Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO SANTO ANDRÉ FILIPE SALOMÃO LEONARDO GRATTAROLA Fusões de Instituições Bancárias no Brasil: Um Estudo Comparativo dos Desempenhos Econômico- Financeiros Anteriores e Posteriores à Fusão. SANTO ANDRÉ - SP 2012

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Essa monografia analisa o desempenho econômico-financeiro nos anos que antecederam e também nos que sucederam o processo de fusão dos bancos Itaú e Unibanco e também da fusão dos bancos Real e Santander, visando identificar os reflexos da fusão em cada processo. Para a comparação desses dois tempos, houve o levantamento documental e uma revisão bibliográfica referente ao tema proposto. Dentre os dados analisados, estão dados contábeis e financeiros das instituições dos anos de 2007, 2008, 2009 e 2010. Serão utilizados um procedimento de comparação e uma abordagem dedutiva dos dados entre os anos anteriores e posteriores. O levantamento dos dados foi feito através dos sites dos bancos analisados e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO SANTO ANDRÉ

FILIPE SALOMÃO

LEONARDO GRATTAROLA

Fusões de Instituições Bancárias no Brasil:

Um Estudo Comparativo dos Desempenhos Econômico-

Financeiros Anteriores e Posteriores à Fusão.

SANTO ANDRÉ - SP

2012

Page 2: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

FILIPE SALOMÃO

LEONARDO GRATTAROLA

Fusões de Instituições Bancárias no Brasil:

Um Estudo Comparativo dos Desempenhos Econômico-

Financeiros Anteriores e Posteriores à Fusão.

Monografia apresentada como exigência

parcial para obtenção do título de

Especialista em Banking - Gestão de

Negócios Financeiros, ao Centro de Pós-

Graduação, Pesquisa e Extensão do

Centro Universitário Fundação Santo

André

Orientador:

Prof. Dr. Eduardo Braga

SANTO ANDRÉ - SP

2012

Page 3: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

Salomão, Filipe

Fusões de Instituições Bancárias no Brasil:

Um Estudo Comparativo dos Desempenhos Econômico-Financeiros

Anteriores e Posteriores à Fusão. / Filipe Salomão, Leonardo

Grattarola. - Santo André, 2012. – 64 f.

Monografia – Centro Universitário Fundação Santo André.

Pós graduação. Banking - Gestão de Negócios Financeiros

Orientador: Dr. Eduardo Braga

1º Fusão 2º Desempenho econômico-financeiro 3º sistema bancário

I. Grattarola, Leonardo II. Título

Page 4: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

FILIPE SALOMÃO

LEONARDO GRATTAROLA

Fusões de Instituições Bancárias no Brasil:

Um Estudo Comparativo dos Desempenhos Econômico-

Financeiros Anteriores e Posteriores à Fusão.

Esta monografia foi apresentada como exigência parcial para obtenção do título de

Especialista em Banking - Gestão de Negócios Financeiros, ao Centro de Pós-

Graduação, Pesquisa e Extensão do Centro Universitário Fundação Santo André

Data: ___ / ___ / ___

_____________________________________

Orientador:

Prof. Dr. Eduardo Braga

Professores que compuseram a banca:

_____________________________________

Prof. ____________________

_____________________________________

Prof. ___________________

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos a todos os Seres Divinos que nos auxiliaram no transcorrer da

elaboração desta monografia e acima de tudo agradecemos a Deus pelo presente:

as nossas vidas.

Ao professor Eduardo Braga por sua dedicação, entusiasmo e conhecimento para

orientação deste trabalho.

E aos nossos familiares e amigos pela motivação e companheirismo, nos

encorajando e apoiando durante o decorrer do estudos.

Filipe: Mesmo que a palavra "obrigado" signifique tanto, não expressará tudo o que

gostaria de demonstrar por mais uma fase completada.

Agradeço aos meus pais, Jorge e Neide, dos quais tenho orgulho e são meus

maiores exemplos. Aos meus irmãos, Gabriela e Rafael, outros exemplos do que

fazer e, às vezes, do que não fazer.

A minha melhor amiga e namorada Bruna, por toda a ajuda, por todo amor, carinho,

que tem me dedicado.

Aos meus colegas de classe e trabalho e aos meus amigos que nos momentos de

exaustão sempre foram uma válvula de escape. Obrigada a todos.

Obrigado a Deus por toda a sorte que tenho!

Leonardo: Agradeço o amor, compreensão, união e força de meus pais, Stefano e

Idevania, minha irmã Gabriella e minha companheira Mayara.

Aos meus amigos e colegas, companheiros e alegrias para todos os momentos bons

e de dificuldade, somente tenho que agradecer por tudo.

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"Veni, Vidi, Vici.''

Júlio César, 47 a.C.

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RESUMO

Essa monografia analisa o desempenho econômico-financeiro nos anos que

antecederam e também nos que sucederam o processo de fusão dos bancos Itaú e

Unibanco e também da fusão dos bancos Real e Santander, visando identificar os

reflexos da fusão em cada processo. Para a comparação desses dois tempos, houve

o levantamento documental e uma revisão bibliográfica referente ao tema proposto.

Dentre os dados analisados, estão dados contábeis e financeiros das instituições

dos anos de 2007, 2008, 2009 e 2010. Serão utilizados um procedimento de

comparação e uma abordagem dedutiva dos dados entre os anos anteriores e

posteriores. O levantamento dos dados foi feito através dos sites dos bancos

analisados e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Palavras-chave: Fusão Desempenho econômico-financeiro Sistema bancário.

Page 8: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

ABSTRACT

This monograph analyzing financial performance in the years before and also in the

process that followed the merger of Itaú and Unibanco banks and also the merger of

Royal Bank and Santander, to identify the consequences of the merger in each

process. To compare these two times, there was a documentary survey and a

literature review on the topic proposed. Among the analyzed data are accounting

data and financial institutions in the years 2007, 2008, 2009 and 2010. A procedure

will be used for comparison and a deductive approach of data between the previous

and subsequent years. Data collection was done through the websites of banks

analyzed and the site of the Securities Commission (CVM).

Keywords: Merger Financial performance The banking system.

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LISTA DE FIGURAS

Imagem 1: Logo Real ............................................................................................... 31

Imagem 2: Logo Santander ...................................................................................... 32

Imagem 3: Logo Unibanco ........................................................................................ 34

Imagem 4: Logo Itaú ................................................................................................. 35

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LISTA DE GRÁFICOS E FORMULAS

Gráfico 1: Spread ..................................................................................................... 42

Gráfico 2: Leverage .................................................................................................. 43

Gráfico 3: RPL ........................................................................................................... 45

Gráfico 4: RIT ............................................................................................................ 46

Gráfico 5: Margem Financeira ................................................................................... 47

Fórmula 1 ................................................................................................................. 42

Fórmula 2 .................................................................................................................. 43

Fórmula 3 .................................................................................................................. 45

Fórmula 4 .................................................................................................................. 46

Fórmula 5 .................................................................................................................. 47

Page 11: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11

1.1 Objetivos .......................................................................................................... 12

1.1.1 Objetivo Geral ............................................................................................ 12

1.1.2 Objetivos Específicos ................................................................................. 12

1.2 Justificativas .................................................................................................... 13

1.3 Procedimentos metodológicos ......................................................................... 13

1.4 Delimitações da pesquisa ................................................................................ 13

1.5 Estrutura do trabalho ....................................................................................... 14

2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 15

2.1 Motivos ............................................................................................................ 15

2.1.1 Transformação ........................................................................................... 17

2.1.2 Cisão .......................................................................................................... 17

2.1.3 Fusão ......................................................................................................... 18

2.2 Desvantagens .................................................................................................. 19

2.3 Métricas de Desempenho das organizações. .................................................. 21

3. DADOS SOBRE FUSÔES .................................................................................... 25

3.1 As grandes fusões do Brasil e a interferência do CADE. ................................. 25

3.2 Cadê ................................................................................................................ 28

4. METODOLOGIA ESTUDO DE CASO - ANALISE DO DESEMPENHO

ECONÔMICO-FINANCEIRO ..................................................................................... 31

4.1 Históricos dos Bancos ..................................................................................... 31

4.1.1 Banco Real ................................................................................................ 31

4.1.2 Santander .................................................................................................. 32

4.1.3 Unibanco .................................................................................................... 34

4.1.4 Itaú ............................................................................................................. 35

4.2 Demonstrativos contábeis ................................................................................ 37

4.3 Índices ............................................................................................................. 38

4.3.1 Solvência e Liquidez .................................................................................. 39

4.3.2 Capital e Risco ........................................................................................... 39

4.3.3 Rentabilidade e lucratividade ..................................................................... 40

4.4 Analise dos resultados dos índices .................................................................. 40

Page 12: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

4.4.1 Spread Bancário ........................................................................................ 42

4.4.2 Leverage (alavancagem) ........................................................................... 43

4.4.3 Retorno sobre Patrimônio líquido............................................................... 45

4.4.4 Retorno sobre o Investimento Total ........................................................... 46

4.4.5 Margem Financeira .................................................................................... 47

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 48

5.1 RECOMENDAÇÕES PARA ESTUDOS FUTUROS ............................................ 49

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 50

ANEXO ...................................................................................................................... 58

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11

1 INTRODUÇÃO

O sistema financeiro brasileiro sofre muitas mudanças com o decorrer do tempo;

dentre as que mais afetam o segmento deste mercado estão as fusões, aquisições e

incorporações que ocorreram entre os bancos. A cada dia são criados diversas

especulações de novas fusões entre grandes bancos devido a problemas do

mercado interno e externo ou a tentativa de adquirir mais poder de mercado ou

fortalecimento da marca. Esses boatos muitas vezes se tornam fatos, como vários

exemplos que ocorreram dos últimos anos.

Os aspectos que motivaram essas grandes transformações são diversos, como a

alta concorrência interna e externa, a globalização e a busca por cada vez mais

lucros e spread das instituições. Essa monografia estuda duas grandes fusões, a

dos bancos Itaú e Unibanco e a aquisição do banco Real pelo Santander. Entende-

se aqui que fusão e aquisição que pode também ser descrita como incorporação têm

o mesmo sentido:

[...] explica que na primeira, desaparecem todas as sociedades que se fusionam, integrando-se suas empresas e seus sócios em uma nova sociedade, que para esse efeito se constitui; na segunda, uma ou mais sociedades dissolvem-se e são absorvidas por outra sociedade existente. Portanto, a fusão por criação de nova sociedade é a fusão propriamente dita ou fusão “latu sensu”, reservando alguns autores e legislações, o termo fusão para essa forma, opondo-a à fusão por absorção, a que denominam de incorporação. Mas, na realidade, em ambos os casos, há fusão de sociedades, pois o que é distinto é o procedimento para realizá-la. [...] Portanto, entende-se que apenas alguns aspectos formais e secundários se apresentam diversamente, não afetando a essência da fusão. (BUGARELI, 2000, p.71, apud SOUZA, 2011, p. 7).

Esses dois processos foram movidos pelos motivos citados anteriormente e

principalmente pela grande crise financeira que o mundo viveu nos últimos anos,

causado em grande parte pela crise Hipotecária dos Estados Unidos (EUA) ocorrida

em 2008, que fez com que houvesse redução do crédito no Brasil, dificultando

financiamentos de empresas e diminuindo o consumo das famílias brasileiras,

afetando assim o crescimento da economia do país. Porém os bancos brasileiros,

por conta das regulamentações e leis difundidas pelo sistema financeiro brasileiro,

conseguiu manter-se muito bem nesses tempos de crises. A fusão para os bancos é

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uma maneira de garantir a sua sobrevivência no cenário nacional, pois, com a fusão

a instituição ganha mercado e grande competitividade. Em um processo de

incorporação de empresas há fatores negativos também comuns à todos os

processos, que se pode citar como a exposição da marca, demissões de

funcionários/colaboradores causando assim grande insatisfação e anseios dos

demais que ficaram, além de incentivar protestos e manifestações. É necessário

respeitar os clientes de cada instituição e seus colaboradores, uma vez que

nenhuma transformação desta passa sem deixar rastros ou marcas. Por isso os

donos, sócios, acionistas e CEOs destas empresas tiveram alguns problemas

girando em torno das vantagens que eles queriam tirar dessas transações. Entre

pontos negativos e positivos, os resultados financeiros dessas fusões são a base

para o problema dessa pesquisa: Comparativamente, qual o resultado do

desempenho econômico-financeiro entre as instituições antes e o depois da fusão?

1.1 Objetivos

1.1.1 Objetivo Geral

Identificar as verdadeiras mudanças financeiras dentro de cada instituição depois da

fusão.

1.1.2 Objetivos Específicos

A partir do objetivo geral, delimitaram-se os seguintes objetivos específicos:

Analisar o desempenho econômico-financeiro dos bancos, antes da fusão, de forma

separada, somando-as para uma comparação futura;

Analisar o desempenho econômico-financeiro dos bancos, depois da fusão;

Analisar e comparar a evolução do desempenho econômico-financeiro de antes e

depois da fusão.

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Identificar as semelhanças e diferenças das evoluções entre as duas fusões

ocorridas no setor bancário.

1.2 Justificativas

Os riscos, dificuldades e problemas em uma fusão são inúmeras; o estudo visa

identificar os reais benefícios desse procedimento, para entender se é tão

benevolente ou lucrativo a ponto de colocar em risco o nome e marca de duas

grandes instituições. Com a pesquisa é possível identificar as causas e

consequências, analisando os motivos e resultados decorrentes da fusão, para que

possa verificar se há reais benefícios para a instituição de maneira econômico-

financeiro.

