Gai@prende+

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Brochura do projecto Gai@prende+, escola a tempo inteiro em Vila Nova de Gaia.

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O projeto Gai@prende+ arrancou no início deste ano letivo em resposta às necessidades

educativas das nossas crianças e como instrumento de compatibilização entre os horá-

rios escolares e as responsabilidades laborais das famílias. Nesse sentido, e como forma

de garantir o apoio destes alunos ao longo de todo o dia, a autarquia aumentou o número

de horas nas Atividades Extracurriculares (AEC) e de Componente de Apoio à Família

(CAF) nos estabelecimentos de ensino pré-escolar e do 1.º ciclo. As escolas poderão, as-

sim, acolher os seus alunos num horário total de 12 horas, entre as 7h30 e as 19h30, em

atividades diversas e de caráter tendencialmente lúdico, respondendo às necessidades

das famílias e das crianças.

O Gai@prende+ envolve 150 escolas e 16 instituições parceiras, estando acessível a 15

mil alunos que, dependendo da necessidade dos encarregados de educação, poderão

passar mais ou menos horas na escola, não sendo, por isso, um programa de cariz obri-

gatório. Outra inovação implícita no projeto está relacionada com o CAF do período

da tarde – das 17h30 às 19h30 no 1.º ciclo –, que pela primeira vez, inclui atividades

orientadas, desenvolvidas por técnicos habilitados ou associações especializadas. Assim,

a CAF inclui atividade desportiva mista (com modalidades como taekwondo, karaté, pa-

tinagem, natação, canoagem, entre outras), atividades para crianças com necessidades

educativas especiais (desporto adaptado, hidroterapia, entre outras) e ainda outras de

áreas tão diversas como o xadrez, a expressão dramática ou o mandarim. Semanalmente,

estão contemplados dois dias destinados ao apoio ao estudo; nos restantes haverá um

período para a realização dos trabalhos de casa.

Com este novo projeto, os alunos passaram a ter ao seu dispor três horas diárias de ativi-

dades, ao invés do período de uma hora existente até ao último ano letivo. A CAF da tarde

será comparticipada pelas famílias e incluirá, além das atividades, reforço alimentar.

No ano 2014/2015 as AEC do 1.º ciclo decorrerão, no modelo tradicional, entre as

16h30 e as 17h30. Neste período, as atividades propostas incluem atividade física e des-

portiva (uma vez por semana), ensino da música (uma vez por semana), ensino de inglês

para as turmas dos 1.º e 4.º anos (uma vez por semana) e duas atividades a selecionar pe-

los agrupamentos entre ciência viva, literacia infantil, educação cívica e património local,

artes plásticas, expressão dramática, capoeira e prevenção rodoviária.

Já a Componente de Apoio à Família, no ensino pré-escolar, funcionará das 15h30 às

18h30 (período normal) e das 18h30 às 19h30 (extensão com atividade lúdico-despor-

tiva, comparticipada pelos encarregados de educação). No 1.º Ciclo, a CAF decorrerá

das 7h30 às 9h00 (acolhimento dos alunos, com distribuição de fruta) e das 17h30 às

19h30 (comparticipada).

Cabe à Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia a coordenação geral deste projeto e

disponibilizar os professores das AEC e às IPSS do concelho assegurar as contratações

para desenvolver as atividades suplementares, sendo que deverão recrutar, preferencial-

mente, os professores das AEC que lecionam no ano letivo em curso, dando continuidade

lógica ao projeto.

O projeto Gai@prende+ tem um orçamento total de 5,4 milhões de euros, resultando 3

milhões do financiamento direto da Câmara Municipal, 1,5 milhões de apoio do Ministé-

rio da Educação (AEC) e 900 mil euros de comparticipações dos encarregados de edu-

cação. Acrescem a este montante o valor do programa da fruta escolar (250 mil euros),

a comparticipação nas refeições escolares (3,6 milhões de euros), transportes escolares

(500 mil euros), apoio a atividades e visitas de estudo (150 mil euros), materiais peda-

gógicos (100 mil euros), livros escolares (850 mil euros), quadros interativos e software

(400 mil euros), apoio aos estudantes NEE (150 mil euros), entre outros. Todo este inves-

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O projeto Gai@prende+ faz uma oferta pedagógica para os alunos do 1º ciclo (CAF) e

outra para as crianças do pré-escolar (AAAF).

No que respeita ao Pré-escolar, o projeto oferece, em modalidade GRATUITA, um bloco

diário de 4 horas (15,30h-19,30h) de atividades importantes, programadas pelo De-

partamento de Educação e ministradas por animadoras(es) qualificadas(os) da Câmara

Municipal.

Como oferta adicional, e apenas para as famílias que o queiram, poderão acrescentar

atividades complementares, ministradas por professores externos e comparticipadas pe-

las famílias. Esta comparticipação mensal de 10€, 15€ ou 20€, conforme o escalão de

ação social, permite duas hipóteses:

1) uma atividade, por exemplo, artes plásticas, com 2 horas por semana;

2) em alternativa e preferencial em termos pedagógicos, duas atividades diferentes, de

uma hora cada, também por semana.

A escolha de mais do que uma atividade pressupõe que a carga horária máxima semanal

nunca poderá ser superior a 4 horas. Caso não opte por atividades-extra, a frequência

das 15,30h às 19,30h será oferecida de forma GRATUITA pelos animadores qualifica-

dos da Câmara, de acordo com a planificação semanal de atividades da AAAF.

Da parte da manhã, e atendendo à abertura da escola às 9h (com 30 minutos de tolerân-

cia), a Câmara disponibiliza às famílias um serviço de Acolhimento, entre as 7,30h e as

9h, com uma comparticipação máxima por escalão de cerca de 50 cêntimos por manhã,

num valor mensal de 10€, que inclui um suplemento alimentar gratuito às 8h00.

Para qualquer esclarecimento adicional, sugere-se contacto pelo email:

[email protected]

Move-nos uma prioridade à Educação e ao futuro das nossas crianças.

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Este projeto pretende defender a Escola Pública, e dar uma resposta às famílias, prote-

gendo os Pais e as crianças, procurando impedir dificuldades que venham a influenciar

negativamente o seu futuro. Um projeto inovador e desta envergadura e audácia, alarga-

do a todo o Concelho, envolvendo múltiplos canais de comunicação e tocando diferentes

estruturas do processo educativo, pode suscitar sempre informação menos precisa e que

carece de correção e esclarecimentos.

O projeto Gai@prende+ faz uma oferta pedagógica para os alunos do 1º ciclo (CAF) e

outra para as crianças do pré-escolar (AAAF).

No que respeita ao 1º ciclo, o projeto oferece, em modalidade GRATUITA, uma hora diá-

ria de AEC (16,30h-17,30h) de atividades programadas pelo Departamento de Educa-

ção e ministradas por professores/as qualificadas da Câmara Municipal (Inglês, música,

atividade física, entre outras).

Como oferta adicional para as famílias que o pretendam/necessitem, disponibiliza-se um

serviço de 2 horas (17,30h às 19,30h), comparticipado pelas famílias e gerido por insti-

tuições locais, com múltiplas atividades e sala de estudo, constantes no projeto disponível

em www.cm-gaia.pt. As comparticipações oscilam entre os 22,5€ para o escalão A, e os

45€ para as crianças sem escalão. Estes valores correspondem a uma comparticipação/

hora das famílias entre 50 cêntimos/hora e 1€/hora, assumindo a Câmara o grosso dos

custos do projeto.

