Gemologia

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Thiago de Meira Rezende Principais equipamentos de um Gemólogo. Professor Alexandre Hugo da silva Resende

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Thiago de Meira Rezende

Principais equipamentos de um Gemólogo.

Professor Alexandre Hugo da silva Resende

Miraí – MG

Junho – 2011

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Centro Técnico de Educação Profissional

Curso Técnico em Mineração

Principais equipamentos de um Gemólogo.

Trabalho apresentado pelo aluno

Thiago de Meira Rezende ao

Professor Alexandre Hugo da Silva

Resende, da disciplina Mineralogia e

Petrografia.

Miraí – MG

Junho - 2011

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Sumário

I – Introdução.

II- Gemologia: Início do surgimento e vaidade humana.

III- Gemólogo: A arte sob seus conhecimentos, mãos e olhares.

IV- Principais equipamentos de um Gemólogo.

V- Laboratório de Gemologia – USP.

VI- Conclusão.

VII- Referências Bibliográficas.

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Resumo

Este trabalho desenvolve uma pequena e enriquecedora análise sobre a área

Gemológica, envolvendo todos os aspectos primordiais para a identificação e

diferenciação de uma gema ou pedra preciosa, tendo como objetivo principal destacar

que o Gemólogo é o profissional responsável em manusear diversos equipamentos de

extrema importância para realização deste processo.

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I - Introdução

O presente trabalho tem por objetivo principal relatar conceitos ou dados referentes ao estudo das Pedras Preciosas ou Gemas desde a sua identificação à sua distinção, além da sua significância e utilização perante a sociedade.

Durante o processo de aprendizagem realizado mediante as pesquisas sobre o tema abordado, podemos relatar que Gemologia é um ramo da Geologia que tem como especialidade principal estudar intensamente as diversas substâncias naturais denominadas pedras preciosas ou gemas, em seu estado bruto, polidas ou lapidadas, analisando tanto o aspecto físico quanto químico das mesmas cujo desenvolvimento se dá unicamente através dos materiais que possuem valores Gemológicos, sejam de origem inorgânica ou origem orgânica. Sendo sua finalidade para utilização pessoal como enfeite ou decoração de ambiente.

Ao longo dos milênios, homens e mulheres têm admirado a beleza das pedras preciosas e, devido à qualidade e raridade de muitas delas, colocaram um alto valor nas jóias de boa qualidade. Isto levou à proliferação de substitutos das gemas, bem como à alteração de materiais naturais para realçar sua beleza e seu valor aparente. Pela mesma razão, surgiram as fábricas de gemas sintéticas. E, como resultado, surgiu a necessidade da identificação e classificação precisa de pedras preciosas.

O profissional que estuda, testa e identifica gemas é o Gemólogo. O mesmo deve ter bons conhecimentos de Mineralogia, Petrografia e Geologia, além de Física e Química para poder desempenhar o seu papel com responsabilidade e competência.

Contudo, é preciso reconhecer uma definição para tal ciência em vista de sua magnitude. No dicionário de Mineralogia e Gemologia de Pércio de

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Moraes Branco, Gemologia é definida como - “Ciência que estuda a identificação e a classificação das substâncias gemológicas.” – e Gemólogo como “Pessoa que se dedica ao estudo da natureza, classificação, propriedades, obtenção, tratamento e uso das gemas e rochas ornamentais, bem como seus substitutos e imitações”.

Mas, é importante ressaltar, para que algo seja considerado como material Gemológico, é preciso que apresentem simultaneamente beleza, raridade e durabilidade.

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II- Gemologia: Início do surgimento e vaidade humana.

Um aspecto interessante e curioso para ser estudado desde o surgimento das pedras preciosas é a vaidade humana. Uma denominação que refere-se a toda a humanidade, sem exceções.

A vaidade humana, um requisito básico ou luxuoso, foi a responsável direta ou indiretamente em impulsionar a Gemologia, uma ciência milenar, que ganhou suas primeiras formas, desde que o homem pré histórico decidiu utilizar diversos objetos como conchas, ossos e dentes de outros animais, dentre outros materiais para se adornar, ou seja, enfeitar.

A partir deste processo, a ciência evoluiu visivelmente, chegando a um patamar estrondoso em nossa era contemporânea.

Desde a antiguidade houve inúmeras tentativas para descrever materiais Gemológicos bem como a parte terrestre envolvida na formação destes, incluindo a abordagem de temas fundamentais, tendo em vista o estudo profundo e sistemático da Terra, Rochas, Minerais e Fósseis.