1.3 Procedimentos metodológicos

O método de abordagem e de procedimento para esse estudo será o dedutivo e

comparativo. Para a base do estudo, utilizará pesquisa documental: livros, sites,

revistas e jornais.

1.4 Delimitações da pesquisa

Serão utilizadas as demonstrações contábeis das quatro instituições financeiras de

forma padronizada, para que possa ser feita a comparação de maneira mais

confiável entre elas. Para isso limita-se aos anos 2007, 2009 e 2010, sendo 2007

analisadas as instituições separadamente, e já analisadas com as fusões efetuadas

a partir de 2009. De acordo com o modelo de Assaf Neto (2007) será feito o

comparativo de cada ano com o ano anterior. O ano de 2008, por ser o ano em que

foram feitas as fusões não será analisado por conflitos em números e reestruturação

das empresas; por esse motivo também, apenas serão analisados dados relevantes

aos quatro bancos, deixando de analisar possíveis empresas ligadas à gerencia dos

mesmos.

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A análise do desempenho econômico financeiro será feita através dos dados

publicados, como patrimônio e lucro das instituições e por índices calculados através

dos números fornecidos pelos balanços publicados como: alavancagem,

endividamento e liquidez.

1.5 Estrutura do trabalho

É abordado no capitulo 1 o conceito geral em relação a linha de pesquisa escolhida

para o trabalho e suas principais razões e motivações, assim como todo o

procedimento utilizado e os motivos de suas escolhas.

Posteriormente, no capitulo 2, é demonstrado o referencial teórico sobre fusões,

cisões, transformações de empresas, e as principais métricas de desempenho das

instituições financeiras .

No capitulo seguinte são dadas as contextualizações históricas das grandes fusões

ocorridas no Brasil, da abertura de mercado na década de 90 e a história e regras do

CADE, o órgão regulador das fusões no Brasil.

No capítulo 4 é apresentado o estudo de caso do trabalho, as duas fusões entre Itaú

e Unibanco e entre Santander e Real. Abordado ainda nesse capitulo, os aspectos

contábeis, a forma de análise dos índices e os comparativos entre os anos e as

instituições. Também serão destacadas as principais diferenças entre o antes e o

depois de cada fusão, e suas principais semelhanças. Mostrando a correlação de

crescimento econômico-financeiro de cada banco e de cada fusão.

Por ultimo, no final é identificada todas as conclusões sobre o problema do estudo

de caso abordado.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Para essa pesquisa, serão analisados alguns termos que entraram em moda no

Brasil nas ultimas décadas, a fusão. Conforme Gonçalves Neto (2010,p.279):

A transformação, a incorporação, a fusão e a cisão são alterações na estrutura e conformação societárias que se caracterizam como institutos jurídicos que têm a extraordinária vantagem de permitir a mudança da forma societária ou a transmissão do patrimônio e do corpo associativo, sem necessidade de dissolução e liquidação ou de outras formalidades mais complexas.

Com base nisso será abordado as principais motivações que levam as empresas a

fazerem essas mudanças e como funciona cada um desses procedimentos nesse

capitulo.

2.1 Motivos

No cenário atual, o alto índice de crescimento dos mercados tem mostrado para as

empresas um grande aumento na concorrência entre as empresas nacionais, além

da entrada de empresas internacionais que estão fortemente no mercado brasileiro,

fora também o aumento dos diversos tributos e taxas que devem ser pagos ao

governo. Por isso é preciso que cada empresa se adapte para ser competitiva,

rentável para sobreviver no mercado atual.

As vezes algumas empresas podem não se sustentar sozinhas, e há a necessidade

de usar alguns tipos de estratégias mais agressivas do que as normais, estratégias

essas que muitas vezes se tornam o que se chama de '' junção '' com outra empresa

do mesmo ramo, ou até mesmo de outro segmento de mercado. No termo técnico

essas junções são as transformações, incorporação, cisão e fusão. Conforme a Lei

6.404/76, artigo 223 das sociedades anônimas de 1976: "a Incorporação, fusão ou

cisão podem ser operadas entre sociedades de tipos iguais ou diferentes e deverão

ser deliberadas na forma prevista para a alteração dos respectivos estatutos ou

contratos sociais".

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Para que sejam feitas essas reformulações entre duas ou mais empresas, são

necessárias diversas precauções, estudos, além é claro, de trabalhar conforme os

órgãos reguladores e com as leis dentre outras burocracias.

Conforme a Lei Nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, tem-se:

Protocolo Art. 224. As condições da incorporação, fusão ou cisão com incorporação em sociedade existente constarão de protocolo firmado pelos órgãos de administração ou sócios das sociedades interessadas, que incluirá: I - o número, espécie e classe das ações que serão atribuídas em substituição dos direitos de sócios que se extinguirão e os critérios utilizados para determinar as relações de substituição; II - os elementos ativos e passivos que formarão cada parcela do patrimônio, no caso de cisão; III - os critérios de avaliação do patrimônio líquido, a data a que será referida a avaliação, e o tratamento das variações patrimoniais posteriores; IV - a solução a ser adotada quanto às ações ou quotas do capital de uma das sociedades possuídas por outra; V - o valor do capital das sociedades a serem criadas ou do aumento ou redução do capital das sociedades que forem parte na operação; VI - o projeto ou projetos de estatuto, ou de alterações estatutárias, que deverão ser aprovados para efetivar a operação; VII - todas as demais condições a que estiver sujeita a operação. Parágrafo único. Os valores sujeitos a determinação serão indicados por estimativa. (BRASIL, 2012,apud CVM, 2012).

Dentre outros motivos que levam a empresa a toda essa nova etapa, além da

sobrevivência no mercado, tem o lado da agressividade da empresa em querer

ampliar seus investimentos e clientes, alcançar novos mercados e diversificar os

negócios e parceiros das empresas. Como Gonçalves Neto (2010, p.281) defende

“Servem-se as empresas para crescer, ajustando-se às exigências da produção em

massa e da economia de mercado”.

Dessa forma, as empresas agem de acordo com o mercado onde elas estão para a

sobrevivência, ou para expansão.

Porém, além de atender a todas as leis e obrigações, uma transformação dessa não

deve também desagradar sócios e acionistas, Assaf Neto (2007, p. 40) salienta que:

Para qualquer alteração que haja em uma sociedade deve haver o consentimento unânime de todos os acionistas, exceto se constar no estatuto ou contrato social que o sócio que não esteja de acordo, possa deixar a sociedade. E completa, que a transformação societária não pode prejudicar de forma alguma os credores, os quais continuam com as mesmas garantias.

Depois de toda a análise, deve-se entender a diferença entre cada uma dessas

reformulações.

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2.1.1 Transformação

Para todas as formas de incorporação existem regras que devem ser seguidas,

regras essas que protegem os acionistas e clientes da empresa, contra mudanças

de valores, monopólios ou prejuízos.

A principal diferença entre a fusão a cisão e a incorporação está no resultado final

da empresa, ou seja, como que ela fica após o processo. No caso da transformação,

conforme está descrito na lei, ''A transformação é a operação pela qual a sociedade

passa, independentemente de dissolução e liquidação, de um tipo para outro"

(BRASIL, 2012, art. 220), a mudança está no tipo de empresa que ela irá se tornar,

por exemplo, transformar uma empresa limitada (Ltda.) em uma Sociedade Anônima

(S.A.).

2.1.2 Cisão

Enquanto a transformação muda o tipo da empresa, a cisão efetuada entre duas ou

mais empresas é o ato de transferir seu patrimônio a uma ou mais empresas,

podendo ou não desaparecer, conforme descrito na lei (BRASIL, 2012, art. 229).

A cisão é uma estratégia segura para expandir ou defender o mercado, temos como

um bom exemplo, a Autolatina, cisão da Volkswagen e da Ford, feita para a

fabricação de motores de dois automóveis das marcas; essa cisão ocorreu de forma

parcial, onde cada empresa pegava e controlava a parte que lhe interessava, porém,

utilizando mesmo local e mão de obra.

Um grande problema do caso da cisão parcial é o fato de que em muitas vezes, as

ações da empresa menos valorizadas, vai ao mercado após a cisão com o valor

superestimado fazendo assim com que haja desvalorização do papel na sua

chegada a bolsa de valores.

Page 20: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

18

As operações de cisão envolvendo companhias abertas são bem vistas pelos especialistas, entretanto nem sempre se traduzem em ganho para os investidores. Em alguns casos, as ações nascidas com a nova empresa acabam sendo desprezadas pelo mercado. (CISÃO,2012).

2.1.3 Fusão

Por último das três incorporações abordadas, na Fusão, diferente das anteriores,

ocorre a junção dos patrimônios de duas empresas e formam uma nova empresa

com essa união. Como exemplo, os bancos Itaú e Unibanco que formaram o banco

Itaú-Unibanco ou do grupo Pão de Açúcar com Casas Bahia.

Segundo a Lei nº 6.404/76(BRASIL, 2012, art.228), fusão é a união de duas ou mais

empresas gerando uma nova e única grande empresa.

Dentre as três incorporações vistas, a fusão é a mais ocorrente pelo simples motivo

de o acordo entre as empresas se tornar mais simples, uma vez que o resultado é

uma nova empresa, não há a briga por egos para ver qual será a empresa que

continuara utilizando o seu antigo nome, mesmo que esse nome seja o mesmo

nome antigo com um plus, assim como no caso do Itaú e o Unibanco que apenas

juntaram os seus dois nomes. De Acordo com a LEI Nº 6.404:

Fusão Art. 228. A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações. 1º A assembléia-geral de cada companhia, se aprovar o protocolo de fusão, deverá nomear os peritos que avaliarão os patrimônios líquidos das demais sociedades. 2º Apresentados os laudos, os administradores convocarão os sócios ou acionistas das sociedades para uma assembléia-geral, que deles tomará conhecimento e resolverá sobre a constituição definitiva da nova sociedade, vedado aos sócios ou acionistas votar o laudo de avaliação do patrimônio líquido da sociedade de que fazem parte. 3º Constituída a nova companhia, incumbirá aos primeiros administradores promover o arquivamento e a publicação dos atos da fusão. (BRASIL, 2012, art.228).

Page 21: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

19

Assim como os outros dois processos, essa transação sempre tem como um objetivo maior agregar novos valores as empresas, conforme Harding:

Joseph Bower, em um artigo referencia na Harvard Business Review intitulado, 2001, “Nem todas as fusões e aquisições são parecidas – e isso é importante” apresentou cinco motivos pelos quais uma empresa pode querer fazer uma transação: 1. Como uma ferramenta de reduzir a capacidade na industria. 2. Como uma ferramenta para consolidar uma industria fragmentada 3. Como uma maneira de estender segmentos de produto ou mercado. 4. Como uma maneira de adquirir competência/ativos em P&D. 5. Como uma ferramenta para construir um novo setor.(BOWER, 2001, apud HARDING, ROVIT, 2004, p.26).

2.2 Desvantagens

A probabilidade de o processo de incorporação entre duas ou mais empresas ter

problemas ou ser um completo fracasso são enormes; são inúmeros problemas e

detalhes que devem ser estudados antes de começar o procedimento. É necessário

que haja um bom planejamento, um integração rápida e sem traumas entres as

empresas, e não por menos, que haja sorte, pois fatos imprevistos podem acontecer

a qualquer momento e levar diversos problemas a mais para as empresas.

Muitas transações fracassaram em grande parte por causa da avaliações extremamente otimistas da promessa de aumento de receitas através de uma fusão ou aquisição. Na verdade, a simples noção de “sinergia” tem sido praticamente desacreditada, pelo numero de vezes que foi utilizada para justificar aquisições que mais tarde fracassaram. (HARDING, ROVIT, 2004, p.103).

Mas como preparar duas empresas, e todos seus funcionários, quando o tempo para

esse preparo é mínimo? Como visto, um dos principais fatores do grande número de

fusões ocorridos no Brasil, é exatamente o perigo de falência e de concorrências

desleais no mercado, fazendo com que as empresas procurem rapidamente uma

alternativa para o rápido crescimento.

Segundo dados de Souza (2011) a empresa de auditoria Pricewaterhouse Coopers

(2010), em 2007, foram realizadas 721 fusões ou aquisições no Brasil, esse número

é mais de 30% maior do que em 2006.

Page 22: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

20

Com todas essas fusões, nem todas são pensadas com tempo e tranquilidade

suficiente, aumentando assim, as chances de erros,

De acordo com Steensman e Gould (1999),

para se evitar o trauma de processos integradores exageradamente forçados, as instituições devem efetuar um planejamento de oportunidades para a aprendizagem cruzada entre as empresas em fusão, de forma a estabelecer naturalmente pontos de afinidade nas etapas críticas do processo. (STEENSMAN, GOULD, 1999, apud ALMEIDA, 2010, p.43).

Sem essas afinidades, é fácil ocorreram demissões, e insatisfação dos funcionários,

podendo até a empresa perder grandes talentos.

A verdade é que nenhuma transação acontece conforme o planejado. (algumas não chegam nem perto). As suposições se provam erradas, Pessoas se demitem. Os concorrentes tiram vantagens da situação. Os clientes ficam contrariados.(HARDING, ROVIT, 2008, p.30).

