Gabarito 1o. bim português i

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Português I 1 Curso pH © MÓDULO 1 LINGUAGEM LITERÁRIA GABARITO 1. B 2. No verso 7, há comparação, ao passo que, no verso 9, ocorre uma metáfora. 3. A obra literária é, sempre, indissociável do contexto em que é produzida. Além disso, tem como fun- ção fazer pensar, contribuindo para a dinâmica sócio-político-cultural da humanidade. Consciente dessa dimensão da arte, Manuel Bandeira diz que a poesia deve produzir “desespero“, ou seja, aler- tar, criar dúvidas, impulsionar o leitor para a tarefa do pensamento. 4. C 5. C 6. a) A frase “estou lúcido, pai, sei onde me contradigo“ é de sentido denotativo, pois expressa de forma inequívoca um significado de base: a consciência do filho da lucidez diante de seu discurso desconexo. b) Uma tradução possível é: se no que eu digo pode haver alguma obscuridade ou desconexão, tenha certeza, meu pai, de que muita coisa aí contida também é coerente e muito bem pensada. 7. a) As imagens do grilhão e das botas ajudam a caracterizar a ideia de que há uma estreita relação entre o prazer e a dor. Sugere-se, nos dois textos, que o prazer é um estado associado à supressão da dor, isto é, um estado que se faz sentir pelo contraste com o seu oposto. As imagens das botas apertadas e do grilhão ilustram bem essa ideia, pois, nos dois casos, o prazer resulta justamente da remoção daquilo que gerava a dor. b) Do texto 1 depreende-se que a dor e o prazer, embora sejam sensações ou estados intimam- ente relacionados, excluem-se no que diz respeito à possibilidade de ocorrerem ao mesmo tempo no homem, o que fica óbvio na passagem “tanto um como o outro recusam ser simultâneos no homem“. c) A ironia presente na passagem em destaque resulta da associação entre o tema grandioso do aperfeiçoamento da felicidade terrestre e algo tão prosaico quanto a existência de calos. Tomada ao pé da letra, essa associação parece despropositada, o que favorece a leitura do trecho como irônico. 8. O poema faz referências ao período inicial da ditadura militar no Brasil nos anos 60, momento histórico marcado pela violência e pela repressão política. Os sentimentos e valores defendidos pelo eu lírico, o direito à vida plena e à liberdade, vão de encontro à realidade que se sucedeu ao golpe militar, indicada nos 6 últimos versos do texto. 9. a) Lacerda propõe levantar a bandeira contra a imoralidade que ronda no governo. Espera contar com o apoio da classe média, a qual apresenta uma ilusória virtude. b) A classe média, aparentemente virtuosa, é a guardiã da moralidade. Assim, torna-se o principal alvo de campanhas moralistas planejadas por Lacerda. 10. a) Pelas repetições, Lacerda procura firmar a mentira como verdade. Ainda, busca influenciar o comportamento daqueles que recebem a mensagem (função conativa ou apelativa). b) Metonímia. Generalização. Pré-vestibular Português I 1º Bimestre

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Português I 1 Curso pH

© MÓDULO 1 LINGUAGEM LITERÁRIA

GABARITO

1. B

2. No verso 7, há comparação, ao passo que, no verso 9, ocorre uma metáfora.

3. A obra literária é, sempre, indissociável do contexto em que é produzida. Além disso, tem como fun-ção fazer pensar, contribuindo para a dinâmica sócio-político-cultural da humanidade. Consciente dessa dimensão da arte, Manuel Bandeira diz que a poesia deve produzir “desespero“, ou seja, aler-tar, criar dúvidas, impulsionar o leitor para a tarefa do pensamento.

4. C

5. C

6. a) A frase “estou lúcido, pai, sei onde me contradigo“ é de sentido denotativo, pois expressa de forma inequívoca um significado de base: a consciência do filho da lucidez diante de seu discurso desconexo.

b) Uma tradução possível é: se no que eu digo pode haver alguma obscuridade ou desconexão, tenha certeza, meu pai, de que muita coisa aí contida também é coerente e muito bem pensada.