Da parte da manhã, e atendendo à abertura da escola às 9h (com 30 minutos de tolerân-

cia), a Câmara disponibiliza às famílias um serviço de Acolhimento, entre as 7,30h e as

9h, com uma comparticipação máxima por escalão de cerca de 50 cêntimos por manhã,

num valor mensal de 10€, que inclui um suplemento alimentar gratuito às 8h00.

Para qualquer esclarecimento adicional, sugere-se contacto pelo email:

[email protected]

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- A Câmara de Gaia oferece os manuais?

Sim, a Câmara atribuiu todos os manuais escolares a todos os alunos do 1.º Ciclo, além disso,

este ano ofereceu também os manuais de Português e História e Geografia de Portugal aos alu-

nos do 2.º Ciclo.

- Existe algum apoio, por parte da autarquia, em termos de transporte dos alunos?

A autarquia tem prevista, no orçamento para o ano letivo 2014/2015, uma verba de 500 mil

euros para transporte de alunos entre as escolas e as instituições onde serão desenvolvidas algu-

mas das atividades no âmbito do programa Gai@prende+ (ténis de mesa, natação, patinagem,

entre outras).

- Quantas refeições espera a Câmara servir diariamente aos alunos do município?

Ao almoço deverão ser servidas cerca de 10.100 refeições por dia. Além disso, a autarquia pre-

tende oferecer reforço alimentar no período da pausa da tarde, com a introdução do regime da

fruta escolar.

- Ainda no âmbito da alimentação, têm-se verificado casos complicados nas escolas de Gaia?

Os casos sinalizados pelos Agrupamentos são devidamente acompanhados pela ação social

(com atribuição de escalão) e aos mesmos, é atribuído um reforço alimentar a meio da manhã e

ao meio da tarde.

Não temos registo de nenhuma situação em que seja necessário levar a refeição para casa.

- Qual o investimento feito pela Câmara de Gaia nas AEC para o próximo ano letivo? Qual a

comparticipação do Estado?

O projeto Gai@prende+ abrange um total de 15 mil alunos de 150 escolas e tem um orça-

mento total de 5,4 milhões de euros, resultando 3 milhões do financiamento direto da Câmara

Municipal, 1,5 milhões de apoio do Ministério da Educação (AEC) e 900 mil euros de compar-

ticipações dos encarregados de educação. Acrescem a este montante o valor do programa da

fruta escolar (250 mil euros), a comparticipação nas refeições escolares (3,6 milhões de euros),

transportes escolares (500 mil euros), apoio a atividades e visitas de estudo (150 mil euros),

materiais pedagógicos (100 mil euros), livros escolares (850 mil euros), quadros interativos e

software (400 mil euros), apoio aos estudantes NEE (150 mil euros), entre outros. Todo este

investimento resulta num valor total de 11,4 milhões de euros.

- Como vai funcionar este projeto?

Com o Gai@prende+, o Município de Vila Nova de Gaia alargou o horário de Componente

de Apoio à Família (CAF) nos estabelecimentos de ensino pré-escolar e do 1.º ciclo. Assim, as

escolas podem agora acolher os seus alunos num horário total de 12 horas, entre as 7h30 e as

19h30, em atividades diversas e de caráter tendencialmente lúdico.

Outra das novidades introduzidas por este projeto, único no País, diz respeito à CAF do período

da tarde – das 17h30 às 19h30 no 1.º ciclo –, que pela primeira vez inclui atividades orientadas.

Assim, a CAF poderá incluir atividade desportiva mista (com modalidades como taekwondo, ka-

raté, patinagem, natação, canoagem, entre outras), atividades para crianças com necessidades

educativas especiais (desporto adaptado, hidroterapia, entre outras) e ainda de outras áreas.

Deverão ainda ser considerados, semanalmente, dois dias destinados ao apoio ao estudo; nos

restantes haverá um período para a realização dos trabalhos de casa.

Com esta introdução, os alunos passaram a ter ao seu dispor três horas diárias de atividades,

ao invés do período de uma hora existente até ao último ano letivo. A CAF da tarde é comparti-

cipada pelas famílias e inclui, além das atividades, reforço alimentar com a introdução da fruta

escolar.

Neste ano letivo 2014/2015 as AEC do 1.º ciclo decorrem, no modelo tradicional, entre as

16h30 e as 17h30. Durante este período, as atividades propostas incluem atividade física e des-

portiva (uma vez por semana), ensino da música (uma vez por semana), ensino de inglês para

as turmas dos 1.º e 4.º anos (uma vez por semana) e duas atividades a selecionar pelos agrupa-

mentos entre ciência viva, literacia infantil, educação cívica e património local, artes plásticas,

expressão dramática, francês, capoeira e prevenção rodoviária.

Já a Componente de Apoio à Família, no ensino pré-escolar, funciona das 7h30 às 9h00 (acolhi-

mento dos alunos, comparticipada) e das 18h30 às 19h30 (com possibilidade de inserir ativida-

des lúdico-desportivas, comparticipadas pelos encarregados de educação). No 1.º Ciclo, a CAF

decorre das 7h30 às 9h00 (acolhimento dos alunos) e das 17h30 às 19h30 (comparticipada).

Cabe à Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia a coordenação geral deste projeto e disponibi-

lizar os professores das AEC e às IPSS do concelho assegurar as contratações para desenvolver

as atividades suplementares, sendo que deverão recrutar, preferencialmente, os professores das

AEC que lecionam no ano letivo em curso, dando continuidade pedagógica ao projeto.

- Como e quando podem os pais inscrever os seus filhos?

Os Encarregados de Educação procederam à inscrição dos seus filhos neste projeto nas institui-

ções parceiras e nas Juntas de Freguesia.

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Victor reis

Psicólogo. colégio internato dos carValhos

PAlAvrA Aos EsPECiAlistAs

AEC ou/e ECA s – A importância para o desenvolvimento integral e global das crianças

Na qualidade de psicólogo, e também enquanto encarregado de educação, presenciei

em muitas situações as ansiedades e dúvidas dos pais e dos professores sobre o que fazer

com as nossas crianças nos períodos pré e pós horário letivo.

No papel de docente interessado pela temática das ofertas educativas, a problemática

da inclusão das Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) e das Atividades Extra

Curriculares (ECA’s), no tempo escolar do 1º ciclo, sempre me fez questionar qual o me-

lhor modelo e quais as respostas mais adequadas e que melhor se enquadrem no sentido

de dar resposta a todos os intervenientes de forma construtiva e realista.

Antes de mais, quero fazer uma declaração de intenções sobre esta matéria: qualquer

reflexão sobre as AEC ou/e ECA s, e projetos que se apresentem para concretizar estas

ações, só fazem sentido partindo da seguinte premissa:

“ Têm de ser, obrigatoriamente, um tempo de lazer ocupado com atividades que interessam particularmente às crianças.”

