81).
A visão da função compras mudou, não sendo considerada apenas uma parte
burocrática e apenas um setor que gera despesas, mas um setor que desempenha
uma função estratégica e que obtém lucros.
O setor de compras tem por finalidade atender às necessidades de materiais
que surgem, muitas vezes pela alta demanda. Serve, também, para planejar as
compras que precisam ser realizadas para atender às necessidades do mercado
que possam surgir. Dias confirma que:
A função compra é um segmento essencial do Departamento de Materiais ou Suprimentos, que tem por finalidade suprir as necessidades de materiais ou serviços, planejá-las quantitativamente e satisfazê-las no momento certo com as quantidades corretas, verificar se recebeu efetivamente o que foi comprado e providenciar armazenamento. (DIAS, 2010, p.271).
Além de realizar compras que satisfaçam as necessidades, também tem
como finalidade certificar-se de que o que foi recebido está de acordo com o pedido
de compras feito. Existem, também, as metas fundamentais que referem-se às
compras que são realizadas pelas organizações. Segundo Pozo são as seguintes:
a) Permitir continuidade de suprimentos para o perfeito fluxo de produção; b) Coordenar os fluxos com o mínimo de investimentos em estoques e
adequado cumprimento dos programas; c) Comprar materiais e produtos aos baixos custos, dentro das
especificações predeterminadas em qualidade, prazo e preços; d) Evitar desperdícios e obsolescência de materiais por meio de avaliação
e percepção do mercado; e) Permitir à empresa uma posição competitiva, mediante negociações
justas e credibilidade;
63
f) Manter parceria com os fornecedores para crescer junto com a empresa. (POZO, 2008, p.148).
As metas fundamentais da gestão de compras têm como finalidade contribuir
para realizar a melhor aquisição de materiais possível, tais como: comprar com
preços melhores, adquirir produtos que forem necessários para evitar possíveis
desperdícios, além de manter um bom relacionamento com os fornecedores do
empreendimento.
Segundo Fenili, para que ocorra uma melhor compra é preciso um equilíbrio
entre três atributos que poucas vezes são compatíveis, os quais são: celeridade
(rapidez), qualidade e preço econômico (FENILI, 2013).
É importante para a empresa, conforme Martins e Alt, a área de compras, pois
a ela também compete o cuidado com a quantidade armazenada de itens nos
estoques, porque, muitas vezes, pode parecer que uma grande quantidade de
estoque significa reduzir os possíveis problemas com a produção, mas isso gera
altos custos para sua manutenção, embora baixos níveis de estoque são um pouco
arriscados, podendo em qualquer momento prejudicar a produção (MARTINS; ALT,
2009).
A função de compras é essencial para a redução de custos, pois entre outras
atribuições pode negociar preços e buscar novos fornecedores, além de
proporcionar uma maior margem de lucro nos produtos adquiridos quando efetuada
a compra, mas sem prejuízo na qualidade dos produtos.
Pozo afirma o exposto: “[...] compra também é um excelente e substancial
sistema de redução de custos de uma empresa, por meio de negociações de preços,
na busca de materiais alternativos e de incessante desenvolvimento de novos
fornecedores.” (POZO, 2008, p.148).
Os custos precisam ser reduzidos para que as vendas continuem sendo
efetuadas e para manter uma boa margem de lucro, para isso as compras devem
ser realizadas com o menor custo possível. Dias confirma:
Em todo sistema empresarial, para se manter um volume de vendas e um perfil competitivo no mercado e, consequentemente, gerar lucros satisfatórios, a minimização de custos deve ser perseguida e alcançada, principalmente os que se referem aos materiais utilizados, já que representam uma parcela por demais considerável na estrutura de custo total. (DIAS, 2010, p. 271).
64
Além de serem negociados com baixos custos, Pozo leciona que as compras
devem ser negociadas satisfazendo aos padrões de qualidade e serviços da
empresa, sem que os fornecedores sejam colocados em situações de inseguranças,
de perdedores, mas sim de parceiros (POZO, 2008). Portanto, a função compras
apresenta vários objetivos que são importantes e merecem destaque, conforme
Fenili, na Ilustração 12, são os seguintes:
OBJETIVOS DA FUNÇÃO COMPRAS
Garantir o efeito suprimento de materiais e serviços, nas quantidades e nos prazos demandados pelos clientes internos;
Comprar com qualidade, celeridade e ao preço econômico;
Manter um cadastro de fornecedores que garanta fluxo de materiais e serviços;
Planejar as compras (fazendo um calendário de aquisições, por exemplo);
Manter uma relação próxima com as áreas internas da organização, em especial os clientes internos, almoxarifados e finanças;
Manter um bom relacionamento com fornecedores;
Criar ferramentas que permitam um efetivo controle do processo de compras.
Ilustração 12: Objetivos da Função Compras. Fonte: Fenili (2013, p. 208).
Os objetivos da função compras, conforme demonstrados na Ilustração 12,
são interagir com as áreas da empresa, além de receber e processar informações
para manter um bom relacionamento com todos os envolvidos nesta função. Dias
traz os objetivos básicos de uma seção de compras, que se diferenciam dos
objetivos da função compras, que foram destacados por Fenili. Portanto, os objetivos
são os seguintes:
a) Obter um fluxo contínuo de suprimentos a fim de atender aos programas de produção.
b) Coordenar esse fluxo de maneira que seja aplicado um mínimo de investimento que afete a operacionalidade da empresa.
c) Comprar materiais e insumos aos menores preços, obedecendo a padrões de quantidade e qualidade definidos.
d) Procurar sempre dentro de uma negociação justa e honesta as melhores condições para empresa, principalmente em condições de pagamento. (DIAS, 2010, p.272).
Todos os objetivos da função compras servem para que uma melhor compra
seja desenvolvida, com melhores condições de pagamento, menores preços no
momento de aquisição de materiais, sem que a qualidade dos mesmos seja
comprometida, mas essas negociações devem ser sempre realizadas de maneira
digna, sem prejudicar nenhuma das partes que estão envolvidas no negócio.
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Martins e Alt confirmam que: “A área de compras interage intensamente com
todas as outras, recebendo e processando informações, como também alimentando
outros departamentos de informações úteis às suas tomadas de decisão.”
(MARTINS; ALT, 2009, p.87).
As compras podem ser classificadas, conforme expõem Francischini e Gurgel,
quanto ao mercado fornecedor, em: produtos de venda corrente; produtos com
preços fixados correntemente; fornecimento em regime de escassez, e quanto à
frequência da necessidade de suprimento pela empresa as quais compreendem:
compras constantes e habituais; compras programadas; compras de investimento;
compras de emergência e compras sofisticadas (FRANCISCHINI; GURGEL, 2013).
Já para Martins e Alt as compras são classificadas em: compras de recursos
materiais e compras de recursos patrimoniais (MARTINS; ALT, 2009). No momento
de realizar as compras os integrantes do setor, que são responsáveis pela
concretização das aquisições, devem ser éticos e morais na realização do negócio,
pois essas atitudes fazem com que o negócio tenha um bom desempenho. Segundo
Pozo:
É imperioso que haja elevado padrão de conduta por parte dos integrantes de compras, não só agindo de acordo com a ética dos negócios, mas também atuando acima de qualquer suspeita de comportamento contradizendo a ética. O código de ética deve orientar os tratamentos seguidos, [...], pelos compradores na moralização dos negócios. E essa moral nas atitudes é fundamental para a eficiência e eficácia operacional e o incremento dos lucros organizacionais, [...] (POZO, 2008, p.155).
Martins e Alt destacam que o problema ético não diz respeito somente aos
compradores, mas também pode ser relacionado ao pessoal da área técnica que
geralmente especifica o bem a ser comprado e, além disso, afirmam que a
dificuldade do comportamento ético é comum em todas as profissões (MARTINS;
ALT, 2009). Cabe também ressaltar os tipos de sistemas de compras e suas
finalidades, que, conforme Dias, são as seguintes:
a) Sistemas de compras a três cotações: tem por finalidade partir de um número mínimo de cotações para encorajar novos competidores.
b) Sistema de preço objetivo: o conhecimento prévio do preço justo, além de ajudar nas decisões do comprador, proporciona uma verificação dupla no sistema de cotações.
c) Duas ou mais aprovações: no mínimo duas pessoas estão envolvidas em cada decisão da escolha do fornecedor. Isto estabelece uma defesa dos interesses da empresa pela garantia de um melhor julgamento,
66
protegendo o comprador ao possibilitar revisão de uma decisão individual.
d) Documentação escrita: a presença de muito papel pode parecer desnecessária, porém fica evidente que a documentação escrita anexa ao pedido, [...], permite a revisão e estará sempre disponível junto ao processo de compra para esclarecer qualquer dúvida posterior. (DIAS, 2010, p. 281).
Todos os sistemas que existem e podem ser utilizados para a realização das
compras são importantes, independente de qual sistema será escolhido para fazer a
efetivação das aquisições. Martins e Alt destacam que uma das formas de realizar a
compra é o chamado electronic data interchange (EDI), uma tecnologia para
transmissão de dados eletronicamente.
Essa forma de comunicação traz algumas vantagens, tais como: rapidez,
segurança e precisão do fluxo de informações; redução significativa de custos;
facilidade da colocação de pedidos, em especial nos casos de contratos de
fornecimento com entregas mediante liberação do cliente (MARTINS; ALT, 2009).
O sistema que é adotado vai depender do tamanho da empresa, mas,
independentemente disso, o setor de compras deve ser bem estruturado para
atender eficientemente o desempenho da empresa, motivando os seus
colaboradores. Pozo confirma o exposto:
O setor de compras deverá estar estruturado em conformidade com o tamanho da empresa, ou com o volume de atividades desenvolvidas e requeridas pela empresa. [...], primando por uma administração eficiente voltada para um bom desempenho e motivação de seus comandados na obtenção dos resultados [...]. (POZO, 2008, p.152)
A realização das compras pode ser centralizada ou descentralizada, o que
definirá isso é o tipo de empreendimento em que o setor de compras está inserido.
Francischini e Gurgel confirmam que:
As compras podem ser centralizadas ou não. O tipo de empreendimento é que definirá a necessidade de centralização. Uma prática muito usada é estabelecer um comitê de compras, no qual profissionais de todas as áreas da empresa participam das decisões. (FRANCISCHINI; GURGEL, 2013, p. 23).
Fenili confirma o exposto em relação à estruturação das aquisições, trazendo
as características das compras realizadas de forma centralizada e descentralizada:
67
Em uma estrutura centralizada, as compras são concentradas em um único órgão. Várias são as vantagens decorrentes desta opção: minimiza-se a chance de haver compras duplicadas [...] possibilita-se melhor controle [...] [...], a centralização de compras é usualmente preterida no caso das organizações que possuem unidades administrativas dispersas geograficamente. Neste caso, opta-se por uma estrutura descentralizada. A principal vantagem [...] é a maior agilidade no atendimento das demandas dos clientes internos. (FENILI, 2013, p. 213).
É preciso realizar uma análise do empreendimento para optar por qual das
formas de compras irá ser adotado, pois cada um tem suas características e
vantagens. O sistema de compras é uma atuação contínua, a cada compra que
precisa ser realizada, precisa-se, entre outras funções, buscar fornecedores,
analisar os preços. Pozo confirma:
O sistema de compras baseia-se em uma ação que envolve atividades de pesquisas para a melhor adequação dos objetivos organizacionais, sendo, portanto, em seu sentido mais amplo, uma ação contínua. A investigação e a busca de novos fatos estão definitivamente conjugadas em suas atividades básicas, [...], tais como analisar ordem de pedido, buscar melhores preços, encontrar fornecedores certos, [...]. (POZO, 2008, p. 157).
Portanto, o setor de compras é uma busca constante de atingir várias etapas
para que seja concretizado a compra para o empreendimento. Cabe também à
empresa definir uma estratégia que possa garantir uma vantagem competitiva, pode
optar por produzir mais ou adquirir de terceiros. Martins e Alt lecionam:
A definição de uma estratégia correta de compras pode dar à empresa uma grande vantagem competitiva. [...] decidir produzir mais internamente, ganha independência, mas perde flexibilidade. [...] se decidir comprar mais de terceiros em detrimento de fabricação própria, pode tornar-se dependente. Nesse caso, deve decidir também o grau de relacionamento que deseja com seus parceiros. (MARTINS; ALT, 2009, p. 93).
Também é importante destacar que existe o chamado ciclo de compras nas
organizações, pois é através dele que a compra se realiza, porque ele envolve
várias atividades dentro da empresa. Segundo Fenili: “O chamado ciclo de compras
de uma organização engloba todas as atividades que se estendem desde o
recebimento [...] das requisições de compras [...] até a aprovação da fatura para
pagamento ao fornecedor.” (FENILI, 2013, p. 210).
Cabem destacar, segundo Fenili, que na área de compras ocorre a chamada
departamentalização, e cada departamento possui funções importantes, sendo elas:
a) Manutenção do cadastro de fornecedores: utiliza critérios específicos para
68
a seleção de fornecedores, é uma função que serve como apoio para a
atividade de compras;
b) Processamento das compras: a negociação com fornecedores nas
empresas privadas é realizada pela área de compras, como por exemplo, a
negociação de preços;
c) Acompanhamento (ou diligenciamento) de pedidos: na maioria das
empresas existe uma unidade administrativa responsável pelo
acompanhamento dos pedidos, e os fornecedores geralmente cumprem
com os prazos (FENILI, 2013).
Os departamentos que a empresa possui, geram ou requerem informações
para o sistema de compras, pois cada departamento possui suas peculiaridades, e
todas são fundamentais para o desempenho das compras. Entre eles os mais
importantes, conforme citados por Dias, na Ilustração 13, são:
Produção a relação entre esse departamento e o de compras, é contribuir efetivamente para o benefício geral da empresa.
Engenharia este departamento coopera com o departamento de compras no que se refere ao projeto, planejamento e especificações preliminares às exigências de produção.
Contabilidade: um gasto ocorre no momento da compra, ou um compromisso, fazendo com que essa compra coloca em ação operações de contabilidade, que acorrem inicialmente antes que a compra seja realizada.
Vendas: esse departamento deve manter informado o setor de compras sobre as expectativas de vendas, quanto à cotação de vendas, para que ele tenham um índice das prováveis quantidades de materiais que serão necessários.O PCP já está fazendo essa função em empresas industriais.
PCP a relação do PCP com o setor de compras é fundamental, e ambos se encontram combinados em mais da metade das organizações industriais. O efeito funcional almejado é estender a responsabilidade pelos materiais, do momento de aquisição até o de entrega e utilização.
Controle de qualidade a responsabilidade das compras com esse setor é adquirir materiais e produtos que satisfaçam as especificações. O setor de controle e qualidade geralmente faz testes para aceitação de materiais comprados.
Ilustração 13: Departamentos da Empresa. Fonte: Adaptado de Dias (2010, p. 276-277).
Os departamentos, de acordo com o exposto na Ilustração, representam uma
parte fundamental na empresa, cada um com suas particularidades, pois cada
departamento possui responsabilidades diferentes e função específica, mas todas
importantes e significativas, trabalhando todos em harmonia para auxiliar no
69
processo de compras, garantindo, assim, informações precisas para a gestão da
empresa.