Diante de toda essas tempestades que vão aparecendo durante o processo, a

empresa continua sofrendo pressão de seus concorrentes, podendo perder a

confiança por causa de sua instabilidade diante de todo esse processo complicado;

''[...] seus concorrentes não estão esperando sentados; eles estão se mobilizando

para tirar vantagem de qualquer fraqueza sua relevada após a fusão.''(HARDING,

ROVIT, 2008, p.107).

Por isso que todo o estudo e preocupação antes do processo, dificilmente será

suficiente, sempre será necessário gerentes preparados para qualquer imprevisto,

assim como que depois de feita a fusão, é necessário muita experiência para

conseguir segurar a empresa no momento que se segue, que também é muito

conturbado.

Entendem que esse processo também poderá encontrar problemas, como dificuldade de integração, avaliação inadequada do alvo, dívidas grandes ou extraordinárias adquiridas por meio da aquisição, demasiada diversificação e gerentes abertamente focalizados na aquisição, que não percebem estratégias mais adequadas à nova circunstância da empresa. (HITT, IRELAND, HOSKISSON, 2005, apud ALMEIDA, 2012, p.37).

Page 23: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

21

2.3 Métricas de Desempenho das organizações.

Esse trabalho tem o objetivo tem entender os reais benefícios das transformações

de duas empresas em uma; esses benefícios podem serem vistos de diversas

formas. Para caracterizar esses avanços são utilizados índices financeiros e

econômicos.

Como a maioria das mudanças da empresa ocorrem para a principal finalidade de

agregar valores e mais lucro para ela e seus acionistas, são analisados os principais

índices escolhidos pelas empresas de consultorias nacionais e internacionais para

conseguir identificar quais são as métricas utilizadas para verificar o crescimento de

uma empresa.

1) Fluxo de Caixa Descontado (FCD) – popularizado pela LEK/Alcar Consulting Group. Esta métrica demonstra que o valor de mercado de uma empresa pode ser expresso como valor presente das expectativas futuras de fluxo de capital, descontadas a uma taxa (custo de capital) que reflita o risco da empresa. 2) Fluxo de Caixa do Retorno sobre Investimento (CFROI) – popularizado pela BCG-HOLT. O CFROI representa o fluxo de caixa da empresa gerado em um dado período como porcentagem do montante investido nos ativos da empresa. 3) Retorno sobre o Capital Investido (ROIC) – popularizado pela McKinsey&Co. É o quociente entre o Lucro Operacional Menos os Ajustes de Impostos (NOPLAT) e o Capital Investido (soma do capital de giro líquido, dos ativos fixos líquidos e de outros ativos). 4) Valor Econômico Adicionado (EVA

®) – popularizado pela Stern

Stewart&Co. É uma medida de lucro residual (lucro econômico). O cálculo do EVA

® leva em conta ajustes contábeis. Portanto, o EVA

® é calculado a

partir dos Lucros Operacionais Depois dos Impostos (NOPAT) (ajustados por uma série de fatores, como capitalização e amortização de P&D) menos os ajustes de capital. O indicador mensura o excesso de retorno que o acionista ganharia comparativamente a outro ativo de mesmo risco. (RYAN; TRANHAN, 1997, p.65-79, apud BASTOS et al, 2012).

Cada métrica utilizada não pode ser considerada uma verdade absoluta, pois,

métricas e índices, mesmo quando não são mascarados pelas empresas, não são

fidedignas de uma conclusão, pois, para isso é necessário um estudo completo dos

objetivos da empresa, de sua região e do tempo e momento histórico. Muitas vezes

um índice que se demonstra como um resultado negativo, pode ser apenas um

momento onde a empresa está enfrentando novos desafios, como por exemplo, na

Page 24: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

22

alavancagem de uma empresa, os índices de endividamento sobem, porém, a

empresa está batalhando por resultados de longo prazo, mostrando assim uma falha

no estudo de índices.

Mesmo sem a exatidão pretendida, o estudo dos índices, na maioria das vezes da

um rumo para onde a empresa se encaminha.

O verdadeiro objetivo da mensuração de valor é ajudar os gestores na tomada de decisões criadoras de valor e orientar os empregados das empresas sobre a criação de valor. Contudo, alertam os autores, as tentativas de comparar indicadores que têm objetivos diferentes podem criar certa confusão. (COPELAND; KOLLER; MURRIN, 2002, p.65-79, apud BASTOS et al, 2012)

Mesmo o estudo de lucro, sempre tão esperado por todos, não recebe total

aprovação de todos. A analise de lucro da empresa muitas vezes recebe maior

tratamento e importância do que realmente merece. Porém ele é sempre muito

utilizado uma vez que são obrigatoriamente disponíveis nos relatórios financeiros e

nos balanços, também obrigatórios das empresas.

A técnica de analise de balanços esta presente a mais de um século, porém no

Brasil iniciou nos anos 70.

Apenas com os balanços podemos ter a análise das demonstrações contábeis de

uma instituição. Os dados que devem ser verdadeiros, mas que muitas vezes são

mascarados, nos dão a maioria das informações que precisamos para calcular os

índices financeiros.

''[...] essa técnica considera os diversos demonstrativos contábeis como fonte de dados, que são compilados em índices, cuja análise histórica possibilita identificar a evolução do desempenho econômico e financeiro da organização.'' (CAMARGOS; BARBOSA, 2005, apud BORTOLUZZI, 2012 p.3).

Através desses índices podemos chegar a diversas conclusões, nem sempre exatas,

a respeito da empresa estudada. Os índices encontrados podem nos dar margem de

para onde a empresa está indo, quais os motivos de suas fusões, e quais suas

consequências.

Page 25: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

23

Macedo, Silva e Santos (2006), ''[...] a análise de desempenho de uma organização

é sempre algo passível de muitas discussões e questionamentos sobre quais

indicadores utilizar e como consolidá-los".(MACEDO; SILVA; SANTO, 2006, apud

BORTOLUZZI, 2012, p.3).

Por isso, com os e índices à mão, devemos saber fazer a leitura correta dos dados,

para não interpretar mal os resultados obtidos, tendo assim uma visão errada do

estudo.

Há diversas formas de fazer a analise dos índices, a utilizada nesse trabalho é a

análise horizontal, onde com os mesmos índices de ano diferentes, será analisada e

comparada a evolução entre eles, para definir qual o rumo que a empresa esta

tomando após a fusão. Assim estudamos os dados presentes com dados passados,

para que se possamos entender e traçar como o futuro irá acontecer. Podendo

assim acompanhar ano a ano as mudanças que ocorrem na empresa.

Os índices econômico-financeiros nos demonstram aspectos específicos de cada

área do balanço fornecidos, será utilizados os índices que de certo modo, nos dão

uma visão do que a fusão pode mudar no desempenho da organização.

São através desses índices que empresas especializadas enumeram as melhores

empresas do Brasil. A seguir será apresentado e explicado algum dos índices

básicos mais comuns:

a) Índices de Solvência: Liquidez Geral – apresenta a proporção dos bens e

direitos a serem realizados a curto e longo prazo em relação às dívidas totais.

b) Liquidez Corrente – representa a capacidade de pagamento de dívidas de

curto prazo da organização.

c) Liquidez Seca – mede a relação entre os ativos de liquidez maior e o passivo

circulante.

d) Índices de Estrutura Patrimonial: Participação do capital de terceiros em

relação ao capital próprio – representa o quanto de dívidas a organização apresenta

em relação aos recursos dos acionistas.

Page 26: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

24

e) Composição do Endividamento - mede a existência de dívidas de curto prazo

com relação as exigibilidades totais. Uma participação muito elevada de

endividamento a curto prazo, pode significar aperto financeiro.

f) Endividamento Geral - mede a dependência de recursos de terceiros no

financiamento dos ativos da organização. Se este índice apresentar-se elevado, ou

maior que 1,0, representa que a organização este excessivamente endividada.

g) Imobilização do Capital Próprio - mede o quanto do capital está imobilizado,

demonstrando de certo modo que quanto maior, mais prejudicada está a liquidez.

h) O retorno sobre as vendas ou ROS (return on sales).

i) O retorno sobre o investimento ou ROI (return on investiment).

j) Retorno sobre o patrimônio líquido ou ROE (return on equity).

k) A alavancagem tem a capacidade de contribuir para aumentar o resultado

operacional e líquido da organização. Ela pode ser operacional, financeira ou total.

(ASSAF NETO, 2008).

Page 27: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

25

3. DADOS SOBRE FUSÔES

3.1 As grandes fusões do Brasil e a interferência do CADE.

As incorporações que ocorrem no mundo, mesmo com toda a burocracia e regras

que existam para se transformar uma empresa, são muitas; de acordo com a

Exame:

São Paulo – Em 2011 foram anunciadas 179 fusões e aquisições, que atingiram o valor total de 142,8 bilhões de reais. O número de transações foi recorde e o valor total foi o segundo maior desde 2006 – quando o ranking começou a ser feito. Mesmo assim, o valor total foi inferior aos 184,8 bilhões de reais movimentados em 2010.(OLIVON, 2012)

Apesar desse número em 2011 ser um recorde, o valor total do produto das fusões

não superou o de 2010, recorde registrado até hoje no Brasil, um valor de 184,8

bilhões de reais movimentados.

Com as novas regras do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)

órgão responsável pelas fusões e aquisições do Brasil que será mais visto nos

próximos capítulos, houve um aumento nos números de negócios do primeiro

semestre de 2012 em relação ao ano passado.

Por esses números tão altos, é difícil fazer um ranking preciso de todos os

processos. A seguir haverá o ranking das maiores operações de 2011, a analise de

algumas das mais importantes fusões, incorporações e aquisições do Brasil, e de

como elas mudam nossas vidas.

Page 28: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

26

O ranking dos 10 maiores negócios feitos em 2011 conforme a repórter de economia

Olivon (2012) é:

1- A maior operação de 2011 foi a reestruturação societária das controladas pela

Telemar Participações, resultando na simplificação da estrutura societária, com o

valor dos minoritários de 20,8 bilhões de reais;

2- Incorporação da Vivo pela Telesp por 11,3 bilhões de reais;

3- Aumento do capital da Petrogal Brasil com a entrada da Sinopec de 9,1 bilhões de

reais;

4- Entrada da Ternium na Usiminas totalizando 5,8 bilhões de reais;

5- Aquisição de participação na Pride Internacional pela Ensco, parte Brasil no

volume de 5,5 bilhões de reais;

6- Incorporação da Wtorre pela BR Properties por 4,9 bilhões de reais;

7- A Ashmore Energy vendeu sua participação na Elektro para a Iberdrola por 4,8

bilhões de reais;

8- Aquisição da Aleadri pela Kirin, representando 50,45% da Schincariol por 4,7

bilhões de reais;

9- Aquisição de participação na Wtorre pelo BTG Pactual, totalizando 3,4 bilhões de

reais;

10- Compra de participação na Cia Brasileira de Metalurgia e Mineração por

consórcio de japoneses e coreanos no volume de 3,2 bilhões de reais;

Com todos esses negócios, ve que estamos sendo alvos de empresas

internacionais, principalmente da Europa, por está passando por crises financeiras

recentes. Como exemplo temos a fatia de 60% da concessionária rodoviária OHL

levada pela espanhola Abertis, chegando a 2,5 bilhões de dólares.

Entre os maiores negócios já fechados no Brasil de todos os tempos, tem-se:

• BM&F e Bovespa anunciaram a Fusão em oito de maio de 2008 com um valor de R$ 34,57 bilhões se tornando a segunda maior bolsa do mundo em valor de mercado e foi batizada de BM&FBOVESPA. • Santander anuncia a compra do Banco Real em primeiro de novembro de 2007 no valor de R$ 30,49 bilhões, foi feito um consórcio composto pelo Santander Portugal, The Royal Banks of Scotland Group PLC, FortisSA/NV e Fortis N.V. que adquiriu 96,95% do capital do ABN AMRO controlador do Banco Real. • A reestruturação da societária das controladoras pela Telemar participações foi à maior operação de 2011, resultando na simplificação de

Page 29: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

27

sua estrutura com o valor dos minoritários de R$ 20,8 bilhões. • A Telefônica comprou 50% da Brasilcel em julho de 2010 e obteve o controle da Vivo por R$ 18,2 bilhões, o acordo foi junto da Portugal Telecom no qual eram sócios igualitários na Brasilcel. • A TAM e a LAN se associaram em agosto de 2010 assinando um memorando de entendimento para unir suas operações com um contrato de R$ 14,4 bilhões criando assim a LATAM, A fusão só foi aprovada pelo CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), na data de 14 de dezembro de 2011. • O Itaú e Unibanco anunciaram a fusão em três de novembro de 2008 com um valor de R$ 106,92 bilhões, de modo a formar o maior conglomerado financeiro privado do Hemisfério Sul. (CJMBB, 2012)

Todos os negócios fechados, recebem a aprovação, ou não do CADE, isso porque

muitas dessas incorporações afetam os concorrentes, os consumidores e o mercado

brasileiro, como exemplo, a seguir temos detalhes de algumas desses negócios e

seus efeitos colaterais para os consumidores.

