Gêneros literários
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Gêneros Literários
Professor Edmar Ruvsel
Forma • Prosa• Verso
Composição
• Expositiva• Representativa• Mista ou Expositiva-
Representativa
Conteúdo
• Subjetivo• Objetivo
ELEMENTOS BÁSICOS NOS GÊNEROS
Gênero Características
Lirismo Eu, subjetivismo, lira, expressão
Épico Epopeias, temas heroicos, narrativa em passado
Drama Representação, autor, público
Gênero Lírico
Vem do instrumento grego
Subjetivismo
Eu-lírico
Emoção, estado da alma, sentimentos
Características
Elegia
Idílio ou écloga
Epitalâmio
Ode ou Hino
Sátira
Subdivisões do Gênero Lírico
Poesia
Amor é fogo que arde sem se ver,é ferida que dói, e não se sente;é um contentamento descontente,é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;é um andar solitário entre a gente;é nunca contentar-se de contente;é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;é servir a quem vence, o vencedor;é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favornos corações humanos amizade,se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Luís de Camões
Por mim se vai à cidade dolente, por mim se vai para a eterna dor, por mim se vai para a perdida gente.
Moveu justiça o meu alto factor: formou-me a divina potestade, sapiência primeira, sumo amor.
Antes de mim não foi nada criadosenão eterno, e eu eterno duro.Deixai toda a esperança, vós que entrais». Estas palavras de sabor obscuro Eu vi escritas por cima de uma porta; Mestre — disse eu —, o seu sentido é duro.
(Inferno, Canto III)Divina Comédia de Dante Alighieri
De tudo ao meu amor serei atentoAntes, e com tal zelo, e sempre, e tantoQue mesmo em face do maior encantoDele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momentoE em seu louvor hei de espalhar meu cantoE rir meu riso e derramar meu prantoAo seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procureQuem sabe a morte, angústia de quem viveQuem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):Que não seja imortal, posto que é chamaMas que seja infinito enquanto dure.
Soneto de Fidelidade, MORAES, Vinícius de
Ouviram do Ipiranga as margens plácidasDe um povo heróico o brado retumbanteE o sol da Liberdade, em raios fúlgidosBrilhou no céu da Pátria nesse instante
Se o penhor dessa igualdadeConseguimos conquistar com braço forteEm teu seio, ó LiberdadeDesafia o nosso peito a própria morte!
Hino Nacional
Épico ou narrativo
Narrador
Narrativa histórica ou fato heroico
Objetividade / Sem interferência
Emoção, estado da alma, sentimentos
Características
Subdivisões do gênero Narrativo/Épico
Epopeia
Fábula
Conto
Novela
Crônica
Ensaio
Há muitos e muitos anos, há tantos anos quanto o número de estrelas no céu, o paraíso celeste foi palco de um terrível levante. Armados com espadas místicas e coragem divina, querubins leais a Yahweh travaram uma sangrenta batalha contra o arcanjo Miguel e os anjos que o seguiam.
Deus, o Senhor Supremo de Todas as Coisas, continuava imerso no profundo sono que caíra após ter concluído o trabalho da criação – o descanso do sétimo dia. Enquanto ele permanecia ausente, os arcanjos ditavam as ordens, impondo seus desígnios no céu e na terra. Sentados no topo de seus tronos de luz, cada um deles almejava alcançar a divindade.
Concentrando todo o poder debaixo de suas asas, os poderosos arcanjos, onipotentes e intocáveis, utilizavam a palavra de Deus para justificar sua própria vontade. Revoltados com o amor do Criador para com os seres humanos e movidos por um ciúme intenso, decidiram ir contra as leis do Altíssimo e destruir todo homem que caminhasse sobre a terra, acabando assim com parte da criação do Divino.
Batalha do Apocalipse, Sphor
“Vês aqui a grande máquina do mundo, Etérea e elemental, que fabricada Assim foi do Saber alto e profundo, Que é sem princípio e meta limitada. Quem cerca em derredor este rotundo Globo e sua superfície tão limada, É Deus: mas o que é Deus ninguém o entende, Que a tanto o engenho humano não se estende.” (Canto X, estrofe 80)
Os Lusíadas de Camões
Era uma vez... numa terra muito distante...uma princesa linda, independente e cheia de auto-estima.Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico...Então, a rã pulou para o seu colo e disse: linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito.Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa.Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo.A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre...Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:- Eu, hein?... nem morta! Crônica de Luís Fernando Veríssimo
Dramático ou Teatral
Atores
Drama / Ação
Enredo / Sintonia
Representação
Características
Comédia
Tragédia
Tragicomédia
Auto
Farsa
Subdivisões do Gênero Dramático
Uma sacada que dá para osaposentos de Julieta, sobre o jardim.
JULIETA — Já vai embora? Mas se não está nem perto de amanhecer! Foi o rouxinol, não a cotovia, que penetrou o canal receoso de teu ouvido. Toda a noite ele canta lá na romãzeira. Acredita-me, amor, foi o rouxinol.
ROMEU — Foi a cotovia, arauto da manhã, e não o rouxinol. Olha, amor, as riscas invejosas que tecem um rendado nas nuvens que vão partindo lá para os lados do nascente. As velas noturnas consumiram-se, e o dia, bem-disposto, põe-se nas pontas dos pés sobre os cimos nevoentos dos morros. Devo partir e viver, ou fico para morrer.
JULIETA — Essa luz não é a luz do dia, eu sei que não é, eu sei. É só algum meteoro que se desprendeu do sol, enviado para esta noite portador de tocha a teu dispor, e iluminar-te em teu caminho para Mântua. Portanto, fica ainda, não... precisas partir.
Romeu e Julieta de William Shakespeare
Chicó – João! João! Morreu! Ai meu Deus, morreu pobre de João Grilo! Tão amarelo, tão safado e morrer assim! Que é que eu faço no mundo sem João? João! João! Não tem mais jeito, João Grilo morreu. Acabou-se o Grilo mais inteligente do mundo. Cumpriu sua sentença e encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca de nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados, porque tudo o que é vivo morre. Que posso fazer agora? Somente seu enterro e rezar por sua alma.
O auto da compadecida
— Joãozinho, o almoço está pronto, chama seu pai para dentro!
Joãozinho avidamente responde.
— Paaaaaaaaaaai... (ler puxando o ar para dentro)
Piada contada pela minha mãe