Cada departamento apresenta suas características principais, todas voltadas
para a realização da atividade de compras. Martins e Alt afirmam que existem meios
em que podem ser realizadas compras que estão sendo muito utilizadas na
atualidade, sendo elas:
a) Cartões de crédito: onde pode ser realizadas compras de mercadorias, tais
como: matérias-primas e materiais auxiliares através de cartões de crédito
e, além disso, destacam que os cartões de crédito também são conhecidos
como cartão-empresa ou cartão empresarial;
b) Internet: onde podem ser efetuadas compras através da internet, basta
estar ligado a um provedor;
c) Leilões: as necessidades de compras são disponibilizadas via internet ou
por editais, o que precisa comprar e informam que a seleção de
fornecedores vai ocorrer por meio de leilão público, os quais farão ofertas
de preços e prazos (MARTINS; ALT, 2009).
Por fim, a gestão de compras, como foi mencionado, é uma negociação de
grande importância para a empresa, pois é onde ocorre a negociação de melhores
preços e prazos, sem que a qualidade dos materiais adquiridos diminua, e sem que
ocorra a falta de honestidade. Destaca-se que são várias as formas que estão sendo
utilizadas para aquisição de matérias, entre elas, conforme citado, estão a internet,
cartões de créditos e leilões.
70
3 DIAGNÓSTICO E ANÁLISE
Nesta fase do trabalho é aplicado o estudo na prática. Através do
desenvolvimento do referencial teórico pode-se obter conhecimentos, e esses são
aplicados, neste momento, na empresa, com o intuito de atingir os objetivos
propostos, auxiliando a empresa na sua gestão de compras.
Para a concretização do que se propôs no trabalho, buscaram-se informações
com o gestor da empresa sobre como é realizado o controle de estoque na empresa,
tipo de produtos ofertados pela empresa, a maneira como fazem as compras, entre
outras perguntas que são respondidas.
Em segundo momento, o estudo proporciona uma busca sobre os tipos de
sistema de controle de estoques que a empresa pode optar, com a descrição do que
cada software fornece para auxiliar o gestor no seu dia a dia.
E, a partir do estudo proporcionado no primeiro e segundo momento, foi
realizada, na sequência, a implantação do sistema de controle de estoque na
empresa Comércio Noroeste, (o sistema intitulado Cilpp Store), proporcionando ao
gestor uma melhor gestão de compras.
O estudo busca proporcionar ao gestor uma melhor maneira para realizar as
suas compras, auxiliando, assim, no controle de estoque através da implantação do
sistema de controle, logo, auxilia também com uma redução de custos, oferecendo
resultados favoráveis na gestão de compras da empresa.
3.1 DESCRIÇÃO DO CONTROLE DE ESTOQUE DA EMPRESA
Com o objetivo de tomar conhecimento e fazer a descrição de como é
realizado o controle de estoque na empresa Comércio Noroeste, realizou-se uma
entrevista com o gestor da empresa, no dia 15 (quinze) de agosto de 2015 (dois mil
e quinze), conforme Apêndice A.
Quando questionado sobre a forma que utiliza para controlar o estoque, o
mesmo respondeu que atualmente a empresa apresenta como forma de controlar o
estoque apenas o inventário, o chamado popularmente de balanço, o qual é
realizado ao término do exercício de cada ano, não existe programa de software
para realizar o controle de estoque, para saber o que é vendido a cada dia, ou a
cada período almejado.
71
O controle de estoque é essencial para obter informações autênticas sobre a
atividade de compra e venda que estão sendo desempenhadas no empreendimento.
Para Francischini e Gurgel a realização do controle de estoque tem como finalidade
proporcionar um fluxo de conhecimentos que admite realizar a comparação do que
realmente aconteceu com o que foi esboçado para ocorrer nas atividades da
organização (FRANCISCHINI; GURGEL, 2013).
Em outro momento, quando interrogado sobre a questão de como é realizado
o processo de compras, já que não possui nenhum software de controle de estoque,
o gestor diz que para fazer a realização das compras de embalagens é utilizado o
método manual, o qual consiste em os colaboradores irem até o estoque e procurar
os itens que estão em falta, isso ocorre quando os fornecedores entram em contato
com o estabelecimento, ou comparecem na loja para realizarem os pedidos, ou
muitas vezes também é realizada a constatação da falta de itens quando ocorre a
reposição dos produtos que a empresa tem à venda, e que fica à disposição para
visualização dos produtos que a empresa fornece aos clientes.
E, além disso, relatou também que quando os colaboradores dispõem de um
tempo, vão até o estoque e realizam a conferência dos itens que estão no estoque e
que precisam ser comprados, e logo após realizam o comunicado ao gestor da
empresa, para que ele entre em contato com os fornecedores para fazer o pedido do
que precisa ser comprado, para que não ocorra falta dos produtos no momento de
realizar as vendas.
Já a realização da compra das máquinas para padaria e mercado, ele relata
que é concretizada mediante pedidos solicitados por clientes, através da visitação
desses ao estabelecimento comercial, ou através de feiras de exposição, ou até
mesmo por indicação de alguém que já comprou as máquinas. Sendo assim, as
compras de embalagens são baseadas na carência de produtos que são
constatados manualmente, sem existir qualquer outro tipo de controle de estoque, e
as máquinas através de pedidos de clientes.
Constata-se que o desempenho das compras em qualquer tipo de empresa é
essencial para que as vendas continuem sendo realizadas, pois é a partir da
efetivação correta das compras dos produtos que não falta e nem sobra quantidade
para ser vendida. Para Dias, a função compras nas organizações é um segmento
essencial que tem por intuito atender às necessidades de materiais ou serviços,
72
planejar a quantidade que é necessária comprar, para não deixar faltar os produtos
em nenhum momento e nem comprar em excesso (DIAS, 2010).
E também, quando questionado como sabe qual o produto que tem mais giro
no estoque para efetuar a compra, o gestor relata que o produto que tem mais giro é
constatado através da compra de clientes assíduos, ou seja, aqueles que sempre
compram as embalagens na loja. Quando o cliente liga ou vai até o estabelecimento,
os colaboradores e o gestor já sabem quais os produtos que a clientela sempre
compra, e devido a esse motivo nunca deixam faltar esses itens para poderem
fornecer aos clientes.
E, além disso, foi levantada a questão de quais são os tipos de clientes que
comparecem ao estabelecimento para realizar as compras. Foi relatado, pelo gestor,
que a empresa possui uma variedade de tipos de clientes, entre estes podemos
citar: donos de negócios locais, como indústria de melado, padarias, mercados,
restaurantes, além de atender ao público em geral; e também donos de
estabelecimentos de municípios da região e clientes em geral que residem nos
municípios da região noroeste e, além disso, o gestor atende à feira do produtor em
Santa Rosa, uma vez por semana.
E, logo após, para finalizar o questionamento sobre os estoques, foi levantada
a questão de quais são os tipos de produtos que o comércio varejista tem para
oferecer a seus clientes, ou seja, qual é a quantidade de itens que o Comércio
Noroeste oferece a seus clientes da região noroeste do Rio Grande, a qual ele
atende, e o gestor respondeu que, conforme o último inventário realizado, os itens
que integram o estoque de mercadorias e são os demonstrados no Apêndice B.
Conforme demonstrados no Apêndice B, esses são os itens que compõem os
produtos que a empresa tem a oferecer a seus clientes: as máquinas, na maioria
são vendidas através de pedidos; já os demais produtos citados encontram-se na
empresa a qualquer momento. Devido à grande quantidade de itens que a empresa
possui e a dificuldade para controlar a quantidade de itens que tem no momento de
fazer as compras, realizou-se uma pesquisa de software de controle que auxilia a
empresa no momento de efetuar as compras, melhorando, assim, a gestão de
compras.
O sistema de informação, conforme afirma Tenório, é um conjunto de
componentes que se relacionam entre si, e que são produzidos para coletar, fazer a
realização do processo, além de armazenar e emitir informação a qual facilita o
73
procedimento de tomada de decisão (TENÓRIO, 2007).
Portanto, o sistema de informação, além de outras funções, ajuda o gestor no
momento de decidir sobre o que realmente precisa comprar, pois possui um
software que auxilia o gestor a obter um melhor controle da empresa, porque possui
mecanismos que passam informações essenciais para ter uma melhor gestão de
compras, facilitando a avaliação da quantidade dos itens que compõem o estoque
no momento das aquisições dos produtos.
3.2 SISTEMA DE INFORMAÇÃO
Devido à maneira que atualmente a empresa utiliza para controlar o estoque,
ou seja, manualmente, sem a utilização de nenhum tipo de software de controle de
estoque e procurando auxiliar para que ocorra um melhor processo de compras na
empresa, buscaram-se informações referentes ao sistema de controle que o gestor
da empresa Comércio Noroeste achou mais adequado para auxiliá-lo na gestão,
pois já havia feito uma pesquisa de programas de controle no mercado,
anteriormente, e realizando contato com o gestor da empresa Unfer achou o
programa Clipp Store o mais adequado.
Para a realização da pesquisa do software que será implantado, o qual é
descrito no desenvolvimento da pesquisa, foi realizada uma entrevista no dia 19
(dezenove) de agosto de 2015 (dois mil e quinze), conforme Apêndice C, com o
gestor da empresa Unfer e Cia LTDA, a qual faz a venda e presta assistência do
programa Clipp Store. As informações que o gestor da empresa fornece são
providas para ele através do desenvolvedor do software da Compufour, e essas
informações são disponíveis a todos os clientes que adquirem o sistema de controle
de estoque.
Primeiramente, o gestor foi questionado sobre qual é a empresa de software
que desenvolve o sistema que é implantado na empresa Comércio Noroeste, e a
quanto tempo atua no mercado de software de controle. O mesmo respondeu que o
Clipp Store é um dos sistemas para informatizar Micros e Pequenas Empresas de
comércio, desenvolvida pela Compufour Software, e que está no mercado a 20
(vinte) anos.
E para dar sequência à entrevista foi perguntado sobre quais são as funções
que esse sistema proporciona para auxiliar as organizações na gestão de seus
74
negócios, e o gestor respondeu que, segundo o material que a empresa Compufour
Software fornece para ele como vendedor do sistema e para os clientes do
programa, as funções são as seguintes:
Controle de estoque e inventário; controle de produtos por grade e número de
série; cadastro de clientes, fornecedores e transportadoras; controle de limite de
crédito; endereço de cobrança e entrega; histórico de vendas por clientes; cadastro
de vendedor por cliente; exibição do alerta cadastrado no cliente; destaca clientes
em atraso; comissão para vendedores e por produto; controle de descontos de
funcionários; e-mail na NF-e (nota fiscal eletrônica) com XML (linguagem extensível
de marcação genérica) e DANFE ( documento auxiliar de nota fiscal eletrônica) PDF
(formato de documento portátil) anexados; dados adicionais para CDL/SPC( sistema
de informações das Câmaras de Dirigentes Lojistas) no cliente; emissão de nota
fiscal eletrônica e formulário; calcula ICMS (imposto sobre circulação de mercadoria
e serviços), IPI (imposto sobre produto industrializado), ISS( imposto sobre serviços
de qualquer natureza); PIS (programa de integração social).(COMPUFOUR
SOFTWARE, 2015).
Também tem COFINS (contribuição para o financiamento da seguridade
social); e IR (imposto de renda), substituição tributária; carta de correção eletrônica
(CC-e); impressão do DANFE em modo paisagem e retrato; nota fiscal de compra
simples e ágil, importa XML; sintegra ( sistema integrado de informações sobre
interestaduais com mercadorias e serviços), SPED( sistema público de escrituração
digital) FISCAL e SPED PIS/ COFINS e LFE (livro fiscal eletrônico) para o DF
(distrito federal); movimento diário contábil; impressão de etiquetas( Argox, Zebra,
Elgin e Jato de tinta/ Laser). (COMPUFOUR SOFTWARE, 2015).
E, além dessas funções, ele ressalta que o programa também auxilia no
controle de: contas a pagar e contas a receber com cálculo de juros; fluxo financeiro,
controle bancário e controle múltiplas contas; reserva de mercadoria no pedido;
cadastros de funcionários baseado em funções, importação de pedido de venda,
orçamento; recibos, boletos (com e sem registro), carnês, duplicatas e promissórias;
romaneio de cargas; composição dos produtos; controle de acesso por usuário e
senha- completo e restrito; permite criar e imprimir mala direta e etiquetas para mala
direta; assistente de cálculo de preço; reajuste do preço pelo dólar; tabela CST
(Código da Situação Tributária); CSOSN (Código da Situação da Operação do
Simples Nacional. (COMPUFOUR SOFTWARE, 2015).
75
O vendedor ainda destacou que o sistema permite realizar o cadastro de
produto; cliente; fornecedor e transportadora no preenchimento da nota fiscal;
selecionar/ marcar várias contas para o recebimento ou pagamento; pagamento
parcial das contas; cadastro de inscrição estadual de substituição tributária;
impressão da descrição complementar dos produtos na NF (nota fiscal); controle de
cheques pré-datados; ordem de compra; relatórios de movimentos financeiros,
compra, venda, cheques pré-datados, clientes, fornecedores, estoque, filtros;
backup; permite o uso de webcam para facilitar a captura de imagens para os
cadastros; fator de conversão do cadastro de unidade de medida e controle de preço
no atacado e promocional. (COMPUFOUR SOFTWARE, 2015).
Pelas funções do sistema que foram mencionadas, verifica-se que o sistema
de controle auxilia na gestão da empresa em várias áreas, entre elas: no controle de
estoques para auxiliar na gestão de compras, pois através dele a empresa pode
verificar a quantidade de itens que possui no estoque no momento de realizar as
compras. Para Dias: “Dimensionar e controlar os estoques é um tema importante e
preocupante.” (DIAS, 2010, p. 104).
O sistema serve também como diferencial no mercado competitivo, isso
porque as informações são de fácil acesso, estão disponíveis a qualquer momento
armazenados em dados. Conforme Plantullo e Hoffmann os sistemas de
informações auxiliam as empresas no desenvolvimento de estratégias que protegem
os empreendimentos de possíveis situações que podem ocorrer no mercado
competitivo (PLANTULLO; HOFFMANN, 2013).
Para melhor entendimento do funcionamento do Clipp Store, em outro
momento foi perguntado ao gestor da empresa Unfer e Cia LTDA sobre como seria
o funcionamento desse sistema de controle passo a passo para o comércio, e logo
ele forneceu as seguintes informações, mas ressaltou que as informações são
adquiridas através do manual que a Compufour Software fornece para os
vendedores do sistema e que estão à disposição dos clientes do sistema de
controle, cabe também destacar que, além desses descritos, existem outras
funções, mas para o comércio no qual ele vai ser implantado não se utilizará. Os
primeiros passos são os seguintes:
Primeiramente, deve ocorrer o cadastro dos produtos de forma correta, onde
todos os campos que precisam ser preenchidos devem conter as informações reais
dos produtos, para que quando são realizadas as movimentações das vendas tanto
76
na nota fiscal quanto no cupom fiscal as informações geradas pelo sistema sejam
corretamente relatadas, inclusive para a realização da tributação.
Destaca, também, que no módulo de Estoque poderá cadastrar um novo item
conforme os passos descritos: clicando no menu Editar / Novo ou através do botão
Novo. Será necessário definir o tipo do item, podendo ser: Matéria-Prima, Outros
Insumos, Embalagem, Produto em Processo, Produto Acabado, Subproduto,
Produto Intermediário, Material de Uso e Consumo, Ativo Imobilizado, Serviço e
Outros. É enfatizado que o mais utilizado pelas empresas é o tipo Mercadoria para
Revenda, pois os bens adquiridos por ela são para revenda.
