GEO HISTORIA DE GOIÁS

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GEO HISTORIA DE GOIÁS. Os colonizadores portugueses chegaram pela primeira vez à região hoje conhecida como estado de Goiás quase um século após o descobrimento do Brasil . A ocupação do território goiano teve início com Catarina Silva e as expedições de aventureiros (bandeirantes) provenientes da Capitania de São Paulo . Dentre esses, destacou-se Bartolomeu Bueno da Silva , o Anhanguera , que no final do século XVII percorreu o território goiano em busca de jazidas de metais preciosos. De acordo com a tradição, Bartolomeu Bueno da Silva - diante da recusa dos índios em lhe informar acerca da localização das jazidas auríferas de onde retiravam material para as peças de ouro com as quais se enfeitavam - despejou aguardente num prato, ateando-lhe fogo , e ameaçando fazer o mesmo com as águas dos rios. Apavorados, os índios levaram-no imediatamente às jazidas, chamando-o "Anhanguera" (Diabo Velho ou Feiticeiro). Essa é, obviamente, apenas uma lenda cujo conteúdo factual escapa à possibilidade de verificação. De qualquer modo, após a bandeira comandada pelo "Anhangüera", diversas outras expedições partiram em direção a Goiás, em busca de riquezas do subsolo da região. Em 1726, o próprio Bartolomeu Bueno fundou o primeiro vilarejo goiano, o qual foi denominado Arraial da Barra. Subseqüentemente, povoados passaram a multiplicar-se. A exploração do ouro atingiu o seu auge na segunda metade do século XVIII . A colonização de Goiás deve–se também à migração de pecuaristas que partiram de São Paulo , no século XVI , em busca de melhores terras de gado. Dessa origem ainda hoje deriva vocação do estado para a pecuária. No período em que o Brasil foi colônia de Portugal , o estado de Goiás pertencia à capitania de São Paulo . Essa situação durou até 1744 , quando foi criada a Capitania Geral de Goiás.

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GEO HISTORIA DE GOIÁS.

Os colonizadores portugueses chegaram pela primeira vez à região hoje conhecida como estado de Goiás quase um século após o descobrimento do Brasil.

A ocupação do território goiano teve início com Catarina Silva e as expedições de aventureiros (bandeirantes) provenientes da Capitania de São Paulo. Dentre esses, destacou-se Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera, que no final do século XVII percorreu o território goiano em busca de jazidas de metais preciosos. De acordo com a tradição, Bartolomeu Bueno da Silva - diante da recusa dos índios em lhe informar acerca da localização das jazidas auríferas de onde retiravam material para as peças de ouro com as quais se enfeitavam - despejou aguardente num prato, ateando-lhe fogo , e ameaçando fazer o mesmo com as águas dos rios. Apavorados, os índios levaram-no imediatamente às jazidas, chamando-o "Anhanguera" (Diabo Velho ou Feiticeiro).

Essa é, obviamente, apenas uma lenda cujo conteúdo factual escapa à possibilidade de verificação. De qualquer modo, após a bandeira comandada pelo "Anhangüera", diversas outras expedições partiram em direção a Goiás, em busca de riquezas do subsolo da região. Em 1726, o próprio Bartolomeu Bueno fundou o primeiro vilarejo goiano, o qual foi denominado Arraial da Barra. Subseqüentemente, povoados passaram a multiplicar-se. A exploração do ouro atingiu o seu auge na segunda metade do século XVIII.

A colonização de Goiás deve–se também à migração de pecuaristas que partiram de São Paulo, no século XVI, em busca de melhores terras de gado. Dessa origem ainda hoje deriva vocação do estado para a pecuária.

No período em que o Brasil foi colônia de Portugal, o estado de Goiás pertencia à capitania de São Paulo. Essa situação durou até 1744, quando foi criada a Capitania Geral de Goiás.

A administração

O período que se estende de 1728 a 1748, a administração política das minas era regida pela provisão real de 1728, que criou a Superintendência das minas de Goiás. O primeiro superintendente das minas foi Bartolomeu Bueno da Silva e o primeiro guarda-mor seu genro, João Leite Ortiz. O governo teria sua sede em Meia Ponte atual Pirenópolis mas houve desavenças entre Meia Ponte e a Capitania de São Paulo. Então Vila Boa; que posteriormente seria desmembrado em dois distritos : Meia Ponte e Santana. Posteriomente, o ouvidor de São Paulo, Gregório Dias da Silva, fora designado para o cargo de superintendente-geral das minas de Goiás, restando a Bueno o título honorífico de capitão-mor.[2]

Por causa do contrabando e das lutas internas, o governo de São Paulo solicitou à coroa portuguesa que fosse criada a capitania de Goiás e que nela se estabelecesse uma ouvidoria (1734). As cartas régias de 12 de fevereiro e 11 de março de 1736 ao mesmo

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tempo legislavam sobre o imposto aurífero e determinavam a instalação de uma vila no arraial mais importante, o que se efetiva em Santana, rebatizada como Vila Boa (1739), numa homenagem ao seu descobrimento . De 1727 até 1736 a arrecadação do imposto aurífero se fez sobre o metal fundido na Casa de fundição de São Paulo.

A intendência de Goiás

Com o estabelecimento da intendência de Goiás, a situação nas minas se acalma e o contrabando decai. A resistência dos nativos à escravidão, principalmente o grupo caiapó, traz, não obstante, os arraiais em contínuo sobressalto, desde o Paranaíba até o Tocantins. A necessidade de uma administração que melhor atendesse à conjuntura política e econômico-financeira, e aos reclamos ante a exploração e o abandono vigentes, durante a subordinação à capitania de São Paulo, motivam a criação da capitania de Goiás em 1744. Somente em 1749 se cumpre essa determinação, ao ser empossado o primeiro governador de Goiás, D.Marcos de Noronha, futuro conde dos Arcos. Finalmente em 1752 é instalada a casa de fundição de Vila Boa e em 1754 a de de São Félix (1754).