7. a) As imagens do grilhão e das botas ajudam a caracterizar a ideia de que há uma estreita relação entre o prazer e a dor. Sugere-se, nos dois textos, que o prazer é um estado associado à supressão da dor, isto é, um estado que se faz sentir pelo contraste com o seu oposto. As imagens das botas apertadas e do grilhão ilustram bem essa ideia, pois, nos dois casos, o prazer resulta justamente da remoção daquilo que gerava a dor.

b) Do texto 1 depreende-se que a dor e o prazer, embora sejam sensações ou estados intimam-ente relacionados, excluem-se no que diz respeito à possibilidade de ocorrerem ao mesmo tempo no homem, o que fica óbvio na passagem “tanto um como o outro recusam ser simultâneos no homem“.

c) A ironia presente na passagem em destaque resulta da associação entre o tema grandioso do aperfeiçoamento da felicidade terrestre e algo tão prosaico quanto a existência de calos. Tomada ao pé da letra, essa associação parece despropositada, o que favorece a leitura do trecho como irônico.

8. O poema faz referências ao período inicial da ditadura militar no Brasil nos anos 60, momento histórico marcado pela violência e pela repressão política. Os sentimentos e valores defendidos pelo eu lírico, o direito à vida plena e à liberdade, vão de encontro à realidade que se sucedeu ao golpe militar, indicada nos 6 últimos versos do texto.

9. a) Lacerda propõe levantar a bandeira contra a imoralidade que ronda no governo. Espera contar com o apoio da classe média, a qual apresenta uma ilusória virtude.

b) A classe média, aparentemente virtuosa, é a guardiã da moralidade. Assim, torna-se o principal alvo de campanhas moralistas planejadas por Lacerda.

10. a) Pelas repetições, Lacerda procura firmar a mentira como verdade. Ainda, busca influenciar o comportamento daqueles que recebem a mensagem (função conativa ou apelativa).

b) Metonímia. Generalização.

Pré-vestibularPortuguês I

1º Bimestre

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Curso pH 2 Português I

11. Há uma relação semântica entre palavras, pois designam atividades imorais.

12. a) Trata-se da angústia existencial do eu lírico, ansioso por se descobrir. b) Metalinguística. Sei que canto. E a canção é tudo. Tem sangue eterno a asa ritmada.

13. D

14. C

15. C

16. D

17. “As tuas unhas de coral“

18. Atração e repulsa.

19. A

20. D

21. B

22. C

23. C

© MÓDULO 2 CLASSES GRAMATICAIS (1a parte)

GABARITO

1. a) “desfeitio”. Na expressão “o desfeitio da vida”, pode-se ressaltar o sentido de que a vida não tem feição ou configuração certa.

b) Uma dentre as formas: •muitointeligente •bastanteinteligente •beminteligente •deverasinteligente •assazinteligente •inteligentíssimo c) Trata-se de estruturas comparativas.

2. O personagem Doutor Mimoso é apresentado de forma favorável, com muitas qualidades positivas: é “justo”, “inteligentudo” e “bom”. Trata-se do adjetivo.

3. Cirurgião Trata-se de uma forma de manter a progressão do texto, uma vez que anteriormente foi citado “um

senhor Doutor Mimoso”.

4. a) Não. “alma” para o rapaz é essência, substantivo abstrato; para o velhinho, espírito, substantivo concreto.

b) O negócio é a propaganda da alma.

5. Quando se fala “o rapaz” tem-se certeza de que se trata de um rapaz já mencionado, o que nos remete ao publicitário anteriormente mencionado.

6. Intensidade e afetividade.

7. “jovem” e “velhinho”, por serem núcleos, são substantivos, e “publicitário” e “religioso”, por serem acessórios, adjetivos.

