Geografia Parte 6

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Recursos marítimos LITORAL Litoral é um espaço de contacto entre a terra e o mar, onde interactuam processos marinhos e continentais. Área do litoral porções do território que são influenciados directa e indirectamente pela proximidade do mar. Relevo do litoral É a porção do território, com dimensão variável, onde o mar e a terra interagem dando lugar as formas de relevo característico. As potencialidades do litoral A maior parte da população mundial vive em áreas litorais: 60% (em 1990); 75% (previsão para). Factores que tornam atractivas as áreas do litoral Beleza, diversidade riqueza ecológica; facilidade de comunicação; fertilidade dos solos; Amenidade dos solos. Portugal um exemplo de litoralização A fixação no litoral é ocupada com a construção destinada a habitação, turismo, indústria e áreas portuárias; Não existe consenso na delimitação do litoral; Existem várias definições, dependendo dos critérios utilizados; importância do planeamento território que é o conjunto de estudos e processos que conduzem a decisão, objectivo final é o desenvolvimento económico e social, pressupõe a inventariação dos recursos existentes; As entidades e organismos com competências nas áreas litorais; “A ocupação das áreas litorais deve revestir-se de especial cuidado, respeitando o funcionamento dos ecossistemas e adoptando um planeamento estratégico (ajustado). Justifica-

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Matéria de geografia do 10.º ano sobre Os Recursos Marítimos

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Recursos marítimos

LITORAL

Litoral é um espaço de contacto entre a terra e o mar, onde interactuam processos marinhos e continentais.

Área do litoral porções do território que são influenciados directa e indirectamente pela proximidade do mar.

Relevo do litoral

É a porção do território, com dimensão variável, onde o mar e a terra interagem dando lugar as formas de relevo característico.

As potencialidades do litoral

A maior parte da população mundial vive em áreas litorais: 60% (em 1990); 75% (previsão para).

Factores que tornam atractivas as áreas do litoral

Beleza, diversidade riqueza ecológica; facilidade de comunicação; fertilidade dos solos; Amenidade dos solos.

Portugal um exemplo de litoralização

A fixação no litoral é ocupada com a construção destinada a habitação, turismo, indústria e áreas portuárias; Não existe consenso na delimitação do litoral; Existem várias definições, dependendo dos critérios utilizados; importância do planeamento território que é o conjunto de estudos e processos que conduzem a decisão, objectivo final é o desenvolvimento económico e social, pressupõe a inventariação dos recursos existentes; As entidades e organismos com competências nas áreas litorais; “A ocupação das áreas litorais deve revestir-se de especial cuidado, respeitando o funcionamento dos ecossistemas e adoptando um planeamento estratégico (ajustado). Justifica-se, assim, uma abordagem sistémica (integrada), que implica um esforço acrescido na planificação e na gestão.”.

A costa portuguesa

O mar é um poderoso agente erosivo, modelando o relevo que se encontra em contacto com ele.

Assim, a linha de costa (área que estabelece o limite/contacto ente o mar e as massas continentais) em constante mutação.

Portugal possui uma das mais extensas linhas de costa dos países da EU.

Tem uma extensão aproximada de 1845Km: 942Km no continente; 691Km no arquipélago dos açores; 212Km no arquipélago da madeira.

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Tipo de costa

Costa alta (falésia), é arenosa e baixa, designando-se por praia; rochas mais brandas como arenitos e argilas.

Costa baixa, é escarpada e rochosa, recebendo a designação de arriba; rochas muito duras como granito, xistos, calcário.

Características da linha de costa

Extensa (942Km); linear, mas diversa morfologicamente; extensas areias com enormes arribas; costa baixa, arenosa ou rochosa; inúmeras reentrâncias/acidentes; em termos gerais, apresenta um traçado bastante regular, com algumas reentrâncias e saliências; a norte de Espinho, a costa é alta e rochosa (arriba); é talhada no maciço hespérico (rochas muito duras: granitos, xistos…); de espinho até Nazaré, a costa é alta nas planícies sedimentares da orla ocidental, sendo maioritariamente baixa e arenosa; nesta região, existem um dos principais acidentes do litoral, tais como a Ria de Aveiro, Concha de S. Martinho e Tômbolo de Peniche; de Nazaré até a Foz do Tejo, a costa é de arriba porque é talhada nos calcários muito duros do Maciço Calcário Estremenho; possui falésias/escarpas e abruptas; da foz do Sado até Sines, a costa é baixa e arenosa, pois pertence a bacia terciárias do Tejo e do Sado, constituída por rochas sedimentares; de Sines até sagres e parte do litoral algarvio, a costa é alta e rochosa (arriba).