Até a segunda metade do século XVIII as comunicações e o comércio foram determinados pela mineração. No fim do século XVIII o comércio se ressente da decadência geral que estréia cada vez mais o mercado consumidor. Há breves períodos de reação, em que exportação excede a importação e que as estatísticas revelam saldo favorável, mas vão rareando cada vez mais.

O período de transição

As vilas pouco evoluíram, mesmo Vila Boa, apesar de mais próspera, carece de boas casas, de condições sanitárias e de conforto,o ensino é precário, tanto em sentido quantitativo quanto qualitativo. Mas Meia Ponte vai em contra mão aos outros povoados. Somente em 1788 chegaram os primeiros professores, três de primeiras letras, para Vila Boa, Meia Ponte e Pilar, dois de latinidade e um de retórica. A morte dos arraiais mineratórios provoca a ruralização da vida, já presente à época do governo de Luís da Cunha Meneses (1778-1783).

Novo surto de expansão territorial se processa, determinado por algumas novas descobertas de jazidas, pelo progresso da pecuária e pela necessidade de conter os nativos, um dos principais entraves ao estabelecimento regular da navegação e comércio fluviais. Fracassam as sucessivas tentativas de incremento das sociedades mercantis, seja pela carência de capital, seja pelas dificuldades geográficas ou pela natureza dos produtos exportáveis (agropastoris), que não atraem os comerciantes paraenses mais interessados no ouro, que ja estava escasso.

Apesar da descoberta de novas jazidas auríferas - como a de Ouro Podre, próxima a Arraias (1792) e a de Anicuns (1809) - e da exploração das lavras diamantíferas dos rios Claro e Pilões, a partir de 1801 o declínio mineratório era evidente na capitania. Terminava definitivamente a fase de ocupação territorial ligada à mineração.

No sul e no norte de Goiás, no início do século XIX, a mineração era de pequena monta. O respaldo econômico do novo surto de povoamento foi representado pela pecuária, estabelecida através de duas grandes vias de penetração:

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A do nordeste, representada por criadores e rebanhos nordestinos, que pelo São Francisco se espalharam pelo oeste da Bahia, penetrando nas zonas adjacentes de Goiás. O Arraial dos Couros (Formosa) foi o grande centro dessa via.

A de São Paulo e Minas Gerais, que através dos antigos caminhos da mineração, penetrou no território goiano, estabilizando-se no Sudoeste da capitania.

Assim, extensas áreas do território goiano foram ocupadas em função da pecuária, dela derivando a expansão do povoamento e o surgimento de cidades como Itaberaí, inicialmente uma fazenda de criação, e Anápolis, local de passagem de muitos fazendeiros de gado que iam em demanda à região das minas e que, impressionados com seus campos, aí se instalaram.

Este povoamento oriundo da pecuária, entretanto, apresentou numerosos problemas. Não foi, por exemplo, um povoamento uniforme: caracterizou-se pela má distribuição e pela heterogeneidade do seu crescimento. Enquanto algumas áreas permaneceram estacionárias, outras decaíram (os antigos centros mineradores), e outras ainda, localizadas principalmente na região Centro-Sul, surgiram e se desenvolveram, em decorrência sobretudo do surto migratório de paulistas, mineiros e nordestinos.

Outro problema crucial do povoamento residiu na dificuldade de comunicação com as outras regiões brasileiras. Comunicações carentes e difíceis com as diversas regiões do Império, derivadas principalmente da pobreza da Província, incapaz de obter meios eficientes para vencer as enormes distâncias que separavam Goiás dos portos do litoral, refletiram negativamente sobre o comércio de exportação e importação, freiando qualquer possibilidade de desenvolvimento provincial.

As características do tipo de pecuária exercido na época - basicamente extensiva - por outro lado, não propiciavam a criação de núcleos urbanos expressivos. A economia tendeu a uma ruralização cada vez mais marcante e o tipo de atividade econômica gerou grande dispersão e nomadismo da população. Os antigos centros mineradores decadentes não foram substituídos por povoações dinâmicas.

No início do século XIX, os núcleos urbanos eram pobres e em número reduzido, destacando-se apenas as povoações de Meia Ponte e Vila Boa de Goiás, esta funcionando como sede do governo.

O desenvolvimento da agricultura torna-se necessário, não só para abastecer o mercado interno, mas também como veículo de intensificação do comércio externo. O comércio é dificultado pelos transportes deficientes e pelos impostos. A partir da década de 1780, quando caem as barreiras restritivas, a navegação fluvial apresenta-se como meio capaz de propiciar novas condições de vida, fundamentadas no intercâmbio mais efetivo com o exterior ,mas de resultados pouco compensadores ou de menor vulto que o desejado. Outra vez Meia Ponte atual Pirenópolis sai na frente. Segundo Auguste de Saint-Hiliaire, Meia Ponte era ná época o arraial de maior prosperidade em toda Capitânia de Goiás, pois tudo que se plantava colhia em dobro, um exemplo é a Fazenda Babilônia, antigo Engenho de São Joaquim, a primeira Fazenda construída em Goiás, esta Fazenda foi construída em 1800 pelo Comendador Joaquim Alves de Oliveira, tendo como os pricipais produtos: o Algodão e o Café. Meia Ponte exportava até para a Europa.