No caso da fusão entra a sadia e a perdigão, onde foi criada a Brasil Foods, essa

nova empresa se tornou uma gigante no ramo dos alimentos, tendo uma

participação de 90% nos segmentos de lasanhas, só para se ter ideia. Isso sem

contar que uma empresa desse porte tem pouquíssimos concorrentes, dessa forma,

ela fica livre para aumentar os preços dependendo apenas de sua vontade. Por que

então houve a aprovação de um negocio desses pelo Cadê? Para casos assim, são

criados mecanismo de defesas em prol do consumidor e dos concorrentes, porém,

esses mecanismos nem sempre são eficazes.

Para o caso da Brasil Foods, dentre as intervenções do Cadê, temos a suspensão

das marcas Perdigão e Batavo em alguns segmentos, abrindo maior espaço para os

concorrentes, alem de o Cadê obrigar a Brasil Foods a vender uma série de ativos

para “criar” um concorrente. “Toda intervenção tem algum tipo de custo. Nesse caso,

tirar as marcas pode causar um dano menor ao consumidor, em prol do benefício da

entrada de uma nova empresa” (WILTGEN, 2012).

Outro caso que temos, foi a compra da companhia aérea Pantanal pela já líder do

mercado TAM em 2010, nesse caso houve a aprovação do Cadê pois, a atuação da

Pantanal era apenas regional, desse modo não haveria sobreposição de rotas. No

entanto, a realidade foi diferente, com a aquisição da Pantanal a TAM se apoderou

de 100 slots no aeroporto de Congonhas, deixando outras companhias fora desse

Page 30: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

28

precioso espaço, e o utilizando para rotas mais valiosas, dominando mais ainda o

mercado aéreo brasileiro.

Um caso mais antigo, de 1997, ocorreu entre a Colgate-Kolynos. Na época, o CADE

obrigou a acabarem com a marca Kolynos, porém, não havia nada falado sobre a

criação de uma nova marca, e é o que foi feito. Houve o lançamento da Sorriso pela

empresa, marca essa, semelhante a antiga Kolynos. “A lógica da exigência do

CADE, na época, foi semelhante à da Brasil Foods, só que a estratégia não foi bem

executada” ( WILTGEN, 2012).

Em 1999 houve uma das mais polemicas fusões do Brasil, a AmBev, que dominou

75% do mercado com a junção da Brahma e Antártica. O mecanismo de defesa

criado pelo CADE para essa operação foi apenas à restrição da marca Bavária.

Dentre várias fusões que o CADE não aprovou, uma que gerou um certo calor no

mercado brasileiro foi a compra da Garoto pela Nestlé em 2002. O grupo resultante

ficaria com uma parcela muito alto do mercado brasileiro, desse modo, a operação é

prejudicial ao consumidor. Há um processo em andamento na justiça movido pela

Nestlé para liberar essa aquisição.

Dessa forma, o CADE trabalha para ajudar empresas, consumidores e o mercado

em si.

A seguir será analisado esse órgão tão importante nos meios das fusões

3.2 CADE

Todos os processos intitulados incorporações, fusões, transformações etc, devem

receber a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica – o CADE

tantas vezes citados nesse trabalho. O CADE como o chamaremos daqui a diante é

uma autarquia federal. Autarquia, veio do grego e significa “comandar a si mesmo”,

esse conceito segue pertinente nas autarquias em vários campos do Brasil, assim

como nas federais, e mantêm o conceito de exercer poder sobre si mesmo.

Page 31: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

29

O Cade é vinculada ao Ministério da Justiça e exerce seus poderes em todo o

território nacional.

Como visto anteriormente, nas intervenções que o Cade teve em muitas das

principais fusões ocorridas no Brasil, a missão do Cade é zelar pela livre

concorrência no mercado, e da livre concorrência.

Como é visto no Manual das Sociedades Anônimas ''[...] vale ainda destacar a

questão da licitude das concentrações empresariais, pois constitucionalmente é

vedado o abuso do poder econômico".(GONÇALVES NETO, 2010, p. 284).

É ele quem investiga e decide o futuro das empresas que querem passar por algum

tipo de transformação. Ele tem como obrigação orientar, fiscalizar, prevenir e apurar

abusos do poder econômico. As três funções do Cade, de acordo com o próprio são:

Preventiva Analisar e posteriormente decidir sobre as fusões, aquisições de controle, incorporações e outros atos de concentração econômica entre grandes empresas que possam colocar em risco a livre concorrência.

Repressiva Investigar, em todo o território nacional, e posteriormente julgar cartéis e outras condutas nocivas à livre concorrência.

Educacional ou pedagógica Instruir o público em geral sobre as diversas condutas que possam prejudicar a livre concorrência; incentivar e estimular estudos e pesquisas acadêmicas sobre o tema, firmando parcerias com universidades, institutos de pesquisa, associações e órgãos do governo; realizar ou apoiar cursos, palestras, seminários e eventos relacionados ao assunto; editar publicações, como a Revista de Direito da Concorrência e cartilhas. (CADE, 2012)

O Cade faz parte de uma estrutura denominado de Sistema Brasileiro de Defesa da

Concorrência – SBDC. Onde dentro desse sistema se encontra o Cade e pela

Secretaria de Acompanhamento Econômico - Seae do Ministério da Fazenda.

Essa autarquia federal foi criada em 1962, criado pela lei 4.137/62 e transformado

em autarquia vinculada ao Ministério da Justiça, pela lei 8.884, de 11 de junho de

Page 32: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

30

1994. Em 1962 funcionava como um órgão integrante do Poder Executivo do

governo do Presidente João Goulart, conforme a legislação do próprio órgão.

Hoje, é formado por um Plenário composto por um presidente e seis conselheiros

que só podem ser destituídos em condições muito especiais, fazendo assim, com

que todos os membros tenham uma grande autonomia em suas decisões para julgar

atos de concentração, processos de conduta, monopolização do mercado.

Em relação ao nosso trabalho, se tratando de instituições financeiras, o Cade age

em conjunto ao Banco Central do Brasil que é outra autarquia Federal que atende as

atribuições e normas expedidas pelo Conselho Monetário Nacional, conforme o art.

9º da Lei nº. 4.595/1964.

Dentre as atribuições do Bacen, Niyama e Gomes (2006, p. 6), destacam:

Emitir papel e moeda metálica;

Executar serviços do meio circulante;

Determinar os percentuais de recolhimento compulsório e receber os depósitos à vista das instituições financeiras;

Realizar operações de redesconto e empréstimos ás instituições financeiras

Controlar capitais estrangeiros;

Ser depositário das reservas de ouro e moeda estrangeira e de direitos especiais de saque;

Fiscalizar as instituições financeiras e aplicar as penalidades previstas;

Conceder autorização para as instituições financeiras de funcionamento, e instalação inclusive no exterior;

Conceder autorizações para transformações, fusões e cisões;

Autorização para praticar operações de câmbio, crédito rural, venda de títulos da dívida pública federal, estadual e municipal, ações, debêntures, letras hipotecárias, e outros títulos;

Entender – se em nome do governo brasileiro, com as instituições financeiras estrangeiras e internacionais;

Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis; e.

Exercer vigilância nos mercados financeiros e de capitais sobre empresas que interfiram nesses mercados, em relação à modalidade ou processos operacionais que utilizem. (NIYAMA; GOMES, 2006, apud POETA, 2010, p. 32)

Vemos assim que uma das suas principais atribuições é conceder autorizações para

transformações, fusões e cisões para as instituições financeiras junto ao Cade

ajudando dessa forma o mercado brasileiro.

As normas, fiscalização e supervisão, controladas pelo Banco Central, aumentam a

solidez, confiabilidade e a transparência no ramo bancária.

Page 33: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

31

4. METODOLOGIA ESTUDO DE CASO - ANALISE DO DESEMPENHO

ECONÔMICO-FINANCEIRO

4.1 Históricos dos Bancos

4.1.1 Banco Real

Imagem 1: Logo Real

Fonte: Google Imagens (2012).

Conforme os dados retirados dos sites de pesquisas e de BONINI (2012), pois após

a fusão com o Santander todos os seus datas oficias e sua Homepage foram

deletados da World Wide Web dificultando assim em obter os históricos descritos

pelos próprios.

A história do banco inicia com o ABN AMRO Bank iniciando suas transações no

Brasil como o banco Holandês da America do Sul, com agencias no Rio de Janeiro e

Santos em 1917.

Em 1925 Clemente de Faria um político e banqueiro brasileiro, nascido no norte de

Minas Gerais monta a Cooperativa Bancária, três anos depois renomeada como

banco da Lavoura de Minas Gerais, assim antecessor do banco Real.

Page 34: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

32

Em 1963 O banco Holandês Unido adquiriu cinquenta por cento das ações da

Aymoré de Crédito, Financiamento e Investimento, após 8 anos foi adquirido os cem

por cento da participação e logo em seguida o banco da Lavoura de Minas Gerais

torna-se banco Real S/A, e estabelece a sede em São Paulo dois anos depois. No

ano de 1993 O banco Holandês é renomeado ABN AMRO Bank e transfere sua

sede do Rio de Janeiro para São Paulo e em 1994 a operação brasileira do ABN

AMRO Bank apresentam o terceiro melhor lucro líquido do grupo internacional que

em julho de 1998, o ABN AMRO Bank anuncia a compra do Banco Real, concluída

em novembro, quando comprou também o Bandepe. Já em 2000 ocorre a

integração do Banco Real com o ABN AMRO Bank S/A e em 2004 o mesmo

adquiriu o Sudameris.

O Grupo ABN AMRO adquirido mundialmente pelo consórcio formado pelos bancos

RBS, Fortis e Santander em outubro de 2007. No Brasil, a união foi concretizada em

2008, quando o Santander assumiu total controle do banco Real.

4.1.2 Santander

Imagem 2: Logo Santander

Fonte: Google Imagens (2012).

Conforme dados da homepage oficial do Santander (2012) conta que em 1982, foi

instalado o primeiro escritório de representação do Santander no Brasil e, nove anos

depois, começaram as operações do Santander Investment.

Page 35: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

33

O processo de forte crescimento dos negócios no Brasil foi iniciado em 1997 com a

aquisição do banco Geral do Comércio S.A.. Nos anos seguintes, foram mais três

aquisições, que fizeram o grupo Santander ganhar posição entre os maiores grupos

financeiros do setor no país.

Em 1998, foi comprado o banco Noroeste S.A.. Já em janeiro de 2000, foi anunciada

a aquisição do Conglomerado Financeiro Meridional - formado pelos bancos

Meridional e Bozano, Simonsen. Em novembro do mesmo ano, o Santander

comprou o controle do banco do Estado de São Paulo S.A. - BANESPA.

Em agosto de 2006, as diretorias executivas do banco Santander Meridional S.A.

(BSM), do banco Santander Brasil S.A. (BSB), do banco Santander S.A. (BSSA) e

do banco do Estado de São Paulo S.A. (Banespa) e o Conselho de Administração

do Banespa aprovaram a proposta de reestruturação societária constituída pelas

incorporações do BSB, do BSSA e do Banespa pelo BSM, que passará a

denominar-se banco Santander Banespa S.A., que continuará vinculado

societariamente, em nível mundial, ao banco Santander Central Hispano.

E partir do ano de 2007 começa a ocorrer a fusão do Real e o Santander como é

descrito em seu histórico abaixo:

Em 1º de novembro de 2007, o RFS Holdings B.V., um consórcio composto pelo Santander Espanha, The Royal Bank of Scotland Group PLC, Fortis SA/NV e Fortis N.V., adquiriu 96,95% do capital do ABN AMRO, então controlador do Banco Real. Na sequência, em 12 de dezembro de 2007, o CADE aprovou sem ressalvas a aquisição das pessoas jurídicas brasileiras do ABN AMRO pelo consórcio. No primeiro trimestre de 2008, o Fortis e Santander Espanha chegaram a um acordo por meio do qual o Santander Espanha adquiriu direito às atividades de administração de ativos do ABN AMRO no Brasil, que o Fortis havia adquirido como parte da compra pelo consórcio do ABN AMRO. Em 24 de julho de 2008, o Santander Espanha assumiu o controle acionário indireto do Banco Real. Nas assembleias gerais de acionistas do Santander Brasil e do Banco Real realizadas em 29 de agosto de 2008, foi aprovada a incorporação pelo Banco Santander (Brasil) S.A. das ações de emissão do Banco Real, passando o Banco Real a ser uma subsidiária integral do Santander Brasil. Naquele momento, o Banco Real era o quarto maior banco privado do Brasil em quantidade de ativos. Por fim, em 30 de abril de 2009, o Banco Real foi incorporado pelo Santander Brasil e foi extinto como pessoa jurídica independente. A incorporação está pendente de aprovação pelo Banco Central. Como resultado dessa aquisição, o Santander Brasil tornou-se o terceiro maior banco privado do Brasil em termos de ativos.(SANTANDER, 2012)

Page 36: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

34

4.1.3 Unibanco

Imagem 3: Logo Unibanco

Fonte: Google Imagens (2012).

A instituição bancária brasileira Unibanco, que tem seu nome vindo da junção de

União de Bancos Brasileiros, é original de Minas Gerais, fundada em 1924. O

Unibanco teve seu inicio na cidade de Poços de Caldas, funcionando como uma

seção bancária da casa Moreira Salles, uma loja de comércio. Em 1931 a instituição

alcançou a independência e se tornou a casa bancária Moreira Salles, tornando-se

em 1940 o banco Moreira Salles.

Teve um grande impulso no seu poder econômico Um fator importante para o

crescimento do Unibanco foi em 1955 quando houve a compra de parte dos ativos

do banco Nacional.