E o mesmo também afirma que, após efetuar a seleção do tipo do item que a
empresa está comprando, é necessário efetuar o preenchimento correto do restante
da ficha do produto, conforme dados contidos na nota fiscal de compra ou guiados
pelo seu contador quando surgir algum tipo de dúvida, tudo isso é necessário para
que não ocorra nenhum fornecimento das informações de forma errônea, e que
poderá causar a incorreta realização da conta dos tributos a pagar. Na Ilustração 14,
é demonstrado como é o campo de seleção para cadastrar o tipo de item que irá
para o estoque e também onde fica a janela de acesso ao cadastro:
Ilustração 14: Guia Cadastro do Tipo de Item que Irá para o Estoque.
Fonte: Clipp Store (2015).
77
Através da Ilustração 14, observou-se o campo onde ocorre o cadastramento
do item. São vários os tipos que podem ser preenchidos, isso vai depender do tipo
de empresa, e esses dados devem ser completados corretamente. E para fazer com
que ocorra o adequado cadastro dos produtos no estoque, deve ocorrer a análise
das informações contidas na nota do fornecedor e, além disso, qualquer dúvida deve
ser perguntada e sanada através da orientação do contador da empresa.
Conforme afirmam Francischini e Gurgel, para que um controle de estoque
seja vantajoso é indispensável que as informações sejam apropriadas e
documentadas (FRANCISCHINI; GURGEL, 2013). Sendo assim, deve-se ter muita
atenção no momento de realizar o cadastro dos produtos no estoque, como o NCM
(Nomenclatura Comum do Mercosul), CST, além das informações dos fornecedores.
Deste modo, para dar andamento à pesquisa, foi levantada a questão de
quais seriam os próximos campos que deveriam ser preenchidos. O entrevistado
relatou que logo após ser selecionado o tipo de item que irá para o estoque, existem
outros campos que armazenam as informações referentes ao tipo do item e,
conforme a seleção efetuada poderá surtir efeito no momento da comercialização,
cadastro ou relatórios fiscais. Conforme Ilustração 15, os campos que devem ser
preenchidos referente ao produto que irá ser cadastrado, são os seguintes:
Ilustração 15: Guia Cadastro de Produto no Estoque.
Fonte: Clipp Store (2015).
78
Segundo a demonstração da Ilustração 15, são vários os campos que são
completados no sistema de controle de estoque, para ser desenvolvido um correto
controle, sem que ocorra a falta de informações essenciais sobre os itens que são
cadastrados. Logo após a visualização da Ilustração 15, foi levantando o
questionamento para o gestor da empresa Unfer sobre quais as informações que
são armazenadas em cada campo ou ícone que devem ser completados e o seu
significado, pois existem várias siglas. O mesmo respondeu a questão informando o
significado de cada um deles e disse que os dados são extraídos de informações
que o próprio sistema Compufour Software desenvolvedora do sistema de controle
Cipp Store fornece e que são as seguintes:
O campo descrição: armazena a descrição do produto, e esta será utilizada
para localizar o produto. Poderá ser utilizada na nota de entrada, nota de
saída, cupom Fiscal, orçamento, pedido de venda ou pré-venda, e será
possível alterar a descrição do Item depois que o mesmo possui
movimentação fiscal;
Já o campo grupo: armazena o grupo o qual o produto está inserido, caso o
grupo ainda não esteja cadastrado basta clicar no ícone representado por
uma folha em branco e efetuar o cadastro do grupo ou pelo módulo de
Estoque, acessar o menu Arquivo > Grupos;
O ícone Unidade medida: armazena a unidade de medida específica a qual
determina a grandeza física. Ex: UN – unidade e CX - caixa. É necessário
utilizar no mínimo 2 caracteres e no máximo 3. É válido lembrar que o seu
preenchimento é obrigatório para comercializações em Cupom Fiscal, NF-e
e NFCe;
Taxa ICMS/ISS: o campo armazena a Taxa do produto, cuja finalidade é
definir o tipo de tributação do item.
Código de barras: este campo deve ser utilizado para armazenar o código
de barras dos produtos que irão ser cadastrados no sistema;
Referência: este campo poderá ser utilizado para armazenar uma
referência do produto, é diferenciado do campo de código de barras pela
possibilidade de aceitar letras. Poderá utilizar a referência para inserir o
produto em notas e cupons;
79
CSOSN: Este campo é utilizado para armazenar o Código da Situação da
Operação do Simples Nacional, quando a empresa não for optante pelo
simples este campo não estará presente. Deverá verificar qual código
utilizar com o contabilista responsável pela sua empresa.
CST: (Código da Situação Tributária): este campo armazena o código
referente à tributação do ICMS. O Código da Situação Tributária será
composto por três dígitos, onde o primeiro dígito indicará a origem da
mercadoria, e o segundo e o terceiro a tributação pelo ICMS;
%IPI: (Imposto sobre Produto Industrializado): este campo armazenará o
percentual de IPI que poderá ser posteriormente calculado na nota de
entrada ou saída;
CST IPI: este campo armazenará o código referente a situação tributária do
IPI. Qualquer dúvida sobre seu preenchimento deverá consultar o
contabilista responsável;
NCM: (Nomenclatura Comum MERCOSUL): este campo armazena oito
caracteres. É necessário realizar o preenchimento para a Emissão da NF-e
e também para que o cálculo dos impostos referentes à Lei da
Transparência sejam efetuados corretamente;
Preço em R$: este campo armazena o valor final do produto que será
comercializado;
Preço Atacado R$: este campo armazena o valor da mercadoria que será
comercializada no atacado;
Preço em US$: este campo armazena o valor da moeda americana, é
utilizado apenas para controle, não efetuará qualquer tipo de conversão;
Quantidade: este campo armazena a quantidade que consta em estoque
referente ao produto em questão. É válido lembrar que não será possível
realizar vendas com quantidades zeradas ou negativas. A quantidade do
item não deve ser alterada manualmente após o cadastro do mesmo. Após
ter o produto cadastrado, toda a movimentação deve ser efetuada através
de documentos fiscais de entrada e saída;
Quantidade Mínima: este campo armazena a quantidade mínima definida
pelo usuário para o produto. A quantidade mínima pode ser considerada a
80
quantidade segura, dessa forma um produto que possui um índice alto de
vendas tende a não faltar em estoque;
Quantidade Reserva: campo destinado para armazenar informações
referentes a quantidades inseridas no pedido de venda quando o status
estiver Reservado;
Peso: este campo irá armazenar o peso líquido do produto, este peso será
impresso na nota de venda;
Identificador: Código de controle do sistema para quando o produto possuir
grade;
Código: este código é gerado automaticamente conforme ocorrência de
novos cadastros. É válido lembrar que o produto também poderá ser
localizado ou comercializado através deste código. Além da opção de
utilizar o código de barras do próprio produto;
%Lucro Bruto: neste campo definimos o percentual de lucro bruto. Ao
inserir o valor em percentual será calculado o valor final do produto;
% Comissão: neste campo informamos o percentual de comissão que o
vendedor irá receber quando comercializar este produto. Caso a comissão
for estabelecida de acordo com o vendedor e não de acordo com o
produto, não ocorre o preenchimento deste campo;
Custo de Compra: este campo armazena o valor do custo de compra do
produto de acordo com os custos lançados na nota fiscal de entrada. É
válido lembrar que o custo somente será atualizado quando a Fatura e
Parcelamento da nota for diferente de “Nenhum”, ou seja, o CFOP (Código
Fiscal de Operações e Prestações) deve estar configurado para “Gerar
Financeiro”;
Custo de compra (Empresa optante simples): Custo de Compra = (Valor
total do item + Frete + Seguro + Outras + IPI + ICMS Subst - Desconto) /
Qtd comprada;
Custo médio: custo médio do produto calculado automaticamente pelo
sistema:
Ativo: desmarcando esta Opção o produto ficará inativo no estoque, ou
seja, não será possível utilizá-lo em vendas, compras, relatórios, entre
outras operações;
81
Clonar: poderá utilizar esta função para copiar as informações de
determinado produto para um novo. Clique no botão “Clonar” e após em
OK; (COMPUFOUR SOFTWARE, 2015).
Depois de tomar conhecimento do significado das siglas e a descrição à cerca
do que armazena cada ícone, foi levantada a questão de qual seria o próximo passo
a seguir, pois até o descrito todas as informações se dariam no primeiro passo.
Então, novamente o gestor, que é o vendedor do sistema de controle, quando
questionado respondeu que após a inserção dos dados necessários para fazer o
cadastramento correto dos produtos no estoque, o 2º passo que deve ser seguido é
o seguinte:
Deve haver o cadastro complementar do Guia Adicionais/Observações, que
se encontra na aba ao lado do cadastro do produto no estoque, e ele também
destaca que cada produto armazenará as suas informações adicionais, e também
deve ocorrer o cadastro dos dados adicionais de maneira apropriada para não
ocorrer informações equívocas sobre os dados: Conforme Ilustração 16, os dados
adicionais que são cadastrados apresentam-se da seguinte maneira, no programa
Clipp Store:
Ilustração 16: Guia Adicionais/ Observações.
Fonte: Clipp Store (2015).
82
Segundo Ilustração 16, também são vários os campos que devem ser
preenchidos no momento de cadastrar os produtos no estoque. Mas, para melhor
compreensão do que significa cada uma das siglas e palavras que estão
apresentadas na Ilustração, o gestor da empresa Unfer foi questionado sobre o
significado de cada uma delas, então ele prontamente respondeu o que significa
cada uma delas através do material disponibilizado pela Compufour Software que é
o desenvolvedor do sistema, o significado de cada uma é o seguinte:
%Cofins: Este campo armazenará o percentual de COFINS que será
utilizado para esse item em questão. Qualquer dúvida sobre seu
preenchimento deverá ser consultado o contabilista responsável;
%PIS: Este campo armazenará o percentual de PIS que será utilizado para
esse item em questão. Qualquer dúvida sobre seu preenchimento deve ser
consultado o contabilista responsável;
CST COFINS: (Código da Situação Tributária): Este campo irá armazenar o
CST referente ao COFINS. Qualquer dúvida sobre seu preenchimento deve
ser consultado o contabilista responsável;
CST PIS: Este campo irá armazenar o CST referente ao PIS. Qualquer
dúvida sobre seu preenchimento deve ser consultado o contabilista
responsável;
%MVA: Este campo irá armazenar o valor em % referente à Margem de
Valor Agregado (MVA). Sugerimos verificar a nota de entrada do seu
fornecedor, CFOP ECF: Código Fiscal de Operações e Prestações,
utilizado para operações no ECF e no NFC-e;
CFOP NF: Código Fiscal de Operações e Prestações, utilizado para
operações na Nota de Venda;
IAT: (Arredondamento ou Truncamento): Este campo armazena a
informação referente ao arredondamento ou truncamento ao utilizar o
emissor de cupom fiscal;
IPPT: (Indicador de Produção Própria ou de Terceiros): Este campo irá
armazenar o indicador referente à produção própria ou de terceiros. Ao
inserir a letra P indica que o produto é manufaturado pela própria empresa
e ao inserir T a manufatura ocorre por terceiros;
Código ANP: Código da Agência Nacional do Petróleo Gás Natural e
Biocombustíveis;
83
FCI: Ficha de Conteúdo de Importação: é uma obrigação acessória, devida
pelos contribuintes do ICMS, que realizem importações do exterior sujeita à
alíquota interestadual. Este código irá constar apenas no XML da nota.
(COMPUFOUR SOFTWARE, 2015).
As informações sobre os produtos que devem ser completadas são todas de
fácil compreensão, umas constam na nota fiscal e outras no arquivo XML. E, além
disso, foi questionado, em outro momento, quais seriam as outras funções que o
sistema Clipp Store fornece aos clientes que adquirem esse programa. Então ele
respondeu que os clientes que fazem a aquisição do sistema Clipp Store 2015
também tem o fator de Conversão, que é outro auxiliar na gestão do
empreendimento, e esse é um índice utilizado para converter a unidade interna em
unidades menores, procedimento também conhecido como composição inversa.
Também é destacado pelo fornecedor do sistema como deve ocorrer o
preenchimento dos dados para fazer a conversão, e destaca, mais uma vez, que
todas as informações relatadas estão disponíveis e de fácil acesso a todos os
clientes optantes por este sistema de controle. Segue o procedimento de
preenchimento dos campos para fazer a conversão: O campo Unidade de Medida
deve ser preenchido com uma unidade válida, por exemplo, Unidade (UN) (ou
escolha a unidade de medida desejada para sua situação, ou seja, para a venda).
Deve ser defina a quantidade zero, pois o item irá receber a quantidade
posteriormente, quando criar a nota de entrada.
Na Ilustração 17, é demonstrado como aparecerá o produto no sistema de
controle após a utilização do conversor de medidas, mas não quer dizer que sempre
vai ocorrer a utilização desse conversor, somente será utilizado nos produtos que
precisam ser realizados esse processo:
Ilustração 17: Produto Cadastrado Utilizando o Conversor de Unidades.
Fonte: Clipp Store (2015).
84
De acordo com a lustração 17, assim ficará cadastrado o produto no sistema
de controle de estoque após ser utilizado o conversor de unidades, mas o
fornecedor do sistema destaca que essa Ilustração também serve para demonstrar
como os demais itens, que são cadastrados no sistema sem a utilização do
conversor de unidades, aparecerão na tela principal de acesso aos itens que
compõe o estoque do empreendimento.
E além do conversor de unidades, o fornecedor do sistema Clipp Store, que
irá fazer a venda do sistema para o empreendimento onde está sendo desenvolvida
a pesquisa, diz que o sistema também fornece o Assistente para preço de venda,
que auxiliará o gestor no momento de fazer o cálculo do preço de venda, e a
obtenção do preço pode ser realizada utilizando o campo % Lucro Bruto na ficha
cadastral do produto, onde o programa irá atribuir ao preço de venda o percentual
cadastrado nesse campo multiplicado pelo custo de compra e, conforme muda o
preço de custo, o valor de venda também vai sendo alterado.
Mas isso não quer dizer que o gestor é obrigado a fazer o uso do assistente
de preço de venda se optar por este sistema de controle de estoque, ele também
pode optar por fazer o cálculo preço de venda como ele sempre fazia, pois esse é
um auxiliar, não quer dizer que você deve fazer o preço de venda nesse assistente,
mas quer dizer que você pode fazer o cálculo. Pois o valor do preço de venda de
cada produto, quando será cadastrado no sistema, pode ser digitado manualmente,
sem causar qualquer problema. Essa é uma questão em que o gestor deve escolher
qual maneira quer realizar o processo de formação de preço de venda,
independente de sua escolha isso não afetará a competência do programa de
sistema de controle de estoque.
O sistema é um grande auxiliar até mesmo no momento de realizar o preço
de venda, pois através dessa função, o preço gerado é confiável, porque ele
considera todos os dados necessários para concretizar o preço de venda, cobrindo
os custos e obtendo a margem de lucro. Para Batista, fazer o uso dos sistemas de
informações faz com que ocorra um ambiente empresarial e que as informações
geradas sejam seguras e utilizadas na organização (BATISTA, 2012).