8. D

9. D

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Português I 3 Curso pH

10. Marca-se um ritmo lento que contrasta com o rompante que marca o desfecho da história.

11. Reforçar a ideia de que ambos estavam sós.

12. Comparação.

13. a) Trata-se de o esposo ter elogiado um manjar que, obviamente, estava ruim.

b) Pela não reclamação

14. A expressão “Só por fazer”.

15. B

16. a) Uma combinação inusitada seria “livro palerma”. O efeito especial aqui decorre do fato de que o adjetivo palerma, embora sintaticamente associado a “livro” é, semanticamente, ligado ao eu lírico.

b) Hipálage.

17. Segundo o autor, “dançar com religião” é dançar de forma espontânea, intensa e prazerosa.

18. a) Uma interpretação possível é “não há, de jeito nenhum, caminho para os amantes da Terra”. Outra interpretação é de que “não há caminho idêntico para os amantes da Terra”.

b) A interpretação mais adequada é “não há caminho idêntico para os amantes da Terra”, pois de acordo com o texto, como as terras do Rio, de Minas e do Norte são admiráveis, longas caminha-das por esses caminhos seriam sempre interessantes. Já a interpretação de que “não há, de jeito nenhum, caminho para os amantes da Terra” torna o texto sem sentido.

19. a) Cansaço, tristeza e, o que seria ainda pior, alegria fingida. b) No enunciado I, trata-se de moços brasileiros com tendência modernista; no enunciado II, trata-se

de moços cuja tendência modernista é brasileira.

20. a) “pensando bem”, “dum”; “duma”, “(...) o que milhões, milhões é exagero, muitos (...)”. b) O recurso é o ponto de exclamação.

21. a) Os primeiros membros de cada comparação são os argumentativamente valorizados, o que demonstra a tendência do autor à rejeição de se familiarizar apenas com comportamentos eruditas.

b) “ponho tanto entusiasmo e carinho no escrever” c) O uso do artigo antes de substantivo próprio traduz uma noção de familiaridade, de intimidade,

que não cabe no contexto.

© MÓDULO 3 GÊNERO NARRATIVO (1a parte)

GABARITO

1. B

2. B

3. D

4. C

5. C

6. D

7. a) Presença de personagem, de sequência de ações; emprego de verbos no pretérito perfeito, dentre outras. Dentre outros versos, “Paulo Roberto Parreiras” (v. 1), “Paulo Roberto estudou” (v. 15), “Deixou de lado os discos, o cinema,” (v. 18–19).

b) “ficou triste/ e sumiu/ De vergonha? de raiva?” (v. 12–14) Ou “Paulo Roberto estudou/Dura dura-mente” (v. 15–16)

c) 1a estrofe — causa: “que não passou no vestibular” (v. 10), consequência: “desapareceu de casa.” (v. 2) e 2a estrofe — causa: “Recebeu a notícia quinta-feira à tarde,” (v. 11), consequência: “ficou triste e sumiu.” (v. 12–13)

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Curso pH 4 Português I

8. a) Gondim considera que, para haver literatura, a linguagem precisa distanciar-se da fala cotidiana. Uma dentre as possibilidades:

•umartistanãopodeescrevercomofala. •Seeufosseescrevercomofalo,ninguémmelia. O narrador considera que o texto literário deve se aproximar da fala cotidiana. •Háláninguémquefaledessaforma! b) Duas dentre as referências: •àpossedocapitalpelonarrador •aopoderdecomandodonarrador •àdivisãodotrabalhonacomposiçãodaobra •àposteriorpropriedadesobreoprodutofinal,ouseja,olivro •àescola,representadanotextopelasnormasdagramáticaescolar •àautoridadereligiosa

9. Eu disse a Gondim que fosse para o Inferno, que ele havia acanalhado o troço. Disse que estava per-nóstico, estava safado, estava idiota. E lhe perguntei se achava que alguém falava daquela forma.