Fazendo um pouco de história, as AEC surgiram inseridas nas atividades de complemen-

to curricular – Artº 48 da Lei de Bases do Sistema Educativo – conectadas com as ativida-

des extracurriculares. Na literatura, estas diferentes terminologias são muitas vezes trata-

das sob nomenclaturas, óticas e segmentos distintos ou então como complementares. As

nomenclaturas encontradas podem variar entre: atividades extracurriculares, atividades

de complemento curricular e atividades de enriquecimento curricular.

A Lei de Bases do Sistema Educativo realmente indica que as atividades de complemento

curricular devem fomentar o enriquecimento cultural, cívico, desportivo, educação ar-

tística e a inserção dos educandos na comunidade. Esta filosofia veio mais tarde a ser

enquadrada no âmbito do programa “Escola a Tempo Inteiro”.

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O conceito de escola a tempo inteiro subentende um programa educativo abrangente,

que integra a componente curricular letiva com a componente de enriquecimento curri-

cular pós letiva e uma componente extra curricular, também importante, mais social, de

apoio às famílias.

O projeto Gai@prende+, que se assume integrado na filosofia da Escola a Tempo Intei-

ro (ETI), promotora de uma educação integral, holística, não pode ser entendido, quer

pelos seus promotores, quer pelos seus parceiros, quer pelos que dele vão usufruir (fa-

mílias, alunos/criança, professores/educadores, escolas em geral), como substituição da

família.

O prolongamento do horário de funcionamento das escolas do 1º ciclo do ensino básico

tornou-se, para muitas famílias, uma medida com grande impacto social. Neste sentido,

o projeto Gai@prende+ assume-se como uma mais-valia e um contributo relevante para

a ajuda às famílias e também às escolas.

No entanto, também importa não desvalorizar outras dimensões desta problemática,

mais na ótica da própria criança.

De facto, numa altura em que a escola ocupa quase todo o tempo das crianças, pois pas-

sam aí, praticamente, a totalidade do seu dia, o problema pode estar no “excesso” de es-

colarização, ou, dito de outra forma, na falta de tempo “livre” para desfrutarem do lazer

ou do “não fazer nada”, que também é saudável numa perspetiva psicológica.

Uma vez que os pais e/ou os encarregados de educação se encontram, na sua maio-

ria, no trabalho e, por esse motivo, desejam e pedem que as suas crianças possam estar

acompanhadas, o problema pode estar no tipo de atividades de enriquecimento curricu-

lar que são oferecidas às crianças.

Apesar de caber aos adultos proporcionar o espaço, a segurança e os materiais neces-

sários aos mais novos, é essencial que as atividades de enriquecimento curricular, ou as

atividades extracurriculares organizadas, possam ir de encontro aos reais interesses da

criança.

Ora, a escola sempre teve propensão para assumir uma postura que exclui a vertente

lúdica dos valores pedagógicos, importantes para o desenvolvimento integral e global

das crianças, e sendo o trabalho encarado como uma “atividade séria” para os interesses

de uma sociedade produtiva, a componente lúdica tem sido excluída com base nessa

fundamentação (Carneiro & Dodge, 2001).

Acreditamos que a educação e o ensino não se realizam apenas dentro de uma sala de

aula. Pode-se enriquecer o currículo, particularmente, através do aproveitamento do es-

paço exterior, com o objetivo de utilizar essas atividades para fomentar a auto estima e

confiança e desenvolver as suas habilidades de cooperação com os restantes membros

do grupo. Acreditamos, também, que através do afeto, da flexibilidade e do respeito pela

opinião da criança, podemos alcançar o equilíbrio e a coerência.

A criança deve aprender de forma lúdica. Não deve ser “sobrecarregada” com mais tra-

balhos escolares formais, mas ter uma aprendizagem através de atividades culturais. (…)

Se a oferta de mais duas horas diárias de atividades educativas às crianças do 1º Ciclo

do Ensino Básico parece trazer potencialidades de enriquecimento educativo, não po-

demos esquecer que a criança, para se desenvolver, precisa de descansar e de brincar.

Atualmente as atividades de enriquecimento curricular encontram-se implementadas e

em pleno funcionamento nas escolas básicas do 1º ciclo. Esta implementação evidencia

alterações relevantes na vida das escolas, e em particular dos seus alunos, promoven-

do-se, desta forma, uma ferramenta no espaço e vivência escolares com o propósito de

enriquecer as aprendizagens dos alunos.

Neste contexto, revela-se pertinente uma observação mais atenta destas atividades que

foram sendo gradualmente organizadas e implementadas em todas as escolas do 1º ci-

clo do ensino básico.

Numa época de grande instabilidade económica e social e de aposta nas aprendizagens

iniciais, esta é uma fórmula que poderá apresentar potenciais benefícios para o futuro.

Aqui apraz-me salientar, pela positiva mais uma vez, o programa que a Câmara de Gaia

se propõe implementar, para este ano letivo, onde manifesta a intenção de, nos seus prin-

cípios orientadores, assumir que, no domínio socioeducativo, “a ação educativa está fo-

calizada, toda ela, na criança e as atividades do projeto Gai@prende+, visam incentivar o

ganho de autonomia e de competências sociais”.

“Este projeto propõe-se contribuir para o desenvolvimento motor, cognitivo, emocional

e social da criança, valorizando o exercício do descobrir-se a si, ao outro e ao mundo,

incentivando, desta forma, a sua formação pessoal, de cidadão responsável que age em

prol do bem comum, e posicionando-se como cidadão do mundo.”

As alterações sociais e familiares a que temos vindo a assistir, e também a participar, exi-

gem mais da escola do que oferecer, apenas, a componente letiva. De forma a corres-

ponder às novas necessidades, as instituições escolares têm vindo a disponibilizar outras

atividades educativas, como o desporto, artes, teatro, clubes de leitura, etc.. Fica assim

enriquecido um programa educativo, na sequência da alteração das estruturas sociais e

que foram contempladas no 48.º artigo da Lei de Bases do Sistema Educativo.

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Em relação a alguns aspetos, é o próprio Ministério da Educação que reconhece que

“existem alguns inconvenientes no facto de, na maioria das escolas, o enriquecimento

curricular se desenvolver em sala de aula e usar métodos de ensino dirigidos pelo pro-

fessor, semelhantes aos do currículo nuclear. O efeito é o de alongar o currículo nuclear

através do acréscimo de disciplinas suplementares, tornando o dia escolar muito longo

para as crianças” (ME, 2009, p. 18), deixando de existir o espaço das atividades de tem-

pos livres, sem atividades programadas, que possibilitavam que a criança escolhesse so-

bre o que fazer e como.

Sem sombra de dúvida, tal como está definido nos objetivos do projeto Gai@prende+,

a promoção da autonomia, da autoestima e a responsabilidade social devem ser priori-

tários, pois revela-se importante para o desenvolvimento da criança, na medida em que

“não basta aprender, é necessário compreender e saber usar o que se aprende, é preciso

que cada criança desenvolva todas as suas capacidades e a sua personalidade, apren-

dendo regras de convivência social que reforcem a sua integração e a sua autonomia”

(ME, 1998, p. 6), reforçando-se que a exigência e a solidariedade se aprendem a cada

instante, não só na sala de aula, mas também fora dela, incluindo nas atividades de tem-

pos livres com as regras que orientam esse convívio.

