Geografia

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Objetivos Identificar as regiões agrárias, segundo a terminologia utilizada até 2006; Fazer a legenda de mapas com as regiões agrárias; Identificar a morfologia agrária a partir de figuras; Relacionar as características das paisagens agrárias com o tipo de clima, o tipo de relevo, a população e o povoamento; Identificar os sistemas de cultura das diferentes regiões; Relacionar a fragmentação da propriedade, a forma e a dimensão dos campos com as regiões agrárias; Relacionar a dimensão das explorações com os sistemas de cultura; Definir SAU; Explicar a composição da SAU; Descrever as características principais da ocupação da SAU por região agrária; Distinguir culturas permanentes, culturas temporárias, culturas arvenses e culturas cerealíferas; Interpretar gráficos do nº de explorações por classes de SAU; Definir modos de exploração e respetivas vantagens e desvantagens; Distinguir pluriatividade e plurirrendimento; Caracterizar a mão-de-obra agrícola; Desenvolvimento: De acordo com o que trabalhamos nas aulas, a agricultura portuguesa sofreu nos últimos 4 anos um aumento de competitividade e em contraciclo relativamente às outras atividades conheceu uma franca expansão, com o aumento das exportações quer a nível da União Europeia, quer para outros mercados. Explique o aumento da competitividade da agricultura portuguesa tendo como referência os seguintes tópicos: Principais espécies exportadas; Principais características socioprofissionais dos jovens produtores agrícolas; A redução dos efeitos dos condicionalismos naturais na prática agrícola.

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Resumos referentes a uma proposta de questões.

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Objetivos

Identificar as regiões agrárias, segundo a terminologia utilizada até 2006; Fazer a legenda de mapas com as regiões agrárias; Identificar a morfologia agrária a partir de figuras; Relacionar as características das paisagens agrárias com o tipo de clima, o tipo de

relevo, a população e o povoamento; Identificar os sistemas de cultura das diferentes regiões; Relacionar a fragmentação da propriedade, a forma e a dimensão dos campos com as

regiões agrárias; Relacionar a dimensão das explorações com os sistemas de cultura; Definir SAU; Explicar a composição da SAU; Descrever as características principais da ocupação da SAU por região agrária; Distinguir culturas permanentes, culturas temporárias, culturas arvenses e culturas

cerealíferas; Interpretar gráficos do nº de explorações por classes de SAU; Definir modos de exploração e respetivas vantagens e desvantagens; Distinguir pluriatividade e plurirrendimento; Caracterizar a mão-de-obra agrícola; Desenvolvimento: De acordo com o que trabalhamos nas aulas, a agricultura

portuguesa sofreu nos últimos 4 anos um aumento de competitividade e em contraciclo relativamente às outras atividades conheceu uma franca expansão, com o aumento das exportações quer a nível da União Europeia, quer para outros mercados. Explique o aumento da competitividade da agricultura portuguesa tendo como referência os seguintes tópicos:

Principais espécies exportadas; Principais características socioprofissionais dos jovens produtores agrícolas; A redução dos efeitos dos condicionalismos naturais na prática agrícola.

Nestes últimos 2 tópicos deve ser feita referência a 2 aspetos por cada um.

Identificar as regiões agrárias, segundo a terminologia utilizada até 2006. /Fazer a legenda de mapas com as regiões agrárias.

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Identificar a morfologia agrária a partir de figuras.

A morfologia agrária inclui aspetos como a dimensão das explorações, a forma das explorações, a fragmentação das explorações, a presença/ausência de vedações e ainda a densidade da rede de caminhos.

Campos de pequena dimensão (minifúndios), irregulares e fechados (por vezes, por sebes vivas):

Beira Litoral; Entre Douro e Minho; Algarve; Madeira; Açores (algumas ilhas).

Campos de média e grande dimensão (latifúndios), regulares e abertos:

Alentejo; Ribatejo e Oeste; Trás-os-Montes (algumas zonas).

Relacionar as características das paisagens agrárias com o tipo de clima, o tipo de relevo, a população e o povoamento.

As características das diferentes paisagens agrárias refletem a conjugação da morfologia agrária, do sistema de cultura e das formas de povoamento rural, que variam de região para região devido a fatores naturais e humanos.

No nosso país, o clima é um dos fatores que mais condiciona a produção agrícola, pela temperatura, mas sobretudo pela irregularidade da precipitação. A existência de recursos hídricos é fundamental para a produção agrícola, pelo que esta se torna mais fácil e abundante em áreas onde a precipitação é maior e mais regular. Em áreas de menor precipitação é necessário recorrer a sistemas de rega artificial, ou então, opta-se por culturas de sequeiro.

A fertilidade do solo, natural (dependente das características geológicas, do relevo e do clima) e criada pelo Homem (fertilização e correção dos solos), influencia diretamente a produção, tanto em quantidade como em qualidade. Se o solo não for fértil, recorre-se à rotação das culturas, utilizando o pousio.