10. “ignora-se por que”

11. Espera-se que o leitor saia de si para ver o outro ou que use o texto como válvula de escape.

12. “O cais imundo dava-lhe saudade do futuro”

13. Aos ratos da rua do Acre.

14. Uma dentre as formulações: Os textos são ambos narrados em primeira pessoa. O ponto de vista é interno à narrativa.

15. O primeiro texto apresenta um tom nostálgico e respeitoso diante do poder e da autoridade do pa-triarca, avô do personagem-narrador.

O segundo satiriza a família e os representantes da ordem social com quem o narrador travou contato.

16. “Nos currais do Sobradinho, no debaixo do capotão de meu avô, passei os anos de pequenice, que pai e mãe perdi no gosto do primeiro leite.”

17. a) Ela dizia que guardava tudo o que o seu neto escrevia. b) Ela disse que deveria bastar, que ela não se atrevia a pedir mais. c) Disse ele com malícia que o major era um filósofo. d) O guerreiro Tabajara disse que Caubi tinha voltado. e) Gritaram em volta que seguisse a dança. f) “Lopo Alves disse que aquilo ia depressa. g) Concluiu que ali não estava o que procurava.

18. No texto 8, o narrador em primeira pessoa participa da cena e nela se envolve, revelando uma carga de afetividade por meio da criação de imagens idealizadas da favela, do uso de intensa adjetivação e de pontuação expressiva.

No texto 9, o ponto de vista do narrador em terceira pessoa cria um distanciamento a partir do qual se escamoteia sua subjetividade. Esse posicionamento mais objetivo é expresso pela descrição me-ticulosa e desmitificadora de personagens e ambientes.

19. Camões, no início de Os Lusíadas, marca a presença de homens valorosos que pertencem à elite portuguesa e constroem uma nova nação. Em Macedo, os “varões assinalados” representam a cor-rupção que consome a pátria.

20. a) A palavra é utilizada tanto em sentido denotativo quanto em sentido conotativo (metafórico). b) Afasta-se, já que sua personalidade fraca se opõe aos valores do herói clássico, tipicamente

romântico.

21. a) vv.1-3, 2-4, 8-10 e 9-11. b) A arte está em criar uma situação que se assemelha à realidade, mas que não a reproduz exata-

mente. Trata-se do conceito de arte como mimesis da realidade.

22. a) Cria-se uma intensificação do adjetivo. Trata-se de uma forma coloquial de obtenção do superla-tivo. (Não se admitirá a resposta “ênfase”)

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Português I 5 Curso pH

b) Há, no primeiro caso, apenas a ênfase ao adjetivo. Já, no segundo, há uma sutil modificação de sentido: devedores grossos são devedores grosseiros ou gordos e grossos devedores são grandes devedores, devedores de quantidades volumosas.

23. a) Instrumento. b) O emissor utiliza primeiramente “pobre” como substantivo e depois como adjetivo.

24. Pela grande presença de detalhes psicológicos e de descrições, a narrativa se configura lenta.

25. Sugere-se uma penetração psicológica mais intensa.

26. Em Juazeiro venderia o jumento, embora fosse sentir falta de Jeremias, já que fazia seis anos que o possuía e muito ele o ajudara.

27. Na primeira, a presença do “mas” introduzindo a ideia de “confiar pouco”, torna-a forte. Na segun-da, ao introduzir, a oração da perífrase “ajudaram a levar”, o “mas” deixa a ideia de “confiar pouco” menos importante.

28. “Era preciso trabalho para convencê-la a andar e Agostinho e João Pedro desesperavam-se por vezes”

29. C

30. D

31. A

32. D

33. A

34. B

35. C

36. C

37. A

© MÓDULO 4 GÊNERO NARRATIVO (2a parte)

GABARITO

1. No texto 1, o personagem Raimundo tem sua caracterização simplificada pelo narrador, que o re-sume a um tipo: o estudante intelectualmente limitado, porém esforçado. No texto 2, Conceição apre-senta uma caracterização mais complexa, fazendo-a imprevisível em suas ações. Na segunda parte do texto, por exemplo, ela tem uma atitude repentina, diferente de seu costume.

