GARIMPANDO MEMÓRIAS PROGRAMA SEGUNDO TEMPO Metodologia de processamento de entrevistas
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GARIMPANDO MEMÓRIASPROGRAMA SEGUNDO TEMPO
Metodologia de processamento de entrevistas
a) Realização da entrevista;
b) Transcrição;
c) Conferência da fidelidade;
d) Copidesque (corrigir erros);
e) Carta de cessão dos direitos autorais ao CEME;
f) Pesquisa;
g) Catalogação;
h) Constituição do acervo e disponibilização para pesquisa
ETAPAS DO PROCESSAMENTO DA ENTREVISTA
• Checar o funcionamento do gravador;
• Escolher um local sem barulho deixando o gravador perto das pessoas (entrevistado e entrevistador);
• Antes da entrevista gravar uma mensagem identificando-a. Esta deve seguir o seguinte padrão:
Porto Alegre, DATA, entrevista com NOME DO(A) ENTREVISTADO(A), a cargo do(a) pesquisador(a) NOME DO(A) ENTREVISTADOR(A), para o Projeto Garimpando Memórias – Programa Segundo Tempo - do Centro de Memória do Esporte.
O QUE FAZER DURANTE A ENTREVISTA
• Evitar que surjam relações de poder entrevistador-
entrevistado.
• Tomar cuidado com perguntas que induzam a resposta do
entrevistado por pressupor a resposta;
• Dar voz ao entrevistado.
Evitar falas sobrepostas. Deixar o entrevistado falar para
depois fazer nova pergunta ou tecer algum comentário;
• Tomar nota de nomes próprios (pessoas e lugares) citados
pelo entrevistado para evitar confusão na hora da
transcrição. Esta tarefa cabe ao segundo pesquisador;
• Tomar nota de algumas expressões que possam causar
dúvidas. Palavras antigas, em outra língua, etc. Anotar a
frase em que ela aparece e sublinhar a palavra para
facilitar a localização na entrevista.
Perguntas:• Perguntas abertas recomendadas para começar a
entrevista por despertarem lembranças sobre o
tema;• Perguntas descritivas buscando o retrato da
realidade (quem, quando, como e onde);• Perguntas fechadas específicas a um fato/tempo;• Perguntas analíticas pedem interpretações e
explicações pessoais sobre o tema (por que, para
que);• Perguntas comparativas comparam gerações as
diferenças e mudanças;
Observação importante: respeitar os
silêncios
Ao fim de cada entrevista:
• Fazer a ficha técnica com data, hora, assuntos, duração,
• Recolher dados pessoais dos entrevistados: endereço, data
de nascimento, etc.
• Escrever o diário de campo com observações do transcorrer da entrevista, impressões pessoais,
imprevistos, como foi recebido pelo entrevistado e outras considerações importantes.
• Depois de encerrada a entrevista esclarecer: palavras não claras; nomes próprios, siglas, etc.
OBSERVAÇÕES
• Cada entrevista deve ser observada como um documento a fazer parte de um acervo de história oral. Portanto, será consultado por pesquisadores e interessados.
• Deve ser o mais esclarecedor possível. Razão pela qual envolve pesquisa, consulta, orientação, busca de informações complementares;
• Uma entrevista não é um bate-papo, ainda que tenha um caráter informal;
• É o entrevistado que deve falar e não o entrevistador. Este não deve tecer opiniões, comentários julgando o que está sendo relatado. Estamos trabalhando com a memória e, mesmo que essa já esteja prejudicada, cabe registrar como a pessoa se lembra dos fatos.
SUMÁRIO
• O que é? O sumário é uma sucessão de tópicos, na ordem que eles aparecem na entrevista. Tem a função de INFORMAR qual o conteúdo da mesma.
• Quem faz? O próprio pesquisador por conhecer mais o conteúdo da entrevista.
• Quando fazer? Preferencialmente ao mesmo tempo que está sendo feita a conferência de fidelidade.
FICHA TÉCNICA
Projeto: Garimpando Memórias - Programa Segundo TempoNúmero da entrevista: Entrevistado: Nascimento: Local da entrevista: Entrevistadores: Data da entrevista: Transcrição: Conferência Fidelidade: Copidesque: Pesquisa: Total de gravação: xx minutos e xx segundosPáginas Digitadas: Observações:
FICHA TÉCNICA
O Centro de Memória do Esporte está autorizado a utilizar, divulgar e publicar, para fins culturais, este depoimento de cunho documental e histórico. É permitida a citação, no todo ou em parte, em qualquer suporte desde que a fonte seja mencionada conforme especificação abaixo.
Exemplo:
LICHT, Henrique Felippe Bonnet. Henrique Licht I (depoimento, 2002). Porto Alegre: CENTRO DE MEMÓRIA DO ESPORTE - ESEF/UFRGS, 2003.