DISTRIBUIÇÃO GRATUITAANO 47 | EDIÇÃO 2461 | SÁBADO, 07 DE NOVEMBRO DE 2015FOLHADEVALINHOS.COM.BR

U M J O R N A L M A I S P O R V O C Ê DESDE 1968

Sem limites: Sesi 389 realiza encontro de ex-alunos neste sábadop. 8

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Técnico do Country fala da preparação da equipe na estreia na Superliga p. 16

Coral Municipal faz apresentação especial■  Repertório terá MPB e músuca sacra. Página 12

Etapa expõe trabalhos no Shoppingp. 13

Exposição será aberta na terça-feira

Gabrielle Cintra

FESTIVAL DE ARTESProgramação reserva peças de teatro no Auditório Municipal

Av. Joaquim Alves Corrêa recebe plantio de grama

■  Obras integram pacote de melhorias. Página 8

Suicídio é tema de palestra do Centro Pastoral ■  Aberto ao público, pales-tra será na quinta-feira, 12, às 19h30 . Página 9

Neste mês, o Festival de Artes vem recheado de atrações, como dan-ça, teatro, música e outros. Com exceção dos espetáculos de dança, os demais eventos são gratuitos e promovidos em vários espaços culturais da cidade. O evento, a cargo da Secretaria de Cultura e Tu-rismo, tem programação que se estende até dezembro. Página 13

Fundo Social forma turmas em dois cursos■  Alunos são dos cursos de padaria artesanal e corte e costura. Página 8

Santa Casa realiza mais um curso de gestantes■  Aulas estão programadas os dias para 11 e 25 deste mês. Página 11

PARQUE PÚBLICO

■  A população de Valinhos pode ganhar um com-plexo verde com mais de 1 milhão de m², quase o dobro da Lagoa do Taquaral. Desde que tomou co-nhecimento do empreeendimento residencial, o

prefeito Clayton Machado (PSDB) demonstrou pre-ocupaçao com o destino da Fonte Sônia. Para ele, a criação do parque ajuda a preservar este impor-tante patrimônio histórico e ambiental. Página 6

Projeto transforma Fonte Sônia em parque ecológico■  Empreendimento que planeja construir um residencial no local apresentou projeto que oferece área verde de 1 milhão de m² aberta ao público e preservação de pontos históricos. Página 6

Chuva de novembro já é 44,5% da média■  Na primeira semana de novem-bro, choveu em Valinhos 55 milíme-tros, ou 44,5% da expectativa pa-ra o mês inteiro nos três pontos de medição. O acumulado de outubro ficou abaixo da média. Página 11

Cinema é tema de edição do Fest Art da APAE ■  Na próxima quarta-feira, 11, a APAE de Valinhos promove a 10ª edição do Fest Art e Cultura que envolve os alunos da entidade em coreografias especiais de vários filmes de sucesso. Página 12

Inscrições do vestibulinho terminam dia 10■  Os inscrições para o vestibuli-nho da ETEC Benito Storani ter-minam às 15h de terça-feira, 10. A unidade oferece vagas para os cursos técnicos de administração e logística. Página 11

Marcos Araújo

SÁBADO, 07 DE NOVEMBRO DE 2015

folhadevalinhos.com.br redacao@folhadevalinhos.com.br

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Representante em São Paulo: Radimprensa Representações Ltda. Av. Brigadeiro Faria Lima, 1597 - Conjs: 304/305 - 3º andarTel/Fax: (11) 3813 1233

DIRETO DA REDAÇÃO■ Em Brasília O prefeito Clayton Machado (PSDB) não se entrega fácil diante da tamanha crise econômica que está afetando o país e detonando as finanças dos municípios. Na última quinta-feira, 5, ele esteve em Brasília em busca de recursos.

■ Em Brasília 2 A boa notícia obtida pelo prefeito Clayton veio do gabinete do deputado Federal Luiz Lauro Filho (PSB), que diante do pedido do prefeito apresentou uma emenda ao orçamento da União no valor de R$ 500 mil para infraestrutura urbana e outra de R$ 1 milhão para o turismo.

■ Fomos notícia 1 Valinhos foi notícia esta semana no jornal Bom Dia Brasil, da Rede Globo. Aqui a arreca-dação já caiu R$ 18 milhões e o Secretário da Fazenda, Dr. Ederson Marcelo Valencio, falou sobre algumas das medidas de contenção de despesas.