Quando predomina o relevo plano, a fertilidade do solo é geralmente maior, assim como a possibilidade de modernização das explorações. Se o relevo for mais acidentado, a fertilidade dos solos torna-se menor e há maior limitação no uso da tecnologia agrícola e no aproveitamento e organização do espaço.

O passado histórico é um dos fatores que permite compreender a atual ocupação e organização do solo. Aspetos como a maior ou menor densidade populacional e acontecimentos ou processos históricos refletem-se nas estruturas fundiárias (dimensão e forma das explorações).

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Identificar os sistemas de cultura das diferentes regiões. (incompleta)

Sistema intensivo: Beira Litoral, Entre Douro e Minho, Madeira.

Sistema extensivo: Trás-os-Montes, Alentejo, Ribatejo e Oeste.

Entre Douro e Minho: praticam uma agricultura intensiva, policultura, recorrendo à agricultura de regadio (também designada por rega de abundância).

Relacionar a fragmentação da propriedade, a forma e a dimensão dos campos com as regiões agrárias.

A tendência atual é a redução do número de explorações e, consequentemente, do aumento da sua dimensão média. Na Beira Litoral e Entre Douro e Minho predominam as explorações de pequena dimensão que geralmente correspondem a minifúndios, ou seja, são mais fragmentadas. No Alentejo predominam os latifúndios. Nas regiões autónomas, domina a pequena dimensão das explorações, sobretudo na Madeira. Em Portugal, o grande número de pequenas explorações condiciona o desenvolvimento da agricultura, uma vez que limita a mecanização e a modernização dos sistemas de produção.

As propriedades são mais pequenas, fragmentadas e irregulares no norte (Entre Douro e Minho, Beira Litoral) devido ao seu passado histórico. Elementos como a elevada densidade populacional, as elevadas taxas de natalidade e a partilha das heranças (as terras eram repartidas igualmente por todos os filhos) justificam esta repartição.

Por contraste, no sul, as propriedades são mais regulares e de maior dimensão. Isto deve-se à fraca densidade populacional.

Relacionar a dimensão das explorações com os sistemas de cultura.

Geralmente associa-se a prática do sistema intensivo à policultura e aos campos de pequena dimensão, irregulares e fechados. Este sistema caracteriza-se por ser praticado em áreas de solo fértil, de relevo acidentado e de elevada pluviosidade (associado a culturas de regadio).

Relativamente ao sistema extensivo, este caracteriza-se pela ocupação descontínua dos campos (o solo não tem uma ocupação permanente e contínua durante o ano, estando, no geral associado ao regime de afolhamento com rotação de culturas, ao qual muitas vezes se associa o pousio). Este sistema é associado ao predomínio da monocultura e por ser praticado em áreas de solo pouco fértil, relevo mais plano e de fraca pluviosidade (associado a culturas de sequeiro).

Definir SAU.

Superfície agrícola utilizada (constituída pelas terras aráveis, culturas permanentes, pastagens permanentes e horta familiar.)

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Descrever as características principais da ocupação da SAU por região agrária.

A SAU demonstra uma repartição desigual, sendo que:

O Alentejo registou a maior área de SAU, mais de metade da SAU nacional; A Madeira, os Açores, o Algarve, a Beira Litoral e Entre Douro e Minho detiveram a

menor área de SAU.

Alentejo: baixa densidade populacional – terrenos grandes – poucas propriedades.

Madeira: devido ao relevo acidentado – necessidade da criação de socalcos – habitações construídas nas montanhas, ocupando espaço onde se poderia desenvolver a atividade agrícola.

Açores: não é uma região fortemente povoada – há mais abandono dos campos

Algarve: o algarve litoral tem uma forte população ligada ao turismo, no entanto, no interior do algarve há muitas serras.

Distinguir culturas permanentes, culturas temporárias, culturas arvenses e culturas cerealíferas.

Culturas permanentes: culturas não integradas em rotação, com exclusão das pastagens permanentes, que ocupam as terras por cinco ou mais anos e dão origem a várias colheitas.

Culturas temporárias: aquelas em que o ciclo vegetativo não ultrapassa um ano (anuais) e também as que são ressemeadas com intervalos que não excedem os 5 anos.

Culturas arvenses: culturas temporárias.

Culturas cerealíferas: culturas como o milho, o arroz e o trigo.

Interpretar gráficos do nº de explorações por classes de SAU.

Definir modos de exploração e respetivas vantagens e desvantagens.

Os modos de exploração são por conta própria e por arrendamento e ambas as formas de exploração apresentam vantagens e desvantagens.

