Gato

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FILO: Chordata CLASSE: Mammalia ORDEM: Carnivora FAMÍLIA: Felidae GESTAÇÃO: Média 62 dias CRIAS POR ANO: 2 Nº DE FILHOTES: 3 - 6 TEMPO DE VIDA: 15 a 19 anos TEMPERATURA EM ºC: 38,0 - 39,0 COMPRIMENTO MÉDIO: 55 cm ALTURA MÉDIA: 30 cm O convívio entre o homem e o gato existe desde 4 mil anos antes de Cristo. Foram encontrados afrescos e pinturas funerárias de gatos caseiros das primeiras dinastias egípcias. Encontrou-se no Egito uma grande variedade de múmias de gatos. Algumas são envolvidas em tiras de pano entrecruzadas formando um desenho bicolor. Discos redondos representam as narinas e os olhos, sendo as orelhas imitadas com folhas de palmeira. Outras são encerradas em sarcófagos de madeira, de bronze ou de barro. Alguns exemplares podem ser vistos no Museu Nacional do Rio de Janeiro. Os egípcios apreciavam de tal maneira seus gatos que sua exportação era expressamente proibida; mas os mercadores jônicos entregaram-se a um lucrativo contrabando que permitiu ao gato-caseiro alcançar primeiro a Ásia Menor e depois a Europa. Na Índia o gato foi, aproximadamente, amansado na mesma época que no Egito. A China já conhecia o gato-caseiro mil anos antes de nossa era, o Japão um pouco mais tarde. Os romanos se interessaram mais pelo gatos do que os gregos. A legião de César contribuiu muito para sua distribuição por toda a Europa e, em particular a Inglaterra. Portanto, foi somente ao ano de 1400 que o gato-caseiro substituiu definitivamente em Roma a fuinha, que era utilizada até então para o controle de ratos. Na Idade Média foi, de um modo geral, hostil aos gatos, que eram associados às feitiçarias e considerados criaturas diabólicas. É desta época que parte a maioria das superstições, das quais algumas chegaram aos nossos dias. O gato-doméstico, por seu caráter independente, aceita a coabitação do homem mas não abandona nenhuma de suas prerrogativas de animal livre. Por isso não é considerado propriamente doméstico. Sai à hora que lhe convém, deita-se onde quer, come o que gosta, goza nossa hospitalidade e nossas carícias que lhe agradam, mas recusa-as quando as irritam. Em troca, oferece-nos sua beleza e sua graça. Se caça camundongos é pelo esporte e não para se tornar útil.

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FILO: Chordata CLASSE: Mammalia ORDEM: Carnivora FAMLIA: Felidae GESTAO: Mdia 62 dias CRIAS POR ANO: 2 N DE FILHOTES: 3 - 6 TEMPO DE VIDA: 15 a 19 anos TEMPERATURA EM C: 38,0 - 39,0 COMPRIMENTO MDIO: 55 cm ALTURA MDIA: 30 cm O convvio entre o homem e o gato existe desde 4 mil anos antes de Cristo. Foram encontrados afrescos e pinturas funerrias de gatos caseiros das primeiras dinastias egpcias. Encontrou-se no Egito uma grande variedade de mmias de gatos. Algumas so envolvidas em tiras de pano entrecruzadas formando um desenho bicolor. Discos redondos representam as narinas e os olhos, sendo as orelhas imitadas com folhas de palmeira. Outras so encerradas em sarcfagos de madeira, de bronze ou de barro. Alguns exemplares podem ser vistos no Museu Nacional do Rio de Janeiro. Os egpcios apreciavam de tal maneira seus gatos que sua exportao era expressamente proibida; mas os mercadores jnicos entregaram-se a um lucrativo contrabando que permitiu ao gato-caseiro alcanar primeiro a sia Menor e depois a Europa. Na ndia o gato foi, aproximadamente, amansado na mesma poca que no Egito. A China j conhecia o gato-caseiro mil anos antes de nossa era, o Japo um pouco mais tarde. Os romanos se interessaram mais pelo gatos do que os gregos. A legio de Csar contribuiu muito para sua distribuio por toda a Europa e, em particular a Inglaterra. Portanto, foi somente ao ano de 1400 que o gato-caseiro substituiu definitivamente em Roma a fuinha, que era utilizada at ento para o controle de ratos. Na Idade Mdia foi, de um modo geral, hostil aos gatos, que eram associados s feitiarias e considerados criaturas diablicas. desta poca que parte a maioria das supersties, das quais algumas chegaram aos nossos dias. O gato-domstico, por seu carter independente, aceita a coabitao do homem mas no abandona nenhuma de suas prerrogativas de animal livre. Por isso no considerado propriamente domstico. Sai hora que lhe convm, deita-se onde quer, come o que gosta, goza nossa hospitalidade e nossas carcias que lhe agradam, mas recusa-as quando as irritam. Em troca, oferece-nos sua beleza e sua graa. Se caa camundongos pelo esporte e no para se tornar til. Animal livre, o gato independente e voluntarioso. A reao do gato, muito diferente do co, quando ele defende seu territrio unicamente contra os outros gatos, nada mais lhe importando. Como os outros carnvoros marca o seu territrio urinando nos limites do mesmo, inclusive na cama do dono e, isso tem significao apenas para os outros gatos. O gato-caseiro um animal