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Da instalação da corte portuguesa no Rio de Janeiro à independência (1808-1822), a política governamental delineia-se rumo à integração e valorização dos domínios portugueses : Objetiva-se então reerguer as capitanias do centro-oeste através da programação do aproveitamento técnico das vias fluviais, da renovação das técnicas agropastoris e da pacificação e utilização do indígena como mão-de-obra. Segundo Auguste de Saint-Hiliaire, enquanto que os outros arraiais contavam, no máximo, com um professor de primeiras letras, Meia-Ponte tinha um professor de Gramática Latina pago pelo governo. "Tenho minhas dúvidas, porém, de que fosse grande o número de seus alunos e de que seus ensinamentos dessem resultados práticos.." Meia Ponte era rodeado de terras extraordináriamente férteis, o arraial era um dos mais aquinhoados da província e de maior população (mais ou menos 7 mil habitantes).

Em 1809, Vila Boa dispunha de mais ou menos 900 casas. Auguste de Saint-Hilaire, - "Viagem a Província de Goiás e pelas Nascentes do rio São Francisco ", apud Bruno, Ernani Silva - História do Brasil e Regional - Grande Oeste. Cultrix, SP, 1967, pg. 66). Meia Ponte - atual Pirenópolis - era, na época, no dizer de Aires do Casal, "a maior, a mais florescente e comerciante povoação da Província, depois da capital", mas Auguste de Saint-Hilaire discorda pois passou em Pirenópolis em ..[3]

Os movimentos separatistas

No início do século XIX Goiás é obrigado a ceder área de seu território às províncias do Maranhão e Minas Gerais. Pelo alvará de 18 de março de 1809, o norte é desmembrado da ouvidoria sediada em Vila Boa, constituindo-se comarca com sede em São João das Duas Barras. O isolamento leva-o a desligar-se paulatinamente do sul, vinculando-se comercialmente ao Maranhão e ao Pará. A tendência à secessão já é latente; após a revolução constitucionalista do Porto, que chegou ao conhecimento dos goianos em 24 de abril de 1821, o movimento separatista eclode.

Em Natividade, a 14 de setembro, é proclamada uma junta provisória, que se recusa a aceitar ordens de Vila Boa. Aderem os antigos arraiais de mineração do norte, e quando da escolha do governo provisório, em 8 de abril de 1822, em Vila Boa, seus eleitores não comparecem. A junta de Natividade considera ilegal o novo governo. Palma, alegando ter sido abandonado pelo sul, constitui-se em província autônoma. As lutas pela liderança no movimento provocam cisão entre Palma e Natividade e enfraquecem o movimento, que acaba por ser debelado em 1823.

As características mais relevantes do período monárquico são representadas pela busca de soluções para os problemas econômicos e financeiros e para a pacificação social. O comércio fluvial e as atividades agrárias são incentivados. A economia da província passa a sustentar-se na pecuária, motivando migração de: baianos, maranhenses, piauienses, mineiros e paulistas.

A agricultura fica em segundo plano. As únicas exceções são as culturas de tabaco, de Natividade e Meia Ponte que também tinha o algodão, e de café, em varias regiões (produtos já exportados para o Pará no fim do século XVIII). Desenvolve-se a indústria de couros.

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Período Imperial

A idéia da mudança da capital

Em 1830 cogitou-se a possibilidade de transferir a capital da província para o norte do território. O plano de então levava em conta a necessidade de povoar as regiões próximas aos rios Tocantins e Araguaia. Vinculava-se também com o projeto de um sistema de hidrovias o qual permitiria a ligação da província, tanto a norte, via Pará, quanto a sul, via São Paulo.

No mesmo ano de 1830, entrou em circulação o primeiro jornal editado em Goiás, para não dizer em todo o centro-oeste e norte brasileiro: A Matutina Meia-Potense, impressa em Meia Ponte, atual Pirenópolis, cidade que foi lugar da primeira Topografia do Estado de Goiás, tendo por isso recebido o Título de Berço da Imprensa Goiana. A Matutina Meiapontense era um jornal de inspiração liberal. Circulou entre 5 de março de 1830 e 24 de maio de 1834, totalizando 526 edições. A sua subscrição fazia-se ao custo de 28.000 reis por trimestre.

A partir de 1837 começa a circular o Correio Oficial. A população, que, no final do século XVIII, se mostrava estacionária e que em 1837 fora contabilizada em 117446 habitantes, atinge em 1872 160 mil habitantes. Na condição de fornecedora de tropas e de viveres para os combatentes, Goiás participa ativamente da Guerra do Paraguai.

Com a decadência de Vila Boa, após o esvaecimento das minas, leva o presidente José Vieira Couto de Magalhães a advogar, em 1863, a mudança da capital para a região do Araguaia (Leopoldina). Concretiza-se, graças à atuação dessa autoridade, o regular intercâmbio com o Pará, através do estabelecimento da navegação a vapor do rio Araguaia (1868) e, posteriormente, do Tocantins, até Belém.

O balanço monárquico

A partir da década de 1860, a província progride economicamente devido ao crescimento do rebanho bovino - cerca de 106.548 cabeças - e da agricultura. A indústria de couros prospera, começa a fabricação de tecidos de algodão, existindo já em 1861 aproximadamente 1.555 teares. Implementos agrícolas de ferro são fabricados em Formosa.

Período Republicano

Do final do período monárquico até 1930 o povoamento se intensifica graças à atividade agrícola e à construção de ferrovias, que contribuiu para o desenvolvimento das regiões sul, sudeste e sudoeste do estado. Novos povoados se formam a partir de 1888 e, até 1930, 12 novos municípios são constituidos.

A primeira república

Em 1920 a população já era de 511.919 habitantes. Em 1924, pela primeira vez é tentada a colonização européia, através do estabelecimento da colônia alemã de Uva e Itapirapuã, o que acaba sem sucesso. A navegação fluvial, que era prospera no século anterior, ainda era expressiva nos primeiros anos da república. As comunicações com o

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sul melhoram à medida que se expandem os trilhos. Até o final da primeira década do século o intercâmbio se fazia através de Araguari, para onde os produtos goianos eram levados por burros.