Sendo assim, se optar por fazer a utilização do assistente de Cálculo do
Preço de Venda, o mesmo encontra-se no botão ao lado da ficha de cadastro do
produto, de acordo com a Ilustração 18:
85
Ilustração 18: Utilização do Assistente de Cálculo do Preço de Venda. Fonte: Clipp Store (2015).
Esse assistente, demonstrado na Ilustração 18, tem como finalidade auxiliar
no momento de determinar o preço de venda dos produtos, para assim ser agregado
ao produto um valor correto, sem, muitas vezes, ocorrer o estabelecimento de um
valor que não cobrirá os custos e nem vai atingir o lucro desejado pelo gestor.
Mas este auxiliar, não quer dizer que a empresa é obrigada a calcular o preço
através desse assistente, pode calcular de outra maneira, conforme indicações de
profissionais que também tem conhecimento na área de custos. Esse assistente é
um auxiliar e cabe ao gestor ou responsável pelo faturamento dos produtos, optarem
por sua utilização.
E logo após serem utilizadas as funções que se fazem necessárias para
cadastrar cada produto, foi perguntado ao gestor da empresa Unfer sobre qual seria
o próximo passo a seguir, e ele respondeu que o próximo passo será fazer o
lançamento da nota fiscal, e disse que para ocorrer o lançamento de cada produto
que consta na nota, primeiramente todos devem já estar lançados no estoque e
possuir um código para ser lançado e o sistema através desse código irá localizar os
produtos.
Também é destacado por ele que os dados que devem ser preenchidos na
nota fiscal são: o número da nota fiscal; natureza da operação, fornecedor;
comprador; a data de emissão que consta na nota fiscal de entrada, transportadora;
formas de pagamento; se a empresa está pagando frete, o valor também deve ser
86
colocado no campo competente e possíveis informações adicionais, e todos os
dados citados são fornecidos na nota fiscal que a empresa recebe da empresa da
qual comprou a mercadoria. A Ilustração 19 evidencia o exposto:
Ilustração 19: Lançamento da nota fiscal de entrada dos produtos cadastrados. Fonte: Clipp Store (2015).
A Ilustração 19 confirma o exposto, e demonstra como é a nota fiscal de
entrada que deve ser lançada após a realização do cadastro dos produtos. Todos os
dados devem ser completados corretamente, pois, no final, o valor da nota fiscal de
entrada lançada deve fechar com o valor da nota fiscal de entrada que a empresa
recebeu de seu fornecedor.
O gestor da empresa Unfer explica que o sistema também fornece as
informações aos clientes que optam por este sistema de como são os passos que
para adicionar os produtos na nota. Para isso deve ser acessado o menu Compras e
clicar em Novo, assim abrirá uma janela com informações referentes aos dados que
devem ser preenchidos para fazer o lançamento da nota fiscal dos produtos que
foram cadastrados anteriormente.
Além disso, também explica como funciona para adicionar cada vez um novo
produto, com um novo código. Relata que basta clicar no botão incluir, conforme
demonstrado anteriormente na Ilustração 20, e cada vez que um novo código é
87
lançado, um novo produto é adicionado na nota fiscal de entrada, e a quantidade de
produtos de cada código deverá ser lançada juntamente com a porcentagem do
ICMS e do IPI, dependendo do tipo de produto. A Ilustração 20 demonstra o
exposto:
Ilustração 20: Incluindo os Produtos na Nota. Fonte: Clipp Store (2015).
Diante do exposto na Ilustração, pode-se ver como funciona a inclusão dos
produtos na nota, ou seja, como funciona o lançamento dos produtos, como
quantidade, porcentagens de ICMS e de IPI. Esses procedimentos auxiliarão a
empresa no que se refere a um melhor controle de estoque, pois depois de
cadastrar todos os produtos no sistema e lançar a nota, o gestor e seus
colaboradores poderão ter um melhor controle no momento de efetuar a compra dos
produtos, porque poderão consultar no sistema a quantidade de itens de cada
produto, para assim evitar uma compra desnecessária, ou não deixar faltar itens
essenciais para clientes assíduos.
Além de utilizar as informações no controle de estoque, os conhecimentos
gerados são utilizados para auxiliar a empresa em diversos níveis. Segundo
Rezende e Abreu os níveis são: tanto estratégico, tático quanto operacional, e eles
88
beneficiam nas decisões, soluções e até na satisfação dos clientes externos e
internos (REZENDE; ABREU, 2013).
Portanto, para que as informações possam auxiliar os gestores, o gestor da
empresa Unfer relata que, logo após o encerramento do lançamento da nota fiscal
de entrada, os valores devem ser conferidos com a nota fiscal de entrada que a
empresa recebeu de seu fornecedor, e se fechar o valor e os demais dados
estiverem corretos, o próximo passo é finalizar a nota, e a tela principal de acesso
ao sistema de controle, depois de serem realizados todos os passos para o
cadastramento, segundo a Ilustração 21, ficará da seguinte maneira :
Ilustração 21:Tela Principal de Acesso ao Sistema de Controle de Estoque
Clipp Store. Fonte: Unfer e Cia LTDA (2015).
Conforme a Ilustração 21 e o descrito, assim ficará a tela de acesso ao
estoque, onde consta a descrição do produto, código, quantidade, dados que antes
haviam sido cadastrados. Diante do exposto, esses são os passos para cadastrar os
produtos no estoque e as demais funções que o sistema proporciona para quem
adquire este software para realizar o controle de estoque.
89
O sistema Cilpp Store foi escolhido pelo gestor, pois ele já tinha contato com
o vendedor do programa, e o mesmo presta assistência do programa quando
precisar. Outro motivo foi devido o estabelecimento do gestor ficar nas proximidades
da loja que fornece o sistema de controle e, além desses, o gestor fez uma pesquisa
com os outros gestores que conhece para saber qual é o tipo de sistema que
utilizam, e todos aqueles que têm sistema de controle em suas empresas utilizam o
sistema Cilpp Store para fazer o gerenciamento de seu estabelecimento, e auxiliam
muito na gestão de estoque. O próprio vendedor do sistema possui outros tipos de
sistema, mas indicou esse sistema por ser o que mais utilizam no comércio.
3.3 IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLE DE ESTOQUE
Para a realização da implantação do sistema de controle de estoque, foi
realizada pelo gestor da empresa Comércio Noroeste a aquisição do sistema Clipp
Store da empresa Unfer, no dia 23 (vinte e três) de setembro de 2015, para, assim,
começar a implantar os produtos no sistema, auxiliando o gestor da empresa em
seus negócios, principalmente na gestão de compras.
Então, no dia 26 (vinte e seis) de setembro de 2015 (dois mil e quinze) foi
inicializado o processo de cadastramento dos produtos na empresa Comércio
Noroeste. Primeiramente, foi realizada a contagem dos itens conforme as marcas
dos produtos que compõem o estoque, e logo que ia sendo realizada a contagem,
acontecia a anotação, em um caderno, da quantidade de itens que cada produto
tinha em estoque. Logo após a contagem, foi realizada a separação das notas
fiscais dos produtos para averiguação dos dados de cada produto, para assim
cadastrá-los no estoque.
O processo de implantação do sistema de controle de estoque nas empresas
é importante. Conforme expõe Dias, saber a quantidade de itens no estoque e poder
controlar os acervos são um ponto imprescindível, sendo assim pode-se encontrar
uma maneira de reduzir os estoques sem afetar nenhum processo nos
empreendimentos (DIAS, 2010).
Sendo assim, na sequência, foi realizado o cadastramento de 103 (cento e
três) produtos no estoque, conforme dados contidos na nota fiscal de entrada dos
produtos que a empresa recebe de seus fornecedores. Para ocorrer o
cadastramento dos produtos no estoque é realizada a seleção do tipo de item que
90
irá ser cadastrado, no caso da empresa em estudo serão todas mercadorias para
revenda, pois os produtos são adquiridos de outras empresas, nenhum é de
produção do próprio estabelecimento.
Em seguida, faz-se a descrição do produto que está sendo cadastrado, e
deve ser colocado no lado da descrição, no mesmo campo, a marca e o código do
produto conforme o sistema irá proporcionar. E, além disso, pode ser cadastrado a
quantidade mínima que é necessária ter no estoque de cada produto, e assim que
alcançar essa quantidade à descrição do produto fica da cor vermelha indicando a
necessidade de realizar uma nova compra.
Logo após, é selecionado o grupo que faz parte este produto; selecionar no
campo taxa ICMS/ ISS compra para comercialização; e, além desses, devem ser
preenchidos os campos que pedem a CST; CSOSN; NCM; preço de venda e preço
custo. A Ilustração 22 demonstra como foi realizado o cadastro dos produtos:
Ilustração 22: Cadastro de Produtos no Estoque no Sistema Clipp Store.
Fonte: Produção da pesquisadora.
Conforme observa-se na Ilustração 22, esses são os campos em que ocorrem
o cadastramento dos dados que devem ser completados, todos conforme o produto
e o descrito na nota fiscal recebida do fornecedor dos produtos. E também, a
Ilustração demonstra como fica a tela do cadastro do produto com os campos
devidamente preenchidos. Os demais dados não precisam ser preenchidos, uma
91
vez que a quantidade é lançada depois, somente na nota fiscal de entrada, e a taxa
de ICMS e de IPI também é completada somente na nota fiscal de entrada. O
programa fará o cálculo de quanto custa, realmente, o produto com a taxa de ICMS
e IPI, logo após o término do lançamento da nota fiscal.
Os produtos devem ser cadastrados de forma correta, pois é através das
informações, que são cadastradas no sistema sobre o produto, que vai acontecer a
tributação dessa mercadoria, e se algum preço de custo for cadastrado de forma
incorreta não irá fechar a nota fiscal de entrada dos produtos, que depois é
cadastrada. Pois, conforme expõe Batista, fazer o uso dos sistemas de informações
nas empresas é criar um lugar em que as informações estejam organizadas de
maneira confiável e que geram prosseguimento nos processos da organização
(BATISTA, 2012).
Sendo assim, para que as informações continuassem sendo registradas de
modo correto, foi dado seguimento no registro das informações. Deste modo, o
próximo passo foi fazer o cadastramento dos fornecedores da mercadoria que foi
cadastrada no sistema. Os dados dos fornecedores também estão contidos na nota
fiscal, e são os seguintes:
CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica);
Razão social;
Nome fantasia;
CEP (Código de endereçamento postal);
Logradouro (endereço);
Tipo (rua ou avenida),
Estado o qual pertence a empresa cadastrada;
O município;
Inscrição estadual;
Número que consta no endereço;
Número do telefone comercial;
Email;
Alguma observação adicional se for necessário, sobre o fornecedor.
Os dados da empresa devem ser cadastrados corretamente, pois é a partir
desses dados que é lançada a nota fiscal de entrada, não pode ocorrer erro no
momento de realizar este cadastro, porque a empresa não pode constar dados de
92
outra empresa, porque muitas vezes precisa entrar em contato com a empresa e
não vai ser possível devido ao equívoco ocorrido no momento do cadastro dela no
sistema, por isso deve ocorrer muita atenção no momento dos cadastros
A Ilustração 23 demonstra como fica a tela do cadastro dos fornecedores
depois de realizado o cadastramento no sistema, e também confirma o exposto
referente aos dados que devem ser preenchidos sobre as empresas que
disponibilizam as mercadorias:
Ilustração 23: Cadastro de Fornecedor no Sistema Clipp Store.
Fonte: Produção da pesquisadora.
A Ilustração 23 confirma o exposto sobre as informações da empresa
fornecedora que deve ser cadastrada, demonstrando os campos que devem ser
preenchidos, são de fácil visualização no sistema, todos constam na primeira aba de
acesso ao cadastro do fornecedor.
Depois que estão devidamente cadastrados os produtos e os fornecedores, a
próxima etapa é a realização do lançamento da nota fiscal de entrada, cabe destacar
que para que isso aconteça devem estar cadastrados todos os produtos que
compõem a nota fiscal que vai ser lançada.
As informações contidas no cadastro dos produtos devem ser preenchidas de
maneira precisa, pois, conforme afirma Rezende, a utilização de informações dentro
da gestão da empresa é de suma importância para os negócios, gerando
93
possibilidades de lucro e criação de novas oportunidades no mercado (REZENDE;
ABREU, 2013).
A Ilustração 24 além de demonstrar a tela de acesso para o lançamento da
nota fiscal de entrada dos produtos que a empresa recebe dos fornecedores de
mercadorias, também evidencia que existem outras informações que devem ser
cadastradas no momento da realização desta etapa. E esses dados são
indispensáveis para finalizar o procedimento de lançamento da nota fiscal:
Ilustração 24: Nota Fiscal de Entrada no Sistema Clipp Store.
Fonte: Produção da pesquisadora.
Segundo o exposto na Ilustração 24, essa é a tela principal, ou seja, é assim
a nota fiscal de entrada que é lançada no sistema Clipp Store. Para fazer o
lançamento da nota fiscal, primeiramente foi colocado o número da nota fiscal que
consta realmente na nota fiscal que a empresa recebeu do fornecedor, depois a data
de emissão, e, na sequência, o campo razão social. Insere-se a primeira letra do
nome da razão social e, após, basta clicar no botão que consta no lado direito, como
se fosse uma lupa, e clicar em contendo, o próprio sistema irá puxar fornecedores
cadastrados com essa inicial, aí basta conferir e dar um duplo clique e os dados da
empresa já aparecem automaticamente, isso só ocorre porque antes foi cadastrado
o fornecedor.
94
A próxima fase foi lançar os produtos que constam na nota e que já foram
cadastrados anteriormente, para isso incluiu-se o código do produto cadastrado (o
número é o mesmo que foi cadastrado antes com a descrição do produto), também
foi lançado a quantidade de produtos que cada item possui no estoque,
porcentagem de ICMS e de IPI, as porcentagens desses constam na nota fiscal.
Também foi necessário lançar a CST do IPI que é utilizado o 49 (quarenta e nove),
conforme orientação do contador, pois o estabelecimento não produz o produto,
apenas revende.
Cada produto que fazia parte da nota que estava sendo lançada foi sendo
lançada uma posteriormente a outra, com a quantidade que possuía no estoque,
com as alíquotas de cada uma, pois pode ocorrer de que certa embalagem possui
uma porcentagem da IPI ou ICMS diferente da outra.
Depois de cadastrados todos os produtos que constam na nota, foram
lançadas as formas de pagamento (a prazo ou à vista), a quantidade de parcelas e a
data de vencimento dos boletos. E depois de todos estes cadastros, a nota fiscal de
compra fica da seguinte maneira, conforme Ilustração 25:
Ilustração 25: Nota fiscal de Entrada no Sistema Clipp Store.
Fonte: Produção da pesquisadora.
95
Após realizar o lançamento da nota fiscal de entrada no sistema Clipp Store,
todos os passos para que os produtos estejam cadastrados no sistema, de forma
correta, foram cumpridos, assim auxiliará o gestor na realização das compras de
embalagens. Após ser lançada cada nota de entrada com os itens que compõem a
respectiva nota e com o código lançado anteriormente no cadastro do produto, é
necessário colar o código nos produtos cadastrados, esse código é o mesmo que foi
cadastrado no sistema, isso ocorre para, assim, poder dar baixa no estoque, de tal
modo que ocorra o controle da quantidade de itens que possui cada produto
registrado. A Ilustração 26 demonstra como foi colocado os códigos em alguns
produtos:
Ilustração 26:Colocando os Códigos nos Produtos.