Ao explorar por conta própria o proprietário procura:

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Obter um maior rendimento e produtividade da terra; Preservar os solos; Investir na melhoria dos campos, através, por exemplo, da construção de acessos,

redes de drenagem, sistemas de rega, etc; Preservar a paisagem e as espécies autóctones (próprias da região); Desenvolver atividades complementares à atividade agrícola, contribuindo para a

diversidade económica e desenvolvimento sustentável da região.

No entanto, o proprietário pode ter dificuldades em proceder à inovação e modernização quando:

As explorações são de pequena dimensão, ao que se associa a falta de meios técnico-financeiros;

Tem uma idade avançada e/ou pouca instrução e qualificação.

Ao arrendar a propriedade, pode impedir o abandono dos campos (quando, por exemplo, o proprietário não tem condições para as tratar e gerir). No entanto, quem está a usufruir da propriedade tem pouco interesse em preservar o solo e a exploração agrícola, dado que alguns arrendatários têm como objetivo a obtenção de um maior aproveitamento das terras, durante o período de vigência do contrato de arrendamento.

Distinguir pluriatividade e plurirrendimento.

A pluriatividade é a prática, em simultâneo, do trabalho na agricultura e em outras atividades. Isto é positivo para o agricultor, dado que permite obter outros rendimentos. No entanto, a pluriatividade pode ser condicionante, visto que constitui um entrave a um maior investimento na agricultura, dificultando a sua modernização e a própria formação profissional.

O plurirrendimento é a acumulação de rendimentos oriundos não só da atividade agrícola, mas também das pensões ou reformas (em virtude do envelhecimento crescente dos agricultores). Pode também ser oriunda de outras atividades.

Caracterizar a mão-de-obra agrícola.

A mão-de-obra agrícola portuguesa caracteriza-se pela baixa instrução e formação, pelo envelhecimento da população ativa e pelo fraco poder de investimento da maioria dos agricultores. Estes fatores, assim como as situações de pluriatividade, determina a baixa produtividade e a dificuldade de modernização da agricultura portuguesa.

Em contrapartida, verifica-se uma afluência de jovens nesta área. Estes detêm um nível de instrução e qualificação elevado, sendo capazes de inovar e modernizar, aproveitando também os fundos comunitários, tendo uma maior capacidade de investimento.

Desenvolvimento: De acordo com o que trabalhamos nas aulas, a agricultura portuguesa sofreu nos últimos 4 anos um aumento de competitividade e em contraciclo relativamente às outras atividades conheceu uma franca expansão, com o aumento das exportações quer a

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nível da União Europeia, quer para outros mercados. Explique o aumento da competitividade da agricultura portuguesa tendo como referência os seguintes tópicos:

Principais espécies exportadas; Principais características socioprofissionais dos jovens produtores agrícolas; A redução dos efeitos dos condicionalismos naturais na prática agrícola.

Nestes últimos 2 tópicos deve ser feita referência a 2 aspetos por cada um.

Assim como estudamos nas aulas, a agricultura portuguesa sofreu nos últimos 4 anos um aumento de competitividade e uma franca expansão.

Desde a adesão à CEE, as importações do setor agroalimentar têm aumentado, uma vez que a produção nacional, apesar de crescente, não é suficiente para satisfazer o aumento da procura. A balança comercial portuguesa continua deficitária em grande parte dos produtos. No entanto, Portugal revela uma elevada taxa de exportações em produtos como o azeite, o vinho e o tomate.

A população ativa agrícola regista um envelhecimento e uma baixa instrução e qualificação. Em contraciclo, têm-se verificado a entrada de jovens para este setor. Estes jovens produtores agrícolas, ao contrário dos agricultores mais velhos, possuem uma instrução e qualificação elevada, sendo também mais empreendedores. Estes têm uma maior capacidade de investimento, tirando mais proveito de fundos comunitários como o PRODER. Optam por sistemas mais modernos e industrializados, a fim de retirar mais rendimento do solo.

O nosso território nem sempre possui as condições mais favoráveis à prática agrícola. Sendo assim, é necessário arranjar medidas que permitam a redução dos efeitos dos condicionalismos naturais. Estas medidas podem ser a nível individual (cada agricultor faz o que necessita para aumentar o rendimento da sua exploração) ou a nível regional (geralmente proveniente de grandes projetos).

A nível individual pode-se combater os condicionalismos naturais através da utilização de estufas (isto permite uma maior proteção das espécies cultivadas) e sistemas de rega, como as chuvas artificiais (fazendo com que seja possível existir espécies de regadio em zonas que a pluviosidade é baixa).

A nível regional é possível a construção de barragens, por exemplo, como aconteceu no Alentejo com o Alqueva. Esta construção permitiu alterar por completo o tipo de agricultura praticada nas margens, canalizando a água para sistemas de rega das explorações. Com isto, áreas em apenas era possível culturas de sequeiro, passou a existir uma maior diversidade de culturas aí exploradas.