A escola, que tem privilegiado as possibilidades de desenvolvimento infantil muito asso-

ciadas à cognição, pode e deve, considerando a nova realidade das atividades de enri-

quecimento curricular, atender à dimensão mais lúdica de ensinar e aprender.

Muitas vezes, a família, por vontade própria, tenta que a criança participe em ativida-

des orientadas fora da escola que, no entanto, não estão articuladas com a componente

de formação escolar. Esta imensa variedade de atividades, proporcionada pelo esforço

familiar, tanto pode estar intencionalmente planeada como, também, pode atordoar a

criança, pela sobrecarga de tarefas ou por estar mal planeada.

A escola possui todas as ferramentas que lhe permitem assegurar uma boa articulação

entre o que é do âmbito curricular e do enriquecimento curricular, assim como ter, in-

tencionalmente, um plano global e integral para o funcionamento de todas as vertentes

da vida da escola. O projeto Gai@prende+ parece ter essa virtude. Chamo, contudo, a

atenção para a necessidade de, na sua implementação, ter de existir um entendimento

entre todos os “atores” envolvidos no processo de planeamento e implementação do pro-

jeto, um esforço cooperativo, para que se assegure uma verdadeira articulação entre as

atividades e os verdadeiros interesses das crianças e das famílias.

A capacidade dos órgãos de coordenação e gestão dos diferentes agrupamentos de es-

colas, Juntas de Freguesia, Associações de Pais e IPSS trabalharem cooperativamente

com os professores, encarregados de educação e alunos, é o reconhecimento de que

os assuntos devem ser resolvidos e planeados com o sentido de reconstruir, progressiva-

mente, a missão da escola, Educar.

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amadeu camPos

FedaPagaia

antónio granjeia

diretor do agruPamento de escolas

escultor antónio Fernandes de sá

dEPoimEntos

A Fedapagaia vem defendendo, desde há alguns anos a esta parte, um modelo de escola

a tempo inteiro para todo o concelho de Gaia, que inclua todas as EB1/JI, e não só aque-

las onde o poder associativo das AP’s, pelos seus representantes, é mais forte.

Com a CM Gaia pioneira no modelo das AEC’s, o passo seguinte seria agrupar uma

série de medidas da autarquia, de cariz social e apoio à educação, para responder às

necessidades dos pais com um horário mais abrangente do que o horário letivo. Essa

resposta foi dada agora pelo presidente da Câmara, Eduardo Vítor Rodrigues.

A necessidade de resposta por parte da escola com um horário próximo do horário labo-

ral dos pais é fundamental para alunos do 1º ciclo, pois ainda não são autónomos na sua

vivência e mobilidade.

Assim, uma resposta integral, que preenchesse o pós-horário letivo dos professores, era

fundamental.

Com o programa Gai@prende+, a CM Gaia apresenta este ano, finalmente, a resposta a

esta necessidade que até agora era resolvida pelo voluntariado de alguns pais da escola

em representação da respetiva associação de pais. Este modelo Gai@prende+ acaba

por ser mais profissional, mais integrado com o agrupamento e com as políticas educati-

vas do concelho, proporcionando uma perceção do tecido escolar das escolas básicas do

concelho. Todas as políticas de ação social e educativa ficam com um espaço de escola

onde a formação, a equidade, o acompanhamento e a integração com o agrupamento

passam a ser uma realidade, tendo em vista o sucesso dos alunos de Vila Nova de Gaia.

Este projeto educativo vai, certamente, dar resposta às necessidades de muitas famílias

que não tinham, até aqui, possibilidade de conciliarem a vida profissional com o devido

acompanhamento familiar dos nossos alunos. Para além disso, irá ainda contribuir para a

criação de uma escola onde se promove a igualdade de oportunidades, proporcionando

aos alunos a frequência de diversas atividades, algumas delas de caráter essencialmente

lúdico.

O conceito de Escola a Tempo Inteiro, com a finalidade de fortalecer a imagem de uma

escola pública promotora de uma educação integral e democrática, dificilmente saía das

intenções e da boa vontade demonstrada pelos decisores das orientações educativas.

Acontece que, em Vila Nova de Gaia, as políticas educativas e o investimento na educa-

ção tâm sido para a Autarquia uma prioridade, sendo em algumas situações percursora

das orientações nacionais para a educação. Como exemplo, no 1º ciclo, refira-se o ensi-

no da Educação Física, do Inglês e da Música, para além do apetrechamento das salas de

aula com quadros interativos.

No presente ano letivo, a implementação do projeto Gai@prende+ nas escolas do 1.º ci-

clo e jardins-de-infância do concelho reveste-se de tal importância para os nossos alunos

e para as famílias que não pode deixar de ser apoiado tanto pelas direções dos agrupa-

mentos, como pelas associações de pais e encarregados de educação. Creio que as di-

ficuldades inerentes à implementação de novos projetos serão facilmente ultrapassadas

se tivermos em conta a experiência vivida em anos anteriores, nas escolas de Oliveira do

Douro, onde este projeto Gai@prende+ teve a sua génese.

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dEPoimEntos

carlos monteiro

associação de Pais da Vila d’este

Fernanda guedes

Presidente da associação de Pais da

escola Básica da Bandeira

Considero que o projeto Gai@prende+ tem um objetivo nobre e tem tudo para vir a ser

um projeto vencedor e enriquecedor para o nosso concelho.

Este projeto responde a um primeiro objetivo: facultar a igualdade de oportunidades em

todas as escolas, não colocando distinções entre as mesmas, não obstante do “ranking”

nacional. Desta forma a Câmara Municipal consegue também dignificar o papel dos

professores das A.E.C. s que, infelizmente, se encontram constantemente “diminuídos”

pela precariedade contratual, tentando, assim, fazer com que estes se mantenham por

mais tempo e deixem de olhar para o seu trabalho apenas como um “desenrasque” tem-

porário.

Quanto às vozes criticas sobre o excesso de tempo das crianças nas escolas, na minha

opinião, se os alunos permanecem nas escolas é porque os pais não têm outra opção e,

uma vez que têm de ficar nas instituições de ensino, é preferível mantê-las ocupadas com

atividades que enriqueçam as suas vidas e o seu conhecimento. O que se verificava até

ser criada esta solução, na grande maioria dos casos, é que as crianças  ficavam “deposi-

tadas”, sem ter objetivos concretos, à espera que as viessem buscar, o que não me parece,

de forma alguma, construtivo.

Enquanto Presidente da Associação de Pais da Escola Básica da Bandeira e como mãe de

duas crianças em idade escolar, considero o projeto Gai@prende+ como sendo o cerne

de um amplo projeto educativo, que vai ao encontro das principais preocupações revela-

das por todos os intervenientes educativos, desde encarregados de educação, professo-

res e alunos, entre outros. É um projeto de louvar, cuja análise detalhada, deixa claro que

a escola é vista “não como um depósito de crianças, mas sim um lugar onde estas possam

aprender e ter a oportunidade de usufruir de atividades ótimas para o seu crescimento”.