Fonte: Produção da pesquisadora.
De acordo com a Ilustração 26, assim ficou colocado os códigos nos produtos
que foram cadastrados no sistema de controle de estoque: o número corresponde
àquele que foi gerado no sistema conforme foram sendo cadastrados, pois através
desse código ocorre a baixa do item no estoque e a consulta da quantidade no
momento de realizar as compras, além de ser utilizado no momento da realização da
nota fiscal de saída.
96
Após serem efetuados todos os procedimentos, o sistema de controle de
estoque está pronto para ser utilizado para controlar os itens que a empresa possui
para poder efetuar as compras. Conforme demonstra a Ilustração 27, essa é a tela
de acesso principal ao controle de estoque, depois de efetuados todos os cadastros,
incluindo o cadastro dos produtos, dos fornecedores e o lançamento da nota fiscal
de entrada:
Ilustração 27: Controle de Estoque Clipp Store.
Fonte: Produção da pesquisadora.
De acordo com a Ilustração 27, assim ficou o tela de controle de estoque,
após serem concretizados todos os lançamentos pertinentes para que os produtos
fiquem cadastrados no sistema, fica a descrição do produto, código, quantidade,
preço de custo, NCM. Todos estes dados ficam na tela de acesso principal ao
controle dos itens que compõem o estoque, sendo assim de fácil acesso para
possíveis consultas dos dados dos produtos.
E na sequência foi realizado o cadastro dos clientes do Comércio Noroeste,
os dados que devem ser cadastros são os seguintes: CPF (cadastro de pessoa
física) ou CNPJ, visto que a empresa tem os dois tipos de clientes; IE (inscrição
estadual) se for pessoa jurídica; nome e endereço completo; CEP; telefone, e nas
97
observações vai algumas informações que achar necessário, como por exemplo se
o cliente autoriza alguém a comprar no seu nome. A maior quantidade de
informações cadastradas é imprescindível para que a empresa possa ter um melhor
controle de seus clientes, além de auxiliar no momento da realização da nota fiscal
de saída e também ajuda no contato com os mesmos para oferecimento de novos
produtos. A Ilustração 28 demonstra o cadastro dos clientes:
Ilustração 28: Cadastrando Clientes no Clipp Store.
Fonte: Produção da pesquisadora.
Segundo o exposto na Ilustração 28, assim fica demonstrado no sistema o
acesso aos clientes. Através desse cadastro tem-se um melhor controle dos clientes
que a empresa possui, e também é um auxiliar no momento de fazer a nota fiscal de
saída, pois conforme os clientes vêm até a empresa pode ser realizado o cadastro.
Logo após serem realizados todos os processos de cadastro, foi realizada a
retirada da relação dos produtos que foram cadastrados no sistema de controle de
estoque Clipp Store realizada no dia 17 (dezessete) de outubro de 2015 (dois mil e
quinze), a qual demonstra todos os produtos que compõem o estoque. O Apêndice
D João Feiten- EPP (empresa de pequeno porte) relatório de estoque demonstra a
98
relação das embalagens que fazem parte do estoque da empresa Comércio
Noroeste.
Por fim, a partir do cadastro dos produtos e da relação que foi gerada pelo
sistema através do cadastro realizado das embalagens, o gestor já pode fazer a
utilização das informações para realizar as compras de embalagens para o
estabelecimento, conforme se faz necessário, sem ocasionar compras imprecisas ou
também para fazer o controle para não deixar faltar mercadorias para seus clientes,
melhorando assim a gestão de compras.
3.4 IDENTIFICAÇÃO DOS RESULTADOS A SEREM OBTIDOS COM A
IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE CONTROLE, PARA A MELHOR
GESTÃO DE COMPRAS.
A partir do estudo de verificação de como era o sistema de controle de
estoque antes da implantação do sistema Clipp Store que faz o controle de estoque,
a partir do cadastro dos produtos no sistema, torna-se indispensável a identificação
dos possíveis resultados que podem ser obtidos através da implantação do sistema
de controle para auxiliar a empresa na gestão de compras.
Antes da implantação do sistema Cipp Store, a maneira utilizada para
controlar o mesmo era o inventário, que é realizado ao término do exercício de cada
ano, ou seja, não existia nenhum tipo de programa de software para realizar o
controle de estoque, assim para a realização das compras não se tinha a real
situação da quantidade de itens dos produtos que possuía no estoque.
Para ter uma base de quantos produtos tinham no estoque, os colaboradores
iam até o estoque e faziam a verificação dos produtos que tinham no estoque ou que
estavam em falta, porém não tinham uma certeza, pois era verificado sem se ter um
controle real da situação do estoque.
Mas, a partir da implantação do sistema de controle de estoque, a empresa
adquire benefício na realização das compras, através da verificação da quantidade
de itens de um determinado produto, pois a partir dele basta acessar o menu
estoque e digitar o código do produto cadastrado ou fazer a descrição do produto e
verificar a quantidade de itens que possui no estoque, assim realizará uma melhor
compra, sem deixar faltar produtos no seu estabelecimento ou comprar produtos que
não são necessários.
99
Pois, conforme Pozo, quando é emitido um pedido de compra irá transcorrer
um tempo até que esses produtos chegam ao estabelecimento, que vai desde a
emissão do pedido, a fabricação do produto até chegar à empresa que fez o pedido
(POZO, 2008). Sendo assim, o sistema Clipp Store auxilia no controle da quantidade
necessária de produtos que precisa ter na empresa para que não ocorra falta de
mercadorias para vender.
Para saber qual produto que tem mais venda para efetuar o pedido de
compras no estabelecimento, antes da utilização do sistema, era constatado através
da compra de clientes frequentes, que consiste naqueles que sempre compram as
embalagens na loja, quando o cliente liga, ou vão até o estabelecimento, assim o
gestor e seus colaboradores não deixam faltar os produtos que por eles são
comprados.
Através da implantação do sistema, o gestor pode verificar com maior certeza,
se quiser semanalmente, ou mensalmente, quais são os produtos que tem maior
giro, através do relatório que pode ser tirado a qualquer momento do sistema,
constatando, assim, qual a quantidade necessária do produto para ter no
estabelecimento, pois, além desses clientes, outros vão até o estabelecimento e
compram estes produtos, assim o gestor e colaboradores sabem o quanto precisam
ter de estoque de determinado período em certo tempo.
Pois, conforme doutrinam Martins e Alt, o objetivo das empresas é atender os
clientes com a quantidade certa dos itens que precisam e no momento certo, com
agilidade na distribuição dos produtos, assim gerando uma vantagem competitiva,
com um diferencial perante as demais empresas (MARTINS; ALT, 2009).
E, além disso, auxiliará a empresa no controle de clientes, pois são vários os
tipos de clientes que vão ao estabelecimento para realizar as compras, como
exemplo, donos de estabelecimentos, além de atender ao público em geral do
município de Tuparendi onde está localizado o estabelecimento, e também em
municípios da região noroeste. Além disso, o gestor atende à feira de produtor em
Santa Rosa uma vez por semana. Com o sistema pode-se ter um melhor controle
dos dados dos clientes e da quantidade correta de clientes que possui.
Ao mesmo tempo, os cadastros dos clientes no sistema auxiliarão no
momento de realizar a nota fiscal de saída dos produtos, pois os clientes já estão
cadastrados. Até mesmo para efetuar um feedback com seus clientes, o que se
torna um referencial para o estabelecimento, porque pode ligar para o cliente no dia
100
do aniversário ou para oferecer produtos novos e, além disso, poderá saber com
qual frequência o cliente realiza as compras no estabelecimento.
Do mesmo modo, a implantação do sistema de controle de estoque
proporcionou melhoramento na questão do controle da quantidade de itens que o
comércio tem a oferecer a seus clientes. Devido a grande variedade de produtos é
imprescindível a implantação do sistema, para se ter um melhor controle dos
mesmos, tanto na quantidade, variação de preço de custo, produtos. Então, devido a
grande quantidade de itens que a empresa possui e a dificuldade para controlar a
quantidade de itens, a implantação do sistema auxilia no momento da aquisição das
mercadorias.
Outro benefício do sistema é a realização do controle de fornecedores que a
empresa possui, através desse controle o gestor e os colaboradores podem verificar
quanto à quantidade de produto, qual foi o fornecedor que fez a venda para o
estabelecimento e estar em contato para realizar a compra, pois são vários os
fornecedores e de diversos tipos de itens. Sendo assim, muitas vezes não se tinha a
real certeza de quem era o fornecedor do produto que era necessário comprar.
Segundo Martins e Alt, a função compras assume a função estratégica nos
negócios, devido aos recursos financeiros envolvidos nas negociações (MARTINS;
ALT, 2009). Por isso torna-se imprescindível realizar a gestão nas compras, pois ele
é um auxiliar, até mesmo no controle de custos.
Por tudo que foi mencionado, constatou-se que o sistema auxilia muito a
empresa na gestão de compras, pois ele é um software que fornece informações
essenciais e em tempo real, a qualquer momento, informações que auxiliam na
tomada de decisões até mesmo no momento de realizar uma comparação de preço
de custo de mercadorias que fornecedores diferentes oferecem. O sistema Clipp
Store auxilia a empresa no controle de estoque, clientes, fornecedores, e também
contas a pagar e contas a receber podem ser utilizadas na empresa.
Pois, conforme afirmam Slack; Chambers; Johnston, o estoque pode ser
gerenciado por um sistema de informações computadorizados, que possuem
funções importantes para o estabelecimento, como a atualização do estoque,
geração de relatórios (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2008).
A utilização do sistema, tanto no cadastramento quanto na verificação das
informações, é de fácil acesso e de grande importância para o controle das
empresas, auxiliando na gestão do estabelecimento, reduzindo custos, pois é
101
comprado o que é necessário sem deixar dinheiro parado no estoque, auxiliando na
tomada de decisões.
102
4 RECOMENDAÇÕES
A partir da pesquisa desenvolvida, considerando tanto os estudos teóricos
quanto as aplicações na prática, é possível salientar algumas recomendações à
empresa em estudo, para assim dar continuidade no melhor gerenciamento do
negócio, principalmente no que se refere à gestão de compras, que foi proposto no
estudo dessa pesquisa.
Conforme as ilustrações apresentadas no diagnóstico e análise, pode-se
verificar que o sistema de controle de estoque auxilia a empresa a desenvolver uma
melhor gestão de compras, pois depois de cadastrar todos os produtos no sistema, o
gestor, no momento de realizar os pedidos de mercadorias, basta apenas acessar o
controle de estoque e procurar ou por descrição ou por código do produto
cadastrado no sistema e verificar a quantidade de itens que possui no estoque.
Além dessa função, ele também auxilia a empresa no controle de clientes,
fornecedores, e se a empresa quiser também pode fazer a utilização do auxiliar de
preço de venda, que é mais uma das vantagens que o sistema Clipp Store fornece
aos clientes optantes desse sistema, conforme descrito no desenvolvimento da
pesquisa.
Mas, para dar continuidade no controle de estoque, é necessário que a
empresa continue efetuando os lançamentos dos produtos no sistema a partir da
chegada das notas fiscais de entrada de mercadorias, algo que vai ser fácil e rápido
de realizar, pois as mercadorias, na grande maioria, são sempre adquiridas dos
mesmos fornecedores, então o cadastro de alguns fornecedores e mercadorias já
estão realizados o que facilita no momento de realizar os cadastros, basta apenas
conferir os dados, como CST, NCM, preço de custo, se for o mesmo não é
necessário fazer um novo cadastro.
Outra sugestão é que enquanto o sistema não está interligado com o cupom
fiscal para dar baixa automaticamente nos itens que compõem o estoque, e para
ocorrer da melhor forma possível e ser mais ágil para anotar a quantidade vendida
na semana para assim o controle de estoque funcionar, a recomendação é que o
gestor e seus colaboradores façam a utilização de uma planilha desenvolvida no
Excel e, feita a impressão, para que quando realizada a venda façam uma marcação
nos itens que foram vendidos na semana, e que chegando ao final do expediente, no
sábado, realizem a baixa no sistema Clipp Store,mas essa baixa deve ocorrer
103
semanalmente, para, assim, os itens que são apresentados no sistema sejam o que
realmente a empresa possui no estoque. A planilha a ser utilizada pela empresa está
demonstrada Apêndice E.
E, também, pode fazer a utilização no sistema do controle de contas a pagar,
pois no momento em que é realizado o cadastro da nota fiscal de entrada coloca-se
as formas de pagamento, e isso auxiliará muito a empresa no momento de quitar os
compromissos com fornecedores, sem que ocorra a falta de pagamento de alguma
duplicata que está por vencer e não foi encaminhada para a empresa, assim ela
pode entrar em contato com o fornecedor e solicitar que mande a duplicata por
email.
Ainda pode fazer a utilização de contas a receber, que a partir do cadastro
dos clientes pode fazer a venda e fazer as formas de pagamento, com data e valor,
e após o vencimento o próprio sistema calcula o montante final com os juros, se tiver
passado do prazo de pagamento das compras.
Além disso, a empresa pode dar continuidade ao estudo na área de custos,
acurácia de estoque, para poder fazer uma verificação de como está sendo a
utilização do sistema, se está sendo realizada corretamente a baixa dos itens que
compõem o estoque, para continuar no melhoramento da gestão da empresa, não
apenas na área de compras, mas na gestão completa dos negócios.
104
CONCLUSÃO
A pesquisa realizada para a conclusão do curso foi alcançada mediante
pesquisa teórica e após aplicação, na prática, do conhecimento adquirido em
empresa de comércio varejista, com o intuito de auxiliar a empresa na melhor gestão
de compras, através da implantação de um sistema de controle de estoque. O
estudo proporcionou para a acadêmica uma maneira de poder demonstrar um pouco
de todo o conhecimento adquirido na sua caminhada acadêmica.
O estudo proporcionou obter maior conhecimento sobre conceito e funções
dos estoques; controle de estoque; sistema de informação; sistema de controle de
estoque e gestão de compras, assuntos que foram desenvolvidos no referencial
teórico para embasamento da pesquisa e para auxiliar no estudo da implantação do
sistema. Cada um dos assuntos tem grande importância para se obter uma melhor
gestão dos negócios.
E, além disso, foram adquiridos conhecimentos referentes ao significado,
funções e a utilidade dos estoques, tanto para empresas de fabricação quanto para
comércio varejista, pois os clientes necessitam da mercadoria no ato da solicitação,
e com isso surge a importância de controlar os estoques, porque os
empreendimentos não podem deixar faltar e nem ter em excesso mercadorias em
seus estoques.
Assim, o ideal é manter um controle de estoque, para adquirir a quantidade
necessária e suficiente para atender a demanda dos clientes. Uma maneira de
realizar o controle de estoque é a utilização do sistema de informação que a
empresa pode optar em adquirir para melhor gestão de seus negócios, pois através
dele o gestor pode tomar as suas decisões baseadas em relatórios fornecidos por
estes sistemas, visto que eles estão interligados em todos os seus departamentos,
proporcionando informação importante e real sobre a empresa.