Na atualidade a Gemologia se configura como uma ciência em expansão e evolução, que recebe cada vez mais novos materiais e preserva há anos um de seus representantes mais fiéis: os Diamantes. Objeto de vaidade, elegância e sensação de poder para muitas pessoas que gostam de usufruir deste tipo de material perante a sociedade.

Enfim, em poucas palavras, mas sendo objetivo e conciso, desde o surgimento das pequenas obras de arte na pré história envolvendo pedras preciosas ou não, o Homem se rendeu a este tipo de material valiosíssimo e transformou-o em um bem primordial e de suma importância para grande parte da humanidade.

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III- Gemólogo: A arte sob seus conhecimentos, mãos e olhares.

Conhecimento, Mão e Olhar. Palavras que encaixam-se perfeitamente para designar o Gemólogo que é o responsável pelo estudo incansável, pela análise gratificante e pela visão intuitiva em relação as gemas e sua composição física e química.

O papel do Gemólogo é estudar as gemas, envolvendo as suas respectivas propriedades, identificação perante a natureza e classificação em função do peso, lapidação, cor, dureza e pureza.

Portanto, este profissional controla a qualidade das gemas, o que é fundamental e essencial para vendedores, compradores e colecionadores. O mesmo atua no controle das necessidades de avaliar muitas variedades de material existente no comércio, no descobrimento de novas gemas e assessorando tecnicamente no tratamento de gemas naturais.

Este é um campo profissional de pesquisa, onde o Gemólogo é capaz de distinguir e identificar entre duas ou mais pedras semelhantes externamente, diferentes origens, se natural, sintética ou simples imitação.

Então, é importante ressaltar, que o Gemólogo é o único responsável que tem a autonomia de opinar sobre o valor econômico de diversos materiais naturais encontrados na natureza.

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IV- Principais equipamentos de um Gemólogo

Quem compra uma jóia com pedra preciosa, obviamente quer ter a certeza de que a mesma é de fato uma preciosidade de acordo com o vendedor. Mas, como saber se aquela linda gema é uma pedra preciosa? Como saber se o Diamante é mesmo Diamante? Como saber se a Esmeralda é mesmo Esmeralda? Como saber se é Natural ou Sintética? Enfim, o simples exame visual, infelizmente, não permite responder a nenhuma dessas perguntas. Apenas olhando, salvo poucas exceções, não se pode dizer com certeza que gema está sendo observada. O que fazer então?

Portanto, tendo como princípio básico as indagações acima, o melhor caminho é levar a peça adquirida a um laboratório Gemológico. Neste espaço, o profissional da área que é o Gemólogo terá condições suficientes de examinar e identificá-la corretamente, pois o mesmo utiliza-se de vários equipamentos para uma perfeita identificação e avaliação das gemas analisadas, usufruindo de processos e conhecimentos adquiridos ao longo de sua formação, incluindo também a sua experiência profissional.

Mas, o que o Gemólogo faz exatamente para identificar a Gema? Quais recursos são utilizados? Com o uso de equipamentos, ele medirá propriedades físicas da pedra, através de exames que não danifiquem o material examinado.

Primeiro podemos mencionar a Pinça que é um equipamento mais simples, utilizada para manusear as gemas, evita o contato das mãos com estas.

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A Lupa de uma ou duas lentes, com um aumento de 10x é suficiente e de suma importância para o uso Gemológico. Ela deve ser acromática e aplanática. Muito suficiente para se obsevar inclusões e defeitos de lapidação.

Com um Polariscópio, ele verá se a gema é isótropa ou anisótropa. gema isótropa é aquela que a luz atravessa com mesma velocidade, seja sem que direção for, como as granadas, o diamante, a fluorita e o espinélio. A maioria das pedras preciosas são anisótropas, ou seja, quando a luz as atravessa com uma velocidade que varia conforme a direção.

Com um Refratômetro, ele medirá a principal propriedade da gema, que é o índice de refração. Cada gema tem um valor para esse índice ( se for isótropa ) ou um intervalo de variação ( se for anisótropa ). As gemas anisótropas podem mostrar uma cor quando olhada numa direção e outra cor ou outro tom da mesma cor quando olhada em direção diferente daquela cujo fenômeno é chamado pleocroísmo. Mas, essas diferenças são tão sutis que não se consegue perceber a olho nu.

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O Dicroscópio, um pequeno instrumento de uns 5cm de comprimento, mostra essa variação, se houver, exibindo as duas cores, lado a lado.

A existência ou não de fluorescência e fosforescência é determinada

através de Lâmpada de Luz Ultravioleta.