Em 1913, Goiandira é servida pela estrada de ferro, mas somente em 1930 é estendida até Bonfim hoje Silvânia. Em 1926, um século após a construção do Hospital de São Pedro de Alcântara de Vila Boa (Goiás (Goiás))em 1825, e instalado o segundo nosocômio do Estado, em Anápolis antigo Santana das Antas um dos povoados emancipados de Pirenópolis,o Hospital Evangélico Goiano. Ao final da primeira república a renda total do Estado ainda era baixa cerca de cinco mil contos.

Formam-se os latifúndios, com suas implicações econômicas e sociais. No campo predominam características semifeudais. No norte, região mais desabitada, reina certa instabilidade social, motivada pelo banditismo de jagunços e pela luta dos coronéis.

O coronelismo

Em decorrência da agropecuária extensiva formaram-se os latifúndios, com suas implicações econômicas e sociais. No campo predominaram características semifeudais. No norte, região mais desabitada, reinou certa instabilidade, motivada pelo banditismo de jagunços e pela luta dos coronéis.

Os clãs que se formaram ao longo do império dominaram a vida política. Os vícios eleitorais e coronelismo conseqüentes à estrutura econômico-social, somados à política dos governadores implantada por Campos Sales, deram origem ás oligarquias que se sucedem até 1930 : José Leopoldo de Bulhões Jardim, Sebastião Fleury Curado , Eugênio Rodrigues Jardim e Antônio Ramos Caiado.

Esses clãs tinham como característica uma sobreposição sobre os poderes legislativo e judiciário, onde as relações dependencia pelo voto caracterizam a política da época, devido ao famoso "voto de cabresto". A oposição se estruturou em função das contradições interpartidárias, da reação no plano nacional, pelos movimentos de 1922 e 1924 e do contato com o tenentismo do sudoeste goiano. Sua liderança foi assumida por intelectuais e liberais aliados aos políticos dissidentes. Coligaram-se os movimentos aliancistas, e, com a vitória da revolução de 1930, a máquina eleitoral e administrativa cheia de falhas, que dominava o estado havia mais de trinta anos, começou a ser desarticulada. A intensificação da interiorização e a dinamização econômica caracterizaram o período posterior a 1930.

A transferencia da Capital

Em 1930, sobe ao governo de Goiás o interventor Pedro Ludovico Teixeira, que tinha como meta principal a mudança da capital, que até então se localizava em Vila Boa, atual Cidade de Goiás. Em dezembro de 1932 foi decretada a mudança da sede do governo para um local próximo da cidade de Anápolis, que iria receber em breve a Estrada de Ferro de Goiás.

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A fundação da nova capital do Estado, Goiânia, ocorreu em 1933. A mudança foi determinada por motivos administrativos e econômicos, pois com a chegada da estrada de ferro a Anápolis em 1935, permitiu um rápido crescimento populacional da região sul do estado, através das sucessivas migrações de nordestinos, mineiros e paulistas que fez com que a região Centro Oeste se interligasse definitivamente a região Sudeste do Brasil.

Com poucos recursos, baseada num empréstimo concedido pelo Banco do Brasil, iniciou-se a construção da nova capital, a que foi dado o nome de Goiânia, de acordo com projeto do engenheiro Atílio Correia Lima e do urbanista Armando de Godói. Em março de 1937, já concluídos os principais edifícios públicos e algumas casas de moradia, foi decretada a transferência da capital, inaugurada em 1942.

A construção de Goiânia coincidiu com a instalação, pelo governo federal, de colônias agrícolas em várias regiões do estado, como decorrência da política da marcha para o oeste. Desse modo, constituíram-se cidades novas como Ceres, Rialma, Uruana, Britânia e outras, as duas primeiras fundadas pelo engenheiro Bernardo Sayão Carvalho Araújo, que foi mais tarde encarregado pelo presidente Juscelino Kubitschek de comandar a construção de Brasília.

Modernização

A eletrificação com a criação das Centrais Elétricas de Goiás S.A. (CELG) em 1955 e a conclusão da usina do Rochedo em 1956, contribuíram para o aceleramento da urbanização e permitiram os primeiros passos rumo á industrialização.Mas em Pirenópolis ja existia eletricidade pois Pirenópolis foi a segunda cidade brasileira a ter energia elétrica. Embora a pecuária fosse a base da economia e, a agricultura visada à exportação, já começasse a se desenvolver.

Até o final da década de 1950 a indústria é extrativista. No sudoeste afloram os garimpos de diamantes. Ao norte, na região do Araguaia, a exploração de cristal de rocha tem seu ápice durante a segunda guerra mundial, graças as condições de exportação.

Em 1960 no governo de José Feliciano Ferreira, foi criado o Departamento Estadual de Saneamento (DES), hoje Saneamento de Goiás S/A (Saneago). Em Goiás e Meia Ponte atual Pirenópolis, utilizavam-se chafariz que capitavam água de córregos da região.

Durante o governo de Mauro Borges Teixeira (1961-1964) foi empreendida a primeira tentativa de planificação administrativa e econômica, com base na exploração do potencial mineralogico, sob os cuidados do Estado, através da Metais de Goiás S/A (METAGO), no aproveitamento industrial das riquezas extrativas, dos produtos agrícolas graças ao aumento da produtividade mediante o aprimoramento técnico. Em função da expansão do setor agrícola, é criada uma escola de formação de operadores de máquinas agrícolas e rodoviárias (EFOMAGO) e desenvolvida experiência de cooperativismo nos combinados agrícolas, além do implemento do até hoje único laboratorio oficial do Centro oeste, a Industria Química do Estado de Goiás - IQUEGO, na produção de medicamentos de uso humano e veterinário.

