FUNGOS

14
Escola Estadual “Doutor Arthur Bernardes” Fungos Aluna: Lorena Calixto Turma: 2P7 Profª: Fernanda

Transcript of FUNGOS

Escola Estadual Doutor Arthur Bernardes

Fungos

Aluna: Lorena CalixtoTurma: 2P7Prof: Fernanda

FUNGOSOs fungos so microrganismos unicelulares (leveduras) ou multicelulares (filamentosos), formados por clulas eucariticas. De modo geral, os fungos so aerbios, entretanto alguns esto envolvidos nos processos fermentativos. Pertencem ao Reino Fungi, segundo a classificao de Robert Whittake em 1969 ou ao domnio Eukaryota, proposto por Thomas Cavalier-Smith em 2003. Os fungos apresentam estruturas microscpicas e macroscpicas e seus principais representantes so os bolores, mofos, levedos, cogumelos de chapu (conhecidos popularmente como Champignon).

Importncia dos Fungos

Os produtos produzidos pelos fungos possuem grande importncia econmica:- A penicilina foi o primeiro antibitico descoberto por Fleming em 1929, cuja substncia produzida pelo fungo Penicillium.- Algumas espcies so comestveis, conhecidas popularmente como Shitake, Shimeji, Champignon, dentre outros. Entretanto, outras so txicas como o Aspergillus flavus e podem ser encontradas na produo agrcola de milho, nozes, amendoim que libera a aflatoxina que so substncias capazes de provocar cncer no fgado. - Os produtos do metabolismo energtico, fermentao, da levedura Saccharomyces cerevisiae so utilizados tanto na produo do po, onde o fermento biolgico, que contm o extrato do fungo, libera dixido de carbono na presena do acar, fazendo a massa do po crescer. Esse fungo ainda utilizado na produo de bebidas alcolicas uma vez que o mesmo converte a glicose (acar) em etanol durante o processo de fermentao.Alm disso, h espcies de fungos patognicas que causam doenas denominadas micoses como, por exemplo, as frieiras, sapinho, histoplasmose, candidase, dentre outras. Alguns fungos podem estabelecer associaes com outros organismos, como algas e razes, denominadas, respectivamente, lquens e micorrizas, sendo benficas para ambas as partes, tal associao denominada mutualismo.

Ao Decompositora dos Fungos

Como no podem sintetizar molculas orgnicas a partir de molculas inorgnicas como fazem as plantas, os fungos so heterotrficos e obtm energia degradando material orgnico depositado na natureza e colonizado por eles. Esses organismos secretam enzimas no substrato onde se encontram e absorvem as molculas resultantes da ao dessas enzimas. Com isso, alm de obterem nutrientes para seu crescimento tambm disponibilizam os produtos resultantes da degradao para ao de outros microrganismos, e por essa razo so os degradadores primrios de material orgnico na natureza, participando ativamente nos ciclos de carbono, nitrognio e fsforo alm de outros nutrientes. A lignina, celulose e hemicelulose so molculas persistentes na natureza e esto presentes no tecido dos vegetais. Sem a atuao dos fungos no seria possvel a reciclagem desse material. Isso porque a lignina, um dos constituintes da parede celular dos vegetais, apresenta grande estabilidade qumica e por essa razo apresenta considervel resistncia no meio ambiente. Os fungos basidiomicetos lignocelulolticos, ao que parece, so os nicos organismos que possuem enzimas capazes de desestabilizar as molculas de lignina e assim, reciclar essa matria orgnica disponibilizando os produtos da degradao para ao de outros microrganismos e o crescimento de outras plantas e eventualmente de animais.

Ao Parasitria dos Fungos

Uma variedade de fungos so parasitas e causam doenas em plantas e animais, inclusive na espcie humana, causando infeces graves, com leses profundas na pele e em rgos internos da pessoa.J nas plantas, os fungos provocam doenas como a ferrugem, que atacam o cafeeiro e outras plantas economicamente importantes.Denominam-se micoses s infeces humanas ou animais originadas por fungos. Os fungos se desenvolvem efetivamente na pele humana e de animais, por meio de estruturas filamentosas ramificadas e septadas denominadas "hifas". O conjunto das hifas constitui o chamado "miclio", o qual se nutre de uma protena existente na superfcie da pele denominada queratina. Por esta razo so tambm denominados fungos ceratinoflicos. So infeces que se desenvolvem e proliferam rapidamente, na maioria das vezes em que h um excesso de calor e umidade. Infeces causadas por espcies dos gneros Epidermophyton, Microsporum e Trichophyto; afetam cabelo, unhas e camadas superficiais da pele e mucosas. P de atleta, frieira, micose de praia, pano branco so alguns tipos dessas micoses. Outros fungos afetam as camadas mais profundas da pele e podem tambm atingir os rgos internos.Blastomicose: micose devida inalao de condios do fungo Blastomyces dermatidis, da subdiviso Ascomycotina, que afeta primordialmente os pulmes. No pulmo, os condios transformam-se em leveduras que causam uma broncopneumonia, de inicio insidioso, com tosse seca ou produtiva, dor torcica, febre, calafrios e dispneia.