gracioso, limpo e simptico. de movimentos harmoniosos, tem uma agilidade surpreendente. Seus passos so flexveis e medidos, e ele se apia com suavidade sobre as acolchoadas patas. Suas unhas retrateis tornam a marcha perfeitamente silenciosa. Quando perseguido ou assustado, ele pode deslocar-se rapidamente por meio de uma srie de saltos que o pe fora de perigo. Mas, em terreno plano e descoberto, sua corrida bem menos rpida que a do co. E por esta razo que ele em geral tenta subir em rvores ou escalar muros com a ajuda de suas garras. Qualquer que seja a maneira que ele caia, o gato consegue sempre aterrar sobre as patas, graas ao seu senso de equilbrio, que permitem que ele de contora no ar. Se a queda grande a cauda funciona como leme. O gato tambm sabe nadar, mas s o faz excepcionalmente. Senta-se como os ces, apoiando-se no solo com a parte posterior do corpo e sustentando-se nas patas anteriores estendidas. Dorme geralmente de lado, mas tem uma noo de conforto muito pessoal o que o leva a adotar, muitas vezes, as posies mais estranhas. Para se expressar, o gato-caseiro dispe de um vocabulrio bem diversificado cheio de miados, rudos, assobios, gritos, espirros e sopros variados, capazes de expressar prazer, pesar, desprezo, medo, clera, ameaa, namoro, etc.. A maioria dos gatos emite um som muito especial para saudar o dono, e todos sabem que um gato satisfeito ronrona. O miado dirigido exclusivamente s pessoas e nunca aos outros gatos. O tato e a viso e a audio so os sentidos mais desenvolvidos do gato. O olfato menos sensvel. Os plos de seus bigodes so rgos tteis muito sensveis. As patas tm, igualmente grande sensibilidade ttil. A viso excelente, tanto de dia como de noite, pois sua pupila vertical tem grande poder de dilatao e contrao, segundo a intensidade da luz; mas ele capaz de perceber objetos numa luz muito fraca. Sua audio ainda mais aguda. Reage, aproximadamente, como a do homem, a freqncias inferiores a 2.000 ciclos por segundo. Mas na gama dos agudos percebe sons correspondentes a 60.000 c.p.s, enquanto o limite humano de 20.000 c.p.s. O gato um animal muito limpo e, limpa o seu plo cuidadosamente, lambendo e alisando incansavelmente do pescoo extremidade da cauda. Oculta cuidadosamente os excrementos com terra ou serragem preparada para esse fim e que deve ser renovada todos os dias. Ao contrrio do co o gato um animal essencialmente individualista, altivo e solitrio e, ele nunca se submete a seu dono. Esse carter independente valeu-lhe uma reputao muito justificada de desobediente. O gato tambm de natureza prudente. Jamais se aventura a fazer algo sem tomar precaues. Se sai noite, espera junto da porta, antes de partir, que seus olhos se acostumem escurido. Em face do perigo, geralmente prefere pr-se em segurana, em qualquer refgio elevado, donde observa o inimigo com um olhar maligno, seguro de que este no poder alcan-lo mas, se no v sada, no hesita em defender-se com a maior coragem. A atitude de arquear o dorso e eriar os plos uma atitude para intimidar o adversrio fazendo com que se parece maior do que realmente . REPRODUO A gata fecundada geralmente pela primeira vez aos cinco meses. com essa idade que ela tem o seu primeiro cio e se torna sexualmente adulta. O cio dos gatos no tem perodo determinados. Nos climas temperados os acasalamentos so mais freqentes durante a primavera e podem durar de trs dias a trs semanas. Se a fmea no fecundada, ela comea imediatamente um novo perodo de cio. Na poca da reproduo, a gata emite um grito caracterstico e de grande alcance que alerta todos os machos da vizinhana. O comportamento, nessa poca, tanto do macho, como da fmea, muda completamente. O animal se torna subitamente selvagem, inquieto, e vaga de dia e de noite procura de seu companheiro (ou de sua companheira). Todos ns j fomos acordados alguma noite por seus gritos que lembram o choro de uma criana. Os machos lanam a combates implacveis para resolver apenas a questo da precedncia, uma vez que, no fim das contas, a fmea ser servida, a curtos intervalos, por todos os machos. A gata pode dar luz, numa mesma ninhada, a filhotes originados de vrios machos, podendo cada um deles ser de um pai diferente. A gestao dura em mdia 62 dias, mas tambm nisso o gato individualista, e ela pode variar de 59 a 69 dias. A me prepara com antecedncia um leito macio e confortvel num lugar tranqilo. Seu instinto faz com que ela esconda a prole de modo que o pai no descubra, pois ele no hesitar em devor-la. Na hora do nascimento, cada gatinho nasce num envoltrio que a me rompe ao limpar o filhote, ela come a placenta o que estimula a produo de leite. Ela no se contenta em apenas amamentar seus filhotes, mas passa grande parte do tempo a lamb-los e lustr-los com sua lngua spera. A gata uma excelente me e, ainda capaz de amamentar cachorrinho, coelhinho e mesmo ratinhos rfos.