■ Fomos notícia 2 Valinhos também foi notícia positiva na Revista Exame como mostramos na sema-na passada em reportagem de capa. Além de ser a 21ª cidade do Brasil para se investir em negócios, é de Vali-nhos o 4º lugar em Desenvolvimento Social do Brasil.

■ Um grande presente A notícia de que parte da Fonte Sônia recentemente adquirida pela empresa Les-te Real Estate será transformada em um parque público irá transformar e valorizar toda a região do entorno do empreendimento. A Leste Real pretende implantar um condomínio residencial no local e em contrapartida irá doar para a cidade uma área de quase 1,2 milhão de metros quadrados para um parque em que toda popu-lação terá acesso.

■ Um grande presente 2 Foi um dos pedidos que o prefeito Clayton fez aos empreendedores ao tomar conhecimento do empreendimento. Para ele, a Fonte Sônia é patrimônio de Valinhos. Com a criação desse parque, que será duas vezes maior que a Lagoa do Ta-quaral e que deverá ser integrado ao Centro de Lazer do Trabalhador (CLT) Ayrton Senna, Valinhos terá um dos maiores parques urbanos do Brasil.

■ Um grande presente 3 Ainda na contrapartida da empresa Leste Real Estate, foi exigido pelo presiden-te do Departamento de Aguas e Esgotos de Valinhos (DAEV), engenheiro Luiz Mayr Neto, a construção das obras para a duplicação da captação de agua do Rio Ati-baia até a ETA 2. A obra resolverá o problema de abas-tecimento de água da cidade. Além disso, o empreen-dedor também irá recuperar as nascentes e lagoas da Fonte Sônia e replantar 100 mil novas árvores.

■ Se hay gobierno soy contra Os vereadores de oposição mais uma vez deram demonstração de que votam de acordo com seus interesses ou do grupo liderado pelo PMDB. A votação do projeto de Lei do Executivo que autoriza a Prefeitura a utilizar até 70% dos valores depositados em contas judiciais para paga-mento de dívidas com vencimento superior a 12 meses, despesas de capital, precatórios e para recompor o fluxo de pagamento da previdência foi exemplo claro desse comportamento. O projeto passou por 9 votos a favor e 7 contra.

ILUSTRAÇÃO | UENDERSON MENDES

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Ulisses Porto/Fotoclube ValinhosInstagram: @ulissesporto

Carlos Eduardo, de ValinhosInstagram: @retratosdevalinhos

NUMERALHA

ATMOSFERA

HOJE (07.nov)Sol com nuvens. Previsão de chuva.Máx. 29ºC Mín. 22ºC

AMANHÃ (08.nov)Sol com nuvens. Previsão de chuva.Máx. 31ºC Mín. 23ºC

SEGUNDA (09.nov)Sol com nuvens. Previsão de chuva.Máx. 30ºC Mín. 23ºC

Valinhos mais uma vez foi destaque na imprensa nacional com os números de desenvolvimento e investimento

CASAL MODERNO DILEMAS ANTIGOS | UENDERSON MENDES E JEREMIAS FIAIS

O Conselho dos Direitos daPessoa com Deficiência (CMDPD) fará na segunda-feira, 9, às 8h30, a reunião mensal entre os conselheiros. Na pauta do dia, está o andamento das conferências regional e estadual.

A Câmara de Valinhossedia na segunda-feira, 9, às 19h, o 1º Encontro de Orientação de Combate ao Aborto, com entrada aberta ao público. O evento

146condutores foram parados durante a blitz da Lei Seca, em Valinhos, no último sábado, 31 de outubro

14motoristas foram autua-dos na operação realiza-da na cidade

SÁBADO, 07 DE NOVEMBRO DE 2015

folhadevalinhos.com.br redacao@folhadevalinhos.com.br

opiniãoOs artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião deste jornal.

Há alguns meses um debate tomou conta da cidade: o futuro da Fonte Sônia. Ao tomar conhecimento que a mesma havia sido vendida, pelas redes sociais, alguns tripudiaram e criticaram qualquer tipo de ação que vies-se a ser ali desenvolvida, especialmente se fosse de or-dem imobiliária. Como se o direito à propriedade, assim como a um meio ambiente saudável e equilibrado, não fosse garantido pela Constituição.