Características da linha de costa dependem

Das características geológicas (rochas mais ou menos duras); a intensidade da erosão marinha: desgaste, transporte, acumulação.

OS MOVIMETOS DO MAR (RESPONSÁVEIS PELA SUA ACÇÃO EROSIVA)

As ondas

Movimentos geralmente originados pelo vento; só ocorrem até a profundidade de 200m; não deslocamento horizontal das águas; São constituídas por cristais e cavas. Comprimento de onda é a distância entre os cristais a cava.

As correntes marítimas

Massas de água com as mesmas características de salinidade, temperatura e densidade que se deslocam de uma área para a outra.

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Resultam da circulação geral da atmosfera (ventos constantes); sofrem desvios de acordo com a força de coriolis; apresentam características diferentes entre si; são movimentos compensatórios nos oceanos.

Importância das correntes marítimas é o facto de estas deslocarem/transportarem grandes quantidades de energia; influenciam as regiões litorais por onde passam, no que respeita a precipitação e a temperatura.

Estas podem ser horizontais; verticais (upwelling ou downuelling).

Upwelling é a ascensão a superfície de águas profundas mais frias. É relevante na quantidade de recursos piscícolas, ocorre mais no verão.

As marés

São movimentos rítmicos da subida e descida do nível do mar, provocados pela atracção do sole da lua. Resultam numa subida do nível da água do mar (Preia-mar ou maré-cheia); resultam numa descida do nível da água do mar (baixa-mar ou maré vazia).

As alterações climáticas e os movimentos tectónicos

São responsáveis pelas alterações ocorridas na linha de costa ao longo do tempo.

As alterações climáticas podem provocar: a subida do nível médio das águas do mar, originando costa de submersão através da transgressão marinha, devido ao degelo; a descida do nível médio das águas do mar, originando costa de imersão através da regressão marinha, devido à glaciação;

Os movimentos tectónicos podem provocar o soerguimento ou abatimento das massas continentais, originando, respectivamente, costa de emersão ou submersão.

A erosão na costa portuguesa

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Causas gerais da erosão costeira: a generalização da construção de barragens, exploração de inertes (areias) fluviais, dragagens portuárias e a degradação das estruturas defensivas naturais.

A acção do mar sobre o litoral é através da erosão mecânica (desgaste físico) mas também devido a erosão química (alterações químicas. Na linha de costa o mar tem actividade de transporte e deposição de sedimentos, originando as formas de acumulação como as praias, restingas e tômbolos.

A erosão costeira é provocada pelas actividades humanas como a construção de barragens, extracção de areias, edificação de esporões e protecções laterais, construção desordenada.

Soluções: construção de esporões e enrocamentos; deixa-se o mar avançar e nos recuamos; realimentar as praias, fortalecer e reconstruir dunas e realizar transferências de areias para as zonas erodidas a sul.

Abrasão marinha é o processo de desgaste mecânico das rochas, provocado pela acção do mar e dos materiais sólidos transportados pelas correntes marítimas.

Erosão química é o processo de desgaste devido a alterações ou decomposição química dos minerais constituintes das rochas.

A EROSÃO

O processo de evolução de uma arriba

As ondas batem com força na arriba

Passados muitos anos

A arriba começa a ceder

Com o tempo

A acção erosiva é cada vez maior assim como a acumulação de sedimentos

Passados muitos séculos

A erosão marinha resulta numa plataforma de abrasão.

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Tipos de costa alta

As arribas podem ser classificadas de duas formas consoantes o contacto que têm com a acção do mar:

Arribas vivas é quando a falésia é atingida pela água do mar.

Arribas mortas ou fosseis é quando as águas do mar já não as conseguem alcançar, nem mesmo durante a maré alta.

Costa baixa

As praias são acumulações de areia junto do mar, formações muito instáveis, alterando o seu perfil, com muita facilidade. Que ocupam cerca de 37,5% da costa, origem dos seus sedimentos é diversa, vindas da desagregação das arribas ou transportes fluviais e posterior deslocamento, deposição por acção das correntes marítimas. O aumento da construção de barragens leva a crescente retenção de sedimentos, reduzindo a alimentação na costa.

A deriva litoral, sobretudo no Norte para sul ao longo da costa ocidental, direcção que resulta dos ventos dominantes de norte e noroeste. Quando são do sul ou sudoeste esta passa a ser de sul para norte, é desta forma que é feita acumulação de materiais.