Mas foi só em 1967, diante da fusão com o banco Agrícola Mercantil que surgiu

a União de bancos Brasileiros S.A, conhecido na época como Unibanco.

Em 1975, União de bancos Brasileiros S.A já era um poderoso no ramo bancário, e

foi nesse ano que todas as empresas desse conglomerado ficaram denominadas

oficialmente como Unibanco.O Unibanco sempre prezou pela inovação, tendo em

sua história, tentado várias vezes novos produtos e operações.

Também se destaca por suas campanhas de marketing, onde o slogan "Nem parece

Banco" foi muitas vezes utilizados mesmo depois de sua fusão com o Itaú.

Page 37: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

35

Como a maioria dos bancos nacionais, o Unibanco passou desde sua criação, por

diversas fusões bem sucedidas, fazendo assim com que ele se tornasse cada vez

maior, dentre aquisições, compras, e fusões do Unibanco podemos citar: a aquisição

de 50% da Fininvest e a aquisição do Hipercard.

Dentre seus feitos, a agência Moody´s deu a ele o grau de investimento (Investment

grade) na emissão de dívida em moeda local liquidada no exterior, sendo assim o

primeiro banco da América Latina a alcançar esse grau.

Pedro Moreira Salles, neto do fundador e que presidia o banco em 2007, foi quem

passou pela crise de 2008 com o banco, enfrentando a ultima crise que o Unibanco

vivenciaria antes da Fusão de 2008; que como a maioria do bancos brasileiros

passou pela crise sem grandes agravamentos. (POETA, 2012, p.26)

4.1.4 Itaú

Imagem 4: Logo Itaú

Fonte: Google Imagens (2012).

O banco brasileiro banco Itaú S.A, é o principal banco do conglomerado do Itaú

Unibanco Holding S.A. um banco que atende atualmente o setor de varejo e de

banco múltiplo. O começo do Itaú ocorreu em meados da década de 40, durante a

segunda guerra. Com o fechamento de alguns banco estrangeiros no Brasil, Alfredo

Egídio de Souza Aranha, fundou o banco central de Crédito, que mudou seu nome

em 1952 para banco Federal de Crédito por ordem do governo, para que não

houvesse a confusão com o banco Central.

Page 38: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

36

Em meados dos anos 60 houveram a fusão com os bancos União de Crédito e Itaú

América, dando um enorme impulso para o Itaú, e em 1973, veio finalmente a ter o

nome de Itaú, que vem do Tupi-Guarani significa Pedra Escura.

Como o Unibanco, o Itaú contou para o seu crescimento com várias incorporações e

fusões, nas quais podemos citar: o Banco do estado do Rio de Janeiro (BANERJ),

banco de estado de Minas Gerais (BEMGE), banco do estado Paraná (Banestado) e

o banco do estado de Goiás (BEG) dentre outras.

O Itaú optou por diversas formas de estratégias para conquistar o mercado

brasileiro, como por exemplo a compra de bancos estrangeiros e o marketing para

atender a tipos diferentes de publico (nicho), como por exemplo, em 1995, com a

compra do banco Francês e Brasileiro, criador da marca Personnalité, que o Itaú se

lançou na área de atender públicos com alto poder aquisitivo, a unidade de private

banking. (POETA, 2012, p.27).

O Itaú continuou investindo em 1998 na atuação no mercosul também, comprando

assim o banco Del Buen Ayre, incorporado ao Itaú Argentina, atual Itaú Buen Ayre.

Em 2008, conforme a homepage do banco, ele foi eleito como a marca mais valiosa

na América Latina pela consultoria Intelbrand.

Dessa forma o banco continua, com o passar do tempo, se mostrando cada vez

mais sólido e confiável, sabendo aproveitar as oportunidades que aparecem, e

sabendo inovar em suas ações, q na maioria das vezes sempre dão certo.

Alcançando assim o seu objetivo, como podemos ver em sua missão, apresentado

pelo próprio banco:

Ser o Banco Líder em performance e perene, reconhecimento sólido e ético, destacando-se por equipes motivadas, comprometidas com a satisfação dos clientes, com a comunidade e com a criação de diferenciais competitivos. Os valores mais importantes de um banco não se guardam em cofres. O compromisso de compartilhar e praticar valores faz parte da história do Itaú. O respeito ao ser humano, o comportamento ético, o estrito cumprimento das leis e a vocação para o desenvolvimento são os princípios que fundamentam a cultura e direcionam a atuação do Banco. (ITAU, 2012)

Page 39: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

37

4.2 Demonstrativos contábeis

Para os fundamentos do estudo, coletamos as demonstrações contábeis das

instituições financeiras dos anos anteriores e posteriores a fusão destes bancos,

retirados os demonstrativos diretamente do homepage da CVM (Comissão de

Valores Mobiliários) .

A maioria das informações importantes da parte financeiras das instituições com

capital aberto, despesas, gastos e investimentos aparecem nas demonstrações

financeiras publicadas nos relatórios trimestrais e anuais aos acionistas.

É muitas vezes através de um balanço, esse que é feito de acordo com as normas

da contabilidade, que são tomadas as decisões para o futuro da empresa.

Apesar de seguir as normas da contabilidade, uma demonstração de uma

instituição bancaria tem seus atributos diferentes que devem ser lidos com mais

atenção.

[...]Um banco, mais bem entendido como um intermediário financeiro, atua operacionalmente com base em duas grandes decisões financeiras: ativo – decisões de investimento (aplicações) – e passivo – decisões de financiamento (captações). (Assaf Neto, 2012, p. 301)

Dentre algumas contas que estão no Ativo do Banco como a principal fonte de

recurso de um banco que são os depósitos ao publico, empréstimos recebidos,

capital, e reserva, recursos esses que fazem parte do Ativo do banco.

As aplicações em ouro e os encaixes bancários, que é o dinheiro livremente

movimentado pelo banco, temos a chamada disponibilidades, e é o grupo com maior

liquidez.

As operações de crédito são distribuídas da seguinte forma:

Empréstimos, títulos descontados e financiamentos.

Page 40: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

38

As contas do Passivo da demonstração de um banco dividem-se da seguinte forma:

Passivo Circulante e o Exigível a Longo Prazo, formam as obrigações para com

terceiro.

O Empréstimos e repasse é constituído pelas dividas dos bancos com outras

instituições, separado das em outras obrigações, que estão as dividas fiscais e

tributárias.

E no Patrimônio Liquido, são mostrados os próprios recursos do banco.

O Spread bancário é um processo de intermediação financeira de um banco, como

Assaf Neto (2012) salienta:

[...] taxa de juros cobrada ao tomador de recursos visa fundamentalmente remunerar o titular da poupança, cobrir os riscos e demais custos da operação e despesas administrativas, alem de gerar um resultado que remunere o capital investido na instituição [...] (Assaf Neto, 2012, p. 302)

Apesar de todo o trabalho dos estudos dos índices terem sido feitos com base nos

demonstrativos bancários, não podemos levar esses resultados como resposta

absoluta aos nossos problemas, pois, pode haver limitações, principalmente no que

se refere à qualidade das informações contidas nos relatórios disponibilizados pelas

empresas.

4.3 Índices

Índices econômicos são as grandezas das empresas expressa em valores

numéricos, utilizando para isso, os resultados alcançados pela empresa num

determinado período, sua principal utilidade é a aferição dos níveis de

desenvolvimento da instituição, os mais comuns são os de resultados líquidos,

montante de capitais próprio e total do ativo. A seguir explicaremos a importância de

alguns para as instituições financeiras.

Page 41: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

39

4.3.1 Solvência e Liquidez

Conforme Assaf Neto (2012, p. 303) “[...]solvência evidencia, em outras palavras, os

recursos próprios de uma instituição oferecidos ao risco de sua atividade.”, ou seja,

quando o valor de seus ativos supera o valor de seus passivos, é como uma boa

administração mantém um adequado montante de patrimônio liquido.

Já a liquidez é ligada a capacidade de atender as obrigações financeiras da

instituição, sendo em caixas, empréstimos, financiamentos, de fluxo de pagamentos

operacionais etc.

4.3.2 Capital e Risco

Assaf Neto (2012, p.306) salienta, “[...]o montante de capital próprio a ser mantido

por uma instituição financeira é fortemente dependente do risco assumido em seus

negócios, devendo ser suficiente para cobrir eventuais perdas que possam ocorrer”,

é difícil determinar qual exato risco que um banco sofre em suas operações, por

isso, fica quase que inviável definir qual o adequado capital que um banco deve ter

para cobrir os seus riscos. Mesmo com o estudo dos demonstrativos contábeis não

podemos levar as informações conseguidas como uma verdade absoluta.

Conforme o Acordo da Basiléia citado por Assaf Neto (2012):

[...]foi recomendado aos bancos a formação de um capital próprio mínimo baseado em seu Ativo Ponderado pelo Risco(APR). Por exemplo, ao se definir 1m 11% do APR o capital próprio mínimo, tem-se que para cada R$ 100,00 de aplicações, o banco deve preservar R$ 11,00 de patrimônio liquido na operação. (Assaf Neto, 2012, p. 307)

O risco está presente em todas as operações, não existe o chamado risco zero,

principalmente por ser impossível prever o futuro. Em uma instituição financeira os

principais riscos são divididos em dois grupos: risco operacional e risco financeiro.

Page 42: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

40

As formas de prevenir ou de aumentar esses risco são impossíveis de serem

numeradas, assim como a forma de avaliação. Assaf Neto(pág. 308) diz que,

[...] a analise do risco de uma instituição financeira envolve necessariamente a determinação apresentada de indicadores dos relatórios contábeis, a maioria deles baseada na relação entre patrimônio liquido e os depósitos, empréstimos e ativo total. (Assaf Neto, 2012, p. 308)

4.3.3 Rentabilidade e lucratividade

Rentabilidade é a remuneração do capital investido na empresa, ou em outras

palavras, o retorno esperado de um investimento descontando custos, tarifas e

inflação.

Já lucratividade é o ganho líquido total propiciado por uma operação. Como na bolsa

o lucro vem da valorização de uma ação e do recebimento de proventos dividendos

etc.

Nos bancos o conceito é semelhante, Assaf Neto (2012, p. 310) afirma que “[...]o

banco tem como objetivo maximizar a riqueza de seus proprietários pelo

estabelecimento de uma adequada relação risco-retorno”.

4.4 Análise dos resultados dos índices

Para analise econômico-financeiro proposta dos bancos Real, Santander, Unibanco

e Itaú e em suas respectivas fusões, foram retirados dados de seus balanços no

período dos anos de 2006 á 2011, para assim demonstrar a situação e

comportamento de cada índice escolhido e seu dados antes e depois da fusão com

suas variações e comportamentos.

Os balaços anuais utilizados estão disponibilizados na homepage da CVM

(Comissão de Valores Mobiliários), perante a lei das S.A. n.6404/76, onde torna-se

obrigatório sua publicação em meios públicos para ter transparência á seus

Page 43: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

41

acionistas e demais investidores. Também seus demonstrativos podem seus

localizados na homepages oficiais dos bancos, porem os sites do Real e Unibanco

como foram encerrados pela fusão, o único local para localizar esses demonstráveis

foram juntamente a CVM.

Logo de inicio á analisar dos índices, pode-se verificar uma variação; oscilação

durante o ano das fusão, ocorrendo no ano de 2008 para ambos os bancos,

oscilando assim nos dados obtidos durante analise e mostrando como uma

mudança necessita de um acompanhamento administrativo financeiros forte e

competente para conseguir estabilizar essas adversidades e não assustando ou

preocupando seus colaboradores e acionistas perdendo sua credibilidade e imagem

no mercado.

Outro fator relevantem é entender e recordar o comportamento e a situação

econômica no seguimento bancário, tendo em vista que nos últimos anos no Brasil

os bancos, tanto privados como públicos, vem tendo uma linha vertical de

crescimento de seus lucros e spreads, conforme o Bacen (2012).

Fatores também, como o crescimento e o reconhecimento mundial do sistema

econômico financeiro solido do Brasil, onde passou pela crise econômicas de 2008

dos Estados Unidos da America, em sua quebra das instituições financeiras, em que

seus processos ocasionaram um impacto mundial, afetando todas as balanças

econômicas.

Sem esquecer as mudanças dos governos FHC (1995 a 2002) para administração

dos presidentes petistas (representantes do partido político dos trabalhadores, PT.)

Luiz Inácio Lula da Silva (2003 a 2011) e sua sucessora Dilma Vana Rousseff e seus

fomentos no mercado.

Dentre os índices disponibilizados pelo Assaf neto (2012) foram escolhidos por sua

relevância e valores mais precisos informados nos balanços, sendo:

Page 44: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

42

4.4.1 Spread Bancário

Spread Bancário = Receitas de Intermediação - Despesas com Intermediação

Fórmula 1

Gráfico 1: Spread

Fonte: Elaborado pelos autores.

Spread é o termo inglês que significa Margem, na área bancaria, é a diferença

encontrada entre as captações e as concessões que uma instituição financeira

efetua é o spread bancário, ou seja, é a margem do lucro das operações de credito

que o banco realiza; em outras palavras, a diferença entre o preço de compra e

venda de um produto. No todo do valor do spread bancário, além do lucro do banco

também estão embutidos alguns impostos como o IOF. No Brasil, temos um dos

mais altos spread bancário do mundo.