2. Enquanto os primeiros personagens são tratados apenas pelo primeiro nome — o que lhes dá intimi-dade —, o último é marcado por seu sobrenome — o que, além do distanciamento, representa sua posição social. Em outras palavras, o amor nas relações entre os personagens iniciais dá lugar ao dinheiro na última relação.

3. A

4. B

5. D

6. B

7. A

8. A

9. A

10. D

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Curso pH 6 Português I

11. C

12. B

13. D

14. C

15. C

16. a) Uma dentre as comprovações: São apresentados coloquialismos na fala dos personagens e até mesmo o discurso do narrador é

marcado pelo despojamento. Utiliza-se no texto literário um registro informal que não seria aceito antes do movimento mod-

ernista. b) O texto revela um interesse pela vida das classes populares no meio urbano brasileiro, que foi a

tônica na prosa de ficção posterior ao movimento modernista.

17. a) Seu Alberto disse que a voz de Leniza era linda, e ela comentou que, por ele, ela já estaria no rádio. b) No discurso indireto livre, os pensamentos, as ideias, as falas dos personagens são incorporados

ao discurso do narrador, sem utilização de verbos dicendi. Exemplo: queloucuraou Édesgraçadodefanhoso,masérádio.

18. Os ídolos da música popular são apresentados através dos personagens do romance, passando a ser vistos pela repercussão de sua imagem e de sua obra junto a esses personagens.

19. A

20. C

21. C

22. D

23. A

24. D

25. C

26. B

27. D

28. C

29. A

30. A

31. B

32. D

33. C

© MÓDULO 5 CLASSES GRAMATICAIS (2a parte)

GABARITO

1. a) I. No final da Guerra Civil americana, o ex-coronel ianque (...) sai à caça do soldado desertor que realizou assalto a trem que levava confederados.

II. No final da Guerra Civil americana, o ex-coronel ianque (...) sai à caça do soldado desertor que, com confederados, realizou assalto a trem.

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Português I 7 Curso pH

b) Na frase 1, com indica a relação continente-conteúdo (trem-soldados), como em copo com água. Na frase 2, com indica “em companhia de”. Em 1, com introduz um adjunto adnominal (de trem); em 2, introduz um adjunto adverbial de companhia.

2. D

3. C

4. C

5. a) A palavra denotativa “mesmo” pode introduzir o argumento mais forte para a chegada de uma conclusão. No caso do texto, para a conclusão de que existe preconceito no meio profissional do entrevistado.

b) A função das aspas é marcar a expressão que não foi dita pelo entrevistado, que sequer concorda com ela. Trata-se, portanto, de um índice de polifonia.

6. a) Substantivo comum concreto. b) Se a empresa passava por um período excelente, em consequência, deveria aumentar e não re-

duzir o salário do funcionário. Se o funcionário sofreu um corte salarial, não deveria ter ficado satisfeito ou agradecido. c) Um dentre os conectivos que mantenham o paradoxo: •logo •assim •portanto Um dentre os conectivos que eliminem o paradoxo: •mas •porém •todavia •contudo •entretanto

7. a) A perda da identidade do personagem em função de sua acomodação aos abusos que lhe são impostos no trabalho.

O personagem pode ser considerado o representante de uma grande massa anônima de em-pregados que são explorados no ambiente de trabalho.

b) Duas dentre as orações: •Joãoaceitoupassivamenteaexploração. •Joãotransformou-seemumescravodotrabalho. •Joãosubmeteu-seàsimposiçõesdeseuempregador.

8. O que se infere, implicitamente, é que João sempre foi forte e que um dia poderá deixar de sê-lo.

9. Segundo o rapaz, não houve cortes./ Corte esse cabelo, rapaz!

10. “Menor” é comparativo de superioridade e excelente é grau zero.

11. a) advérbio b) calmamente

12. a) causa b) Ele virá com tudo pronto. c) Com a redução do salário

13. No segundo enunciado, tem-se a impressão de que só há mais uma recompensa.

14. Magro, sentia-se com mais leveza, mais agilidade. A frase nova não dá ideia de processo contínuo que existe na original.