Tem-se desenvolvido esforços para diminuir os efeitos do estreitamento, com cuidadosa intervenção ao nível da cobertura florestal.

As formas do litoral

1-Praia e dunas são formas de acumulação de sedimentos por acção marinha e eólica ao longo da costa (areias e conchas);

2-Tômbolo é um cordão de areias que une uma ilha ao continente tendo origem na acumulação de sedimentos transportados pelas correntes marítimas;

3-Restinga é uma forma de acumulação de areias ou calhas que crescem a partir da costa, por acção das correntes marítimas e dos ventos predominantes.

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4-Laguna é uma extensão de água isolada parcialmente do mar por cordões litorais. Em geral, existem uma ou mais estreitas aberturas de comunicação permanentemente entre a laguna e o mar (barras);

5-Delta é uma forma terminal de um curso de água que desagua por vários braços. Aí ocorre forte acumulação de detritos transportados pelo rio que acção das ondas e das marés não conseguem remover;

6-Estuário é uma forma fluvial-marinha de erosão. Corresponde a secção terminal de um rio até onde se fazem sentir as correntes de maré;

7-Arriba é a costa alta e escarpada, vertente abrupta e rochosa sobre o mar.

As dunas ao longo da costa tem elevada mobilidade, é importante quanto menor for a protecção feita pela cobertura vegetal, a intervenção humana alterou estas áreas, transformando-os em campos agrícolas.

Os principais acidentes do litoral

1-É uma zona lagunar onde o rio Vouga lança grandes quantidades de sedimentos, formando um conjunto de ilhotas e um grande assoreamento (com materiais fluviais e marinhos): A- trata-se de uma área amplamente aberta ao mar, em que este

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penetrava pelo leite do rio Vouga. Era aqui uma verdadeira Ria; B- Uma acentuada regressão marinha provocou a formação de uma restinga N-S, trazidas pelas correntes marítimas e pelos ventos N-NW, com 1Km de largura; C- No século XVII, este cordão fechou-se completamente, isolando a laguna. Foi aberto artificialmente em 1808, permitindo a passagem dos navios para o porto de Aveiro. Actualmente, a Ria ou laguna sofre uma forte deposição de materiais (assoreamento) que são trazidos pelo rio Vouga e seus afluentes, bem como pelo vento que transporta a areia do cordão para o interior da zona lagunar.

2-A formação do tômbolo de Peniche deve-se a acumulação de sedimentos marinhos ente a ilha de Peniche e o continente. Estes sedimentos foram trazidos pelas correntes marítimas e pelos ventos, os quais se foram acumulando junto à costa, até se ligarem à ilha. Formou-se um istmo a que se dá o nome tômbolo de Peniche. Esta saliência tem o nome de cabo de carvoeira.

3- A formação do lido de faro tem várias aberturas para o mar que recortam uma frágil e instável restinga, constituída pela deriva litoral que ocorre de oeste para este. Zona de forte acumulação de areias devido a diminuição da velocidade das correntes, originando a formação de cordões e ilhas que vão aumentando e formando lagoas.

Actividades praticadas no litoral

Pesca, industria, turismo e desporto.

O espaço litoral

Problemas: superpovoamento, poluição, erosão e poluição dos habitats marinhos.

Soluções: ordenamento do território, luta antipoluição, obras de protecção, áreas protegidas, parques e reservas naturais.

Plataforma continental

Área marítima de fraco declive (ligeiramente inclinada para o largo), que prolonga os continentes até a profundidade de 200m.

Características: estreita (é a mais estreita da Europa ocidental); ela atinge cerca de 70 km extensão ao largo do cabo da roca.

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A riqueza em recursos piscícolas deve-se: a riqueza de nutrientes através dos rios, originam organismos vegetais e animais (microbiorganismos) que são a base de alimentação de espécies; a reduzida profundidade das águas que aumenta a luminosidade, possibilitando a fotossíntese pelo fitoplâncton; elevados teores de oxigénio com a agitação das águas; o teor de sal baixo devido a mistura da água do mar com a do rio.

Nesta área as correntes marítimas permitem a renovação das águas e dos nutrientes, aumentando a variedade de espécies marinhas. Situamo-nos numa área onde se encontram massas de água com diferentes proveniências como águas profundas do atlântico norte, mediterrâneo, atlântico nordeste, que contribuem para a nossa riqueza piscícola. A do golfo do México no seu trajecto foi alterando progressivamente as suas características térmicas e o grau salinidade.