Analisando os gráficos pode-se obter a mesma conclusão para ambos os casos,

onde após as fusões os spreads bancários dos bancos Itaú e Santander, fundidos,

tiveram um alto crescimento em uma curva ascendente. Com base apenas nessas

informações, tirando toda a situação do mercado na época, a fusão foi altamente

benéficas para ambas instituições.

Page 45: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

43

4.4.2 Leverage (alavancagem)

Leverage = Ativo ÷ Patrimônio Líquido .

Fórmula 2

Gráfico 2: Leverage

Fonte: Elaborado pelos autores.

Leverage é o termo inglês para o que chamamos de alavacagem, que é, como a

própria palavra já diz, uma maneira de tentar levantar o desempenho da empresa

com recursos de terceiros ou instrumentos financeiros. Essa operação aumenta

também por outro lado, o risco que a empresa corre de no fim, sair no prejuízo, as

vezes podendo ser até vista como um tipo de financiamento.

Para entender se a alavancagem (Leverage) é benéfica a instituição, o nível de

retorno sobre o investimento deve ser maior ou igual a taxa de juros paga pelo

capital de terceiros, conseguido na alavancagem.

Analisando a alavancagem (Leverage), entende-se que o índice quanto mais longe

da margem zero torna-se mais segura e solida para honrar e saldar suas dividas

tomadas, através de recursos de terceiros.

No gráfico, verifica que os dois bancos adquiridos, tinham seus índices elevados e

em crescimento. O índice do Santander antes da fusão tinha uma margem

considerada segura e alta, conforme visto, durante o ano da fusão ocorreram

mudanças drásticas em seus índices, fazendo com que sofre-se uma queda. Após a

Page 46: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

44

fusão o Santander retomou sua linha de crescimento, alcançando um bom índice em

recuperação, mas não atingindo o seu índice anterior a fusão. Esse índice de

desempenho econômico, não mostrou muitos benefícios para a fusão do Santander

com o real.

No decorrer de todos anos no caso do Itaú, seus índices de alavancagem

(Leverage) manteve-se estável, porem baixo, não sendo tão seguro de riscos quanto

as outras instituições. Está estabilidade mostra que a fusão não impactou tanto

nesse índice econômico financeiro.

Outra vertente para essa analise do caso, conforme o capítulo 2, que define as

diferentes formas de fusão; e acompanhando a historia dos bancos no capitulo 4, foi

o fato de que o Santander comprou (adquiriu) o banco real, tendo mais gastos e

adaptações a fazer em seus balanços, enquanto o Itaú e o Unibanco se fundiram,

sem ter ocorrido muitos impactos no balanços, especificadamente em seus ativos.

Por isso, este índice para analise das fusões, não teve um parecer totalmente

positivo, mas mostra-se importante para se acompanhar o andamento das

instituições, tendo invista a diferença de cada uma delas.

Page 47: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

45

4.4.3 Retorno sobre Patrimônio líquido

Retorno sobre Patrimônio líquido = Lucro Líquido ÷ Patrimônio Líquido o

Fórmula 3

Gráfico 3: RPL

Fonte: Elaborado pelos autores.

Retorno sobre o patrimônio liquido ao contrario da alavancagem, é o retorno que

uma instituição alcança através dos seus próprios recursos. Através desse índice

que muitos medem a estabilidade de uma empresa.

Esses é um dos índices mais importante para se analisar o comportamento de

empresas durante o processo de fusão, pois, demonstra o risco do capital

empregado para a aquisição; esse gasto faz com que os índices caiam, diminuindo

assim a capacidade de liquidez imediata da empresa.

O comportamento das duas instituições, Santander e Itaú, após a fusão

apresentaram uma queda brusca aumentando assim o risco de ambas empresas,

não favorecendo a fusão de imediato, porém mostra uma curva de crescimento após

a queda, havendo possibilidade a longo prazo de se reestabelecerem.

Page 48: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

46

4.4.4 Retorno sobre o Investimento Total

Retorno sobre o Investimento Total = Lucro Líquido ÷ Ativo Total

Fórmula 4

Gráfico 4: RIT

Fonte: Elaborado pelos autores.

Pode-se citar o retorno sobre o investimento com um dos índices mais populares e

importantes no meio econômico, ele demonstra, dentre outras palavras, o quanto

uma empresa ganha a cada quantia gasta por ela. Pode também ser demonstrada

negativamente, isso é, a taxa que uma empresa perdeu em relação ao capital

investido.

Aparentemente os índices das instituições, Santander e Itaú, antes da fusão,

estavam em crescimento, tendo uma brusca queda após o processo. Para os dois

bancos adquirido (Real e Unibanco), seus índices eram baixos e em queda, porem,

após o ano de fusão cada gráfico apresentou um comportamento diferente;

enquanto o retorno sobre o investimento total do Santander, a cada ano vem

oscilando, o do Itaú vem apresentando um ligeiro crescimento.

Desta forma não a uma conclusão satisfatória para interferência deste índice no

processo de fusão.

Page 49: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

47

4.4.5 Margem Financeira

Margem Financeira = Resultado Bruto da Intermediação Financeira ÷ Ativo Total

Fórmula 5

Gráfico 5: Margem Financeira

Fonte: Elaborado pelos autores.

A margem financeira é a margem referente a tudo o que foi vendido pela instituição,

no caso dos bancos, todas as operações financeiras que foram vendidas, tirando

disso, todo o custo operacional e com impostos. Em outras palavras é a diferença

entre as taxas de juros que é cobrada por um financiamento.

Diferente do spread, a margem financeira é o resultado do spread confrontado com

o ativo total, com isso, consegue todas as operações feitas livres do custo

operacional e dos impostos.

Conforme o gráfico, os índices dos bancos adquiridos (Real e Unibanco) encontrava

em queda, enquanto que os bancos Santander e Itaú, apesar de uma queda durante

os processos de aquisições, conseguiram retomar o crescimento, porem o Itaú foi o

único a alcançar um ganho maior.

Apesar no caso do índice do Itaú foi favorável após a fusão, como os demais

apresentaram uma grande oscilação, não há como comprovar valor aparente no

índice para uma fusão .

Page 50: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

48

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pôde-se averiguar neste trabalho que a análise das demonstrações contábeis

através de índices são muito importante para identificar o desempenho das

instituições financeiras em vários pontos, servindo como instrumento de decisão,

analisando sua situação econômico-financeira e se há necessidades para criar

formas para melhorar o desempenho.

Este trabalho teve como objetivo avaliar as demonstrações contábeis dos bancos

Santander, Real, Itaú e Unibanco, através de índices econômico-financeiros antes e

depois da reorganizações societária que ocorreu em 2008 e após a suas devidas

fusões até seus demonstrativo mais atual que foi do ano de 2011.

Como dito, sem levar para analise de todo o mercado da época, as situações

econômicas, tanto do setor quanto do pais, a atuação do governo e as tendências

dos mercados internacionais, apenas analisando os índices estudados nesse

trabalho pôde-se verificar diversos comportamentos dos bancos em uma fusão

Portanto, aferidos todos os dados propostos para o estudo, os fatos inestimáveis

encontrados foram que para todas as instituições em seu ano de fusão mostram

drásticas variações e oscilações, tanto para uma fusão ou aquisição como vistas no

decorrer do trabalho, mas mesmo com essas mudanças não necessariamente

mostrou-se negativa, pois como muitos dos índices que tiveram quedas durante a

fusão retomaram em seus anos seguintes uma volta de crescimento. O fator

importante a se levar em conta é a importância de ter um acompanhamento forte

nestes períodos a fusão, com planejamento futuro e gerenciamento, para mostrar a

seus stakeholders e acionistas, solidez e consistência da instituição, pois apenas

olhando os dados imediatos no ano da fusão pode vir a preocupar e a sustar novos

e atuais investidores.

Com tudo devido ao curto período das fusões até a presente data, não houve a

possibilidade de demonstrar nos gráficos a total situações das instituições pós fusão,

mas de imediato as novas instituições mostram dados positivos.

Page 51: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

49

5.1 RECOMENDAÇÕES PARA ESTUDOS FUTUROS

Recomenda-se para estudos futuros, continuar analise dos bancos Itaú e Santander

por mais alguns anos para verificar se ocorrerá mais mudanças e as oscilações dos

índices atuais.

Juntamente recomenda-se analisar mais índices, para melhorar as informações

adquiridas e verificar a possibilidade de um índice especifico ser mais importante

para uma fusão, em um período de mais longo prazo.

Outra possibilidade é analise dos índices financeiros usados neste trabalhos, para

cruzar com mais dados retirando juntamente as instituições financeiras, ou com

dados do mercado sócio econômico do país, ou com as políticas do mercado

durante esses anos.

As sugestões apresentadas são para todos que de alguma maneira se interessam

por Instituições Financeiras.

Page 52: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

50

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58

ANEXO

Santander

Conta Descrição 31/12/2011 31/12/2010 31/12/2009 31/12/2008 31/12/2007 31/12/2006

1 Ativo Total 465.225.117 396.371.859 352.303.783 206.410.718 119.473.873 104.971.203

1.01 Ativo Circulante 245.996.451 195.243.147 175.814.921 101.355.765 80.306.832 66.188.689

1.01.01 Disponibilidades 4.458.365 4.375.077 5.597.548 2.449.760 1.641.665 1.177.725

1.01.02 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 47.442.765 31.655.506 39.072.317 29.452.723 24.757.573 4.742.810

1.01.03 Títulos e Valores Mobiliários 36.552.965 26.158.635 30.522.711 17.041.998 15.300.972 29.831.271

1.01.04 Relações Interfinanceiras 44.814.618 38.998.435 8.648.010 2.641.314 6.089.045 4.746.885

1.01.05 Relações Interdependências 856 1.751 2.135 3.870 984 2.009

1.01.06 Operações de Crédito 56.501.363 56.639.642 46.708.229 27.187.614 20.259.501 17.526.528

1.01.07 Operações de Arrendamento Mercantil 100.055 159.530 199.250 215.108 10.374 24.995

1.01.08 Outros Créditos 55.725.216 36.905.962 44.699.780 22.258.872 12.122.138 7.863.070

1.01.09 Outros Valores e Bens 400.248 348.609 364.941 104.506 124.580 273.396

1.02 Ativo Realizável a Longo Prazo 179.254.338 155.227.016 130.097.923 59.857.273 34.944.853 36.078.760

1.02.01 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 14.219.658 9.703.277 6.710.196 1.683.124 647.501 582.246

1.02.02 Títulos e Valores Mobiliários 68.593.921 70.025.053 56.900.061 13.268.073 8.344.193 12.643.210

1.02.03 Relações Interfinanceiras 198.439 185.069 239.918 68.492 64.236 60.365

1.02.04 Relações Interdependências 0 0 0

1.02.05 Operações de Crédito 79.499.007 60.650.568 50.889.036 20.238.048 17.367.178 15.076.280

1.02.06 Operações de Arrendamento Mercantil 59.880 173.546 399.919 627.911 0 12.618

1.02.07 Outros Créditos 16.582.092 14.461.069 14.874.566 23.867.217 8.435.606 7.218.219

1.02.08 Outros Valores e Bens 101.341 28.434 84.227 104.408 86.139 485.822

1.03 Ativo Permanente 39.974.328 45.901.696 46.390.939 45.197.680 4.222.188 2.703.754

1.03.01 Investimentos 15.209.932 19.068.672 17.712.472 14.984.082 1.288.833 1.063.910

1.03.02 Imobilizado de Uso 4.902.891 4.406.494 3.605.974 2.524.321 1.142.120 680.553

1.03.03 Imobilizado de Arrendamento 0 0 0

1.03.04 Intangível 19.861.505 22.426.530 25.072.493 27.689.277 1.791.235 0

1.03.05 Diferido

Conta Descrição 31/12/2011 31/12/2010 31/12/2009 31/12/2008 31/12/2007 31/12/2006