As formas de realizar o controle são diversas. A empresa deve fazer uma
avaliação e optar por aquela que se encaixa com o perfil da mesma e com as reais
necessidades do estabelecimento, para, assim, auxiliar em uma melhor gestão nos
negócios. A parte da gestão de compras em uma empresa é muito importante, pois
105
as compras em excesso muitas vezes acarretam em custos, e a falta de mercadorias
é um ponto negativo para o estabelecimento porque o cliente procura o produto que
precisa e não tem, assim acaba indo até outro estabelecimento, devido a isto a
implantação de um sistema de controle de estoque foi essencial para a empresa em
estudo, para poder ter um melhor controle das mercadorias que tem no estoque.
Desta maneira, a pesquisa foi focada na implantação de um sistema de
controle de estoque na empresa Comércio Noroeste para melhor gestão de
compras. O controle implantado foi o Clipp Store. Assim, o desenvolvimento do
primeiro objetivo foi realizado no item 3.1, o qual descreveu como era o sistema de
controle na empresa antes da implantação do sistema de controle, obtendo
informações de que a empresa possuía apenas o inventário como forma de controle,
que é realizado ao término de cada ano, ou seja, não possui nenhum tipo de
controle de estoque que auxiliasse a empresa na gestão de seu negócio,
principalmente na gestão de compras que era o que o gestor tinha intenção de
conseguir.
Para o segundo objetivo ser concretizado, ocorreu a descrição do sistema de
controle Clipp Store. Com os estudos foi verificado que o sistema auxilia em vários
pontos, entre eles o controle de estoque, proporcionando, assim, um controle das
mercadorias que a empresa tem em seu estabelecimento, além de ter a função de
controle de clientes e fornecedores.
Após o estudo do sistema de controle, o próximo objetivo a ser alcançado
visou a implantação do sistema de controle na empresa, através da contagem dos
itens que o estabelecimento possuía no momento, e após o cadastro de cada item
no sistema, realizou-se o cadastro dos fornecedores, e na sequência foi lançado a
nota fiscal de entrada dos produtos, também foi realizado o cadastro dos clientes e a
colocação dos códigos nos respectivos produtos.
Para concluir foi realizado o estudo dos resultados da implantação do sistema
de controle de estoque na empresa, o qual constatou-se que, a partir da implantação
do sistema de controle de estoque, a empresa adquiriu benefício na efetivação das
compras, através da verificação da quantidade de itens de um determinado produto,
pois, a partir da implantação do sistema, basta acessar o menu estoque e digitar o
código do produto cadastrado ou fazer a descrição do produto e verificar a
quantidade de itens que possui no estoque, assim realiza-se uma melhor compra,
106
sem deixar faltar produtos no seu estabelecimento ou comprar produtos que não são
necessários.
Com a implantação do sistema de controle na empresa, o gestor pode
desenvolver a melhor gestão de compras, atendendo, assim, o objetivo principal o
qual se propôs no desenvolvimento do estudo, e respondendo, sim, ao problema
apontado na pesquisa, pois o sistema auxilia o gestor na realização dos seus
negócios.
Sendo assim, sugere-se aos demais acadêmicos realizarem estudos na área
de apuração da acurácia de estoques, pois auxiliará ainda mais na gestão dos
negócios, e na tomada de decisões pelo gestor, pois fazer a utilização da acurácia
de estoque é obter um indicador da qualidade e da confiabilidade da informação
fornecida pelo sistema utilizado.
Já para a acadêmica, a realização do estudo proporcionou um conhecimento
maior na parte de sistema de controle de estoque e na importância de ter um
sistema na empresa para auxiliar na gestão da empresa, porque constatou-se, com
a implantação do sistema na empresa Comércio Noroeste, que é possível ter um
controle dos produtos que a empresa possui para assim desenvolver a efetuação
das compras da melhor forma possível, comprando o necessário, sem ocorrer
equívocos no momento de efetuar as compras.
A realização do estudo também mostrou como é fácil fazer o controle de
estoque da empresa, basta fazer a aquisição de um sistema de controle de estoque
e fazer os lançamentos corretos, que a informação vai estar de fácil acesso e em
tempo real quando o gestor precisar pesquisar sobre o estoque, além dos
fornecedores e dos clientes.
107
REFERÊNCIAS
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distribuição física. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2013. BATISTA, Emerson De O. Sistemas de Informação: uso consciente da tecnologia para o Gerenciamento. São Paulo: Saraiva, 2006. ______. Sistemas de Informação: o uso consciente da tecnologia para o
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iniciação à pesquisa. 30. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012. LAUDON, Kenneth; LAUDON, Jane. Sistemas de Informação Gerenciais. 9. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia Científica. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010. MARTINS, Petrônio Garcia; ALT, Paulo Renato Campos. Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
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busca do melhor desempenho estratégico e operacional. 8. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. VIANNA, Ilca Oliveira de Almeida. Metodologia do Trabalho Científico: um
enfoque didático da produção científica. São Paulo: E.P.U., 2001.
111
APÊNDICE A – Questionário para Entrevista ao Gestor
1- Qual é a forma de controle de estoque que a empresa possui no momento?
2- Como é realizado o processo de compras?
3- Baseado em que são realizadas as compras?
4- Como sabe qual é o produto que tem mais giro?
5- Quais os tipos de clientes que a empresa possui?
6- Quais são os produtos que têm no estoque?
112
APÊNDICE B – Lista dos Produtos que Compõem o Estoque
SACOLA
Sacola Plast.24X 34 CX C/ 1000;
Sacola biodegradavel Branca Less tipo B 30 x 40 cx;
Sacola biodegradavel Branca Standard tipo B 38 x 48 cx;
Sacola biodegradavel Branca Standard tipo B 48 x 58 cx;
Sacola biodegradavel Branca Tipo B 60 x 75 fd;
FILME
Filme pvc est 300 mm x 09 c/ 1000 m;
Filme pvc est 380 mm x 09 c/ 1000 m;
Filme pvc est 400 mm x 09 c/ 1000 m;
Filme pvc est 280 mm x 100 m;
Filme pvc est 280mm x 300m;
EMBALAGENS
Emb. NP 50 Pet branco cristal alta;
Emb. NP 60 Pet Branco Cristal Média-50 pc;
Emb. NP 75 Pet Branco Cristal -25pc;
Emb. NP 80 Pet Branco Cristal - 15 pc;
Emb. NP 55 Pet Branco Cristal -100 pc;
Emb. NP 20 Pet Branco Cristal Soft-100 pc;
Emb. NP 60 Pet Branco Cristal Alta-50 pc;
Emb .NP 70 Pet Branco Cristal alta - 50 pc;
Emb. NP 013Pet Branco cristal Soft Nova - 100 pc;
Emb. NP 056 Pet Branco Cristal Média - 50 pc;
Emb. NP 56 Pet Branco Cristal Alta -50 pc;
Emb.NP 65 pet Branco Cristal ;
EmbNP 580 pet cristal 250 pc;
PRATO
Prato Branco NR 10;
Prato Branco NR 05;
Prato Branco NR 08;
Prato Pinho NR 08;
Prato Branco NR 07;
Prato branco NR 06;
PRF- 12 BR Prato 12 cm fundo branco c/1000;
PR- 15 BR Prato 15 cm branco c/1000;
Prato Branco 21 cm cx;
Prato PF 120/3 1000 uc;
Prato PF 150/4 1000 uc;
Prato PR 260/3 250 uc;
Prato laminado nº 4 ;
Prato laminado nº 5 ;
Prato laminado torta fria;
CAIXA DE DOCE
CX doce G 38x28x5 Parda;
113
CX Doce GG 42x28x5 Parda;
CX doce ALF 30x22x5 parda;
CX PIZZA 30 cm branca;
CX PIZZA 35 cm branca ;
cx pizza 40 cm branca;
TACHO
PR-70G 220v Tacho fritura 7 lts c/cesto
tacho p/ fritura 3,6L c/ cesto 220v
tacho p/ fritura 7L c/ cesto 220v
tacho p/ fritura 3,6L c/ cesto 220v
tacho 35
tacho 40
tacho p/ fritura 7L c/ cesto 220v
PR-14E 220v tacho pasteleiro 14 litros
BIFETEIRAS
BGT-062G bifeteira gás
BGT-082G bifeteira gás
BGT-102G bifeteira gás
BGT-130G bifeteira gás
SANDUICHEIRAS
PR-700G New queen sand indl DP a gás
PR-1100 G new queen sand indl dp 2 pr a gás
SC-72 sanduicheira gás
SC-70 sanduicheira gás
sc 70 sanduicheira elétrica
sc-92E sanduicheira elétrica
FOGÃO
PMSD-603 NCHfogão BP 3 BS 3 BDP CH
PMSD-202N Fogão BP 2 BS 1 BDP
PMSD-402N Fogão BP 2 BS 2 BDP
PMS-400N Fogão BP 4 BS
ACF-3004 Fogão ind BP 4B dupla grelha 30cm x 30cm
DERRETEDEIRA
Derretedeira profissional 1 cubas x 5 kg x 220v
Derretedeira profissional 2 cuba x 2,5 kg x 220v
Derretedeira profissional 1 cuba x 2,5kg x 220v
LIQUIDIFICADOR
Liquidificador ind- 10L- baixa rotação
Liquidificador ind- 8L- baixa rotação
Liquidificador ind- 6L- baixa rotação
LQL-8 Liquidificador industrial 8 litros
LQL-6 Liquidificador industrial 6 litros
LQL-4Liquidificador industrial 4 litros
Liquidificador 2 L 220 v
SELADORA
SP-350 G2 Light Seladora pedal sulpack biv
Seladora de marmita
EXAUSTOR
Exaustor 25BI - volt branco
Exaustor 30 cm 220 v cinza axial industrial
Exaustor 40 cm 220v cinza axial industrial
Exaustor 50 cm 220 V Cinza axial industrial
114
CHAPINHA
jogo c/6 chapinha de nylon p/ massas
FRITADOR
FAO-150 Fritador ag/ol 3500w 220v
FE 1 B fritador eletrico 1 bacia 220 v 3,5 lts
FORNO
FSI 680 FORNO SEMI INDUSTRIAL
PRR-051 revolution biv 50/60hz forno ind
PRR-050N biv 50/60hz forno rot mult ind
FHIMFI-forno medio com inox 430
FN-05 G forno gas bivolt 5948
FORMA
Forma p/ pudim c/encaixe nº 20
Forma p/ pudin c/ engate 22
Forma p/ pudin c/ engate 18
Forma p/ pizza 30 cm
Forma p/ pizza 32cm
Forma p/ pizza 35 cm
Forma p/ pizza 40cm
Forma p/ torta 24
Forma p/ torta 26
Forma p/ torta 28
Forma p/ torta 30
Forma p/ torta 35
Forma p/ queijo retangular p/1 kg
Forma p/ cuca 0.4
forma de pão 01
Forma de pão 02
Forma c/ canudo nº 26
Forma c/ canudo nº 24
Forma c/ canudo nº 22
Forma c/ canudo 18
Forma torta maça crespa 24 fundo falso alumínio
Forma torta maça crespa 21 fundo falso alumínio
Forma torta maça crespa 13 fundo falso alumínio
Forma decorativa coração nº 1-al
Forma p/ sanduiche 16x10x10 lata
Forma p/ sanduiche 33x10x10 lata
Forma p/ sanduiche 30x05x05
ESPÁTULA
Espátula industrial grande 735x90x13
Espátula 493x58x12
PANELA
Panela de pressao fulgor express 12 L
Panela de pressão fulgor express 15L
Panela de pressão fulgor express 30 L
Panela de pressão fulgor express 25 L
BALANÇA
Balança tipo gancho cap. 50 kg
balança tipo relogio c/ mola 25 kg
Balança eletr mod max dst - 30- c-t- b
Balança Romana composta chapa metal 180K
115
DCRB 30 BAL.COMPUT.30 KG BAT BR
GANCHO
Gancho s.5 – est
Gancho s.4 – est
Gancho s.3 – est
Gancho s.2 – est
Gancho s.1 c – est
CAÇAROLA
Caçarola 32 c/ tampa
Caçarola 34 c/ tampa
Caçarola 36 c/ tampa
Caçarola 38 c/tampa
Caçarola 40 c/ tampa
Caçarola 45 c/ tampa
Caçarola 50 c/ tampa
ETIQUETADOR
Etiquetador matricial mod est- 10 nr pe - d cle 3591 -12
CALDEIRÃO
Caldeirão 36 c/ tampa
caldeirão 38 c/ tampa
Caldeirão 40 L c/ Tampa
Caldeirão 45 L C/ Tampa
caldeirão 50 L c/ tampa
Caldeirão 34 c/ tampa
Caldeirão 32 c/ tampa
CONCHA
Concha 15 L HOTEL
Concha 12 L Hotel
BANCADA
Bancada De apoio 900x 1900
ESPREMEDOR
Espremedor de suco
VIDRO
Vidro PRFE 900/1000 MONTADO
FATIADOR
FLB - 180 Fatiador de legumes
PICADOR
Picador de carnes boca 22
Picador de carne nº 10
Picador pequeno
Picador médio 10 mm
Picador moedor de carne CAF 32 S
EXTRATOR
Extrator de Suco Industrial
ASSADEIRA
Assadeira Lisa Flandres 58 x 70 x 3
Assadeira baixa trabalhada 04
Assadeira baixa trabalhada 03
Assadeira baixa 02
Assadeira alta 03
Assadeira alta trabalhada 02
Assadeira alta trabalhada 03
116
Assadeira alta trabalhada 04
Assadeira alta 04
Assadeira p/confeitaria repuxada c/ arame 58 x 70 x 3,5cm
FATIADOR
FLB - 180 Fatiador de legumes
PICADOR
Picador de carnes boca 22
Picador de carne nº 10
Picador pequeno
Picador médio 10 mm
Picador moedor de carne CAF 32 S
EXTRATOR
Extrator de Suco Industrial
ASSADEIRA
Assadeira Lisa Flandres 58 x 70 x 3
Assadeira baixa trabalhada 04
Assadeira baixa trabalhada 03
Assadeira baixa 02
Assadeira alta 03
Assadeira alta trabalhada 02
Assadeira alta trabalhada 03
Assadeira alta trabalhada 04
Assadeira alta 04
Assadeira p/confeitaria repuxada c/ arame 58 x 70 x 3,5cm
ESTUFAS
Estufa ouro curva x 3 bandejas x 220v
Estufa ouro curva x 4 bandejas x 220v
Estufa ouro curva x 5 bandejas x 220v
Estufa W 10BD 220v
Estufa W 6BD 220V
Estufa W 5B 230
Estufa W 4B 220v
Estufa W 3B 230
Estufa VFV curva 386 220v c/ 36 ice gel
CESTA
Cesta plastica azul
Cesta plastica vermelha
Cesta plastica verde
Cesta plastica laranja
JALECO
Jaleco tergal c/ gola branco gg
DISCO E CONJUNTO DISCO
Disco B 22 5mm comum
Disco B 22 6mm comum
Disco B 22 8mm comum
Disco B 22 10mm comum
Disco B 10 5mm comum
Disco B 10 6mm comum
Disco B 10 8mm comum
Disco B 10 10mm comum
Disco B 08 6mm comum
Disco B 08 8mm comum
117
Disco B 08 10mm comum
Conj disco B 22 4 mm inox
Conj disco B 22 5 mm inox
Conj disco B 22 8 mm inox
Conj disco B 22 10 mm inox
Conj disco B 10 5 mm inox
Conj disco B 10 6 mm inox
Conj disco B 10 8mm inox
Conj disco B 10 10mm inox
Conj disco B 8 6mm inox
Conj disco B 8 8mm inox
CAMISETA
Camiseta malha PV branco gola careca G
Camiseta malha PV branco gola careca GG
FUNIL
Funil B 22 grosso
Funil B 10 grosso
Funil B 8 grosso
Funil EP grosso
Funil EP médio
FOGAREIRO
PRFGC-300P Fogareiro coiote c/ pedestal
ESCUMADEIRA
Escumadeira 13 L Hotel
Escumadeira 15 L Hotel
PRENSA
Prensa de queijo redonda
ESTEIRA
Esteira canaleta perfurada 6 ondas 58 x 70
Esteira pão frances 5 tiras 9 cm 58 x 70
CILINDRO
HICFM 1/2 cilindro multifunção 4 em 1 b 8 c/ mistu 4 kg m ½
CLIPPV-39 cilindro laminador inox c/pe monof 39 220v
CONTENTOR
Contentor MS 11 Azul
Contentor MS 11 VM R MAT II LINHA
Contentor MS 11 R VD MAT II LINHA
Contentor MS 36 NAT
Contentor MS 130 branco
Contentor MS 38
COLHER
Colher 590x73x20
LAMINADOR
Laminador de massas 28 cm cortador elet. Vermelho
AMASSADEIRA
Kit supermix /c amassadeira
ARV-25 amassadeira rapida monof. 25 kg
ESTUFA
ECP-3t estufa cva prata 3 band term
ECP-4t estufa cva prata 4 band term
FECHADOR DE MASSA DE PASTEL
Fecha bem
118
Ilustração 29: Lista dos Produtos que Compõem o Estoque. Fonte: produção da pesquisadora.