Desta forma, a escola, como parceira de uma educação global, transmite às famílias a

garantia de que os seus educandos estão a usufruir do seu tempo de uma forma cons-

trutiva, indo ao encontro do modelo “Escola a Tempo Inteiro”. Nesta dimensão, a Escola

passa a ser muito mais do que é estipulado pelo ensino obrigatório, sendo uma mais valia

a vários níveis, como, aliás, demonstra o projeto. Afinal a educação é a base fundamen-

tal para o desenvolvimento das crianças. Acrescenta-se, a tudo isto, toda a preocupação

associada à melhoria das infraestruturas escolares, de forma a criar todas as condições

necessárias a um projeto educativo que acredito estar destinado ao sucesso.

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dEPoimEntos

joão cunha silVa

ProFessor aec luzia Veludo

diretora do agruPamento de

escolas soPhia de mello Breyner

Para mim, é reconfortante, como professor e pai, ver a escola pensada para a família, que

não ignora os seus problemas, que não a substitui nem impõe escolhas, mas a auxilia e

está disponível para quem dela precisa. Uma escola que não fecha portas a ninguém e

oferece a todos, independentemente da sua condição social, um conjunto diversificado

de atividades, orientadas por profissionais qualificados, que de outra forma não estariam

ao alcance de todos os alunos, principalmente no contexto económico em que nos en-

contramos.

Assim, as famílias podem encontrar na escola uma solução de qualidade para o desfasa-

mento entre os horários de trabalho e o horário e calendário escolar, rentabilizando-se

assim, os recursos disponíveis a nível das infraestruturas e a nível dos recursos humanos,

onde os alunos vão encontrar profissionais que muito têm dado e ainda têm muito a dar à

escola, como é o caso dos professores envolvidos nas atividades extracurriculares.

No início de setembro todos os caminhos vão dar à escola. O “regresso à escola” flui-nos

pelos olhos e os ouvidos – nos jornais, na rádio, na televisão. Entramos nos espaços co-

merciais e, enquanto os tocamos, invade-nos o cheiro e quase o “sabor” dos livros folhea-

dos pela primeira vez, da nova mochila de tecido acolchoado, da borrachinha de apagar

enganos, com aroma vermelhinho de morango…

É um novo ano que começa. Um ano novo de tanto relevo, que setembro faz concorrên-

cia a janeiro. Qual dos dois começos é mais importante? Em setembro entrega-se à es-

cola os príncipes e princesinhas das famílias e renova-se toda uma esperança de grandes

aprendizagens, de grandes sucessos, de um feliz crescimento.

E a comunidade olha as suas crianças e procura em si as respostas que as enquadrarão

da forma que melhor as ampare no presente e as sustente para o futuro.

O Município de Vila Nova de Gaia enquadra as suas crianças no Projeto Gai@prende+.

Assumindo desde o início do mandato a liderança da área da educação, o Presidente da

Câmara Eduardo Vitor Rodrigues, quer Gaia a aprender e a prender cada vez mais.

O projeto Gai@prende+ constitui-se um apoio à família, acolhendo as crianças do 1.º

ciclo e do pré-escolar antes e depois das atividades letivas/educativas, de manhã a partir

das 7.30h até ao começo das aulas, e de tarde desde as aulas até às 19.30h. O acolhi-

mento estende-se às interrupções letivas do natal e da páscoa e às férias de verão.

O projeto Gai@prende+ constitui-se igualmente como fator de inclusão social e de de-

mocratização, ao disponibilizar a frequência de atividades extracurriculares de outro

modo inacessíveis a muitas das famílias. De forma lúdica e pedagógica é promovida a

formação pessoal e integral das crianças, postas em contacto com novas experiências e

outros saberes. Vale a pena crescer com este projeto. É um modo mais intenso de viver a

escola.

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24 25

dEPoimEntos

maria jardelina Pereira

ProFessor aec tiago correia

ProFessor aec

O Gai@prende+, projeto socio-educativo de intervenção comunitária, está presente na es-

cola , dá os primeiros passos, ao serviço da criança, ao serviço de quem precisa. É a Escola

a Tempo Inteiro.

Educar em qualidade, com muita imaginação, num processo constante de mudança.

É bom sentir que vale a pena estar aqui, poder contribuir para o sucesso do Gai@prende+,

partilhar, aprender, melhorar, ensinar com o coração e ver a criança crescer e ser feliz.

Enquadrado num novo paradigma socioeducativo, o projeto Gai@prende+ assume-se

como um suporte educativo e uma fonte de partilha de saberes. A abertura de opor-

tunidades a todos os alunos do concelho é, sem dúvida, uma forte preocupação, pelo

que assume a sua valorização quando encabeçado por instituições de cariz social com

experiência na área educativa. Somando a isto, note-se ainda a participação de professo-

res especializados com forte dedicação e motivação pela oportunidade profissional, mas

também social e solidária.

Se é audaz? Sim é. Mas sem audácia e determinação não há evolução.

Page 14: Gai@prende+

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dEPoimEntos

josé couto

doutorado em ciências da educação

ProFessor e diretor adjunto

da escola suPerior de educação jean Piaget

V. n. gaia

“Pelo sonho é que vamos” 

Como pai, professor e investigador na área das ciências da educação, foi com enorme sa-

tisfação e expetativa que fui acompanhando o entusiasmo do então candidato à Câmara

Municipal de Vila Nova de Gaia, hoje presidente da autarquia, Eduardo Vítor Rodrigues,

quando, muito antes do período de campanha eleitoral, se referia aos “sonhos” que ali-

mentava para a transformação da sua terra, do seu concelho. E entre esses “sonhos” sem-

pre emergiam as questões da educação e da ação social. Percebia-se que tinha ideias

claras sobre o assunto e que, apesar da aparente complexidade do processo de articula-

ção destas duas dimensões, esse seria um dos grandes desafios da sua ação governativa

em Vila Nova de Gaia. Homem de profundas convicções sobre a centralidade da pessoa,

em todas as circunstâncias da vida, ele próprio pai, professor e investigador na área da

Sociologia, interventor político ativo, foi deixando claro nas suas intervenções que, eleito

para a liderança do governo do concelho, não abdicaria de levar por diante este projeto

de natureza pedagógica e social.

A preocupação com a interpenetração das questões educativas e sociais é de tal modo

séria e vital que o sr. presidente da Câmara acabou por chamar a si os pelouros da Educa-

ção e da Ação Social, prova evidente de que estes se constituem como dois pilares funda-

mentais da sua filosofia governativa. Um desafio contagiante, de afirmação de princípios

e valores que foi partilhando com os seus colaboradores mais próximos e que acabou

por dar lugar ao projeto Gai@prende+.

Assim, a partir deste núcleo inicial de trabalho, o projeto foi ganhando rapidamente for-

ma, assentando numa dinâmica de cooperação e corresponsabilização, que envolve, an-

tes de mais, as crianças, desde a educação pré-escolar ao 1.º ciclo do ensino básico, as

juntas de freguesia, os agrupamentos de escolas, as associações de pais e encarregados

de educação, mais de uma dezena e meia de instituições de solidariedade social e outras

de pendor educativo, além de professores e assistentes operacionais, contratados espe-

cificamente para o efeito.