Ao Fermentativa dos Fungos

Muito fungos so aerbios, isto , realizam a respirao, mas alguns so anaerbios e realizam a fermentao.Destes ltimos, alguns so utilizados no processo de fabricao de bebidas alcolicas, como a cerveja e o vinho, e no processo de preparao do po. Nesses processos, o fungo utilizado pertence espcie Saccharomyces cerevisiae, capaz de transformar o acar em lcool etlico e CO2 (fermentao alcolica), na ausncia de O2. Na presena de O2 realizam a respirao. Eles so, por isso, chamados de anaerbios facultativos. Outros exemplos de bebidas fermentadas so: o usque e a cerveja.A fabricao de alguns queijos processada por fungos. Os queijos Camembert so processados por Penicillium camembertii e o Penicillium caseiolum. Os queijos Roquefort azuis so produzidos atravs da ao fermentativa do Penicillium roquefortii. Pes e massas: Os levedos Saccharomyces cerevisiae so os fungos utilizados na fabricao de pes, na forma de fermento biolgico. Cada tablete de fermento contm milhes de levedos. Ao serem misturados massa, os levedos utilizam os acares presentes nela para produzir energia e nesse processo liberam gs carbnico, ocasionando a fermentao, e fazendo a massa crescer.Produtos orientais: O shoyu um molho produzido a partir da fermentao de gros de soja com a participao do fungo Aspergillus oryzae. O miss uma pasta fina produzida com gros de soja apenas ou com gros de arroz ou cevada acrescido. Os fungos aplicados na produo do mis so Saccharomyces rouxii e Aspergillus oryzae.

Ao Antibitica

Em 1928, Alexander Fleming observou que o crescimento de bactrias Staphylococcus aureus era inibido na rea ao redor de um fungo que haviam contaminado a placa de petri. Esta descoberta foi completamente acidental.Aparentemente o fungou inibiu e matou as bactrias ao redor da colnia de fungos. Estudos deste fenmeno mostraram que o fungo do gnero Penicillium produzia uma substncia contra estafilococos. Fleming denominou a substncia descoberta de penicilina. A descoberta da Penicilina e a subsequente utilizao para o tratamento de feridos da guerra introduziram a era moderna dos antibiticos. A partir de ento, os fungos comearam a ser empregados na produo de antibiticos e outros medicamentos.Foi do ascomiceto Penicillium chrysogenum que se extraiu originalmente a penicilina, um dos primeiros antibiticos a ser empregado com sucesso no combate a infeces causadas por bactrias.

Ao venenosa e alucingena

Certos fungos produzem toxinas poderosas, que vm sendo objeto da pesquisa farmacutica. Muitos fungos produzem substncias denominadas ciclopeptdios, capazes de inibir a sntese de RNA mensageiro nas clulas animais. Basta a ingesto de um nico corpo de frutificao (cogumelo) do basidiomiceto Amanita phalloides, por exemplo, para causar a morte de uma pessoa. Um fungo muito estudado do ponto de vista farmacutico foi o ascomiceto Claviceps purpurea, popularmente conhecido como ergotina. Foi dele que se extraiu originalmente o cido lisrgico, ou LSD, substncia alucingena que ficou famosa na dcada de 1970. A ergotina cresce sobre gros de cereal, principalmente centeio e trigo. Cereais contaminados por ergotina causaram, no passado, intoxicaes em massa, com muitas mortes. Desde o sculo XVI as parteiras j conheciam uma propriedade farmacutica da ergotina: se ingerida em pequenas quantidades, acelera as contraes uterinas durante o parto.

Micorrizas

Micorrizas so associaes simbiticas entre fungos e razes. Essas associaes so mutualsticas e tanto as razes quanto so beneficiados. A maioria das pteridfitas, gimnospermas e angiospermas fazem esse tipo de associao. Estudos sugerem que estas associaes foram muito importantes para a conquista do ambiente terrestre pelas plantas, pois na poca das primeiras colonizaes os solos eram muito pobres em nutrientes, ento os fungos ajudavam na absoro de nutrientes como ferro, fsforo, etc. Os fungos auxiliam as plantas na absoro de nutrientes (especialmente o fsforo) do solo e da gua e na proteo contra fungos patognicos e pequenos vermes cilndricos. Em troca, a planta fornece ao fungo vrias substncias orgnicas essenciais ao crescimento como carboidratos e vitaminas. Essa associao muito importante, a ponto de certas plantas s sobreviverem na presena do fungo.

Existem dois tipos de micorrizas:Endomicorrizas: so micorrizas que penetram nas clulas da raiz, porm sem penetrar no protoplasma, aumentando a superfcie de absoro e trocas da clula. Tambm se espalham pelo solo que est em contato com a raiz, para aumentar a superfcie de absoro. A maior parte das micorrizas (cerca de 80%) so endomicorrizas.Ectomicorrizas: o fungo no penetra nas clulas da raiz, apenas as circunda. Normalmente ocorre em alguns grupos de rvores e arbustos que habitam regies temperadas, como carvalhos, salgueiros, pinheiros, etc. Em regies onde o frio intenso em algumas pocas do ano, ou ento a planta precisa enfrentar um perodo de seca, as ectomicorrizas ajudam as plantas resistirem a estas condies.