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A separação

Em 1988, o estado de Goiás foi dividido e sua parte norte passou a constituir a região norte, o estado do Tocantins. O objetivo principal dessa divisão foi estimular o desenvolvimento da Região Norte, onde estão concentradas as maiores carências sociais e também onde ocorrem com maior freqüência disputas pela posse de terras, provocadas pela concentração de propriedade latifundiária.

Relevo

O estado de Goiás está localizado no Planalto central brasileiro, entre chapadas, planaltos, depressões e vales.

Há bastante variação de relevo no território goiano, onde ocorrem terrenos cristalinos sedimentares antigos, áreas de planaltos bastante trabalhadas pela erosão, bem como chapadas, apresentando características físicas de contrastes marcantes e beleza singular. As maiores altitudes localizam-se a leste e a norte, na Chapada dos Veadeiros (1.784 metros), na Serra dos Cristais (1.250 metros) e na Serra dos Pireneus (1.395 metros). As altitudes mais baixas ocorrem especialmente no oeste do estado.

Clima

O clima é tropical semi-úmido. Basicamente, há duas estações bem definidas: a chuvosa, que vai de outubro a abril, e a seca, que vai de maio a setembro.

A média térmica é de 23°C, e tende a subir nas regiões oeste e norte, e a diminuir nas regiões sudoeste, sul e leste. As temperaturas mais altas são registradas entre setembro e outubro, e as máximas podem chegar a até 39°C. As temperaturas mais baixas, por sua vez, são registradas do entre maio e julho, quando as mínimas, dependendo da região , podem chegar a até 4°C.

Vegetação

Com exceção da região do Mato Grosso Goiano, onde domina uma pequena área de floresta tropical onde existem árvores de grande porte, onde a indústria aproveita como o mogno, jequitibá e peroba. O território goiano apresenta a típica vegetação do Cerrado. Arbustos altos e árvores de galhos retorcidos e de folha e casca grossas e raízes profundas formam boa parte da vegetação. Municípios como Goiânia, Anápolis, bem como diversos outros localizados no sul do estado possuem estreitas faixas de floresta Atlântica, as quais, na maioria das vezes, cobre margens de rios e grandes serras.

Ao contrário das áreas de caatinga do Nordeste brasileiro, o subsolo do cerrado apresenta água em abundância, embora o solo seja ácido, com alto teor de alumínio, e pouco fértil. Por esse motivo, na estação seca, parte das arvores perde as folhas para que suas raízes possam buscar a água presente no subsolo.

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Exemplos de árvores do cerrado são: lobeira, mangabeira, pequizeiro, e de algumas plantas medicinais, como a caroba e a quineira.

Fauna

A fauna em Goiás é riquíssima, destacando-se animais de variadas espécies, como capivaras e antas, as margens de rios e riachos. Nas matas: onças, tamanduás, macacos e animais típicos do cerrado, como a ema e a seriema. Pássaros de variadas espécies enriquecem a fauna goiana, além de peixes e anfíbios nos rios e lagos espalhados em todo o estado.

Para proteger as florestas, a flora e a fauna, foram criados pelo Governo parques e reservas florestais, onde são proibidas a pesca, a derrubada das arvores e a caça. No estado foram criados:

Parque Nacional das Emas – em Mineiros no sul do estado. Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros – nos municípios de Alto Paraíso e

Cavalcante.

Hidrografia

Goiás é banhado por três bacias hidrográficas: a Bacia do rio Paraná, a Bacia do Tocantins e a Bacia do São Francisco. Os principais rios são: Paranaíba, Aporé, Araguaia, São Marcos, Corumbá, Claro, Paranã e Maranhão.

Lagos e lagoas

Lagoa Feia – Nas cachoeiras do Rio Preto, perto de Formosa. Lagoa Formosa – No município de Planaltina, próximo de Brasília. Lagoa Piratininga – As águas quentes, no município de Caldas Novas. Lagoa dos Tigres – Suas águas vêm do Rio Água Limpa, formam também o

Lago dos Tigres, desaguando no Rio Vermelho, no município de Britânia. Lagoa Santa – No município de Itajá. Lagoa Aporé – Suas águas são consideradas medicinais, com temperatura

elevada e de alto teor sulfúrico. Lagoa Bonita – Ou Lagoa Mestre D’Armas, perto da cidade de Planaltina. Lago Azul – No município de Três Ranchos. Lago do Acará – No município de Britânia (Goiás), deságua no Rio Araguaia. Lago de Cachoeira Dourada – Formado pelo represamento do Rio Paranaíba

para a hidrelétrica Cachoeira Dourada. Lago do Iú – No município de Jussara. Lago de Serra da Mesa - Nos municípios de Niquelândia, Minaçu e Uruaçu,

maior lago de Goiás e do Brasil em volume de água. Lago de Cana Brava - Nos municípios de Minaçu e Cavalcante. Lago das Brisas - Nos municípios de Itumbiara e Buriti Alegre, formado pelo

represamento da 7ª maior usina hidreletrica do Brasil, a usina de Itumbiara.

Meio ambiente

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Cachoeira, em Pirenópolis, Goiás.

A expansão da agropecuária tem causado graves prejuízos ao cerrado goiano. As matas ciliares estão sendo destruídas e as reservas permanentes sendo desmatadas, para ceder espaço para o gado bovino e as plantações. Na região de nascentes do Rio Araguaia, a implantação de pastagens fez surgir inúmeros focos de erosão provocados pelo desmatamento, causando as voçorocas (valetas profundas causadas pela erosão), praticamente incontroláveis, que atingem o lençol freático. Algumas dessas valas chegam a medir 1,5 km de extensão, por 100 m de largura e 30 m de profundidade.