Obedecendo ao princípio da “Escola a Tempo Inteiro”, numa lógica de valorização da

escola pública, promotora de uma “educação integral, democrática e descentralizada”,

o modelo proposto é muito mais complexo e abrangente do que as tradicionais ativida-

des de enriquecimento curricular (AEC), que, até certo ponto, enfatizavam a resposta a

preocupações de natureza laboral dos professores contratados e, paralelamente, à for-

mação complementar das crianças do 1º ciclo do ensino básico, em determinadas áreas

do saber.

Com efeito, como resulta da análise do documento-base do projeto, além da maior diver-

sidade de atividades, a desenvolver de forma gratuita, entre as 16.30 e as 17.30 horas,

estas crianças e as respetivas famílias terão ao dispor, ainda que de forma comparticipa-

da, uma componente de apoio à família (CAF), quer no primeiro período da manhã –

07.30 - 09.30 horas – quer no período pós letivo formal – 17.30 e as 19.30 horas. Neste

horário, as crianças que se inscrevam para o efeito poderão desenvolver novas capacida-

des e experienciar múltiplas atividades de natureza artística, cultural, desportiva e outras,

em oficinas anuais ou sazonais, atendendo à especificidade, às tradições e criatividade de

cada zona geográfica.

Como alguém que tem procurado estar atento à implementação do projeto agora ini-

ciado, agrada-me particularmente o facto de nele se considerar a possibilidade de de-

senvolvimento de um conjunto de atividades adaptadas às crianças com necessidades

educativas especiais, o que traduz o desejo de implementar uma real práxis de inclusão

social.

O mesmo se diga relativamente à extensão de um projeto desta natureza à educação

pré-escolar, com a oferta de atividades de apoio à família (AAF), entre as 07.30 e as 9.00

horas e atividades de animação e apoio à família (AAAF), entre as 15.30 e as 19.30 ho-

ras, espaço em que as crianças poderão iniciar-se na prática de modalidades lúdico-des-

portivas a elas adaptadas. Congratulo a Câmara Municipal por não ter esquecido o ne-

cessário reforço alimentar que, em muitos casos, como se sabe, se pode revelar decisivo

para a salvaguarda da qualidade de vida das crianças.

Pela abrangência e complexidade do projeto em apreço, percebe-se que, de facto, lhe

Page 15: Gai@prende+

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subjazem preocupações de natureza educativa e social. Se, por um lado, se investe na

formação/educação da criança, em domínios tão diversos como as línguas, as artes, a

ciência, a cultura, o desporto, etc., numa perspetiva de democratização de oportunida-

des, para todas as crianças, sem exceção, por outro lado, existe a preocupação de ofe-

recer uma resposta social às famílias, indo ao encontro das suas necessidades. Assim se

compreende, por exemplo, o alargamento da oferta educativa mesmo aos períodos de

interrupção letiva.

Na minha perspetiva, consciente de que o projeto está muito bem concebido, importa

garantir, contudo, que jamais se perderá de vista a centralidade da criança neste projeto

multidimensional. Gai@prende+, enquanto instrumento e matriz de um processo mais

alargado de mudança social, só fará sentido se estiver permanentemente centrado nos

superiores interesses das crianças que frequentam a educação pré-escolar ou o 1.º ciclo

do ensino básico, no nosso concelho, garantindo não apenas uma educação holística,

integral, como a possibilidade de acederem àquilo a que, de outra forma, eventualmente

nunca acederiam: à ciência, à arte e à cultura, à prática lúdico-desportiva, a espaços e

tempos de lazer e recreio de qualidade, a um desenvolvimento pessoal e social de exce-

lência, que passa, também, pela promoção da inteligência emocional, tão necessária às

relações intrapessoais e psicossociais, com vista a uma integração plena e progressiva

na sociedade. Mas garantindo, igualmente, que não se cairá na rotina, no cansaço e no

desgaste, na hiperescolarização a que uma medida destas pode conduzir.

Importa garantir o apoio às famílias que necessitam que as respetivas crianças se man-

tenham ocupadas no período pós letivo formal e obrigatório? Claro que sim. Importa,

igualmente, garantir trabalhos para algumas centenas de professores, na atual conjuntu-

ra no setor? Claro que sim. Importa oferecer postos de trabalho a outras pessoas, como

os ou as assistentes operacionais? Claro que sim. Importa criar laços de cooperação, de

corresponsabilização e solidariedade entre as diferentes instituições do concelho, crian-

do uma consciência coletiva e comunitária da educação e do apoio social? Claro que sim.

Importa envolver as associações de pais e encarregados de educação, no quadro das

competências que lhes são atribuídas, como primeiros responsáveis pela educação das

crianças? Claro que sim… Mas importa, sobretudo, garantir a imprescindível centralida-

de da criança, dos seus interesses e necessidades desenvolvimentais.

Por esta razão, entendo que o processo de avaliação do programa, que se deseja efetiva-

mente contínuo e democrático, envolvendo todos os que nele estão implicados, também

as crianças, se irá revelar de vital importância para a afirmação e consolidação de um

projeto – Gai@prende+ – que se deseja aberto e flexível, com vista a uma permanente

adequação aos fins a que se destina.

Além da avaliação do projeto, estou certo de que não se pode descorar a formação dos

professores. Sei que, aberto concurso para recrutamento de professores e de técnicos

para o acompanhamento das diferentes atividades, foram selecionadas pessoas forma-

das e experientes. No entanto, também aqui importa garantir a não cristalização, mas

a formação pedagógico-didática que os aproxime entre si, que os coloque em diálogo,

de forma crítica e reflexiva, com as instituições, designadamente com os educadores de

infância e os professores titulares de turma, com vista ao desenvolvimento de práticas

sedutoras, significativas e muito bem articuladas.

Tratando-se de um projeto inovador, que se estende a todo o concelho, envolvendo meios

humanos, materiais e económicos muito significativos, considero que nos compete a to-

dos, cidadãos comprometidos com a construção e a transformação da sociedade, cen-

trada na pessoa, contribuir para o seu sucesso, porque dele depende, em boa medida, o

sucesso das crianças que frequentam a educação pré-escolar e o 1º ciclo do ensino bási-

co. Diria, o sucesso das nossas crianças e da massa humana do concelho. Como? Com as

nossas críticas construtivas, com as nossas sugestões, com o acompanhamento do pro-

cesso, certos de que é possível desencadear uma lenta, mas progressiva, transformação

da realidade do concelho, ou seja, a emergência de um novo projeto de sociedade. Por

conseguinte, tenho para mim que este projeto, da responsabilidade da Câmara Munici-

pal de Vila Nova de Gaia é, também, um projeto de todos aqueles que estão apostados

na intencionalidade do ato educativo.

Termino com os dois últimos versos de um poema de Sebastião da Gama, que dá título

ao presente depoimento – “Pelo sonho é que vamos” / (…) Chegamos? Não chegamos?

/ Partimos. Vamos. Somos”. Em boa hora!

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30 31

dEPoimEntos

Filinto lima

diretor do agruPamento

de escolas costa matos

investir na Educação!

O nosso Município criou um novo projeto de atividades de enriquecimento curricular

(AEC), ao nível do 1.º Ciclo, e da CAF (Componente de Apoio à Família), ao nível da edu-

cação pré-escolar e 1.º Ciclo, mantendo as escolas abertas das 7h30 até às 19h30.