2 Passivo Total 465.225.117 396.371.859 352.303.783 206.410.718 119.473.873 104.971.203

2.01 Passivo Circulante 271.290.416 220.371.078 178.795.915 99.308.362 79.400.360 67.904.862

2.01.01 Depósitos 113.464.541 100.474.701 82.415.068 39.326.071 31.960.657 24.618.596

2.01.02 Captações no Mercado Aberto 59.231.381 52.982.982 29.368.895 16.290.597 20.706.678 23.093.563

2.01.03 Recursos de Aceites e Emissão de Títulos 17.426.772 8.655.929 8.243.008 4.359.926 1.388.143 257.400

2.01.04 Relações Interfinanceiras 8.467 9.253 41.105 181 656 2.105

2.01.05 Relações Interdependências 2.012.600 2.373.409 1.915.633 1.328.290 549.172 880.801

2.01.06 Obrigações por Empréstimos 13.161.053 11.327.455 8.044.839 9.867.363 6.465.748 5.220.867

2.01.07 Obrigações por Repasse do País 4.189.752 3.030.168 2.481.235 1.816.380 1.914.972 1.484.559

2.01.08 Obrigações por Repasse do Exterior 914.798 259.104 722.887 0 0 0

2.01.09 Outras Obrigações 60.881.052 41.258.077 45.563.245 26.319.554 16.414.334 12.346.971

2.01.10 INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS

2.02 Passivo Exigível a Longo Prazo 128.113.710 110.945.646 108.834.866 58.214.456 30.693.189 29.004.921

2.02.01 Depósitos 55.913.362 52.044.649 64.509.271 19.113.026 10.973.892 10.502.974

2.02.02 Captações no Mercado Aberto 21.664.735 15.131.866 5.552.576 2.065.829 2.462.758 2.516.682

2.02.03 Recursos de Aceites e Emissão de Títulos 21.087.243 11.142.045 1.564.799 857.584 773.114 1.177.933

2.02.04 Relações Interfinanceiras 0 0 0

2.02.05 Relações Interdependências 0 0 0

2.02.06 Obrigações por Empréstimos 1.660.631 2.201.219 2.879.791 1.566.449 816.788 747.781

2.02.07 Obrigações por Repasse do País 6.031.862 8.811.543 5.933.049 2.451.194 2.465.420 2.507.434

2.02.08 Obrigações por Repasse do Exterior 161.827 812.754 1.141.202 0 0 0

2.02.09 Outras Obrigações 21.594.050 20.801.570 27.254.178 32.160.374 13.201.217 11.552.117

2.03 Resultados de Exercícios Futuros 207.291 178.150 145.556 94.015 78.892 41.522

2.05 Patrimônio Líquido 65.613.700 64.876.985 64.527.446 48.793.885 9.301.432 8.019.898

2.05.01 Capital Social Realizado 62.828.201 62.828.201 62.806.071 47.152.201 8.331.448 6.831.448

2.05.02 Reservas de Capital 529.149 529.136 726.566 922.130 22.130 24.747

2.05.03 Reservas de Reavaliação 0 0 0

2.05.04 Reservas de Lucro 1.519.129 1.236.150 919.467 693.275 605.416 886.419

2.05.05 Ajustes de Avaliação Patrimonial 737.221 283.498 75.342 26.279 342.438 131.467

2.05.06 Lucros/Prejuízos Acumulados 0 0 145.817

Page 61: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

59

Conta Descrição 31/12/2011 31/12/2010 31/12/2009 01/01/2008 a 31/12/2008

01/01/2007 a 31/12/2007 01/01/2006 a 31/12/2006

3.01 Receitas da Intermediação Financeira 55.788.210 39.698.085 26.991.296 20.512.167 14.552.913 7.471.108

3.02 Despesas da Intermediação Financeira -41.881.297 -25.711.572 -17.073.513 -16.043.535 -8.947.148 -4.622.020

3.03 Resultado Bruto Intermediação Financeira 13.906.913 13.986.513 9.917.783 4.468.632 5.605.765 2.849.088

3.04 Outras Despesas/Receitas Operacionais -11.752.295 -9.374.896 -11.223.706 -3.139.684 -3.499.195 -1.854.385

3.04.01 Receitas de Prestação de Serviços 8.003.548 6.887.519 5.450.806 3.714.375 3.471.595 1.508.500

3.04.02 Despesas de Pessoal -5.233.401 -4.784.514 -3.868.995 -1.854.091 -1.893.425 -1.051.123

3.04.03 Outras Despesas Administrativas -10.456.704 -9.739.410 -8.843.249 -3.720.339 -3.031.855 -1.424.806

3.04.04 Despesas Tributárias -2.376.266 -2.084.281 -1.808.005 -793.960 -803.920 -356.331

3.04.05 Outras Receitas Operacionais 2.247.864 1.671.698 1.305.380 795.661 418.417 452.340

3.04.06 Outras Despesas Operacionais -5.420.843 -3.140.035 -5.619.918 -2.310.301 -2.174.114 -1.088.793

3.04.07 Resultado da Equivalência Patrimonial 1.483.507 1.814.127 2.160.275 1.028.971 514.107 105.828

3.05 Resultado Operacional 2.154.618 4.611.617 -1.305.923 1.328.948 2.106.570 994.703

3.05.0 Resultado de eventos não recorrentes

3.06 Resultado Não Operacional 852.731 400.899 3.786.049 -53.151 188.756 -30.574

3.07 Resultado Antes Tributação/Participações 3.007.349 5.012.516 2.480.126 1.275.797 2.295.326 964.129

3.08 Provisão para IR e Contribuição Social 11.950 -384.436 -1.223.827 -797.744 -231.206 27.195

3.08.01 Provisão para Imposto de Renda -135 -207.113 -691.679 -442.177 -130.424 18.317

3.08.02 Provisão para Contribuição Social 12.085 -177.323 -532.148 -355.567 -100.782 8.878

3.09 IR Diferido 1.719.798 301.784 1.274.990 1.514.762 174.004 -82.142

3.10

Participações/Contribuições

Estatutárias -1.168.350 -1.073.181 -730.097 -451.911 -400.176 -141.871

3.11 Reversão dos Juros sobre Capital Próprio 0 0 0

3.13 Lucro/Prejuízo do Período 3.570.747 3.856.683 1.801.192 1.540.904 1.837.948 767.311

3.99 Lucro por Ação - (R$ / Ação) 0,00895 0,00966 0,00453

Itaú

Conta Descrição 31/12/2011 31/12/2010 31/12/2009 31/12/2008 31/12/2007 31/12/2006

1 Ativo Total 91.053.044 81.251.299 67.458.658 62.031.397 34.048.157 28.794.237

1.01 Ativo Circulante 28.646.456 3.792.477 10.795.381 1.939.987 1.898.174 1.017.668

1.01.01 Disponibilidades 7.833 1.940 515 155 134 110

1.01.02 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 26.302.382 192.959 6.948.040 171.572 152.841 168.370

1.01.03 Títulos e Valores Mobiliários 13.631 33.489 5.307 0 30.231 1.986

1.01.04 Relações Interfinanceiras 0 0 0

1.01.05 Relações Interdependências 0 0 0

1.01.06 Operações de Crédito 0 0 0

1.01.07 Operações de Arrendamento Mercantil 0 0 0

1.01.08 Outros Créditos 2.318.501 3.559.575 3.839.692 1.766.239 1.713.398 844.392

1.01.09 Outros Valores e Bens 4.109 4.514 1.827 2.021 1.570 2.810

1.02 Ativo Realizável a Longo Prazo 6.097.851 14.428.183 282.325 408.643 772.521 906.322

1.02.01 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 5.794.144 14.176.842 0 309.323 703.306 583.385

1.02.02 Títulos e Valores Mobiliários 0 6.387 25.118 24.583 22.312 19.620

1.02.03 Relações Interfinanceiras 0 0 0

1.02.04 Relações Interdependências 0 0 0

1.02.05 Operações de Crédito 0 0 0

1.02.06 Operações de Arrendamento Mercantil 0 0 0

1.02.07 Outros Créditos 303.707 244.954 257.207 74.737 46.903 303.317

1.02.08 Outros Valores e Bens 0 0 0

1.03 Ativo Permanente 56.308.737 63.030.639 56.380.952 59.682.767 31.377.462 26.870.247

1.03.01 Investimentos 56.308.494 63.030.331 56.380.595 59.682.215 31.376.991 26.869.883

1.03.02 Imobilizado de Uso 243 308 357 552 471 290

1.03.03 Imobilizado de Arrendamento 0 0 0

1.03.04 Intangível 0 0 0

1.03.05 Diferido 0 0 74

Conta Descrição 31/12/2011 31/12/2010 31/12/2009 31/12/2008 31/12/2007 31/12/2006