15. Tornaram-se cinza, Valor emotivo (trata-se de metáfora)

16. A preposição “em” marca a coloquialidade. Em seu lugar, a norma culta exigiria o “a”.

17. O eu poemático dá a entender que a pessoa amada tinha outros casos, ou seja, ela nada tinha de pes-soa pura ou inocente. Afirmar uma coisa para sugerir o oposto caracteriza a ironia.

18. No poema, “mente” ocorre como verbo e como sufixo formador de advérbio de modo e de intensi-dade (“inconscientemente”, “imensamente”, “invariavelmente”, “involuntariamente”), e o efeito ex-pressivo é reforçar a mentira: “so/mente”, “inconsciente/mente”.

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Curso pH 8 Português I

19. O poeta usa, para se referir à pessoa amada, o pronome de tratamento você, que pode ser usado para ambos os sexos.

20. Modo, tempo e intensidade.

21. a) Fora do contexto, a fala da moça é entendida como uma acusação de que os homens são mentiro-sos, habitualmente falam mentiras.

b) A palavra formada seria o advérbio homem-mente (transcrevendi letra por letras os dois termos contidos no quadrinho). Significaria da maneira típica dos homens.

c) Fazendo as duas leituras simultaneamente, entende-se que é típico dos homens mentir: ou seja, comporta-se “homemente”, à maneira de homem, implica mentir o tempo todo.

22. a) Os dois vocábulos que explicitam os espaços para marcar a oposição “corpo e alma” apresentada no texto 4 são “cá” e “longe”.

b) As expressões formadas por adjetivo(s) e substantivo que caracterizam esses espaços são as se-guintes:

– Espaço do corpo (“cá”): vãmatéria;humanaetrágicamiséria;surdosabismosassassinos;atrosdestinos;florapodrecidaedeletéria;baixomundo;movimentoslassos. (OBS.: Apresentar apenas uma expressão.)

– Espaço da alma (“longe”): clarosastrosperegrinos;donsdivinos;grandepaz;grandepazsidérea;almasirmãs;almasperfeitas;regiõeseleitas;largos,profundos,imortaisabraços.(OBS.: Apresen-tar apenas uma expressão.)

23. A visão de corpo manifesta no texto IV é caracterizada como inferior em relação a alma: o corpo constitui um obstáculo ao desenvolvimento da alma.

24. O contraste entre as falas e as ações dos personagens.

25. A interjeição é polissêmica. Portanto, uma mesma interjeição pode representar mais de uma emoção, fazendo-se necessário seu esclarecimento.

26. a) “Cininha, mesmo no chão, deu de ombros.” b) Desdém. 27. Cria-se cumplicidade com o leitor pelo fato de o narrador compartilhar da mesma surpresa que o

leitor tem ao verificar a coincidência dos eventos descritos.

28. a) Advérbio. b) Afirmação.

© MÓDULO 6 CLASSES GRAMATICAIS (3a parte) CONJUNÇÃO

GABARITO

1. A conjunção mas desempenha o papel de realçar o conteúdo da segunda oração, que constitui o elemento central na argumentação.

2. a) Embora tenha perdido o dia, ganhei o mundo. b) O período original adota, argumentativamente, a “estratégia do suspense”, que consiste em de-

stacar, primeiro, para o leitor, algo que será rebatido pelo argumento introduzido pelo “mas”. Cria-se, assim, a falsa impressão de que o emissor concorda com uma ideia contrária à sua; im-pressão essa que só será desfeita com o argumento subsequente ao “mas”. Na reescritura, o “em-bora” traduz a “estratégia da antecipação”: o leitor já sabe que o argumento introduzido por esse conectivo não terá peso suficiente para rebater o subsequente, que deverá ser oposto a ele.

3. a) O “um” é artigo (indefinido). Basta que se observe o paralelismo com seu termo coordenado “janela”, que é introduzido por artigo definido.

b) Trata-se do “mesmo” que, como já se viu, introduz o argumento mais relevante de uma série, de-vendo ser, por isso, o último a ser posicionado.