Fruto dos tempos, esta decisão parece-me que vai ao encontro das reais necessidades

das famílias, muitas vezes desprotegidas e, mesmo que de forma indireta, é um incentivo

à natalidade, problema do nosso país.

O diálogo profícuo com as associações de pais e encarregados de educação (algumas

delas com programas já implementados de ocupação de tempos livres), o aproveitamen-

to dos respetivos recursos humanos que as dinamizavam, as reuniões realizadas com os

diretores e professores foram fatores decisivos para que a experiência piloto existente

nas escolas de Oliveira do Douro se generalizasse a todo o concelho.

Diversas atividades educativas e de formação desenvolvidas por professores seleciona-

dos, a par do reforço alimentar e do regime da fruta escolar, o horário que abrange e a

supervisão da autarquia são mais-valias que contribuirão para que este investimento seja

rentabilizado no futuro e, quiçá, estendido a outros concelhos do país, já reconhecido

como exemplo de boa prática.

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escola suPerior de educação jean PiagetA Escola Superior de Educação Jean Piaget de Vila Nova de Gaia iniciou a sua atividade

pedagógica em 1983, na localidade de Arcozelo. Anos mais tarde, e com novas instala-

ções em Canelas, aumentou e diversificou a sua oferta educativa, mantendo a sua voca-

ção para o ensino politécnico no domínio das ciências da educação.

Atualmente, esta escola superior ministra cursos de licenciatura, mestrado, pós-gradua-

ção e cursos de especialização tecnológica (CET), promovendo, para  além destes, diver-

sas ações de formação, cursos de especialização e de atualização de conhecimentos. A

sua oferta educativa compreende as áreas da educação (básica, musical, socioprofissio-

nal e de desporto), ensino especial, pré-escolar, 1.º e 2.º ciclos do ensino básico e secun-

dário e supervisão pedagógica e avaliação.

aBrigo seguroA Associação Abrigo Seguro foi criada no dia 11 de Janeiro de 2006 e tem por objetivo

o combate à fome e à pobreza, a ajuda a pessoas de terceira idade e a crianças, o auxílio

a pessoas sem-abrigo e ainda o apoio a indivíduos em situações de vulnerabilidade social

de uma forma geral.

Para cumprir a sua missão, a instituição propõe-se criar e manter um leque de ativida-

des, tais como: distribuição bens de primeira necessidade, nomeadamente alimentos,

medicamentos, materiais de apoio para pessoas com algum tipo de incapacidade. Para

além deste grupo, a associação apoia também idosos e crianças, fornecendo vestuário,

material escolar, brinquedos e proporcionando atividades de ocupação de tempos livres

a indivíduos em situação de risco social.

centro social ParoQuial da Vera cruz – candalO Centro Social Paroquial da Igreja do Senhor da Vera Cruz do Candal é uma Instituição

Particular de Solidariedade Social (IPSS), na forma de fundação de solidariedade social,

PArCEiros

criada por iniciativa da Fábrica da Igreja do Senhor da Vera Cruz do Candal, com mais

de 75 anos ao serviço dos cidadãos.

A missão do centro passa pela promoção integral de crianças e idosos, respondendo

às suas necessidades e expetativas, contribuindo para o integral desenvolvimento huma-

no, social, cultural, espiritual e religioso dos que lhe estão confiados. Para a realização

dos seus objetivos, o centro criou e propõe-se manter as seguintes atividades: creche,

pré-escolar, 1.º ciclo do ensino básico, lar para idosos, centro de dia e serviço de apoio

domiciliário.

centro social da ParóQuia de são salVador de grijóO Centro Social da Paróquia de S. Salvador de Grijó nasceu em Dezembro de 1983 e,

em Março de 1998, começaram a funcionar as primeiras valências de centro de dia e

apoio domiciliário. Desde essa altura os utentes acompanhados em centro de dia foram

420 e em apoio domiciliário 479, servindo também as freguesias envolventes.

O Gabinete de Apoio à Família, criado em 2004, já acompanhou 1196 utentes e, neste

momento, tem 30. Em Setembro de 2005 foi assinado um protocolo e contratadas duas

equipas técnicas que acompanham neste momento 473 famílias (1415 beneficiários). O

número de processos avaliados é já de 5317, que corresponde a 20159 beneficiários.

O sonho inicial, base de todo o projeto (que assenta na construção de um lar) começou

a concretizar-se no dia 8 de Fevereiro de 2013 e a 1.ª fase da construção está já em fase

de conclusão.

iesF - instituto de estudos suPeriores Financeiros e FiscaisO Instituto de Estudos Superiores Financeiros e Fiscais (IESF) pretende ser um agente

dinamizador do conhecimento científico no âmbito das ciências empresariais. Desta for-

ma, tem como linha orientadora os seguintes objetivos específicos: a formação humana,

cultural, científica e técnica, em geral, e, em especial, a formação científica e técnica de

gestores e quadros superiores das e para as empresas e outras organizações, através de

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cursos de graduação, especialização e pós-graduação. Na prossecução dos objetivos

enunciados, o IESF adota as práticas necessárias ao constante aperfeiçoamento das suas

realizações, nos domínios da investigação, ensino e formação, tendo em vista a conso-

lidação da sua atividade de instituto superior politécnico em ligação direta e dinâmica

com as empresas e demais organizações.

associação de solidariedade social da madalena A Associação de Solidariedade Social da Madalena foi fundada em Janeiro de 2003 com

o objetivo de melhorar as condições sociais dos mais desfavorecidos. A associação presta

serviços como, por exemplo, o apoio a crianças e jovens, o apoio à integração social e

comunitária e ainda a proteção dos cidadãos na velhice e na invalidez.

Em Maio do mesmo ano esta instituição passou a ter o estatuto de IPSS e Pessoa Coletiva

de Utilidade Pública.

cooPeratiVa social sol maiorA Sol Maior é uma Cooperativa de Solidariedade Social, com sede em Oliveira do Dou-

ro, que pretende contribuir para o desenvolvimento local, dinamizando e apoiando ini-

ciativas individuais e/ou coletivas que visem a promoção da igualdade e da solidariedade

através da criação, rentabilização e aproveitamento das estruturas locais existentes e pela

promoção de prestação de serviços de apoio e assistência a pessoas e grupos potencial-

mente vulneráveis. Esta instituição tem uma vasta e consolidada experiência na gestão

de Atividades de Tempos Livres no seu território de intervenção juntos das crianças do

ensino pré-escolar e do 1.º ciclo.

Fundação Padre luÍs A Fundação Padre Luís é uma Instituição Particular de Solidariedade Social cuja missão

primordial é promover a educação e o desenvolvimento integral a crianças e jovens, vi-

sando assumir-se como uma organização de referência e tendo como compromisso per-

manente a melhoria de desempenho na prestação dos seus serviços de ação educativa

e social.