2 Passivo Total 91.053.044 81.251.299 67.458.658 62.031.397 34.048.157 28.794.237

2.01 Passivo Circulante 6.226.283 2.856.800 2.681.374 2.572.135 2.161.795 1.795.546

2.01.01 Depósitos 4.832.444 0 0 0 0 0

2.01.02 Captações no Mercado Aberto 0 0 0

2.01.03 Recursos de Aceites e Emissão de Títulos 5.542 5.542 0 0 0 0

2.01.04 Relações Interfinanceiras 0 0 0

2.01.05 Relações Interdependências 0 0 0

2.01.06 Obrigações por Empréstimos 0 0 0

2.01.07 Obrigações por Repasse do País 0 0 0

2.01.08 Obrigações por Repasse do Exterior 0 0 0

2.01.09 Outras Obrigações 1.388.297 2.851.258 2.681.374 2.572.135 2.161.795 1.795.546

Page 62: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

60

2.01.10 INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS

2.02 Passivo Exigível a Longo Prazo 6.443.608 7.749.709 1.276.670 618.333 153.994 63.112

2.02.01 Depósitos 0 3.344.008 899.224 0 0 0

2.02.02 Captações no Mercado Aberto 0 0 0

2.02.03 Recursos de Aceites e Emissão de Títulos 500.000 500.000 0 0 0 0

2.02.04 Relações Interfinanceiras 0 0 0

2.02.05 Relações Interdependências 0 0 0

2.02.06 Obrigações por Empréstimos 0 0 0

2.02.07 Obrigações por Repasse do País 0 0 0

2.02.08 Obrigações por Repasse do Exterior 0 0 0

2.02.09 Outras Obrigações 5.943.608 3.905.701 377.446 618.333 153.994 63.112

2.03 Resultados de Exercícios Futuros 0 0 0

2.05 Patrimônio Líquido 78.383.153 70.644.790 63.500.614 58.840.929 31.732.368 26.935.579

2.05.01 Capital Social Realizado 45.000.000 45.000.000 45.000.000 29.000.000 14.254.213 14.254.213

2.05.02 Reservas de Capital 763.413 594.734 640.759 597.706 1.290.059 1.290.005

2.05.03 Reservas de Reavaliação 0 0 0

2.05.04 Reservas de Lucro 32.758.882 25.032.928 17.739.824 29.243.223 16.188.096 11.391.361

2.05.05 Ajustes de Avaliação Patrimonial -139.142 17.128 120.031 0 0 0

2.05.06 Lucros/Prejuízos Acumulados 0 0 0

Conta Descrição 31/12/2011 31/12/2010 31/12/2009 01/01/2008 a 31/12/2008

01/01/2007 a 31/12/2007

01/01/2006 a 31/12/2006

3.01 Receitas da Intermediação Financeira 2.608.483 1.021.447 473.748 114.037 137.016 95.125

3.02 Despesas da Intermediação Financeira -753.200 -376.032 -69.656 -77.466 0 -2.918

3.03 Resultado Bruto Intermediação Financeira 1.855.283 645.415 404.092 36.571 137.016 92.207

3.04 Outras Despesas/Receitas Operacionais 9.830.784 9.557.780 7.223.724 2.203.515 8.169.257 6.573.519

3.04.01 Receitas de Prestação de Serviços 0 0 0

3.04.02 Despesas de Pessoal -190.128 -163.300 -203.717 -117.333 -23.809 -20.902

3.04.03 Outras Despesas Administrativas -43.523 -64.946 -42.537 -37.874 -50.524 -35.449

3.04.04 Despesas Tributárias -185.652 -177.081 -174.659 -101.065 -96.116 -77.794

3.04.05 Outras Receitas Operacionais 2.490 5.246 2.975

3.04.06 Outras Despesas Operacionais -42.943 -85.396 -86.366 -53.271 -51.782 -1.002

3.04.07 Resultado da Equivalência Patrimonial 10.293.030 10.048.503 7.731.003 2.510.568 8.386.242 6.705.691

3.05 Resultado Operacional 11.686.067 10.203.195 7.627.816 2.240.086 8.306.273 6.665.726

3.05.0 Resultado de eventos não recorrentes

3.06 Resultado Não Operacional 28.868 9.763 10.049 18.039.190 7.740 1.384

3.07 Resultado Antes Tributação/Participações 11.714.935 10.212.958 7.637.865 20.279.276 8.314.013 6.667.110

3.08 Provisão para IR e Contribuição Social 178.218 64.314 71.374 -51.473 -439.213 158.212

3.09 IR Diferido 0 0 0

3.10 Participações/Contribuições Estatutárias -2.957 -5.257 -2.332 -10.706 -9.024 -6.193

3.11 Reversão dos Juros sobre Capital Próprio 0 0 0

3.13 Lucro/Prejuízo do Período 11.890.196 10.272.015 7.706.907 20.217.097 7.865.776 6.819.129

3.99 Lucro por Ação - (R$ / Ação) 2,63 2,26 1,7023

Unibanco

Conta Descrição 31/12/2011 31/12/2010 31/12/2009 de 2008 2007 2006

1 Ativo Total 186.322.429 157.502.474 102.698.303

1.01 Ativo Circulante 106.929.203 93.647.416 59.105.843

1.01.01 Disponibilidades

1.618.718

2.511.237

1.201.720

1.01.02 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez

39.145.679 41.192.331 24.597.283

1.01.03 Títulos e Valores Mobiliários 19.804.468 11.137.543 5.005.432

1.01.04 Relações Interfinanceiras

7.213.524 6.616.964 5.077.128

1.01.05 Relações Interdependências

43.840 31.609 42.480

1.01.06 Operações de Crédito 26.560.354 22.956.330 17.622.198

1.01.07 Operações de Arrendamento Mercantil

351.381 409.415

38.595

1.01.08 Outros Créditos

11.834.973 8.393.845 5.159.498

1.01.09 Outros Valores e Bens 356.266 398.142

361.509

1.02 Ativo Realizável a Longo Prazo 58.649.571 48.602.195 32.947.824

1.02.01 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 989.043 1.318.179

1.270.913

1.02.02 Títulos e Valores Mobiliários 33.549.602 27.942.090 17.211.417

Page 63: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

61

1.02.03 Relações Interfinanceiras 58.463

56.060

52.869

1.02.04 Relações Interdependências

1.02.05 Operações de Crédito 20.231.692 15.350.904 11.562.190

1.02.06 Operações de Arrendamento Mercantil 335.186

541.837

48.713

1.02.07 Outros Créditos 3.049.215 2.769.398 2.420.747

1.02.08 Outros Valores e Bens 436.370 623.727

380.975

1.03 Ativo Permanente 20.743.655 15.252.863 10.644.636

1.03.01 Investimentos 19.609.646

14.326.751 9.809.288

1.03.02 Imobilizado de Uso 472.475 382.030 342.995

1.03.03 Imobilizado de Arrendamento

19.533.252 14.228.976 9.683.524

1.03.04 Intangível

1.03.05 Diferido 661.534 544.082 492.353

Conta Descrição de 2008 2007 2006

2 Passivo Total 186.322.429 157.502.474 102.698.303

2.01 Passivo Circulante 97.543.156 84.026.697 46.461.034

2.01.01 Depósitos 32.301.385 38.213.709 21.893.444

2.01.02 Captações no Mercado Aberto 32.209.654 24.910.812 13.195.686

2.01.03 Recursos de Aceites e Emissão de Títulos 6.110.520

1.905.596

1.683.459

2.01.04 Relações Interfinanceiras 896.034 166.057

165.733

2.01.05 Relações Interdependências 326.951 626.354

527.689

2.01.06 Obrigações por Empréstimos 5.684.381

5.957.582

1.685.976

2.01.07 Obrigações por Repasse do País 2.973.244 2.559.622 2.004.639

2.01.08 Obrigações por Repasse do Exterior

14.869

2.286

18.724

2.01.09 Outras Obrigações 9.380.799 6.548.499 4.722.037

2.01.10 INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS

7.645.319

3.136.180

563.647

2.02 Passivo Exigível a Longo Prazo 75.816.974 61.610.492 46.301.021

2.02.01 Depósitos 39.862.919 28.861.195 25.175.447

2.02.02 Captações no Mercado Aberto 10.997.326 8.383.240 6.876.932

2.02.03 Recursos de Aceites e Emissão de Títulos 2.726.934 6.050.889 3.263.061

2.02.04 Relações Interfinanceiras

719.927

805.025

154.643

2.02.05 Relações Interdependências

2.02.06 Obrigações por Empréstimos 2.327.551

1.523.223 1.288.986

2.02.07 Obrigações por Repasse do País 6.591.317

5.372.786 3.634.620

2.02.08 Obrigações por Repasse do Exterior

67.445

5.297 44.809

2.02.09 Outras Obrigações 12.523.555 10.608.837 5.862.523

2.03 Resultados de Exercícios Futuros 43.167

27.981

15.391

2.05 Patrimônio Líquido 12.919.132 11.837.304 9.920.857

2.05.01 Capital Social Realizado 11.000.000 8.000.000 8.000.000

2.05.02 Reservas de Capital

161.378

160.910

160.292

2.05.03 Reservas de Reavaliação

3.103

4.884

5.381

2.05.04 Reservas de Lucro

1.723.881 3.873.989

1.916.031

2.05.05 Ajustes de Avaliação Patrimonial

(229.274)

(65.786)

(117.649)

2.05.06 Lucros/Prejuízos Acumulados

(168.285)

(136.693)

(43.198)

428.329

Conta Descrição a

30/09/2008 2007 2006

3.01 Receitas da Intermediação Financeira 14.801.181

13.597.051 13.605.879

3.02 Despesas da Intermediação Financeira (11.837.198) (9.293.596)

(9.152.024)

3.03 Resultado Bruto Intermediação Financeira 2.963.983 4.303.455 4.453.855

3.04 Outras Despesas/Receitas Operacionais (1.019.539)

(1.220.605)

(1.508.915)

3.04.01 Receitas de Prestação de Serviços 1.434.081

2.081.508

1.964.070

3.04.02 Despesas de Pessoal (1.510.729)

(1.789.482)

(1.716.178)

3.04.03 Outras Despesas Administrativas (1.341.294)

(1.757.524)

(1.781.497)

3.04.04 Despesas Tributárias (369.952)

(592.214)

(461.920)

Page 64: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

62

3.04.05 Outras Receitas Operacionais 134.063

35.138

172.483

3.04.06 Outras Despesas Operacionais (702.536) (922.254)

(958.510)

3.04.07 Resultado da Equivalência Patrimonial 1.336.828 1.724.223

1.272.637

3.05 Resultado Operacional 1.944.444 3.082.850 2.944.940

3.05.0 Resultado de eventos não recorrentes 848.270 (459.329)

3.06 Resultado Não Operacional (3.627)

(20.719)

(38.074)

3.07 Resultado Antes Tributação/Participações 1.940.817

3.910.401

2.447.537

3.08 Provisão para IR 28.697

(118.488)

(188.198)

3.08 Provisão para Contribuição Social (4.382)

(15.767)

(75.563)

Constituição (realização) de ativo fiscal diferido 568.640 135.154

(30.111)

3.09 IR Diferido

592.955

899 (293.872)

3.10 Participações/Contribuições Estatutárias (332.759)

(463.475) (403.654)

3.11 Reversão dos Juros sobre Capital Próprio

3.13 Lucro/Prejuízo do Período 2.201.013 3.447.825

1.750.011

3.99 Lucro por Ação - (R$ / Ação)

2.201.013

-

real

Conta Descrição 31/12/2011 31/12/2010 31/12/2009 31/12/2008 31/12/2007 31/12/2006

1 Ativo Total 11.495.068 10.324.529 9.293.032

1.01 Ativo Circulante 226.746 224.116 41.819

1.01.01 Disponibilidades 1.887 3.503 2.374

1.01.02 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 211.359 177.305 0

1.01.03 Títulos e Valores Mobiliários 2.527 210 0

1.01.04 Relações Interfinanceiras 0 0 0

1.01.05 Relações Interdependências 0 0 0

1.01.06 Operações de Crédito 0 0 0

1.01.07 Operações de Arrendamento Mercantil -10.835 -2.968 3.763

1.01.08 Outros Créditos 19.741 40.817 26.651

1.01.09 Outros Valores e Bens 2.067 5.249 9.031

1.02 Ativo Realizável a Longo Prazo 10.479.592 8.707.191 7.768.666

1.02.01 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 10.220.394 8.600.213 7.681.449

1.02.02 Títulos e Valores Mobiliários 0 2.246 2.206

1.02.03 Relações Interfinanceiras 0 0 0

1.02.04 Relações Interdependências 0 0 0

1.02.05 Operações de Crédito 0 0 0

1.02.06 Operações de Arrendamento Mercantil -11.134 -16.974 -14.472

1.02.07 Outros Créditos 270.293 121.633 99.483

1.02.08 Outros Valores e Bens 39 73 0

1.03 Ativo Permanente 788.730 1.393.222 1.482.547

1.03.01 Investimentos 445 0 0

1.03.02 Imobilizado de Uso 0 0 0

1.03.03 Imobilizado de Arrendamento 788.285 1.393.222 1.482.547

1.03.04 Intangível 0 0 0

1.03.05 Diferido 0 0

Conta Descrição 31/12/2008 31/12/2007 31/12/2006

2 Passivo Total 11.495.068 10.324.529 9.293.032

2.01 Passivo Circulante 299.264 217.439 146.459

2.01.01 Depósitos 0 0 0

2.01.02 Captações no Mercado Aberto 0 0 0

2.01.03 Recursos de Aceites e Emissão de Títulos 0 0 0

2.01.04 Relações Interfinanceiras 0 0 0

2.01.05 Relações Interdependências 0 0 0

2.01.06 Obrigações por Empréstimos 0 0 0

2.01.07 Obrigações por Repasse do País 0 0 0

2.01.08 Obrigações por Repasse do Exterior 0 0 0

2.01.09 Outras Obrigações 299.264 217.439 146.459

2.01.10 INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS

2.02 Passivo Exigível a Longo Prazo 10.608.527 9.547.295 8.619.923

2.02.01 Depósitos 0 0 13.102

Page 65: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

63

2.02.02 Captações no Mercado Aberto 0 0 0

2.02.03 Recursos de Aceites e Emissão de Títulos 9.952.460 8.855.284 7.918.954

2.02.04 Relações Interfinanceiras 0 0 0

2.02.05 Relações Interdependências 0 0 0

2.02.06 Obrigações por Empréstimos 0 0 0

2.02.07 Obrigações por Repasse do País 0 0 0

2.02.08 Obrigações por Repasse do Exterior 0 0 0

2.02.09 Outras Obrigações 656.067 692.011 687.867

2.03 Resultados de Exercícios Futuros 0 0 0

2.05 Patrimônio Líquido 587.277 559.795 526.650

2.05.01 Capital Social Realizado 350.000 350.000 350.000

2.05.02 Reservas de Capital 3.649 3.649 1.614

2.05.03 Reservas de Reavaliação 0 0 0

2.05.04 Reservas de Lucro 233.628 206.146 175.036

2.05.05 Ajustes de Avaliação Patrimonial 0 0 0

2.05.06 Lucros/Prejuízos Acumulados 0 0 0

Conta Descrição 01/01/2008 a

31/12/2008 01/01/2007 a 31/12/2007

01/01/2006 a 31/12/2006

3.01 Receitas da Intermediação Financeira 1.683.506 1.606.656 993.191

3.02 Despesas da Intermediação Financeira -1.531.636 -1.425.963 -818.642

3.03 Resultado Bruto Intermediação Financeira 151.870 180.693 174.549

3.04 Outras Despesas/Receitas Operacionais -106.920 -114.124 -91.854

3.04.01 Receitas de Prestação de Serviços 1.214 4.295 786

3.04.02 Despesas de Pessoal 0 0 -2

3.04.03 Outras Despesas Administrativas -10.167 -11.012 -11.965

3.04.04 Despesas Tributárias -67.023 -74.676 -43.098

3.04.05 Outras Receitas Operacionais 21.445 12.922 15.716

3.04.06 Outras Despesas Operacionais -52.389 -45.653 -53.291

3.04.07 Resultado da Equivalência Patrimonial 0 0 0

3.05 Resultado Operacional 44.950 66.569 82.695

3.05.0 Resultado de eventos não recorrentes

3.06 Resultado Não Operacional 56 -17.157 -995

3.07 Resultado Antes Tributação/Participações 45.006 49.412 81.700

3.08 Provisão para IR e Contribuição Social -17.228 -18.004 -36.277

3.09 IR Diferido 0 0 0

3.10 Participações/Contribuições Estatutárias 0 0 0

3.11 Reversão dos Juros sobre Capital Próprio 0 0 0

3.13 Lucro/Prejuízo do Período 27.778 31.408 45.423

3.99 Lucro por Ação - (R$ / Ação)

Page 66: Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

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Santander Descrição 31/12/2011 31/12/2010 31/12/2009 31/12/2008 31/12/2007 31/12/2006

Santander - Spread Bancário 97.669.507 65.409.657 44.064.809 36.555.702 23.500.061 12.093.128

Santander - Leverage(alavancagem) 7,090366 6,109591 5,459751 4,230258 12,844675 13,088845

Santander - Retorno sobre Patrimônio Líquido 0,054421 0,059446 0,027914 0,031580 0,197598 0,095676

Santander - retorno sobre o investimento total 0,007675 0,009730 0,005113 0,007465 0,015384 0,007310

Santander - Margem Financeira 0,029893 0,035286 0,028151 0,021649 0,046920 0,027142

Real Descrição 31/12/2011 31/12/2010 31/12/2009 31/12/2008 31/12/2007 31/12/2006

Real - Spread Bancário

32.151.420 30.326.190 18.118.330

Real - Leverage(alavancagem)

19,573503 18,443411 17,645556

Real - Retorno sobre Patrimônio líquido

0,047300 0,056106 0,086249

Retorno sobre o Investimento Total

0,002417 0,003042 0,004888

Real - Margem Financeira

0,013212 0,017501 0,018783

Itaú

D escrição 3 1/ 12 / 2 0 11 3 1/ 12 / 2 0 10 3 1/ 12 / 2 0 0 9 3 1/ 12 / 2 0 0 8 3 1/ 12 / 2 0 0 7 3 1/ 12 / 2 0 0 6

Itaú - Spread Bancário 336.168.300 139.747.900 54.340.400 19.150.300 13.701.600 9.804.300

Itaú - Leverage(alavancagem) 1,161640 1,150139 1,062331 1,054222 1,072979 1,069004

Itaú - Retorno sobre Patrimônio líquido 0,151693 0,145404 0,121367 0,343589 0,247879 0,253164

Itaú - Retorno sobre o Investimento Total 0,130585 0,126423 0,114246 0,325917 0,231019 0,236823

Itaú - M argem Financeira 0,020376 0,007943 0,005990 0,000590 0,004024 0,003202

Unibanco

D escrição 3 1/ 12 / 2 0 11 3 1/ 12 / 2 0 10 3 1/ 12 / 2 0 0 9 3 1/ 12 / 2 0 0 8 3 1/ 12 / 2 0 0 7 3 1/ 12 / 2 0 0 6

Unibanco - Spread Bancário 26.638.379 22.890.647 22.757.903

Unibanco - Leverage(alavancagem) 14,422210 13,305604 10,351757

Unibanco - Retorno sobre Patrimônio líquido 0,170368 0,291268 0,176397

Unibanco - Retorno sobre o Investimento Total 0,011813 0,021891 0,017040

Unibanco - M argem Financeira 0,015908 0,027323 0,043368