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Português I 9 Curso pH

c) Encerra uma ideia de tempo, indicando algo como “em tal momento”. d) A vírgula enfatiza que essas características não são permanentes, mas circunstanciais. Além dis-

so, pode-se acrescentar o fato de que a vírgula separa esses elementos do verbo, deixando mais evidente a ligação deles com o substantivo “ideias”.

4. a) Polissíndeto. b) No caso, trata-se de conferir um ritmo mais expressivo ao texto e ênfase a cada uma das ações

descritas.

5. Os parênteses ressaltam que se trata de uma ressalva, como bem atesta o operador concessivo “mes-mo que”.

6. A forma você assume valor genérico. Pode fazer referência à pluralidade de interlocutores: o próprio eu poético, o leitor, todo ou qualquer homem que se identifique com a experiência representada no poema.

7. No texto II, a vida na infância e a vida na velhice se assemelham quanto ao aproveitamento intenso de cada instante. Os recursos linguísticos que expressam essa semelhança são o uso da expressão comparativa talequale o emprego do vocábulo também.

8. No texto I, a expressão trinta segundos representa uma possibilidade rara de experimentar a vida em sua plenitude. No texto II, a expressão cinco minutos representa o tempo usual, cotidianamente experimentado pelo sujeito.

9. Para que haja polissíndeto, as conjunções devem unir termos sintaticamente equivalentes. Não é o caso de “conhecem a volúpia de viver dia a dia, hora a hora, e suas esperas e desejos nunca se este-ndem além de cinco minutos...”, já que o primeiro “e” coordena as orações dos verbos “conhecer” e “estender-se” e o segundo, os termos “esperas” e “volúpias”.

10. a) Simultaneidade. Conjunções Subordinativas Adverbiais Temporais. b) Trecho I. Há contraste entre a impaciência do automóvel e a lentidão dos cavalos, expressas pelos

adjetivos.

11. D

12. Utilização do poder para realizações infantis.

13. O personagem passa da adolescência para a maturidade, da irresponsabilidade para a responsabi-lidade, desejando primeiro se aproveitar das pessoas sem que elas o reconhecessem, para depois desejar melhorar a vida dos outros.

14. a) Um dentre os significados abaixo: •irresponsabilidade •faltadecompromisso b) Todas as suas ações, enquanto invisível, por não serem reconhecidas pelos demais, não o respon-

sabilizam por elas, nem mesmo quando ele desejaria ser responsabilizado, isto é, reconhecido.

15. a) Adição. b) como também/ como ainda/ mas também. c) Cria-se uma sensação de destaque ao segundo membro da série, como se ele fosse um arremate

das pretensões do narrador.

16. Trata-se de perguntas retóricas (reflexivas, portanto) que têm a finalidade de negar o valor positivo que o narrador atribuía às possibilidades de uso da invisibilidade.

17. a) Como a Beloní, de tão amargurada, nem tomara banho e dormira vestida, percebi que perdera a viagem.

b) Ambos traduzem ideia de causa.

18. a) Não se pode dizer que a medida é ruim baseando-se apenas no fato de que foi feita pelo presi-dente.

b) A medida foi feita pelo presidente, mas não se pode dizer que é ruim.

19. No clube — o Águia F. C. é o único —, o salão se abre ao funk e ao charm enquanto nos bares fecha-dos, ficam os velhos seresteiros, por isso é comum de um ponto alto do morro ouvir-se a mistura de vários sons.

20. O “mas” contrapões as ideias “aparência de velho” e “vigor da juventude”. O “e”, aditivo, introduz a síntese das características apresentadas.

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Curso pH 10 Português I

21. O pescador agitava-se em movimentos curtos e potentes, já que a vela tinha que ser içada logo, para que o barco não cedesse à insistência das ondas em aderná-lo.