ACTIVIDADE PISCATÓRIA

A importância da pesca no contexto socioeconómico do país

É uma das mais antigas actividades humanas, sendo tradicionalmente importante no nosso país, em várias vertentes: como actividade em si mesma geradora de riqueza; pelo seu peso na alimentação; pelas actividades que lhe são associadas.

Portugal possui: a maior ZEE da UE (quase 1700000Km2); uma vasta costa no continente; duas áreas insulares.

É uma importante fonte de subsistência, em especial para as comunidades litorais.

Deste sector dependem: indústria transformadora e conserveira de pescado; indústria de construção naval e de utensílios de pesca.

A importância na alimentação diária: 25% das proteínas animas consumidas diariamente; consumo médio de pescado (cerca de 60kg/capital/ano):

A importância do sector na economia é modesta: representa 5% da população activa do sector primário; representa 0,6% da população activa total; representa 0,8% do PIB (no entanto, se considerarmos todas as actividades dependentes da pesca, esta contribui com 2% do PIB).

Nalguns conselhos do litoral, a pesca chega a ocupar 20% a 30% da população activa, sendo a actividade mais importante desta área, contribuindo em grande parte para o rendimento das famílias.

As debilidades da actividade piscatória resultam: de uma forma reduzida e mal apetrechada; de portos mal equipados e poucos modernos; de mão – de – obra pouco qualificada.

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A produção não chega para abastecer o mercado, daí a necessidade de importar, consequentemente a balança comercial é deficitária.

As áreas de pesca

Mar territorial: parte integrante dos respectivos países costeiros; até 12 milhas da linha de costa (22,2Km) ZEE (zona económica exclusiva): até 200 milhas da costa (cerca de 370Km).

Os respectivos países costeiros detêm os direitos de exploração, conservação e administração de todos os seus recursos.

Portugal possui a 5.º maior ZEE do mundo e a 3.º da Europa (a seguir da Rússia e da Noruega).

Plataforma Continental: é, potencialmente, a área nacional mais vasta que pode ser explorada pelos respectivos estados.

Principais áreas de pesca da frota fora da ZEE

Atlântico noroeste MAFO (organização de pescado do noroeste atlântico: Gronelândia, terra nova, labrador e nova Escócia; é uma das áreas mais ricas do mundo em recursos piscatórios, em quantidade e em diversidade; pescado capturado: cantarilho, bacalhau, salmão, sardinha, raia, solha, carapau, moluscos diversos e crustáceos.

Atlântico nordeste: Noruega, Islândia e arquipélago de sualbard; favorável a pesca de cantarilho e bacalhau.

Atlântico central e leste: costa ocidental africana (Marrocos. Mauritânia, Senegal e Guiné Bissau; esta zona é particularmente importante com o nível de capturas de marisco (camarão, gambas, lagostim, …).

Atlântico sul: cosa ocidental da América do sul (Malvinas) e de África austral (Angola, África do sul e Namíbia); as principais espécies capturadas são as lulas, pescada e marisco.

Tipo de pesca por área de pesca

Pesca local: é praticada em águas interiores ou perto da costa, até 6 milhas; a permanência no mar é curta, não indo além de 24h; utiliza técnicas artesanais e embarcações pequena dimensão; cria maior número de posto de trabalho; é responsável pelo desembarco de pescado fresco de maior valor comercial (pescada, pargo, lampreia, …).

Pesca costeira: é prática em áreas mais afastadas da costa, a uma distância superior a 6 milhas até as 12 milhas; a permanência no mar pode ser de 2 a 3 semanas; utiliza embarcações dotadas de maior autonomia e condições de conservação do pescado abordo.

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Pesca do largo: pratica-se para lá das 12 milhas, nas principais áreas de pesca mundial; as embarcações são de grande dimensão, dotadas de mais moderna tecnologia, sendo o pescado rapidamente transformado, congelado e até embalado; utiliza técnicas de capturas avançadas; a permanência no mar é longa (semanas ou meses de acordo com a tecnologia utilizada).

Pesca artesanal: utiliza técnicas e meios artesanais; as embarcações são de pequenas dimensões, muitas desprovidas de motor; a tripulação é reduzida, assim como as capturas.

Pesca industrial: utiliza técnicas e meios tecnológica avançados e eficazes na captura de cardumes; as embarcagens são d grande tonelagem e estão bem equipadas com meios de conservação do pescado; permite a captura de elevadas quantidades de pescado.