CORTADOR DE CALÇA VIRADA
corta fácil
AMACIADOR
Amaciador de carnes bom bife 17 cm
BALANÇA
Balança Prix 3 Plus
Balança Prix III Light 15 KGx 5 G - RS 232 c/ Saida RS 232 C
GONDOLA
Gondola ctr cl50 x 1600 x 350 x m920- 4x280-light des
Gondola ctr cont cl50 x 1600 x 350 x m920- 4x280-light des
Gondola lat cl50 x 2100 x 350 x m920- 5x280-light des
Gondola lat cont cl50 x 2100 x 350 x m920- 5x280-light des
Gondola de canto fechado 2100 x 350-5x280-light
Gondola de ponta cl50 x 1600 x 350 x m740-4x280 lgt dês
MINI CAMARA
Mini camara plus 1800 LTS
ASTFL-2900 Auto serviço top frios e laticinios 2900
MCP-1800 Mini camara plus 1800lts
DIVISORA DE MASSA
DMV-30 divisora de massa c/pe 30
MESA INOX
Mesa inox 1900 x 700 IT 430 inox
ARAMADILHA PARA MOSCA
Armadilha eletro pequena PE 30 220V
MULTI MASSAS
Multi massas junior talharin
BALDE
Balde alumínio
PASSADOR PARA MACARRÃO
Passador p/ macarrão n 35
Passador p/ macarrão n 40
Passador p/ macarrão n 45
MOLHEIRA
PR-03E 220v Molheira 3 cuba inox tampa
M 3 E - Molheira 3 CB Eletrica / 220 v
MULTIPROCESSADOR DE ALIMENTOS
Multiprocessador de alimentos
BATEDEIRA PLANETÁRIA
BP-12/1 bivolt batedeira planetaria 12L
VBP-12 batedeira planetaria monofasica 12l 220v
MODELADORA PARA PÃO
MPV-35 modeladora pão c/ pe monof 35 220v
EXPOSITOR
Expositor olha super top 20
119
APÊNDICE C – Questionário para entrevista ao gestor da empresa Unfer referente ao funcionamento do sistema de controle
1- Qual é a empresa de software que desenvolve o sistema Clipp Store?
2- Quais tipos de empresas podem utilizar esse sistema?
3- Quantos anos ela atua no mercado de software?
4- Quais são as funções que esse sistema desempenha?
5- Quais seriam os primeiros passos para realizar o cadastro dos produtos?
6- Quais são os próximos dados que precisam ser preenchidos?
7- Quais as informações que são armazenadas em cada campo ou ícone que tem
que ser completados e o seu significado, pois existem várias siglas?
8- Qual é o próximo passo a seguir, pois até o descrito tudo isso seria o primeiro
passo?
9- Para melhor compreensão do que significa cada uma das siglas e palavras que
estão apresentadas na Ilustração 16, o senhor poderia explicar o significado de
cada uma delas?
10- Quais seriam as outras funções que cabe destacar do sistema Clipp Store que
são fornecidas aos clientes que adquirem esse sistema?
11- Quais os próximos passos para terminar o cadastro depois que foram utilizadas
as funções pertinentes a cada produto?
120
APÊNDICE D - Relatório de Estoque João Feiten - EPP
Tipo Item
»Código
Identificad
or Descrição Grupo Und.
Qtd. Estoque
Taxa ICMS
CSOSN
CST
CS
T COFIN
S
CST
PIS NCM
Mercadoria para
revenda
2 2
SACOLA BIO TIPO B STANDARD 38X48- CX
CARTAPLAST 2
EMBALAGEM UN 66.000,00
X09 102 000 99 99 39239000
Mercadoria para
revenda
3 3 SACOLA BIO TIPO B LESS 30X40- CX
CARTAPLAST 3
EMBALAGEM UN 31.00
0,00 X09 102 000 99 99 39239000
Mercadoria para
revenda
4 4
SACOLA BIO TIPO B STANDARD
48X58- CX CARTAPLAST 4
EMBALAGEM UN 23.00
0,00 X09 101 000 99 99 39239000
Mercado
ria para revenda
5 5
SACOLA BIO TIPO
B LESS 60X75- UN CARTAPLAST 5
EMBALAGEM UN 0,00 X09 102 000 99 99 39239000
Mercadoria para
revenda
6 6 PAPEL PADARIA LIGTH- PC 3,5 KG
CAPRICE 06
EMBALAGEM UN 27,00 X09 101 000 99 99 48064000
Mercadoria para
revenda
7 7 PAPEL BRANCO LIGTH- PC 3,5 KG
CAPRICE 07
EMBALAGEM UN 10,00 X09 101 000 99 99 48064000
Mercadoria para
revenda
8 8 SACO PAPEL KN LIGTH- 1/2 KG
CAPRICE 8
EMBALAGEM UM 6,00 X09 101 000 99 99 48043190
Mercadoria para revenda
9 9 SACO PAPEL KN LIGTH - 2KG CAPRICE 9
EMBALAGEM UN 10,00 X09 101 000 99 99 48043190
Mercadoria para revenda
10 10 CX DOCE ALF 30X22X5 BRANCA UN REAL 10
EMBALAGEM UN 1,00 X09 101 100 99 99 48191000
Mercadoria para revenda
11 11 CX DOCE ALF 30X22X5 PARDA UN REAL 11
EMBALAGEM UN 0,00 X09 101 100 99 99 48191000
Mercadoria para revenda
12 12 CX DOCE G 38X28X5 PARDA UN REAL 12
EMBALAGEM UN 17,00 X09 101 100 99 99 48191000
Mercado
ria para revenda
13 13
CX DOCE GG
42X28X5 UN REAL 13
EMBALAGEM UN 4,00 X09 101 100 99 99 48191000
Mercadoria para revenda
14 14
SACOLA BIO TIPO
B STANDARD 60X75 UN CARTAPLAST 14
EMBALAGEM UN 4.000
,00 X09 101 000 99 99 39239000
Mercadoria para revenda
15 15 CX PIZZA 30 CM BRANCA REAL 15
EMBALAGEM UN 5,00 X09 101 100 99 99 48191000
Mercadoria para
16 16 CX PIZZA 35 CM BRANCA REAL 16
EMBALAGEM UN 1,00 X09 101 100 99 99 48191000
121
revenda
Mercadoria para revenda
17 17 CX PIZZA 40 CM BRANCA REAL 17
EMBALAGEM UN 2,00 X09 101 100 99 99 48191000
Mercadoria para revenda
18 18
SACOLA BIO TIPO
B STANDARD 80X100 CARTAPLAST 18
EMBALAGEM UN 1.000
,00 X09 101 000 99 99 39239000
Mercadoria para
revenda
19 19
COPO CP150TES/ABNT12MT 2500UC UN
ZANATTA 19
EMBALAGEM UN 20,00 X09 500 010 99 99 39241000
Mercadoria para
revenda
20 20
COPO CP200TES/ABNT12
MT2500UC UN ZANATTA 20
EMBALAGEM UN 80,00 X09 500 010 99 99 39241000
Mercado
ria para revenda
21 21
COPO
CP300T/ABNT12MT2000UC UN ZANATTA 21
EMBALAGEM UN 300,0
0 X09 500 010 99 99 39241000
Mercado
ria para revenda
22 22
PRATO PR150/3MT
1000UC UN ZANATTA 22
EMBALAGEM UN 272,0
0 X09 500 010 99 99 39241000
Mercado
ria para revenda
23 23
PRATO PR210/3MT
500UC UN ZANATTA 23
EMBALAGEM UN 400,0
0 FFF 500 010 99 99 39241000
Mercado
ria para revenda
24 24
BANDEJA MOD.
FR01 15X15X1,5CM 100UN UFIBRAFORM 24
EMBALAGEM UN 74,00 X09 101 090 99 99 39239000
Mercadoria para revenda
25 25
BANDEJA MOD.
FR03 18X24X1,5CM 100UN FIBRAFORM 25
EMBALAGEM UN 60,00 X09 101 090 99 99 39239000
Mercadoria para
revenda
26 26
BANDEJA MOD. FF03 18X24X2,5CM 100UN FIBRAFORM
26
EMBALAGEM UN 7,00 X09 101 090 99 99 39239000
Mercadoria para
revenda
27 27 BANDEJA MOD. D30 30CM UN
FIBRAFORM 27
EMBALAGEM UN 2.600
,00 X09 101 090 99 99 39239000
Mercadoria para
revenda
28 28
BANDEJ MOD. FR04
15X27,5X1,5CM 100 UN FIBRAFORM 28
EMBALAGEM UN 21,00 X09 101 090 99 99 39239000
Mercado
ria para revenda
29 29
COB GTS M AMARGO TOP
10X1,050KG UN HARALD 29
CHOCOLATES UN 3,00 X09 101 500 99 99 18069000
Mercadoria para revenda
30 30
COB BARRA
BLACK TOP 10X1,050KG UN HARALD 30
CHOCOLATES UN 4,00 X09 101 500 99 99 18069000
Mercadoria para revenda
31 31 COB GTS BLEND TOP 10X1,05KG UN HARALD 31
CHOCOLATES UN 6,00 X09 101 500 99 99 18069000
Mercadoria para revenda
32 32
FILME PVC EST
380MM X 09 C/1000M -RF UN ORLEPLAST
EMBALAGEM UN 4,00 X09 101 000 99 99 39204390
Mercadoria para
33 33 FILME PVC EST 280MMX100M
EMBALAGEM UN 64,00 X09 101 000 99 99 39204390
122
revenda DOMEST
ORLEPLAST 33
Mercadoria para
revenda
34 34
FILME PVC 280MMX300 SEMI
PROFI. ORLEPLAST 34
EMBALAGEM UN 36,00 X09 101 000 99 99
Mercadoria para
revenda
35 35 LUVA LATEX M C-PO 100UN TALGE
35
EMBALAGEM UN 20,00 X09 101 100 99 99 40151900
Mercadoria para
revenda
36 36 TOUCA PROT TNT
100UN TALGE 36 EMBALAGEM UN 24,00 X09 101 100 99 99 65069900
Mercadoria para
revenda
37 37 SACOS P/ LIXO 110 LTS X 008 PRETO
100UN PERONDI 37
EMBALAGEM UN 11,00 X09 101 100 99 99 39232910
Mercadoria para
revenda
38 38 PRATO LAMINADO N 6 UN RM 38
EMBALAGEM UN 600,0
0 X09 101 100 99 99 48236000
Mercadoria para revenda
39 39 PRATO LAMINADO N 7 UN RM 39
EMBALAGEM UN 400,0
0 X09 101 100 99 99 48236000
Mercadoria para revenda
40 40 TORTA FRIA LAMINADO UN RM 40
EMBALAGEM UN 400,0
0 X09 101 100 99 99 48236000
Mercadoria para revenda
41 41 PRATO PF120/3MT UN ZANATTA 41
EMBALAGEM UN 600,0
0 X09 500 010 99 99 39241000
Mercadoria para revenda
42 42 PRATO PR 180/2MT UN ZANATTA 42
EMBALAGEM UN 240,0
0 X09 500 010 99 99 39241000
Mercado
ria para revenda
43 43 PRATO PR260/3MT UN ZANATTA 43
EMBALAGEM UN 150,0
0 X09 500 010 99 99 39241000
Mercado
ria para revenda
44 44
COPO
CB80ES/ABNTMT 100UN ZANATTA 44
EMBALAGEM UN 60,00 X09 500 010 99 99 39241000
Mercado
ria para revenda
45 45 T 9 AL ALUM C/100
TERMICA 45 EMBALAGEM CX 14,00 X09 102 000 99 99 76129090
Mercadoria para
revenda
46 46 T 9 MANUAL EMB. ALUM.C/100
TERMICA 46
EMBALAGEM CX 0,00 X09 102 000 99 99 76129090
Mercadoria para
revenda
47 47 T 184 EMB. ALUM.
C/100 TERMICA 47 EMBALAGEM CX 8,00 X09 102 000 99 99 76129090
Mercadoria para
revenda
48 48 BOB.ALUM. 30 CM X 7,5 TERMICA 48
EMBALAGEM UN 25,00 X09 102 000 99 99 76072000
Mercadoria para
revenda
49 49 BOB. ALUM. 30 CM X 100 M TERMICA
49
EMBALAGEM UN 6,00 X09 102 000 99 99 76072000
Mercadoria para revenda
50 50 T 120 EMB. ALUM. C/100
EMBALAGEM CX 2,00 X09 102 000 99 99 76129090
Mercadoria para revenda
51 51 T 131 EMB. ALUM.C/100
EMBALAGEM CX 10,00 X09 102 000 99 99 76129090
Mercadoria para revenda
52 52 T 170 EMB. ALUM C/100
EMBALAGEM CX 4,00 X09 102 000 99 99 73102110
123
Mercado
ria para revenda
53 53 T 9 AL LG EMB.