Esta fundação desenvolve o seu trabalho de forma a dar resposta às necessidades emer-

gentes dos seus utentes, através da prestação de serviços nas seguintes respostas sociais:

creche; pré-escolar; atividades de tempos livres -  1.º, 2.º e 3.º ciclo e rendimento de in-

serção social.

oliVal socialA Olival Social é uma Instituição Particular de Solidariedade Social criada em 2006 que

direciona a sua intervenção para a prestação de serviços nas áreas dos cuidados de saú-

de, educação, formação profissional, cultura, desporto e lazer. Pretende apoiar crianças,

jovens e idosos, assim como as suas famílias, focando particular atenção nas famílias com

situações de desfavorecimento social. A instituição possui as seguintes valências: creche

e jardim-de-infância; centro de dia; apoio domiciliário; gabinete de acompanhamento

social (RSI); gabinete de formação profissional; «Mais Jovem»; serviços administrativos e

serviços de logística.

 associação musical de Pedroso A Associação Musical de Pedroso, fundada em 1980, aglutinando o Coro Polifónico de

Pedroso e a Escola de Música de Pedroso, surge como resposta à necessidade então

sentida de dinamizar conhecimentos e sensibilidade na área da música.

Esta associação promove, então, a formação de um coro infantil e de uma orquestra, a

Orquestra de Câmara de Pedroso. Mais recentemente formou também uma escola de

dança.

Devido à importância das atividades desenvolvidas pelos seus setores, foi reconhecida

pelo Governo como instituição de utilidade pública.

PArCEiros

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centro social de sandimO Centro Social de Sandim é uma Instituição Privada de Solidariedade Social, constituída

por três respostas sociais de atendimento à infância e juventude: creche, jardim-de-in-

fância e C.A.T.L. (Centro de Atividades de Tempos Livres), tendo capacidade para 195

utentes no conjunto das suas respostas sociais.

Esta instituição de Sandim pretende contribuir para a estabilidade e segurança afetiva

das crianças, favorecer, individual e coletivamente, as capacidades de expressão, comuni-

cação e criação das mesmas, despertar a curiosidade pelos outros e pelo meio ambiente.

Considera também fundamental desenvolver progressivamente a autonomia e o sentido

da responsabilidade, incutir hábitos de higiene e de saúde, despistar inadaptações ou

deficiências e proceder ao encaminhamento mais adequado, fomentar gradualmente as

atividades de grupo como meio de aprendizagem e fator de desenvolvimento da socia-

bilidade e solidariedade, assegurar a participação efetiva e permanente das famílias no

processo educativo, esperando que os mesmos tenham uma atitude recíproca, colabo-

rante e dinamizadora.

centro social de coimBrÕes O Centro Social de Coimbrões é uma Instituição Particular de Solidariedade Social que

surgiu da mobilização popular local, após o 25 de Abril.

Esta instituição presta serviços de cariz educativo e de apoio pedagógico e social a crian-

ças com idades compreendidas entre os 5 meses e os 12 anos. Pretende promover a

educação da criança, valorizando o respeito, a solidariedade e a inclusão para que, as-

sim, seja reconhecida pela sua qualidade e excelência nas áreas da educação e do apoio

social.

Para o efeito, possui as três respostas sociais, servindo um total de 134 crianças, estan-

do distribuídas da seguinte forma: creche (30 crianças); pré-escolar (64 crianças); CATL

(40 crianças).

centro de solidariedade cristã maranathaCriado em 1986 com o objetivo de promover a solidariedade entre os povos de África

e da América Latina, o Centro de Solidariedade Cristã Maranatha passou a receber me-

nores carenciados apenas em 1994. O lar acolhe atualmente 26 crianças e jovens entre

os oito e os 21 anos, todas em regime de internato, centrando a sua atividade em eixos

como o acolhimento e acompanhamento, a promoção da saúde, da cultura e ecologia, e

ainda a transmissão de valores como o da solidariedade.

associação recreatiVa e cult. de serzedo A Associação Recreativa e Cultural de Serzedo é uma Instituição de Utilidade Pública

fundada em 1919. Ao longo dos anos dedicou-se a várias atividades recreativas, despor-

tivas e culturais. Presentemente tem no ativo a academia de música, o ballet, a dança mo-

derna, a orquestra juvenil, o grupo coral, a tuna musical e outras atividades recreativas.

centro de dia salVador caetano e ana caetano O Centro de Dia e Jardim-de-Infância Salvador Caetano e Ana Caetano é uma associa-

ção reconhecida como Instituição Particular de Solidariedade Social, que desenvolve es-

tatutariamente a ação social de apoio à terceira idade e à infância.

A instituição tem atualmente em funcionamento as seguintes valências: centro de dia, jar-

dim-de-infância, creche e apoio domiciliário. Na base da sua criação está a parceria en-

tre entidades estatais, empresas privadas e a autarquia. De acordo com as características

da freguesia em que se insere (Vilar de Andorinho), a instituição pretende corresponder

às carências mais graves dessa zona geográfica, servindo de suporte básico ao nível de

ação social, quer para as crianças, quer para os idosos, quer ainda para as suas próprias

famílias.

PArCEiros

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Fundação joaQuim oliVeira loPes A Fundação Joaquim Oliveira Lopes, em Avintes, tem por objetivo a persecução de ati-

vidades de acolhimento, educação e apoio à infância e o seu âmbito de ação abrange a

freguesia de Avintes.

A instituição tem, neste momento, dois polos, ambos em Avintes, com as valências de

creche para 61 crianças, jardim-de-infância para 120 crianças e um gabinete técnico de

atendimento a utentes de RSI para 180 utentes.

PArCEiros

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JUntAs dE FrEGUEsiA

Papel das Juntas de Freguesia no projeto Gai@prende+

As Juntas de Freguesia são vistas como o primeiro ponto de contacto entre as famílias e

as entidades colaboradoras do projeto. Esta proximidade às populações e instituições

locais permite uma intervenção e ação muito cirúrgica e localizada o que vem facilitar o

papel da Câmara Municipal como promotor do projeto.

Os contributos das Juntas de Freguesia circunscrevem-se a duas dimensões distintas.

Numa primeira dimensão e de forma mais instrumental ao disponibilizar meios como

o fornecimento do material de expediente e limpeza para a escola e simultaneamente

ao realizarem alguns arranjos nas escolas básicas e jardins-de-infância, permitindo desta

forma, que se garanta as exigências de funcionamento do projeto.

Na dimensão de acompanhamento local ao projeto, as Juntas de Freguesia pertencem

ao Conselho Consultivo Local, órgão que protagoniza as estratégias de mediação de

conflitos entre as partes quando necessário para que se mantenha o espírito do projeto

como um projeto de suporte às famílias e um projeto de inclusão.

Arcozelo - nuno Castro Chaves

Avintes - Cipriano Castro

Canelas - Arménio José Pereira da Costa

Canidelo - maria José Gamboa

Grijó e Sermonde - Joaquim César rodrigues

Gulpilhares e Valadares - Alcino lopes

Madalena - Francisco leite

Mafamude e Vilar do Paraíso - João Paulo Correia

Oliveira do Douro - dário silva

Pedroso e Seixezelo - Filipe lopes

Sandim, Olival, Lever e Crestuma - manuel Azevedo

Santa Marinha e S. Pedro da Afurada - Paulo lopes

São Félix da Marinha - Carlos Pinto

Serzedo e Perosinho - João morais

Vilar de Andorinho - serafim teixeira

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orÇAmEnto dA EdUCAÇÃo rECUPErAÇÃo do PArQUE EsColAr

ano lectiVo 2014/2015