Nesta semana, matéria publicada no jornal Correio Popular e que também estamos dando destaque, reve-lou o que de fato irá acontecer com a Fonte Sônia, a an-tiga Fazenda Cachoeira, que pertenceu ao ex-prefeito de Campinas Orosimbo Maia e que recebeu esse nome em homenagem à sua neta mais nova.

A área será de fato utilizada para um grande proje-to imobiliário que na contrapartida irá garantir aos va-linhenses inúmeros benefícios, entre eles a execução de obras para a duplicação de captação de água do Rio Atibaia, recuperação das nascentes e lagoas e a criação de um parque com área de quase 1,2 milhão de metros quadrados e que será de uso público.

O projeto, que será desenvolvido pela empresa Leste Real Estate, que comprou a Fonte Sônia, é inovador no que tange a relação com o Poder Público municipal, pois a contrapartida dará aos valinhenses a oportunidade única de acessar a uma das áreas mais belas do municí-pio, antes de uso restrito e privado.

A Fonte Sônia foi, no século XX, depois do Figo Roxo e da Festa do Figo, a principal referencia turística de Va-linhos e há muitos anos estava fechada. Sabemos que a

área da Fonte Sônia integra a Serra dos Cocais e é uma im-portante área de recarga de água de manancial de serra e com dezenas de manchões de matas de domínio atlânti-co e com um vasto e impor-tante campo de matacões, um bioma importantíssimo para o futuro da cidade. A proposta, ao que tudo indica, terá sua sustentabilidade ga-rantida.

Diferente dos anos 60, 70 e 80, quando o movimen-

to ambientalista defendia que para preservar o meio ambiente era preciso proibir qualquer interferência no mesmo, com a Rio 92 o mundo, que cresce e se desen-volve a passos largos, começou a perceber que equilí-brio e desenvolvimento sustentável são saídas que po-der público e privado precisam sempre colocar na mesa de negociação.

Valinhos, que desfruta dos melhores índices de qua-lidade de vida do Brasil, está localizada numa região dinâmica e de atração de muitas riquezas, vai ganhar muito com essa proposta.

A notícia vem num momento importante para o município que está enfrentando a atual crise econômi-ca de maneira criativa e dinâmica. A gestão do prefeito Clayton Machado (PSDB) e de seu vice Luiz Mayr Neto (PV) está atraindo para a cidade importantes empresas e transformando Valinhos num importante pólo de atra-ção de renda e geração de empregos. Não será diferen-te com esse empreendimento imobiliário denominado Quintas das Águas que irá dinamizar e valorizar todo seu entorno com a abertura de tamanha área para o la-zer, entretenimento e turismo.

Em que pese a preocupação dos ambientalistas, é importante deixar claro que o processo de aprovação do empreendimento, que também precisa de mu-dança na Lei de Zoneamento, terá que passar pelos Conselhos de Meio Ambiente e de Desenvolvimento Urbano, duas audiências publicas e pela Câmara Mu-nicipal.

A proposta do novo parque, duas vezes maior que a Lagoa do Taquaral, em Campinas poderá se configurar num dos maiores parques urbanos do Brasil.

Um projeto inovador

editorial

Quem nunca ouviu esse questionamento quando o assunto é

pessoa com deficiência e sua inserção na sociedade.E são várias as dúvidas que permeia esse universo de garantia do que é direito da pessoa com deficiência e do que é o seu dever.

É muito normal ouvirmos pessoas dizendo que deficiente não paga no transporte público, que deficiente tem direito a aposentadoria mesmo sem contribuir com o INSS, que deficiente tem entrada livre nos shows e eventos.

Para esclarecer essas dúvidas, primeiro temos que olhar um pouco a história de luta deste público, que durante vários anos foram excluídos do convívio so-cial e eram vistos como um peso para a sociedade.

Neste panorama o deficiente foi ao longo dos anos se encaixando entre ser o doentinho, alguém que precisa dos serviços da saúde, ou alguém em vul-nerabilidade social, o coitadinho em que o Estado é responsável por prover suas necessidades.

Assim, sempre se entendeu que deficiência e gratuidade se transformaram numa simbiose social. Acontece que, como diz um dito popular, não exis-te almoço grátis, alguém paga a conta. E esse alguém tratou de colocar regras para se receber as pessoas com deficiência para vida social.