ALUM C/100 EMBALAGEM CX 10,00 X09 102 000 99 99 73102110
Mercado
ria para revenda
54 54 T 200 EMB. ALUM
C/100 EMBALAGEM CX 3,00 X09 102 000 99 99 73102110
Mercadoria para
revenda
55 55 BOB. ALUM. 45 X
7,5 EMBALAGEM UN 55,00 X09 102 000 99 99 76072000
Mercadoria para
revenda
56 56 ETQ 40 X 40
TERMICA C/ 30 M EMBALAGEM UN
160,0
0 X09 102 000 99 99 48219000
Mercadoria para
revenda
57 57 ETQ 61 X 75 TERMICA ADES C/
30 CM
EMBALAGEM UN 27,00 X09 102 000 99 99 48219000
Mercadoria para
revenda
58 58 ETQ 18 X 70 FOSCO ADES
EMBALAGEM UN 300,0
0 X09 102 000 99 99 48219000
Mercadoria para revenda
59 59 BOBINA DE PAPEL ITAUNA 60 CM
EMBALAGEM KG 100,2
6 X09 102 000 99 99 48059100
Mercadoria para revenda
60 60 PRATO BRANCO 21CM CX 500 DU DIGO 60
EMBALAGEM UN 421,0
0 X09 101 000 99 99 39241000
Mercadoria para revenda
61 61 BOBINA FREEZER 2KG MEGA MIL 61
EMBALAGEM UN 12,00 X09 101 000 99 99 39232190
Mercadoria para revenda
62 62 BOBINA FREEZER 3 KG MEGA MIL 62
EMBALAGEM UN 72,00 X09 101 000 99 99 39232190
Mercado
ria para revenda
63 63 BOBINA FREEZER 5 KG MEGA MIL 63
EMBALAGEM UN 168,0
0 X09 101 000 99 99 39232190
Mercado
ria para revenda
64 64 BOBINA FREEZER
7KG MEGA MIL 64 EMBALAGEM UN 0,00 X09 101 000 99 99 39232190
Mercado
ria para revenda
65 65
FILME PVC EST
380MMX10 ORLEPLAST 65
EMBALAGEM UN 6,00 X09 101 000 99 99 39204390
Mercadoria para
revenda
66 66 FILME PVC EST 400MMX10
ORLEPLAST 66
EMBALAGEM UN 7,00 X09 101 000 99 99 39204390
Mercadoria para
revenda
67 67 FILME PVC EST 400MMX09
ORLEPLAST 67
EMBALAGEM UN 1,00 X09 101 000 99 99 39204390
Mercadoria para
revenda
68 68 FILME PVC EST 380MMX300M
ORLEPLAST 68
EMBALAGEM UN 0,00 X09 101 000 99 99 39204390
Mercadoria para
revenda
69 69 FILME PVC EST 300MMX09
ORLEPLAST 69
EMBALAGEM UN 2,00 X09 101 000 99 99 39204390
Mercadoria para revenda
70 70 TAMPA 100 MM ALLUPACK 70
EMBALAGEM UN 24,00 X09 101 000 99 99 76071190
Mercadoria para revenda
71 71 TAMPA 120MM ALLUPACK 71
EMBALAGEM UN 12,00 X09 101 000 99 99 76071190
Mercadoria para revenda
72 72 TAMPA DE ALUMINIO 150 M ALLUPACK 72
EMBALAGEM UN 31,00 X09 101 000 99 99 76071190
124
Mercado
ria para revenda
73 73 SACO LIXO 100L
GILMAR 73 EMBALAGEM UN 24,00 X09 101 500 99 99 39232110
Mercado
ria para revenda
74 74 SACO LIXO 30L
GILMAR 74 EMBALAGEM UN 7,00 X09 101 500 99 99 39232110
Mercadoria para
revenda
75 75 SACO LIXO 50L
GILMAR 75 EMBALAGEM UN 24,00 X09 101 500 99 99 39232110
Mercadoria para
revenda
76 76 BALÃO LISO AZUL
REGINA 76 EMBALAGEM UN 2,00 X09 101 000 99 99 95030099
Mercadoria para
revenda
77 77 BALÃO LISO BRANCO REGINA
77
EMBALAGEM UN 4,00 X09 101 000 99 99 95030099
Mercadoria para
revenda
78 78 BALÃO LISO VERMELHO
REGINA 78
EMBALAGEM UN 2,00 X09 101 000 99 99 95030099
Mercadoria para revenda
79 79 BALAO LISO AMARELO REGINA 79
EMBALAGEM UN 2,00 X09 101 000 99 99 95030099
Mercadoria para revenda
80 80 BALAO LISO VERDE LIMAO REGINA 80
EMBALAGEM UN 5,00 X09 101 000 99 99 95030099
Mercadoria para revenda
81 81 PRATO BRANCO NR07 RIO VERDE 81
EMBALAGEM UN 19,00 X09 500 010 99 99 48236900
Mercadoria para revenda
82 82 PRATO BRANCO NR 08 RIO VERDE 82
EMBALAGEM UN 25,00 X09 500 010 99 99 48236900
Mercado
ria para revenda
83 83 PRATO PINHO NR 08 RIO VERDE 83
EMBALAGEM UN 15,00 X09 500 010 99 99 48236900
Mercado
ria para revenda
84 84
PRATO BRANCO
NR 10 RIOP VERDE 84
EMBALAGEM UN 21,00 X09 500 010 99 99 48236900
Mercado
ria para revenda
85 85
PRATO BRANCO
NR 06 RIO VERDE 85
EMBALAGEM UN 8,00 X09 500 010 99 99 48236900
Mercado
ria para revenda
86 86
GUARDANAPO FLOR DE LISS
20X20X50XBENTOPEL 86
EMBALAGEM UN 39,00 X09 500 010 99 99 48183000
Mercado
ria para revenda
87 87 PAPEL COZINHA 12X2 BENTOPEL 87
EMBALAGEM UN 30,00 X09 500 010 99 99 48182000
Mercado
ria para revenda
88 88
PAPEL TOALHA
INTER. M E P BRANCA 20X21 BENTOPEL 88
EMBALAGEM UN 24,00 X09 500 010 99 99 48182000
Mercadoria para revenda
89 89 CANUDO BRANCO C/ LISTRAS PLAZAPEL 89
EMBALAGEM UN 113,0
0 X09 500 010 99 99 39241000
Mercadoria para revenda
90 90
CANUDO
COMPRIDO MILK SHAKE PLAZAPEL 90
EMBALAGEM UN 19,00 X09 500 010 99 99 39241000
Mercadoria para revenda
91 91 CANUDOP INDIV. 25CM 100UNI PLAZAPEL 91
EMBALAGEM UN 19,00 X09 500 010 99 99 39241000
Mercado 92 92 CANUDO EMBALAGEM UN 108,0 X09 500 010 99 99 39241000
125
ria para
revenda
REFRI.25CM 800
UNPLAZAPEL 92
0
Mercadoria para
revenda
93 93 CANUDO VITAMINA 25 CM 400UN
PLAZAPEL 93
EMBALAGEM UN 140,0
0 X09 500 010 99 99 39241000
Mercadoria para
revenda
94 94
COLHER SOBREMESA MISTA PLAZAPEL
94
EMBALAGEM UN 160,0
0 X09 500 010 99 99 39241000
Mercadoria para
revenda
95 95 COLHER SOBREMESA ESP.
CRISTAL 95
EMBALAGEM UN 320,0
0 X09 500 010 99 99 39241000
Mercadoria para
revenda
96 96
CANUDO COMPRIDO MILK
SHAKE REFOR. 400U ZAPELINI 96
EMBALAGEM UN 75,00 X09 500 010 99 99 39241000
Mercado
ria para revenda
97 97
CANUDO VITAMINA
+ GROSSO 200UN ZAPELINI 97
EMBALAGEM UN 25,00 X09 500 010 99 99 39241000
Mercadoria para
revenda
98 98 COLHER CRISTAL
10X50 REGINA 98 EMBALAGEM UN
130,0
0 X09 101 000 99 99 39241000
Mercadoria para
revenda
99 99 GARFO CRISTAL
REGINA 99 EMBALAGEM UN 20,00 X09 101 000 99 99 39241000
Mercadoria para
revenda
100 100
PALITO P/CHURRASQUINH
O 50X50 REGINA 100
EMBALAGEM UN 46,00 X09 101 000 99 99 44219000
Mercadoria para
revenda
101 101 SACO PAPEL BCO HOT DOG REGINA
101
EMBALAGEM UN 9,00 X09 101 000 99 99 48025499
Mercado
ria para revenda
102 102
BICO PLASTICO DECORADOR COM
SAQUINHO REGINA 102
EMBALAGEM UN 4,00 X09 101 000 99 99 39241000
Mercado
ria para revenda
103 103
COLHER
SOBREMESA ESP. GRANEL PLAZAPEL 103
EMBALAGEM CX 3,00 X09 102 010 99 99 39241000
Mercadoria para revenda
104 104 BANDEJA EPS MOD. FR 02 FIBRAFORM 104
EMBALAGEM UN 28,00 X09 102 010 99 99 39239000
Ilustração 30: Relatório de Estoque João Feiten – EPP. Fonte: Relatório gerado em 17 de outubro de 2015, às 15h06min, por meio do sistema CLIPP, com
número de registros 103 (2015).
126
APÊNDICE E - Planilha para Controle de Estoque Semanalmente
PRODUTO QUANTIDADE
SACOLA BIO TIPO B STANDARD 38X48- CX CARTAPLAST 2
SACOLA BIO TIPO B LESS 30X40- CX CARTAPLAST 3
SACOLA BIO TIPO B STANDARD 48X58- CX CARTAPLAST 4
SACOLA BIO TIPO B LESS 60X75- UN CARTAPLAST 5
PAPEL PADARIA LIGTH- PC 3,5 KG CAPRICE 06
PAPEL BRANCO LIGTH- PC 3,5 KG CAPRICE 07
SACO PAPEL KN LIGTH- 1/2 KG CAPRICE 8
SACO PAPEL KN LIGTH - 2KG CAPRICE 9
CX DOCE ALF 30X22X5 BRANCA UN REAL 10
CX DOCE ALF 30X22X5 PARDA UN REAL 11
CX DOCE G 38X28X5 PARDA UN REAL 12
CX DOCE GG 42X28X5 UN REAL 13
SACOLA BIO TIPO B STANDARD 60X75 UN CARTAPLAST 14
CX PIZZA 30 CM BRANCA REAL 15
CX PIZZA 35 CM BRANCA REAL 16
CX PIZZA 40 CM BRANCA REAL 17
SACOLA BIO TIPO B STANDARD 80X100 CARTAPLAST 18
COPO CP150TES/ABNT12MT 2500UC UN ZANATTA 19
COPO CP200TES/ABNT12MT2500UC UN ZANATTA 20
COPO CP300T/ABNT12MT2000UC UN ZANATTA 21
PRATO PR150/3MT 1000UC UN ZANATTA 22
PRATO PR210/3MT 500UC UN ZANATTA 23
BANDEJA MOD. FR01 15X15X1,5CM 100UN UFIBRAFORM 24
BANDEJA MOD. FR03 18X24X1,5CM 100UN FIBRAFORM 25
BANDEJA MOD. FF03 18X24X2,5CM 100UN FIBRAFORM 26
BANDEJA MOD. D30 30CM UN FIBRAFORM 27
BANDEJ MOD. FR04 15X27,5X1,5CM 100 UN FIBRAFORM 28
COB GTS M AMARGO TOP 10X1,050KG UN HARALD 29
COB BARRA BLACK TOP 10X1,050KG UN HARALD 30
COB GTS BLEND TOP 10X1,05KG UN HARALD 31
FILME PVC EST 380MM X 09 C/1000M -RF UN ORLEPLAST
FILME PVC EST 280MMX100M DOMEST ORLEPLAST 33
FILME PVC 280MMX300 SEMI PROFI. ORLEPLAST 34
LUVA LATEX M C-PO 100UN TALGE 35
TOUCA PROT TNT 100UN TALGE 36
SACOS P/ LIXO 110 LTS X 008 PRETO 100UN PERONDI 37
PRATO LAMINADO N 6 UN RM 38
127
PRATO LAMINADO N 7 UN RM 39
TORTA FRIA LAMINADO UN RM 40
PRATO PF120/3MT UN ZANATTA 41
PRATO PR 180/2MT UN ZANATTA 42
PRATO PR260/3MT UN ZANATTA 43
COPO CB80ES/ABNTMT 100UN ZANATTA 44
T 9 AL ALUM C/100 TERMICA 45
T 9 MANUAL EMB. ALUM.C/100 TERMICA 46
T 184 EMB. ALUM. C/100 TERMICA 47
BOB.ALUM. 30 CM X 7,5 TERMICA 48
BOB. ALUM. 30 CM X 100 M TERMICA 49
T 120 EMB. ALUM. C/100
T 131 EMB. ALUM.C/100
T 170 EMB. ALUM C/100
T 9 AL LG EMB. ALUM C/100
T 200 EMB. ALUM C/100
BOB. ALUM. 45 X 7,5
ETQ 40 X 40 TERMICA C/ 30 M
ETQ 61 X 75 TERMICA ADES C/ 30 CM
ETQ 18 X 70 FOSCO ADES
BOBINA DE PAPEL ITAUNA 60 CM
PRATO BRANCO 21CM CX 500 DU DIGO 60
BOBINA FREEZER 2KG MEGA MIL 61
BOBINA FREEZER 3 KG MEGA MIL 62
BOBINA FREEZER 5 KG MEGA MIL 63
BOBINA FREEZER 7KG MEGA MIL 64
FILME PVC EST 380MMX10 ORLEPLAST 65
FILME PVC EST 400MMX10 ORLEPLAST 66
FILME PVC EST 400MMX09 ORLEPLAST 67
FILME PVC EST 380MMX300M ORLEPLAST 68
FILME PVC EST 300MMX09 ORLEPLAST 69
TAMPA 100 MM ALLUPACK 70
TAMPA 120MM ALLUPACK 71
TAMPA DE ALUMINIO 150 M ALLUPACK 72
SACO LIXO 100L GILMAR 73
SACO LIXO 30L GILMAR 74
SACO LIXO 50L GILMAR 75
BALÃO LISO AZUL REGINA 76
BALÃO LISO BRANCO REGINA 77
BALÃO LISO VERMELHO REGINA 78
BALAO LISO AMARELO REGINA 79
BALAO LISO VERDE LIMAO REGINA 80
PRATO BRANCO NR07 RIO VERDE 81
PRATO BRANCO NR 08 RIO VERDE 82
PRATO PINHO NR 08 RIO VERDE 83
128
PRATO BRANCO NR 10 RIOP VERDE 84
PRATO BRANCO NR 06 RIO VERDE 85
GUARDANAPO FLOR DE LISS 20X20X50XBENTOPEL 86
PAPEL COZINHA 12X2 BENTOPEL 87
PAPEL TOALHA INTER. M E P BRANCA 20X21 BENTOPEL 88
CANUDO BRANCO C/ LISTRAS PLAZAPEL 89
CANUDO COMPRIDO MILK SHAKE PLAZAPEL 90
CANUDOP INDIV. 25CM 100UNI PLAZAPEL 91
CANUDO REFRI.25CM 800 UNPLAZAPEL 92
CANUDO VITAMINA 25 CM 400UN PLAZAPEL 93
COLHER SOBREMESA MISTA PLAZAPEL 94
COLHER SOBREMESA ESP. CRISTAL 95
CANUDO COMPRIDO MILK SHAKE REFOR. 400U ZAPELINI 96
CANUDO VITAMINA + GROSSO 200UN ZAPELINI 97
COLHER CRISTAL 10X50 REGINA 98
GARFO CRISTAL REGINA 99
PALITO P/CHURRASQUINHO 50X50 REGINA 100
SACO PAPEL BCO HOT DOG REGINA 101
BICO PLASTICO DECORADOR COM SAQUINHO REGINA 102
COLHER SOBREMESA ESP. GRANEL PLAZAPEL 103
BANDEJA EPS MOD. FR 02 FIBRAFORM 104
Ilustração 31: Planilha para Controle de Estoque Semanalmente. Fonte: produção da pesquisadora.