22. Embora.

23. Amantes dos antigos bolachões penam não só para encontrar os discos, que ficam a cada dia mais raros, mas também na hora de trocar a agulha, ou de levar o toca-discos para o conserto.

24. C

25. a) Levando-se em conta o todo do texto, o significado usualmente dado à expressão “à beira do abis-mo” não se confirma. O segundo período da passagem, ao afirmar que será preciso um grande esforço coletivo para recolocar o país “lá em cima”, deixa claro que, na opinião do enunciador, o país já despencou no abismo, a catástrofe já aconteceu. Nota-se, portanto, uma interpretação irônica da expressão “à beira do abismo”. A primeira oração, entendida nos termos indicados no enunciado da questão, reproduz o discurso do senso comum, que é negado pelo segundo período, no qual o enunciador afirma sua posição crítica.

b) Embora o Brasil já esteja à beira do abismo, ainda vai ser preciso um grande esforço de todo mundo para que o coloquemos novamente lá em cima.

© MÓDULO 7 GÊNERO LÍRICO (1a parte)

GABARITO

1. a) Trata-se da própria composição poética. b) Metalinguística.

2. Trata-se de um texto formado por dois quartetos e dois tercetos, com um verso final chamado “chave de ouro”.

3. a) Passei bem junto a ela. E decerto ela nem soube que eu passei tão perto e nem suspeita que eu segui chorando! Trata-se do último terceto.

b) É uma menção à rejeição amorosa tematizada pelo eu lírico.

4. a) Embora Guimarães Rosa tivesse consciência de que Graciliano Ramos votara contra ele no con-curso de contos, não tinha ressentimentos e aceitou, de bom grado, os comentários feitos pelo autor de Vidas Secas.

b) O autor escreve os “rr”, “ll” e “ss” como em “esmoer”, “brabeza dos olhos”, “perder de olho”, “ele é boi espirrador”.

5. a) “Boi bem bravo, / bate baixo, / bota baba, / boi berrando... / Dança doido, / dá de duro, / dá de dentro, / dá direito... / Vai, vem, volta, / vem na vara, / vai não volta, / vai varando...”

b) São doze versos de três sílabas poéticas. Obs.: uma outra possibilidade de leitura é considerar o parágrafo formado por seis versos de sete

sílabas: “Boi bem bravo, bate baixo, / bota baba, boi berrando... / Dança doido, dá de duro, / dá de dentro,

dá direito... / Vai, vem, volta, vem na vara, / vai não volta, vai varando...”

6. a) Saudade. b) Os dois poemas são escritos endecassílabos, apresentam a forma de soneto (dois quartetos e dois

tercetos) e rimas em ABBA (nos quartetos) e CDC DCD (nos tercetos).

7. a) No texto de José Bonifácio, o pai é lembrado como presença física: “Vejo meu pai na sala, camin-hando, / Da luz da tarde aos tépidos clarões”. No poema de Luís Guimarães Junior, o pai é figura de uma sociedade patriarcal, o qual impregna o ambiente, sentido mesmo em sua ausência.

b) O Gênio (ou o fantasma).

8. a) Minhas irmãs brincam na sala de jantar. Uma saudade chorava em cada canto.

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Português I 11 Curso pH

b) A estrutura de ambas é: Minhas irmãs brincam na sala de jantar. Uma saudade chorava em cada canto.

9. B

10. C

11. A

12. D

13. A

14. D

15. A presença das rimas nos versos pares destaca a fala da flor.

16. Sugere-se o passar das águas.

17. Regular. Alternam-se sempre versos de 10 e 6 sílabas.

18. Pela criação metafórica.

19. a) O efeito cômico é dado pela possibilidade de Kerr e Peck poderem ser associados, pela semel-hança sonora, a quer e peque, o que resulta na alteração de classe gramatical – de substantivo (próprio) a verbo – e, consequentemente, de função sintática.

b) Os vocábulos peque e santinho passam a integrar o mesmo campo semântico, ao estabelecer uma relação de contraste entre pecado e santidade.

20. B

21. D

22. D

23. C

24. D