Basidiomicetos

Nesse grande grupo encontram-se os fungos mais comumente conhecidos, tais como os champignons e outros cogumelos e as orelhas-de-pau. Os basidiomicetos distinguem-se dos restantes fungos pela produo de basidisporos, que se formam a partir de uma estrutura esporfera denominada basdio. O miclio desses organismos constitudos por hifas septadas, geralmente dispersas subterraneamente ou no interior de madeira apodrecida. No processo reprodutivo desenvolvem-se hifas especializadas, que se organizam formando corpos de frutificao, os basidiocarpos. Em geral, eles tm a forma de um guarda-chuva, como nos cogumelos, ou de prateleira dispostas em um tronco de rvore, no caso das orelhas-de-pau.

Cogumelos Comestveis

Muitos fungos so comestveis e utilizados na alimentao humana. o caso dos cogumelos, como o champignon e o shitake. Os cogumelos comestveis so os corpos frutferos de algumas espcies desses fungos, que podem ser consumidos pelas pessoas devido ao seu valor nutricional e em alguns casos at medicinal.

Champignon: O champignon um cogumelo comestvel da famlia das agaricceas, pertencente espcie Agaricus bisporus ou A. bitorquis, A. campestris, entre outras.Por oferecer baixo teor de gordura e ser rico em protenas, o champignon um alimento muito saudvel. Em sua composio podemos encontrar cerca de 90 % de gua e nos 10% restantes, h uma grande quantidade de protenas, 18 aminocidos, clcio, ferro, cobre, zinco, vitamina C e folato. considerado "a carne vegetal" na Europa e sia, devido aos seus valores nutricionais.

Shiitake: O shiitake (Lentinula edodes) um cogumelo comestvel nativo do leste da sia. A espcie hoje em dia o segundo cogumelo comestvel mais consumido no mundo, incorporado desde h muito nos hbitos alimentares dos povos asiticos. Na natureza, o shiitake pode ser encontrado em florestas asiticas, onde se desenvolve em rvores mortas. um fungo aerbio, decompositor de madeira, que degrada celulose e lignina para obter energia.O shiitake nutritivo, rico em protenas, contendo em relao matria seca 17,5% de protenas, com nove aminocidos essenciais.

Shimeji: O shimeji uma espcie de fungo comestvel, rico em vitamina B12. Inicialmente cultivado em pases orientais, hoje difundido em todo o mundo. O shimeji tem duas variaes popularmente conhecidos como shimeji preto e o shimeji branco. Seu nome cientfico: Pleurotus ostreatus. A diferena da colorao se deve ao mtodo de cultivo e variao gentica.

Este cogumelo cresce em pencas, com um chapu, e cresce at cerca de 2 centmetros de dimetro. Tambm possui nveis nutricionais elevados e baixo ndice de calorias, o que o torna ideal para dietas.

Hiratake: Encontramos o Hiratake mais facilmente nas cores salmo, cinza e branco, todos com caractersticas semelhantes. Alm de sua beleza esttica singular, o Hiratake possui propriedades teraputicas muito importantes, sendo especialmente utilizado para o controle do colesterol. Alm de muito saboroso, perfumado e ligeiramente adocicado.

Liquens

Os liquens so associaes simbiticas de mutualismo entre fungos e algas. Os fungos que formam liquens so, em sua grande maioria, ascomicetos (98%), sendo o restante, basidiomicetos. As algas envolvidas nesta associao so as clorofceas e cianobactrias. Os fungos desta associao recebem o nome de micobionte e a alga, fotobionte, pois o organismo fotossintetizante da associao.A natureza dupla do lquen facilmente demonstrada atravs do cultivo separado de seus componentes. Na associao, os fungos tomam formas diferentes daquelas que tinha quando isolados, grande parte do corpo do lquen formado pelo fungo.Os liquens no apresentam estruturas de reproduo sexuada. O micobionte pode formar condios, ascsporos ou basidisporos. Os esporos formados pelos fungos do lquen germinam quando entram em contato com alguma clorofcea ou cianobactria. O fotobionte se reproduz vegetativamente. Os lquens possuem ampla distribuio e habitam as mais diferentes regies. Normalmente os liquens so organismos pioneiros em um local, pois sobrevivem em locais de grande estresse ecolgico. Podem viver em locais como superfcies de rochas, folhas, no solo, nos troncos de rvores, picos alpinos, etc. Existem liquens que so substratos para outros liquens.A capacidade do liquen de viver em locais de alto estresse ecolgico deve-se a sua alta capacidade de dessecao. Quando um lquen desseca, a fotossntese interrompida e ele no sofre pela alta iluminao, escassez de gua ou altas temperaturas. Por conta desta baixa na taxa de fotossntese, os liquens apresentam baixa taxa de crescimento.

Fontes:http://www.infopedia.pt/$basidiomicetoshttp://dnabiologico.blogspot.com.br/2012/07/fungos-comestiveis.htmlhttp://www.escolakids.com/fungos.htmhttp://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos/biofungos.php