Esse quadro desolador, aliado ao assoreamento dos rios, tem feito com que Goiás enfrentasse sérios problemas de abastecimento de água, uma situação que se torna grave nos períodos de estiagem prolongada. A vazão das nascentes de águas, em 1999, alcançou os mais baixos níveis desde 1989, de acordo com a Secretaria do Meio Ambiente, fazendo com que o governo já pensa na possibilidade de adotar racionamento de águas para as cidades mais populosas, como é o caso de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis.

Demografia

De acordo com o IBGE, em julho de 2009, viviam no estado de Goiás 5.926.300 pessoas. Goiás é, assim, o estado mais populoso do Centro-Oeste brasileiro.

O crescimento demográfico no estado acentuou-se após a fundação das cidades de Goiânia, em 1933, e Brasília, em 1960. Atualmente a taxa de crescimento demográfico em Goiás é maior do que a média nacional brasileira. Em 2005, tal taxa era de 16,52hab/km².

O território goiano é marcado tanto por vazios demográficos quanto por regiões de alta concentração populacional. As àreas mais densamente povoadas do estado são a Região Metropolitana de Goiânia, com mais de 2 milhões de habitantes, e a Região Leste ou do Entorno de Brasília, com 1,1 milhão.

Composição étnica

A população indígena em Goiás ultrapassa 10 mil habitantes. 39.781 hectares perfazem a soma das quatro áreas indígenas atualmente existentes no estado - três da quais se encontram demarcadas pela Funai. Tais áreas localizam-se nos seguintes municípios: Aruanã, Cavalcante, Colinas do Sul, Minaçu, Nova América e Rubiataba, sendo que a maioria da população considerada parda, possui ancestrais indígenas.

Centros urbanos

Cor/Raça (IBGE 2006)[3]

Parda 50,9%

Branca 43,6%

Preta 5,3%

Amarela ou indígena

0,2%

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Cidades mais populosas de Goiás

Posição Cidade Região População

Posição

Cidade Região População

1 Goiânia Metropolitana de Goiânia

1.281.975

11 Novo Gama

Leste Goiano

88.835

2 Aparecida de Goiânia

Metropolitana de Goiânia

510.770 12 Jataí Sul Goiano 86.447

3 Anápolis Centro Goiano

335.960 13 Catalão Sul Goiano 81.109

4 Luziânia Leste Goiano

210.064 14 Planaltina Leste Goiano

79.651

5 Rio Verde

Sul Goiano 163.021 15 Senador Canedo

Metropolitana de Goiânia

77.511

6 Águas Lindas de Goiás

Leste Goiano

143.179 16 Caldas Novas

Sul Goiano 67.588

7 Valparaíso de Goiás

Leste Goiano

123.444 17 Goianésia Centro Goiano

56.839

8 Trindade

Metropolitana de Goiânia

104.979 18 Santo Antônio do Descoberto

Leste Goiano

58.474

9 Formosa Leste Goiano

96.284 19 Cidade Ocidental

Leste Goiano

52.380

10 Itumbiara

Sul Goiano 92.832 20 Mineiros Sul Goiano 48.329

Fonte: IBGE, estimativa populacional 2008

Governantes de Goiás

Últimos 10 governadores do estado de Goiás.

Nome Período

Íris Rezende Machado15 de março de 1983 a 13 de fevereiro de 1986

Onofre Quinan13 de fevereiro de 1986 a 15 de março de 1987

Henrique Santillo 15 de março de 1987 a 15 de março de 1991

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Iris Rezende Machado 15 de março de 1991 a 2 de abril de 1994

Agenor R. de Resende 2 de abril de 1994 a 1 de janeiro de 1995

Maguito Vilela 1 de janeiro de 1995 a 4 de maio de 1998

Naphtali Alves de Sousa 4 de maio de 1998 a 3 de novembro de 1998

Helenês Cândido 3 de novembro de 1998 a 1 de janeiro de 1999

Marconi Perillo 1 de janeiro de 1999 a 31 de março de 2006

Alcides Rodrigues 31 de março de 2006 a atualidade

Subdivisões

O estado de Goiás é divido estatisticamente em cinco mesorregiões, dezoito microrregiões e 246 municípios segundo o IBGE (Instituto Brasileio de Geografia e Estatítica).

Economia

A composição da economia do estado de Goiás está baseada na produção agrícola, na pecuária, no comércio e nas indústrias de mineração, alimentícia, de confecções, mobiliária, metalúrgia e madeireira. Agropecuária é a atividade mais explorada no estado.

Setor primário

Agropecuária é a atividade mais explorada no estado e umas das principais responsáveis pelo rápido processo de agro - industrialização que Goiás vem experimentando. Privilegiado com terras férteis, água abundante, clima favorável e um amplo domínio na tecnologia na produção, o estado é um dos grandes exportadores de grãos, além de possuir um dos maiores rebanhos do país.

Atualmente, o estado de Goiás enfrenta um grande desafio: tentar conciliar a expansão da agroindústria e da pecuária com a preservação do cerrado, considerada uma das regiões mais ricas do planeta em biodiversidade.

O rápido crescimento na agroindústria teve início no decorrer dos anos 1990 graças à adoção de uma dinâmica política de incentivos fiscais. A recente instalação de empresas alimentícias transformou Goiás em um dos principais pólos de produção de tomate.

No caso da atividade agrícola, o estado de Goiás destaca-se na produção de arroz, café, algodão, feijão, milho, soja, sorgo, trigo, cana-de-açúcar, alho e de tomate. Goiás tem a liderança na produção de grãos.