As infra-estruturas portuárias

Existem 157 portos: 91 no continente, 55 nos açores e 11 na madeira; exagerado número para a nossa frota; destes cerca de uma dezena se encontram devidamente equipados.

Características dos portos: são de pequena dimensão; tem a capacidade para um pequeno volume de cargas e descargas; os equipamentos são na maioria obsoletos; deficiente apetrechamento (falta de barreiras protectoras, cais de acostagem e desembarque reduzidos ou mal concebidos); acessos difíceis; falta de instalações para conservação do pescado; alguns lotes não têm as mínimas condições de higiénicas.

A situação tem melhorado um pouco devido as ajudas comunitárias, as quais tem permitindo: algumas acções de modernização nas lotas de alguns portos de pesca; o aumento e o desenvolvimento de equipamentos, como câmaras frigorificas, túneis de congelação e a fabricas de gelo, para apoio as actividades de comercialização; desenvolvimento de serviços de apoio, como escritórios, centros de abastecimento de combustível, bancos, restaurantes, etc.

Os principais portos ao nível do pescado descarregado são leixões-matosinhos, Peniche, Olhão, Portimão e Sesimbra.

A frota pesqueira

Características: mal dimensionada; mal apetrechada, frágil, muito envelhecida; elevado peso da frota local, de baixo nível tecnológico; dificuldade na revitalização da frota do largo; existência de muitas empresas piscatórias, mas pequenas e mal estruturadas.

Consequências: perda da competitividade com os outros países; sobre exploração da nossa ZEE por frotas estrangeiras.

Qualificação da mão-de-obra

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Nível qualificação profissional da classe piscatória é muito baixo; a maioria dos pescadores não possui nenhuma especialização; envelhecimento da população que trabalha no sector.

Consequências: Portugal é um dos países da UE com fraca produtividade (= baixa produção por pescador); falta de inovação e desenvolvimento do sector; não estamos a rentabilizar a nossa enorme fachada atlântica.

Principais capturas na costa do continente: sardinha, carapau, polvo, cavala, faneca,

Pescada, peixe-espada, sarda. Principais capturas na costa das regiões autónomas: atum, carapau e cavala.

GESTÃO DO ESPAÇO MARITIMO

Devido a crescente litoralização, aliada a utilização do mar, tem surgido varias problemas

Gestão e controlo da nossa ZEE

Objectivos: evitar a pesca ilegal; reduzir o rico de acidentes ecológicos; combater a utilização da ZEE para tráfego de mercadorias ilegais.

Gestão da ZEE: não há integração ente a protecção do ambiente, o planeamento do turismo e o controlo do tráfego marítimo de produtos perigosos perto da costa. Cada entidade recolha informação para executar os seus deveres específicos, não há coordenação e difícil troca de informação, por falta de facilidades tecnológicas e procedimentos coerentes.

Politica comum da pesca é o instrumento de união europeia para a gestão da pesca e da aquicultura. Foi criada para gerir um recurso comum e para responder à obrigação estabelecida no tratado de Roma.

A nova Politica comum da pesca (EUROPA AZUL) tem como objectivo garantir que a exploração dos recursos aquáticos vivos crie condições sustentáveis dos pontos de vista económico ambiental e social.

Sobre exploração dos recursos piscícolas

Problemas: capturas de juvenis; utilização de redes de malha apertada; utilização de técnicas como o arrastamento.

Consequências: diminuição de stocks de algumas espécies.

Soluções: desenvolver um controlo e fiscalização apertada; investigação nos domínios dos recursos (para avaliar o estado dos stocks).

Poluição das águas

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Fontes de contaminação: esgotos dos centros urbanos litorais; desenvolvimento do turismo balnear; poluição transportada pelos rios; acidentes de petroleiros, que originem as mares negras (derrame de petróleo e os seus derivados); lavagem dos tanques petroleiros em alto mar; armazenamento nos fundos marinhos de resíduos tóxicos e radioactivos.

A poluição da costa: dois terços da população mundial vivem a 50km do mar e as regiões marinhas vizinhas da costa.

OS POOC’s (planos de ordenamento da orla costeira)

É plano sectorial que define o condicionamento, a vocação e o uso dominante e a localização de infra-estruturas de apoio a esses usos, orienta o desenvolvimento de actividades específicas da orla costeira. Objectivo é planear os recursos do litoral com regras de utilização de toda a orla costeira.