Portanto, para ter direito à gratuidade, em primei-ro lugar, temos que fazer uma entrevista socioeconô-mica com essa pessoa e sua família. A gratuidade é para quem está em vulnerabilidade social, indepen-dente de sua condição física do grau da deficiência.

Explicando algumas gratuidades: para que uma

pessoa com deficiência te-nha gratuidade em transpor-te público, ela precisa não es-tar trabalhando e sua família não ter condições de arcar com essas custas.

Outro ponto controverso e que causa dúvidas é nos es-tacionamentos regulamen-tados em ruas e avenidas em que a lei federal determina que 5% das vagas para ido-sos e 2% para deficientes físicos. O deficiente creden-ciado não precisa pagar por esse estacionamento, porém tem um tempo de perma-nência de 2 horas. Já para os idoso, precisa pagar pelo es-

tacionamento do veículo.Em Valinhos existe uma lei pouco conhecida pela

população. A Lei 3.589 concede livre ingresso em eventos promovidos em espaços públicos. O artigo 1° diz que terá livre ingresso nos eventos promovidos em próprio municipal, pela Prefeitura ou particular o deficiente físico e mental, assim considerado por le-gislação especial.

A Lei diz que não se aplica o benefício previsto neste artigo às promoções beneficente e eventos cujo ingresso seja liberado por credencial de permuta por alimentos ou roupas.

A gratuidade apenas como forma de solidarie-dade tira a responsabilidade do Estado de oferecer prestação de serviço de qualidade. A gratuidade nos serviços tem de ser para quem dela esteja necessitan-do. A época do clientelismo, favoritismo e assisten-cialismo precisa ser deixada nas páginas dos livros de história.

VAG N E R A LV E S

Deficente não paga?

Vagner Alves

A Fonte Sônia foi, no século XX, depois do Figo Roxo e da Festa do Figo a principal referência turística de Valinhos“Doutor, me aposenta por favor”.

Esta pequena frase, é muito comum para os médicos peritos do INSS e também comum nos

escritórios de advocacia. Mas o artigo que escrevo trata-se exclusivamente dos nobres advogados.

Quem já não escutou em rodas de conversas de amigos, colegas de trabalho e parentes que fulano se aposentou no INSS, sem ter contribuído, ou contri-buiu por algumas parcelas. Bastou procurar um advo-gado que ele diz “deixa que eu te aposento”.

Não estou criticando, mas em algumas situações determinados advogados contribuem para início de uma confusão, em razão que fizeram de uma simples frase “deixa que eu te aposento” que se transformou em uma ato de “quebra galho” ou de “jeitinho bra-sileiro” e não em um direito que deve ser adquirido com a comprovação de documentos, respeitando a legislação previdenciária.

É comum segurados que comparecem nas perícias médicas do INSS, na maior simplicidade, humildade, pedem ao médico-perito para conceder aposentado-ria por invalidez ou o benefício de auxílio-doença, e o benefício é negado. Também existe o segurado “cara de pau, sem vergonha”, metido a “espertinho” que comparece fazendo o maior teatro, para sensibilizar até os demais funcionários do órgão previdenciário, que está sem condições de retornar ao trabalho.

Infelizmente esse “jeitinho brasileiro” se transfor-mou-se em uma cultura de corrupção, vício no Brasil. O cidadão não quer trabalhar quer se aposentar de qualquer jeito. E, não conseguindo o benefício recor-rem ao advogado, onde fazem propostas, ou forçam a situação, para que o profissional ingresse com a ação, pagando as vezes uma porcentagem maior.

Temos que também ser francos em dizer que

existem cidadãos que tem suas limitações e não con-seguem compreender a legislação previdenciária, já que não sabem ler ou interpretar, mas mesmo assim querem se aposentar, pois só sabe que tem gente que se aposenta e ele julga que tem esse direito. Já para o advogado explicar ao humilde segurado, que não tem direito, a situação é complicada.

O que causa surpresa e espanto é que o advogado explica com maior clareza possível, que não há como aposentar, e o segurado não se conformando dá jeito para tudo.

Passado alguns dias, surge na porta do escritório de advocacia, que em conversa com um amigo, foi em um médico “gente fina”, e conseguiu laudo médico confirmando a incapacidade definitiva para o traba-lho.