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Goiás é também o segundo maior produtor de algodão em pluma, possui a quarta maior área cultivada com soja no país, além de ocupar o quinto lugar no cultivo de milho. A safra de girassol cresceu, em 1999, 476% em relação ao ano anterior, fazendo com que Goiás passasse a responder por 70% da produção nacional.

Em 1999 foram colhidas 680 mil toneladas de tomates equivalentes a 22% da safra brasileira.

A criação pecuária compreende 18,6 milhões de bovinos, 1,9 milhões de suínos, 49, 5 mil bufalinos, alem de eqüinos, asininos (jumentos, mulas e burros), ovinos e aves. Detém o 3º maior rebanho de gado bovino do país. Em Goiás, a pecuária está experimentando crescimento extraordinário, fornecendo, alem da produção do leite, outros derivados como carne, couro, lã e pele.

O estado é rico em reservas minerais. O subsolo goiano apresenta grandes variedades de minérios, que dá condições economicamente muito favoráveis. Sendo os principais minérios o níquel, manganês, calcário e o fosfato, sendo os principais municípios mineradores Niquelândia, Barro Alto e Catalão.O estado produz também água mineral, amianto, calcário, ouro, esmeralda, cianeto, manganês, nióbio e vermiculita.

Setor secundário

Em maio de 2000, o governo do estado assinou um convenio com uma empreiteira para a construção do primeiro trecho da Ferrovia Norte-Sul em território goiano. Com uma extensão de 1391 km, entre Belém e Senador Canedo, a obra representara uma expressiva economia com fretes, se comparando com o valor gasto com transporte feito por caminhões. O governo estadual também esta considerando a possibilidade de viabilizar a construção de um ramal da Leste - Oeste, na região sudoeste do estado, maior área de produção de grãos, para facilitar o escoamento da produção para os centros de consumo do Sul e Sudeste do País.

Em 2000, foi implantado na cidade de Anápolis o pólo farmoquímico, responsável pela produção de matérias-primas para a indústria de medicamentos, uma vez que o município já conta com um pólo farmacêutico. A instalação dos novos laboratórios farmoquímicos, juntamente com oito laboratórios farmacêuticos de médio e grande porte já instalados no Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA), irá contribuir para a expansão do setor, um reflexo direto da aprovação da Lei dos Medicamentos Genéricos, que possibilitou aos laboratórios ampliarem sua participação no mercado interno.

Setor terciário

O turismo em Goiás é muito cosmopolitano, como as belezas naturais, como águas termais, locais intocados pelo homem do cerrado, grutas, cachoeiras, e temos também o turismo histórico, como em Pirenópolis e Cidade de Goiás, com seus monumentos históricos, e temos as festas tradicionais como ocorre em Pirenópolis, que é o caso das cavalhadas de Pirenópolis e a Festa do Divino de Pirenópolis.

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O principal centro turístico de Goiás é Caldas Novas, pelas suas águas termais, e Caldas é o 10° ponto mais visitado no Brasil.

Infra-estrutura

Educação

Goiás possui várias instituições educacionais, sendo que as mais renomadas delas estão localizadas principalmente na Região Metropolitana de Goiânia e em Anápolis. Na lista de estados brasileiros por taxa de alfabetismo, Goiás aparece em décimo quarto lugar, com 9,6% de sua população analfabeta e 21,4% analfabeta funcional.[7] Esses dados colocam Goiás logo acima de Rondônia e atrás do Espírito Santo, exatamente na metade da lista.

Instituições públicas de ensino superior

Universidade Federal de Goiás (UFG)

Universidade Estadual de Goiás (UEG)

Instituto Federal de Educação Tecnológica de Goiás (IFG)

Instituições privadas de ensino superior

Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO)

Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO)

Universidade Paulista (UNIP)

Faculdade Alves Faria (ALFA)

Universidade Evangélica (Unievangélica)

Faculdade do Instituto Brasil (Fibra)

Universidade Anhanguera (Uni-Anhanguera)

Faculdade Sete de Setembro

Faculdade Padrão (Padrão)

Centro de Ensino Superior de Catalão (CESUC)

Centro de Ensino Superior de Jataí (CESUT)

Resultados no ENEM

Ano Português

Redação

2006[4]

Média

35,48 (10º)36,90

50,42 (14º)52,08

2007[5]

Média

50,83 (9º)51,52

55,98 (10º)55,99

2008[6]

Média

40,44 (9º)41,69

58,87 (11º)59,35

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Fundação do Ensino Superior de Rio Verde (FESURV)

Fundação Almeida Rodrigues (FAR)

Faculdade Quirinópolis (FAQUI)

Faculdade de Caldas Novas (UNICALDAS)

Transportes

Goiás possui uma extensa malha viária. Conta com 3.400 km de rodovias federais, 18.610 quilômetros de rodovias estaduais e 64.690 quilômetros de rodovias municipais, o que totaliza 86.700 quilômetros de rodovias, dos quais somente 7.822 são pavimentados. A BR-153 corta o estado de Norte a Sul, ligando Itumbiara, na divisa com Minas Gerais, a Porangatu, na divisa com Tocantins. A BR-040 que liga Brasília a Belo Horizonte e ao Rio de Janeiro conecta também, por sua vez, diversos municípios goianos como Cristalina, Luziânia, Valparaíso de Goiás. Outras rodovias dignas de destaque são a BR-060 que liga Brasília a Goiânia e ao Mato Grosso do Sul, cortando o Sudoeste goiano; e a GO-070, que liga Goiânia a Aruanã, no Noroeste do estado.