Essas duas propriedades são, como outras, insuficientes para identificar

uma gema, mas auxiliam, complementando o exame.

Com líquidos pesados (bromofórmio, iodeto de metileno, entre outros), o

Gemólogo pode determinar a densidade da gema, propriedade importante na

sua identificação e que ajuda a distinguir as diferentes espécies de granada,

por exemplo.

Os Refratômetros não costumam medir índices de refração muito

altos, como o do diamante. Para identificar então essa importante gema, há

aparelhos específicos, chamados Condutivímetros.

Eles medem a condutividade elétrica ou térmica da gema e informam,

num visor, se é diamante, zircônia cúbica ou uma mera imitação.

Para distinguir especificamente uma Esmeralda de outras gemas

verdes, há um dispositivo chamado Filtro de Chelsea. Vista através dele, a

Esmeralda fica vermelha, enquanto as demais gemas verdes continuam

verdes.

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Para identificação de gemas sintéticas, usa-se o microscópio

Gemológico, no qual o Gemólogo procura ver as inclusões ou imperfeições

eventualmente existentes, e feições como bolhas de ar, linhas de crescimento,

dentre outros requisitos.

Os Filtros de Hanneman são usados para várias gemas. Um identifica

gemas de cor vermelha, o outro as de cor azul e o outro as diferentes

esmeraldas sintéticas, dentre outros.

Os instrumentos ou ferramentas listados acima são de suma importância

para a identificação e avaliação de uma pedra preciosa.

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V- Laboratório de Gemologia - USP

Bancada de um gemólogo com varios instrumentos, equipamentos e obras de referência.

Bancada com algumas agatas do Rio Grande do Sul e vista lateral do Laboratório.

Classificação visual de cor. Há modelos de pedras com indicações de caracteristicas da cor, para analisar amostras e a graduação de cor para definir a pureza de uma pedra.

O “arco-iris” das cores. Série de modelos para classificação de cor usada pela GIA, o Instituto Gemológico dos Estados Unidos.

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Pequena amostra de pedras lapidadas e usadas nas aulas praticas no laboratório.

Gema surpreendente, as múltiplas cores do quartzo, conhecido geralmente como gema incolor.

Amostra de pedras do laboratório.

Amostra de pedras do laboratório.

Professor Rainer Aloys Schultz-Güttler.

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Professor Rainer Aloys Schultz-Güttler manipulando o microscópio gemológico para análise das inclusões em gemas, no laboratório de gemologia.

Professor Rainer Aloys Schultz-Güttler manipulando o microscópio gemológico para análise das inclusões em gemas, no laboratório de gemologia.

Professor Rainer Aloys Schultz-Güttler e a aluna de pós-graduação Tatiana Cavallaro.

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VI- Conclusão

Em virtude dos fatos mencionados somos levados a acreditar que a

Gemologia é um ramo fundamental e primordial para o reconhecimento de

uma pedra preciosa. Através desta, são aprendidas minuciosamente todos os

detalhes de sua formação, incluindo, dessa forma, a plena identificação e

distinção das gemas, além do reconhecimento de imitações.

O profissional gabaritado para este processo é o Gemológico, pois o

mesmo fica totalmente a cargo de estudar, testar, identificar, distinguir e avaliar

as gemas. Sendo que todo o processo ocorre em um laboratório específico

para a realização da análise cujo desenvolvimento se dá através de vários

equipamentos usados pelo mesmo para a concretização do trabalho.

Ressalto, também, que desde a antiguidade o Homem já usufruia do uso

de “pedras preciosas”, tornando-o vaidoso mediante a sociedade, requisito

este, que é visto ou observado nos dias atuais nos pequenos e grandes

centros.

Por fim, a Gemologia estuda a composição, estrutura, propriedades

físicas dos materiais Gemológicos, origem, jazidas, além de relatar os

diversos tratamentos que algumas gemas recebem com o intuito de modificar

as suas propriedades, realçando a sua beleza.

 

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VII- Referências Bibliográficas

BRANCO, Pércio de Moraes. Dicionário de Mineralogia e Gemologia. São

Paulo: Oficina de Textos, 2008.

Sites consultados:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Gemologia

http://www.apgemologia.org/index.php?

option=com_content&view=article&id=35&lang=pt

http://tudojoia.blog.br/blog/2011/05/26/o-que-e-gemologia/

http://www.gregem.com.br/gemologia/

http://gemologia.webnode.com.br/gemologia/

http://gemasjoiasemoda.blogspot.com/2010/05/o-que-e-gemologia.html

http://www.imagens.usp.br/?p=3499