A situação tem como piorar? Lógico que tem! Quando ele é orientado de forma errada, contraditó-ria, esta situação sempre vai se repetir.

Resumindo, o cidadão quer se aposentar de qual-quer jeito, pois se seu amigo conseguiu ele também quer uma parte deste filé chamado Previdência So-cial.

É bom frisar que nossa Previdência Social, vem ao longo dos anos, implementando vários procedimen-tos para coibir o abuso, desmantelando quadrilhas especializadas em fraude de benefícios. Você leitor pode colaborar através do site www.ouvidoria.previ-dencia.gov.br ou pelo disque denúncia 0800-70-70-477. Afinal a Previdência Social é um patrimônio do segurado.

E D M I L S O N B A B R B A R I N I

“Doutor, me aposenta por favor”

Edmilson Barbarini é servidor público municipal, bacharel em ciências contábeise-mail: ebarbarini@ig.com.br

Sábado, 07 de novembro de 2015p.6 valinhos

Marcos Araújo

A população de Valinhos pode ganhar um complexo verde com mais de 1 milhão de m², quase o dobro do Parque Portugal, conhe-cido popularmente como Lagoa do Taquaral, em Campinas. A nova área de lazer, voltada para todas as idades e inédita na cidade, terá acesso gratuito e está prevista para ser construída na antiga Fazenda Fonte Sônia, propriedade privada e fechada ao público há anos. O projeto prevê o plantio de mais de

Projeto pretende fazer da Fonte Sônia um mega parque Área de lazer é contrapartida oferecida pela Prefeitura para empreendimento

Da Redação

Proposta prevê área de lazer de 1 milhão de m² no antigo Fazenda Hotel Fonte Sônia; o espaço, segundo o empreendimento, é duas vezes o tama-nho da Lagoa do Taquaral, em Campinas

Buscar parcerias como o setor privado em projetos ecourbanísticos é uma iniciativa muito inteligenteCarlos Alexandre Silva, presidente do Comdema de Campinas

1 milhãode m2 é a proposta do complexo de área verde

2 vezesmaior que a Lagoa do Taquaral

Ambiente de Campinas) e auditor ambiental do processo de licencia-mento do Quinta das Águas, avalia todas as contrapartidas oferecidas pelo projeto como uma “quebra de paradigma”. “É responsabilida-de do Estado nortear as políticas públicas de âmbito social e am-

biental. Valinhos é uma cidade, como tantas outras, com dificul-dades financeiras. Por isso, buscar parcerias com o setor privado em projetos eco urbanísticos é uma iniciativa muito inteligente. Dessa forma, conquistam-se benefícios em qualidade de vida para a popu-lação, sem onerar os cofres públi-cos”, argumentou.

A opinião é compartilhada pelo presidente da Habicamp (Associa-ção Regional da Habitação), Welton Nahas Curi, que defende esse mo-delo de gestão como uma tendên-cia. “A realidade atual de consumo

nos leva a um empreendedorismo consciente e a contraproposta do complexo verde em Valinhos refle-te a maturidade do entendimento de que o mundo empresarial e o poder público podem e devem an-dar juntos. Tanto os empresários quanto os ambientalistas têm en-contrado o ponto de equilíbrio sus-tentável neste novo milênio. Este é um empreendimento que reflete esta realidade”, afirmou Curi.

O projeto do complexo ver-de está sendo desenvolvido pelo paisagista Marcelo Novaes. “A de-manda por lazer é universal. Nossa

proposta para a área em Valinhos é oferecer um espaço que toda a população poderá aproveitar e de forma gratuita”, disse. “O espaço deverá reunir desde a mãe que vai passear com seu bebê, os amantes dos esportes, quem curte sentar num banco para ler um livro ou ouvir uma música, até os amigos da terceira idade que gostam de passar o tempo jogando xadrez”, explicou o paisagista. De acordo com Novaes, a área de lazer vai contemplar pista para caminha-das e corridas, anfiteatro para shows e espetáculos, pedalinhos, playgrounds, quiosques de ali-mentação e banheiros. “Uma área preservada é uma área utilizada. Portanto, é uma parceria fantásti-ca, em que todos ganham”, decla-rou o paisagista.