Atualmente o transporte ferroviário é pouco utilizado em Goiás, o Estado possui um trecho de linha férrea que interliga parte de Minas Gerais ao Sudeste de Goiás e um outro trecho que interliga o Sudeste Goiano à capital Goiânia passando por Senador Canedo, cidade na qual possui grande distribuidoras petrolíferas e abatedouros de grande porte junto a margem dessa ferrovia. Mas este quadro pode mudar já que o Governo Federal começou as obras da Ferrovia Norte-Sul com grande parte já pronta em Goiás, despontando do recém criado Porto Seco de Anápolis em direção ao Tocantins lado norte e lado sul indo em direção a Minas Gerais. A Ferrovia Norte-Sul está bem infra-estruturada na região norte do país devido aos investimentos crescentes do Governo Federal. Há uma previsão que seja finalizada antes do fim do mandato do atual presidente do Brasil.

Há apenas uma hidrovia no Rio Paranaíba e o principal porto dela é o de São Simão que faz parte da Hidrovia Paraná-Tietê.

O trafego aéreo de Goiás conta com vários aeroportos sendo o mais movimentado o Santa Genoveva, em Goiânia. Em Anápolis foi construída a Base Aérea para aviões supersônicos. As companhias aéreas que servem Goiás são: "TRIP + TOTAL", "TAM", "GOL", "Azul", "Passaredo", "Oceanair" e "SETE" além de algumas companhias que fazem o serviço de táxi áreo.

Cultura

Artes

Muitos são os nomes que se destacaram e ainda projetam nas artes em Goiás.

Na escultura sacra: José Joaquim da Veiga Vale além de escultor, exímio pintor, seu filho Henrique da Veiga Vale e Cincinato Da Mota Pedreira, deixou trabalhos no Palácio do Conde dos Arcos.

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Na escultura: Maria Guihermina, Ana Maria Pacheco, Dina Gogolli, Divino Jorge, Loures, Damiani, Elifas, Antonio Ponteiro,Asta Vivacqua Demachki.

Na cerâmica: Divino Jorge, Antônio Poteiro, Sousa Neto, Elifas, José Rodrigues e Loures.

Na pintura: Antônio da Costa Nascimento responsável pela magnífica pintura do teto da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário além de pintor, exímio escritor; Siron Franco, Isa Costa, Leonan Fleury, Tancredo Araújo, Reinaldo Barbalho, Amaury Meneses, D.J. Oliveira, Goiandira Moraes do Couto com trabalhos em areias coloridas em geral, Caramuru, Cleber Gouveia, Oto Marques, Wanda Pinheiro, Omar Souto, Antônio Poteiro, Cléa Costa, Luci Beralda.

Nas letras: Muitos são os escritores goianos com projeção nacional e no exterior. Dentre ele estão Hugo de Carvalho Ramos; Aninha Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, conhecida como Cora Coralina; Érico Curado, Bernardo Elis, José Godoy Garcia, Gilberto Mendonça Teles, José J. Veiga, Waldomiro Bariani Ortêncio,Modesto Gomes, Regina Lacerda, Afonso Felix de Sousa, Carmo Bernardes, Anatole Ramos, Eli Brasiliense, Nely Alves de Almeida, Basilieu de Toledo França, Maria Helena Chein, Miguel Jorge, Marieta Teles Machado,Yêda Schmaltz, Rosarita Fleury, Emídio Brasileiro, Marislei Brasileiro, Salomão Sousa, Brasigóis Felício.

Na música: Bruno e Marrone, Zezé Di Camargo e Luciano, Wanessa Camargo, Leandro e Leonardo, Guilherme e Santiago , Chrystian e Ralf, Marcelo Barra e Jorge e Mateus.

Culinária

Empadão goiano: um dos mais apreciados pratos da culinária goiana

A culinária goiana é muito diversificada sendo seus principais pratos o peixe na telha, o assuã com arroz, o arroz com pequi, e também os pratos de todos os dias dos brasileiros como o arroz e feijão; além da pamonha, que é usada como prato principal nas refeições; os frutos são a jaboticaba, a guabiroba, o jatobá, entre muitos outros do cerrado. Também se destacam as misturas, nome que se dá às verduras, como a serralha e a taioba, além da introdução da guariroba, um dos principais ingredientes do empadão, como vegetal na dieta quase diária. A quitanda, denominaçção que se dá aos biscoitos caseiros, também é diversificada: quebrador, mané pelado (bolo de mandioca assado na folha de bananeira), biscoito-de-queijo (que foi inventado em Goiás), mentira (bolo de polvilho frito), a peta, e o quase esquecido brevidade (polvilho batido com ovos e açúcar). É riquíssima a variedade de doces: marmelada em caixeta (região de Luziânia), moça-de-engenho (melado batido e emoldurado em forma de escultura), doce-de-leite (sobretudo com pau de mamão ralado ou sidra ralada), doce-de-ovo (ambrosia feita diretamente no melaço), de frutas cristalizadas (riquíssimos em Pirenópolis), doce de sidra ralada, de cascas de frutas (laranja, limão), entre tantos outros. As rapaduras temperadas (com leite, casca de laranja, sidra ou amendoim).

Os temperos são muito diversificados sendo uma culinária rica em temperos como açafrão e gengibre.

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O pequi, por exemplo, nas antigas vilas de Meia Ponte (hoje Pirenópolis), e Vila Boa, ainda no início do século XVIII, começou a ser utilizado na culinária de Goiás. Na região que circunda a cidade industrial de Catalão, o pequi era empregado tão somente na fabricação do sabão de pequi, de propriedades terapêuticas. Hoje já é comercializado em compota.

O fruto pode ser degustado das mais variadas formas: cozido, no arroz, no frango, com macarrão, com peixe, com carnes, ao leite e na forma de um dos mais apreciados licores de Goiás.