100 mil mudas para a recuperação das nascentes existentes no local e a implantação de um corredor ecológico. Além disso, haverá a criação de um viveiro de mudas,-monitoramento da qualidade das águas superficiais, gerenciamento de resíduos sólidos e implantação de projetos de educação ambiental.

O complexo verde faz parte de uma exigência da Prefeitura de Valinhos para a Leste Real Estate, proprietária da área e desenvolve-dora do projeto,como contraparti-da para a implantação no local do Quinta das Águas, um loteamento residencial horizontal sustentável.

O professor Carlos Alexan-dre Silva, presidente do Comde-ma (Conselho Municipal de Meio

Projeto já foi entregue e passará por etapas de avaliação até ser envia-do à Câmara

Marcos Araújo

Para prefeito, Fonte Sônia é patrimônio de Valinhos

DA REDAÇÃO ■ Para o prefei-to Clayton Machado (PSDB), que defendeu junto aos em-preendedores a criação do parque público, a Fonte Sô-

Projeto vai passar pelo Conselho de Meio AmbienteDA REDAÇÃO ■ O projeto do empreedimento irá passar pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente na próxima semana e na sequência pelo Conselho de Desenvolvimen-to Urbano. Além disso, deverá também ser debatido em duas audiências públicas e ser dis-cutido na Câmara Municipal.

DA REDAÇÃO ■ A Fonte Sônia foi implantada em meio à fa-zenda de café do ex-prefei-to de Campinas Orosimbo Maia. O hotel foi inaugura-do em 12 de julho de 1921 e o nome é uma homenagem à mais jovem de suas netas.

Nome é homenagem de Orosimbo Maia à neta mais nova

Valinhos também terá a garantia de abastecimento de águaClayton Machado (PSDB), prefeito

nia é patrimônip histórico de Valinhos e a cidade ganhos com este projeto.Segundo ele, este será o pri-meiro empreendimento a apresentar o EIA-Rima, es-tudo de impacto ambiental. “Este grandioso complexo verde, um dos maiores do es-tado, Valinhos também terá a garantia de abastecimen-to de água nas obras de cap-taçao do Rio Atibaia”, disse.

Prefeito de Valinhos, Clay-ton Machado

Sábado, 07 de novembro de 2015valinhos p.7

O projeto paisagístico do par-que da Fonte Sônia estipula que todos os elementos da área que ainda povoam as lembranças de quem costumava frequentar o local deverá ser preservado. O grande casarão amarelo do ho-tel será recuperado, assim como a casa em que ficava instalado o restaurante e as duas capelas. Os lagos passarão por um processo de limpeza o Cristo, instalado em uma das colinas mais altas da área

Casarão amarelo em que funcionava o hotel, capelas e o Cristo serão reformados

Pontos históricos serão mantidos e revitalizados por paisagista

Da Redaçãoda Fomte Sônia será restaurado. Atualmente, a estruturada está depredada com pichações e sem um dos braços.

Uma das novidades do parque será a construção de um anfitea-tro para apresentações musicais, como a Concha Acústica da Lagoa do Taquaral. A arena deve ter ca-pacidade para 300 pessoas e será usada como chamariz inicial que a população volte a frequentar a área verde.

Serão feitas pistas de corrida e de caminhada cortando todo o parque para a prática de exercí-cios. As quadras de cimento e o campo de grama serão recupera-dos e uma área será reservada para academia da terceira idade.

Para as crianças, o parque terá pedalinhos e playgrounds. Mesas de xadrez e damas completam área de lazer, que ganhará também

sanitários novos. As duas capelas serão restauradas, assim como a famosa gruta, que verte a água das diversas nascentes da Fonte Sônia.

Capela é um dos itens que fazem parte do projeto de recuperação dos pontos históricos da Fonte Sônia

Marcos Araújo

100 milmudas farão parte do reflorestamento do parque

60 espéciesnativas serão plantadss

300pessoas é a capacidade da Arena para shows que deve ser construída

Para a área de alimentação, estão previstos um café, um restaurante e vários quiosques.

O reflorestamento do parque com mais de 100 mil mudas será feito com pelo menos 60 espécies nativas. Serão jatobás, ipês, paus-ferros, jacarandás e perobas, que serão intercaladas com árvores frutíferas de menor porte, como

jabuticabeiras e pitangueiras. A área, apesar de extensa, tem hoje poucas árvores. A cobertura é principalmente de grama verde.